TCC Confinamento

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 18

ADRIANO FROELICH MARTINS

PLANO DE NEGÓCIOS
VIABILIDADE ECONÔMICA FINANCEIRA PARA IMPLANTAR UM
CONFINAMENTO DE GADO NA COOPERATIVA AGRÍCOLA DOS PRODUTORES DE
CANA DE CAMPO NOVO DO PARECIS - MT

José Horta Valadares


Frederico Zappi

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Pós-Graduação lato sensu em


Administração com ênfase em Cooperativas, Nível de Especialização, do Programa FGV in
company requisito para a obtenção do título de Especialista

Turma VII

Cuiabá, Mato Grosso


2014
O Trabalho de Conclusão de Curso

VIABILIDADE ECONÔMICA FINANCEIRA PARA IMPLANTAR UM


CONFINAMENTO DE GADO NA COOPERATIVA AGRÍCOLA DOS PRODUTORES DE
CANA DE CAMPO NOVO DO PARECIS - MT

Elaborado por Adriano Froelich Martins e aprovado pela Coordenação Acadêmica foi aceito
como pré-requisito para obtenção do título de Especialista em Administração com ênfase em
Cooperativas, curso de Pós-Graduação lato sensu, Nível de Especialização, do Programa FGV
in company.

Data da aprovação: ______ de __________________ de 2014.

____________________________
José Horta Valadares

____________________________
Frederico Zappi
DECLARAÇÃO

A Empresa Cooperativa Agrícola dos Produtores de Cana de Campo Novo do Parecis Ltda.,
representada neste documento pelo Sr. Luis Carlos Loro, Diretor Presidente, autoriza a
divulgação de informações e dados coletados em sua organização, na elaboração do Trabalho
de Conclusão de curso, intitulado: Viabilidade Econômica Financeira para Implantar um
Confinamento de Gado na Cooperativa Agrícola dos Produtores de Cana de Campo Novo do
Parecis – MT, realizado pelo aluno Adriano Froelich Martins, do Curso de Pós-Graduação em
Administração com ênfase em Cooperativas, do Programa FGV In Company, com objetivos
de publicação e/ou divulgação em veículos acadêmicos.

Campo Novo do Parecis, MT, 10 de abril de 2014.

____________________________________
Luis Carlos Loro
Diretor Presidente
Cooperativa Agr. dos Produtores de Cana de Campo Novo do Parecis
TERMO DE COMPROMISSO

O aluno Adriano Froelich Martins, abaixo-assinado, do Curso de Pós-Graduação com ênfase


em Cooperativas do Programa FGV In Company, realizado no período de agosto de 2013 a
abril de 2015, declara que o conteúdo do trabalho de conclusão de curso intitulado:
Viabilidade Econômica Financeira para Implantar um Confinamento de Gado na Cooperativa
Agrícola dos Produtores de Cana de Campo Novo do Parecis – MT, é autêntico, original, e de
sua autoria.

Campo Novo do Parecis, MT, 10 de abril de 2014.

____________________________________
Adriano Froelich Martins
RESUMO

Os produtos gerados a partir da cana-de-açúcar, o açúcar e o etanol, são duas


comodities que estão sempre em constante oscilação no mercado, gerando uma grande
instabilidade na provisão financeira de uma usina sucroalcoleira. A competitividade desses
produtos dá-se por regiões, e esta cooperativa está numa região onde a disputa de mercado
ainda não é muito acirrada. O estado de Mato Groso tem apenas onze usinas, mas tem um dos
melhores climas e relevo para o cultivo da cana-de-açúcar, tornando assim um mercado
propenso à novos investimentos nesse ramo. A diversificação de produtos na agricultura já é
de conhecimento e prática da maioria dos agricultores, o que sempre os leva a repensar suas
atividades. Obviamente que não seria diferente com uma indústria que processa a cana-de-
açúcar, onde seus proprietários são agricultores e veem a possibilidade de um mercado mais
competitivo em poucos anos.
SUMÁRIO

RESUMO....................................................................................................................................5
SUMÁRIO EXECUTIVO..........................................................................................................7
DESCRIÇÃO DO NEGÓCIO....................................................................................................8
Oportunidade Detectada..........................................................................................................8
Recursos..................................................................................................................................9
Cenário..................................................................................................................................10
ANÁLISE DO AMBIENTE EXTERNO.................................................................................11
ANÁLISE SWOT.....................................................................................................................11
ESTRATÉGIAS DO NEGÓCIO..............................................................................................12
PLANO DE MARKETING......................................................................................................13
ORGANIZAÇÃO E GERÊNCIA DO NEGÓCIO...................................................................15
PLANEJAMENTO FINANCEIRO..........................................................................................16
Projeção de receitas...............................................................................................................16
Investimentos:.......................................................................................................................16
Custos Fixos:.........................................................................................................................17
Investimentos com semoventes:...........................................................................................17
Fluxo de caixa projetado.......................................................................................................17
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA..........................................................................................18
7

SUMÁRIO EXECUTIVO
8

DESCRIÇÃO DO NEGÓCIO

A Cooperativa Agrícola dos Produtores de Cana de Campo Novo do Parecis Ltda.,


atua, desde sua fundação em 24 de novembro de 1981, no ramo sucroalcoleiro. Situada na
cidade de Campo Novo do Parecis no estado de Mato Grosso, esta usina de etanol e açúcar,
possui 49 cooperados e emprega hoje, durante a safra, mais de 1600 colaboradores, e na
entressafra este número fica em torno de 800. Seu ato cooperativo é a entrega de cana-de-
açúcar, e após a transformação na indústria, gera o etanol e o açúcar cristal para venda no
mercado nacional.
O etanol e o açúcar produzido por essa cooperativa é comercializado no estado de
Mato Grosso, Rondônia, Amazonas, São Paulo e Pará.
A Cooperativa Agrícola dos Produtores de Cana de Campo Novo do Parecis Ltda.,
tem uma planta industrial de 363,5 Ha, e ocupa apenas 150 Ha desta área.
Sua moagem hoje é de 2.300.000 toneladas de cana-de-açúcar por safra, produzindo
1.400.000 sacas de açúcar cristal e 160.000.000 de litros de etanol. Resultam desta
industrialização alguns subprodutos, são eles:
- Bagaço;
- Vinhaça;
- Levedura;
- Vapor.
Uma indústria cooperativa deste porte precisa gerar sua própria energia elétrica, pois
ficaria inviável fabricar o etanol e o açúcar com energia de uma concessionária. Utiliza-se o
vapor de uma caldeira para alimentar os geradores de energia. Esta caldeira é alimentada com
o bagaço. O bagaço de cana-de-açúcar é considerado o maior resíduo da agroindústria
brasileira, embora seja utilizado como combustível para as caldeiras, ainda sobra um
excedente equivalente a 20% do total gerado.

Oportunidade Detectada

A grande competitividade no mercado sucroalcoleiro, cujos produtos são comodities,


torna o negócio muito instável e com necessidade de diversificação e criação de novos
produtos. Para esses cooperados que são do ramo agropecuário, não é nenhuma novidade ter
9

que diversificar seu negócio, pois na produção de grãos já é uma prática essa diversificação de
produtos.
Como a sobra do bagaço é grande, e o mesmo pode ser utilizado como parte da
mistura de ração animal, então oportuniza-se a construção de uma fábrica de ração e um
confinamento de gado para esta cooperativa.
Segundo a EMBRAPA (Empresa Brasileira de pesquisa Agropecuária), é chamado de
"confinamento" o sistema de criação de bovinos em que lotes de animais são encerrados em
piquetes ou currais com área restrita, e onde os alimentos e água necessários são fornecidos
em cochos. Assim sendo, o sistema de confinamento pode ser aplicado a todas as categorias
do rebanho.
Contudo, o confinamento é mais propriamente utilizado para a terminação de bovinos,
que é a fase da produção que imediatamente antecede o abate do animal, ou seja, envolve o
acabamento da carcaça que será comercializada. A qualidade do produto (bovino) produzido
no confinamento é assim dependente das outras fases da produção.
Bons produtos de confinamento são animais sadios, fortes, com ossatura robusta, bom
desenvolvimento muscular (quantidade de carne) e gordura suficiente para dar sabor à carne e
proporcionar boa cobertura da carcaça. A produção de animais terminados em confinamento
pode ser feita por proprietários de rebanhos ou por produtores comerciais.
No Brasil, o confinamento é, como regra, conduzido durante a época seca do ano, ou
seja, durante o período de entressafra da produção de carne. Os animais são comercializados
no pico da entressafra quando então tendem a alcançar melhores preços.

Recursos

Esta cooperativa tem capacidade técnica suficiente para a que seja desenvolvido este
plano de negócio sem a necessidade de contratação de técnicos especializados em engorda de
gado confinado, pois conta com um departamento agrícola completo, no que se refere ao
quadro funcional. Possui cooperados e colaboradores agrônomos, técnicos agrícolas e uma
equipe industrial altamente capacitada para construir uma fábrica de ração. Conta também
com uma excelente equipe técnica administrativa, comercial, marketing e logística, além de
gestores que não teriam problemas em agregar mais um produto para colocar no mercado.
10

Como já mencionado anteriormente, tem-se uma grande sobra de área própria para
iniciar um confinamento para 5000 (cinco mil) cabeças de gado adulto em dois ciclos de 90
dias. Será utilizado uma área de 10 Ha para este confinamento.
Com a utilização de recursos próprios, fica muito mais fácil viabilizar e promover uma
nova área e produto para esta empresa. Isto ajudará no custo inicial do projeto, que irá
desconsiderar vários itens que seriam necessários para que se possa ter mais um produto no
mercado.

Cenário

Segundo o CEPAN (Centro de Estudos e Pesquisas em Agronegócios), o Brasil,


atualmente possui o maior rebanho bovino comercial do mundo, com aproximadamente 200
milhões de cabeças, criadas quase que em sua totalidade de maneira extensiva, a pasto, sem o
uso de qualquer alimento suplementar, a não ser os minerais e da forma mais natural possível,
integrando a atividade pecuária ao meio-ambiente, resultando, cada vez mais, em uma carne
produzida de maneira sustentável, natural, buscando-se minimizar agressões à natureza.
Durante essa última década novas tecnologias de produção foram difundidas aos
sistemas produtivos. Processos como a suplementação estratégica, o semi-confinamento, o
confinamento, o uso das misturas múltiplas, os cruzamentos, novas variedades forrageiras,
etc... permitiram encurtar o ciclo de produção. Foram também incorporados novos métodos de
gestão tecnológica, agora integrados com os aspectos relacionados aos custos e as margens
econômicas, possibilitando à pecuária de corte ser um dos protagonistas do agronegócio do
Brasil.
O gado de corte é um produto que deve ser comercializado na região mais próxima
onde é criado, pois a logística do animal vivo e sem perda de peso é fundamental para a
lucratividade. Então, deve-se ter como clientes apenas frigoríficos da região oeste do estado
de Mato Grosso.
11

ANÁLISE DO AMBIENTE EXTERNO

A concentração geográfica, a proporção de machos e de fêmeas em oferta e as formas


de compra e venda de animais são as principais características do abate e da comercialização
no País.
Os preços de venda do gado de corte são formados nas regiões de comercialização e as
decisões dos produtores de compra e venda se baseiam nas cotações ali praticadas.
O principal mercado consumidor da produção brasileira de carne bovina é a própria
população do país. Estima-se que o consumo doméstico de carne bovina responda por cerca
de 80% da produção nacional.
Em relação à oferta, não teremos mais um ano recorde (5,80 a 6,0 milhões) como em
2013, sendo provável que menos bovinos sejam abatidos, principalmente as fêmeas, que há
três anos estão inflando as escalas em Mato Grosso. Para a demanda, as expectativas são
melhores, porque os principais players do Brasil e de Mato Grosso (EUA, Austrália e
Argentina) passam por ajustes negativos nas suas respectivas ofertas, favorecendo os
exportadores nacionais. Além disso, as cotações do dólar futuro na Bolsa demonstram preços
acima de R$ 2,30/US$ nos primeiros quatro meses, ou seja, a carne produzida no Brasil
continuará competitiva em relação aos demais players. A conjuntura atual indica que os
preços vão subir em 2014 e isso já está precificado na Bolsa, em São Paulo. A cotação média
dos contratos abertos com vencimentos em 2014 é de R$ 111,99/@, descontando-se o
diferencial de base, espera-se uma arroba em Mato Grosso ao redor de R$ 97,43, em média.

ANÁLISE SWOT

Oportunidades:
- Aumento do rol de produtos;
- Consumo adequado de subprodutos;
- Uso da energia elétrica proveniente da cogeração para alimentar a fábrica de ração;
- Excelente mercado regional.

Ameaças:
- Alta variação do preço de venda;
12

- Doenças;
- Animais peçonhentos;
- Alta variação dos preços dos grãos.

Forças:
- Alta capacidade técnica profissional já incorporada à empresa;
- Número pequeno de mão-de-obra;
- Uso de equipamentos obsoletos da outra cultura (trator);
- Construção da fábrica de ração (misturador) com tecnologia e mão-de-obra própria.

Fraquezas:
- Sazonalidade da área utilizada e da fábrica na entressafra;
- Marketing fraco;

ESTRATÉGIAS DO NEGÓCIO

Com a crescente demanda de mercado, a rotação de áreas de grãos com o gado, e


novas misturas nutricionais na ração animal, vê-se uma estratégia de fabricar-se uma ração
com bagaço de cana-de-açúcar, melaço e grãos.
Várias pesquisas foram conduzidas com a utilização do bagaço de cana in natura
(BIN) na alimentação de bovinos, visando o aproveitamento deste resíduo que apresenta baixo
custo. Burgi (1985), avaliando o bagaço de cana in natura como alimento volumoso para
bovinos, concluiu que a sua inclusão em dietas de bovinos é viável até níveis próximos a 40%
na matéria seca, uma vez que níveis superiores a este resultarão em baixo consumo da dieta e
baixo desempenho animal. Freitas et al. (2001) e Burgi (1995) destacaram a inviabilidade no
uso do bagaço de cana in natura, devido ao seu alto teor em fibra lignificada, o baixo teor de
proteína inferior a 2% (base seca) e o alto índice de lignina, que resultam numa baixa
digestibilidade de apenas 25 a 35%, associados a outros fatores não menos importantes como
densidade baixa e teores baixos de minerais o que leva a redução de consumo e consequente
baixo desempenho dos ruminantes, quando alimentados com esse volumoso.
Por outro lado, o tratamento do bagaço de cana in natura tem apresentado incremento
na digestibilidade. Segundo Lanna et al (1998) estudando níveis de concentrado e bagaço de
13

cana submetido a diferentes processos de hidrólise, concluíram que dietas com níveis de
concentrado 25% da matéria seca da dieta, apresentaram resultados semelhantes em termos de
eficiência alimentar comparados com dietas com cerca de 45% de concentrado. Não se
observaram alterações na composição corporal de novilhas nos dois níveis de concentrado,
embora tenha sido detectado um maior teor de gordura para as novilhas recebendo maior
quantidade de concentrado e/ou com maiores taxas de ganho de peso.
O bagaço hidrolisado já é produzido pela indústria de açúcar e etanol e comercializado
entre os próprios cooperados e para terceiros, com a finalidade de mistura para a ração de
bovinos.
Além do mercado convencional de compra de gado para engorda em sistema de
confinamento, os cooperados também irão vender para a cooperativa o seu gado para engorda
nos meses de seca.
Esta grande demanda de mercado de gado de corte, não implica na busca de novos
mercados para a venda. A absorção dá-se normalmente, pois se não houvesse o confinamento,
a engorda terminaria no pasto e o gado seria comercializado normalmente.
Tendo então como sobra significativa um subproduto (bagaço de cana in natura), esta
cooperativa tem como hipótese a construção de um confinamento de gado para engorda de
gado em dois ciclos consecutivos de 90 (noventa) dias. Em cada ciclo será engordado 5
(cinco) mil cabeças de gado nelore com aproximadamente 12 (doze) arrobas. A seca da região
onde se encontra a cooperativa é de 8 (oito) meses, possibilitando assim esses dois ciclos
consecutivos.
Essa engorda é a de fase final, onde o gado já está quase pronto para o abate,
necessitando engordar apenas 6 (seis) arrobas. Caso esse gado continuasse no pasto para
engorda durante a seca, seria necessário mais 12 (doze) meses para estar com o peso de abate.
Outra vantagem é de que este gado (com 12 arrobas) já está com todos os
medicamentos aplicados, não necessitando gastos com medicamentos durante a engorda no
confinamento.

PLANO DE MARKETING

Podemos dizer que “Marketing” em um conceito simplista é: “Produzir o produto


certo, para o cliente certo, no tempo certo ao preço certo.” É composto pelos 4 P´s que são:
14

Produto, praça (logística e distribuição), promoção e preço. O marketing (parte da


administração de empresas voltada para as estratégias de mercado) é uma das mais poderosas
armas para se aumentar vendas, negócios e os lucros de qualquer empresa.
O marketing não é uma atividade muito difundida e utilizada na agropecuária quanto
nos demais setores da economia, até porque o conceito deveria ser do agronegócio, ou seja, a
análise de toda a cadeia produtiva, porteira a dentro e porteira a fora. Mas aí vem o
complicador, até a porteira não se tem nada em marketing, ou seja, temos somente produto
bruto, sem agregação de valor. Daí tem outro conceito importante: Valor em produto é tudo
aquilo que podemos adicionar e que represente uma forma de conseguir e facilitar a venda do
mesmo e que o consumidor esteja disposto a pagar por ele.
Fazer com que o produto agropecuário obtenha um reconhecimento por parte do
consumidor final é a melhor arma para se utilizar nas negociações com os intermediários, que
vislumbram maiores lucros e compram mais. Todo produtor deveria ter em mente que a
receita para o sucesso, como em toda a empresa de qualquer setor é:
- Produzir bons produtos, com boa qualidade;
- Ter preços competitivos;
- Formular estratégias de marketing mais eficientes;
- Ter uma boa rede de distribuição e que possa facilmente ser ampliada.
Esta cooperativa situa-se muito próximo (máximo de 150km) a dois grandes
frigoríficos da região, o que facilita a logística do boi gordo, pois o mesmo não perde muito
peso nas curtas viagens antes do abate.
15

ORGANIZAÇÃO E GERÊNCIA DO NEGÓCIO

Diretor Presidente
(não considerar custo)

Depto. Agrícola
Gerência Agrícola
(não considerar custo)

Depto. Agrícola
Engenheiro Agrícola
(não considerar custo)

Coordenador do Confinamento Assistente Industrial Fáb. Ração


(R$ 3500,00 mensais) (R$ 1800,00 mensais)

Vaqueiro
(R$ 2000,00 mensais)

Não se considera aqui nesta cooperativa o custo do gerente agrícola e do engenheiro,


pois os mesmos desempenham outras funções antes mesmo deste plano de negócio vigorar.
O Coordenador do Confinamento irá atuar diretamente no manejo do rebanho
confinado, cuidando da sanidade alimentar, medição dos ganhos de peso, asseio dos piquetes
e a correta medição da distribuição da ração. Para isso conta com dois ajudantes (vaqueiro).
O Auxiliar de Fabricação de Ração é o responsável por seguir a receita formulada pelo
engenheiro agrônomo da cooperativa. Ele recebe a receita da ração e a produz conforme a
demanda do confinamento. Essas quantidades e a qualidade são de responsabilidade do
coordenador do confinamento.
16

PLANEJAMENTO FINANCEIRO

Esta etapa compreende a determinação e a totalização dos recursos a serem investidos


para que a cooperativa comece a funcionar. O investimento total é formado por:
- Projeção de receitas;
- Investimentos;
- Custos fixos;
- Investimentos com semoventes;
- Fluxo de caixa projetado.

Projeção de receitas

Como já descrito anteriormente, a cooperativa irá vender dez mil cabeças de gado em
2 (dois) ciclos de 90 (noventa) dias cada um. Em cada ciclo será engordado cinco mil cabeças
de gado.

Valor Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5


Descrição do
Unitário
Animal Qtde Total/Ano Qtde Total/Ano Qtde Total/Ano Qtde Total/Ano Qtde Total/Ano
de Venda
Gado Nelore 18@ R$ 2.100,00 10000 R$ 21.000.000,00 10000 R$ 21.000.000,00 10000 R$ 21.000.000,00 10000 R$ 21.000.000,00 10000 R$ 21.000.000,00
Total Investimento / Ano R$ 21.000.000,00 R$ 21.000.000,00 R$ 21.000.000,00 R$ 21.000.000,00 R$ 21.000.000,00

Total Investimento 5 Anos R$ 105.000.000,00

Investimentos:

Investimento Qtde Valor Unitário Valor


Fábrica de ração para atender até 5 mil cabeças de gado por dia 1 R$ 150.000,00 R$ 150.000,00
2
Galpão para armazenagem de ração (100m ) 1 R$ 50.000,00 R$ 50.000,00
Coxos para alimentar até 5 mil cabeças de gado 840 R$ 230,00 R$ 193.200,00
Conjunto de palanques de madeira e arame liso para construção dos
1 R$ 25.000,00 R$ 25.000,00
piquetes para poder confinar até 5 mil cabeças de gado
Construção de tanque pulmão de água 1 R$ 12.000,00 R$ 12.000,00
Bomba para captar água do rio 1 R$ 3.500,00 R$ 3.500,00
Tubulação para o abastecimento de água 1 R$ 20.000,00 R$ 20.000,00
Piquete para carga e descarga de boi 1 R$ 5.000,00 R$ 5.000,00
Distribuidor de ração para acoplar ao trator 1 R$ 30.000,00 R$ 30.000,00
Trator para o manejo e distribuição da ração (usado) 1 R$ 95.000,00 R$ 95.000,00
Total R$ 583.700,00
17

Custos Fixos:

Custos Variáveis para 2 ciclos Qtde Valor Unitário Valor


Ração fabricada para 10000 animais (2 ciclos 90 dias / 5000 cabeças por
1 R$ 3.033.000,00 R$ 3.033.000,00
ciclo)
Transporte na compra do animal por cabeça 10000 R$ 35,00 R$ 350.000,00
Transporte na venda do animal por cabeça 10000 R$ 44,00 R$ 440.000,00
Custo total mensal dos funcionários pelos 180 dias c/ impostos 180 R$ 393,70 R$ 70.866,00
Total de imposto para venda (2,3% FUNRURAL) p/ 10000 cabeças 10000 R$ 46,00 R$ 460.000,00
Total R$ 4.353.866,00

Investimentos com semoventes:

Valor
Descrição do Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Unitário
Animal
de Qtde Total/Ano Qtde Total/Ano Qtde Total/Ano Qtde Total/Ano Qtde Total/Ano
Gado Nelore 12@ R$ 1.500,00 10000 R$ 15.000.000,00 10000 R$ 15.000.000,00 10000 R$ 15.000.000,00 10000 R$ 15.000.000,00 10000 R$ 15.000.000,00
Total Investimento / Ano R$ 15.000.000,00 R$ 15.000.000,00 R$ 15.000.000,00 R$ 15.000.000,00 R$ 15.000.000,00

Total Investimento 5 Anos R$ 75.000.000,00

Fluxo de caixa projetado

Fluxo de Caixa Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5


1. Receitas R$ 21.000.000,00 R$ 21.000.000,00 R$ 21.000.000,00 R$ 21.000.000,00 R$ 21.000.000,00

- Impostos incidentes sobre a Receita R$ 460.000,00 R$ 460.000,00 R$ 460.000,00 R$ 460.000,00 R$ 460.000,00

- Outras deduções
Receita Líquida R$ 20.540.000,00 R$ 20.540.000,00 R$ 20.540.000,00 R$ 20.540.000,00 R$ 20.540.000,00

2. Custos Variáveis
- Serviços prestados
- Outros custos variáveis
3. Margem de Contribuição
4. Custos Fixos
- Pessoal Administrativo R$ 70.866,00 R$ 70.866,00 R$ 70.866,00 R$ 70.866,00 R$ 70.866,00

- Despesas de escritório
- Outras despesas fixas R$ 3.033.000,00 R$ 3.033.000,00 R$ 3.033.000,00 R$ 3.033.000,00 R$ 3.033.000,00

- Lucro Operacional
- Impostos sobre o lucro
- Resultado Líquido
- Investimento em Semoventes R$ 15.000.000,00 R$ 15.000.000,00 R$ 15.000.000,00 R$ 15.000.000,00 R$ 15.000.000,00

- Investimentos em Ativos Fixos R$ 583.700,00 R$ - R$ - R$ - R$ -

5. Fluxo de Caixa Líquido R$ 1.852.434,00 R$ 2.436.134,00 R$ 2.436.134,00 R$ 2.436.134,00 R$ 2.436.134,00


18

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

BARCELLOS, Júlio Otávio e outros. A Pecuária de Corte no Brasil: Uma Abordagem


Sistêmica da Produção a Diferenciação de Produtos.
Disponível em: < http://www.fee.tche.br/sitefee/download/jornadas/2/e13-03.pdf> Acesso
em: 22 jul. 2013.

MATSUNAGA, M.; BEMELMANS, P. F.; TOLEDO, P. E. N. de. Metodologia de custo de


produção utilizado pelo IEA. Agricultura em São Paulo, São Paulo, v. 23, n. 1, p. 123-139,
1976.

NETO, A. C. E. Curso On-line Gestão da empresa pecuária: Módulo III - Planejamento Geral.
Instituto de Estudos Pecuários (IEPEC). 62p. 2009.

PY, C. F. R. Pecuária de corte: projetos de desenvolvimento. Guaíba: Agropecuária, 1995.

CONAB - COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO. Metodologia de Cálculo


dos Custos de Produção. Disponível em:
www.conab.gov.br/conabweb/download/safra/custosproducaometodologia.pdf. 2007.

BURGI, R. Produção de bagaço de cana-de-açúcar auto hidrolisado e avaliação do seu


valor nutritivo para ruminantes, 1985. Piracicaba-SP, 61p ( Mestrado – ESALQ/USP).

FREITAS, J. A.. G. et al. Efeito da amonização sobre a composição bromatológica e


digestibilidade in vitro do bagaço de cana-de-açúcar. CD ROM Anais da XXXVIII Reunião
da SBZ, 2001.Piracicaba-SP.

LANNA, D. P. D. et al. Desempenho e Composição Corporal de Novilhas Alimentadas com


Dois Níveis de Concentrado e Bagaço de
Cana Submetidos a Diferentes Processos de Hidrólise. Rev. bras. zootec., v.28, n.2, p.412-
420, 1998.

Você também pode gostar