Tulasi

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Sociedade Internacional para Conscincia de Krishna

Tulasi: A Amada de Krishna

Fundador-crya: Sua Divina Graa A.C. Bhaktivedanta Swami Prabhupda

Tulasi: A Amada de Krishna

Produo: Gunesvara Das (Nova Gokula, Pindamonhangaba/SP) Traduo para o Portugus: Idumukhi Devi Dasi (Curitiba/PR) Reedio: Krishna-mayi Devi Dasi (Salvador/BA) Lvia Papandr Vieira (So Jos do Rio Preto/SP) Superviso:

Sua Santidade Purushatraya Swami

SO JOS DO RIO PRETO/ SP 2009

SUMRIO

1. Srila Prabhupda e Tulasi Devi ....................................................................................... 1 2. As Glrias de Srimati Tulasi Devi .................................................................................... 5 3. A Histria de Srimati Tulasi Devi .................................................................................... 10 4. Passatempos de Srimati Radharani e Tulasi Devi .......................................................... 25 5. Servindo Tulasi Devi ......................................................................................................... 32 5.1. JIVA GOSWAMI PRABHU ............................................................................................ 32 5.2. GUNESVARA PRABHU ................................................................................................ 34 6. Vrnda Kunda ..................................................................................................................... 43 7. Mantras e Canes Glorificando Tulasi Devi ................................................................. 46 7.1. SRI VRNDADEVI-ASTAKA.......................................................................................... 46 7.2. TULASI-STAVA ............................................................................................................. 48 7.3. OS OITO NOMES DE TULASI DEVI ........................................................................... 49 7.4. SRI TULASI KIRTANA .................................................................................................. 49 7.5. SRI TULASI-ARATI ....................................................................................................... 50 8. O Processo de Adorao de Srimati Tulasi Devi ............................................................ 52 BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................... 57

1. Srila Prabhupda e Tulasi Devi

Desejamos comear este pequeno livro sobre Tulasi Devi conscientizando os devotos sobre o quanto Srila Prabhupda se sentia feliz ao saber que algum devoto estava cuidando de Tulasi com esmero e dedicao. Dificilmente iremos encontrar o nome de algum devoto ou devota da ISKCON escrito nas pginas do Srimad-Bhagavatam, nos Significados Bhaktivedanta. No obstante, e talvez seja a nica exceo, Srila Prabhupda o fez quando descobriu que uma de suas primeiras discpulas, Govinda Dasi, havia tido xito em fazer brotar o primeiro arbusto de Tulasi Devi. No Quarto Canto, Captulo Oito, verso cinqenta e cinco, Srila Prabhupda escreveu: Aqui se menciona especificamente que as folhas de Tulasi so muito queridas pela Suprema Personalidade de Deus e os devotos devem ter um cuidado especial em obter folhas de Tulasi em todos os templos e centros de adorao. Nos pases ocidentais, enquanto nos ocupvamos em propagar o movimento para a conscincia de Krishna, nos sentamos mui infelizes por no poder encontrar folhas de Tulasi. Por isso, estamos mui agradecidos a nossa discpula, Srimati Govinda Dasi, por seu desvelo em plantar as sementes de Tulasi e cuidar de seu crescimento. Pela graa de Krishna ela teve xito. Agora Tulasi cresce praticamente na totalidade dos centros de nosso movimento. Na revista Back to Godhead (De Volta ao Supremo), Govinda Dasi escreveu um artigo no ano de 1992, onde narra o encontro de Srila Prabhupda com a primeira planta de Tulasi Devi. Ela escreveu o seguinte: Em 1969 Prabhupda me enviou a Honolulu para abrir um templo. Passei bastante tempo lendo na biblioteca de pesquisas da Universidade do Hawai. Encontrei muitos textos antigos da ndia, alguns escritos pelo guru de Srila Prabhupda e outros santos Vaishnavas. Encontrei informaes sobre Tulasi Devi, seus nomes botnicos, sua histria e como cultiv-la. Ento, meu desejo de cultivar Tulasi Devi se tornou uma obsesso e de algum modo consegui sementes originrias da ndia. As primeiras sementes no germinaram. Eu adorava diariamente um broto verde bem fino, at que se tornou evidente que era apenas uma folha de grama. A segunda remessa de sementes se

mostrou frtil, e pequenas plantas com forma de corao abriram suas delicadas folhas em nossa casa de Honolulu. Este era o comeo. Todavia eu no sabia por que era importante para Srila Prabhupda, ou para sua misso, que cultivssemos Tulasi. Porm depois, quando em Los Angeles mostrei a Prabhupda duas pequenas Tulasi, ele se quedou encantado. Por bastante tempo ele segurou um dos vasos, observando vividamente extasiado a pequena Tulasi de quinze centmetros, notando que ela era na realidade Srimati Tulasi Devi. Srila Prabhupda falou sem cessar sobre as glrias de Tulasi Devi, e estava num humor muito feliz. Kartikeya Das, que era o servente de Srila Prabhupda, se surpreendeu. Algum momento depois me contou que no havia visto Srila Prabhupda to feliz desde mais de um ano. Srila Prabhupda confirmou sua felicidade pouco tempo depois ao escrever o seguinte a Govinda Dasi: Estou muito feliz por saber que Srimati Tulasi Devi te favoreceu tanto. Estava mui ansioso por introduzir esta adorao a planta Tulasi entre os membros de nossa sociedade, porm at agora no havia bons resultados. Por isso, ao escutar que obtiveste esta oportunidade, meu prazer no tem limites. Podemos entender quanto Srila Prabhupda apreciou este servio a Tulasi Devi ao ler a seguinte carta para esta devota: Como esto tuas plantas de Tulasi no Hawai? Como esto se sentindo? Estou constantemente pensando nelas e em ti. Por favor, faa-me saber como esto crescendo e como ests cuidando delas. Esta vez quando eu for ao Hawai, me sentarei no bosquezinho de Tulasi e cantarei Hare Krishna. E quando um vizinho demonaco atacou essas Tulasi, Srila Prabhupda expressou seus sentimentos assim: Estou muito triste por ouvir que teu demonaco vizinho cortou muitas plantas de Tulasi, contudo, no te preocupes. Podes estar segura que, em seu devido tempo, ele ter seu castigo apropriado... Deveramos capturar essa pessoa e golpe-la mui fortemente com sapatos. Entretanto, no seria muito bom para nossa reputao que nos

acusem de brigar desta maneira. No obstante, se chegarmos a descobrir que este homem est transgredindo nossa propriedade, devemos castig-lo mui severamente... Srila Prabhupda escreveu a Govinda Dasi comentando que sempre contava a muitos cavalheiros sobre como ela havia trabalhado de maneira rdua para introduzir Tulasi nos pases ocidentais e como agora ele recebia informes de que ela crescia belamente por todos lados. Estando assim satisfeito com Govinda Dasi, Srila Prabhupda lhe disse que ela era realmente uma serva de Govinda e desejou que ela alcanasse essa posio eterna no mundo espiritual. Srila Prabhupda escreveu-lhe: Oxal Tulasi seja bondosa contigo e te leve perante Krishna para que tu sejas uma das Gopis assistentes, as servas em Vrndavana. Foi assim como Srila Prabhupda satisfez seu profundo desejo de ver Tulasi Devi sendo adorada pelos devotos da ISKCON. A princpio, estava ansioso, porm ao ver que Tulasi havia crescido em todos os templos, Prabhupda expressou sua satisfao, escrevendo aos devotos que cuidavam delas. Tal como um pai, Srila Prabhupda havia plantado a semente da devoo nos coraes de seus seguidores e, como ele indicou depois em vrias cartas, esta devoo cresceria pela proteo, bondade e compaixo de me Tulasi. Srila Prabhupda escreveu para os devotos frases como: Quanto mais te dedicas ao servio de Tulasi de forma pessoal, mais compreenders e gostars da conscincia de Krishna. Por favor, oferea-lhe todos os respeitos e cuide dela com muito esmero. Srimati Tulasi Devi se satisfar contigo, outorgando-te o auspicioso favor do Senhor. Esfora-te por continuar cuidando da melhor maneira possvel e

automaticamente avanar na conscincia de Krishna. Por fazer crescer profusamente plantas de Tulasi, ests fazendo um servio mui bom para nossa sociedade. Estou muito feliz por ouvir que Tulasi est crescendo bem. Este o sintoma de um servio devocional srio. A presena de Tulasi a prova de uma genuna atmosfera espiritual nesse lugar.

Se existe algum impedimento para cultivar Tulasi, um indcio de um servio devocional defeituoso. Ouvindo acerca dos sentimentos e dedicao de Srila Prabhupda por Tulasi Devi, podemos perceber quo gloriosa ela . Ouamos agora sobre as glrias de Tulasi Devi a partir das Escrituras e dos Puranas.

2. As Glrias de Srimati Tulasi Devi

Primeiro devemos compreender que Tulasi completamente pura. Descreve-se isto no Prahlada Samhila:

patram puspam phalam kastham tvat sakha-pallavankuram tulasi sambhavam mulam pavanam mrtikady api
As folhas, flores, frutos, ramos, casca, brotos e barro de Tulasi so completamente puros.

Porque Tulasi completamente pura e pode purificar o universo inteiro, um de seus nomes visva-pavani. Segundo o Padma Purana, os lugares sagrados que purificam os peregrinos, vivem em Tulasi.

koti brahmanda madhyesu yani tirthani bhutale tulasi dalam asritya tanyeva nivasanti vai
Todos os lugares de peregrinao neste planeta e em milhes de universos tomam refgio numa folha de Tulasi. (PP 24.10)

No Nctar da devoo, Srila Prabhupda citou o seguinte verso do Skanda Purana: Tulasi auspiciosa em todos os aspectos. Simplesmente por v-la, simplesmente por toc-la, simplesmente por record-la, simplesmente por orar a ela, simplesmente por prostrar-se diante dela, simplesmente por ouvir sobre ela ou simplesmente por plantar esta rvore, tudo sempre auspicioso. Qualquer pessoa que entre em contato com Tulasi da maneira supramencionada vive eternamente no mundo de Vaikuntha. O Skanda Purana menciona este efeito auspicioso citado acima por Srila Prabhupda, da seguinte maneira:

ya drsta nikhila agha sangha samani sprsta vapuh pavani

roganam abhivandita nirasini siktantaka trasini pratya satti vidhayini bhagavatah krsnasya samaropita nyasta taccarane vimukti phalada tasyai namah
Simplesmente por contemplar Tulasi Devi, todos os pecados de uma pessoa so erradicados. Simplesmente por toc-la, o corpo dessa pessoa se purifica. Ao orar a ela, se eliminam todas as enfermidades. Se algum a rega ou umedece, destri seu temor a Yamaraja (a morte personificada). Simplesmente por plant-la ou transplant-la, se obtm realizao da Suprema Personalidade de Deus. Ela outorga liberao ou devoo pelo Senhor Krishna a qualquer pessoa que oferea suas folhas ao Senhor. Por isso, ofereo minhas humildes reverncias a maravilhosa Tulasi.

As glrias de Tulasi Devi so descritas vividamente no Skanda Purana, numa conversa entre o Senhor Shiva e seu filho, Kartikeya. Kartikeya perguntou: Meu querido pai, qual a rvore ou planta capaz de outorgar amor por Deus? O Senhor Shiva respondeu: Meu querido filho, de todas as rvores e plantas, Tulasi Devi suprema. Ela completamente auspiciosa, quem satisfaz todos os desejos, completamente pura, sumamente querida pelo Senhor Krishna e a mais elevada devota. Muito tempo atrs, para o benefcio de todas as almas condicionadas, o Senhor Krishna trouxe Vrinda Devi em sua forma de planta (Tulasi) e a plantou neste mundo material. Tulasi a essncia de todas as atividades devocionais. Sem folhas de Tulasi, o Senhor Krishna no aceita nada. Uma pessoa que adora diariamente ao Senhor Krishna com folhas de Tulasi alcana os resultados de todas as classes de austeridades, caridades e sacrifcios de fogo. De fato, ela no tem mais deveres para executar e realizou a essncia de todas as Escrituras. Assim como o rio Ganges purifica a todos os que nele se banham, da mesma maneira, Tulasi Devi est purificando os trs mundos. No possvel descrever por completo o benefcio de oferecer manjaris de Tulasi (flores) ao Senhor Krishna. O Senhor Krishna, junto com todos os semideuses, residem onde h uma planta de Tulasi Devi. Por esse motivo, uma pessoa deve plantar Tulasi Devi em sua casa e ador-la todos os dias. Algum que se senta perto de Tulasi Devi e canta ou recita oraes, lograr o resultado muito mais rapidamente.

Todas as formas de fantasmas e demnios fogem do lugar no qual se planta Tulasi Devi, e todas as classes de reaes pecaminosas so destrudas quando algum se aproxima dela. Algum que coloca em sua boca ou sobre sua cabea as folhas de Tulasi que foram oferecidas ao Senhor Krishna, alcana a morada do Senhor Krishna. Em Kali-yuga, algum que adora Tulasi Devi, realiza kirtanas frente a ela, lembra-se dela, a planta ou cuida dela, reduz a cinzas todas suas reaes pecaminosas e alcana a morada do Senhor Krishna mui rapidamente. Algum que prega as glrias de Tulasi Devi e tambm pratica aquilo que prega, se torna muito querido pelo Senhor Krishna. Quem adora Tulasi Devi satisfaz ao guru, aos brahmanas, aos semideuses e a todos os lugares sagrados. Quem faz uma guirlanda de Tulasi consegue o resultado de todas as caridades e de cem sacrifcios de fogo. Quem oferece ao Senhor Krishna uma folha de Tulasi se converte muito rapidamente num Vaishnava (devoto de Krishna). Que necessidade de compreender todas as Escrituras ter uma pessoa que ofereceu as folhas e a madeira de Tulasi ao Senhor Krishna? Tal pessoa nunca mais ter que beber o leite dos seios de uma me (no voltar a nascer). Uma pessoa que tenha adorado o Senhor Krishna com folhas de Tulasi Devi, j liberou todos seus antepassados do ciclo de nascimento e morte. Meu querido Kartikeya, acabo de narrar-te muitas das glrias de Tulasi Devi. Seu eu tivesse que escrever suas glrias por toda eternidade, no seria capaz de chegar a uma concluso. Se uma pessoa recorda estas glorificaes a Tulasi Devi, ou as narra aos outros, nunca mais ter que nascer. Esta foi a descrio das glrias de Tulasi Devi que apareceu na seo Sristi Kanda do Padma Purana. Em outra seo, o Senhor Shiva descreve para Narada Muni outras glrias de Tulasi Devi que so muito auspiciosas, especialmente quando aplicadas a algum que acaba de morrer. So assim: O Senhor Shiva disse: Meu querido Narada Muni, por favor, oua, j que agora te relatarei as maravilhosas glrias de Tulasi Devi. Uma pessoa que escute as glrias de Tulasi Devi destruir todas suas reaes pecaminosas, as quais tenha acumulado por muitos nascimentos, e mui rapidamente alcanar os ps de ltus de Sri-Sri-Radha-Krishna.

Se ao cremar um corpo se coloca madeira de Tulasi, a pessoa que habitava naquele corpo alcanar o mundo espiritual, inclusive se foi a mais pecaminosa de todas as pessoas pecaminosas, e a que ascende o fogo se livra de todas as reaes pecaminosas. Se na hora da morte uma pessoa pronuncia o nome do Senhor Krishna enquanto toca a madeira de Tulasi Devi, alcana o mundo espiritual. Quando o corpo morto est sendo cremado, inclusive se um pequeno pedao de madeira de Tulasi for colocado no fogo, a pessoa alcana o mundo espiritual. Por estar em contato com Tulasi, todas as outras madeiras se purificam. Quando os mensageiros do Senhor Vishnu vem um fogo no qual se est queimando Tulasi, imediatamente chegam e levam essa pessoa para o mundo espiritual. Os mensageiros de Yamaraja no se aproximam desse lugar. Quando os semideuses vem essa pessoa que est indo a caminho do mundo espiritual, derramam flores sobre ela. O Senhor Vishnu e o Senhor Shiva ficam muito felizes e a bendizem. Ento, o Senhor Krishna Se apresenta diante de tal pessoa e, tomando-a pela mo, leva-a para Sua Morada. Estas so as glrias de Tulasi Devi, as quais, como afirma o Padma Purana 61.1533, so cantadas pelos suras-sattama, os melhores semideuses. Nessa mesma seo do Padma Purana se descreve como o prprio Senhor Krishna cuidou de Tulasi na beira do Gomati. Ali se diz que o Senhor Vishnu a adorou em Vrindavana para trazer benefcio ao mundo inteiro, para a proteo das Gopis, para o progresso de Gokula e para a destruio de Kamsa. Segundo as indicaes de Vasistha, o Senhor Ramachandra plantou Tulasi na margem do Sarayu para propiciar a morte dos demnios. Quando me Sita foi raptada por Ravana e separada do Senhor Rama, se dedicou a meditar em Tulasi enquanto permanecia no jardim Ashoka (dentro de Lanka, a cidade de Ravana). Ela conseguiu assim unir-Se novamente com Seu amado Senhor Ramachandra. Para incrementar o mrito de Suas penitencias, e tambm para manter o Senhor Shiva como seu esposo, Me Parvati plantou Tulasi Devi nos Himalayas. As esposas dos semideuses e dos kinnaras sempre dependem de Tulasi para a destruio dos maus sonhos. Quando o Senhor Rama plantou Tulasi no bosque de Dandakaranya, Lakshamana e Sita cuidaram dela e a protegeram com devoo. Quando Sugriva vivia em Rishyamukh, adorou e serviu Tulasi para poder resgatar a esposa que tinha sido capturada por Bali, e assim tambm destruir Bali. E Hanumam, antes de cruzar o oceano para dirigir-se a Lanka, teve o cuidado de oferecer reverncias a Tulasi Devi para obter suas bnos. Os mantras que descrevem esta adorao a Tulasi realizada pelo Senhor, Suas expanses e associados so muito auspiciosos. Originalmente, este stava (mantra) foi

transmitido por Shatanananda Muni a um discpulo. Mais tarde, Srila Vyasadeva o narrou diante de um brahmana. Afirma-se nesta seo do Padma Purana que o benefcio de se observar viglia na noite de dvadashi (seguinte a do ekadashi, jejum sagrado) e adorar Tulasi Devi com este stava, que tal devoto nunca contemplar dentro de sua mente desfrutes separados do Senhor Krishna, ou condutas irreligiosas. E ainda mais, tal devoto afortunado nunca se separar da associao dos Vaishnavas. Na seo de Mantras e oraes deste livro, descreveremos o stava para que possam apreciar mais ainda as glrias de Tulasi Devi e para que os devotos interessados em obter a misericrdia de Tulasi Devi o recitem. Numa ocasio, muito tempo atrs, Narada Muni perguntou ao Senhor Narada: Quem Tulasi Devi? Como conseguiu tal poder? Como se tornou Tua esposa? Por que se transformou numa planta? Vamos narrar algo sobre a histria de Tulasi Devi, tal como aparece no Brahma-vaivarta Purana.

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3. A Histria de Srimati Tulasi Devi

Srila Prabhupda no nos contou, com todos seus detalhes, a histria de Tulasi. Prabhupda mencionou que ela estava casada com um demnio, ao qual Krishna matou. Devido a nenhum acharya ter narrado a histria com detalhes, pensvamos que seria melhor no inclu-la neste livro. Por outro lado, no livro Our Original Position (Nossa Posio Original), recentemente publicado pela ISKCON GBC Press, se apresentou a traduo de uma passagem do Brahma-vaivarta Purana que narra como Tulasi veio ao mundo. Tambm se explica ali quem era esse demnio. As tradues destas passagens do Brahma-vaivarta Purana que se apresentam nesse livro do GBC so praticamente idnticas as narraes destas mesmas passagens que foram apresentadas por Amala Bhakta Das, com autorizao do GBC. Ademais, esse livro do GBC Press, apresenta cartas e citaes de Srila Prabhupda mostrando a autenticidade do Brahma-vaivarta Purana e como ele, Prabhupda, desejava que seus estudantes o traduzissem, porm que no o faziam porque todavia no eram muito peritos em tal trabalho. Assim, considerando tudo isso, decidimos narrar esta histria neste livro. Pedimos perdo se esta deciso que tomamos um erro. Em Our Original Position se comenta como Tulasi veio ao mundo a partir de uma conversa entre ela e o Senhor Brahma. Esta conversa ocorreu durante a poca em que Tulasi estava praticando austeridades em Badarikasharama. O Purana explica que, h muito tempo, havia um rei chamado Vrisadhvaja. Seus pais e seus outros antepassados (Daksa Savarn, Dharma Savarni, Visnu Savarni, Raja Savarni, etc.) haviam sido todos Vaishnavas, devotos do Senhor Krishna. No obstante, Vrisadhvaja era um fantico devoto do Senhor Shiva. No tinha respeito nem f pelos Vaishnavas e chegou ao ponto de proibir a adorao de Lakshmi. Alm de no participar das cerimnias do Senhor Vishnu, as criticava mui spera e sarcasticamente. Os semideuses no tiveram coragem de tomar medidas por causa do temor ao Senhor Shiva, que apreciava muito ao seu devoto, mas Surya, o Deus do Sol, no agentou de ira e lanou uma maldio para que ele perdesse todo seu poder e riquezas. O Senhor Shiva se irritou muito com esta atitude de Surya e o perseguiu a fim de mat-lo. Surya se refugiou em Brahma e ambos foram morada do Senhor Vishnu. O Senhor lhes disse que solucionaria o problema. Quando chegou o Senhor Shiva, foi muito bem recebido e respeitado pelo Senhor Vishnu e servido pelos vishnudutas.

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Ora, devido a auspiciosa presena do Senhor Vishnu, a ira do Senhor Shiva havia desaparecido, mesmo assim este expressou a causa de sua irritao diante do Senhor. A esta altura dos acontecimentos, porque um momento no planeta do Senhor Vishnu representa muitssimo tempo na terra, Vrisadhvaja e inclusive seu filho Hamsadhvaja, j tinham morrido. Os dois nobres filhos de Hamsadhvaja se chamavam Dharmadhvaja e Kusadhvaja. Ambos eram grandes Vaishnavas, porm devido maldio de Surya haviam perdido o reino e a prosperidade. No obstante, porque eram Vaishnavas, agora estavam se ocupando na adorao de Lakshmi, e esta, satisfeita, decidiu que desceria a Terra para nascer como filha de uma das esposas destes dois reis. Pela graa de Lakshmi, ambos se tornariam reis prsperos. O Senhor Vishnu comentou isso com o Senhor Shiva e aconselhou todos os senhores (Shiva, Brahma e Surya) a regressarem a suas moradas. Dharmadhvaja e Kusadhvaja, pelas bnos de Lakshmi, conseguiram prosperidade e tambm grande realizao espiritual. O rei Dharmadhvaja se casou com uma jovem chamada Madhavi. Aps algum tempo, Madhavi ficou grvida com a encarnao parcial da Deusa Lakshmi. No obstante, esta expanso de Lakshmi que estava no ventre de Madhavi permaneceu ali por cem anos. O brilho corporal de Madhavi aumentava dia-a-dia. Ento, num momento auspicioso, durante a lua cheia do ms de Kartika, numa sexta-feira, ela nasceu. Se podia apreciar que a graa de Lakshmi estava manifestada no beb. Seu rosto assemelhava-se lua de outono, seus olhos pareciam ptalas de ltus, e seus lbios pareciam com a fruta bimba. As palmas das mos e dos ps eram avermelhadas, seu umbigo era profundo e seu estmago apresentava trs pregas. No inverno, seu corpo era clido, e no vero era fresco. Ela era branca, com uma delgada cintura e extraordinria beleza. Devido a sua beleza no ter comparao, os sbios lhe deram o nome de Tulasi. Imediatamente depois de nascer, assim como ocorreu com Sukadeva Goswami, Tulasi decidiu partir do lar e realizar austeridades nos bosques de Badarikasharama com propsito de obter Krishna como seu esposo. Os sbios e membros maiores da famlia trataram de dissuadi-la de seu plano, porm, foi em vo. Ela se foi para os Himalayas e executou penitencias similares as realizadas por Dhruva Maharaja. Durante cem mil anos apenas comia folhas, razes e gua, at que ao final se manteve parada numa s perna, apenas respirando. Vendo estas austeridades, o Senhor Brahma apareceu e disse a ela: Oh Tulasi, peame o que quiseres!

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Ento Tulasi comeou a falar ( essa a parte que aparece no livro Our Original Position). Tulasi disse: Escuta-me querido Senhor. Vou declarar o desejo que existe em minha mente. Na realidade, que vergonha eu deveria ter diante de ti, que sabes tudo? Eu sou Tulasi. Anteriormente, estava situada em Goloka como uma Gopi, amada por Krishna, tambm era uma serva, parte integrante do Senhor, e querida por suas amigas. No circulo da dana da rasa, a regente (Radharani), ao aproximar-Se, viu que eu estava aturdida, insacivel e entrelaada com Govinda. Oh av, repleta de ira Ela censurou Govinda e ento me amaldioou: Vai-te e adota um nascimento humano! Govinda me disse: Depois de realizar austeridades em Bharata, ndia, tu alcanar Minha parte plenria de quatro braos, Narayana, graas s bnos de Brahma. Tendo falado dessa maneira, o Senhor dos deuses desapareceu. Abandonando meu corpo, devido ao temor que senti de Radha, obtive um nascimento na Terra. Agora desejo alcanar Narayana como meu amado, porque Ele pacfico e possui uma bela forma. Conceda-me tal beno! Segundo a narrao de outros devotos, a histria continua da seguinte maneira: O Senhor Brahma disse a Tulasi que Sudama, que tambm uma parte integrante de Krishna e um de seus amigos em Goloka, tambm foi amaldioado por Radharani e agora est na Terra. Nasceu numa famlia de demnios (asuras), se chama Sankachuda e possui muita energia. Brahma contou como Sudama estava praticando austeridades para casar-se com Tulasi, e que ele satisfaria seu desejo. Portanto, Tulasi deveria esperar por Sankachuda. No obstante, por arranjo da providencia, Tulasi depois conseguiria ao belo Narayana como seu esposo. Finalmente, ela se converteria em uma planta e sendo a melhor das plantas, e muito querida por Narayana, permaneceria em Vrndavana e por isso seria conhecida como Vrndavani. Os vaqueiros e pastores de vacas dali adorariam ao Senhor com as folhas de Tulasi. E assim, como a deidade regente da planta de Tulasi, ela sempre desfrutaria da companhia de Krishna, o melhor dos pastorzinhos (e dessa forma, no seria apenas a esposa de Narayana). Tulasi ficou muito feliz com esta beno. Disse ao Senhor Brahma que em Goloka, ela tinha uma relao intima com Krishna e no com Narayana, e que, pela ordem que Krishna havia lhe dado, estava fazendo austeridades para obter Narayana como seu amado esposo. No obstante, pela beno de Brahma, Tulasi podia ter de novo uma relao intima

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com Krishna. Apesar disso, ela ainda estava com medo de Srimati Radharani, e por isso pediu outra beno ao Senhor Brahma, o dom de perder o temor por Radharani. Brahma ento deu o Radha mantra, mediante o qual Radharani sentiria tanta afeio por Tulasi como por Sua prpria vida e aprovaria os tratos ntimos de Tulasi e Krishna. Ele a iniciou neste mantra e aps bendiz-la, desapareceu. Ento, Tulasi se ocupou em adorar Srimati Radharani com este mantra e aps doze anos, obteve o resultado. Suas austeridades ento terminaram. Tulasi estava no comeo de sua juventude (pelas bnos de Brahma) e ansiava pela companhia de Krishna. Agora, Srimati Radharani j no se aborrecia por isso. Ela se encontrava num belo lugar e adormeceu com um sentimento de felicidade. Entretanto, enquanto dormia, Kamadeva, o Deus do amor, atirou nela suas flechas encantadas de despertar desejos. Embora estivesse com sndalo e flores refrescantes, o corpo de Tulasi comeou a queimar e tremer, ento ela teve que passar seus dias ali num estado de inquietude, que aumentava dia-a-dia. Em sonhos, via um rapaz belamente vestido, decorado com jias, pasta de sndalo e flores. Ele a beijava no rosto e lhe falava com afeto. Repetidamente abraava e beijava-a. Em alguns momentos aparecia, e em outros se afastava. E ela lhe dizia: Oh senhor de meu corao, aonde vais, fica, no te vs! Quando Tulasi despertava chorava uma ou outra vez. Assim passou seus dias em Badarikasharama. Segundo o Purana, a histria do pastorzinho Sudama que nasceu como demnio e se casou com Tulasi a seguinte: Uma das trinta filhas de Daksha que se casou com Kasyapa se chamava Danu. Era muito casta e atraente. Seu filho foi Vipraciti, cujo filho foi Damba. Damba era grande devoto de Vishnu, mas no podia ter filhos. Foi at Pushkara para cantar o Krishna mantra e praticar austeridades. Devido a suas austeridades, o universo foi esquentando e todos os semideuses foram refugiar-se no Senhor Brahma. Eles decidiram ir todos para Svetadvipa para ver o Senhor Vishnu, que lhes assegurou que no deviam temer. No era o fim do universo. O asura (demnio) Damba estava realizando austeridades para poder ter um filho. O Senhor Vishnu iria abeno-lo e pacific-lo. O Senhor Vishnu foi a Pushkara e viu Damba cantando Seus santos nomes. Ento lhe disse: Damba, que beno queres? Damba ofereceu respeitos e oraes e pediu um filho que fosse devoto de Krishna, invencvel pelos semideuses e conquistador dos trs mundos. O Senhor lhe deu a beno e regressou a Sua morada. Damba depois tambm regressou. Em pouco tempo, sua esposa ficou grvida, e o quarto resplandecia porque em seu ventre estava Sudama, que fora amaldioado por Radharani. Sankachuda nasceu e aprendeu

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tudo muito rpido, sendo o deleite da famlia. Tambm ele foi para Pushakara fazer austeridades e satisfazer o Senhor Brahma. Quando Brahma apareceu e lhe perguntou que beno queria, Sankachuda ofereceu oraes e respeitos e disse: Por favor, torna-me invencvel pelos semideuses e tambm d-me a beno de que possa casar-me com Tulasi. Ento Brahma lhe deu o divino amuleto do Senhor Krishna, chamado sarva-mandala-maya. Quem o usasse, jamais seria derrotado. Tambm lhe assegurou que enquanto a sua esposa Tulasi lhe fosse casta, ele seria invencvel. Depois, Sankachuda foi at onde estava Tulasi, agora portando seu amuleto. Seu rosto brilhava de alegria. Tulasi viu que Sankachuda, que se aproximava num aeronave, estava no comeo de sua juventude. Era atraente como Cupido, branco como a flor champaka e estava decorado com jias e com uma guirlanda de flores parijata e sndalo perfumado. medida que se aproximava, Tulasi escondeu seu rosto e sorria com olhadelas de relance. Devido a ser o primeiro encontro, ela inclinou a cabea nervosamente enquanto com seus olhos bebia o ltus do rosto de Sankachuda. Sankachuda tambm observava Tulasi, que estava sentada num assento com flores e sndalo. Os dentes de Tulasi brilhavam como prolas, seus lbios eram como a fruta bimba, belo era seu nariz, e sua tez dourada. Ela tinha belos ornamentos brilhantes, com jasmins atrs de seus cabelos e belos brincos. Sankachuda se sentou perto e lhe disse: Oh bela jovem! De quem s filha? E como chegaste a este bosque? Parece ser mui afortunada, a personificao do prazer material, a melhor das mulheres. Imagino que inclusive at confundas os santos. Porm Tulasi no lhe respondia. Ento novamente ele disse: Oh pessoa agradvel! Por que no falas comigo? Sou teu servo. Portanto d-me a graa da tua voz meldica. Com um rosto sorridente, a bela Tulasi lhe disse: Eu sou a filha do rei Dharmadvaja, e estive praticando austeridades neste lugar. Porm... Quem s tu?... Por que ests falando comigo? Quando um homem nobre v uma mulher virtuosa, que est sozinha, no se aproxima para falar com ela. Portanto, v para onde quiseres. Os shastras dizem que somente homens degradados desejam mulheres. No comeo, uma mulher doce para um homem, porm depois... Embora sua boca emane mel, seu corao como um pote de veneno. Embora use palavras doces, seu corao afiado como uma navalha. Para alcanar seus prprios interesses e metas, ela submissa com seu esposo. De outra maneira insubmissa. Embora seu rosto seja agradvel, seu corao sujo. At os Vedas e os Puranas no podem suportar seu carter. Um homem sbio nunca confia numa mulher. Ela no tem amigos ou inimigos, pois apenas deseja novos amantes. Quando uma mulher v um homem elegante, internamente

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o deseja, porm externamente parece casta e modesta. Por natureza, apaixonada, atrai a mente do homem e ansiosamente se ocupa em sexo. Embora a vista dos demais parea modesta, quando est a ss com seu amante est pronta para trag-lo. Quando no tem sexo com ele, seu corpo queima de ira e comea a brigar. Quando sua paixo se satisfaz, por completo, ela est alegre, quando no se satisfaz fica mal-humorada. Uma mulher prefere um bom amante mais que alimentos doces ou bebidas refrescantes. Agrada-lhe mais at que seu prprio filho, e lhe mais querido que sua prpria vida. Porm se o amante se torna impotente, ou velho, ela comea a consider-lo inimigo. Surgem discusses e brigas, e ela o devora tal como uma cobra com um rato. Uma mulher crtica, obstinada e infiel. At o Senhor Brahma e outros semideuses so iludidos por ela. Ela um freio no caminho das austeridades e um obstculo para a liberao. Inclusive um impedimento para desenvolver f pelo Senhor Hari. Ela o abrigo de toda iluso e representa os grilhes que nos mantm no mundo material. Ela como um mago e falsa como um sonho. Parece ser muito bela, porm uma embalagem de sangue, excremento, gs e urina. Quando Deus a criou, fez um arranjo para que fosse o esprito da iluso para os alucinados e veneno para aqueles que desejam a liberao. Por isso, sob nenhum ponto de vista deve-se desejar uma mulher, e esta deve ser evitada por todos os meios. Sankachuda sorriu e ento lhe respondeu o seguinte: Oh Deusa! O que disseste no completamente falso. Em parte verdade, e em parte falso. Do Criador tm surgido mulheres castas e incastas. Uma louvada, a outra no. Exemplos de mulheres castas so Lakshmi, Saraswati, Durga, Savitri e Radha. As mulheres que so expanses destas damas castas so auspiciosas, gloriosas e recomendadas. Estas expanses so Satarupa, Devahuti, Swadha, Dakshina, Anasuya, Ganga, Didi, Aditi, Vedavati, etc. Em todos os ciclos e yugas estas mulheres so excelentes. As prostitutas celestiais tambm so expanses, ou expanses parciais das mulheres mencionadas, porm elas no so louvadas devido a serem incastas. Na realidade, as mulheres que esto no modo da bondade, so virtuosas e puras. Os sbios declaram que elas so excelentes. Porm aquelas mulheres que esto no modo da paixo ou da ignorncia, no merecem ser glorificadas. As que esto no modo da paixo esto sempre desejando o prazer dos sentidos, se ocupam em tal prazer, e sempre esto tratando de satisfazer suas metas egostas. Em geral, tais mulheres no so sinceras, e sim iludidas e irreligiosas. Comumente so incastas. Porm as mulheres no modo da ignorncia so consideradas as piores. Elas so irresistveis.

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Um homem nobre nunca vai cortejar a mulher de outro homem, seja num lugar pblico ou privado. Porm, cheguei a ti por ordem do Senhor Brahma, para casar-me segundo o sistema gandharva. Assim, Sankachuda mencionou seu nome e contou como os semideuses o temiam. Contou o que havia ocorrido em sua vida anterior, quando era Sudama em Goloka. Tulasi finalmente reconheceu que os argumentos de Sankachuda a derrotaram e que o estava testando. Ela disse que um pai deveria dar sua filha em casamento a uma pessoa qualificada. Casar uma filha com um homem enfermo, velho, pobre, ignorante, cego, impotente, etc. era to pecaminoso como assassinar um brahmana. Porm quando um pai casa sua filha com um Vaisnava jovem, erudito, bem qualificado e pacfico, recebe o benefcio de dez sacrifcios de fogo. Ela comentou que se um pai d sua filha em casamento considerando lucro ou ganncia, e o que ir receber por isso, ser enviado ao inferno chamado Kumbhipaka. E ali, por muitos milhares de anos, tal pecador forado a beber a urina de sua filha e a comer o excremento dela. E, enquanto isso, vermes e corvos o picam e comem. Quando isso termina, disse Tulasi, nasce como uma pessoa enferma e mantm sua vida vendendo carne. Tulasi se satisfez ao ver que Sankachuda no estava sob o seu controle. At os antepassados e semideuses consideram que um homem que est sob controle da mulher de baixa classe. At seus pais mentalmente no o apreciam. Tulasi disse que, segundo os Vedas, quando algum morre na famlia de um brahmana, este leva dez dias para purificar-se. Se morrer algum na famlia de um kshatriya preciso doze dias; no caso de um vaishya quinze dias, e para shudras ou outras classes inferiores, leva vinte e um dias para purificar-se. Porm um homem que foi conquistado por uma mulher nunca se purifica. Ele s se purifica quando seu corpo queimado e reduzido a cinzas. Um homem cujo corao est sob o controle de uma mulher, no recebe os frutos de seu conhecimento, japa, austeridades, adorao, etc. Nesse momento, o Senhor Brahma apareceu, e disse a Tulasi que no havia necessidade de colocar a prova Sankachuda. Tambm disse a Sankachuda que no deveriam perder mais tempo e que deviam simplesmente juntar-se e trocar de guirlandas (como se faz no casamento gandharva). Assim fizeram e Brahma partiu. Eles tambm partiram aps Brahma, agora juntos. Abandonaram o eremitrio e comearam a viajar, e seus coraes se atraram com afeto. Ela se colocou a seu servio e ele lhe regalou jias que havia conseguido com as esposas dos semideuses (Varuna, Agni, Indra, Vishvakarma, etc.). E depois de adorn-la com

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as jias das esposas dos semideuses, Sankachuda ps os ps de Tulasi em seu peito e declarou ser seu servo. Sankachuda reinou durante um perodo de Manu, e conquistou todos os planetas dos semideuses, kinnaras, gandharvas e rakshasas. Estes tiveram que desaparecer de seus palcios sem levar nada, nem sequer roupas ou armas. Indignados, vagando pelo universo como mendigos, foram queixar-se com o Senhor Brahma. O Senhor Brahma os levou diante do Senhor Siva e todos juntos foram at a morada do Senhor Vishnu, para narrar-lhe o acontecido. Foi nesse momento que o Senhor Vishnu revelou a verdadeira identidade do esposo de Tulasi Devi. Dirigindo-se a Brahma, o Senhor Vishnu disse: (segue-se traduo do livro do GBC-ISKCON Our Original Position) Oh (Brahma), que nasceste de uma flor de ltus! Conhece toda a histria de Sankachuda, que anteriormente era meu devoto, um vaqueirinho de grande esplendor. Oh deuses! Escutem tudo acerca dessa antiga histria, a qual revela de fato o carter de Goloka e destri os pecados, por ser esta uma causa de piedade. Um vaqueiro chamado Sudama, um excelente associado Meu, entrou num ventre demonaco devido mui violenta maldio de Radha. Ali (em Goloka) uma vez sa de Minha casa para o circulo da dana da rasa, abandonando a orgulhosa Radha, Minha mais importante amiga, a mais grandiosa. Compreendendo, a partir do comentrio de uma serva, que Eu estava com Viraja, Ela (Radha) se irritou, foi ali e nos viu. E reconhecendo Viraja na forma de um rio e a Mim, que desapareci, regressou furiosa para Sua casa, junto com suas amigas. Vendo-Me na casa, Agora acompanhado por Sudama, a deusa me repreendeu mui severamente. Permaneci quieto e em silencio. Escutando isso, e sendo mui grandioso, Sudama se irritou com Ela e na Minha presena, rechaou Radha com ira. Ouvindo isto, Ela, cheia de ira, com Seus olhos de ltus vermelhos, deu uma instruo para que o afastassem do lugar. Sudama tremia. Cem mil sakhis surgiram de repente, brilhando com esplendor, e rapidamente o afastaram do lugar, enquanto ele protestava seguidamente. Ao escut-lo, Radha se encheu de ira e o maldisse com essas duras palavras: Agora te vai ao ventre de uma donava (demnia). Enquanto estava indo, gritando, chorando e prostrando diante de Mim. Ela se satisfez e, gritando com compaixo o detinha: Oh menino, detm-te! No vs! Onde est indo? Dizia Ela repetidamente. E chamando dessa maneira foi atrs dele perplexa. As Gopis tambm choravam, e todos os Gopas, pois eles estavam muito aflitos. E Radhika tambm o estava, j que por Mim, Se tornou consciente do ocorrido.

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Radha disse: Sudama, tu regressars quando tenha se passado a metade de um momento, havendo mantido as condies da maldio. E dizendo: Oxal que este pequeno menino regresse aqui. Contudo, a metade de um momento em Goloka corresponderia a um manvantara na Terra, criador dos mundos. Esta afirmao um fato. (Aqui termina a traduo do livro Our Original Position). Assim foi a histria de como Tulasi veio a Terra e como se casou com o demnio Sankachuda. Depois que o Senhor Vishnu explicou toda a histria ao Senhor Brahma e aos demais semideuses, Ele lhes disse que dentro em breve, o Senhor Siva o mataria com o tridente, porm que enquanto Sankachuda estivesse usando o amuleto de Krishna, ningum poderia derrot-lo. O Senhor Vishnu lhes disse que Ele mesmo se disfararia de brahmana para tirar-lhe o amuleto. E porque o Senhor Brahma havia dado a Sankachuda a beno de que ningum poderia derrot-lo enquanto sua esposa se mantivesse fiel e ele, o Senhor Vishnu lhe disse que tambm se encarregaria disto. Ento ele morreria e, depois de abandonar o corpo, Tulasi se tornaria a amada esposa de Vishnu (tal como ela havia desejado). Ento, o Senhor Narayana deu Seu tridente ao Senhor Shiva. Todos regressaram e o Senhor Shiva, preparando-se para uma guerra com Sankachuda, foi para as margens do rio Puspabhadra. Depois enviou Puspadarida, que era o lder dos gandharvas, com uma mensagem para Sankachuda. Ou Sankachuda devolvia aos semideuses tudo que lhes tinha roubado, ou ento devia preparar-se para enfrentar ao prprio Senhor Shiva. Comentou que todos os semideuses haviam tomado refgio do Senhor Hari e que o Senhor Hari havia dado Seu prprio tridente ao Senhor Shiva. Sankachuda no se atemorizou por tal desafio do Senhor Shiva e disse ao gandharva que no dia seguinte iria falar pessoalmente com o Senhor Shiva. O mensageiro regressou e lhe deu a resposta. Enquanto isso, as seguintes personalidades chegaram ao lugar onde se encontrava o Senhor Shiva: Kartikeya (filho do Senhor Shiva), Nandi (seu touro transportador), Mahakala, Manibhadra, os onze Rudras, os oito Vasus, os doze Adityas, Indra, Chandra, Agni, os dois Aswini Kumaras, Visvakarma, Kuvera, Yama, Vayu, Varuna, Mangala, (o planeta Marte), Budha (Deidade do planeta Mercrio), Dharma, Shani (Deidade do planeta Saturno), Kama e Bhadra Kali com seus cem braos. Bhadra Kali infundia medo nos inimigos. Em seus cem braos ela portava as armas de Garuda, Narayana, Varuna, Vishnu, serpentes, as armas de Brahma, flechas, machadinhas, e estava rodeada de bhutas, pretas, rakshasas, yakshas e brahmarakshasas, alm de yoginis. Todos eles se preparavam em formao militar.

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Tulasi havia tido maus sonhos na noite anterior, e quando Sankachuda lhe informou o que ocorreria, ela se preocupou. Sankachuda predisse-lhe acerca do fator tempo, o karma e seus resultados, as leis da criao, manuteno e destruio. E porque o Senhor Krishna a origem de Brahma, Vishnu e Shiva, criador e destruidor de tudo, Tulasi deveria apenas meditar em Sri Krishna e refugiar-se Nele. Sendo transcendental a tudo, o Senhor Krishna no tinha comeo nem fim e era a origem de toda existncia. Sankachuda recomendou-lhe adorar o consorte de Radha, Sri Krishna, que a Superalma de todos. Disse-lhe para se refugiar em Krishna, sob cujas ordens o vento sopra, a morte chega, o Sol brilha e o pasto se move. Busca o Supremo Senhor Krishna! disse Sankachuda, e continuou descrevendo as glrias do Senhor Krishna como o amigo de todos. Aconselhou a Tulasi render-se a Ele e orar-Lhe. Disse-lhe que devido ao karma, a providencia os havia unido e a mesma providencia os separaria. Recordou-lhe que em Badarikashrama ela se ocupara em austeridades para obter o Senhor Narayana e agora o teria. Sankachuda havia feito austeridades para ter Tulasi como esposa, e o conseguiu pelas bnos do Senhor Brahma. Dentro em breve, Tulasi obteria Govinda em Goloka Vrndavana, e depois de abandonar seu corpo demonaco, Sankachuda (Sudama) tambm iria para l. Por isso, Sankachuda aconselhou Tulasi a no se preocupar por ele e que ela mesma abandonaria este corpo e iria com o Senhor Hari. Assim, ela no deveria preocupar-se nem lamentar-se. Sankachuda passou a noite com Tulasi num quarto cheio de jias, diamantes e sndalo. Porm Tulasi, que no tinha comido nada nesse dia, comeou a chorar. Novamente Sankachuda a apaziguou. Sankachuda havia recebido instrues do Senhor Krishna no bosque de Bandiravana e estas instrues poderiam dissipar qualquer lamentao. Agora, com cuidado, transmitia estas instrues a Tulasi. Depois de receb-las e assimil-las, a felicidade de Tulasi no tinha limite, pois entendeu que tudo que existe neste mundo temporal. Depois, passaram a noite juntos como esposo e esposa. Na madrugada seguinte, quando chegou o brahma-muhurta, Sankachuda tomou banho e colocou roupas limpas. Depois foi adorar suas Deidades. Deu jias, ouro e roupas em caridade aos brahmanas e elefantes, vacas e cavalos aos pobres. Distribuiu as muitas aldeias entre os brahmanas e colocou seu filho Suchandra como rei ativo, confiando-lhe a proteo da famlia, tesouraria, riquezas e outras propriedades. Sankachuda se vestiu para a guerra, e rodeado de milhares de cavalos, quadrigas e milhes de soldados, dirigiu-se para onde estava esperando o Senhor Shiva.

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O Senhor Shiva estava s margens do rio Puspabhadra (que foi onde o Senhor Kapila praticou austeridades e onde os sbios alcanavam auto-realizao). Ao v-lo, Sankachuda ofereceu-lhe reverncias prostrando-se junto com todo o seu exercito. Tambm ofereceu respeitos a Bhadra Kali e a Kartikeya. Eles o abenoaram. O Senhor Shiva explicou-lhe que tanto os demnios como os semideuses, provinham dos mesmos progenitores do universo e, portanto eram uma famlia. Alm disso, Sankachuda era um dos Vaisnavas, os quais no brigam por nada mundano nem se interessam por nada material (inclusive a posio de Indra). J que era devoto de Krishna, por que estava causando tantas ansiedades aos semideuses? Todos eram descendentes de Kasyapa Muni. Por isso, deveria devolver as coisas aos semideuses, j que brigas na famlia pior que matar um brahmana. Por outro lado, continuar com a briga para manter o prestgio no seria algo duradouro, j que neste mundo tudo se modifica, inclusive as virtudes atravs das yugas, o movimento das estaes, dos planetas, etc... Recordou-lhe como Bali Maharaja e outros se submeteram as tantas mudanas. S o Senhor Krishna disse o Senhor Shiva transcendental, embora assuma muitas formas diferentes. Disse que quem canta o nome do Senhor Krishna (como ele prprio, Shiva, fazia dia e noite), transcende os modos da natureza. Embora o Senhor Krishna assuma tantas formas, Ele sempre transcendental. Sankachuda agradeceu e glorificou ao Senhor Shiva repetidamente. Humildemente reconheceu o que Shiva havia dito, porem perguntou o seguinte: Se pelejar com a famlia pecaminoso, por que o Senhor Vishnu sempre foi parcial com os semideuses e matou os membros da famlia donava (demnios) tais como Hinaryaksha, Hiranyakashipu, etc? Respondeu que para o Senhor Shiva, seria uma vergonha se tambm se colocasse do lado dos semideuses. Tambm disse que seria uma vergonha se ele, Sankachuda, derrotasse ao grande Senhor Shiva. O Senhor Shiva sorriu e reconheceu que jamais havia existido um demnio como Sankachuda, j que ele era um associado ntimo do Senhor Krishna em Goloka. Portanto, seria uma honra ser derrotado por Sankachuda. Pararam de conversar e se prepararam para a grande guerra. No princpio nem o Senhor Shiva nem Sankachuda entraram diretamente no campo de batalha. Porm depois, quando os semideuses estavam perdendo e entraram Kartikeya e Bhadra Kali, Sankachuda teve que entrar. Nem Kartikeya nem Bhadra Kali puderam derrotar Sankachuda. Ento o Senhor Shiva entrou na batalha. A luta foi terrvel e embora todos os soldados demnios de Sankachuda tenham fugido do campo de batalha, ele permanecia. Ento, o Senhor Shiva, vendo que no podia derrotar a Sankachuda, decidiu lanar seu

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tridente. Ento, no cu se ouviu uma voz que dizia: Senhor Shiva, tu nunca fazes nada contra as leis do Dharma, portanto, no uses teu tridente. Enquanto sua esposa for casta, e enquanto esteja usando o amuleto do Senhor Krishna, Sankachuda no poder ser derrotado. Ouvindo isto, o Senhor Shiva foi consultar o Senhor Vishnu sobre o problema, e este lhe assegurou que Se encarregaria pessoalmente do assunto. Assumindo a forma de um brahmana, o Senhor Vishnu se aproximou de Sankachuda para pedir caridade. Quando Sankachuda lhe prometeu que daria qualquer coisa que o brahmana desejasse, este ltimo pediu o amuleto (talism) de Krishna, e Sankachuda lhe deu sem vacilar. Depois, o Senhor Vishnu transformou a Si prprio em Sankachuda e voltou ao palcio (onde Tulasi vivia). Quando soube que seu esposo havia regressado, Tulasi sentiu enorme felicidade. Ela no podia acreditar que Sankachuda ainda estivesse vivo, inclusive depois de lutar numa batalha com o poderosssimo Senhor Shiva. Depois de receber e adorar seu esposo de modo apropriado, Tulasi lhe perguntou o que havia ocorrido no campo de batalha. Sankachuda lhe disse que a luta com o Senhor Shiva havia sido muito dura, porm como ningum conseguira matar ao seu adversrio, o Senhor Brahma apareceu e lhes pediu que parassem a guerra e chegassem a um acordo. Por isso, obedecendo ao Senhor Brahma, ele agora havia regressado. Nessa noite, Sankachuda, que na realidade era o prprio Senhor Vishnu, dormiu com Tulasi na intimidade de marido e mulher. Dessa maneira, e sem sab-lo, Tulasi perdeu sua castidade em relao a Sankachuda. Enquanto isso, no campo de batalha, o Senhor Shiva percebeu que agora poderia usar seu tridente. Esse tridente destri o universo por sua prpria vontade. S o Senhor Vishnu e o Senhor Shiva podem us-lo. Ento, o Senhor Shiva permitiu que o tridente fosse na direo de Sankachuda e o destrusse. Quando Sankachuda viu o tridente da devastao universal aproximar-se entendeu que havia chegado o momento de regressar a Goloka Vrndavana. Pela graa do Senhor, a maldio j havia terminado. Ele volveria a ser um vaqueirinho e sua esposa Tulasi tambm obteria a satisfao de seus desejos de associar-se com o Senhor Vishnu em Vaikuntha e com o Senhor Krishna em Goloka. Entendendo isso, Sankachuda deixou cair seu arco, flechas e armas, se sentou em postura de yoga afastou sua mente de todos os objetos mundanos e, com grande devoo, meditou nos ps de ltus de seu amado amigo Krishna. O tridente chegou diante de Sankachuda e comeou a circumambul-lo por algum tempo. Depois, pela ordem do Senhor Shiva, destruiu a cabea de Sankachuda e

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reduziu sua quadriga a cinzas. Depois, o tridente regressou ao Senhor Shiva e finalmente at Narayana. Todos os semideuses lanaram flores sobre o Senhor Shiva e o Senhor Vishnu o louvou. Agora, o maior demnio que jamais o universo havia conhecido, deixaria de causar problemas aos semideuses assistentes do Senhor Vishnu. Movido pela compaixo o Senhor Shiva lanou os ossos do demnio no oceano, e estes se converteram em todos os caracis e conchas do mundo. Por isso so consideradas mui puras e auspiciosas na adorao. A gua que se coloca dentro de uma concha de caracol, tambm se considera muito sagrada e satisfaz aos semideuses por ser to sagrada quanto gua de qualquer rio sagrado. Ela pode ser oferecida a todos os semideuses, embora no ao Senhor Shiva. Lakshmi vive com grande deleite onde quer que a concha se sopre alto. O Senhor Hari e a Deusa Lakshmi vivem em qualquer lugar em que haja uma concha de caracol, fazendo com que as coisas inauspiciosas desapaream. Entretanto, se um shudra possui ou sopra a concha Me Lakshmi se afasta. Subindo em seu touro transportador, o Senhor Shiva regressou a sua residncia. Os semideuses regressaram as suas. Porm antes de ir-se, o Senhor Shiva liberou a Sankachuda da maldio e o abenoou a fim de recuperar a forma original de Sudama. Adornado com jias, sustendo uma flauta em sua mo, sendo transportado por uma quadriga divina e rodeado por muitos vaqueirinhos de Goloka Vrndavana, Sudama entrou no cu espiritual. Quando Sudama viu Srimati Radharani e o Senhor Krishna, prostrou-se aos seus ps de ltus com devoo. Vendo-o, o Casal Divino sentiu um grande amor por ele. E expressando tal felicidade em Seus rostos, Radha e Krishna o levantaram e colocaram em Seus colos. Esta a histria de Sudama: como veio de Goloka, purificou o mundo com suas auspiciosas conchas (sankha) e regressou a Goloka. A maldio de Tulasi, pela misericrdia do Senhor Vishnu, tambm estava chegando a seu fim. Enquanto Sankachuda estava sendo destrudo pelo tridente, Tulasi estava dormindo com o Senhor Vishnu. No dia seguinte, quando Tulasi abriu os olhos, suspeitou que essa pessoa que estava recostada com ela, no era seu esposo. Percebeu que a maneira em que agora Sankachuda estava expressando seu afeto conjugal, era diferente como fazia no passado. Por qu? Ela entendeu que no era seu esposo. Com a voz entrecortada por uma mescla de ansiedade, perplexidade e ira, Tulasi disse: Quem s tu? Diga-me imediatamente quem s. Tu no s meu esposo. Vieste apenas para me fazer perder a castidade. Agora, mostra tua forma verdadeira! O Senhor Vishnu revelou ento, Sua bela forma de quatro braos, com jias, guirlandas, elmo de ouro, bela tilaka e sorridentes olhos de ltus. Seu olhar era muito tranqilo e agradvel. Ao v-lo sentado

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ao seu lado em sua cama, Tulasi desmaiou. Pouco depois, quando recuperou a conscincia, estava confusa e indignada. Por que o Senhor Vishnu havia feito isso para matar Seu prprio devoto e satisfazer os semideuses? Porque no podia entender que no havia outra forma de por fim a maldio de Radharani, a no ser da maneira como o Senhor o fez, Tulasi disse que Ele tinha um corao duro como uma pedra para fazer isso, e assim maldisse-O: Transformar-Te-s em pedra! Ento, todavia confundida e com seus sentimentos mesclados, comeou a chorar. O Senhor Vishnu a consolou. Pouco a pouco, citando as regras do Dharma, a fez compreender que essa era a nica maneira de proceder para satisfazer os desejos de todos, inclusive os dela. Tulasi O havia adorado e tambm tinha feito austeridades por milhares e milhares de anos para poder obt-Lo como esposo. Porm para que isso ocorresse, Sankachuda deveria morrer. Como Sankachuda podia morrer se havia recebido a beno de que no morreria enquanto sua esposa lhe fosse fiel e casta? Por outro lado, Sankachuda devia permanecer fora de Goloka apenas pelo tempo de um manvantara, e esse tempo j havia transcorrido. Ele devia regressar. Goloka era seu lugar eterno e Radha e Krishna, seus amados senhores, o estavam esperando. Porm, como poderia regressar se no morria? E como poderia morrer se sua esposa se mantinha casta? Por isso, no havia alternativa para satisfazer os desejos de todos. Violar a castidade de Tulasi era o nico meio. Tulasi entendeu e se apaziguou. Pela ordem do Senhor Vishnu, Tulasi abandonou seu corpo e adquiriu um corpo belo e dourado, com quatro braos, apto para ser a amada esposa do Senhor Vishnu. Assim como o corpo de Sankachuda se converteu nas conchas de caracis (dentro das quais residem Lakshmi e Narayana), o corpo de Tulasi, pelo desejo do Senhor, se converteu no rio Gandaki, no Nepal. Foi ento que cada um de seus cabelos se converteu em sagradas plantas. E porque nasceram de Tulasi, receberam o mesmo nome. Todos os residentes dos trs mundos comearam a realizar adorao com as folhas e as flores deste arbusto. Sendo a regente dessa sagrada planta, Tulasi, se manteve sempre unida ao Senhor Supremo. Depois, a santa e divina Tulasi cresceu em Goloka, nas margens do rio Viraja (Yamuna), no lugar da dana da rasa, e nos bosques de Vrndavana, tais como Bandira, Champaka, Madhavi, Kunda e Malati. Aqui na Terra, Tulasi se tornou a deidade regente da planta, e ao mesmo tempo, porque cresceria tambm na morada de Govinda, Tulasi poderia estar sempre compartilhando os passatempos ntimos com Krishna em Goloka. E em Vaikuntha, assim como Lakshmi, Tulasi tambm permaneceu com o Senhor Vishnu.

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No que se refere ao Senhor Vishnu, por causa da maldio de Tulasi, se transformou numa pedra na vila de Muktinatha, s margens do rio Gandaki (que era o corpo de Tulasi). A montanha onde esta pedra apareceu se chamava Anapurna. E pelos pequenos dentes de certos animais ou insetos, estas pedras se separariam da montanha e cairiam no rio Gandaki. Seriam conhecidas como Shalagrama-shilas. Desta maneira, tanto Sudama como Tulasi, regressaram a Goloka deixando maravilhosas bnos para ns, as almas condicionadas. Agora, Tulasi j no precisa temer Srimati Radharani, a qual estando muito satisfeita com ela, aprovaria suas relaes amorosas com Govinda. Na realidade, Tulasi Devi uma expanso parcial de Vrnda Devi e Vrnda Devi uma expanso de Srimati Radharani. A relao de Srimati Radharani e Tulasi Devi muito doce e agradvel. Vamos ouvir algumas histrias que nos permitiro apreciar melhor todo esse tema transcendental.

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4. Passatempos de Srimati Radharani e Tulasi Devi

Vrnda Devi quem faz os arranjos para que ocorram os encontros secretos e ntimos entre Srimati Radharani e Sri Krishna. Vrndavana a terra de Vrnda Devi, onde ela a rainha e proprietria. No entanto, em certa ocasio no passado, Vrnda Devi ofereceu toda Vrndavana (que era seu reino) aos ps de ltus de Srimati Radharani. Essa a causa pela qual Srimati Radharani considerada a verdadeira rainha de Vrndavana e o Senhor Krishna o verdadeiro rei. Um dia, Srimati Radharani estava pensando: Vrnda Devi to maravilhosa. Ela me deu tudo, inclusive suas terras e seu reino. to servial, sempre fazendo arranjos para que me encontre com Krishna. Pergunto-me como serei capaz de reciprocar e devolver-lhe este favor, fazendo algo para ela com amor, da mesma maneira como ela o faz por Mim. Assim, um dia Srimati Radharani chamou todas Suas associadas mais confidenciais, tais como Lalita e Vishaka. Ento fizeram um plano. Elas construram um belo trono, suficientemente grande para que duas pessoas pudessem sentar-se. Quando Vrnda Devi chegou, de uma maneira ou outra, fizeram com que ela se sentasse nesse trono, sem que suspeitasse de nada. Imediatamente depois que se sentou no trono, algumas outras Gopis lideradas por Vishaka, trouxeram Krishna e tambm fizeram com que Ele Se sentasse perto de Vrnda Devi, no mesmo trono. Nesse momento chegou Lalita Devi, e realizando o papel de um sacerdote, comeou a cantar todos os mantras invocados durante uma cerimnia de matrimnio. A prpria Srimati Radharani intercambiou as guirlandas de flores entre Krishna e Vrnda Devi, e desta maneira Sri Radhika os casou. Noutra ocasio, Srimati Radharani adorou completamente Tulasi Devi. A histria descrita no Segundo Canto do Garga-samhita. Isso aconteceu em Vrndavana, quando Chandramana, uma amiga de Srimati Radharani, ouviu instrues diversas diretamente dos lbios de Gargamuni. Sabendo disso, Radharani lhe perguntou que tipo de adorao Ela (Radha) deveria realizar para satisfazer a Sri Krishna e tambm para obter boa fortuna, virtude e satisfao de Seus desejos. Depois de considerar essa pergunta por um momento, Chandramana Lhe disse que servir a Tulasi Devi nos outorga a maior virtude, boa fortuna e bnos, alm de oferecer a companhia do Senhor Krishna. Ela aconselhou Radharani a observar Tulasi com muita ateno e concentrao, toc-la, meditar nela, glorific-la, cuid-la e ador-la. Chandramana garantiu a Srimati Radharani que se Ela fizesse isso, Tulasi satisfaria

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todos Seus desejos. Da mesma forma, qualquer pessoa que preste a Tulasi servio destas nove maneiras, alcana os resultados que obtm algum que realiza atividades piedosas em muitos milhares de eras ou yugas. Chandramana continuou dizendo que quem planta Tulasi libera sua famlia do ciclo de nascimentos e mortes. O nmero de ramos, galhinhos, sementes, folhas e flores que tiver a planta de Tulasi que esta pessoa plantou, ser o mesmo nmero de yugas pelos quais ir para a transcendental morada do Senhor Krishna. Quando algum oferece ao Senhor apenas uma s folha de Tulasi, alcana o resultado de oferecer todas as flores e folhas que existem. Aquele que adora o Senhor Krishna com folhas de Tulasi, no tocado pelo pecado, assim como uma ptala de ltus no tocada pela gua. Os serventes de Yamaraja nunca entraro numa casa que esteja no meio de um bosquezinho da planta de Tulasi. Tulasi reduz a cinzas as reaes dos pecados cometidos com seu corpo, mente e palavras. Lagos sagrados como o Pushkara, rios sagrados como o Ganges e Deidades tais como o Senhor Vasudeva, vivem em uma nica folha de Tulasi. O Senhor Krishna se torna um servo submisso de algum que serve a planta de Tulasi todos os dias. Depois de ouvir isto, Srimati Radharani fez o voto de servir a Tulasi Devi e assim comprazer o Senhor Krishna. Seguiu as instrues de Gargamuni, e durante seis meses serviu diariamente Tulasi. Quando completou Seu voto, Radharani alimentou inumerveis brahmanas e lhes deu enormes quantidades de riquezas. Vendo isso, os habitantes do cu comearam a tocar seus tambores e as apsaras comearam a bailar. Os semideuses lanaram flores em cima do templo de Tulasi. Ento, a bela Tulasi de quatro braos, que mui querida pelo Senhor Krishna, apareceu. Seus olhos eram como uma ptala de flor de ltus e usava uma coroa de ouro e brincos refulgentes. Tulasi estava sentada num glorioso trono que possua um pedestal. Quando Tulasi desceu do formoso trono, se aproximou de Srimati Radharani, abraando e beijando-A. Sri Radhika estava adornada com uma guirlanda fresca vaijayanti. Tulasi disse para Radha: Estou mui satisfeita e fui eternamente conquistada por Tua devoo amorosa. Seguistes Teu voto com muita f, como se fosse um ser humano comum. Conseguirs qualquer coisa que desejas dentro de Teu corao, mente, inteligncia e sentidos. O Senhor Krishna ser bondoso contigo. Que afortunada s! Ao ouvir isso, Srimati Radharani prostrou-Se diante de Tulasi e orou a ela da seguinte maneira: Que Eu possa ter devoo pura pelos ps de ltus do Senhor Krishna! Tulasi respondeu: Sim, e ters! e ento desapareceu.

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Radha, a filha do rei Vrishabhanu, regressou a Sua casa sentindo imensa felicidade em Seu corao. Quem quer que oua esta surpreendente narrativa acerca de Srimati Radharani, alcanar riquezas, poder, virtudes e a suprema meta espiritual da vida: Amor pelo Senhor Sri Krishna. Vrnda Devi, de quem Tulasi Devi de quatro braos Sua expanso em Vaikuntha e cuja expanso no mundo material a sagrada planta de Tulasi, reside em Goloka Vrindavana e est constantemente assistindo a Srimati Radharani em Suas diverses com Sri Krishna. De madrugada, Vrnda Devi se encarrega de despertar Radha e Krishna, os quais dormem nos pequenos kujas (reas de belos arbustos) dos bosques. Com bastante pressa, Vrnda Devi envia o casal de volta para Suas casas, em Nandagrama (Krishna) e Javat (Radha). Vrnda Devi faz isso antes que os parentes de Radha e Krishna possam despertar ao amanhecer e descobrir que Eles passaram toda a noite fora. Vrnda Devi que entrega a Krishna as cartinhas de amor, os brincos feitos a mo com flores e as guirlandas. Depois de banhar-se em rios de guas to brilhantes que derrotam o esplendor do ouro e do relmpago. Vrnda Devi se veste com belas roupas. Seu rosto extraordinariamente belo, tem uma prola no nariz e um maravilhoso e dcil sorriso esboa-se em seus lbios, rolios como a fruta bimba. E ento ela se ornamenta com jias muito atrativas. Por ordem de Vrnda Devi, os bosques onde Madhava desfruta Seus passatempos, so decorados com botes de flores e flores recm-abertas. Por sua ordem aparecem os veados, as abelhas, o mel e outras coisas esplendidas. ela quem decide que ventos devem soprar, que flores devem abrir e que animais devem aparecer. Sempre que as Gopis e Krishna brincam de Hali (atirando-se guas coloridas), Vrnda Devi quem se encarrega de vesti-los, todos com finos panos brancos, e de colocar-lhes guirlandas. Ento lhes d as seringas, as cores, etc. Quando Radha e Krishna jogam dados, Vrnda Devi se pe ao lado de Radha para ver que Krishna no faa tramias. ela que leva Krishna e as Gopis ao Radha-kunda para que entrem na gua, e se salpiquem uns aos outros, com esta sagrada gua do lago de Radharani. Quando Radha ganha de Krishna nesta diverso, Vrnda e outras assistentes gritam: Jay Radhe!. E quando Krishna ganha, Subala e Madhumangala gritam: Jay Krishna!. Junto com suas muitas servas, Vrnda Devi alm de decorar o bosque dos passatempos, varre os caminhos e as estradas das cabanas ornadas de jias que existem nas margens do Radha-kunda. Elas borrifam com guas perfumadas este lugar, e colocam flores

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aromticas nas entradas ou arcos destas cabanas. Elas adornam os balanos onde Radha e Krishna Se divertiro, e tambm preparam muitos pratos agradveis com frutas do bosque e refrescantes nctares com mel, servidos em potes de ouro. Quando Radharani chega para divertir-se Vrnda A acompanha e A leva ao lugar combinado para o encontro com Krishna. Ento, ela utiliza dois papagaios fmeas para que espiem o caminho e informem se de algum lugar esto chegando as duas damas que arrunam toda a diverso: uma Jatila (a sogra de Radharani) e a outra Chandravali (a rival de Radharani). Ento, durante a noite da dana da rasa, Vrnda Devi distribui entre as Gopis diversos instrumentos de corda, sopro e percusso. Tocando os instrumentos com muita habilidade, executam um concerto musical celestial. E quando os que danam se fatigam, Vrnda Devi lhes d essas frutas e bebidas que estavam preparadas nos potes de ouro. Como Srila Raghunatha Dasa Goswami orou: Subjugando por uma grande inundao de amor e decorando o sempre florescente bosque de Vrindavana com muitas flores fragrantes, Vrnda Devi cria uma atmosfera festiva que Sri-Sri-Radha-Krishna Se ocupam em transcendentais passatempos com Suas queridas amigas. Que eu possa me render a Vrnda Devi!. Na realidade, Vrnda Devi a potncia do Senhor Krishna para realizar passatempos. Srila Vishvanatha Chakravarti Thakura comenta isso em seu Vrndastaka, onde menciona: lilabhidana kila krishna shakti s a potncia dos passatempos do Senhor Krishna. Comentando o verso 55 do cap. 39 do Dcimo Canto do Srimad-Bhagavatam, Srila Vishvanatha Chakravarti Thakura explica esta potncia dos passatempos de Krishna, que se manifesta atravs de Vrnda Devi, ou Tulasi Devi. Ele escreve: Sri a potncia da riqueza; Pusti a fora; Gir de conhecimento; Kanti da beleza; Kirti da fama, e Tushti da renncia. Estas so as seis opulncias do Senhor. Ela Sua Bhu-shakti, tambm conhecida como shandini, a potncia interna da qual o elemento terra (bhu) a expanso. Urja Sua potncia interna para realizar passatempos, e se expande como a planta Tulasi neste mundo. No deveria existir conflito de compreenso para entender se as plantas de Tulasi so uma s alma ou muitas, ou se existe em Goloka Vrndavana, porm diferente da Tulasi de Vaikuntha ou da Terra, etc. Srila Prabhupda esclareceu isso na seguinte carta: As plantas de Tulasi so almas liberadas que desejam servir Krishna dessa maneira... Expanso significa residir em Goloka Vrndavana e ao mesmo tempo expandir-se por todo o universo. Assim como Krishna pode expandir-se, Seus devotos tambm podem.

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Portanto, Vrnda Devi est em Goloka Vrndavana e ao mesmo tempo em Vaikuntha (com quatro braos e como esposa do Senhor Narayana) e tambm est como a planta de Tulasi, tanto em Goloka como em toda a criao material. Srila Prabhupda certa vez, comentou o seguinte acerca de Tulasi: Sim, Sri Tulasi a eterna consorte de Krishna e a devota mais pura, e, portanto, a planta de Tulasi adorada pelos Vaisnavas... Os shastras nos dizem que Krishna no aceita nada, nem alimentos, nem bebidas, nem abhisheka ou banho, se no colocarmos folhas de Tulasi, por isso, existem cartas onde Srila Prabhupda pede que em cada preparao haja uma folha de Tulasi. O Brhad-naradya Purana, explica isto da seguinte maneira:

tulasi vina ya kriyate na puja snanam na tat yat tulasi vinakrtam bhuktam na tat yat Tulasi vinakrtam pitam na tat yat Tulasi vinakrtam
Puja, banho e oferendas de alimentos e bebidas realizadas sem Tulasi no podem ser considerados como puja, banho ou oferendas ao Senhor. O Senhor no aceita, nem bebe nada, que no tenha Tulasi

E acharyas como Chandrashekhay escreveram:

chapanna bhoga, chatrisa byajana vina tulasi prabhu eka nahi mani
O senhor no mostra o mnimo interesse por nenhuma das cinqenta e seis oferendas, ou trinta e seis currys, se estes se oferecem sem uma folha de Tulasi.

O Vayu Purana explica o que se deve fazer em algum dia de emergncia no qual no se encontrem disponveis folhas de Tulasi:

tulasi rahitam pujam na ghrnati sada harih kastham va sparsayed tatra no cet tannamato yajet
Ele, o Supremo Senhor Hari, no aceita nenhuma adorao sem Tulasi. Portanto, se no se pode conseguir folhas de Tulasi, se pode usar a madeira de Tulasi para tocar o corpo do Senhor Supremo. E se nem sequer puder conseguir madeira de Tulasi, deve ento cantar o nome de Tulasi enquanto adora o Senhor Hari.

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Srila Prabhupda comentou certa vez que Vishnu ama muito as folhas de Tulasi, e que todas as Deidades Vishnu Tattva requeriam folhas de Tulasi em grande quantidade. Srila Prabhupda fez o mesmo comentrio quando disse que na ISKCON se instalariam as Shalagrama-shilas e que por isso os devotos deveriam ter sempre muitas folhas de Tulasi. Srila Prabhupda tambm comentou que o Senhor Vishnu gosta de guirlandas de folhas, e que uma folha de Tulasi mesclada com polpa de sndalo, e colocada aos ps de ltus do Senhor, consiste na adorao mais elevada. Inclusive, certa vez um devoto enviou a Prabhupda uma folha de Tulasi maha-prasada que estava untada com polpa de sndalo e havia sido oferecida aos ps de ltus da Deidade. Srila Prabhupda lhe agradeceu dizendo-lhe que era o melhor presente que se pode receber: Por receber este presente, escreveu Srila Prabhupda, as pessoas se livram das reaes pecaminosas e obtm uma oportunidade para ocupar-se no servio devocional. Assim, Prabhupda exibiu sua humildade. Entretanto, Srila Prabhupda nos instruiu a nunca oferecer folhas de Tulasi aos ps de ltus de alguma Deidade que no fosse Vishnu Tattva. Vishnu Tattva so: Sri Chaitanya Mahaprabhu, Nityananda Prabhu, Advaita Acharya Prabhu, Sri Nrshmhadeva, Sri Balarama, Sria Jagannatha, Sri Ramachandra, Sri Lakshmana, Sri Krishna, Sri Govardhana-shila, Sri Shalagrama-shila e outras shilas tais como Matsya, Kurma, etc. Srimati Radharani, Srimati Subhadra, Srimati Sita Devi, Srimati Lakshmi Devi, Prahlada Maharaja, Sri Hanuman, Gadadhara Prabhu e Srivasa Prabhu, no so Vishnu Tattva e, portanto, no se deve colocar as folhas de Tulasi a Seus ps de ltus, nem colocar guirlandas de Tulasi. Por outro lado, como Srila Prabhupda nos ensinou, podese colocar as folhas e guirlandas em Suas mos para que Eles as ofeream aos ps de ltus dos Vishnu Tattva. Uma histria que ocorreu em Vrndavana nos mostra o quanto Krishna aprecia as folhas de Tulasi e como s Se sente satisfeito quando estas Lhe so oferecidas com a bhoga. Conta-se que quando os vaqueiros de Vrndavana adoraram a Colina de Govardhana, ofereceram-Lhe milhares e milhares de rasagulas, gulabs jamums, ladhus e puris. Tambm Lhe ofereceram montanhas de samosas, kachoris e leite. Em poucos minutos, Krishna comeu tudo isso. Os lagos e montanhas de alimentos desapareceram e tudo acabou. Ento, Giri Govardhana comeou a gritar com fora: Annyore, annyore! (Tragam mais, tragam mais!) Compreendendo que no tinham nada mais para oferecer, os Vrajavasis se preocuparam. Na Sua forma de vaqueirinho, e com as mos juntas em forma de orao, Krishna comeou a orar a Giri Govardhana: Oh, Giri Govardhana, somos vaqueiros pobres! De onde vamos conseguir mais? Como poderemos oferecer-Te mais do que aquilo que j oferecemos? No

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obstante, Giriraja Govardhana continuou gritando muito forte Annyore, annyore! Krishna de novo Lhe disse: Ns juntamos tudo o que tnhamos, trouxemos e Te oferecemos para Teu completo prazer e satisfao. Assim, Te adoramos da forma mais opulenta que podamos. Por favor, aceita isto e permanece satisfeito, abenoando-nos por nosso esforo. Ento os brahmanas foram at onde havia uma planta de Tulasi e recolheram folhas tenras. Ofereceram-nas e foi s depois desta oferenda de algumas folhas de Tulasi que Govardhana Se sentiu completamente satisfeito. Expressando Sua satisfao, o Senhor (Govardhana) disse: Tiptos meen, tiptos meen (Agora estou satisfeito). Ento Ele devolveu todos os alimentos, inclusive samosas, kachoris, ladhus, Halava, iogurte, etc. Agora tudo era mahaprasadam. Agora, sabendo como importante a adorao, devoo e servio planta de Tulasi Devi, descreveremos informaes tcnicas e prticas para que os devotos saibam como lidar com Tulasi no servio e associao cotidianos.

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5. Servindo Tulasi Devi

H muitas instrues tanto das escrituras como tambm de Srila Prabhupda, que nos permitiro servir a Tulasi Devi sem cometer ofensas. De forma similar, saber como cuid-la de maneira prtica, alm de saber como relacionarmo-nos com ela, ser indispensvel para satisfazer a Tulasi Devi e a Srila Prabhupda. Nesta seo do livro, trataremos de proporcionar a melhor e mais completa informao. Comearemos primeiro com os cuidados prticos de Tulasi, levando em conta as experincias de dois devotos argentinos que sempre cuidaram de Tulasi Devi: Jiva Goswami Prabhu e Guneshvara Prabhu.

5.1. JIVA GOSWAMI PRABHU Tulasi uma planta que precisa de terra bem adubada com esterco de vaca, livre de ervas e insetos, arejada e fofa. Tero melhor compreenso sobre esse assunto aqueles que j cultivaram outras variedades de plantas. Devem procurar-se publicaes sobre cultivos ou ento relacionar-se com algum jardineiro para manipular a terra da melhor maneira. Numa caixa ou lata de 30 x 30 cm, com mais ou menos 10 ou 12 cm de profundidade, deve-se semear na superfcie 6 ou 8 sementes de Tulasi. Levando em conta que a semente de Tulasi mui pequena (0,5 a 1 mm), um pouquinho de tais sementes poderia abarcar 50 ou 100 delas, causando o nascimento de todas, caso sejam frescas e frteis. Isto causaria um distrbio devido a que requereria bastante espao, vasos para seu transplante, etc. Estando a terra solta e mida, ao semear ser suficiente um leve regar para que a semente se introduza na terra. Se temem que isto no ocorra, podem espargir 1 ou 2 milmetros de terra por cima e a germinao ocorrer num perodo aproximado de uma semana. Recordemos que Prabhupda nos instruiu a plant-la na primavera e no em pocas frias. As plantas recm-nascidas apresentam suas duas primeiras folhas em forma de corao. Nesta fase no bom que estejam expostas ao pleno sol porque so delicadas, sendo melhor permitir-lhes raios solares filtrados atravs de outras plantas ou por tecidos negros para viveiros. bom que a terra esteja mida, porm com boa drenagem, e para tanto, seria apropriado colocar no fundo do vaso ou sementeira (antes de por a terra e plantar) pedaos de

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ladrilhos, pedrinhas, etc. Isto prover um fundo de drenagem. Quando a planta tiver 6 ou 8 folhas ou 6 ou 8 centmetros de altura, deve realizar-se o transplante. Se a semeadura foi feita mantendo distncia entre as sementes, ser simples extrair a plantinha da sementeira. Se foi tomado o cuidado de no romper a raiz durante o transplante, no existiro maiores problemas, inclusive se a raiz ficar exposta. Claro que se fizemos a sementeira ou o plantio das sementes em pequenos vasos plsticos ou bolsinhas de polietileno de uns 10 cm de circunferncia, a mesma poder ser extrada sem retir-la da terra, o que oferece mais segurana. O vaso que receber esta plantinha deve ter, como mnimo, capacidade para 10 litros. Embora devam ser resistentes para translad-las nos momentos de adorao, estes vasos no devem ser mui pesados. Neste vaso com capacidade para 10 litros, Tulasi alcana um porte de at 80 cm de altura e 50-60 cm de dimetro. Em vasos maiores, sua altura chega a um metro, e seu dimetro a 80 cm. Se plantarmos diretamente na terra, pode chegar a 1,70 ou 1,80 metros de altura. Esta semeadura em terra deve ser feita em lugares onde a temperatura no baixe de 15 graus centgrados. Do contrrio, devemos faz-lo em viveiros com temperatura, correntes de ar e luz apropriados. O ar circulante evita que Tulasi seja afetada por parasitas. Para isso tambm contribuem os banhos dirios em forma de chuva, produzida por algum pulverizador ou pela mangueira, aplicando o banho com algum vigor, porm tambm com respeito e delicadeza. Isto retirar as aranhas, gafanhotos ou qualquer parasita que pouse nela. (Recordemos que Srila Prabhupda proibiu estritamente o uso de spray inseticida ou qualquer tipo de veneno txico. Prabhupda tambm instruiu dar-lhe um banho dirio). A reproduo do ambiente ideal, criando a situao mais natural possvel, depender das possibilidades e determinao do devoto em servir Tulasi Maharani. Na rea de Buenos Aires, Uruguay, Chile, Porto Alegre (Brasil) e inclusive em lugares como o estado de So Paulo (Brasil), os invernos podem registrar temperaturas inferiores a 0 graus, chegando a 5 graus abaixo de 0. Por isso, impossvel manter Tulasi bela e verde durante o inverno se os viveiros forem precrios. H 18 anos cultivo Tulasi Devi e nos ltimos 12 o fiz ininterruptamente. Assim, chegamos a produzir um ambiente para o inverno com muitas janelas orientadas rumo ao circuito do sol, com tetos plsticos transparentes e paredes de ladrilhos ou cimento. Embora construes deste tipo possam parecer complicadas e caras, o benefcio de servir a Tulasi Devi por muito tempo haver de demonstrar que valeu a pena. Atualmente, estamos cuidando

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da dcima gerao de Tulasi, que cresceram a partir das mesmas sementes e que se foram aclimatando com plantas de 3 ou 4 anos de idade. Quando se realiza o transplante, deve-se deixar os vasos abrigados e em observao, protegidos do sol, etc., durante pelo menos uma semana. Isto proporcionar um enraizamento normal. Na primavera, vero e parte do outono pode-se dispensar o trato especial que se realiza no inverno. Deve-se banhar e regar Tulasi Devi antes que receba os raios do sol diariamente. A terra deve estar sempre mida. Tulasi suporta muito bem o sol diretamente, o que contribui para que d muitos manjaris e frutos. O vento direto tambm favorvel porque fortalece seu talo e enraizamento, sempre e quando este vento no seja uma grande tempestade em que qualquer planta se quebraria. Alguns devotos me perguntam por que em certos momentos caem de Srimati Tulasi Devi muitas folhas, de repente. Isso sucede com qualquer planta aclimatada. Qualquer criana ou entidade viva criada livremente na selva, montanha ou praia sofrer se for colocada num pequeno apartamento. exatamente o mesmo que se passa com as plantas. Qualquer um que tenha criado uma planta no interior de casa sabe que coloc-la subitamente ao pleno sol pode ser mortal; e o mesmo ocorre com uma planta que cresceu e permaneceu na luz do sol e que de repente colocada num quarto fechado. Isto parte do processo de aclimatao, que tambm sucede quando retiramos as plantas do pleno sol de vero, para levar ao viveiro de inverno ou vice-versa. Entendo que em cada zona depender dos devotos criarem, mediante sua percepo direta dos fatores climticos, da temperatura, da umidade, ventos ou pragas, os mtodos necessrios para a manuteno de Tulasi Maharani. Em relao ao tratamento das pragas, deveria ser suficiente a adorao, o sol, ar, luz e banhos constantes e minuciosos, que abarquem a planta com suas partes na totalidade. Se for necessrio, deve-se usar um algodo mido para retirar a praga em particular, tratando de limpar perfeitamente a zona afetada. Se houver outras plantas o lugar (que no sejam Tulasi), e esto afetadas com pragas, retire-as. Pessoalmente, nunca tive que limp-las de nenhuma praga, com exceo de alguma aranhazinha.

5.2. GUNESHVARA PRABHU

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Embora tenha cuidado de Tulasi desde 1975, devo reconhecer que aprendi mais com meus erros que com meu conhecimento de plantas. O que Jiva Goswami Prabhu explicou, praticamente deixa claro o que se deve fazer, contudo, gostaria de comentar algumas coisas. As terras negras que se compram nas lojas de plantas nem sempre so as melhores. Tenho visto Tulasi rechaarem esta terra e depois crescer bem quando transplantadas a uma terra recolhida no campo, porm muito bem adubada com muito esterco de vaca bem seco, 50% de terra e 25% de esterco de vaca seco, e 25% de areia sem sal (de rio), me pareceram a melhor combinao. Depois, a cada ms, tirava do vaso uns 2 cm desta terra da superfcie e a substitua com esterco de vaca bem seco. A falta de esterco se manifesta em folhas amarelas. Claro que esta descolorao pode ocorrer por outras causas, porm a falta de nitrognio, o qual suprido pelo esterco, uma delas. A terra bem arejada ideal e no se deve permitir que a superfcie da terra no vaso fique dura. Sempre tem que afof-la para que Tulasi respire bem. Se ao transplant-la, as razes superiores que esto na superfcie da terra estiverem expostas a intemprie, ocorrer a oxidao de suas folhas. Por isso, cuide para que, ao transplant-la, o vaso seja mais alto que a plantinha. Outra coisa que vi, que Tulasi no gosta de crescer num vaso de turfa, ou dos que no Brasil se conhece como xaxim. Embora a princpio parea crescer bem, depois no se desenvolve com folhas to verdes, bonitas e suaves. Tenho transplantado Tulasi mdias, que tinham quase um ano, tirando-as destes vasos de turfa, e tenho observado uma agradvel melhora. Na primavera e vero, se a terra est sempre rica em nitrognio e recebe suficiente luz do sol, gua, vento, etc. no haver nenhum motivo para preocupar-se. Realmente, plantar e cuidar de Tulasi nessa poca do ano no algo muito bom. Podemos, entretanto, afirmar que algum cuida realmente bem de Tulasi quando Ela suporta o inverno sem sofrer. Talvez ela no cresa no inverno, porm pelo menos no deve sofrer queda de folhas, etc.. Logicamente, uma Tulasi jovem, com menos de 2 anos, no sofrer tanto no inverno como uma com mais tempo. O essencial que se esteja atento temperatura. Dispondo de um termmetro de ambiente, deve-se verificar que a temperatura durante o inverno no baixe alm de 16-18 graus. Isto me disse Jiva Goswami Prabhu, e tambm me disse que Tulasi se resfria. Por isso, devotas com experincia nos Estados Unidos, nos aconselham regar Tulasi, pelo menos no inverno, com gua tpida. No Brasil conseguimos proteg-la do frio neste ltimo ano, graas aos conselhos de Jiva Goswami Prabhu. Porm porque o viveiro era muito pequeno e de plstico, a umidade tambm aumentou. Isto, junto com um esterco que no estava completamente seco, ocasionou que algumas folhas comeassem a mostrar manchas marrons nas pontas. Assim, antes de

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transplantar uma Tulasi, certifique-se para que a terra esteja bem preparada com um esterco muito seco e que no haja excesso de regas, nem de umidade no ambiente, que deve ser bem ventilado. Srila Prabhupda nos advertiu que a rega no deveria ser em excesso. Tambm nos disse que deveramos proteg-las, quando recm-nascidas, dos pssaros. Proibiu-nos estritamente de usar inseticidas para combater pulges ou outras pragas. Disse que banhos dirios seriam suficientes. Disse tambm que no deveramos pisar na sombra de Tulasi, fazer ch com suas folhas ou dar plantas de Tulasi aos convidados (se eles desejarem podem obter sementes com devotos e plantar) Srila Prabhupda proibiu que podssemos os ramos de Tulasi para replant-las ou fazer algo assim. Quando um devoto lhe disse que podamos cortar os galhos j mortos, Prabhupda disse: Sim, porm qual o benefcio. Uma vez perguntamos se podamos usar tesouras para cortar os manjares e ele respondeu: Use o bom senso, e se no o tens, pergunte a quem tenha. Nos disse que os manjaris (sementes) deveriam ser usados nas oferendas de gua para a Deidade. Quando lhe perguntaram se as folhas de Tulasi das casas dos grhastas podiam ser oferecidas deidade do templo ou da casa, Prabhupda disse: Devem oferecer-se Deidade. Acima de tudo, Srila Prabhupda nos pediu que cuidssemos dela com dedicao e devoo. Quando tratavam de introduzir novos rituais na adorao ou comentavam que cantavam para Tulasi com uma voz muito doce, Srila Prabhupda dizia: No introduzam nada de novo... No importa se o tom de voz doce... Simplesmente cuidem com devoo e avanaro em conscincia de Krishna. Bom, como disse antes, podemos saber se estamos cuidando bem de Tulasi se ela sobrevive ao inverno sem enfermar-se. Tambm devemos saber que existem insetos e enfermidades. A virose uma enfermidade que d na raiz e praticamente no h como salvar Tulasi. Pelo menos, se vermos que a partida de Tulasi inevitvel, devemos oferecer Deidade tantas folhas quanto seja possvel desta Tulasi. O red spider mite, um minsculo pulgo vermelho, caro, que se instala nas folhas, por dentro delas, a praga mais perigosa e demonaca que ataca Tulasi. So extremamente pequenos, embora possam ser vistos se observados com cuidado por baixo das folhas. Eles colocam seus ovos nessa parte da folha e chupam praticamente toda a seiva. Em pouco tempo veremos que as folhas se verificam mais e mais descoloridas, aparecendo sombras brancas em toda superfcie delas. Finalmente, Tulasi nos deixa. Outros chupadores, verdes ou brancos, tambm se situam sob algumas folhas. Portanto, devemos dedicar alguns minutos por dia, diariamente, a observar minuciosamente Tulasi Devi (nota da tradutora: qui usando uma lente de aumento, para ficar mais fcil detectar parasitas).

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Os fungos tambm so problemas. Algumas vezes se deixarmos Tulasi exposta h vrios dias de chuva fina numa poca fria, ou quando o viveiro retm muita umidade, no h boa drenagem do vaso, ou a terra fica encharcada devido a muitas chuvas, ento veremos manchas marrons obscuras em diversas folhas, principalmente nas pontas. Embora o sulfato de cobre seja um produto preventivo para isso, o melhor e prevenir sem ter que recorrer a nenhuma substncia qumica. Prover suficiente luz, vento e controlar a gua, a umidade, as chuvas, a drenagem, etc. a melhor preveno. Com relao drenagem e terra, tive uma experincia que embora no fosse muito boa, espero que sirva para os demais. Uma vez transplantei uma Tulasi num vaso que continha grande quantidade de hmus (2 partes de hmus e uma de terra). Eu pensava que seria bom para Tulasi ter tanta matria orgnica. Contudo, algum tempo depois, suas folhas comearam a inclinar-se para baixo, mostrandonos que em pouco tempo se iria. Nem sequer os brotos novos ou folhas novas estavam erguidos, apontando para o cu. Nesses dias estava visitando Nova Gokula um engenheiro agrnomo, que d assistncia aos agricultores desta fazenda. Pedi que olhasse aquela Tulasi. Quando tocou a terra, me mostrou que estava muito pastosa, nada porosa. Disse-me ento, que o problema foi ter posto tanta matria orgnica. O ideal, explicou, era colocar uma parte de areia grossa, uma parte de hmus ou esterco de vaca, e uma parte de terra boa. Isto evitar que Tulasi se sinta sem ar. Similarmente, uma vez usei bastante esterco de vaca bem seco e transplantei as pequenas plantinhas de Tulasi para sacos de plstico especiais para viveiros. So uns sacos negros, com alguns orifcios pequenos na parte inferior, que se usa para reproduzir rvores deixar as mudas, enquanto pequenas, nos viveiros. O que ocorreu, foi que de alguma maneira, quando regava Tulasi, a gua imediatamente saia pelos orifcios que estavam na base dos sacos plsticos. Eu pensava que isto seria porque Tulasi no estava necessitando de mais gua e que por isso a rechaava. Porm depois vi que a planta no estava bem. Quando decidi inspecionar melhor o saco de plstico, descobri que a parte de baixo da terra, que estava em contato direto com o saco, a qual por sua vez recebia sol direto, estava seca e dura. Ou seja, a gua que se colocava, embora em quantidade abundante, na estava umedecendo apropriadamente. Minha concluso foi que: a) Ou os sacos negros de plstico especiais para plantas no deviam ser expostos ao sol, j que fazem que a terra perca sua capacidade de absorver gua (como se a plastificssemos), ou b) o excesso de esterco de vaca, ainda mais quando submetido ao calor atravs do plstico, no absorve gua. Portanto, ambas as lies podem servir. No use sacos de plstico pensando que economizar dinheiro ou que ser mais

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leve e no ponha demasiado esterco, mesmo que esteja bem seco. Embora esses sacos de plstico possam ser bons em viveiros onde as plantas permaneam na sombra, no so apropriados para Tulasi, que gosta tanto do sol. H outros bichinhos que se agarram ao lado e que so como umas pequenas bolinhas marrons com uma casquinha. Eles tambm so chupadores que acabam afetando Tulasi. E finalmente, para manter Tulasi com boa sade e forte, devemos evitar que a planta esteja constantemente produzindo sementes em seus manjaris. Os manjaris no devem secar na planta. Quando ainda estiverem tenros e no mais aparecerem as florzinhas (violetas no caso de Shyama Tulasi e brancas se so Rama Tulasi), devemos cort-las junto com as duas folhas que esto imediatamente abaixo dos manjaris. Isto se afirma no Chaitanya Charitamrta, Adi Lila 6.297: Com f e amor, tu deves oferecer oito flores tenras de Tulasi, cada uma com duas folhas de Tulasi, uma a cada lado da flor. O verso anterior mostra a importncia de recolher e oferecer os manjaris quando esto na fase de flor: para tal adorao, necessita-se de um recipiente com gua e umas poucas flores da planta de Tulasi. Quando se realiza com completa pureza, esta adorao est na bondade total. Se no recolhemos os manjaris quando esto florescidos, transformam-se em manjaris secos e cheios de sementes. Por isso temos que cort-los antes. Embora a ndia exista a tradio de no usar tesouras de para cortar manjaris comprovei que Tulasi Devi sofre muito quando tratamos de cortar manjaris que no so tenros. Temos que fazer fora, sacudir toda a planta, cortar de uma maneira brusca e inclusive (porque os dedos so mais grossos que uma tesoura) acabamos esmagando outros brotos novos que esto exatamente abaixo do manjari que se est cortando. Ademais, h manjaris que nascem no centro da planta e so muito difceis de serem retirados com os dedos. Muitas vezes, ao faz-lo com os dedos, temos que introduzir o brao e pode ser que machuquemos algum raminho. Usando tesouras largas, finas e pontiagudas, se pode realizar melhor esse servio, sem causar a Tulasi tanto sofrimento. Uma vez, Vidya Devi Dasi perguntou a Srila Prabhupda se podiam usar tesouras para cortar os manjaris, e Prabhupda respondeu: Use o bom senso, e se no o tem pergunte a algum que tenha. Quando produz sementes, Tulasi se debilita e, por outro lado, existe o risco de que as sementes caiam na terra ou voem devido a um forte vento. Ento comearo a nascer Tulasi em toda parte, e talvez no se tenha lugar, vasos, dinheiro ou tempo suficientes para cuidar de muitas Tulasi. Ento, a pior idia que pode ocorrer pensar que se pode simplesmente enterrar estar pequenas Tulasi recmnascidas, Srila Prabhupda nos advertiu que no devemos cometer essa ofensa. Assim, no cortar os manjaris quando esto tenros e florescidos, no s debilita a planta como tambm

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pode nos causar dificuldades, e pior, perderemos a oportunidade de oferecer a Krishna as flores de Tulasi que tanto O satisfazem. Tambm as folhas devem ser utilizadas para a satisfao de Krishna. Esse o propsito pelo qual Tulasi aparece como uma planta. O Chaitanya Charitamrta, Adi Lila, Cap. 3, nos mostra porque deveramos nos ocupar em recolher folhas e flores tenras e oferec-las a Krishna: Sri Krishna, que mui afetuoso com Seus devotos, Se rende ao devoto que simplesmente Lhe oferece uma folha de Tulasi e um vaso de gua. Srila Prabhupda, conversando, comentou certa vez que ns adorvamos a Tulasi e oferecamos suas folhas a Krishna ou Vishnu porque: patraam puspam phalam toyam, Krishna Se satisfaz muito quando Lhe oferecemos uma folha de Tulasi e por isso ns amamos Tulasi. Prabhupda disse: O dito popular afirma: Se tu me amas, ama a meu cachorro.. Concluso: se o clima, a umidade, a iluminao e a dedicao diria cumprem os requisitos mencionados aqui por Jiva Goswami Das, e por este insignificante servo que est narrando sua experincia, estou seguro que Srimati Tulasi Devi nos abenoar a todos. Entretanto, recordemos que, como Srila Prabhupda afirmava Tulasi Devi s cresce nos lugares onde existe devoo por Krishna, Para tanto, os fatores materiais so indispensveis; ao mesmo tempo, devemos sentir devoo e preocupao por ver que Tulasi esteja bem. S ento Krishna dar ao devoto a inteligncia necessria para manter-se a servio de Tulasi Devi, importante que, antes de plantar Tulasi Devi, o devoto ou a devota saiba o que que pretende fazer. Se apenas quer adorar Tulasi para tornar-se mais consciente de Krishna, ento uma planta ser suficiente. No precisa ter mais que uma. Se tm uma Deidade em casa, tal como Shalagrama-shila ou Govardhana-shila, ento 2 ou 3 plantas sero suficientes para dispor de folhas e manjaris para a adorao. Somente deveramos semear plantas de Tulasi quando temos como servio prover folhas de Tulasi para o programa de adorao oficial de um templo da ISKCON. Nesse caso, necessita-se de vrias folhas para o banho da Deidade, as oferendas, os vasos com gua, as cerimnias de abhishekha e as guirlandas com folhas e flores, as quais satisfazem muito a Krishna. Se um devoto cultiva Tulasi como um servio para algum templo em particular, se justifica que tenha que cuidar de muitas plantas. Caso contrrio, melhor ter s uma planta e cuid-la com ateno. Se a pessoa tem muitas plantas, ter que dedicar bastante tempo para cortar os manjaris, especialmente no vero. E talvez no tenha esse tempo devido a seus outros afazeres. E se no corta os manjaris, durante o vero as sementes brotaro por todos os lados, devido ao vento lev-las. Isto s complicar mais e mais a situao. Claro que se a pessoa cuida Tulasi como seu servio para Prabhupda, ento ter

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tempo disponvel para cortar os manjaris. E inclusive se nascerem algumas Tulasi sem ter planejado, saber aproveit-las, envi-las a outros pujaris de Tulasi de outros templos, fazer outros viveiros, etc. Embora tenha descrito tudo isso, quero dizer-lhes que nunca fui to bom em cuidar de Tulasi Devi. Porque no havia outros devotos para plant-la e cuid-la, aceitei esse servio por anos, desde que tinha poucos dias de bhakta. No entanto, como comentei no princpio, muito aprendi errando, pensando que Tulasi suportaria o frio, que no precisaria de muita ateno, dedicao, viveiros, etc. Espero que outros devotos aproveitem esta experincia e s decidam plantar Tulasi se puderem proteg-la adequadamente, tal como foi descrito aqui. Para terminar, sugiro que os devotos e devotas que cuidam de Tulasi Devi, mantenham contato com uma devota de Los Angeles, Isanah Devi Dasi. Ela Ph.D em Botnica cuida muito bem de Tulasi . Hare Krishna. Depois de ter ouvido alguns conselhos prticos para lidar com Tulasi Devi, aprendamos outras instrues dos shastras que nos ensinam sobre Tulasi. Quando a pessoa decide coletar folhas e flores, deve estar limpa. O Vayu Purana comenta sobre isso da seguinte maneira:

asnatva Tulasim citva yah pujam kurute narah so'paradhi bhaven nityam tat sarvam nisphalam bhavet
Uma pessoa que recolhe folhas de Tulasi sem haver se banhado e depois realiza a adorao, um ofensor, e todas suas atividades se tornam inteis.

Govinda Dasi nos disse que no se devem recolher folhas de Tulasi antes de aparecer a luz do dia e depois do sol se por, quando est escurecendo. No Bhagavad-gita, ao descrever bhakti-yoga na etapa de sadhana, Srila Prabhupda diz que devemos levantar cedo, tomar banho, assistir ao mangala aratik, cozinhar para a Deidade e recolher flores e tambm folhas de Tulasi para a adorao da Deidade. Srila Prabhupda nos disse que em cada prato de cada oferenda deve haver uma folha de Tulasi, e para tanto devemos recolher um nmero suficiente. Ao recolher e cort-las, devemos ter muito cuidado de no machucar as pontas dos raminhos de Tulasi e devemos bater palmas trs vezes antes de faz-lo. No Vishnu Smrti se explica este assunto:

Patranam cayane vipra

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bhanga sakha yada bhavet tada hrdi vyatha visnor diyate tulasi pateh karatala trayam dattva cinuyat tulasi dalam yatha na kampathe sakha tulasya divja sattama
Se ao cortar as folhas de Tulasi uma pessoa quebra os ramos, Vishnu sente dor em Seu corao. A pessoa deve bater palmas trs vezes antes de recolher as folhas de Tulasi, e ao recolh-las, deve ser cuidadosa para que os ramos no sejam sacudidos nem perturbados.

Igualmente, devemos estar atentos quando se aproxima o dia de Ekadasi, j que no dia seguinte, Dvadasi, no devemos aproximar-nos de Tulasi para recolher folhas, nem fazer algum tipo de servio que possa ocasionar perda de folhas. O Vishnu Dharmottara afirma:

nacchindat tulasi vipra dvadasyam vaisnava kvacit


O vaisnava jamais deve recolher folhas de Tulasi no Dvadasi Tithi.

E o Garuda Purana nos diz que: Uma pessoa erudita nas Escrituras que no deseja diminuir a durao de sua vida, no deve recolher ervas aos domingos nem coletar folhas de Tulasi para adorar o Senhor no Dvadasi. Embora as folhas de Tulasi sejam to purificantes e valiosas, os devotos nunca as comero sem primeiro oferec-las a Krishna. Srila Sanatana Goswami nos instruiu nisto da seguinte maneira:

kim citram asyah patitam tulasya dalam jalam va patitam punite lagnadhi bhala sthalam alavala mritsnapi kritsnagha vinasanaya srimat tulasya patrasya mahatmyam yadyapi drisam tathapi vaisnavaistan na grahyam krsnarpanam vina
Que posso dizer acerca das maravilhosas glrias de Tulasi? Suas folhas cadas, as que murcharam, e sua gua, so todas purificantes. Quem coloca inclusive uma partcula da terra em que est plantada, erradica todos os pecados. Embora as glrias das folhas de Tulasi Devi sejam to grandiosas e suas folhas to purificantes, mesmo assim, os Vaisnavas nunca comem

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folhas de Tulasi sem primeiro oferec-las a Suprema Personalidade de Deus.

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6. Vrnda Kunda

Em Vrndavana, Tulasi Devi tambm tem seu lugar. Assim como Srimati Radharani tem Seu Radha Kunda e Krishna Seu Shyama Kunda, a pastorinha Vrnda tem seu Vrnda Kunda. Um reconhecido estudioso e Vaishnava santo, Madhava Dasa (conhecido como Vrnda Kunda Babaji) permaneceu vrios anos em Vrndavana tratando de restaurar e desenvolver esta eterna casa de Vrnda Devi em Vrnda Kunda. Entretanto, ele se tornara velho e enfermo. Antes de abandonar seu corpo, buscou algum devoto de Tulasi Devi para que continuasse o trabalho comeado em Vrnda Kunda. Foi ento quando Govinda Dasi o conheceu e imediatamente sentiu uma conexo com ele. De alguma forma, por um arranjo Divino do Senhor, Madhava Das terminou seus dias no templo de Krishna Balarama Mandir na ISKCON. Govinda Dasi o conheceu em novembro de 1989 e em maro de 1990 ela e outros devotos estavam pagando para ele despesas mdicas, alm de terem conseguido enfermeiras. Foi nessa poca que Govinda Dasi se sentiu inspirada a pintar um retrato de Vrnda Devi. Madhava Baba que sabia todas as referncias a Vrnda Devi que aparecem nas escrituras, supervisionou cuidadosamente todos os mnimos detalhes dessa pintura. As escrituras descrevem que Vrnda Devi tem uma bela tez da cor de outro fundido, com uma refulgncia dourada e uma encantadora prola em seu nariz. Um gentil sorriso decora seus lbios. Ela usa ornamentos azuis e est decorada com prolas e flores. Sua mo direita est levantada, bendizendo aos devotos e em sua mo esquerda ela sustm um papagaio amarelo chamado Daksa, que tem milhares de discpulos papagaios de vrias cores. Govinda Dasi fez esta pintura e Madhava Das a aprovou. Durante esses dias que esteve no templo de Vrndavana, Govinda Dasi e outros devotos puderam ouvir narraes acerca das glrias de Vrnda Devi, tal como aparecem nos Puranas. Ele tambm traduziu o Vrndasthakam para eles, composto por Srila Visvanatha Chakravarti Thakura, e lhes contou como Sri Chaitanya Mahaprabhu, durante os festivais de Sankirtana, mantinha a Sua frente uma Tulasi transportada sobre a cabea de algum devoto. Numa ocasio, durante esses dias, Govinda Dasi decidiu visitar o Vrnda Kunda. Existe um pequeno templo nessa rea, com um amvel riacho e arbustos de Tulasi. Para Govinda, a atmosfera tinha uma essncia espiritual nica. Ao chegar ali, ela se sentou silenciosamente, cantou e meditou em Tulasi. Ento, em sua mente, teve um rpido vislumbre de um palcio, com escadas rodantes e uma decorao deslumbrante. Ela se admirou com

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isso, e ao regressar e comentar com o santo Vaishnava, soube que esse palcio se descrevia em vrias escrituras, o palcio de Tulasi Devi. Govinda e os demais devotos sentiram que cuidar desse ancio brahmana, que havia passado toda sua vida como um sadhu, era um arranjo especial de Srila Prabhupda para ocup-los em servio a Srimati Tulasi Devi e Vrnda Kunda. Uns dias depois, a 27 de maro de 1990, aps o mangala aratik, enquanto Govinda Dasi e Vidya Dasi estavam fazendo guirlandas no templo, a enfermeira de Madhava Das entrou correndo e lhes disse que deviam ir com ela rapidamente. No caminho para seu quarto, Govinda agarrou a pintura de Vrnda Devi. Ela conta: Assim que entrei no quarto, fui sacudida pela presena fixa da morte iminente. A morte poderosa, uma fora constrangedora, difcil de descrever, embora real. Sustive a pintura para que o Baba a observasse e disse: Vrnda Devi veio. Ele concentrou seu olhar na linda forma de Vrnda Devi e tratou de falar uma orao em snscrito para ela. Suas ltimas palavras audveis foram Krishna, Krishna. Nos sentamos em sua cama e cantamos Hare Krishna em nossas contas. Dinabandhu Das chegou e comeou a tocar harmnio e a cantar. Era um kirtana suave e gentil, melodias suaves e penetrantes. Ento, todo o quarto se encheu de uma cor dourada. Os olhos de Baba estavam fixos em Vrnda Devi, e quando no pode ver mais, seus olhos quedaram brilhantes de xtase, focalizados em outro mundo. Isto era como se estivesse claramente vendo Krishna e Sua amada Vrnda Devi. Ele tinha um lindo sorriso em seus lbios. Sua respirao vinha em pequenos suspiros e a cada vez que respirava, seu xtase aumentava. Seu rosto brilhava excepcionalmente. Este era um momento de grande admirao e xtase. Estvamos vendo uma alma divina partir para o reino de Goloka, e chorvamos de alegria. Govinda Dasi comentou como, o que para muitos seria um momento de temor e ansiedade, para este santo Vaisnava, assistente de Vrnda Devi em Vrnda Kunda, era o momento esperado para entrar na morada de Vrnda Devi e eternamente servir ali a divina vaqueirinha. Madhava Das Baba deixou o lugar de Vrnda Devi, Vrnda Kunda, nas mos dos devotos da ISKCON. Eles lhe prometeram que cercariam o lugar e juntariam fundos para acabar o trabalho de restaurao. Hoje em dia, isso est sendo levado a cabo e Govinda Dasi est supervisionando. Agora, escreveremos a cano que Madhava Das Babaji ensinou s devotas e devotos que o atenderam, antes que abandonasse o mundo material. Tambm incluiremos

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outros mantras, tais como o Tulasi stava. Diz-se que quem o canta na noite de Dvadasi e permanece desperto, ver que seus desejos egostas, independentes do Senhor Krishna, desaparecem gradualmente. E nunca perder a associao dos santos devotos do Senhor Sri Krishna.

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7. Mantras e Canes Glorificando Tulasi Devi

7.1. SRI VRNDADEVI-ASTAKA (8 oraes glorificando Vrnda Devi)

Este um poema de Srila Visvanatha Chakravarti Thakura que pode ser cantado com a mesma melodia que o Gurvastaka escrito pelo mesmo acharya Vaisnava.

gangeya-campeya-tadid-vinindirocih pravaha-snapitatma-vrnde bandhuka-bandhu-dyuti-divya-vaso vrnde namas te caranaravindam


Oh Vrnda! Tu s banhada por rios cujo esplendor derrota ao ouro, ao relmpago e flor Champaka. Tuas esplndidas vestimentas so amigas da flor Bandhuka. Prosto-me diante de Teus ps de ltus!

binbadharoditvara-manda-hasyanasagramukta dyuti-dipitasye vicitra-ratnabharana-sriyadhye vrnde namas te caranaravindam


Teu rosto belssimo, com uma prola adornando a ponta de Teu nariz e um doce e maravilhoso sorriso em Teus lbios, os quais so como a fruta bimba. Ests adornada com belssimas jias. Oh Vrnda, prosto-me diante de Teus ps de ltus.

samasta-vaikunta-siromanu-srikrsnasya vrndavana-dhanya-dhamni dattadhikare vrsabhanu-putrya vrnde namas te caranaravindam


Radha, a filha do rei Vrshabhanu, colocou sob Tua tutela a auspiciosa e opulenta morada de Vrndavana, a qual a jia mxima entre todos os plantes Vaikuntha. Oh Vrnda, prostro-me diante de Teus ps de ltus!

tvad-ajnaya pallava-puspa-bhrngamrgadibhir madhava-keli-kunjah madhv-adibhir bhanti vibhusyamana vrnde namas te caranaravindam


Por Tua ordem, os bosques onde Madhava desfruta passatempos, esto esplendidamente decorados com flores desabrochando, abelhes, veados, mel e outras coisas. Oh Vrnda, prostro-me diante de Teus ps de ltus

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tv adiya-dutyena nikunya-yunor atyukayoh keli-vilasa-siddhir tvat-saubhagam kena nirucyatamtad vrnde namas te caranaravindam
O ansioso e jovem Casal Divino desfruta da perfeio dos passatempos transcendentais no bosque graas a Tu seres a mensageira Deles. Oh Vrnda, prostro-me diante de Teus ps de ltus!

rasabhilaso vasatis ca vrindavane tvad-isanghri-saroja-seva labhya ca pumsam krpaya tavaiva vrnde namas te caranaravindam
Por Tua misericrdia, as pessoas obtm residncia em Vrndavana assim como tambm o desejo de servir aos ps de ltus de Teus Senhores e de servi-Los na dana da rasa. Oh Vrnda, prostro-me diante de Teus ps de ltus!

tvam kirtyase satvata-tantra-vidbhir lilabhidana kila krsna-saktih tavaiva murtis tulasi nr-loke vrnde namas te caranaravindam
Os eruditos no Satvata-tantra Te glorificam. Tu s a potncia dos passatempos do Senhor Krishna. A planta de Tulasi Tua forma neste mundo material. Oh Vrnda, prostro-me diante de Teus ps de ltus!

bhaktya vihina aparadha-laksaih ksiptas ca kamadi-taranga-madhye krpamayi tvam saranam prapanna vrnde namas te caranaravindam
Oh Tu, que s misericordiosa, as pessoas desprovidas de devoo e que, devido s suas milhares de ofensas, foram jogadas em meio s ondas da luxria e de outros vcios, tomam refgio em Ti! Oh Vrnda, prostro-me diante de Teus ps de ltus!

Vrndastakam yah srnuyat pathed va vrndavanadhisa-padabja-bhrngah sa prapya vrndavana-nitya-vasam tat-prema-sevam labhate krtarthah
Algum que seja como um abelho aos ps de lutos do Rei e da Rainha de Vrndavana, e que l ou escuta estas oito oraes dedicadas a Vrnda Devi, residir eternamente em Vrndavana e alcanar o servio amoroso ao Casal Divino.

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7.2. TULASI-STAVA (Recitado pelo Senhor Brahma)

munayah sidha-gandharva / patale nagarat svayam prabhavam tava deveshi / gayanti sura-sattama na te prabhavam jananti / devatah keshavadrite gunanam parimanantu / kalpa kotisha tair api Krsna anandat samudbhnuta / kshiridam athanodyame/ uttamange pura yena / Tulasi Visnuna dhrita prapyaitani tvaya Devi / visho-rangani sarvasah pavitrata tvaya prapta / Tulasimtvam namamy aham tvadanga-sambhavaih patrai / puja-yami yatha harim tatha kurushva me vighna / yato yami param gatim ropita gomati-tire / svayam-krsnena palita jagaddhitaya Tualsi / gopinam hita-hetave Vrndavane vicharata / sevita vishnuna svayam gokulasya vivriddhyartha / kamsasya nidhanaya Ca vashishtha vachanat purvam / ramen sarayu tate rakshasanam vadharthaya / ropita tvam jagat-priye ropita-tapaso vridhyai / Tulasi tvam namamy aham vigoye raghavendra sya / dhyatva tvam janakatmaja ashokavana nadhye tu / priyena saha-sangata shankarartha pura Devi / parvatyatvam himalaye ropita sevita siddhai / Tulasi tvam namamy aham dharmaranye gayayam ca / sevita pitribhih svayam sevita Tulasi punya / atmano hitam icchata ropita ramachandrena / sevita laksmanena ca sitaya palita bhaktya / tulasi-dandake Vane trailokia-vyapini ganga / yatha-shastre-shu giyate tathaiva tulasi devi / drisyate sacharachare risyamuke ca vasata / kapirajena sevita tulasi balinashaya / tara sangama-hetave pranamya tulasi-devi / sagarottkramanam kritam

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krit-karyah prahusthas ca / hanuman punar agataha tulasi grahanam kritva / vimukto yati patakaih athava minishardula / brahma-hatyam-vyapohati tulasi patra galitam / yastoyam-sirasa vahet ganga-snanam avapnoti / dasha-dhenu phala-pradam prasida devi deveshi / prasida hari vallabhe ksiroda-mathanod bhute / tulasi tvam namam" aham dvadasyam jagare ratrou / yah pathet tulasi stavam dvatrim- shadaperadhans ca / ksamte tasya keshavah

7.3. OS OITO NOMES DE TULASI DEVI

Vrndavani: Aquela que pela primeira vez se manifestou em Vrndavana. Vrnda: A deusa de todas as plantas e rvores. Visva-pujita: Adorada por todo o universo. Puspasara: A mais elevada de todas as flores, sem a qual Krishna no gosta de observar outras flores. Nandini: Por v-la, os devotos obtm felicidade ilimitada. Krsna Jivani: A vida de Krishna. Visva-pavani: Aquela que purifica os trs mundos. Tulasi: Aquela que no tem comparao.

7.4. SRI TULASI KIRTANA

namo namaha tulasi! krsna-preyasi radha-krsna-seva prabo el abhilasi


(1) Oh Tulasi! A amada de Kishna, repetidas vezes me prostro diante de ti. Desejo obter o servio a Radha e Krishna.

je tomara sarana loy, tara vancha purna hoy krpa kori'koro tare brndavana-basi
(2) Quem se refugia em ti, ter seus desejos satisfeitos. Outorgando-lhe tua misericrdia, fazes que essa pessoa se torne um residente de Vrndavana.

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mor el abhilas, vilas kunje dio vas nayane heribo sada jugala-rupa rasi
(3) Desejo que tambm me concedas uma residncia nos prazerosos bosques de Sri Vrndavana-dhama. E dessa maneira, com minha viso, sempre apreciarei os belos passatempos de Radha e Krishna.

ei nivedana dharo, sakhir anugata koro seva-adhikara diyo koro nija dasi
(4) Imploro-Te para que faas de mim um seguidor das donzelas que so vaqueirinhas em Vraja. Por favor, conceda-me o privilgio do servio devocional e faz de mim tua prpria serva.

dina krsna-dase koy, ei jena mora hoy sri-radha-govinda-preme sada jena bhasi
(5) Este caidssimo e baixo servo de Krishna ora: Que eu sempre nade no amor de Sri Radha e Govinda!

7.5. SRI TULASI-ARATI (Por Chandrashekhara Kavi)

namo namah tulasi maharani vrnde maharani nomo namah namo re namo re meiya namo narayani
(1) Oh Tulasi Maharani! Oh Vrnda! Oh me da devoo! Oh Narayani! Te ofereo minhas reverncias repetidas vezes.

janko darase, parase agha-nasa-i mahima beda-purane bakhani


(2) Vendo-te, ou apenas tocando-te, todos os pecados so destrudos. Tuas glrias so descritas nos Vedas e nos Puranas.

janko patra, manjari komala sri-pati-carana-kamale lapatani dhanya tulasi meiya, purana tapa kiye, sri-salagrama-maha-patarani
(3) Tuas folhas e suaves manjaris se entrelaam aos ps de ltus de Narayana. Oh bendita mo Tulasi, realizaste austeridades exitosamente e dessa maneira te tornaste a principal consorte e rainha de Shalagrama-shila.

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dhupa, dipa, naivedya,arati, phulana kiye varakha varakhani chappanna bhoga, chatrisa byanjana bina tulasi prabhu eka maki mani
(4) Tu derramas uma chuva de misericrdia sobre aquele que te oferece um pouco de incenso, uma lamparina de ghi, naivedya (alimento) e arati, outorgando-lhe alegria. O Senhor no Se interessa nem um pouco por alguma das cinqenta e seis variedades de alimentos cozidos (arroz, dhal, vegetais, etc.) nem pelas trinta e seis diferentes preparaes condimentadas (chutneys, raitas, picles, etc.) se so oferecidos sem uma folha de Tulasi.

shiva-suka-narada, aur brahmadiko dhunrata phirata maha-muni jnani


(5) O Senhor Shiva, Sukadeva Goswami, Devarshi Narada e todos os janis e grandes munis (sbios), liderados pelo Senhor Brahma, te esto circumambulando. Oh me! Oh Maharani! Chandrashekhara assim canta tuas glrias. Por favor, concede-me como ddiva a devoo pura.

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8. O Processo de Adorao de Srimati Tulasi Devi

Srila Prabhupda ensinou que devemos adorar Tulasi depois do mangala-arati. Prabhupda deu os mantras para prostrar-se diante dela, para circumambul-la e para recolher folhas. No mantra para prostrar-se, notem que Srila Prabupada no usou as palavras: krishnabhakti prade devi. Ele ensinou: vishnu-bhakti prade devi. Portanto, a adorao comea com prostrar-se diante de Tulasi Devi cantando o seguinte mantra:

vrndayai tulasi devyai priyayai kesavasya ca visnu-bhakti-prade devi satyavatyai namo namah
Oh Srimati Tulasi Devi! Repetidamente ofereo minhas reverncias. Tu s muito querida pelo Senhor Keshava. Oh Deusa! Concedes gente o servio devocional amoroso ao Senhor Vishnu e possuis a verdade mais elevada.

Depois de repetir trs vezes esta orao, prostrado aos ps de ltus de Tulasi, devemo-nos levantar e comear a cantar o Tulasi-kirtana, enquanto se oferece incenso, uma lmpada de ghee e algumas flores. Esta adorao pode se fazer, segundo comentou certa vez Krishna Kshetra Prabhu, meditando em Tulasi como a planta divina, ou como a Gopi que eternamente serve ao Casal Divino. Pode-se girar cada um destes trs artigos sete veze3s ao redor da planta de Tulasi, ou pode-se oferecer os artigos como so oferecidos s Deidades nos altares, ou a Srila Prabhupda na Vyasasana. Para adorar desta maneira, se gira o incenso sete vezes ao redor de Tulasi, e o mesmo ser feito com a flor. Entretanto, antes de oferecer a flor, quando for oferecer a lmpada de ghee, devero oferec-la dando quatro voltas aos ps de ltus de Tulasi, duas voltas na rea do abdmen, trs voltas ao redor de seu rosto e finalmente sete voltas ao redor de todo o corpo de Tulasi Devi. Quando acaba o Tulasi-kirtana e os devotos comeam a circumambul-la, devem cantar o seguinte mantra dado por Srila Prabhupda:

yani kani ca papani / brahma-hatyadikani ca tani tani pranasyanti / pradaksinah pade pade

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Pela circumambulao de Srimati Tulasi Devi, todos os pecados que algum possa haver cometido, inclusive o de matar um brahmana, so destrudos a cada passo.

Depois de circumambular Tulasi Devi algumas vezes, os devotos purificam suas mos com a gua do pancapatra, e ento umedecem sua terra com algumas gotinhas de gua do mesmo, ou de outro pancapatra. Finalmente, quando todos os devotos e devotas tiverem a oportunidade de regar Tulasi Devi, se prostram novamente e recitam o mantra de oferecer reverncia a Tulasi Devi. Ento, Tulasi permanece no centro da sala que se ocupa para cantar japa, j que isso d uma oportunidade aos devotos de continuar circumambulando-a e livrar-se mais e mais das reaes de seus pecados anteriores, o que indispensvel para poder alcanar servio devocional (ver Bhagavad-gita 7-28). Depois que a Deidade no altar recebe Seu banho e o caranamrta est pronto, assim como tambm outras flores mahaprasadam da Deidade esto disponveis, pode se comear outra adorao complementar. Esta forma de adorao no foi ensinada por Srila Prabhupda. Inclusive, quando uma devota chamadada Vidya Dasi pediu permisso a Srila Prabhupda em 1976 para introduzir alguns mantras desta adorao que vamos explicar agora, Srila Prabhupda lhe respondeu: No introduza nada novo. Simplesmente a sirva com devoo. Contudo, antes de partir, Srila Prabhupda autorizou alguns devotos maiores a pesquisar mais sobre a adorao realizada pelos Vaishnavas, segundo a tradio. E assim, nos livros que foram publicados por uma comisso do GBC da ISKCON, aparece o seguinte processo de adorao para Srimati Tulasi Devi: Durante a manh, depois de haver adorado as Deidades, o pujari deve realizar esta adorao. Dever ter em suas mos uma bandeja com os seguinte produtos: a) pancapatra com gua; b) arghya (que tenha sido ofereo a Krishna) numa concha ou em outro recipiente; c) flores; d) chandana; e) charanamrta da Deidade; f) guirlandas ou flores prasadam; g) um recipiente vazio para recolher folhas de Tulasi. O procedimento o seguinte: 1) Primeiro deve recitar:

nirmita tvam pura devair arcita tvam surasiraih tulasi hara me'vidyam

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pujam grhna namo'stu te


Oh Srimati Tulasi Devi! Foste anteriormente criada pelos semideuses e adorada tanto por eles como pelos demnios. Oh Srimati Tulasi Devi, bondosamente afasta de mim a ignorncia e aceita minha adorao. Repetidamente, te ofereo minhas humildes reverncias.

2) Depois, enquanto segura o panchapatra com a mo esquerda, deve-se borrifar gua sobre Tulasi Devi com a mo direita, e cantar o seguinte mantra:

(om) govinda-vallabhan devin bhakta-caitanya-karinim snapayami jagad-dhatrim krsna-bhakti-pradayinim


Estou banhando a deusa Tulasi Devi, que muito querida por Govinda, que a me do universo, que outorga vida a todos os devotos, e que confere a devoo pelo Senhor Krishna.

3) Enquanto coloca um pouco de arghya na terra com a pequena concha, cante o seguinte mantra:

sriyah sriye sriyavase nityam sridharam sat-krte bhaktya dattam maya devi arghyam grhna namo'stu te
Oh deusa Tulasi! Te ofereo minhas reverncias. Todo tipo de beleza e opulncias se refugiam e vivem em ti. Inclusive s adorada pelo Senhor Supremo. Oh Tulasi! Aceita por favor este arghya, que te ofereo com devoo.

4) Ento, deve-se oferecer os seguintes artigos enquanto se cantam os mantras apropriados:

idam sagandha-puspam om tulasyai namah E oferece uma flor untada com polpa de sndado.

idam sri-Krsna-caranamrtam om tulasyai namah E oferece para Tulasi gua do banho da Deidade.

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idam maha-prasada-nirmalyadikam sarvan om tulasyai namah Com este mantra se oferecem a Tulasi Devi as flores e guirlandas prasada do Senhor. 1

idam acamaniyam om tulasyai namah Oferea acamana a Tulasi Devi. 5) Ento, depois de oferecer todos estes artigos, recite a seguinte orao:

maha-prada-janani sarva-saubhagya-vardhini adhi-vyadhi-hare nityam tulasi tvam namo stu'te


Oh Srimati Tulasi Devi, repetidamente te ofereo minhas reverncias! Oh me da mahaprasada, tu aumentas a boa fortuna de todas as pessoas e removes todas as ansiedades e enfermidades.

6) Agora, oferea reverncias a Tulasi Devi, recitando o Tulasi-pranama-mantra:

(om) vrndayai tulasi devyai priyayai kesavasya ca visnu-bhakti-prade devi satyavatyai namo namah 7) Depois, com sua mo direita, cuidadosamente corte ou retire folhas de Tulasi ou suaves e tenros tulasi-manjaris, junto com seus tenros e pequenos talos. Trate de evitar o uso de tesouras ou outros objetos afiados de metal. Enquanto corta as folhas, uma por uma, cante o seguinte tulasi-chayana-mantra sem cessar:

(om) tulasi amrta-janmasi sada tvam kesava-priya kesavartham cinomi tvam vara-da bhava sobhane

Para evitar que insetos ou fungos prejudiquem Tulasi Devi, retire as flores ou guirlandas mahaprasada que

tenha oferecido assim que acabar a adorao. E o charanamrta ou gua do banho do Senhor, pode ser oferecido com uma colherzinha, colocando-o depois num outro recipiente, sem vert-lo na terra.

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Oh Tulasi, nasceste do nctar. Sempre s mui querida pelo Senhor Keshava. Agora, para adorar ao Senhor Keshava, estou recolhendo suas folhas e manjaris. Por favor, abenoa-me.

Depois de recolher folhas de Tulasi, recite o mantra para suplicar perdo:

cayanofbhava-duhkham ca yad hrdi tava vartate tat ksamasva jagan-matah vrnda-devi namo'stu te
Oh Tulasi Devi! Oh me do universo! Ofereo-te minhas respeitosas reverncias. Se ao recolher tuas folhas e manjaris te causei algum sofrimento, tenha a bondade de perdoar-me.

No retire folhas da planta de Tulasi de madrugada, antes do amanhecer, e tampouco aps o sol se ocultar e que j esteja escuro. E lembre-se, jamais retire folhas no Dvadasi. Se tiver folhas secas porque foram cortadas no dia anterior, pode oferec-las de todos os modos.

Nota da tradutora: Aqui termina o livrinho, impresso em Assuncin, Uruguay, em 03/10/1996 edio da Fundao Bhaktivedanta de Filosofia/ SP/ Brasil).

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BIBLIOGRAFIA

GUNESVARA DASA. Tulasi, La Amada de Krishna. <http://bhaktipedia.org/espanol/uploads/gunesvara_dasa/tulasi.pdf>. Acessado em: 26 jan. 2008.

Nota: Como as imagens da apostila original (traduo em Portugus) estavam difceis de ler em algumas partes, tambm foi utilizado o material em Espanhol, que pode ser encontrada no site mencionado acima.

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