Folha de Resultados - Bombas Centrífugas

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA QUÍMICA E BIOLÓGICA

UNIDADE CURRICULAR: FENÓMENOS DE TRANSFERÊNCIA 1

BOMBAS CENTRÍFUGAS

Ana Patrícia Silva nº45398

Joana Mendes nº46259

Frederico Passeiro nº45058

Data de entrega: 20 de Maio de 2020

Docentes: Helena Avelino

Ana Sofia Figueiredo

2019/2020
ÍNDICE
1. Resumo ............................................................................................................... 3

2. Resultados Experimentais ................................................................................... 3

3. Tratamento de Resultados ................................................................................... 4

Cálculo de ∆HT........................................................................................................... 4

Aplicar o Balanço de Bernoulli ................................................................................ 5

Cálculo da potência hidráulica de uma bomba centrífuga....................................... 6

Cálculo da eficiência de uma bomba centrífuga (bomba 2) .................................... 7

Cálculo da carga efetiva positiva de sucção (HCEPS) ............................................... 8

Cálculo da perda de carga na zona de sucção ..................................................... 10

Cálculo da carga efectiva positiva de sucção ....................................................... 10

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1. RESUMO

Esta atividade experimental tinha como objetivo principal determinar as curvas


caraterísticas da bomba 2 em função do caudal volumétrico para três velocidades diferentes
do rotor.

A determinação da altura manométrica (∆HT), potência (P), eficiência e HCEPS da bomba


foi realizada a partir de dados e resultados fornecidos por parte dos docentes.

Obteve-se as quatro curvas características da bomba e a curva do H CEPS do sistema em


função do caudal volumétrico e verificou-se que para o mesmo caudal, quanto maior for a
velocidade do rotor maior será a sua altura manométrica e potência. O rendimento atinge o
seu valor máximo – semelhante para 1800 rpm e 2400 rpm – e começa a diminuir. Verifica-
se que para o mesmo caudal, o valor de HCEPS é significativamente semelhante para as três
velocidades do rotor trabalhadas.

Uma vez que a população se encontra num estado de pandemia global, foi impossível
realizar-se a atividade laboratorial. na sequência das medidas de controle da situação
epidemiológica de COVID-19 e do Despacho 14/P/2020.

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2. RESULTADOS EXPERIMENTAIS

Observação 1: Os valores de h1 e de h2 foram retirados do vídeo anexo ao protocolo.

Tabela 1. Resultados fornecidos da experiência laboratorial de anos anteriores.

F Qv P1 P2 Torque

(Hz) (m3/h) (bar) (bar) (N.m)

1,2 -0,02 0,35 0,8


3,6 -0,02 0,3 0,9
20 6,2 -0,02 1,0
0,3
8 -0,02 0,2 1,0
10,8 -0,02 0,1 1,1
1,4 -0,02 0,60 1,0
3,4 -0,02 0,61 1,2
4,8 -0,02 0,61 1,3
6,3 -0,02 0,61 1,3
7,8 -0,02 0,58 1,4
30 10 -0,02 0,51 1,5

11 -0,02 0,5 1,6


11,7 -0,02 0,49 1,6
12,7 -0,02 0,4 1,6
15,4 -0,02 0,33 1,7

17 -0,02 0,13 1,7


4,3 -0,02 1,1 1,6
6,9 -0,02 1,07 1,9
8,3 -0,02 1,05 1,9
9,6 -0,02 1 2,1
11,7 -0,02 0,95 2,2
12,8 -0,02 0,9 2,3

40 14,4 -0,02 0,85 2,4

16,5 -0,02 0,78 2,5


17,2 -0,02 0,7 2,5
18 -0,02 0,68 2,5
19,3 -0,02 0,6 2,6
20 -0,02 0,6 2,6
21 -0,02 0,3 2,6
22,4 -0,02 0,45 2,6
3. TRATAMENTO DE RESULTADOS

Para exemplificar os cálculos realizados utilizaremos os seguintes valores:

QV = 17 m3/h

F = 30 Hz

P1 = -0,02 bar

P2 = 0,13 bar

Torque = 1,7 N.m

CÁLCULO DE ∆HT

Patm = 1,0137 bar ;

𝑃𝑎𝑏𝑠 = 𝑃 + 𝑃𝑎𝑡𝑚

𝑃1 𝑎𝑏𝑠 = −0,02 + 1,0137 = 0,994 𝑏𝑎𝑟

𝑃2 𝑎𝑏𝑠 = 0,13 + 1,0137 = 1,144 𝑏𝑎𝑟

Zona de sucção: Dnom 3” (cat.40):

Di= 3,068 in ⇔ Di= 0,0779272 m

S= 7,393 in2 ⇔ S= 0,004769668 m 2

Zona de descarga: Dnom2” (cat.40):

Di = 2,067 in ⇔ Di = 0,0525018 m

S = 3,355 in ⇔ S = 0,002164512 m2

Observação 2: Estes valores foram retirados da tabela 27 das tabelas de tecnologia


química.

𝑄𝑉
𝑄𝑉 = 𝑆 × 𝑣 ⇔ 𝑣 =
𝑆

4
17
𝑣𝑠𝑢𝑐çã𝑜 = 3600 = 0,990 𝑚/𝑠
0,004769668

17
𝑣𝑑𝑒𝑠𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 = 3600 = 2,182 𝑚/𝑠
0,002164512

APLICAR O BALANÇO DE BERNOULLI

𝑃2′ − 𝑃1′ 𝑣22′ − 𝑣12′


∆𝐻𝑇 = ( )+ + (𝑧2′ − 𝑧1′ )
𝑔×𝜌 2×𝑔

z1’ – Distância do ponto onde está instalado o manómetro de sucção até à entrada da
bomba.

z2’ – Distância do ponto onde está instalado o manómetro de sucção até à saída da
bomba.

ρH2O (T=16,4ºC) = 998,8 Kg/m3

g = 9,8 m/s2

(1,144 − 0,994) × 105 (2,182)2 − (0,990)2


∆𝐻𝑇 = + + (8 − 4) × 10−2
9,8 × 998,8 2 × 9,8

∆𝐻𝑇 = 1,765 𝑚

5
14,000

12,000

10,000

8,000
∆HT (m)

N = 1200 rpm
6,000 N = 1800 rpm
N = 2400 rpm
4,000

2,000

0,000
0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0
Qv (m3/h)

Gráfico 1: Curva caraterística da bomba: ∆HT vs QV.

CÁLCULO DA POTÊNCIA HIDRÁULICA DE UMA BOMBA CENTRÍFUGA

𝑃𝑖 = 𝑔 × 𝜌 × 𝑄𝑉 × ∆𝐻𝑇

𝑃𝑖 = 9,8 × 998,8 × 17 × 1,765

𝑃𝑖 = 81,60 𝑊

400,000

350,000

300,000

250,000
P (W)

200,000 N = 1200 rpm


N = 1800 rpm
150,000
N = 2400 rpm
100,000

50,000

0,000
0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0

Qv (m3/h)

Gráfico 2: Curva caraterística da bomba: Pi vs QV.

6
Observação 3: Observando o gráfico podemos verificar que para as velocidades do
rotor de 1200 rpm e 1800 rpm quando o caudal aumenta a tendência é a potência diminuir,
no entanto para uma velocidade de rotor de 2400 rpm verifica-se que para um caudal de
22,4 m3/h há uma discrepância relativamente à tendência verificada nos dois outros casos.

CÁLCULO DA EFICIÊNCIA DE UMA BOMBA CENTRÍFUGA (BOMBA 2)

𝑃𝑖 𝑔 × 𝜌 × 𝑄𝑉 × ∆𝐻𝑇
𝜂= =
𝑃𝑒 𝑀×𝜔

𝑁 = 𝐹 × 60

𝑁 = 30 × 60

𝑁 = 1200 𝑟𝑝𝑚

A velocidade de rotação do rotor então é dada por:

2×𝜋×𝑁
𝜔=
60

2 × 𝜋 × 1200
𝜔=
60

𝑟𝑎𝑑
𝜔 = 188,4956
𝑠

Assim, a potência ao freixo é dada por:

M = 1,7 N.m

𝑃𝑒 = 𝑀 × 𝜔

𝑃𝑒 = 1,7 × 188,4956

𝑃𝑒 = 320,4 𝑊

𝑃𝑖
𝜂= × 100
𝑃𝑒

81,60
𝜂= × 100
320,4

𝜂 = 25,46%

7
100,00
90,00
80,00
70,00
60,00
η (%)

50,00 N = 1200 rpm

40,00 N = 1800 rpm

30,00 N = 2400 rpm

20,00
10,00
0,00
0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0
Qv (m3/h)

Gráfico 3: Curva caraterística da bomba: Pi vs QV.

Observação 4: Observando o gráfico podemos verificar que para as velocidades do


rotor de 1200 rpm e 1800 rpm quando o caudal aumenta a tendência é o rendimento
aumentar no início até um certo valor de caudal, no entanto para uma velocidade de rotor
de 2400 rpm verifica-se que para um caudal de 22,4 m 3/h há uma discrepância
relativamente à tendência verificada nos dois outros casos.

CÁLCULO DA CARGA EFETIVA POSITIVA DE SUCÇÃO (HCEPS)

Aplica-se a equação de Bernoulli entre um ponto imediatamente à entrada da bomba e


o ponto de superfície livre da água do tanque de alimentação:

𝑣12 𝑃1 2
𝑣1′ 𝑃1′
𝑧1 + + + ∆𝐻𝐹 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 = 𝑧1′ + +
2×𝑔 𝑔×𝜌 2×𝑔 𝑔×𝜌

Para o cálculo de ∆HF carga :

2 × 𝑓 × 𝑣 2 × 𝐿𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎
∆𝐻𝐹 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 =
𝑔 × 𝐷𝑖

Para determinar o fator de Fanning, é necessário determinar o nº de Reynolds:

𝐷𝑖 × 𝑣 × 𝜌
𝑅𝑒 =
𝜇

ΜH2O, 16,4ºC = 1,03 cP = 1,03 x 10-3 Kg/m.s

8
0,0779272 × 0,990 × 998,8
𝑅𝑒 =
1,03 × 10−3

𝑅𝑒 = 7,50 × 104

Indo à figura 10 das tabelas de tecnologia química:

ε/D = 0,0006

E à figura 8, também das tabelas de tecnologia química:

fAtrito = 0,0215 → fFanning= 0,005375

Figura 1: Vista lateral e frontal da instalação de bombas centrífugas do ISEL/ADEQ/LTQ.

LTubagem = 0,55 m

Na imagem acima, podemos ver que cada bomba tem uma válvula de comporta (vamos
assumir que é 100% aberta).

𝐿𝑒𝑞
𝐿𝑒𝑞 𝑎𝑐𝑒𝑠𝑠ó𝑟𝑖𝑜𝑠 = × 𝐷𝑖
𝐷𝑖

Da tabela 29 das tabelas de tecnologia química, verifica-se que Leq/Di = 7

Então:

𝐿𝑒𝑞 𝑎𝑐𝑒𝑠𝑠ó𝑟𝑖𝑜𝑠 = 7 × 0,0779272

9
𝐿𝑒𝑞 𝑎𝑐𝑒𝑠𝑠ó𝑟𝑖𝑜𝑠 = 0,5454904 𝑚

𝐿 𝑇 = 𝐿 𝑇𝑢𝑏𝑎𝑔𝑒𝑚 + 𝐿𝑒𝑞 𝑎𝑐𝑒𝑠𝑠ó𝑟𝑖𝑜𝑠

𝐿 𝑇 = 0,55 + 0,5454904

𝐿 𝑇 = 1,0954904 𝑚

CÁLCULO DA PERDA DE CARGA NA ZONA DE SUCÇÃO

2 × 0,005375 × (0,990)2 × 1,0954904


∆𝐻𝐹 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 =
9,8 × 0,0779272

∆𝐻𝐹 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 = 1,51 × 10−2 𝑚

CÁLCULO DA CARGA EFECTIVA POSITIVA DE SUCÇÃO

PV H2O (T=16,4ºC) = 0,0186476 bar = 1876,7 Pa

𝑃1 − 𝑃𝑉
𝐻𝐶𝐸𝑃𝑆 𝑆𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 = − ∆𝐻𝐹 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 − 𝑧1′
𝑔×𝜌

1,0137 × 105 − 1876,7


𝐻𝐶𝐸𝑃𝑆 𝑆𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 = − 1,51 × 10−2 − 4 × 10−2
9,8 × 998,8

𝐻𝐶𝐸𝑃𝑆 𝑆𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 = 10,1095 𝑚

10,1300
10,1200
10,1100
10,1000
HCEPS (m)

10,0900
N = 1200 rpm
10,0800
N = 1800 rpm
10,0700 N = 2400 rpm
10,0600
10,0500
10,0400
0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0
Qv (m3/h)

Gráfico 4: Curva característica da bomba: HCEPS vs QV.

10
4. CONCLUSÃO

Verifica-se que quanto maior for o aumento velocidade de rotação maior será o aumento
da potência.

Observando simultaneamente os gráficos obtidos da altura manométrica e da potência


em função do caudal volumétrico, verifica-se que o aumento da velocidade provoca um
aumento dos parâmetros.

Para finalizar, destacou-se uma discrepância no último valor de caudal,


22,4 m3/h, para uma velocidade de rotação de 2400 rpm que poderá ser explicada por uma
má leitura do observador ou por uma cavitação existente na bomba, resultado do desgaste
desta ao longo do tempo ou pela sua má utilização.

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5. BIBLIOGRAFIA

Avelino, H. (2020). Protocolo – Bombas Centrífugas. ISEL: Lisboa

Avelino, H. T. (s.d.). Slides de Transporte de Fluídos. ISEL: Lisboa

Avelino, H. T., Puna, J. F. B., Coentro, A. C. (s.d.). Fenómenos de Transferência I –


Transporte de Fluídos. ISEL: Lisboa

Pires, A. C. (2002). Tabelas de Tecnologia Química. ISEL: Lisboa

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