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Experimento VI: Viscosidade Relatório 2

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4300254 ​●​ ​Laboratório de Mecânica ● Viscosidade ● Grupo 4

Experimento VI: Viscosidade


Relatório 2 6,4
Gabriel Volponi Marques nº USP 11298532

Instituto de Física da Universidade de São Paulo

1.Resumo
O objetivo desse experimento consiste em obter o índice de viscosidade ( ) em um
escoamento laminar a partir do movimento da queda de 8 grupos de esfera com diferentes diâmetros
em um tubo cilíndrico preenchido com um fluido (óleo). Para facilitar o ínicio e o fim da tomada de

medidas é necessário determinar duas marcações ( )e( ) no tubo, a análise começa a partir do
instante que a esfera cruza a linha inicial demarcada. A partir das fórmulas de ​Stokes é perfeitamente
possível obter o valor de ( ) e sua incerteza, todavia para esse valor estamos considerando um meio
infinito (sem paredes limitantes). Uma vez que pretendemos nos aproximar do real, é necessário
realizar a chamada correção de ​Ladenburg, que, através de uma proporção entre os raios, utiliza um
fator denominado C para correção de ( ). Já corrigido, agora foi proposta uma normalização de ( )
para uma temperatura padrão de 25°C. Em vistas a garantir a precisão, optou-se por realizar o MMQ
e, para checar, comparou-se por teste Z um médio e um obtido a partir do coeficiente angular do
MMQ, isto para ambos os cenários de normalização - correção através do Fator C e para a
temperatura padrão estabelecida de 25°C. Ao fim e ao cabo, a alta compatibilidade encontrada neste
teste ratifica a precisão da tomada de dados e dos cálculos realizados.

2. Introdução entender como o arranjo influencia na


determinação do indice...

Realizamos o experimento com a finalidade de observar as características de um fluido,com a


obtenção de sua viscosidade ( ) a partir da análise da velocidade e tempo de queda de esferas de
diferentes diâmetros, porém todas com a mesma densidade. Em síntese o experimento consiste em um
tubo cilíndrico preenchido com um fluido (óleo) com viscosidade desconhecida e densidade
previamente fornecida Antes de determinarmos o que é viscosidade é necessária a compreensão sobre
o que é um fluido.
Fluidos são substâncias capazes de tomar a forma dos recipientes que as contém quando estão
em equilíbrio hidrostático, os fluidos podem ser líquidos ou gasosos, algo necessário de acentuar é
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que a camada de um fluido que está em contato com a superfície de um sólido está parada em relação
ao sólido. Dessa forma, à medida que afasta-se da superfície observamos velocidades maiores no
mesmo fluido (conhecido como escoamento linear). Em grandes velocidades o movimento do fluido
tende a ficar mais complicados, formando por exemplo redemoinhos,turbilhões etc (escoamento
turbulento).

​ ​Figura 1​: Escoamento laminar e turbulento de um fluido.


Viscosidade

Viscosidade pode ser compreendida como ​a propriedade física que caracteriza a resistência
de um fluido ao escoamento. Em outras palavras, é a propriedade associada à resistência que um
fluido oferece à deformação por cisalhamento (tensão resultante de duas forças em uma mesma
direção). A viscosidade varia com a temperatura; Para gases, aumenta quando aumenta, já para
líquidos é o contrário, diminui quanto aumenta. A unidade de medida para viscosidade é o

( ), mas na prática usamos mais o poise ( ).

No caso do movimento da queda de uma esfera em um cilindro preenchido com um fluido de


viscosidade e densidade , temos o seguinte diagrama de forças:

se não fosse cilindro seira diferente?

​ ​Figura 2:​ Diagrama de forças movimento esfera no fluido.


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sendo :
● “Fd” a força do atrito com a superfície.

● “E” a força de empuxo, devido a diferença de densidades.

● “P” a força peso, devido a gravidade

obs​: “b” é o coeficiente de proporcionalidade da força de atrito. como veremos a seguir pela Lei de

Stokes, adotaremos ( ).

Ao ser solta no fluido, a esfera ganha velocidade por um intervalo de tempo e depois fica com
com uma velocidade aproximadamente constante, Quando a soma dos módulos das forças: atrito e
critério?

empuxo se igualam com o módulo da força peso. Determinam-se então duas marcações vermelhas no
cilíndro, esse é o intervalo têm a maior probabilidade da velocidade estar próxima de uma constante.
É importante ressaltar que, uma vez que a força gravitacional se equilibra com as forças de
atrito e empuxo, temos a força resultante igual a zero, dessa forma em dado momento a velocidade
deve ficar constante, como mostrado no gráfico abaixo:

​ ​ ​Figura 3​:Gráfico velocidade x tempo (queda em meio viscoso)

Lei de Stokes

Trata-se de uma lei que descreve o movimento de uma esfera com um raio pressupondo um
volume infinito de fluido com viscosidade , para um escoamento laminar. Nesse caso a força de
atrito é fornecida pela fórmula:

​ Eq.(1)

Esse sinal negativo na fórmula apenas ratifica que a força é contrária a velocidade, como pode ser
visto no diagrama de forças da figura 2.
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Depois da coleta de todos os dados é possível calcular o índice de viscosidade do corpo,


todavia ao usar desta lei estamos considerando um sistema imaginário com um meio (fluido) infinito,
ou seja, sem paredes limitantes. Consequentemente sem influência dessas na mecânica do movimento.
Para corrigirmos a velocidade limite e o índice de viscosidade do fluido usamos a correção de
Landenburg. Esta, por sua vez usa uma razão entre os raios do tubo e da esfera para chegar a um fator
correção denominado “C”, como será mostrado a seguir.
Queda de um corpo em um meio viscoso

Usando a mecânica Newtoniana para descrever a queda de uma corpo em um meio viscoso e adotando
o sentido como o da velocidade (para baixo), quando a força viscosa é obtida usando a Lei de Stokes
temos:

​Eq.(2)

sendo ( ) o coeficiente de proporcionalidade de viscoso, ou seja:

​ q.(3)
E
e (m’) como uma massa aparente do corpo com densidade e volume V em um meio com
densidade .

​ Eq.(4)

para simplificar podemos dividir ambos os lados da Eq (2) por m:

​ Eq.(5)

Por tratar-se de uma equação diferencial não homogênea, a solução pode ser obtida somando os
resultados da equação homogênea com a solução particular.

● solução particular:

​ Eq.(6)

● solução homogênea:

Equação homogênea , tem como solução ​Eq.(5)


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Para obtermos uma solução geral da Eq.(2) somamos as soluções das equações 4 e 5, ficando com:

​ Eq.(7)
Pressupondo uma condição inicial, ou seja, :

​Eq.(8)

Podemos combinar os valores das equações 6 e 7, substituindo o valor de :

​ q.(9)
E
Adaptando para tempos muito longos , ou seja, no limite de ​t ​tendendo para o infinito:

​ Eq.(10)

Usando as equações 3 e 4, substituímos na fórmula acima:

​ Eq.(11)

sabendo que o volume de uma esfera é fornecido por;

substituindo:

terminamos então com o valor para dado pela equação:

​Eq.(12)

podemos também achar a viscosidade isolando :


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​Eq.(13)

Imaginando agora uma situação real, ou seja, um meio finito com paredes limitantes existem
uma correção da Eq.(1) , pois agora estamos levando em conta a influência dessas paredes no
movimento da esfera.

Supondo um recipiente finito e cilíndrico com raio ​R, ​escrevemos​:

Eq.(14)

sendo:

​ Eq.(15)

A equação 15 é conhecida como correção de Ladenburg, para alpha temos um valor de aprox.

( ). Dessa forma podemos descrever o movimento em um meio real, calculando como se o


meio fosse infinito, depois multiplicamos pelo fator ( ).

De fato tal correção tem influência sobre a velocidade limite real, nomeando a velocidade
limite real como ( ) e a velocidade em meio infinito como ( ). Dessa forma a correção fica:

Sabendo de todos esses fatores daremos continuação ao experimento para uma análise
matemática do tema abordado.
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3.Descrição Experimental
A análise consiste na observação de um experimento virtual disponibilizado pelo professor, o
repertório para escolha do arranjo experimental foi o último dígito do número usp de cada aluno (no
caso específico arranjo experimental. 2).

Arranjo experimental:

​ ​Figura 4​:Arranjo experimental (experimento virtual Viscosidade).

Composto por um cilindro preenchido com o fluido a ser analisado (óleo), 8 grupos de esferas
com diferentes diâmetros contendo 4 esferas com diâmetros próximos em cada grupo, um paquímetro,
uma prancheta com os dados gerais. O cronômetro usado foi o de um celular.

Tubo cilíndrico: sistema onde ocorre o movimento da queda das esferas em um meio preenchido
com o fluido a ser analisado (óleo). Nele está presente duas marcações em vermelho, correspondente a
distância medida.

Altura (entre as marcações em vermelho): 65,00 +/- 0,2 cm


Diâmetro interno do tubo: 5,032 +/-0,007 cm
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​ ​Figura 5:​Tubo cilíndrico preenchido com fluido

Micrômetro virtual: Instrumento utilizado para uma medida de maior precisão dos diâmetros das
esferas.Ao todo somam 32 medidas de esferas (8 grupos, 4 esferas cada) para minimizar a chance de
erro.

incerteza instrumental: +/- 0,0005 cm

​Figura 6​:Micrômetro virtua​l

Esferas:​ 8 grupos de esferas com diferentes diâmetros, cada grupo possui 4 esfera com diâmetros
próximos entre si. Ainda assim todas possuem a mesma densidade.

Densidade da esfera: 7.85 g/cm³

​Figura 7​:Grupos de esferas virtuais utilizadas no experimento

Óleo:​ fluído inserido no tubo

Densidade do óleo: 0,883 +/-0,001 g/cm³

Trena:​ Utilizada para medir a altura entre as marcações vermelhas no tubo cilíndrico.
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Incerteza instrumental: +/- 0,05 cm

Termômetro:​ Utilizado para medir a temperatura do fluido, e observar a interferência da mesma nos
resultados;

Incerteza instrumental: +/- 0,1° C

Cronômetro (celular):​ Cronômetro digital utilizado pelo celular para calcular o tempo do
deslocamento entre as marcações para diferentes esferas.

Incerteza instrumental: +/- 0,01 s


Tempo de reação operador +/- 0,1 s

Densímetro​: Utilizado para medir a densidade do óleo.

Incerteza instrumental: +/- 0,001 g/cm³


hipóteses assumidas
para os cuidados no
Procedimento experimental experimento?

Começamos fazendo uma média aritmética entre os 4 diferentes diâmetros de cada um dos 8
grupos de esferas com a finalidade de aumentar a precisão dos cálculos.
Coloca-se o fluido (óleo) dentro do tubo cilíndrico e solta-se a esfera no fluido. De fato ao
largar a esfera observamos nela 3 forças atuantes, força de atrito viscoso, força de empuxo e a força
peso pela influência da gravidade. Adotando o sentido da trajetória a favor da força peso, teremos que
o módulo dessa força é igual a soma dos módulos das forças contrárias (empuxo e atrito). Para uma
análise precisa, precisamos escolher um intervalo de tempo ou uma distância certa para que a
velocidade esteja aproximadamente constante, ou seja, com aceleração nula. Dessa forma
confirmamos que a força resultante não pode ser outra além de aproximadamente 0 N. Para isso,
escolhe-se duas marcações: para o início e o final do movimento.
Pensando então que o começo da análise ocorre logo após o corpo passa pela marcação
inicial e não após o corpo ser abandonado no topo do tubo. Com as duas marcaçõe prontas

( , ) temos a informação de onde começa e onde termina o movimento. Ao longo desta área
estipulamos que o móvel se desloca com velocidade maior que 99% da chamada velocidade limite, ao
final do movimento o corpo possui um erro menor que 1% da dessa mesma velocidade limite.
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Cronometramos então o tempo de queda dos diferentes corpos em um meio viscoso a partir
do repouso. Para minimizar o erro dessa medida de tempo, optou-se por realizar 5 medidas de tempo
para cada grupo de esfera; Dessa forma pode-se fazer a média aritmética entre as 5 medidas de cada
grupo e trabalhar com esse novo valor.
No arranjo experimental virtual relativo á esse experimento é fornecido um conjunto de dados
a serem utilizados. Por exemplo a densidade (fluido e esfera), a distância entre as marcações , a
temperatura ambiente , o diâmetro do cilindro e a aceleração da gravidade local.
Tendo a distância entre as duas marcações e o tempo médio para cada conjunto de esferas
podemos calcular os valores das velocidades limite de cada grupo.Uma vez que fora fornecido, a
aceleração da gravidade local, as densidades do fluido e esfera podemos também calcular o índice de
viscosidade desse óleo. Todavia para calcular esses valores estamos considerando um meio infinito.
Para calcular em um sistema real precisamos considerar as influências das paredes limitantes
do recipiente no movimento do móvel, pois em um fluxo laminar as velocidades do mesmo fluido são
divididas em camadas. As camadas mais próximas as paredes estão menos agitadas em relação as
mais próximas ao centro. Faremos então a correção de Ladenburg para calcular a nova velocidade
limite e o novo índice de viscosidade ( ); Para certificar a precisão, optou-se por realizar o mmq e
para atestar a compatibilidade o teste Z entre uma medida média e outra derivada do coeficiente
angular do mmq.
Para finalizar, foi necessário induzir uma normalização para uma temperatura padrão
determinada de 25°C, dessa forma todos os dados podem ser analisados pelo professor responsável
pelo curso pelo mesmo parâmetro. Da mesma forma que a correção pelo fator C, fora realizado o
mmq e o teste Z para ratificar a compatibilidades dos cálculos e da tomada de medidas.
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4.Resultados de medições, cálculos e análise de dados;

Temos como valores para temperatura ambiente , densidade e aceleração de gravidade local e
suas respectivas incertezas, além de algumas incertezas instrumentais presentes abaixo:

Temp (C) inc (C)


27,9 0,1
Tabela 1 - temperatura ambiente e sua incerteza.

Dens óleo
(g/cm3) inc (g/cm3​)
0,883 0,001
Dens
bola(g/cm3) inc (g/cm3​)
7,85 0,01
​Tabela 2 -densidade do óleo e da esfera e suas incertezas.

Inc Mic (cm) 0,0005


​Tabela 3 -incerteza micrômetro

Inc cron (s) 0,01


​Tabela 4 -incerteza cronômetro

Diam cil (cm) inc


5,032 0,007

Raio cil (cm) inc


2,516 0,004
​Tabela 5 - diâmetro e raio cilindro, junto a incerteza.

g (cm/ s2 ) 978,640

Inc g ( cm/s2 ) 0,001


​Tabela 6 - aceleração da gravidade e incerteza.

Inicialmente coleta-se os diferentes diâmetros, para calcular um diâmetro médio para cada
conjunto de esfera, junto a seu devião padrão e incerteza final.
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grupo 1 grupo 2 grupo 3 grupo 4 grupo 5 grupo 6 grupo 7 grupo 8


diâmetro (cm)
d1 0,1490 0,1981 0,2481 0,3171 0,3941 0,4759 0,5492 0,6351
d2 0,1503 0,2010 0,2492 0,3158 0,3962 0,4769 0,5489 0,6333
d3 0,1509 0,1991 0,2500 0,3182 0,3959 0,4761 0,5500 0,6361
d4 0,1511 0,1991 0,2485 0,3173 0,3961 0,4750 0,5509 0,6341
Diâm médio 0,1503 0,1993 0,2490 0,3171 0,3956 0,4760 0,5498 0,6347
Desvio
padrão 0,00095 0,00121 0,00083 0,00099 0,00099 0,00078 0,00090 0,00122
Incerteza
final 0,0007 0,0008 0,0007 0,0007 0,0007 0,0006 0,0007 0,0008
Tabela 7 - Diâmetros das 32 esferas, diâmetro médio, desvio padrão e incerteza final.

Os cálculos do diâmetro médio, do desvio padrão e da incerteza final foram possíveis graças
as seguintes fórmulas:

Depois calcula-se o tempo de queda da marcação inicial ( ) a final ( ) para cada grupo
de esferas. Pensando em minimizar o erro optou-se por realizar 5 medidas para cada móvel
representante do seu conjunto.

grupo 1 grupo 2 grupo 3 grupo 4 grupo 5 grupo 6 grupo 7 grupo 8

Tempo de queda (s)


t1 17,57 10,65 6,94 4,63 3,44 2,46 2,20 1,77
t2 17,67 10,62 6,92 4,75 3,45 2,49 2,23 1,81
t3 17,56 10,71 6,98 4,66 3,43 2,46 2,26 1,76
t4 17,69 10,68 6,97 4,63 3,41 2,52 2,24 1,80
t5 17,64 10,63 6,91 4,74 3,39 2,47 2,19 1,74
Tempo
médio 17,63 10,66 6,94 4,68 3,42 2,48 2,22 1,78
Desvio
padrão 0,058566 0,037014 0,030496 0,058907 0,024083 0,025495 0,028810 0,028810
Incerteza
final 0,03 0,02 0,02 0,03 0,01 0,02 0,02 0,02
Tabela 8 -Tempo de queda para as diversas esferas, tempo médio, desvio padrão e incerteza final

não usou o tempo de


reação???
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Para calcular o tempo médio, desvio padrão e incerteza final do tempo:

● tempo médio:

● Desvio padrão tempo:

● Incerteza final tempo:

Mediante os valores acima, foi possível calcular o raio, a velocidade limite e o índice de
viscosidade para cada esfera, além de suas respectivas incertezas:

raio² (cm) 0,00565 0,00993 0,01549 0,02514 0,03912 0,05664 0,07556 0,10070
como calculou? inc (cm) 0,00005 0,00008 0,00008 0,00011 0,00014 0,00015 0,00018 0,00025 1 sig
Veloc (cm/s) 3,69 6,10 9,36 13,88 19,0 26,2 29,2 36,6
inc (cm/s) 0,01 0,02 0,04 0,09 0,1 0,2 0,2 0,4
η (cgs) 2,32 2,47 2,51 2,74 3,12 3,27 3,92 4,17
inc (cgs) 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,03 0,04
Tabela 9-raio^2, velocidade limite e índice de viscosidade para cada esfera, assim como suas respectivas incertezas

O raio da esfera e sua incerteza foram calculados a partir da divisão do diâmetro médio e para
cada conjunto de esfera por 2, assim como sua incerteza.

Para calcular a velocidade limite e o índice de viscosidade, além de suas respectivas incertezas usa-se:

● Velocidade limite (considerando meio infinito): Incerteza velocidade limite:

● Índice de viscosidade (considerando meio infinito):


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● Incerteza :

Indubitavelmente, é necessário ressaltar que ao fazer o teste Z entre medidas do ​η ​sem


correção nota-se que as duas últimas medidas correspondentes aos grupo 7 e 8 de esfera estão
incompatíveis como é possível concluir na tabela abaixo​:

η médio s/ medida
correção inc η médio suspeita inc medida Z compatibilidade
3,9 0,2 4,143 < 3σ
3,1 0,1 4,2 0,2 4,262 < 3σ
média ponderada? ​Tabela 10-​η​ m
​ édio, medidas analisadas,teste Z e incertezas

Como é possível notar acima, essas duas medidas possui uma compatibilidade maior que 3​σ,
logo são consideradas como resíduos e excluídas do gráfico abaixo.
não deveria fazer
viscosidade X Raio (s/correção) isso antes de fazer a
η (cgs) raio (cm) correção de
2,32 0,0752 Landenburg...
2,47 0,0997
2,51 0,1245
2,74 0,1586
3,12 0,1978
3,27 0,2380
3,92 0,2749
4,17 0,3173
medidas descartadas pelo teste Z
​ abela 11-​η​ ​(cgs) por raio (cm)
T

​ ​Gráfico 1 ​-Viscosidade X tempo (sem correção)


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De fato, como o objetivo é aproximar-se de um fenômeno real devemos considerar a


influência das paredes no movimento do móvel, para isso usamos a correção de Ladenburg que
relaciona o tamanho do raio da esfera com o do tubo cilíndrico. incertezas incompatíveis
com dados...

Aluno 1
Fator C 0,076838 0,104105 0,132834 0,174114 0,224264 0,278551 0,330952 0,394319
Vel cor
(cm/s) 3,97 6,73 10,6 16,3 23,2 34 39 51
inc (cm/s) 0,03 0,07 0,2 0,4 0,7 1 2 3
η cor
(cgs) 2,16 2,23 2,21 2,34 2,6 2,6 2,9 3,00
inc (cgs) 0,03 0,03 0,05 0,07 0,1 0,2 0,2 0,3
Tabela 12-​ Fator C, velocidade corrigida, índice de viscosidade e suas respectivas incertezas

O fator C foi calculado usando a fórmula da Eq.(​15​), optou-se por utilizar ( ), dessa
forma calculou-se uma nova velocidade (corrigida) e um novo índice de viscosidade, além de suas
respectivas incertezas.

As fórmulas utilizadas foram:

● ( para calcular a força de atrito real )

● ​( para calcular o fator correção C )

● ​( para calcular velocidade corrigida)

● (incerteza velocidade corrigida)

● ​(para calcular o novo índice de viscosidade)

● (incerteza índice de viscosidade)

Uma vez que esse valores foram calculados, é possível analisar um resultado mais preciso e
de acordo com a realidade,ou seja, existência de paredes limitantes.
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sem as linhas secundárias é
impossível fazer leituras...

​ ​Gráfico 2-​ velocidade sem correção e velocidade corrigida em função de r^2​.

Ao analisar o gráfico acima de velocidade corrigida e não corrigida em função do raio


ao quadrado, pode-se notar que a velocidade corrigida apresenta uma maior inclinação em
relação a não corrigida. A justificativa desse fator está associada a correção de Ladenburg já
mencionada, que em síntese considera a influência das paredes limitantes no movimento da
esfera. A velocidade tem esse aumento justamente pelo fato de ao considerarmos paredes
limitantes estamos tratando de um escoamento linear (que ocorre em camadas),ou seja,
movimento em linha reta. o importante era verificar se o ajuste ficou
melhor....
Obs:​ ​As duas equações presentes acima não deve ser levado em consideração, pois o Excel
não leva em conta incertezas importantes, como já testado ao considerar todas as incertezas
da velocidade como 1, ele usa o mesmo parâmetro para todos os dados e os coeficientes
(linear e angular) do MMQ ficam igual ao do gráfico.

Uma vez que decidido não usar os coeficientes das equações presentes nos gráficos
acima, será considerado os coeficientes e suas respectivas incertezas obtidos pelo mmq
abaixo.
MMQ final - (Velocidade Limite Corrigida / Raio ^2)
Coeficientes esse ajuste era para
a b as velocidades
corrigidas?
603 0,63
inc a inc b
9 0,07
​ ​Tabela 13- coeficientes mm velocidade limite corrigida/ raio^2
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De acordo com a Eq.(13)​, podemos enxergar o r2 como a variável independente responsável


por acompanhar o coeficiente angular (obtido pelo mmq) como a equação que engloba todas as
variáveis menos o próprio r2 .

Dessa forma temos que:

​ Eq.(16)

Para testar a compatibilidade,podemos fazer o teste Z entre um novo η, calculado pela


manipulação da ​Eq.(16)*, ​e o η médio,junto a suas respectivas incertezas :

como calculou a
incerteza?
* ​Eq.(17)

índice de viscosidade correção fator C


Índice de Média índice de
viscosidade inc viscosidade inc média Z compatibilidade
2,51 8,687 2,5 0,1 0,002 > 1σ
​ ​ ​Tabela 14-​ teste Z entre η médio e η novo (coeficientes)​.
Como é possível perceber na tabela acima, ao realizar o teste Z observa-se que a
compatibilidade é menor que 1​σ, logo está perfeitamente plausível.
discussão...

Analisando agora a variação do η em função do raio​:

viscosidade X Raio (correção fator C)


η (cgs) raio (cm)
2,16 0,0752
2,23 0,0997
2,21 0,1245
2,34 0,1586
2,55 0,1978
2,56 0,2380
2,94 0,2749
2,99 0,3173
​ ​Tabela 15-​ η (cgs) em função do raio (cm)
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​Gráfico 3 ​-η(cgs)​ ​em função do raio (cm)

Normalização para temperatura de 25°C

Inicialmente, cada aluno possuía uma temperatura ambiente (no caso presente 27,9 +/- 0,1
°C); Pode-se normalizar para uma temperatura padrão da sala de 25°C e assim obter um novo índice
de viscosidade e sua respectiva incerteza.

Aluno 1 - Normalizado para 25°C


Fator correção 1,188 1,188 1,188 1,188 1,188 1,188 1,188 1,188
η cor 2 (cgs) 2,56 2,65 2,63 2,77 3,0 3,0 3,5 3,6
inc (cgs) 0,03 0,04 0,05 0,09 0,1 0,2 0,3 0,4
​Tabela 16 -​ η cor 2(cgs) ,fator de correção e incertezas.

Para encontrar o novo índice de viscosidade normalizado para a temperatura de 25°C, é


necessário um fator correção que levará em conta a razão entre a viscosidade correspondente às duas
temperaturas (25°C e 27,9°C) . Analisando então a projeção no eixo y do gráfico abaixo encontramos
essa razão.
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​Gráfico 4 -​ Variação de ​η em função da temperatura​.

No gráfico acima encontramos o valor de aproximadamente 2,4 para a temperatura de 27,9°C


e 2,85 (constante para a turma) para a temperatura de 25°C.

A partir disso as fórmulas usadas foram as descritas abaixo:

● Fator correção 25°C (temperatura inicial igual a 27,9°C):

● Índice de viscosidade normalizado para 25°C:

● Incerteza índice de viscosidade corrigido:


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Graficamente (associando η com o raio) essa normalização adquire o seguinte formato:

Viscosidade X Raio
(normalização 25°C)
η (cgs) raio (cm)
2,56 0,0752
2,65 0,0997
2,63 0,1245
2,77 0,1586
3,03 0,1978
3,04 0,2380
3,49 0,2749
3,55 0,3173
​Tabela 17 -​η (cgs) em função do raio (cm) normalizado para 25°C

​Gráfico 4-​ η (cgs) em função do raio (cm) normalizado para 25°C

Para facilitar a compreensão,pode-se fazer um gráfico levando em conta as incertezas do


índice de viscosidade sem correção, depois corrigido pelo fator C e depois de normalizado para 25°C:
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​ ​Gráfico 5 -​relação entre η e raio para todas situações (meio infinito,correção e normalização)

Assim como no exemplo da correção pelo fator C, fora utilizado a técnica dos mínimos
quadrados (mmq) para obter os novos coeficientes lineares (normalização 25°C),Os valores obtidos,
junto a sua respectiva incerteza estão presentes abaixo:

MMQ - (Velocidade Limite normalizada 25°C)


Coeficientes
a b
105.10¹ 2,4
inc a inc b
2.10¹ 0,1
​ ​Tabela 18-​ coeficientes mmq velocidade limite normalizada​.
A partir dos valores obtidos para os coeficientes foi possível calcular um novo η e compará-lo
ao η médio depois de normalizado para 25°C, junto a suas respectivas incertezas é possível realizar o
teste Z com a finalidade de obter a compatibilidade dos dados:

índice viscosidade para normalização 25°C - 1°MMQ


Índice de Média índice de compatibilida
viscosidade inc viscosidade inc média Z de
1,42 14,66 3,0 0,2 0,11 > 1σ
​ ​Tabela 19- ​teste Z entre η médio e η do coeficiente angular.

Como visto acima, ao realizar o teste Z ratifica-se a compatibilidade menor que 1​σ,
comprovando assim a precisão dos resultados e da tomada de medidas.
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falta o item da discussão

5.Conclusão
Inicialmente fora realizada a tomada de dados de 8 diferentes grupos de esferas,sendo
que cada grupo possui 4 esferas com diâmetros próximos entre si, dessa forma foi calculado o
diâmetro médio para cada grupo, junto ao desvio padrão e a incerteza final dessa medida.
Uma vez que já era fornecida a distância entre as marcações do recipiente, o próximo
passo era calcular o tempo de queda das diferentes esferas no mesmo fluido (óleo). Para
melhorar a precisão, para cada grupo de esferas foi tirada 5 medidas de tempo e calculado um
tempo médio, junto a seu desvio padrão e incerteza final da medida.Considerando então um
sistema imaginário com um meio infinito podemos utilizar as equações de Stokes para
calcular a velocidade sem correção. Ao realizar o experimento por completo, todos os
cálculos assim como toda tomada de medida, é possível notar alguns fatores que merecem
atenção, assim como é possível visualizar no gráfico 2, a medida que o raio aumenta, diminui
o tempo de queda médio da esfera, em outras palavras, aumenta sua velocidade.
De fato para obter valores mais próximos ao real, precisamos agora considerar um
meio finito,ou seja, com paredes limites que influenciam diretamente na dinâmica do
movimento da esfera. Essa é a chamada correção de Landenburg. Ao fazer isso é
perfeitamente possível perceber que o valor de η diminui. Para garantir a precisão fora
realizado um MMQ e seu coeficiente angular comparado por um teste Z ao η médio (média
aritmética entre η corrigidos).
Depois disso fora proposta uma normalização para uma temperatura padrão de 25°C,
para isto usou-se um gráfico fornecido pelo professor responsável pela disciplina e deste foi
possível obter uma proporção para correção, foi possível observar que com tal normalização
o valor de η aumentou. Da mesma forma que na situação anterior optou-se por fazer a
checagem dos dados pelo MMQ e teste Z.
Em ambos os testes obteve-se uma compatibilidade menor que a de 1σ, ratificando
assim a precisão dos cálculos efetuados, da tomada de medidas como um todo e da análise
como um todo.
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6.Bibliografia/Referências

● https://www.math.tecnico.ulisboa.pt/~calves/cursos/mmq.htm
● https://biolub.com.br/blog/indice-de-viscosidade/
● https://www.thermal-engineering.org/pt-br/o-que-e-fluxo-laminar-fluxo-v
iscoso-definicao/
● https://www1.univap.br/spilling/FQE2/FQE2_EXP9_Stokes.pdf
● https://qa.ff.up.pt/fa/pdf/fa-tl3.pdf
● https://www.google.com/search?q=gr%C3%A1fico+velocidade+por+tem
po+queda+em+meio+viscoso&tbm=isch&ved=2ahUKEwjGmobasbHqA
hWqL7kGHcjPAn0Q2-cCegQIABAA&oq=gr%C3%A1fico+velocidade
+por+tempo+queda+em+meio+viscoso&gs_lcp=CgNpbWcQAzoCCAA
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● http://macbeth.if.usp.br/~gusev/PaquimetroMicrometro.pdf
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