Firmados Em: 3º TRIMESTRE - 2021 - #336

3º TRIMESTRE • 2021 • Nº 336
Firmados em
ESTUDOS SOBRE A VIDA CRISTÃ EM COLOSSENSES E FILEMON

Missão daEscolaBíblica
TRANSFORMAR
AS PESSOAS
EM DISCÍPULAS
DE CRISTO,
ATRAVÉS DO
ENSINO
E DA PRÁTICA
DA PALAVRA
DE DEUS
Copyright © 2021 – Editora Promessa.
Revista para estudos na Escola Bíblica. É proibida a reprodução
parcial ou total sem autorização da Editora Promessa.
EDITORA PROMESSA
Editor Eleilton William de Souza Freitas

Conselho Editorial • Adelmilson Julio Pereira • Genilson Soares da Silva
• Aldo César Silva de Oliveira • Hermes Pereira de Brito
• Eleilton William de Souza Freitas • Irgledson Irvison Galvão
• Felipe José • Kássio Flores Passos Lopes
• Genésio Mendes Júnior
EXPEDIENTE
Autores • Alexandro Jorge da Silva • Kássio Flores Passos Lopes

• Andrei Sampaio Soares • Luiz Eduardo Nunes
• Eleilton William de Souza Freitas • Mateus Silva de Almeida
• Francinete Siqueira da Silva • Marciel Diniz
• Genilson Soares da Silva • Sílvio Gonçalves
Edição e preparação Eleilton William de Souza Freitas
de originais Kássio Flores Passos Lopes
Revisão de textos Editora Longarina
Revisão Teológica Comissão Teológica da Igreja Adventista da Promessa
Seleção de hinos Fábio Ferraro Manfrin
Leituras diárias Andrei Sampaio Soares
Momentos Missionários Missão Portas Abertas
Horário de pôr do sol
Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP
– Disponível em: https://bit.ly/2Gyg495
Plano de leitura da Bíblia Sociedade Bíblica do Brasil – Disponível em: http://bit.ly/2DXK6kP
Design Gráfico Marco Murta – Farol Editora
Atendimento e Expedição Fone: (11) 2955-5141 | (11) 98995-6354 (Whatsapp)
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Impressão Hawaií Gráfica e Editora
São Paulo, SP
REDAÇÃO
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Fone: (11) 3119-6457 – www.editorapromessa.com.br – [email protected]
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Firmados em
ESTUDOS SOBRE A VIDA CRISTÃ EM COLOSSENSES E FILEMON
SUMÁRIO
Apresentação....................................................................5
1 O poder do evangelho.......................................................7
2 Expectativas para a jornada.............................................15
3 A supremacia de Cristo....................................................23
4 Firmes no evangelho........................................................31
5 Não se deixem enganar...................................................39
6 Como se vence o pecado................................................48
7 Busquem as coisas do alto...............................................57
8 Um novo jeito de andar...................................................65
9 A vida comunitária...........................................................74
10 O lar onde Cristo está......................................................82
11 O cristão e seu trabalho...................................................90
12 Cristianismo no dia a dia..................................................99
13 Relações transformadas.................................................108
Referências....................................................................118
ABREVIATURAS DE LIVROS DA BÍBLIA
UTILIZADAS NAS LIÇÕES
ANTIGO TESTAMENTO NOVO TESTAMENTO

Gênesis Gn Mateus Mt
Êxodo Ex Marcos Mc
Levítico Lv Lucas Lc
Números Nm João Jo
Deuteronômio Dt Atos At
Josué Js Romanos Rm
Juízes Jz 1 Coríntios 1 Co
Rute Rt 2 Coríntios 2 Co
1 Samuel 1 Sm Gálatas Gl
2 Samuel 2 Sm Efésios Ef
1 Reis 1 Rs Filipenses Fp
2 Reis 2 Rs Colossenses Cl
1 Crônicas 1 Cr 1 Tessalonicenses 1 Ts
2 Crônicas 2 Cr 2 Tessalonicenses 2 Ts
Esdras Ed 1 Timóteo 1 Tm
Neemias Ne 2 Timóteo 2 Tm
Ester Et Tito Tt
Jó Jó Filemon Fm
Salmos Sl Hebreus Hb
Provérbios Pv Tiago Tg
Eclesiastes Ec 1 Pedro 1 Pe
Cantares Ct 2 Pedro 2 Pe
Isaías Is 1 João 1 Jo
Jeremias Jr 2 João 2 Jo
Lamentações Lm 3 João 3 Jo
Ezequiel Ez Judas Jd
Daniel Dn Apocalipse Ap
Oseias Os
Joel Jl
ABREVIATURAS DE TRADUÇÕES
Amós Am
E VERSÕES BÍBLICAS UTILIZADAS
Obadias Ob NAS LIÇÕES
Jonas Jn
Miqueias Mq AM A Mensagem
Naum Na ARA Almeida Revista e Atualizada
ARC Almeida Revista e Corrigida
Habacuque Hc
AS21 Almeida Século 21
Sofonias Sf
BJ Bíblia de Jerusalém
Ageu Ag
BV Bíblia Viva
Zacarias Zc ECA Edição Contemporânea de Almeida
Malaquias Ml KJA King James Atualizada
NBV Nova Bíblia Viva
NTLH Nova Tradução na Linguagem de Hoje
NVI Nova Versão Internacional
NVT Nova Versão Transformadora
TEB Tradução Ecumênica da Bíblia
4 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2021
Apresentação
Você já ouviu falar da Escola de Tirano?
Sabia que um de seus alunos é o provável
fundador da igreja em Colossos? Vamos en-
tender como isso aconteceu. Esta escola é
mencionada em Atos 19:9. Ficava na cidade
de Éfeso. Tirano era fundador, dono e talvez
professor nessa escola, por isso a escola leva seu nome. Ensinava várias
disciplinas, tais como a arte de falar em público, matemática, filosofia,
dentre outras. Ele utilizava sua escola pela manhã e ao final do dia.
Segundo o texto de Atos 19:10, Paulo se utilizou deste espaço de ensino
durante dois anos! Ali ensinou os discípulos sobre o evangelho. Alguns ma-
nuscritos antigos nos dão conta de que as aulas de Paulo aconteciam entre às
onze da manhã e às quatro da tarde. Eram cinco horas diárias de ministração e
treinamento, em um período em que as pessoas almoçavam e descansavam.
Em Éfeso, havia uma escola de teologia onde futuros líderes foram treinados!
Este intenso trabalho de Paulo deu resultado. O texto bíblico diz que
todos os habitantes da Ásia, tanto judeus quanto gregos, ouviram a Palavra
do Senhor (At 19:10). Pois bem, é extremamente provável que, sentado nes-
tas cadeiras, assistindo ao apóstolo dos gentios, havia um aluno de nome
Epafras. Ele era natural da pequena cidade de Colossos, que distava cerca
de 200km de Éfeso. Por ser a maior e mais importante cidade da região, as
pessoas das cidades adjacentes iam e vinham a Éfeso. Era o caso de Epafras.
Em um período em que esteve em Éfeso, Epafras ouviu o evangelho
e se converteu. Tornou-se aluno e colaborador dedicado do apóstolo.
Participou do rico treinamento de Paulo na Escola de Tirano. Como estas
aulas devem ter sido inspiradoras! Dali, Epafras foi enviado pelo apóstolo
para pregar o evangelho em sua cidade natal, Colossos, e nas cidades
adjacentes, como Hierápolis e Laodiceia. Através de Epafras, o evangelho
floresceu naquelas cidades e igrejas foram plantadas!
Contudo, com o passar do tempo, uma destas igrejas estava enfrentan-
do sérios problemas: a igreja de Colossos. Já no início da década de 60
@editorapromessa_ bit.ly/EditoraPromessa | 5
d.C., Epafras soube, então, que Paulo havia sido preso e enviado a Roma
e decidiu visitá-lo e levar notícias da igreja de Colossos: seu progresso na
fé, o risco que todos corriam diante do pluralismo e sincretismo religioso,
do legalismo, ascetismo, crendices populares em um tipo de mistura de
judaísmo com paganismo. Os cristãos corriam o risco de retrocederem na
fé, desprezando a pessoa e obra de Cristo!
Por conta disso, Paulo decide então escrever a carta aos Colossenses,
colocando forte ênfase na pessoa e na obra de Cristo. Ele nunca tinha ido
àquela igreja e não a conhecia. O apóstolo se alegrou com as boas notícias
acerca do progresso de Colossos e, ao mesmo tempo, exortou-os sobre as
dificuldades relacionadas a essas crenças equivocadas que enfrentavam.
Os colossenses eram cristãos recém-convertidos. Na carta aos Colossen-
ses, os cristãos foram desafiados por Paulo a ficarem firmes em Cristo!
A carta possui duas divisões básicas: Em primeiro lugar, a supremacia de
Cristo é destacada (Cl 1-2). Neste trecho, a primazia de Cristo é descrita
(Cl 1:1-2:3) e a liberdade em Cristo apresentada (Cl 2:4-22). Em segundo lu-
D
gar, a obediência a Cristo é exigida (Cl 3-4). Esta é a parte prática da carta.
Os cristãos são desafiados a obedecerem a Cristo em todas as áreas de sua
vida! Paulo mostra a posição (Cl 3:1-4) e a vivência do cristão (Cl 3:5-4:6). Q
Q
Nesta mesma ocasião, enquanto escrevia a carta à igreja de Colossos e
estava prestes a enviá-la, o apóstolo também aproveitou para enviar outra
correspondência. Ele escreveu a Filemon, um membro da Igreja de Co-
lossos. Era um apelo do apóstolo para que Filemon se reconciliasse com
um de seus escravos, que havia fugido e lhe dado prejuízos. O escravo se
converteu a Cristo e agora buscava agradar a Deus. A carta traz inúmeras
lições sobre como o evangelho transforma nossas relações.
Durante todo este trimestre, estaremos estudando estas duas importan-
tes cartas do Novo Testamento. “Firmados em Cristo: Estudos sobre a vida Se
cristã em Colossenses e Filemon” é o título desta nova série. Nossa oração S
é para que Deus use o conteúdo destas duas cartas para nos desafiar e
nos ajudar a viver uma fé firmada no evangelho. Assim como Deus usou
Paulo na Escola de Tirano, para ensinar o evangelho, que ele use a cada
professor onde este conteúdo será ministrado! Quem sabe o Senhor não
pode levantar mais Epafras em nossas classes para plantar novas igrejas!
Bons estudos!
Eleilton William de Souza Freitas
Editor e diretor da Editora Promessa

03 DE JULHO 2021 Hinos – Inicial: HBJ 258 • Final: HBJ 336
1
O poder do
evangelho
OBJETIVO TEXTO-BASE
Conduzir uma reflexão
Damos sempre graças a Deus, Pai de nosso Senhor
bíblica sobre o poder
do evangelho e suas Jesus Cristo, quando oramos por vós. (Cl 1:3)
evidências na vida daqueles
que decidiram seguir Jesus.
INTRODUÇÃO
Em sua terceira viajem missionária, Paulo pregou

LEITURA DIÁRIA em Éfeso, província romana da Ásia Menor, atual Tur-
D 27/06 Cl 1:1-2 quia. Através do ministério de Paulo naquela cida-
S 28/06 Cl 1:3 de, toda a região conheceu o cristianismo (At 19:10).
T 29/06 Cl 1:4
Epafras, habitante de Colossos, cidade cosmopolita
Q 30/06 Cl 1:5
Q 01/07 Cl 1:6 e localizada do vale do rio Lico, ouviu o evangelho
S 02/07 Cl 1:7 por Paulo em Éfeso e se converteu. Foi ele que plan-
S 03/07 Cl 1:8 tou a igreja de Colossos e, das cidades próximas:
Hierápolis e Laodiceia (Cl 1:7-8; 2:1; 4:12-13).
Por volta do ano 60 d.C., Epafras soube que
Paulo estava preso em Roma e foi visitá-lo. Levou-
-lhe um relatório da recém-fundada igreja de Co-
lossos, e contou-lhe sobre o seu progresso na fé e
PÔR DO SOL
de uma heresia que começava a ser disseminada
Sexta-feira, 02/07 – 17h33
Sábado, 03/07 – 17h33
entre aqueles cristãos. Paulo decidiu escrever para
Baseado no horário de Brasília. orientar os novos convertidos colossenses sobre o
cultivo da vida cristã. Essa orientação continua per-
tinente a todos os crentes, razão pela qual nos apli-
caremos nesse trimestre a estudar com mais deta-
lhes a carta de Paulo aos Colossenses e Filemon.
Escaneie o código abaixo
para ouvir o podcast desta lição.
I. O TEXTO EM FOCO
Paulo não conhecia pessoalmente os colossenses,

apenas pelo relatório de Epafras. É por causa desse
Ou acesse bit.ly/3xUqXdv @editorapromessa_ bit.ly/EditoraPromessa | 7

relatório que Paulo, juntamente com lidades morais dos crentes, tem a
Timóteo, inicia sua epístola com um ideia de “separados”, referindo-se ao
tom de extrema felicidade (Cl 1:1-3). povo “separado” exclusivamente por
O apóstolo está feliz por ouvir, atra- e para Deus. Paulo está dizendo que
vés de Epafras, sobre o impacto do esses cristãos tinham atitudes concre-
evangelho na vida dos colossenses. tas de amor por todos os santos com
Veremos que esse evangelho tem os quais se relacionavam.
duas características básicas. A fé em Jesus conduz as obras
1. O evangelho é evidente: A fe- de amor aos membros da igreja.
licidade do apóstolo Paulo em rela- Não é possível desassociar fé do
ção aos colossenses a partir do rela- amor (Gl 5:6). Quem ama Jesus,
tório de Epafras se baseia no fato de ama sua igreja. Essa virtude é ca-
existir evidências tangíveis do evan- racterizada por Paulo como amor
gelho em suas vidas. A primeira deno Espírito (Cl 1:8), isto é, produ-
las, era a fé em Cristo Jesus (Cl 1:4). zida pelo Espírito Santo. Como
Os colossenses acreditavam que Je- pecadores, somos egoístas, mas,
sus era o Cristo (palavra grega que quando nos convertemos, o Espíri-
corresponde ao hebraico, Messias). to Santo passa a produzir seu fruto
Para os judeus, o Messias viria julgar em nós e uma das qualidades des-
os rebeldes e governar sobre as na- se fruto é o amor (Gl 5:22-23).
ções da terra com seu reino de paz. Essa fé e esse amor dos colossen-
Os cristãos criam que César, o ses, decorre, segundo Paulo, por
imperador romano, não era mais o causa da esperança que vos está
soberano de todo o mundo, mas preservada nos céus (Cl 1:5). A fé e
sim Jesus, o Cristo. Esse Cristo veio o amor estão enraizados na espe-
nos redimir de nossos pecados com rança que é a terceira evidência do
sua morte e nos levar para seu rei- evangelho na vida de alguém. Essa
no (Cl 1:13). Essa fé, portanto, é sal- esperança refere-se a todas as bên-
vífica, isto é, por meio dela somos çãos da era futura (a ressurreição,
perdoados e salvos. Em segundo a vida eterna, o fim do sofrimento
lugar, Paulo ouviu sobre outra evi- presente etc.) que os cristãos espe-
dência do evangelho na vida dos ram desfrutar com o retorno do seu
colossenses: do amor que tendes Senhor (1 Pe 1:4; Tt 1:1-2).
para com todos os santos (Cl 1:4). A esperança não pode ser dani-
Quando se fala em “santos” as ficada por ninguém, pois ela está
pessoas logo imaginam alguém sem preservada nos céus (Cl 1:5). Na
pecados. Contudo, a palavra “san- vida cristã, por vezes, podemos ser
tos” (hagioi em grego, ou kadossh assaltados por dúvidas, mas Deus
em hebraico), antes de denotar qua- nos assegura que um dia desfru-
taremos das bênçãos da era futura (Cl 1:6). Essas imagens, “frutificar” e
ao seu lado. Assim, fé, amor e es- “crescer”, nos fazem lembrar do re-
perança, formam as três evidências lato da criação em Gênesis 1:22, 28.
mais tangíveis do evangelho na vida Paulo “considerava missão da igreja
de alguém. Elas são as virtudes car- ser parte de uma ‘nova criação’, uma
deais do cristianismo (1 Co 13:13; recriação espiritual da humanidade à
Gl 5: 5-6; Ef 4:2-5;1 Ts 1:3; 5:8). imagem de Deus”1 (2 Co 5:17).
2. O evangelho é poderoso: Por um lado, os frutos são as pes-
Como a fé, o amor e a esperança bro- soas convertidas a Jesus (Mc 4:8),
tam na vida de alguém? De onde vem que estão sendo moldados à sua
a confiança em Jesus, os atos amoro- imagem, que passam a ser novas
sos pelas pessoas e a firme esperança pessoas, com novos sentimentos e
em relação ao futuro? Paulo respon- desejos (Jo 15: 4,8; Rm 6:4). Por ou-
de: pelo poder do evangelho. É o tro lado, os frutos são as boas obras
poder do evangelho que faz florescer e atitudes que florescem nesses con-
essas virtudes na vida do cristão. Esse vertidos (Cl 1:10). O poder do evan-
poder decorre da própria essência do gelho nos faz dar frutos para Deus,
evangelho. Esse trecho nos mostra ou seja, atitudes que o honram.
que o evangelho é essencialmente Em terceiro lugar, o evangelho é
poderoso por algumas razões. essencialmente poderoso por causa
Primeiro, por sua veracidade. A do seu alcance. Durante o ministé-
verdade é o conteúdo do evangelho. rio de Paulo em Éfeso, o evangelho
Por duas vezes nessa seção Paulo es- chegou a Colossos por Epafras, bem
creve isso (Cl 1:5,6). Em um mundo como as demais cidades localizadas
de muitas fake news, com ideolo- do vale do rio Lico (At 19:10). Ago-
gias equívocas tentando reinar sobre ra, enquanto escrevia essa carta aos
nossas mentes, com vozes falazes colossenses – mesmo estando em
concorrendo por nossa audiência e Roma –, Paulo afirma que o evange-
falsas religiões afirmando estarem lho estava alcançando diversas outras
com a verdade, Paulo declara que os pessoas e lugares do mundo da épo-
cristãos podem ser livres do engano, ca, o vasto império romano (Cl 1:6-7).
pois já encontram a palavra da ver- O evangelho é universal, não está
dade do evangelho (Cl 1:5). restrito à nossa comunidade local,
Em segundo, o evangelho é po- seu alcance é formidável. Como de-
deroso por seus resultados. Paulo clarou Paulo, o evangelho não está
escreveu aos cristãos de Colos- em cadeias (2 Tm 2:9). Em quarto
sos que esse evangelho em todo lugar, o evangelho é essencialmente
o mundo, está produzindo fruto e
crescendo, tal acontece entre vós 1. Osborne (2016:22).
poderoso por sua graça. Pelo evan- resumo, o evangelho é evidente e
gelho, afirma o apóstolo, entendes- poderoso. É evidente pelas virtudes
tes a graça de Deus na verdade (Cl cardeais cristãs (fé, amor e esperan-
1:6). Pelo evangelho se entende a ça), e essas, por sua vez, decorrem
graça de Deus, que nos criou e nos da natureza do próprio evangelho,
redimiu em Cristo, perdoando todas que em sua veracidade, efeitos, al-
as nossas transgressões. cance e graça mostra-se poderoso.
O evangelho fala, essencialmen- Diante disso, só podemos concordar
te da salvação pela graça de Deus e com Paulo quando diz que o evan-
não pelas obras (Rm 5:2; Ef 2:8). Em gelho é o poder de Deus (Rm 1:17).
01. Quem plantou as igrejas de Colossos, Hierápolis e Laodiceia?

Por que Paulo escreveu a carta aos Colossenses? Baseie-se nos
parágrafos introdutórios da lição.
02. Com base no item 1 do comentário responda: Por que Paulo

inicia sua epístola com um tom de extrema felicidade? Explique:
quais as três evidências do evangelho na vida de uma pessoa?
03. Com base no item 2 do comentário e em Gn 1:22, 28, Mc 4:8;

Jo 15: 4,8; Cl 1:5,6 2 Co 5:17 e Rm 6:4 fale sobre a veracidade e os
resultados do evangelho.
04. Comente com os alunos da classe sobre a graça e o alcance

do evangelho. A seguir, responda: Por que podemos dizer que o
evangelho é poderoso? Baseie-se no item 2 do comentário.

II. A VIDA EM FOCO
1. Considere as provas do evangelho em sua vida cristã!

As provas de que o evangelho Quando o evangelho nos alcan-
nos alcançou são: fé, amor e espe- ça, nos envolvemos com a igreja lo-
rança (Cl 1:1-5). Nossas vidas preci- cal, visitamos os fracos, oramos pe-
sam ser marcadas pela fé salvífica los carentes, servimos os necessita-
em Jesus, a crença de que ele é o dos, aconselhamos os desorienta-
rei cujo domínio cresce cada vez dos, isto é, praticamos atos concre-
mais neste mundo e que ele já nos tos de amor. Por fim, a esperança é
trouxe para seu reino de luz, per- outra prova do evangelho. Ela nos
doando todos os nossos pecados fará menos apegados ao dinheiro,
(Cl 1:13). Isso significa que precisa- consolados em momentos de luto
mos deixar de lado a desconfiança ou sofrimento e ansiosos pelo re-
e submeter todas as áreas de nos- torno de Jesus. Essas são as provas
sas vidas a ele. de que o evangelho nos alcançou!
05. Converse com os demais alunos da classe sobre como a fé, o

amor e a esperança atuam, na prática, em nossas vidas. Compartilhe
sua experiência pessoal como exemplo.
2. Considere o poder do evangelho em sua vida cristã!

Quando o evangelho chega em Esse evangelho alcança mais e
nossas vidas seu poder se mani- mais pessoas fazendo o reino de
festa. Por ser verdadeiro, ele nos Cristo crescer neste mundo (Cl 1:6).
liberta dos enganos dos falsos en- É impossível impedi-lo (Mt 24:14; 2
sinos, nos ajuda a vencer os vícios Tm 2:4). Esse evangelho nos fala da
e pecados que nos aprisionam. graça de Deus (Rm 5:2; Ef 2:8; Cl
Ele traz resultados extraordinários: 1:6). Ele nos dá segurança quanto
Uma nova vida, com novos senti- à salvação, no faz amar o Senhor e
mentos, anseios e práticas (Rm 6:4; nos livra do legalismo, do sentimen-
2 Co 5:17; Cl 1:5-6). Nosso caráter to de superioridade em relação às
e comportamento vão se tornando pessoas e do juízo ao próximo, pois
progressivamente semelhantes ao nos faz reconhecer quem somos:
de Jesus dia após dia. pecadores salvos pela graça.
06. Você já testemunhou a conversão de alguém em que pôde perceber
o poder do evangelho? Compartilhe com todos. E, em sua vida, poderia
testemunhar como as boas novas impactaram seu jeito de viver?
DESAFIO MISSIONAL
Como aprendemos no estudo de hoje, o evangelho é evidente

e poderoso. É impossível que ele alcance alguém e sua vida não
seja impactada formidavelmente. É claro que não nos tornamos
perfeitos e que ainda estamos sujeitos aos tropeços (1 Jo 1:8-9),
mas nossas vidas exibirão cada vez mais as suas evidências e o seu
poder, como visto na vida dos colossenses.
Além de Colossenses, algumas outras cartas de Paulo, como Ro-
manos e Gálatas, tratam especificamente sobre o tema do evange-
lho e nos ajudam a entender como ele é evidente e poderoso. Que
tal escolher uma delas e ler devocionalmente durante os próximos
dias? Através dessas leituras, permita que sua vida seja moldada
por esse evangelho e procure compartilhá-lo com outros.
PLANO DE LEITURA ANUAL DA BÍBLIA
Domingo 27/06 Mc 11:15-33 1Rs 2 Os 5:4-15

Segunda-feira 28/06 Mc 12:1-27 1Rs 3 Os 6:1-7:2
Terça-feira 29/06 Mc 12:28-44 1Rs 4-5 Os 7:3-16
Quarta-feira 30/07 Mc 13:1-13 1Rs 6 Os 8
Quinta-feira 01/07 Mc 13:14-37 1Rs 7 Os 9:1-16
Sexta-feira 02/07 Mc 14:1-31 1Rs 8 Os 9:17-10:15
Sábado 03/07 Mc 14:32-72 1Rs 9 Os 11:1-11

MOMENTO MISSIONÁRIO
Somos Um COM OS CRISTÃOS

QUE SOFREM NA
SOMÁLIA
POPULAÇÃO 16,1 milhões
CRISTÃOS Algumas centenas
RELIGIÃO Islamismo
GOVERNO República parlamentarista
LÍDER Mohamed Abdullahi Mohamed
Lembrem-se dos que estão na prisão, como se aprisionados com eles;

dos que estão sendo maltratados, como se fossem vocês mesmos que o
estivessem sofrendo no corpo. (Hb 13:3)
A Missão Portas Abertas publica, anualmente, a lista mundial da persegui-

ção com os 50 países onde seguir a Cristo pode custar a vida. Abaixo, o país
que está no 3º lugar no ranking de perseguição de 2021. Como um só corpo,
em Cristo, vamos nos unir em oração em favor destes cristãos. Estas transcri-
ções estão sendo feitas com a autorização da Missão Portas Abertas.*
A Somália continua em terceiro lugar na Lista Mundial da Perseguição,
como um dos países onde os cristãos enfrentam a perseguição mais ex-
trema. Nos últimos anos, a situação parece ter piorado.
É impossível admitir publicamente a fé cristã no país, e a igreja não
existe. Isso acontece porque o islamismo é considerado uma parte crucial
da identidade somali e, se houver suspeita de que algum nativo tenha se
convertido, ele estará em grande perigo. Membros da família ou comu-
* Missão Portas Abertas. Lista Mundial da Perseguição 2021. Disponível em: https://missao.
portasabertas.org.br/ty-ebook-lista-mundial. Acesso em: 24 abr. 2021.
1
L
D
nidade irão assediá-lo, intimidá-lo ou até mesmo matá-lo. As mulheres S
cristãs podem ser agredidas sexualmente e casadas à força. T
Os cristãos também estão em perigo devido ao Al-Shabaab, um gru- Q
Q
po radical que defende a sharia (conjunto de leis islâmicas) como base
S
para regulamentar todos os aspectos da vida. Os seguidores de Jesus S
de origem muçulmana são considerados “alvos preciosos” pelos jihadis-
tas, que muitas vezes executam os “infiéis” no mesmo instante em que
são descobertos.
ORE
Para que aqueles que são responsáveis pelos ataques contra os cristãos
sejam alcançados por Jesus e punidos pelos crimes que cometeram. Se
S
Seja um mantenedor dos projetos missionários da Junta de Missões
Convenção Geral das Igrejas

Adventista da Promessa Doar agora com
CNPJ 62.678.412/0001-32
Banco Bradesco https://pag.ae/bkvbb3b
Ag. 0099 | CC 281419-6

10 DE JULHO DE 2021 Hinos – Inicial: HBJ 8 • Final: HBJ 397
2
Expectativas
para a jornada
OBJETIVO TEXTO-BASE
Explicitar aos estudantes da
Por esta razão, também nós, desde o dia em que
Bíblia Sagrada quais são as
expectativas de Deus para o ouvimos, não cessamos de orar por vós e de
a jornada cristã. pedir que transbordeis de pleno conhecimento
da sua vontade, em toda a sabedoria e
entendimento espiritual. (Cl 1:9)
LEITURA DIÁRIA
D 04/07 Cl 1:9-10
S 05/07 Cl 1:11-12 INTRODUÇÃO
T 06/07 Cl 1:13-14
Q 07/07 Cl 1:15-16 O que acontece depois que nos converte-
Q 08/07 Cl 1:17
mos a Cristo? Quais são os próximos passos? O
S 09/07 Cl 1:18
S 10/07 Cl 1:19
que se espera de nós? Neste estudo, veremos
as expectativas que Paulo tinha em relação aos
cristãos recém-convertidos de Colossos, expec-
tativas essas que dizem respeito a todos aqueles
que igualmente decidiram seguir Jesus. Paulo
usa duas metáforas (a da agricultura e da jorna-
PÔR DO SOL da) para exemplificar suas expectativas em rela-
Sexta-feira, 09/07 – 17h35 ção à vida cristã.
Sábado, 10/07 – 17h36 Na metáfora da agricultura, ele diz que os cris-
Baseado no horário de Brasília.
tãos, como plantas sadias, precisam crescer (Cl
1:9-10) e com a metáfora da jornada ensina que
os crentes devem persistir na caminhada e chegar
até o fim (Cl 1:11-12). Nessa jornada que começou
Escaneie o código abaixo quando ouvimos e cremos na verdade do evange-
lho (Cl 1:6), Deus tem expectativas em relação a
todos nós. Vamos estudar mais de perto quais são
essas expectativas através dessas metáforas usa-
das pelo apóstolo Paulo.

I. O TEXTO EM FOCO
Conquanto não conhecesse a (Cl 1:5-6). É esse evangelho verdadei-

igreja de Colossos pessoalmen- ro que dá sabedoria e entendimento.
te, desde que ouviu o relatório de Ambas, sabedoria e entendi-
Epafras sobre a conversão desses mento, sugerem um conhecimen-
cristãos, Paulo, Timóteo e os demais to que nos ajuda a tomar decisões
companheiros passaram a orar por certas no dia a dia, com base no
eles: Por esta razão, também nós, evangelho. Em segundo lugar, Pau-
desde o dia em que o ouvimos, não lo qualifica esse conhecimento re-
cessamos de orar por vós (Cl 1:9). pleto de sabedoria e entendimen-
Os pedidos que eles fizeram a Deus to, como algo espiritual (Cl 1:9),
durante a oração pelos Colossenses isto é, dado pelo Espírito Santo.
nos ensinam quais as expectativas Quando nos convertemos, o Espíri-
para a jornada de todo cristão. to de Cristo passa a habitar em nós
1. Conhecimento: Um dos pedi- (Ef 1:13) e nos concede sabedoria e
dos de Paulo e sua equipe era: que entendimento da vontade de Deus
transbordeis de pleno conhecimento para nossas vidas (Jo 16:13).
da sua vontade, em toda a sabedo- 2. Comportamento: A expecta-
ria e entendimento espiritual (Cl 1:9). tiva de Paulo é que os colossenses
Os colossenses não deveriam ficar tivessem um robusto conhecimento
estagnados. Uma vez que se conver- da vontade de Deus, que não fosse
teram a Cristo precisavam conhecer um conhecimento meramente teó-
mais e mais o que lhe agrada. Pri- rico, mas que resultasse no com-
meiro, esse conhecimento deve ser portamento do dia a dia. Ele ora:
robusto. As expressões “transbor- Para que possais andar dignamen-
dar” e “pleno” indicam uma expe- te diante do Senhor (Cl 1:10). A ex-
riencia profusa e abundante. pressão “andar” (Cl 2: 6; 3: 7; 4: 5) é
Nessa carta, Paulo repete com fre- uma metáfora judaica que compara
quência a palavra “pleno” ou “pleni- a vida daquele que anda com Deus
tude” (Cl 1: 19, 24-25; 2: 2-3, 9-10; 4: a uma estrada ou jornada.
12). O motivo é que alguns hereges O propósito do conhecimento a
começaram a ensinar aos colossen- respeito de Deus na jornada cristã
ses que suas falsas doutrinas expres- é para termos uma vida em que
savam a plenitude do conhecimento nosso comportamento, sentimen-
divino. Paulo os contradiz dizendo tos, pensamentos, caráter e perso-
que esse conhecimento pleno decor- nalidade sejam dignos do Senhor,
re apenas do evangelho da verdade de uma maneira que lhe honre (Ef

4: 1; Fp 1:27; 1 Ts 2:12). E como é substantivo, referindo-se à “glória”
que podemos viver assim para nos- do Senhor. No Antigo Testamento
so Senhor? Agradando-o em tudo a glória de Deus manifestava-se em
(Cl 1:10; Rm 8: 8; 1 Co 7: 32; 1 Ts sua presença e habitação (em heb.
2: 4, 15), isto é, levando-o em con- shekinah) no meio de seu povo (Ex
sideração em tudo o que fazemos. 40:35; 2 Cr 5:13-14; 7:1).
Usando a metáfora da agricultu- Na Nova Aliança, o cristão, in-
ra, Paulo explica como é a vida cris- dividual e coletivamente com os
tã que honra ao Senhor: frutificando demais crentes, são templo e san-
em toda a boa obra, e crescendo no tuário de Deus onde sua presença
conhecimento de Deus (v.10). Como poderosa e gloriosa se manifesta (1
uma planta saudável cresce e dá Co 3:16-17; 6:19-20). É essa presen-
frutos, também cristãos saudáveis ça de Deus em nós, pelo Espírito de
crescem no conhecimento de Deus Cristo, que nos fortalece na jornada
e produzem boas obras e atitudes quando estamos esgotados, nos dá
que expressam mansidão, miseri- força e poder para seguir caminhan-
córdia, amor, alegria, paz, paciência, do (Is 40:30-31; Rm 8:26; Ef 3:16).
amabilidade, bondade e fidelidade 4. Perseverança: Para chegar-
(Mt 5:1-16; Gl 5: 22-23; Ef 2:10). mos ao fim da jornada cristã, Deus
3. Fortalecimento: A expecta- nos ajuda no percurso, nos fortale-
tiva de Paulo para os colossenses cendo. Por causa disso, diz Paulo, o
no decorrer de sua jornada cristã é percurso da vida cristã será marcado,
que fossem sendo fortalecidos com primeiro, pela perseverança. Deus
todo o poder, segundo a força da fortalece com seu poder para que
sua glória (Cl 1:11). Por que os cris- caminhemos no decorrer da jornada
tãos precisam ser fortalecidos? Sim- com perseverança e longanimidade
ples: porque a jornada é difícil (Jo (Cl 1:11). Essas qualidades são im-
16:33; 2 Tm 3:12) e não temos força portantes, pois a vida cristã é uma
em nós mesmos (Sl 78:39; 104:103- maratona que demanda resistência,
14; 2 Co 12:9,10) para chegar até o paciência e ânimo redobrado.
fim. Somos fracos e carecemos do Paulo ensina, em segundo lugar,
fortalecimento do Senhor. que o percurso da jornada cristã
É por isso que Deus nos fortalece será marcado pela alegria. Por um
com todo o poder, segundo a força lado, essa alegria decorre da certeza
da sua glória (v.11). A palavra glória do auxílio de Deus que nos faz viver
(gr.doxa) pode ser traduzida como com alegria, dando graças ao Pai
adjetivo, qualificando o poder de (Cl 1:11). Mesmo em sofrimentos,
Deus como sendo “glorioso”. Mas podemos agradecer a Deus com
também pode ser entendida como alegria por seu fortalecimento (Tg 1:
2; 1 Pe 1:6). Por outro lado, essa ale- céus e nova terra que nos aguardam
gria, decorre do fato que o Pai, vos (Mt 5:5; Hb 11:13-16; 2 Pe 3:13).
fez idôneos à parte que vos cabe da Ficamos alegres e gratos apenas
herança dos santos na luz (v.12). quando recebemos algo pela gra-
“Ter parte” significa ter direito ça, por isso Paulo diz que os cris-
de desfrutar de uma herança. Paulo tãos, com alegria devem dar graças
está usando a linguagem do Antigo ao Pai, pois ele nos deu graciosa-
Testamento referente aos israelitas mente acesso à herança eterna.
que tinham parte de Canaã, a terra Até que chegue o dia do retorno
prometida, a herança do Senhor (Gn de Cristo em que receberemos
28:4; Ex 23:30; Sl 105:11; 135:12). Ele essa herança, a expectativa é a de
está dizendo que os cristãos, de igual que tenhamos um conhecimento
modo, têm parte na verdadeira terra robusto acerca de Deus, uma vida
prometida, a herança do Senhor que digna do Senhor, fortalecidos pelo
será este mundo renovado, os novos seu poder em alegre perseverança.
01. Leia o comentário do item 1, Cl 1:9 e responda: Quais são as

características do conhecimento que Paulo esperava que os cristãos
de Colossos adquirissem?
02. O que Paulo está ensinando ao comparar a vida do cristão a

uma planta e uma jornada em Cl 1:10? Como essas metáforas nos
ensinam a ter uma vida que honre a Cristo? Baseie-se no item 2.
03. Com base no item 3 e nos textos bíblicos citados no comentário,

explique: Por que precisamos ser fortalecidos na jornada cristã e
como Deus faz isso?
04. Converse com os demais estudantes a respeito das caraterísticas

que devem marcar o percurso da vida cristã segundo Cl 1:11-12.
Baseie-se no comentário do item 4.

II. A VIDA EM FOCO
1. A expectativa de Deus para nossa jornada é que cresçamos no

conhecimento e em boas obras.
A metáfora da agricultura usada Sendo assim, não podemos se-
por Paulo exprime suas expectati- parar conhecimento de prática. É
vas de que os cristãos cresçam no inconcebível um conhecimento ro-
conhecimento e produzam bons fru- busto da Bíblia sem uma vida cheia
tos, que são boas obras (Cl 1:9-10; de frutos, como é impossível a prá-
Mt 5:16; Gl 5: 22-23; Ef 2:10). Temos tica de boas obras sem conhecer
aqui teoria e prática de mãos dadas, a vontade de Deus nas Escrituras.
o conhecimento correto que produz Pense: Como anda seu conheci-
a conduta correta. Se os colossenses mento a respeito daquilo que agra-
fossem enganados pelos falsos en- da a Deus? Você tem sabedoria e
sinos dos hereges aderindo às dou- entendimento? E sua vida diária?
trinas equivocadas, suas vidas natu- Você produz boas obras? Tem o
ralmente desagradariam ao Senhor. fruto do Espírito em seu viver?
05. Dialogue com os estudantes sobre a importância de estudar a

doutrina correta, mas também de colocá-la em prática. Você acha
que às vezes tendemos a enfatizar mais uma do que a outra?
2. A expectativa de Deus para nossa jornada é que mantenhamos a

perseverança e a alegria.
Como os israelitas saíram do por ocasião de seu retorno (Cl 3:4;
Egito a caminho de Canaã – a he- Ap 21:1). A metáfora da jornada,
rança prometida aos patriarcas –, usada por Paulo, ilustra que o “an-
os cristãos em sua jornada por essa dar” do cristão, até que esse dia
terra caminham para os novos céus chegue, deve ter algumas marcas
e terra que se manifestarão quan- (Cl 1:10-12).
do o reino luminoso de Cristo esti- Dentre essas marcas estão a perse-
ver plenamente estabelecido aqui, verança e a alegria. Engana-se, con-
tudo, quem pensa que por si mesmo Obstáculos aparecerão, a fé será tes-
pode produzi-las. Na verdade, é Deus tada, fôlego e força serão exigidos ao
que fortalece com seu poder para máximo, sofrimentos chegarão, mas
isso (Is 40:30-31; Rm 8:26; Ef 3:16). creia: Deus nos ajudará a prosseguir
A vida cristã não é um mar de rosas. para o alvo (Fp 2:12-13; 1 Pe 1:6-7).
06. Fale sobre como é necessário perseverança e alegria na

caminhada cristã e de como podemos contar com o fortalecimento
do Senhor. Se tiver uma experiencia pessoal, compartilhe-a.
DESAFIO MISSIONAL
O estudo de hoje nos mostrou que a vida cristã não deve ser
marcada pela estagnação, mas pela progressão, pelo crescimento.
Como plantas saudáveis devemos crescer, como se estivéssemos
em uma jornada devemos progredir, avançar mais e mais do nosso
alvo. Pare por um momento e reflita sobre seu progresso na vida
cristã, desde sua conversão até agora.
Se estiver estagnado, busque o fortalecimento de Deus e dispo-
nha-se a conhecer mais, produzir boas obras e persistir no caminho.
Feito isso, olhe ao seu redor: há pessoas que precisam conhecer
mais de Deus? Que necessitam de uma mudança de vida? Que
perderam a perseverança e a alegria? Seu desafio é ajudá-los agora
mesmo. Entre em contato. Estenda suas mãos!
Domingo 04/07 Mc 15:1-20 1Rs 10 Os 11:12-12:14

Segunda-feira 05/07 Mc 15:21-47 1Rs 11 Os 13
Terça-feira 06/07 Mc 16 1Rs 12:1-31 Os 14
Quarta-feira 07/07 1Co 1:1-17 1Rs 12:32-13:34 Jl 1
Quinta-feira 08/07 1Co 1:18-31 1Rs 14 Jl 2:1-11
Sexta-feira 09/07 1Co 2 1Rs 15:1-32 Jl 2:12-32
Sábado 10/07 1Co 3 1Rs 15:33-16:34 Jl 3


QUE SOFREM NA
LÍBIA
CRISTÃOS 34,5 mil
Islamismo, cristianismo,
RELIGIÃO budismo, hinduísmo,
judaísmo e outras
GOVERNO Em transição
LÍDER Fayez al-Sarraj

A Missão Portas Abertas publica, anualmente, a lista mundial da perse-

guição com os 50 países onde seguir a Cristo pode custar a vida. Abaixo,
o país que está no 4º lugar no ranking de perseguição de 2021. Como
um só corpo, em Cristo, vamos nos unir em oração em favor destes cris-
tãos. Estas transcrições estão sendo feitas com a autorização da Missão
Portas Abertas.*
A violência continua aumentando na Líbia e há mais incidentes verifi-
cados de ataques e assassinatos de cristãos. A perseguição em todas as
esferas da vida só piorou.
Não há liberdade de expressão e religiosa, e nem a possibilidade limi-
tada da existência de uma igreja na Líbia. Embora haja cerca de 34.500
1
cristãos no país, apenas cerca de 150 são líbios, sendo a maioria trabalha-
dores expatriados e migrantes. L
D
Cristãos líbios de origem muçulmana enfrentam violenta e intensa pres-
S
são da família e da comunidade em geral para renunciar à fé em Jesus. T
Tanto eles como os cristãos estrangeiros são vulneráveis a sequestros ou Q
assassinatos por grupos de radicais islâmicos e do crime organizado. Q
Compartilhar a fé publicamente é ilegal, e aqueles que tentam “deso- S
S
bedecer” correm o risco de oposição violenta e prisão. Sem um governo
central, o país está enfraquecido e sem lei. Por isso, há pouca chance de
ter uma justiça legal quando os cristãos são atacados ou mortos.
ORE
Pelos cristãos na Líbia que estão sob imensa pressão, especialmente
Se
aqueles que são presos por causa da fé. Peça por proteção e libertação. S

CNPJ 62.678.412/0001-32
Ag. 0099 | CC 281419-6

3
A supremacia
de Cristo
OBJETIVO TEXTO-BASE
Refletir sobre a Ele é a cabeça do corpo, que é a igreja; é o
importância de ter uma
compreensão adequada princípio e o primogênito dentre os mortos, para
sobre Cristo e a obra dele que em tudo tenha a supremacia. (Cl 1:18 – NVI)
por nós e em nós.
LEITURA DIÁRIA INTRODUÇÃO

D 11/07 Cl 1:20-21
S 12/07 Cl 1:22-23 De um modo geral, as igrejas da época de
T 13/07 Cl 1:24-25 Paulo não tinham problemas com o Cristo de
Q 14/07 Cl 1:26 Nazaré, filho do carpinteiro, cujo nome da mãe
Q 15/07 Cl 1:27
era Maria e dos irmãos Tiago, José, Simão e Ju-
S 16/07 Cl 1:28
S 17/07 Cl 1:29
das. Até porque muitos dos que o tinham visto
com os próprios olhos, ouvido com os próprios
ouvidos e tocado com as próprias mãos, ainda
viviam (1 Jo 1:1).
O problema delas era com o Cristo que, antes
de ser criado o mundo, estava com Deus e era
PÔR DO SOL
Deus e que, depois de vencer o poder da morte,
Sábado, 17/07 – 17h39
foi exaltado sobremaneira por Deus, como Senhor
Baseado no horário de Brasília. supremo e absoluto. O texto da lição de hoje nos
mostra como Paulo tratou desse delicado proble-
ma na igreja dos colossenses.
I. O TEXTO EM FOCO
Havia um grupo de falsos mestres deprecian-
do a pessoa de Cristo na igreja dos colossenses.
Pôr Cristo para baixo é coisa séria. Por quê? Por-

que pôr Cristo para baixo é pôr a mostrou quem Deus é quando se
obra dele abaixo. Paulo sabe dis- tornou um de nós!
so. Por isso, trata desse tema antes 2. Cristo em relação à criação:
de qualquer outro, em Cl 1:13-23, Cristo é também revelado como
mostrando a relação de Cristo com o primogênito de toda a criação
Deus, a criação, igreja e o salvo. (1:15b). Isso não significa, como
1. Cristo em relação a Deus: diziam os falsos mestres da época
Foi através de Cristo, que Deus de Paulo, que Cristo foi a primei-
nos resgatou do domínio das tre- ra das criaturas de Deus nem que
vas (1:13a). Ninguém resgata a si foi a maior delas. A ideia aqui é
mesmo. Deus é quem resgata. Ele que Cristo é anterior e superior
é o grande resgatador da Bíblia. É a toda e qualquer criação, até
também aquele que transporta os porque nele foram criadas todas
resgatados para o Reino do seu Fi- as coisas nos céus e na terra (...)
lho amado (1:13b), que pagou não todas as coisas foram criadas por
parte nossa dívida com ele, mas ele e para ele.
toda ela (1:14). Jesus é o Eu Sou (Jo 8:58), ou
O Cristo que pagou para sem- seja, “Aquele que é” e “Aquele
pre a nossa conta é apresentado que causa”. Nunca houve um tem-
como a imagem do Deus invisível po em que ele veio a existir, ou que
(1:15a). O que isso quer dizer? Um ele não tenha existido: ele é antes
dos significados é que Cristo nos de todas as coisas (1:17a). Criou
capacita a ver como Deus é. Deus é tudo, mas nada o criou. Causou
Espírito e por isso é invisível. Atra- tudo, mas nada o causou. Ele é Se-
vés de Cristo, porém, ele se tornou nhor da criação visível e invisível, e
visível aos olhos dos homens e mu- o sustentador dela: nele tudo sub-
lheres mortais. Quem vê Cristo vê siste (1:17b).
Deus (Jo 14:9). Embora a criação tenha muito
No Antigo Testamento as pes- valor, nada nela se iguala a Cristo
soas viram manifestações de ou vive à parte dele. Fora de Cris-
Deus chamadas teofanias. No to, nada se cria e nada se mantém,
Novo Testamento, Deus se re- pelo fato de apenas Cristo ter vida
velou perfeitamente na pessoa em si mesmo (Jo 5:21, 11). A vida
de seu amado Filho. No chão foi dada a cada um de nós e a to-
da sua terra, ele revelou Deus dos os demais seres vivos, mas
como nunca Deus se revelara até nunca foi dada a Cristo. Ele e ape-
então. Aquele que tanto estava nas ele é a fonte e o doador de
com Deus como era Deus, nos toda a vida.

3. Cristo em relação à igreja: bíblica: pois é pela própria von-
Cristo é a cabeça do corpo, que tade de Deus que o Filho tem em
é a igreja (1:18a). Temos muitas si mesmo a natureza completa de
imagens aplicadas à igreja, e o Deus. Se Jesus não fosse pleno,
corpo é uma delas como pode então a obra dele na cruz tam-
ser visto em Rm 12:4, 1 Co 12:14, bém não seria plena.
Ef 4:12. A igreja é um só corpo, E que obra era essa? A obra de
mas os seus membros, vindos de reconciliação. Através de Cristo,
todas as nações, povos, tribos e Deus estava reconciliando consigo
línguas, são tantos que não se todas as coisas, tanto as que estão
pode contá-los. na terra quanto as que estão no
Um corpo com muitos membros, céu, estabelecendo a paz pelo seu
mas com apenas uma cabeça, Cris- sangue derramado na cruz (1:20).
to. Ele é a origem da igreja e o Apenas um Cristo pleno poderia
chefe dela. É dele – e apenas dele restaurar plenamente as relações
– que vem a direção, o sustento, o do ser humano e das demais coisas
controle e o comando para o seu com Deus.
corpo. Assim como é impossível Graças à obra plena do Cris-
fazer parte deste Corpo sem estar to pleno, somos, diante de Deus,
relacionado aos membros dele, é, santos, inculpáveis e livres de qual-
também, impossível fazer do Cor- quer acusação (1:22). Se cremos
po sem estar relacionado com a que Cristo fez tudo o que tinha que
Cabeça dele. ser feito para sermos aceitos por
Cristo é o princípio e o primogê- Deus, resta-nos apenas uma coisa:
nito dentre os mortos (1:18b). Ou- continuar alicerçados e firmes na
tros tinham sido trazidos de volta fé, sem nos afastarmos da esperan-
a essa vida, mas, depois de algum ça do evangelho (1:23).
tempo, morreram outra vez. Cristo, A vida cristã não começa com
porém, levantou-se da morte e vive Cristo para depois continuar e
para sempre à destra de Deus, que terminar por conta própria. A
lhe deu um nome que é sobre todo vida cristã começa, continua e
nome, para que em tudo tenha a termina com Cristo. E ela não
supremacia (1:18c). precisa de mais nada além dele
4. Cristo em relação ao sal- para se desenvolver. Cristo lhe
vo: O texto bíblico afirma que basta. Após as quatro perguntas
foi do agrado de Deus que nele a seguir, teremos duas aplicações
habitasse toda a plenitude (1:19). práticas e um desafio missional
Ou, como está em outra versão para a nossa vida.
01. Baseando-se no item 1, Cristo em relação a Deus, o que significa
dizer que Cristo é a imagem do Deus invisível em Cl 1:15a?
02. Qual o sentido da expressão que afirma ser Cristo o primogênito

de toda criação em Cl 1:15b? Recorra ao item 2, Cristo em relação à
criação.
03. Em relação à igreja, como Cristo é apresentado? Leia Cl 1:18 e o

que está dito no item 3.
04. Cl 1:19 afirma que foi do agrado de Deus que nele habitasse
toda a plenitude. De que modo isso torna segura a nossa
reconciliação com Deus?
II. A VIDA EM FOCO
1. O Cristo completo nos reconciliou totalmente!

O Cristo completo, isto é, em que reconciliar pessoas imperfeitas com
habita toda plenitude, fez um sacrifí- o Deus perfeito. Tudo que precisa-
cio único pelo pecado e tudo se re- va ser feito para nos reconciliar com
solveu. Foi um sacrifício perfeito rea- Deus foi feito para sempre. Deus é
lizado por uma pessoa perfeita para por nós. Somos amigos dele agora.

Diante disso, não faz mais senti- coisa que você não tem mais para
do você ainda sentir culpa por algo com Deus é dívida. O Cristo com-
que fez ou deixou de fazer nem vi- pleto pagou toda a sua conta, até
ver com essa sensação horrível de o último centavo. Não sobrou nada
dívida para com Deus. Se tem uma para você pagar. Viva em paz!
05. Faz sentido nos sentirmos culpados por algo que fizemos ou
deixamos de fazer antes de termos sido reconciliados com Deus?
Explique.
2. O Cristo completo nos completará plenamente.

Ao olhar para a sua vida, talvez tou para o reino do Filho do seu
não goste muito do que vê: parcia- amor (Cl 1:13), há de nos comple-
lidade. Mas não é apenas você que tar, por meio do Filho do seu amor,
é assim. Todos somos parciais em em quem habita a plenitude. Ainda
tudo, no perdoar, no falar, no ouvir, não somos o que haveremos de ser,
no confiar, no saber, no afeto e assim mas sabemos que quando o Filho
por diante. Somos todos irregulares, do seu amor se manifestar todas as
incompletos, fragmentados, inaca- coisas incompletas em nossa vida
bados, imperfeitos, fracionados. e em nosso mundo se completarão
Mas aquele que nos transpor- nele. Não abra mão dele!
06. Como você explica a expressão “ainda não somos o que haveremos
de ser”? Leia o item 2.
DESAFIO MISSIONAL
Subestimar quem é Jesus e o quanto a obra dele na cruz é pode-

rosa não é coisa apenas do passado. Ainda hoje, há quem faça isso.
A maior parte não faz por mal. Faz porque ainda não compreendeu
adequadamente as grandes verdades sobre esse assunto. Como
saberão se não houver quem lhes ensine?
A igreja dos colossenses tinha Paulo para ensinar. E a igreja da
qual você faz parte tem você. Uma vez que ser cristão é, por defini-
ção, crer em Cristo e imitá-lo, saber quem é ele e o que e ele fez é
crucial. Deixe, então, que, de hoje em diante, o Espírito Santo use
a sua vida para guiar outras vidas a toda verdade sobre Jesus e a
obra dele em nosso favor.
Domingo 11/07 1Co 4 1Rs 17 Am 1

Segunda-feira 12/07 1Co 5 1Rs 18 Am 2:1-3:2
Terça-feira 13/07 1Co 6 1Rs 19 Am 3:3-4:3
Quarta-feira 14/07 1Co 7:1-24 1Rs 20 Am 4:4-13
Quinta-feira 15/07 1Co 7:25-40 1Rs 21 Am 5
Sexta-feira 16/07 1Co 8 1Rs 22 Am 6
Sábado 17/07 1Co 9 2Rs 1-2 Am 7


QUE SOFREM NO
PAQUISTÃO
CRISTÃOS 4 milhões
Islamismo, cristianismo e
RELIGIÃO
hinduísmo
República islâmica
GOVERNO
parlamentarista
LÍDER Arif Alvi


Paquistão continua sendo um dos lugares mais difíceis para se viver
como cristão, onde a perseguição violenta e os ataques às igrejas conti-
nuam acontecendo. Os cristãos no país enfrentam extrema perseguição
em todas as áreas da vida, e os que se converteram do islamismo enfren-
tam hostilidade ainda maior.
Todos os cristãos são considerados cidadãos de segunda classe, re-
cebem empregos considerados inferiores, sujos e desonrosos e podem
2
L
até serem vítimas de trabalho forçado. Os cristãos que existem entre as
D
classes médias enfrentam grave discriminação. S
As igrejas cristãs existem, mas enfrentam severa perseguição. Meninas T
cristãs correm o risco de sequestro e abuso sexual e, muitas vezes, são Q
forçadas a se casarem com os agressores e a se converterem ao islã. Q

S
As leis de blasfêmia do Paquistão são usadas para atingir os cristãos,
S
e extremistas islâmicos “defendem” essas leis veementemente, atacando
ou até matando cristãos.
ORE
Interceda por proteção às igrejas do Paquistão, especialmente em
feriados como o Natal e a Páscoa, quando ataques terroristas acontece-
Se
ram no passado. S

CNPJ 62.678.412/0001-32
Ag. 0099 | CC 281419-6

4
Firmes no
evangelho
OBJETIVO TEXTO-BASE
Mostrar a importância Esforço-me para que eles sejam fortalecidos em
de os cristãos
permanecerem sempre seu coração, estejam unidos em amor e alcancem
firmes no evangelho e a toda a riqueza do pleno entendimento, a fim de
maneira como estes podem
ajudar-se uns aos outros conhecerem plenamente o ministério de Deus, a
frente a tal desafio. saber, Cristo. (Cl 2:2 – NVI)
LEITURA DIÁRIA
D 18/07 Cl 2:1-2 INTRODUÇÃO
S 19/07 Cl 2:3-4
T 20/07 Cl 2:5-6 Detido em sua prisão domiciliar em Roma, o
Q 21/07 Cl 2:7 apóstolo Paulo não buscou concentrar esforços para
Q 22/07 Cl 2:8
ser solto e nem perdeu tempo com lamúrias por
S 23/07 Cl 2:9
S 24/07 Cl 2:10
conta de sua situação desfavorável. A preocupação
dele era outra: manter a firmeza dos cristãos colos-
senses. Mesmo preso, o apóstolo almejava que os
crentes não tirassem o foco do evangelho de Cristo.
Paulo tinha razão em ficar preocupado com a
constância da fé dos cristãos colossenses. Por se-
PÔR DO SOL rem novos convertidos, esses crentes corriam risco
Sexta-feira, 23/07 – 17h41 de serem bombardeados com falsos ensinos, com
Sábado, 24/07 – 17h42
argumentos que só parecem convincentes (Cl 2:4).
Algo precisava ser feito no tocante a isso e, como
veremos, Paulo agiu de modo assertivo.
I. O TEXTO EM FOCO
Muitos começam bem a vida cristã, mas não a
terminam da mesma maneira. Como Demas, eles
acabam desistindo da fé, amando o presente século
(2 Tm 4:10). O intuito de Paulo é que esse não seja o

fim dos crentes de Colossos. O tre- a igreja (Cl 1:24). Como pastor do
cho de Cl 1:24 a 2:5 mostra as ações rebanho de Cristo, o apóstolo teve
do apóstolo em prol da firmeza es- de lidar com os perigos que ron-
piritual daqueles crentes. Cabe-nos davam o aprisco: falsos mestres,
analisar a seguir cada uma delas. falsos ensinos, falsas acusações,
1. Um preço a pagar: Para que práticas pecaminosas etc.
os crentes permanecessem firmes Paulo pagou o preço do sofrimen-
no evangelho de Cristo, Paulo pa- to com regozijo: Agora me alegro em
gou o preço do sofrimento: Agora meus sofrimentos, disse ele. O após-
me alegro em meus sofrimentos tolo não perguntou: “o que eu vou
por vocês (Cl 1:24a). Ele aprendeu ganhar com isso?”, mas sim: “quanto
com a própria vida, que a prática Deus permitirá que eu contribua?”.2
pastoral requer lidar com o sofri- Vale a pena pagar o preço do sofri-
mento. Esse foi o preço que ele pa- mento em favor da firmeza da igreja
gou durante o seu ministério: [...] e e da proclamação do evangelho de
completo no meu corpo o que res- Cristo. Isso não é motivo de vergo-
ta das aflições de Cristo... (v.24). nha ou lamento, mas de alegria!
Em defesa da pregação do evan- 2. Um dever a cumprir: Para que
gelho de Cristo aos gentios, o fiel os crentes permanecessem firmes
apóstolo foi cruelmente persegui- no evangelho de Cristo, o apóstolo
do. Aliás, é oportuno dizer que ele não se esquivou da responsabilida-
estava preso em Roma por causa de que lhe foi atribuída por Deus:
do seu amor pelos gentios. Por de- Dela me tornei ministro... (Cl 1:25).
fendê-los, ele foi preso em Jerusa- O termo “ministro” (gr. diákonos)
lém e sofreu falsas acusações pelos significa “servo”, alguém que exe-
judeus (At 22:21ss).1 Paulo sofreu cuta o pedido de outros. Logo, Pau-
para que o evangelho alcançasse o lo sabia que o seu dever consistia
coração dos colossenses. em trabalhar para o benefício do
Paulo sofreu por amor a Cris- corpo de Cristo, a igreja, não para
to. Ele dedicou o seu ministério a os seus próprios interesses.
anunciar Cristo Jesus, mas muitos O seu dever de servir era de
dos que não creram no evangelho acordo com a responsabilidade
tentaram calar o apóstolo à força (2 atribuída por Deus. O termo res-
Tm 3:12). Por fim, Paulo também ponsabilidade ou dispensação é
sofreu em favor do corpo, que é uma tradução da palavra grega oi-
1. Wiersbe (2006:158). 2. Wiersbe (2006:158)

konomia, e indica uma pessoa en- faz isso impulsionado por grande
carregada de administrar os bens esforço e, nas suas palavras: lutan-
do seu senhor. Cabia ao mordomo do conforme a sua força, que atua
balancear a dieta para que a famí- poderosamente em mim (Cl 1:29).
lia recebesse todos os nutrientes O apóstolo trava uma luta por meio
necessários.3 Paulo sabia que era de intensa oração em favor dos
seu dever alimentar a igreja devi- crentes de Colossos, de Laodiceia
damente com a Palavra de Deus. e por todos os que ainda não me
A execução desse dever consiste conhecem pessoalmente (2:1).
em mostrar o mistério que esteve Paulo está preso, mas não inerte;
oculto durante épocas e gerações, ele continua a lutar lançando mão
mas que agora foi manifestado aos das armas espirituais para manter o
seus santos (Cl 1:26). Sim, os colos- povo de Deus firme na fé. Os termos
senses que também eram gentios, “esforçando-me” (Cl 1:29) e “luta”
passaram a conhecer esse misté- (Cl 2:1) fazem parte do vocabulário
rio, a saber, Cristo em vocês, a es- atlético e se referem ao esforço vi-
perança da glória (v.27). É pela fé goroso de um corredor para vencer
em Jesus que tanto judeus quanto a corrida.5 Paulo não tem dúvida de
gentios são salvos (Rm 10:12,13). que a oração vale a pena, mas en-
Para se alcançar firmeza espiri- tende que esta deve ser persistente.
tual é necessário haver conheci- Quais os propósitos da oração
mento de Cristo. Não é o tempo de Paulo? Em primeiro lugar, ele ora
em que uma pessoa frequenta a em prol do encorajamento do povo
igreja que a tornará firme no evan- de Deus: Esforço-me para que eles
gelho, mas sim, o ato de conhecer sejam fortalecidos em seu coração
Jesus. De fato, só os salvos têm a (2:2a). A palavra “fortalecidos” é uma
percepção clara de quem é Jesus tradução do termo grego parakaleo,
e o significado do seu sacrifício na que significa exortar, encorajar, ani-
cruz (1 Co 2:14; 2 Co 4:3,4).4 O co- mar. Os desafios daqueles que ini-
nhecimento de Cristo também en- ciam a caminhada cristã se mostram
volve prática, vivência e comunhão árduos, por isso, esses crentes preci-
verdadeira com ele. sam ser animados e encorajados.
3. Uma luta a travar: Em prol do Em segundo lugar, Paulo ora
amadurecimento dos crentes, Pau- em prol da comunhão do povo
lo os adverte e ensina. Porém, ele de Deus: estejam unidos em amor
3. Lopes (2009:1860.
4. Lopes (2009:1867. 5. Wiersbe (2006:159).
(2:2b). Paulo intercede pelos cren- Deus: e alcancem toda a riqueza do
tes, mostrando-lhes que devem pleno entendimento (2:2c). A igreja
orar uns pelos outros. Ele os ajuda do Senhor não deve ficar à margem
instigando-lhes a fazer o mesmo em do saber. Ao contrário, deve buscar
benefício dos outros. A união torna- o conhecimento acerca de Cristo e
rá a igreja de Cristo cada vez mais segurança contra os enganos e su-
firme no evangelho. Se alguém tilezas dos falsos mestres (v.4). Pois
tropeça e cai, os outros o ajudam a bem, mediante ao que estudamos
reerguer-se. É assim que deve ser. até aqui, atentemos para as aplica-
Em terceiro lugar, Paulo ora em ções que serão analisadas após re-
prol do entendimento do povo de fletirmos sobre as perguntas.
01. Fale sobre os sofrimentos pelos quais passou o apóstolo Paulo

ao defender a pregação do evangelho de Cristo aos gentios. Por
quem ele sofreu? Para responder, leia Cl 1:24; At 22:21.
02. De que maneira o apóstolo lidou com o sofrimento e por que

isso valeu a pena? Responda com base no item 1.
03. Para atuar em favor da igreja, Paulo recebeu a responsabilidade

de ministro. O que isso significa? Fale também sobre a função de
mordomo conforme análise do item 2 e de Cl 1:25.
04. De que modo Paulo luta pela firmeza dos cristãos colossenses e
com quais propósitos? Para responder, leia Cl 1:29 – 2:2.

II. A VIDA EM FOCO
1. Em prol da firmeza do próximo, seja um encorajador.

A fim de garantir que o povo de Pode ser que em algum momen-
Deus se mantivesse firme no evange- to, tenhamos de lidar com uma si-
lho de Cristo, o apóstolo Paulo lutou tuação em que precisemos enco-
para que os crentes fossem encoraja- rajar alguém. Nesses momentos,
dos: Esforço-me para que eles sejam uma visita, uma oração, um conse-
fortalecidos em seu coração (Cl 2:2a). lho, um louvor, um testemunho e/
A percepção do apóstolo sobre a ne- ou uma palavra de ânimo podem
cessidade do encorajamento é corre- fazer a diferença para manter a
ta. Há obstáculos que o cristão deve pessoa firmada no evangelho. Não
superar e, para obter êxito, às vezes, hesitemos em encorajar a quem
precisará ser animado por alguém. precisa de nosso apoio.
05. Com base na leitura da primeira aplicação, responda: Você já foi

encorajado por alguém a permanecer firme no evangelho? Você já
fez o mesmo por outra pessoa?
2. Em prol da firmeza do próximo, seja um intercessor.

Paulo nutria a preocupação de nifica a expressão: Quero que vo-
tornar a igreja de Cristo madura cês saibam quanto estou lutando
da fé: ... para que apresentemos por vocês (2:1a).
todo homem perfeito em Cristo (Cl O apóstolo estava preso e, mes-
1:28). Para cumprir com esse promo distante fisicamente da igreja,
pósito, além de advertir e ensinar lutava por ela em oração. Nunca
a igreja, ele também intercedia a se esqueça disso: mesmo distantes
Deus em favor dela. É isso que sig- uns dos outros, no caso de termos
de ficar isolados por alguma razão, espiritual dos nossos irmãos e sem-
ainda podemos orar uns pelos ou- pre que puder, diga a alguém: “Não
tros. A oração encoraja, portanto, desista da fé; você não está sozinho;
intercedamos em favor da firmeza estou orando em seu favor”.
06. Após refletir sobre a segunda aplicação, responda: Você

considera a prática da intercessão importante para a firmeza no
evangelho? Ela tem sido frequente na sua vida?
DESAFIO MISSIONAL
No estudo de hoje vimos o quanto o apóstolo Paulo se esforçou

para que os cristãos colossenses permanecessem firmes no evange-
lho. Ele pagou o preço do sofrimento, cumpriu o dever de ministro
e travou a luta da oração. Ainda que desfavorecido por estar preso,
Paulo se propõe a ajudar a igreja de Cristo e faz isso com zelo e amor.
Como desafio, reflita sobre como você pode ajudar o próximo
a manter-se firme no evangelho. Pense em alguém que está preci-
sando de apoio, aproxime-se dessa pessoa e proponha-se a servi-
-la. De repente, o que ela precisa é de uma visita, de uma palavra
de ânimo, de uma oração, de um conselho. Então, proponha-se a
ser usado por Deus para encorajá-la.
Domingo 18/07 1Co 10 2Rs 3 Am 8

Segunda-feira 19/07 1Co 11:1-16 2Rs 4 Am 9
Terça-feira 20/07 1Co 11:17-34 2Rs 5 Ob
Quarta-feira 21/07 1Co 12 2Rs 6:1-7:2 Jn 1
Quinta-feira 22/07 1Co 13 2Rs 7:3-20 Jn 2
Sexta-feira 23/07 1Co 14:1-25 2Rs 8 Jn 3
Sábado 24/07 1Co 14:26-40 2Rs 9 Jn 4


QUE SOFREM NA
ERITREIA
CRISTÃOS 2,5 milhões
RELIGIÃO Islamismo, cristianismo
GOVERNO República presidencialista
LÍDER Isaias Afewerki

Cristãos de denominações não tradicionais enfrentam perseguição mais
dura na Eritreia, tanto do governo como da Igreja Ortodoxa da Eritreia,
que é a única denominação cristã reconhecida pelo governo e rigidamen-
te controlada pelas autoridades.
As forças de segurança do governo monitoram ligações, examinam ati-
vidades e conduzem incontáveis ataques que visam cristãos, apreendem
materiais cristãos e desfazem igrejas domésticas. Os cristãos podem ser
presos e encarcerados sem julgamento. Muitos cristãos são mantidos em
3
L
D
S
T
prisões desumanas por causa da fé, e os familiares ficam sem saber onde Q
estão ou se ainda estão vivos. Q
Havia esperança de que um acordo de paz com a Etiópia melhoraria a S
S
observação dos direitos humanos na Eritreia, mas há poucos indícios dis-
so – e os distúrbios na fronteira entre os dois países no outono de 2020
ameaçam a estabilidade. A violência continua a piorar na Eritreia.
ORE
Pelos cristãos presos por causa da fé, e pelos cônjuges e filhos deles,
Se
para que sejam supridos em todas as necessidades. S

CNPJ 62.678.412/0001-32
Ag. 0099 | CC 281419-6

5
Não se deixem
enganar
OBJETIVO TEXTO-BASE
Entender a singularidade
Tendo cuidado para que ninguém vos faça presa
da pessoa e da obra
de Cristo, de modo a sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo
não se deixar enganar a tradição dos homens, segundo os rudimentos do
pelas armadilhas de
falsos mestres. mundo, e não segundo Cristo. (Cl 2:8)

D 25/07 Cl 2:11-13
S 26/07 Cl 2:14-15 Fake news não é uma ameaça que surgiu re-
T 27/07 Cl 2:16-17
centemente. Apesar da expressão já existir desde
Q 28/07 Cl 2:18-19
Q 29/07 Cl 2:20-21 o século XIX,1 sua prática é tão antiga quanto a
S 30/07 Cl 2:22 história da civilização. Na igreja de Colossos, não
S 31/07 Cl 2:23 era diferente. Havia falsos mestres com “falsas
filosofias” ou “vãs sutilezas” – terminologia que
equivale praticamente à expressão “enrolar al-
guém”.2 Estes falsos ensinos eram muito perigo-
sos; um veneno letal.
Nesse contexto, Paulo exorta os cristãos colos-
PÔR DO SOL
senses convertidos, que vivam de acordo com a
Sábado, 31/07 – 17h45 crença que abraçaram, que é a suficiência de Cris-
Baseado no horário de Brasília. to e de sua obra salvadora e rejeitem as falácias
das tradições dos falsos mestres. A pessoa e obra
de Cristo bastam, são suficientes, não há nada a
acrescentar. Dito isso, vejamos o que é possível
aprender com este estudo.
1. Disponível em: https://www.wizard.com.br/idiomas/significa-

do-expressao-em-ingles-fake-news. Acesso em: 04 abr. 2021.
2. Lopes apud Rienecker (2008:127).

I. O TEXTO EM FOCO
“Ninguém vos venha a enredar.” Senhor como uma árvore. Logo em

Essa foi a placa de “perigo” fixada seguida, surge o verbo “edificados”
por Paulo no versículo 8. “Enre- (epoikodomumenoi), que nos traz à
dar” podia significar “tomar como mente a imagem de um edifício bem
prisioneiro de guerra”.3 O escape alicerçado. O terceiro verbo, “confir-
consistia em focar a teologia corre- mados” (bebaiomenoi), é um termo
ta sobre Cristo. Note como o tre- jurídico, que sugere um contrato ra-
cho de Colossenses 2:6-15 repete tificado e tornado obrigatório.4
o tempo todo as expressões “ele”, Em quarto e último lugar, é possí-
“nele”, “juntamente com ele”, en- vel notar o termo “crescendo” (pe-
fatizando Jesus. Paulo faz quatro risseuontes), usado com frequência
reafirmações importantes sobre a por Paulo. É sugestiva a imagem
pessoa e obra de Cristo, frente às de um rio transbordando de suas
heresias dos falsos mestres. margens.5 Andando em Cristo de-
1. Reafirmando a suficiência vemos crescer, isto é, transbordar
em Jesus: Os falsos mestres que em ações de graças! Todas essas
rondavam a igreja de Colossos não imagens constituem confirmações
acreditavam na suficiência de Cris- da segurança que temos em Jesus.
to. Para eles, Cristo era mais um Os maldosos que atacavam dou-
mediador. Por isso, antes de tudo, trinariamente a igreja não podiam
Paulo começa este trecho com o resistir àqueles que andavam firme-
imperativo “andai nele” (v. 6) e pas- mente em Jesus.
sa a descrever com quatro imagens 2. Reafirmando a identidade de
vívidas que os cristãos precisam es- Jesus: O versículo 9, embora pe-
tar firmes em Jesus! Ele é tudo de queno, é como uma bomba jogada
que precisamos para caminharmos nos falsos mestres. Provavelmente,
e crescermos na vida cristã. Cada estes falsos mestres eram judeus
uma dessas imagens foi revelada gnósticos. Esse versículo nos rea-
por um verbo diferente (v. 7). firma quem é Jesus. Ele é Deus!
A primeira imagem surge com o Analisemos o contexto histórico.
verbo “radicados” (erhizomenoi), Os gnósticos defendiam que Deus
significando “fortalecer com raízes”. possuía diversas “emanações”,
É a imagem de uma raiz, pois o ver- que eles nomeavam de “éons”.
dadeiro cristão está arraigado no
4. Martin (1984:89).
3. Keener (2017:685). 5. Wiersbe (2006:163).

Nessas emanações, eventualmen- caso dos falsos mestres, esses es-
te, se encontraria o “Demiurgo”, tavam insultando o Rei dos reis (Ap
um ser divino “menos puro” que 17:14; 19:16), o que tornava o pe-
conseguiria criar e entrar em con- cado deles assustadoramente mais
tato com a criação.6 grave. Reconhecer a dignidade da
Para estes falsos mestres, to- posição que Cristo ocupa era uma
das essas “emanações”, tomadas questão seríssima para os mem-
como um grupo, compreendiam bros daquela igreja.
o pleroma, isto é, a “plenitude”.7 Amarradas a esse assunto, po-
Paulo refuta tais homens nos ter- demos destacar duas coisas mara-
mos que eles mesmos usavam. Em vilhosas sobre a dignidade do Mes-
vez de chamar Jesus de um “De- tre. Primeiro, que nosso Senhor foi
miurgo” ou uma simples “emana- humilhado, o qual esvaziou-se a si
ção” de Deus, o apóstolo disse que mesmo, tomando a forma de servo,
em Jesus habita corporalmente, [...] e, achado na forma de homem,
toda a “plenitude da divindade”. humilhou-se a si mesmo (Fp 2:6-8).
Em outras palavras, Jesus é o Segundo, nosso Senhor foi exaltado:
perfeito Deus que se fez carne. A Pelo que também Deus o exaltou
ideia fica ainda mais robusta quan- soberanamente, e lhe deu o nome
do vamos à língua original, o gre- que é sobre todo nome (Fp 2:9).
go. Para “divindade”, Paulo usou o Assim, Jesus, que já possuía
substantivo grego theotes, que faz dignidade por ser Deus entre nós,
referência à própria essência da di- também foi exaltado pela sua obra
vindade, em vez de uma mera qua- de salvação. O impacto é que Je-
lidade ou atributo.8 Jesus é Deus sus não se tornou homem apenas
em essência. Sim, uma das primei- como um inquilino, temporaria-
ras coisas a serem atacadas por he- mente. Esse Cristo exaltado se
reges é a divindade de Jesus. tornou para sempre o “Deus-ho-
3. Reafirmando a dignidade mem”. Prova disso é que muitos
de Jesus: A dignidade de Jesus anos depois de Jesus ter subido
é incontestável: Ele é o cabeça em um corpo glorioso ao céu, Pau-
de todo principado e potestade lo disse que nele habita corporal-
(v. 10). Ofender um cão não é o mente a plenitude da divindade.
mesmo que ofender um rei. No 4. Reafirmando a obra de Je-
sus: Paulo já falou, no versículo
6. White (1998:108-109). 10, que nele, estais aperfeiçoados.
7. White (1998:108). Agora, do versículo 11 ao 15, ele
8. White (1998:85). dá sequência ao seu pensamento.
Hernandes Dias Lopes divide em disso, no mundo antigo, quando
cinco pontos. São cinco grandio- se cancelava uma lei, decreto ou
sas obras realizadas por Cristo em prescrição, eles eram fixados em
benefício da igreja.9 Primeiro, trans- uma tábua com um cravo. Assim,
formação interior (2:11). Enquanto na cruz de Cristo, foi crucificada a
a circuncisão judaica era uma marca nossa lista de dívidas.11 João 19:30
externa, Jesus fez uma obra interna, exprime justamente isso, pois a pa-
nos despindo do “velho homem”, lavra grega tetélestai significa: Está
o mesmo que “corpo da carne” (v. pago!12 Estamos quites.
11), “corpo desta morte” (Rm 7:24) Em quinto lugar, Cristo também
ou “corpo do pecado” (Rm 6:6). triunfou sobre os principados e
Segundo, Jesus nos proporcio- potestades. A figura pintada no v.
nou uma vida radicalmente nova 15 é do desfile oficial conhecido
(2:12,13a), tão nova que não pode como “triunfo romano” (ver 2 Co
ser comparada a um doente que 2:14),13 quando os capturados de
sai do hospital, mas sim a um morto uma batalha eram expostos como
que ressuscita do túmulo. Terceiro, trunfo entre o povo. Esse é Jesus
ele nos proveu o perdão definitivo e ele é único. Os poderes demo-
dos pecados (2:13b; Sl 32:1). Quar- níacos são sua “presa de guerra”.14
to, Jesus nos concedeu o cancela- As bocas dos falsos mestres devem
mento total da dívida (2:14). ser caladas, dando lugar aos gri-
O “apagar” de nossa dívida do tos de “Hosana”, isto é, salva-nos.
v. 14 também pode ser uma refe- Diante disso tudo, não há como
rência a “remover esfregando”, as- não se render à incontestável sin-
sim como a escrita na cera ou em gularidade de Cristo e sua obra.
uma lousa era removida.10 Além
11. Lopes (2008:134).
12. Lopes (2008:136).
9. Lopes (2008:132). 13. Wiersbe (2006:167).
10. Martin (1984:96). 14. Martin (1984:99).
01. O tópico 1 fala de quatro imagens vívidas sugeridas na

linguagem de Paulo para expressar a firmeza de andarmos no
Senhor Jesus. Quais são elas?

02. Leia Colossenses 2:9. Quem é Jesus segundo as Escrituras? Os
gnósticos tinham uma visão correta sobre a identidade de Jesus?
03. No tópico 3, foi abordada a questão da dignidade do Cristo.

Discorra sobre isso, baseando-se nas seguintes passagens: Cl 2:10;
Ap 17:14; 19:16; Fp 2:6-9; Rm 3:26.
04. Os versículos 11 ao 15 de Colossenses são, basicamente,

uma reafirmação da obra de Cristo. Quais foram os cinco pontos
elencados na lição? Explique cada um deles.
II. A VIDA EM FOCO
1. Estejamos concentrados na singularidade de Jesus.

Uma lição importantíssima foi trário, a chance de errar é grande.
aprendida neste estudo. Ela diz É muito mais fácil reconhecer um
respeito a “foco”. Do começo produto falso quando já tivemos con-
ao fim, Paulo se referiu a Jesus tato com o verdadeiro. Semelhante-
com expressões tais como “ele”, mente, é muito mais fácil vencer os
“nele”, “juntamente com ele”. falsos mestres quando estamos em
Com isso, somos ensinados a nutrir contato com o Verdadeiro (1 Jo 5:20),
um olhar fixo em Cristo. Essa é a nele radicados, edificados, confir-
maneira correta de evitar engodos mados e crescendo. Temos agido
de homens mal-intencionados. É assim? Quanto tempo já passamos
semelhante a acertar um alvo: fixe estudando o que a Bíblia tem a nos
os olhos no local correto, do con- dizer sobre os atributos de Deus?
05. Para você, Jesus e sua obra são singulares? Você vive de acordo
com essa crença?
2. Estejamos alertas com as armadilhas dos falsos mestres.

Quando estamos fitos em Jesus, 10:10a). Neste texto, Jesus se re-
estamos também atentos às arapu- feria aos falsos mestres, no caso,
cas dos hereges. Uma coisa é con- aos fariseus. Ninguém rouba,
sequência da outra. Estar alerta é mata ou destrói sem fazer isso
essencial, pois, normalmente, as he- na surdina, sorrateiramente. De
resias se apresentam de forma sutil fato, viver neste mundo é atra-
(Cl 2:8). Elas nem sempre possuem vessar um campo minado espiri-
aquele aspecto asqueroso, com um tual e é por essa razão que deve-
“tridente” na mão. Por vezes, elas mos valorizar ainda mais o con-
vestem paletó e gravata e até gos- selho em Gálatas 1:8: ainda que
tam de citar a Bíblia: “está escrito” nós ou mesmo um anjo dos céus
(Lc 4:10). Não nos enganemos. vos anuncie um evangelho dife-
O ladrão não vem senão a rente do que já vos pregamos,
roubar, a matar, e a destruir (Jo seja considerado maldito!
06. Você já se deparou com ensinamentos contrários à Bíblia,

apresentados de maneira sutil? Concorda que é preciso vigilância?
Comente sobre o perigo de aceitar qualquer narrativa sem antes
passar por um crivo cuidadoso.

DESAFIO MISSIONAL
Graças a Deus, que nos permitiu chegar ao final de mais esta

lição. O que fazer agora? Dar os primeiros passos em prol de viver
o que estudamos! Não temos apenas que nos proteger dos estilha-
ços causados pelas heresias espalhadas dentro e fora das igrejas.
Também precisamos agir em defesa dos que estão mais vulneráveis
a esses ataques. Isso é parte da nossa missão e pode resultar em
salvação de almas.
Visto que é uma guerra espiritual, não saia da trincheira despre-
parado. Rever o tempo que você gasta estudando assuntos bíbli-
cos é um ótimo começo. Haja vista, ninguém precisa “virar doutor”
para ser um exímio defensor da Palavra. Depois de ter afiado o co-
nhecimento, experimente anunciar a verdade aos que lhe cercam,
com mansidão (2 Tm 2:25). Faça como Paulo e parta de uma visão
cristocêntrica. Não faça isso sem antes dobrar os joelhos.
Domingo 25/07 1Co 15:1-34 2Rs 10 Mq 1

Segunda-feira 26/07 1Co 15:35-58 2Rs 11 Mq 2
Terça-feira 27/07 1Co 16 2Rs 12-13 Mq 3
Quarta-feira 28/07 2Co 1:1-2:4 2Rs 14 Mq 4:1-5:1
Quinta-feira 29/07 2Co 2:5-3:18 2Rs 15-16 Mq 5:2-15
Sexta-feira 30/07 2Co 4:1-5:10 2Rs 17 Mq 6
Sábado 31/07 2Co 5:11-6:13 2Rs 18 Mq 7

QUE SOFREM NO
IÊMEN
CRISTÃOS Alguns milhares
RELIGIÃO Islamismo
GOVERNO Em transição
LÍDER Abd Rabbuh Mansur Hadi


Os cristãos no Iêmen geralmente mantêm a fé em segredo porque po-
derão enfrentar a pena de morte se forem descobertos. Deixar o islã é
proibido e todos os iemenitas são considerados muçulmanos pelo Estado.
Cristãos de origem muçulmana são os mais vulneráveis à perseguição
e, agora, constituem a maior parte da população cristã no Iêmen, já que
a guerra em curso levou muitos cristãos expatriados e migrantes a deixar

o país. Grupos extremistas islâmicos ameaçam esses cristãos, e as tribos
podem matar ou banir qualquer membro que se converta ao cristianismo.
O Sul do país, onde existe uma forte presença da Al-Qaeda, é particu-
larmente perigoso. A guerra em curso, a crise humanitária e a pandemia
da Covid-19 no Iêmen estão afetando todos os cidadãos, mas os cristãos
são mais vulneráveis porque o auxílio emergencial é distribuído, princi-
palmente, por organizações que usam líderes islâmicos e mesquitas locais
para distribuir ajuda.
ORE
Pelo povo iemenita que enfrenta a guerra, enchentes, gafanhotos e
Covid-19. Peça para que a paz chegue ao país e que as pessoas recons-
truam suas vidas.

CNPJ 62.678.412/0001-32
Ag. 0099 | CC 281419-6
07 DE AGOSTO DE 2021 Hinos – Inicial: HBJ 66 • Final: HBJ 113
6
Como se vence
o pecado
OBJETIVO TEXTO-BASE
Apresentar algumas
Essas regras têm, de fato, aparência de
práticas com aparência de
piedade que não possuem sabedoria, com sua pretensa religiosidade, falsa
valor algum no combate ao humildade e severidade com o corpo, mas não
pecado e que podem nos
enganar ou escravizar por têm valor algum para refrear os impulsos da
falsos ensinos. carne. (Cl 2:23 – NVI)
LEITURA DIÁRIA
D 01/08 Cl 3:1-2
S 02/08 Cl 3:3-4
INTRODUÇÃO
T 03/08 Cl 3:5-6
Q 04/08 Cl 3:7
Na última lição desta série pudemos estudar so-
Q 05/08 Cl 3:8 bre o quanto a obra de Cristo em nosso favor foi
S 06/08 Cl 3:9 extraordinária. Ele riscou o escrito de dívida que
S 07/08 Cl 3:10 havia contra nós, cravando-o na cruz (Cl 2:14), isto
é, Cristo liquidou totalmente nossos débitos com
a “justiça divina”. Ao olhar para cruz, todo cristão
pode enxergar estes documentos onde constavam
seus pecados escritos, rasgados e anulados. Todo
PÔR DO SOL cristão é alguém mais do que vencedor e perdoa-
Sexta-feira, 06/08 – 17h47 do em Cristo Jesus!
Sábado, 07/08 – 17h48
Depois de anunciar estas maravilhosas verdades,
Paulo inicia um novo trecho da carta: Ninguém,
pois, vos julgue... (Cl 2:16 – grifo nosso). A conjun-
ção traduzida por “pois”, também poderia ser tra-
duzida por “consequentemente” ou “por esta ra-
Escaneie o código abaixo zão”. Paulo está querendo mostrar que a base de
todo o seu ensino sobre a liberdade cristã e sobre a
luta contra o pecado, que virá na sequência, é exa-
tamente a vitória cabal de Cristo na cruz e o perdão
que ele oferece. Vejamos com mais detalhes.
Ou acesse bit.ly/3xUqXdv 48 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2021

I. O TEXTO EM FOCO
Os falsos mestres da igreja em exemplo, eles proibiam a ingestão

Colossos não davam trégua. Mes- de carnes, de todo o tipo. Segundo
mo tendo sido perdoados por Cris- estes, algumas comidas contamina-
to, os cristãos eram ensinados por vam quem as consumia, impedindo
estes promotores do engano que a pessoa de entrar em contato com
precisavam seguir uma porção de poderes sobrenaturais.1 É óbvio que
regras e procedimentos se quises- Paulo não está combatendo a dieta
sem de fato ser vitoriosos na vida bíblica (Lv 11; Dt 14), mas, uma dou-
cristã e realmente aceitos por Deus. trina de homens que está influen-
Este tipo de pregação sobreviveu ciando a igreja (Cl 2:22).
ao tempo e chegou aos dias atuais. Estes mesmos falsos mestres
Precisamos estar atentos! Mas, o também julgavam os cristãos por
que eles ensinavam exatamente? não guardarem dias de festa, luas
Por que isso era tão prejudicial? novas e sábados (Cl 2:16b). Como
1. Vitória pela via do legalismo? os hereges misturam a filosofia gre-
É possível vencer o pecado pela via ga com o legalismo judaico, os “sá-
do legalismo? Os falsos mestres bados” e dias de festa mencionados
que rondavam a igreja de Colossos aqui são os cerimoniais. No calendá-
diziam que sim. Inclusive, censura- rio judaico, havia sete dias de festa,
vam quem pensava o contrário. Eles de assembleia solene, considerados
ensinavam um tipo de heresia que sábados sem, necessariamente, caí-
misturava o legalismo judaico com rem no sábado semanal (Lv 23:7,8,
a filosofia grega. Era uma espécie 21, 24-25, 27-32, 35-36).
de gnosticismo em sua forma ini- Os falsos mestres diziam que a
cial. Em suma, a premissa básica do obediência rígida a estas regras e
gnosticismo é que a matéria é má e, cerimônias era absolutamente in-
se ela é má, todo cristão precisa se dispensável à salvação e vital para
abster de tudo o que dá prazer para atingir a plenitude da fé (2:8-10).
a matéria se quiser agradar a Deus. Além de Cristo, precisavam de
Os cristãos de Colossos estavam algo a mais. Paulo rechaça isso
sendo censurados pelo “comer e de forma veemente. Tudo isso era
pelo beber” (Cl 2:16), por conta de sombra, afirmou Paulo: a realidade
uma dieta rígida defendida pelos é Cristo e o que ele fez (v.17)! Ne-
falsos mestres baseada nesta ideia
de não dar prazer à matéria. Por 1. Lopes (2008:144).
nhum cristão pode ser censurado Os falsos mestres possuíam um
ou diminuído por não obedecer a ensino e uma vivência equivocada.
tais preceitos. Quem garante que E o pior de tudo é que estavam se
sejamos aceitos por Deus é Cristo colocando como árbitro da espiri-
e sua obra na cruz (Cl 2:14-15). tualidade dos outros, por isso Paulo
2. Vitória pela via do misticis- escreve: Ninguém seja árbitro con-
mo? É possível vencer o pecado e tra vós... (Cl 2:18a). A palavra “árbi-
crescer na santificação pela via do tro” utilizada por Paulo descreve um
misticismo? Segundo os falsos mes- juiz que pode desqualificar alguém
tres de Colossos, sim. Segundo Pau- e não lhe dar o prêmio. Era o que os
lo, não. E o apóstolo explica o por- falsos mestres faziam: desqualifica-
quê. É que na igreja de Colossos, vam os cristãos que não tinham as
alguns defendiam um tipo de vida mesmas experiências arrebatadoras
cristã baseada em suas experiên- que eles tinham, como se eles fos-
cias místicas. Chegaram ao ponto sem as únicas pessoas verdadeira-
de prestar culto aos anjos, fingindo mente espirituais na igreja. Por isso
humildade (Cl 2:18). A ideia que Paulo os advertiu severamente: Tra-
defendiam era: é muito orgulhoso ta-se de alguém que não está unido
tentar ir direto a Deus, precisamos à cabeça, a partir da qual todo o
de intermediários, no caso, os anjos. corpo, sustentado e unido por seus
Veja que absurdo: eles estavam ligamentos e juntas, efetua o cresci-
tentando convencer os cristãos mento dado por Deus (Cl 2:19). O
a adorarem anjos! Viviam em um que o apóstolo quer dizer é: tudo
mundo de fantasia no qual so- o que precisamos para agradar a
mente aquele tipo de experiência Deus e crescermos na caminhada
espiritual contava.2 A fé deles era cristã é Jesus. Mantenha Jesus por
baseada nestas supostas visões perto e você terá tudo o que preci-
que tinham: Dizem que tiveram sa! Ele é quem nos sustenta e efe-
uma visão e por isso sabem que tua o nosso crescimento.
vocês têm que fazer isso (Cl 2:18b 3. Vitória pela via do ascetis-
– BV). Paulo os chama de arrogan- mo? É possível vencer o pecado
tes, apesar de estarem fingindo hu- e crescer na santificação pela via
mildade! Somente Deus pode ser do ascetismo? Segundo os falsos
adorado (Mt 4:10), somente Cristo mestres da época de Paulo, sim.
é nosso mediador (1 Tm 2:5). Mas, para o apóstolo, este cami-
nho é uma ilusão. Em linhas ge-
rais, o ascetismo é a crença de que
2. Wright (2020:200). podemos crescer espiritualmente

simplesmente abstendo-nos de o corpo, mas pouco ajudam na luta
coisas, flagelando o nosso corpo e contra o pecado, pouco ajudam a
mortificando-nos fisicamente.3 refrear os desejos da carne (Cl 2:23).
O apóstolo exorta os cristãos a Aliás, a grande questão que Pau-
não se sujeitarem aos mandamen- lo levanta neste trecho é: Já que
tos e doutrinas de homens ensina- vocês morreram com Cristo (...),
dos pelos falsos mestres (Cl 2:20, por que é que vocês, então, como
22). Eles diziam: “Não toque nesta se ainda pertencessem a ele, se
coisa”, “não prove aquela”, “não submetem à regra (Cl 2:21). Literal-
pegue naquela” (Cl 2:21). Conforme mente, o verbo submeter significa
já mencionamos, por crerem que a “deixar que outros ditem o que vo-
matéria é má, estes falsos mestres cês precisam fazer”.5 Para o apósto-
ensinavam aos cristãos a absterem- lo, é um contrassenso alguém que
-se de tudo que dava prazer para a foi liberto por Jesus viver debaixo
matéria ou para o corpo, o que está da escravidão de regras, achando
em completa desarmonia com a Bí- que pode agradar a Deus por meio
blia (1 Tm 6:17; Ec 9:7-10). delas. Levemos isso a sério!
Perceba que o que Paulo está Pois bem, chegamos ao final
combatendo é a religião do “não”; desta primeira parte de nossa li-
a religião de aparências que se ção. Neste trecho, o apóstolo nos
“preocupa apenas com a forma, mostrou alguns caminhos equi-
e não com a essência; com o mé- vocados para se tentar agradar a
todo, e não com o conteúdo; com Deus e sermos vitoriosos em nossa
o exterior, e não com o interior”.4 luta diária contra o pecado. Na se-
Para Paulo, esses mandamentos só quência, teremos quatro questões
possuem aparência de sabedoria, para reforçar o aprendizado deste
falsa humildade e severidade com conteúdo, duas aplicações práticas
e um desafio missional.
3. Lopes (2008:152).
4. Lopes (2008:154). 5. Martin (1984:107).
01. Leia Cl 2:16-17 e, com base no item 1 do comentário anterior,

explique o que Paulo quis dizer quando disse que os cristãos não
podem ser julgados pelo comer, pelo beber ou por guardar certos
dias de festa.
02. Após ler Cl 2:18 e os primeiros parágrafos do item 2 do
comentário anterior, comente sobre o tipo de espiritualidade mística
defendida e vivida pelos falsos mestres de Colossos.
03. Leia Cl 2:19 e responda: segundo Paulo, o que realmente os

cristãos colossenses precisavam para seu crescimento na jornada
cristã? Leia o último parágrafo do item 2.
04. Após ler Cl 2:20-23 e o item 3 do comentário anterior, responda:

pela via do ascetismo é possível sermos vitoriosos na luta contra o
pecado? Justifique sua resposta.
II. A VIDA EM FOCO
1. Você foi unido a Cristo: não seja mais enganado na luta contra
o pecado!
Infelizmente, os “árbitros” da que eles; costumam medir os ou-
verdadeira espiritualidade men- tros a partir de si próprios. Mas,
cionados por Paulo em Colossen- a verdade apresentada por Paulo
ses 2:18 ainda persistem em nosso neste trecho de Colossenses é sim-
tempo. Eles são ávidos e apressa- plesmente fantástica e alentadora!
dos em desqualificar aqueles que Tais mestres não se agarraram fir-
não vivem as mesmas experiências memente em Cristo: e não retendo

a cabeça (Cl 2:19a). Quem “retém”, de que já são completos em Cristo
isto é, quem se agarra em Cristo, e não precisam de mais nada além
tem tudo o que precisa para crescer do que já têm?”.6 Você foi unido
na vida e na jornada cristã! Alguma a Cristo: não se deixe enganar! A
vez você já se sentiu pressionado verdadeira espiritualidade é desen-
a ter de viver determinado tipo de volvida quando o cristão se apega
experiência? Você consegue “sentir firmemente a Cristo.
o alívio que os colossenses devem
ter experimentado com a garantia 6. Wright (2020:201).
05. Ainda hoje é possível encontrar pessoas que usam suas

experiências espirituais para medir os outros? O que significa
“reter” o cabeça, que é Cristo? Cristo é suficiente para nos trazer
satisfação e crescimento na vida cristã?
2. Você foi liberto por Cristo: não seja mais escravizado na luta
contra o pecado!
Para fazer os cristãos colossenses também ressuscitaremos com ele
refletirem no quanto era equivocado para uma nova vida (Rm 6:5). Não
se deixar escravizar pelos manda- faz sentido, nesta nova vida, co-
mentos de homens, trazidos pelos locarmos nosso pescoço debaixo
falsos mestres, Paulo lembrou-os de do julgo de quem quer que seja,
sua libertação: Visto que morrestes novamente! Somos livres do pe-
com Cristo (Cl 2:20). Todo cristão é cado! Carregamos “numa mão a
alguém que morreu com Cristo. Por certidão de óbito da velha vida e
meio da experiência do batismo, na outra a certidão do novo nas-
inclusive, somos lembrados dessa cimento”.7 Não se deixe escravi-
verdade (Rm 6:3-4). zar novamente!
Se morremos com Cristo e tive-
mos nossos pecados perdoados, 7. Lopes (2008:153).
06. Mesmo libertos por Cristo é possível ainda encontrarmos cristãos

que vivem como se fossem escravos? O que a Bíblia nos diz sobre isso?
DESAFIO MISSIONAL
No trecho que estudamos nesta lição, o apóstolo Paulo mostra

à igreja de Colossos que não vencemos o pecado pela via do le-
galismo, do misticismo ou do ascetismo. Todos estes caminhos po-
dem parecer piedosos e bons, mas, precisamos mesmo é de Jesus.
Cristo é a realidade (Cl 2:17), Cristo é o cabeça (Cl 2:19), Cristo é o
nosso libertador (Cl 2:20).
Diante deste texto, seu desafio esta semana será o de refletir
sobre sua caminhada como cristão e discípulo de Jesus. Você lida
com o pecado e tenta combater os desejos da carne, confiando
mais em você ou mais em Jesus? Já foi ou conhece alguém que
gosta de agir como árbitro da verdadeira espiritualidade? Separe
um tempo de oração esta semana para conversar com Deus sobre
estes temas.
Domingo 01/08 2Co 6:14-7:16 2Rs 19 Na 1

Segunda-feira 02/08 2Co 8 2Rs 20-21 Na 2
Terça-feira 03/08 2Co 9 2Rs 22:1-23:34 Na 3
Quarta-feira 04/08 2Co 10 2Rs 23:35-24:20 Hc 1
Quinta-feira 05/08 2Co 11 2Rs 25 Hc 2
Sexta-feira 06/08 2Co 12 1Cr 1-2 Hc 3
Sábado 07/08 2Co 13 1Cr 3-4 Sf 1


QUE SOFREM NO
IRÃ
CRISTÃOS 800 mil
RELIGIÃO Islamismo, cristianismo, zoroastrismo e judaísmo
GOVERNO República teocrática
LÍDER Hassan Rohani


O governo iraniano vê a conversão de muçulmanos ao cristianismo
como uma tentativa dos países ocidentais de minar o domínio islâmico no
país. Os cristãos ex-muçulmanos são os mais perseguidos pelo governo,
família e comunidade. As igrejas secretas são frequentemente invadidas e
os líderes e membros presos. Todos recebem longas sentenças de prisão
por “crimes contra a segurança nacional”.
A perseguição permaneceu extrema no Irã com um pequeno aumento
nos incidentes de violência. A Covid-19 atingiu duramente o país, e mui-
14
L
D
S
tos cristãos precisaram desesperadamente de comida e ajuda. Medidas T
para combater o vírus também dificultaram a comunicação entre os cris- Q
Q
tãos, por isso aderiram à comunhão e ao discipulado on-line.
S
Muitos prisioneiros iranianos, incluindo alguns cristãos, foram liberta- S
dos da prisão para combater a propagação da Covid-19 nas penitenciá-
rias lotadas. No entanto, outros seguidores de Cristo permaneceram pre-
sos e condenados.
ORE
Pelos cristãos que atualmente estão presos por causa da fé. As condi-
Se
ções nas prisões do Irã são muito ruins e a pandemia só piorou a situação.
S

CNPJ 62.678.412/0001-32
Ag. 0099 | CC 281419-6
7 Busquem as
coisas do alto
OBJETIVO TEXTO-BASE
Mostrar que todo cristão
Já que fostes ressuscitados com Cristo, buscai
é alguém que ressuscitou
com Jesus e quais as coisas de cima, onde Cristo está assentado à
são as consequências direita de Deus. Pensai nas coisas de cima e não
dessa realidade.
nas que são da terra. (Cl 3:1-2 – AS21)

D 08/08 Cl 3:11-12
S 09/08 Cl 3:13 A Igreja de Roma conserva até os dias atuais
T 10/08 Cl 3:14
em seus cultos a seguinte expressão: “Corações
Q 11/08 Cl 3:15
Q 12/08 Cl 3:16
ao alto”, ao que a assembleia responde “O nosso
S 13/08 Cl 3:17 coração está em Deus”. Lutero e também Calvi-
S 14/08 Cl 3:18 no tinham grande apreço por esta petição.1 É uma
expressão bíblica, e que nos leva a pensar que o
nosso coração como representação das nossas
emoções deve ser levado cativo a Deus.
Em Cl 3:1-4, Paulo nos convida a elevar a nos-
sa mente a Deus. Ele nos impulsiona a pensar
PÔR DO SOL e buscar o que está no alto e não as coisas que
Sexta-feira, 13/08 – 17h50 pertencem apenas ao presente mundo. Uma vez
Sábado, 14/08 – 17h50
que a mente consegue fazer isso, nosso coração
(as emoções) e nossas vontades seguirão este ca-
minho. Por isso, analisaremos o quanto essa com-
preensão é relevante em nosso tempo.

1. SANTOS, L. F. dos. Elevemos o coração. Disponível em:

https://www.ultimato.com.br/conteudo/elevemos-o-coracao#-
coisas+do+alto. Acesso em: 14 abr. 21.

I. O TEXTO EM FOCO
Na porção bíblica que estamos para antiga maneira de viver (Cl

analisando nesta lição, Paulo nos 3:3a), mas é igualmente importan-
apresenta algumas verdades muito te a sua compreensão sobre a nova
importantes a serem consideradas. vida com Ele (Cl 3:3b).3
Diante do cenário que a igreja de Além da humilhação de Cristo
Colossos estava inserida e todos os em sua encarnação, morte e sepul-
ataques que os cristãos sofriam in- tamento, a exaltação do Senhor em
terna e externamente, eles precisa- sua ressurreição, ascensão e coroa-
vam ter algumas convicções muito ção, asseguram o perdão dos nos-
bem estabelecidas para não perde- sos pecados. E uma vez, rendidos ao
rem o foco da nova vida em Cristo. Salvador, somos identificados com
1. Uma nova possibilidade: Em Cl ele em sua humilhação no batismo,
3:1 o apóstolo Paulo inicia o capítulo mas também em sua exaltação, pois
apresentando uma verdade gloriosa: fomos ressuscitados para andar em
os cristãos ressuscitaram para uma novidade de vida (Rm 6:4), rumo à
nova vida com Cristo... (NVT). Todo glorificação do nosso corpo em seu
cristão é alguém que ganhou uma glorioso retorno (Cl 3:4).
nova vida em Cristo! Os colossenses Os cristãos colossenses, assim
deveriam apropriar-se dessa verda- como nós, tiveram sua história reescri
de, pois, como vimos anteriormente, ta com seus pecados apagados por
estavam sendo assediados por falsos causa da obra de Cristo. Foi isso que
mestres e corriam o risco de voltar às Paulo ensinou no capítulo anterior
antigas práticas, quando deveriam fir- (Cl 2:14-15). O desafio que possuíam
mar-se na nova vida com Cristo. diante de si agora era o de abando-
Essa afirmação já havia sido narem as antigas práticas e adotarem
apresentada por Paulo, no capítulo um modo de viver completamente
anterior: (...) com ele, foram ressus- novo. Quando somos ressuscitados
citados... e lhes deu vida juntamen- com Cristo, mudanças extraordinárias
te com Cristo (Cl 2:12-13). Dada a acontecem em nossa vida!
sua importância, ele a retoma aqui. 2. Uma constante busca: Pau-
É necessário que todo cristão se lo apresenta em Cl 3:1-2 algumas
identifique com Cristo em sua mor- mudanças decorrentes da nova
te através do batismo2 morrendo vida em Cristo, e utiliza-se de dois
2. Hendriksen (2007: 406). 3. Howard et al. (2006:330).

verbos para explicá-las. O primei- novo homem e a nova mulher, que
ro é “buscai” (gr. zeteite), com o agora estão em Cristo Jesus, que
sentido de “investigar”.4 O segun- enxergam tudo à luz e na projeção
do é “pensai” (gr. phroneo) e tem da eternidade. Eles já não vivem
a ideia de “fixar a mente sobre”. mais como se o mundo fosse tudo
Ambos estão no presente e indi- o que interessa, pois contemplam o
cam uma ação contínua e habitual. que é finito a partir do infinito.7
É como se ele estivesse afirman- 3. Um verdadeiro sentindo: Até
do: “que vosso hábito seja essa bus- aqui analisamos que a ressurreição
ca e essa fixação da mente pelas coi- com Cristo trouxe consigo uma nova
sas espirituais”.5 Como Hendriksen possibilidade de vida e uma cons-
afirma: “as coisas do alto são os va- tante busca para uma nova forma
lores espirituais cravados no coração de pensar e agir. Nossas buscas e
do Mediador exaltado em glória, de pensamentos foram elevados a um
onde, sem prejuízo a si mesmo, são grau mais alto, aos céus onde Cristo
concedidos aqueles que buscam hu- está assentado em autoridade com
mildemente e diligentemente” (Mt Deus Pai. Mas em Cl 3:3b, o apósto-
7:7; 1 Co 12:11; Ef 1:3).6 lo nos traz mais uma verdade. Veja:
A nova vida é marcada por valo- ...agora sua verdadeira vida está es-
res espirituais e embora os cristãos condida com Cristo em Deus.
tenham os pés sobre a terra eles A palavra que Paulo utiliza para
são conduzidos pelos céus. Contu- dizer que estamos “escondidos”,
do, Paulo não está orientando os vem do verbo grego apokrytein,
cristãos a viverem alienados e se- que faz um trocadilho muito inte-
parados de toda atividade terrena, ressante com a palavra que os fal-
como se tudo aqui fosse desneces- sos mestre utilizavam para deno-
sário. Pois, como podemos ver em minar seus livros de sabedoria (gr.
toda a carta, os princípios éticos apokrifoi), os quais ficavam ocul-
são demonstrados em nossos relatos, e só eram acessíveis a pessoas
cionamentos neste mundo. letradas. É como se Paulo dissesse:
O que o apóstolo está ensinan- “Para vocês os tesouros da sabe-
do é que devemos viver a nova vida doria estão escondidos em seus
(já que fomos ressuscitados) a partir livros secretos; para nós, Cristo é
de uma mudança de perspectiva. O o tesouro da sabedoria e nós esta-
mos escondidos nEle”.8
4. Martin (1984:111).
5. Champlin (1984:134). 7. Barclay (1983:69-70).
6. Hendriksen (2007: 406). 8. Barclay (1983:71).
Em Cl 3:4, Paulo reforça uma lho, no esporte e na música o sentido
ideia repetida algumas vezes em da vida. Mas Cristo é a vida dos cris-
suas cartas: que Cristo é a nossa tãos! Ele sim dá o verdadeiro sentido
vida. Aos Filipenses ele disse: para aos nossos pensamentos, sentimen-
mim o viver é Cristo (Fp 1:21). Aos tos e vontades, ele nos preenche e
Gálatas: Já não sou eu quem vive, nele nossa vida tem sentido.
mas Cristo vive em mim (Gl 2.20). As verdades apresentadas pelo
Em todos esses textos ele mostra apóstolo Paulo nesse trecho da car-
que a essência e a razão de ser da ta aos colossenses que compreen-
vida cristã é o próprio Cristo. de o capítulo três, do versículo um
Willian Barclay9 exemplifica essa ao quatro, nos permite perceber
ideia como alguém que diz: “a música que ressuscitar com Cristo promo-
é minha vida” ou “o esporte é minha ve em nós mudanças significativas,
vida” ou ainda “vivo para meu traba- recebemos nova vida, uma mudan-
lho”. A pessoas encontram no traba- ça de mentalidade acontece e des-
cobrimos o que dá sentido à vida,
9. Barclay (1983:71). Cristo Jesus.
01. Leia Cl 3:1; Rm 6:4; o item 1 e responda: O que devemos fazer

após nossa ressurreição com Cristo, simbolizada pelo batismo?
02. Leia Cl 3:1-2; o item 2 e responda: o que são as coisas do alto?
03. Leia Cl 3:1-2; Mt 7:7; 1 Co 12:11; Ef 1:3; o item 2 e responda:

O que significa buscar e pensar nas coisas no alto?
04. Leia Cl 3:4; Fp 1.21; Gl 2:20; o item 4 e responda: O que significa

dizer que Cristo é a nossa vida?

II. A VIDA EM FOCO
1. Ressuscitamos para uma nova vida: pense nas coisas do alto!

A ressurreição com Cristo traz santa (Ef 4:24).
ao mundo uma nova humanida- Com Cristo, a nossa vida faz um
de, como diz C. S. Lewis em seu giro de 180 graus. Mudamos nos-
livro Cristianismo Puro e Simples: sas perspectivas e nossa escala de
“Em Cristo, uma nova espécie de valores. O que é espiritual começou
ser humano surgiu, e a nova vida a fazer parte de nossa rotina e ago-
que começa com ele deve ser pos- ra práticas como jejuns, orações
ta dentro de nós”.10 Para que essa e leituras bíblicas são vivenciadas
nova vida aconteça, é necessário por nós. Entregamos a Deus o con-
nos revestir de uma nova natureza trole de nossas vidas, e passamos a
criada para ser verdadeira, justa e exercer a fé e a esperança no que
Ele deixou registrado para nós.
10. Lewis (2017:95).
05. Leia a primeira aplicação e responda: Quais atitudes nos ajudam

a fixar a nossa mente sobre as coisas eternas?
2. Morremos para antiga vida: abandonemos antigas práticas!

Paulo associa a nossa morte e res- morrer a nossa velha natureza e
surreição com Cristo ao batismo nas abandonemos antigas práticas.
águas. Ao sermos submersos, somos Na nova vida em Cristo, é pre-
sepultados com Cristo e ao sair das ciso mudar antigas práticas: não
águas ressuscitamos para uma nova há espaço para mentiras, fofocas,
vida. Contudo, este evento não é preconceitos, injustiças sociais ou
algo místico, nós não nos tornamos econômicas, competitividade noci-
pessoas completamente alheias ao va, vícios, entre outros pecados que
pecado. É necessário que façamos não condizem com a nova realidade
de quem foi ressuscitado com Cris- namente e nós também juntamente
to! Um dia, ele se manifestará ple- com ele (Cl 3:4)!
06. Fale sobre algumas práticas que não podem mais fazer parte da
nossa nova vida adquirida através de Cristo Jesus.
DESAFIO MISSIONAL
No presente estudo, verificamos que a ressurreição com Cristo

é evidenciada pela nova vida que ele nos proporciona. Recebemos
uma oportunidade de viver algo novo, e a vida que outrora foi per-
dida no Éden foi resgatada na cruz. Essa nova vida é marcada por
uma busca constante pelas coisas do alto e pensamentos fixos nos
céus, que muda a nossa relação com as coisas da terra.
Por isso, seu desafio nesta semana é revisar suas atitudes. Veri-
fique quais parâmetros você tem usado para defini-las: a Bíblia ou
influencers desta época. Olhe para si e veja se o que ocupa mais
seus pensamentos são as preocupações terrenas ou eternas. Co-
necte-se mais às coisas do alto através de disciplinas espirituais e
viva na terra lembrando que seu alvo sempre será o céu.
Domingo 08/08 Jo 1:1-18 1Cr 5-6 Sf 2

Segunda-feira 09/08 Jo 1:19-34 1Cr 7-8 Sf 3
Terça-feira 10/08 Jo 1:35-51 1Cr 9 Ag 1-2
Quarta-feira 11/08 Jo 2 1Cr 10-11 Zc 1
Quinta-feira 12/08 Jo 3:1-21 1Cr 12 Zc 2
Sexta-feira 13/08 Jo 3:22-36 1Cr 13-14 Zc 3
Sábado 14/08 Jo 4:1-26 1Cr 15:1-16:7 Zc 4


QUE SOFREM NA
NIGÉRIA
RELIGIÃO Islamismo e cristianismo
LÍDER Muhammadu Buhari


Nigéria subiu para o Top 10 na Lista Mundial da Perseguição, e a per-
seguição piorou em todas as áreas da vida. Mais cristãos são assassinados
por causa da fé na Nigéria do que em qualquer outro país. Ataques vio-
lentos do Boko Haram, pastores de cabra fulanis, ISWAP (grupo afiliado
ao Estado Islâmico) e outros extremistas islâmicos são comuns no Norte e
Cinturão Médio do território, e estão se tornando mais presentes ao sul.
Nesses ataques, cristãos são assassinados ou têm as propriedades e
meios de subsistência destruídos. Homens e meninos são particularmente
21
L
D
S
vulneráveis à morte. Mulheres e crianças ficam indefesas e são testemu- T
Q
nhas vivas do poder dos agressores, que raramente são levados à justiça.
Q
As cristãs são frequentemente raptadas e agredidas sexualmente pelos
S
grupos extremistas e, às vezes, forçadas a se casar com muçulmanos. S
ORE
Por graça e conforto do Senhor para os cristãos, pois muitos estão de-
sabrigados, perderam entes queridos e casas. Peça ao Senhor para estar
perto dos que foram sequestrados e peça que sejam libertados ou resga-
tados. Oremos pelos cristãos promessistas neste país, para que o Senhor
Se
os guarde. S

CNPJ 62.678.412/0001-32
Ag. 0099 | CC 281419-6

8
Um novo jeito
de andar
OBJETIVO TEXTO-BASE
Analisar as implicações
Vocês se despiram da antiga natureza e de
éticas da nova vida em
Cristo Jesus vistas em todas as suas práticas perversas. Revistam-se da
Colossenses 3:5-11 nova natureza e sejam renovados à medida que
e entender o desafio
proposto neste trecho. aprendem a conhecer seu Criador e se tornam
semelhantes a ele. (Cl 3:9b-10 – NVT)
LEITURA DIÁRIA
D 15/08 Cl 3:19
S 16/08 Cl 3:20 INTRODUÇÃO
T 17/08 Cl 3:21
Q 18/08 Cl 3:22 Na última lição, tratamos da realidade da nova
Q 19/08 Cl 3:23
vida que recebemos em Cristo: ...fostes ressus-
S 20/08 Cl 3:24
S 21/08 Cl 3:25
citados com Cristo (Cl 3:1). Nesta, o nosso foco
estará nos efeitos da nova vida em Cristo. É por
isso que Paulo começa este novo trecho com um
“portanto” (3:5). Em síntese, é como se Paulo
dissesse: já que vocês ressuscitaram, então, é
hora de viver como ressuscitados! O contraste
PÔR DO SOL entre o velho e o novo é sem dúvida, a maior
Sexta-feira, 20/08 – 17h52 marca de Colossenses 3:5-11.
Sábado, 21/08 – 17h53
Neste trecho, um novo jeito de andar segundo
Cristo é colocado em tela, assim como a renúncia
completa de hábitos e costumes contrários à von-
tade de Deus para nossa saúde interior e exterior.
Nesta lição, relembraremos os danos subversivos
da velha natureza, bem como, o único trajeto que
pode nos levar à transformação da vida. Então, va-
mos ao estudo!

I. O TEXTO EM FOCO
Unidos a Jesus em sua morte e A segunda figura se refere às

ressurreição, morremos para a prá- roupas novas: vocês se despiram
tica do pecado e nascemos para de sua antiga natureza e de to-
uma nova vida. No texto alvo des- das as suas práticas perversas.
se estudo (Cl 3:5-11), Paulo lista Revistam-se da nova natureza (Cl
as implicações éticas de estarmos 3:9b-10a - NVT). Na igreja primi-
ligados a Cristo, abandonando an- tiva era comum um candidato ao
tigas práticas. Incluídos a este pro- batismo retirar suas roupas anti-
cesso de transformação, precisa- gas para depois da imersão rece-
mos questionar diariamente nossa ber roupas novas e brancas, “essa
natureza e suas intenções. pode ser a imagem na mente de
1. Natureza transformada: Paulo aqui”.2
Paulo utiliza duas figuras importan- As antigas roupas são uma
tes para se referir à transformação referência aos antigos compor-
da natureza humana por meio do tamentos e as novas roupas os
evangelho. A primeira delas é a novos padrões de comportamen-
morte, uma figura dramática e ra- to que adquirimos em Cristo. Na
dical ilustra o rompimento com as parábola do filho perdido que
práticas deste mundo, daqueles voltou à casa do Pai, roupas no-
que encarnaram a vida de Cristo vas representam purificação, per-
através do novo nascimento: As- dão e um novo jeito de andar na
sim, façam morrer o que pertence à vida (Lc 15:11-24). Paulo mencio-
natureza terrena de vocês (Cl 3:5a). na alguns destes comportamen-
Em outras palavras, “devemos tos que precisam ser abandona-
andar com a certidão de óbito no dos neste trecho que está sendo
bolso”.1 Morremos com Cristo, por apresentado nesta lição. São al-
isso, temos força para andar em gumas roupas velhas que todo
novidade de vida e fazer morrer a cristão precisa se livrar!
nossa natureza terrena (Cl 3:3; Rm 2. Intenções transformadas:
6:4-8). Por conta da nova natureza, As implicações éticas do evan-
segundo Paulo, os cristãos devem gelho sobre a vida estão profun-
se considerar mortos para o peca- damente relacionadas às nossas
do, mas vivos para Deus, em Cristo intenções. Por isso, Paulo desafia
Jesus (Rm 6:11). os cristãos a eliminar suas “inclina-
1. Lopes (2008:164). 2. Wright (2020:204).

ções carnais” (Cl 3:5). Ele cita ao contra esses pecados! Estamos
menos cinco pecados graves a se- em Cristo!
rem eliminados, como sendo algo Aqui é importante lembrar: a
que fazia parte da velha vida: Em mudança das intenções na vida
primeiro lugar, Paulo começa com do salvo é fruto de dois importan-
a prostituição (3:5a). Trata-se da tes processos. Primeiro, a trans-
prática sexual desalinhada à visão formação da identidade. O que
divina. A palavra usada por Paulo somos em Cristo determina o que
envolve todo tipo de relação se- fazemos, não os desejos da carne.
xual extraconjugal. O segundo processo importante
Em segundo lugar, o apóstolo para mudar as nossas intenções
também fala da impureza (3:5b). é a transformação do propósito.
Trata-se da idealização impura Em Jesus, um ou mais propósi-
no coração a respeito do pra- tos morrem para dar lugar a ou-
zer; pode ser uma referência a tro grande propósito: conhecer o
uma vida libertina e à perversão Criador. Existimos para ter um re-
sexual. Em terceiro lugar, Paulo lacionamento de amor com Deus,
menciona a paixão lasciva (3:5c). toda ação deve convergir para
Temos uma referência, aqui, a um esse objetivo.
impulso descontrolado, que não 3. Relações transformadas:
descansa até ser satisfeito. É uma A experiência de conversão tam-
disposição constante e apaixona- bém afeta os relacionamentos.
da para depravação. Além dos aspectos negativos dos
Em quarto lugar, o texto traz o pecados ou vícios intencionais,
desejo maligno (3:5d). Trata-se, sete barreiras ligadas às relações
aqui, de um desejo intenso e per- precisam ser derrubadas. As pri-
vertido. Por isso, Paulo qualifica meiras estão vinculadas ao tem-
o desejo como “maligno”. São peramento, seguidas dos pecados
desejos perturbados. Por fim, em da língua (Cl 3:8-10). Em relação
quinto lugar, temos uma menção às questões ligadas ao tempera-
à avareza (3:5e), uma referência mento, o texto fala, primeiro, da
ao desejo devoto pelo dinheiro a ira: uma emoção violenta, tempe-
ponto de torná-lo “um deus”. O ramento explosivo que arde como
dinheiro tem uma capacidade su- fogo, é passageira, mas pode cau-
til de gerar devoção em nós, esse sar muitos danos.
aspecto revela sua face doentia. Segundo, ainda sobre o tem-
Veja que o texto diz: a avareza peramento, o texto fala da indig-
que é a idolatria. Precisamos lutar nação que, por sua vez, dura mais
tempo que a ira. É um tipo de ira Todas essas formas de fazer e
potencializada, que se recusa a falar procedem da mentira, ou-
passar, que se recusa a ser pacifi- tro pecado da língua combatido
cada. Por fim, em terceiro lugar, por Paulo (3:9). Suas consequên-
temos a maldade, que seria “um cias geram terríveis danos entre
desejo maligno contra uma pessoa as pessoas. Por fim, o trecho que
a ponto de entristecer-se quando estamos estudando termina mos-
ela é bem-sucedida e de alegrar-se trando aos cristãos que, o novo
quando ela passa por problemas”.3 jeito de andar em Cristo desa-
Paulo diz que estas eram práticas fia-nos a respeitar as diferenças
da antiga vida e que, em Cristo, étnicas, experiências religiosas
precisamos eliminá-las! passadas, diferenças sociais ou
Em relação às questões ligadas culturais: Nesta nova vida, Cristo
aos pecados da língua, vale ressal- é tudo o que importa, e ele vive
tar que, as palavras exercem papel em todos (Cl 3:11 – NVT). Nada
importante nas interações. Paulo mais nos diferencia uns dos outros
pede para os cristãos se livrarem da em igualdade e valor.
maledicência que destrói a harmo- Somente o encontro com Jesus
nia das relações; são palavras nega- pode redefinir as nossas convic-
tivas e difamatórias sobre alguém, ções e comportamento. Em Cris-
demonstra quanta coisa ruim so- to, vivemos processos que nos
mos capazes de fazer aos outros, levam à transformação da nature-
visando àquilo que achamos ser o za, das intenções e das relações.
nosso bem. Além disso, devemos Após refletir o assunto por meio
nos livra da linguagem obscena ou das questões, aprenderemos dois
imoral que destrói a capacidade de desafios práticos à luz do que es-
enxergar o sagrado no outro. tudamos! Antes disso, vamos a al-
gumas perguntas para relembrar-
3. Lopes (2008:168). mos o conteúdo.
01. Cite as duas figuras usadas por Paulo para ilustrar a

transformação da natureza em Colossenses 3:5, 9 e 10. Apoie-se no
item 1 do comentário.

02. Quais pecados relacionados à intenção precisam ser abandonados?
Leia Cl 3:5 e o item 2 do comentário.
03. Sobre a transformação das relações responda: Quais barreiras

ligadas ao temperamento precisam ser derrubadas à luz de
Colossenses 3:8-9?
04. Comente a frase: “Nada mais nos diferencia uns dos outros em
igualdade e valor”. Identifique quais desigualdades precisamos
rejeitar. Leia também Cl 3:11 e o item 3 do comentário.
II. A VIDA EM FOCO
1. Enquanto andamos com Jesus, vigiemos nossas intenções!

Antes de purificar os atos, faz-se pensamentos, pois a boca fala do
necessário purificar o coração (Sl que está cheio o coração (Mt 12:34).
51:10, Pv 4:23, Mc 7:21-23). Aquilo Não podemos transformar nos-
que a Bíblia chama frequentemente sos pensamentos e intenções, mas
de coração como centro das von- podemos nos revestir daquele que
tades humanas, também pode ser pode: Cristo (Cl 3:10a). As disci-
entendido como a consciência ou plinas espirituais pavimentam este
mente humana: precisamos vigiar caminho, nos ajudando a transitar
os nossos pensamentos, pois de lá da superfície atual para as profun-
procedem as nossas intenções. É dezas de Deus, vencendo dia após
muito importante considerar quais dia a natureza pecaminosa. Que
conteúdos preenchem os nossos tal vigiar suas intenções através da
disciplina espiritual da meditação meditar nas palavras de Deus, elas
bíblica? Comece hoje mesmo a são a sua vida (Dt 32:47).
05. Você se considera vigilante quanto aos seus pensamentos

e intenções? Compartilhe sua experiência com uma das
disciplinas espirituais.
2. Enquanto andamos com Jesus, cuidemos dos nossos relacionamentos!

Divisão entre as pessoas é de- Deus nos chama hoje para cuidar
testável para Deus (Pv 6:16,19). melhor dos nossos relacionamen-
Geralmente, ela é consequência tos através de atitudes, palavras ou
das explosões de temperamento emoções que abençoem as pessoas
ou da palavra mal falada. Por isso, que estão próximas a nós. Pessoas
o imperativo bíblico é contunden- precisam de modelo, enquanto an-
te: Abandonem todas essas coisas damos com Jesus aprendemos com
(Cl 3:8). Quem pensa apenas em ele e nos tornamos referência de
si mesmo, não mede esforços em paz, verdade e bom senso no falar.
uma discussão para ter razão, e Aceite o convite de Cristo: Apren-
não se importa com as consequên- dam de mim, pois sou manso e hu-
cias daquilo que fala ou faz. milde de coração (Mt 11:29).
06. Você concorda que emoções saudáveis podem cuidar dos nossos
relacionamentos? Exemplifique.

DESAFIO MISSIONAL
O trecho de Colossenses que acabamos de estudar apresentou-

-nos algumas transformações práticas que a conversão deve causar
em nós. Vários hábitos do passado da vida dos cristãos foram men-
cionados com o solene desafio de eliminá-los de nossas vidas! Esta
não é uma tarefa que se pode fazer do dia para a noite. Contudo,
com a ajuda de Cristo que nos deu novas roupas, podemos ter
sucesso nesta missão!
Seu desafio para esta semana será dar uma olhada nesta lista de
pecados que Paulo apresentou. Foi um trecho em que o apóstolo
focou em roupas velhas (antigos comportamentos). Como está sua
vida em relação a cada um destes pecados? Existe algo do que
foi tratado que você ainda precisa eliminar? Se sim, sem demoras,
peça perdão para Deus e também a ajuda dele para conseguir viver
o novo jeito de andar em Cristo!
Domingo 15/08 Jo 4:27-42 1Cr 16:8-43 Zc 5

Segunda-feira 16/08 Jo 4:43-54 1Cr 17 Zc 6
Terça-feira 17/08 Jo 5:1-18 1Cr 18-19 Zc 7
Quarta-feira 18/08 Jo 5:19-47 1Cr 20-21 Zc 8
Quinta-feira 19/08 Jo 6:1-24 1Cr 22-23 Zc 9
Sexta-feira 20/08 Jo 6:25-59 1Cr 24 Zc 10
Sábado 21/08 Jo 6:60-71 1Cr 25-26 Zc 11

QUE SOFREM NA
ÍNDIA
POPULAÇÃO 1,3 bilhão
Hinduísmo, islamismo, cristianismo e

RELIGIÃO
religiões étnicas
LÍDER Ram Nath Kovind

guição com os 50 países onde seguir a Cristo pode custar a vida. Abaixo, o
país que está no 10º lugar no ranking de perseguição de 2021. Como um só
corpo, em Cristo, vamos nos unir em oração em favor destes cristãos. Estas
transcrições estão sendo feitas com a autorização da Missão Portas Abertas.*
Extremistas hindus acreditam que todos os indianos devem seguir a
fé hinduísta e que o país não deve ter cristãos e muçulmanos. Eles usam
muita violência para atingir esse objetivo, principalmente contra cristãos
de origem hindu, pois são acusados de seguir uma “fé estrangeira” e
culpados pela “má sorte” que atinge as comunidades.
É comum que esses cristãos sejam agredidos e às vezes mortos, além
de estarem sob constante pressão da família e comunidade para retornar

ao hinduísmo. Se não se “reconverterem”, podem ser boicotados pela
comunidade. Muitos deles estão isolados e não conhecem nenhum outro
cristão.
A perseguição na Índia aumentou muito nos últimos cinco anos. A pan-
demia da Covid-19 ofereceu uma nova arma aos perseguidores. Cristãos
foram excluídos da ajuda emergencial do governo e ficaram desespera-
dos por comida, pois além de perderem as fontes de renda, muitos são
dalits e, portanto, muito pobres.
ORE
Por proteção para nossos irmãos e irmãs, sobretudo pelos novos con-
vertidos, e pelos que vivem em áreas rurais e estão particularmente iso-
lados. Oremos pelos cristãos promessistas neste país, para que o Senhor
os guarde.

CNPJ 62.678.412/0001-32
Ag. 0099 | CC 281419-6
9 A vida
comunitária
OBJETIVO TEXTO-BASE
Com base em Colossenses Acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é
3:12-17, entender as
implicações comunitárias o vínculo da perfeição. (Cl 3:14)
da nova vida que
recebemos em Cristo Jesus
e seu principal referencial.
INTRODUÇÃO
Quando se quer o envolvimento em um time de

LEITURA DIÁRIA
futebol, em um grupo de trabalho da escola, em um
D 22/08 Cl 4:1-2
projeto social, em uma equipe de trabalho, se diz
S 23/08 Cl 4:3-4
T 24/08 Cl 4:5 que quem se envolve deve “vestir a camisa”. Na
Q 25/08 Cl 4:6 igreja, não pode ser diferente. Até porque, viver a
Q 26/08 Cl 4:7 vida comunitária exige cooperar com os demais cris-
S 27/08 Cl 4:8
tãos para um desenvolvimento progressivo da fé.
S 28/08 Cl 4:9
Para “vestir a camisa”, na igreja, é necessário
que os discípulos de Cristo vivam a nova vida para a
qual foram chamados. Além da dimensão pessoal,
o trecho de Colossenses 3:12-17, ensina que, a pes-
soa que foi salva, viverá essa a vida também na di-
PÔR DO SOL mensão comunitária. Este trecho apresenta-nos as
Sexta-feira, 27/08 – 17h55 implicações comunitárias de estarmos unidos em
Sábado, 28/08 – 17h55
Cristo. É desse assunto que a lição de hoje tratará.
I. O TEXTO EM FOCO
Uma das dimensões mais importantes da espiri-

Escaneie o código abaixo tualidade cristã é a vida comunitária. Mesmo que
ela seja um desafio, não existe cristianismo sem a
comunhão dos santos. Muitas pessoas até tentam
justificar sua evasão da vida comunitária dizendo
que eles são a “igreja”. Mas, a bem da verdade,

o termo “igreja” carrega em si, um misericórdia, de bondade, de hu-
sentido de coletividade, ajunta- mildade, de mansidão, de longa-
mento e comunidade. Como vere- nimidade (Cl 3:12b). Vindas de um
mos hoje, a prática da comunhão é coração transformado, a misericór-
parte da nova vida em Cristo. dia e a solidariedade são marcas
1. As implicações para a vida dessa comunidade.
comunitária da igreja: Os cristãos, O tipo de relacionamento que os
que passaram da velha vida peca- cristãos devem viver tem por base
minosa para uma nova vida de san- os mandamentos da mutualidade,
tidade em Cristo, são moldados por exemplificados aqui, como tolerância
novos valores (Cl 3:1-4). Diferente constante, sem abrir mão da santifica-
dos que não conhecem a Deus, ção (“Suportai-vos uns aos outros”). E
são identificados em uma nova co- também, o necessário “perdoai-vos
munidade, a igreja, que dentro de mutuamente”, afinal, é possível que
uma velha sociedade, tem o dever desentendimentos ocorram, porém,
de iluminá-la com o evangelho do o caminho não é o abandono da co-
Salvador (Mt 5:14-16; 1Pe 2:9-10). munhão, mas imitar a Deus: ...assim
Em Colossenses 3:12, os discí- como o Senhor vos perdoou, ...tam-
pulos e discípulas, são chamados bém perdoai vós (Cl 3:13b).
de eleitos (conhecidos na eternida- Em síntese, Paulo diz que a igre-
de por acreditarem no Filho - 1 Pe ja é o local do exercício do amor:
1:2), santos (separados do pecado acima de tudo isto, porém, esteja
e prontos para viverem a nova vida o amor, que é o vínculo da perfei-
- 1 Co 1:2) e amados (por adoção, ção (Cl 3:14). A motivação de cada
são filhos de Deus - 1 Jo 3:1). Elei- cristão, em servir a Deus e ao próxi-
tos, santos e amados descreve a mo, tem no amor de Deus a maior
identidade e a posição que, pela inspiração. O exemplo dado por
graça, a igreja recebeu de Deus, Deus, que deu seu Filho por amor
diante do arrependimento dos pe- (Jo 3:16), é o que motiva cada
cados e da fé em Jesus. crente à vida comunitária. O “amor
Por isso, a igreja é o lugar em dá uma coesão às qualidades cris-
que a lei de Deus é obedecida. O tãs da vida e as unifica”.1
trecho em estudo começa com a Faz parte da vida cristã a vivência
expressão “revistam-se” (Cl 3:12). comunitária e não a vida solitária.
Se, por um lado, a santidade sig- No discipulado, embora a salvação
nifica despir-se do pecado (Cl
3:9), por outro lado, ela é um re-
vestimento de: ...ternos afetos de 1. Martin (124).
seja pessoal, ela não é individualista. Chega-se à conclusão que a paz
Quem é salvo em Cristo Jesus deve do Senhor deve governar as de-
ter um relacionamento com seus ir- cisões dos cristãos. Isso ajuda na
mãos. Por isso, a igreja deve ser o convivência entre os santos. A paz
lugar de viver intenções verdadeiras, desfrutada pelos discípulos vem de
solidariedade, amor prático. Quem Deus, pois foi possibilitada na cruz e
vive assim, estará colocando Cristo uniu judeus e gentios, gente de toda
no centro, como veremos a seguir. parte da terra. Esta é a igreja, o povo
2. O referencial para a vida co- da cruz, o povo da paz (Cl 1:20)!
munitária da igreja: Cristo deve A segunda característica é a pala-
ser o centro de sua igreja. Parece vra de Cristo na prática comunitária:
óbvio, mas há igrejas que o colo- A palavra de Cristo habite em vós
caram para fora de suas ativida- abundantemente... (Cl 3:16a). A paz,
des e de sua vida diária (Ap 3:20). deve ser transbordante e norteado-
Há igrejas que se esqueceram de ra na igreja. A Bíblia é a bússola da
fé e o mapa de orientação que, pelo
Jesus, que não seguem sua lei.
Espírito Santo, guia a igreja. Paulo
Por isso é válida a obediência ao
exemplifica, em Cl 3:16b, algumas
mandamento: Lembra-te de Jesus
áreas em que os cristãos devem uti-
Cristo, que é da descendência de
lizar a Palavra do Senhor.
Davi, ressuscitou dos mortos... (2
Na área do ensino e aconselha-
Tm 2:8). Diante disso, Colossenses
mento. A Bíblia deve orientar: ...em
3:15-17, dá algumas características
toda a sabedoria, ensinando-vos e
para a igreja local ser uma comuni-
admoestando-vos uns aos outros.
dade cristocêntrica.
Outras áreas são a musical e litúrgi-
A primeira característica é a paz
ca: com salmos, hinos e cânticos es-
de Cristo nos corações: E a paz de
pirituais; cantando ao Senhor com
Deus, para a qual também fostes graça em vosso coração (Cl 3:16b).
chamados em um corpo, domine Além destas, há outros espaços de
em vossos corações... (Cl 3:15a). ensino da Palavra: como a escola
Nas traduções antigas, a palavra bíblica, os pequenos grupos e as
“domine” era traduzida como “ár- séries de mensagens, por exemplo.
bitro”, que no “(...) [grego é] bra- A terceira e última característica
beuein, significa ‘arbitrar’, ‘dar um de uma igreja cristocêntrica, é a gra-
veredito’ ou num processo jurídico tidão a Cristo como estilo de vida: E,
ou numa competição atlética (...)”2. quanto fizerdes por palavras ou por
obras, fazei tudo em nome do Se-
2. Martin (124-125). nhor Jesus, dando por ele graças a

Deus Pai. (Cl 3:17). Agir em nome do de Deus, aos que creem no Salva-
Senhor, envolve viver a vida comu- dor. Ela é determinante para uma
nitária imitando Jesus em tudo, ser nova vida, cujos valores têm por
grato por todas as bênçãos conce- base a comunhão com os santos e
didas pelo Pai, como, pela nova vida sua prática centralizada em Jesus.
em Cristo e a comunhão da igreja. Agora, de acordo com o assunto
Vimos no estudo de hoje que a aprendido nesta lição, reflita nas
salvação é concedida pela graça próximas questões e aplicações.
01. Como podemos entender as expressões eleitos, santos e amados

de Cl 3:12a? Utilize o início do comentário 1.
02. Para viver em comunhão, qual a maior inspiração dos cristãos?

Leia Cl 3:14 e o item 1.
03. Fale sobre a expressão “e a paz de Deus, domine vossos

corações...” encontrada em Cl 3:15 e no item 2.
04.Quais áreas Paulo pede que os cristãos apliquem a Palavra de

Deus, de acordo com Cl 3:16 e o item 2?
II. A VIDA EM FOCO
1. A vida na comunidade cristã exige engajamento mútuo!

É dever de cada cristão tornar Diante disso, deixe de terceirizar
o ambiente da igreja um lugar sua parcela de colaboração para que
de acolhimento, solidariedade, a igreja local que você participa seja
afetividade, companheirismo, to- um lugar de paz e graça, de relacio-
lerância, fortalecimento, apoio, namentos profundos e do exercício
aconselhamento, perdão e etc. da paciência e perdão. Assuma sua
São várias as ações que devem responsabilidade em receber bem
ser praticadas para que os demais as pessoas, em ajudar no que for
cristãos, e aqueles que estão co- preciso. Esqueça mais dos seus pró-
nhecendo a família de Deus, se prios interesses e busque viver para
sintam bem e envolvidos. ajudar seus irmãos e irmãs (Fp 2:4).
05. Confronte-se: você tem cooperado ou atrapalhado a comunhão

na sua igreja local?
2. A vida na comunidade cristã possui referencial certo!

Jesus é o modelo de comunhão Diante da vitória do Cristo encar-
para a igreja. Os evangelhos mos- nado, de seu modelo de comunhão
tram que ele foi modelo de comu- com Deus e com as pessoas, foque
nhão com Deus. Por meio da ora- suas ações em Jesus. Faça tudo de
ção e da obediência, ele mantinha- acordo com a vontade dele. Conhe-
-se firme para sempre fazer a von- ça mais de sua palavra e ande mais
tade de seu Pai, mesmo em meio em seus passos. Deixe sua “razão”
às provas mais duras (Mt 4:1-11). em todas as situações de lado, seu
Além disso, sempre se relacionou “gênio” forte, sua sinceridade carnal
de forma harmoniosa e misericor- e busque imitar o Senhor. Busque
diosa com todas as pessoas. Nunca agir como Jesus e que a paz dele
se isolou; era acessível. seja árbitro em nossos corações!

06. Pensando no comportamento de Jesus, durante seu ministério
terreno, em que áreas de sua vida você precisa centralizar o Salvador?
DESAFIO MISSIONAL
A lição de hoje, estudada em Colossenses 3:12-17, mostrou que,

para quem foi transformado por Jesus, não há outra alternativa,
que não seja o de “vestir a camisa” da comunhão dos santos. Ser
cristão envolve uma dimensão comunitária e deve ser motivo de
reflexão de cada um, o quanto tem cooperado para que a igreja
seja um ambiente onde seja prazeroso conviver.
Seu desafio nesta semana é orar e dizer para alguém afastado da
vida comunitária o que coopera para Deus e para a igreja. Procure
também refletir sobre Jesus ser o centro da sua vida. Pense se você
tem honrado o Senhor com suas palavras e com suas práticas. Seja
diferente e faça a diferença na igreja e onde você vive.
Domingo 22/08 Jo 7:1-24 1Cr 27-28 Zc 12

Segunda-feira 23/08 Jo 7:25-52 1Cr 29 Zc 13
Terça-feira 24/08 Jo 8:1-20 2Cr 1:1-2:16 Zc 14
Quarta-feira 25/08 Jo 8:21-47 2Cr 2:17-5:1 Ml 1:1-2:9
Quinta-feira 26/08 Jo 8:48-59 2Cr 5:2-14 Ml 2:10-16
Sexta-feira 27/08 Jo 9:1-23 2Cr 6 Ml 2:17-3:18
Sábado 28/08 Jo 9:24-41 2Cr 7 Ml 4

QUE SOFREM NO
IRAQUE
CRISTÃOS 175 mil
RELIGIÃO Islamismo, cristianismo e outras
LÍDER Barham Salih


Portas Abertas.*
Após anos de violência, uma paz incerta chegou ao Iraque. Mas em
2020, muitos protestos violentos aconteceram e a instabilidade voltou ao
país; nesses momentos a perseguição aos cristãos é contínua.
A perseguição enfrentada na vida pública e privada não mudou muito,
mas o nível de violência enfrentada pelos cristãos aumentou drasticamen-
te – o que é em grande parte a razão do Iraque ter subido do 15º para o
11º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2021. Além disso, os relatos de

igrejas sendo fechadas após os ataques da Turquia no Norte do Iraque e
um ligeiro aumento no número de cristãos sequestrados também contri-
buíram para que o país subisse no ranking.
Cristãos de origem muçulmana são os mais vulneráveis a ataques e
outras formas de perseguição no Iraque. Eles frequentemente mantêm a
fé em segredo por causa da pressão e ameaças de parentes, líderes de
grupos étnicos e da sociedade em geral.
ORE
Pelas igrejas do país e, principalmente, pelos pastores e líderes que
decidiram permanecer no Iraque.

CNPJ 62.678.412/0001-32
Ag. 0099 | CC 281419-6
04 DE SETEMBRO DE 2021 Hinos – Inicial: HBJ 354 • Final: HBJ 491
10 O lar onde
Cristo está
OBJETIVO TEXTO-BASE
Apresentar como a
Esposas, sejam submissas ao próprio marido,
nova vida em Jesus se
manifesta no lar cristão, como convém no Senhor. Maridos, amai vossa
encorajando-o a amar e esposa e não a trateis com amargura. Filhos, em
respeitar sua família no
temor do Senhor. tudo obedecei a vossos pais; pois fazê-lo é grato
diante do Senhor. Pais, não irriteis vossos filhos,
para que não fiquem desanimados. (Cl 3:18-21)
LEITURA DIÁRIA
D 29/08 Cl 4:10-11
S 30/08 Cl 4:12-13
T 31/08 Cl 4:14 INTRODUÇÃO
Q 01/09 Cl 4:15
Q 02/09 Cl 4:16 No segundo semestre de 2020, o Brasil regis-
S 03/09 Cl 4:17
trou o maior número de divórcios de sua história.
S 04/09 Cl 4:18
Segundo dados do Colégio Notarial do Brasil, o
aumento foi de 15% em relação ao mesmo pe-
ríodo de 2019. Os números parecem sugerir que,
em muitos lares brasileiros, os problemas de rela-
cionamento se tornaram mais evidentes à medida
PÔR DO SOL que as pessoas começaram a ficar mais tempo em
Sexta-feira, 03/09 – 17h57 casa devido ao isolamento social.
Sábado, 04/09 – 17h58
Durante a pandemia, muitas pessoas ficaram
em casa, mas talvez não tenham contado com a
presença de Jesus no lar. À luz desse lamentável
cenário, o presente estudo oferece uma mensa-
gem de esperança para todas as famílias. Dessa
forma, examinaremos hoje, a passagem de Colos-
senses 3:18-21 e aprenderemos como deve ser um
lar onde Cristo está.

I. O TEXTO EM FOCO
Neste pequeno trecho da carta, À luz disso, podemos dizer que as

Paulo não pretende abordar todos esposas cumprirão bem seu dever de
os aspectos da vida familiar, mas submissão dispondo-se a cooperar
oferecer aos crentes, orientações com seus maridos na responsabili-
básicas para a convivência no lar. O dade de conduzir o lar no temor do
ensino apostólico vem carregado Senhor. Mulheres cristãs sábias sabe-
de um profundo senso de interde- rão exercer bem seu papel no lar com
pendência e reciprocidade. O rela- modéstia e prudência (Tt 2:3-4). Con-
cionamento entre os membros da tribuirão para que haja edificação e
família é sustentando pelo amor e salvação em suas famílias (1 Pe 1:3-5).
respeito mútuos no Senhor. Os maridos, por sua vez, devem
1. Esposas e maridos: Às espo- amar suas esposas e tratá-las com
sas é requerida submissão a seus ternura (Cl 3:19). A palavra traduzida
maridos (Cl 3:18; Ef 5:22-24). Muito por amor é agape, e denota a afei-
se tem debatido sobre as implica- ção em sua forma mais sublime. Es-
ções dessa ordenança divina. Toda- crevendo aos Efésios, Paulo dimen-
via, a submissão não é uma disposi- siona esse amor em dois níveis de
ção estranha aos cristãos. Jesus foi referência: os maridos devem amar
submisso a seus pais (Lc 2:51). Os como amam a si mesmos e como
crentes estão sujeitos uns aos outros Cristo amou a igreja (Ef 5:25,28).
(Ef 5:21), às autoridades (1 Pe 2:3), e Amando suas esposas como a si
principalmente a Deus (Tg 4:7). mesmos, os maridos devem tratar
A palavra grega utilizada nestas suas mulheres com gentileza. O tra-
passagens é hupotasso, um termo to rude e grosseiro com seu cônju-
militar que significa “organizar sob o ge não convém aos santos homens
comando de um líder”. Em uso não de Deus. Semelhantemente, aman-
militar, era “uma atitude voluntária do suas esposas como Cristo amou
de ceder, cooperar, assumir respon- a igreja, os maridos devem se doar
sabilidade e levar uma carga”.1 Por- por elas. Os esposos têm o dever
tanto, o conceito bíblico de submis- de proteger e honrar suas esposas
são não é uma declaração de inferio- como um vaso mais frágil (1 Pe 3:7).
ridade. Trata-se do exercício de um Talvez a instrução paulina pareça
aspecto fundamental da vida cristã. bastante óbvia à nossa época. Mas
não foi assim aos leitores do primeiro
século. Embora fosse assumido que
1. O Doutrinal (2012:245). os maridos deveriam amar suas es-
posas, os códigos antigos de família norteador, a motivação para a obe-
nunca listaram o amor como sendo diência é agradar ao Senhor. Jesus
tarefa do marido. Tais códigos diziam agradou ao Pai sendo obediente (Jo
aos maridos apenas para fazerem 6:38; 14:31; Fp 2:8). De igual forma,
suas esposas se submeterem.2 Desse filhos obedientes aos pais agradam
modo, esse ensino cristão estava re- a Deus, pois assim estão expressan-
definindo padrões culturais da época. do o caráter do seu filho Jesus.
2. Pais e filhos: Ao terem filhos, O filho que não aprende a obe-
marido e esposa participam da ativi- decer aos pais dificilmente se sujei-
dade criadora de Deus. No entanto, tará a qualquer autoridade quando
em um mundo caído e globalizado, adulto. Afrontará os professores, a
pais piedosos e educadores cristãos polícia, os patrões e qualquer pes-
são desafiados a conduzir a mente e soa que tente exercer autoridade so-
o coração de jovens e crianças cati- bre ele. O colapso da autoridade em
vas a Cristo. Portanto, continuemos nossa sociedade reflete o colapso
examinando as recomendações bí- da autoridade no lar.3 Sendo assim,
blicas que manifestam vida em um como os pais podem preservar sua
lar onde Jesus está. autoridade na criação dos filhos?
Paulo prossegue: Filhos, em tudo Os pais são advertidos a não irri-
obedecei a vossos pais, pois isso tarem seus filhos (Cl 3:21). O apósto-
agrada ao Senhor (Cl 3:20). Este ver- lo não explica que tipo de atitudes
sículo destaca dois aspectos nortea- podem provocar ira nos filhos. Talvez
dores dessa relação familiar: a medi- fosse desnecessário dizer. Entretan-
da e a motivação para a obediência. to, nos dá a razão para não fazê-lo:
Em que medida os filhos devem para que não fiquem desanimados.
obedecer aos pais? Em tudo! Nem Ao invés de irritá-los, em Efésios 6:4,
sempre atender às ordens de nos- Paulo orienta os pais a usarem de
sos pais será conveniente ou agra- disciplina, recomendações e conse-
dável. Mas como disse o apóstolo, é lhos na criação de seus filhos.
o certo a fazer! (Pv 1:8; Ef 6:1-2). Pai e mãe são responsáveis por
Naturalmente, essa obediência é criarem um ambiente encorajador
balizada pela autoridade do Senhor. no lar. Devem dedicar tempo para
É preferível ao cristão obedecer an- ouvir pacientemente seus filhos,
tes a Deus do que aos homens (At instruí-los na verdade e corrigi-los
5:29). Isso nos leva ao outro aspecto com coração cheio de amor. Essa
2. Keener (2004:572). 3. Wiersbe (2006:187).

tarefa pode ser compartilhada com da mesma graça redentora. Dessa
a igreja de Deus, mas a responsabi- forma, devem se amar, sujeitar e
lidade dos pais é intransferível (Pv respeitar uns aos outros no Senhor.
3:12; Mc 10:13-14; 1 Ts 2:11-12). Após o primeiro bloco de pergun-
Vimos até aqui, que no lar, Cristo tas, vamos refletir sobre alguns as-
é tudo em todos (Cl 3:11). Marido e pectos práticos para a vida cristã
mulher, pais e filhos, compartilham em família.
01. Leia Cl 3:18; Tt 2:3,4; 1 Pe 1:3-5 e responda: Submissão é o

mesmo que inferioridade? Como as esposas podem cumprir seu
papel no lar? Baseie-se no item 1.
02. Como os maridos devem tratar as esposas? Fale sobre os

dois níveis de referência do amor do marido por sua mulher,
apresentadas no item 1. Leia Cl 3:19; Ef 5:25,28; 1 Pe 3:7
03. Com Cl 3:20 e base no item 2, responda: O que se espera

dos filhos na vida em família? Qual é o nosso maior exemplo de
obediência? Leia também Pv 1:8; Ef 6:12; Jo 6:38; Fp 2:8
04. Fale sobre o dever dos pais na educação dos filhos. Baseie-se no
item 2 do comentário e em Cl 3:21; Ef 6:4; Pv 3:12
II. A VIDA EM FOCO
1. Ame sua família como ama o Senhor!

O amor conjugal é tão sublime Edwin Cole escreveu: “O maior
para o Senhor ao ponto de ter bem que um pai pode fazer a um
sido comparado ao amor de Cris- filho é amar a mãe dele”.5 De fato,
to por sua Igreja (Ef 5:25). A Igreja um lar onde o amor entre marido
se submete a Cristo por amá-lo e mulher é celebrado, transbor-
e Cristo se entregou à igreja por da em felicidade e segurança na
amá-la. Esse amor e submissão vida dos filhos. Portanto, ame seu
mútuos criam um ambiente de lar com o amor de Deus. Expres-
crescimento no lar que permite se isso servindo-os com alegria.
tanto ao marido quanto à esposa Importe-se com os interesses de-
se tornarem tudo o que Deus deles. Compartilhe graça com quem
seja que venham a ser.4 você ama!
4. Wierbe (2006:185) 5. Cole (1994:117)
05. Pensando no amor de Cristo pela igreja, ofereça à classe,

sugestões práticas de como alguém pode expressar amor em seu lar.
2. Respeite sua família para agradar ao Senhor!

O lar deveria ser o lugar mais Por conseguinte, os membros
agradável do mundo! Infelizmente, da família devem se empenhar em
nem sempre isso é assim. Quando nutrir sincero respeito uns pelos ou-
os interesses pessoais prevalecem tros. Insultos e zombarias podem
em detrimento dos demais, os ciú- causar sérios danos à paz no lar. Ao
mes, as provocações e disputas contrário disso, use palavras gentis
tornam o lar um lugar pouco dese- para falar às pessoas de sua casa.
jável (Pv 15:1), pessoas irritadas e Filhos, sejam respeitosos ao falar
ofendidas tendem a se afastar ao com seus pais; e pais, valorizem as
ponto de não poderem mais con- opiniões de seus filhos. Lembrem-se
viver juntas. que em seu lar, Cristo também está.

06. Em sua experiência, o que se deve evitar para que o lar continue
sendo um lugar feliz e agradável? Quais são as consequências se
nada for feito?
DESAFIO MISSIONAL
A experiência de fé com Jesus Cristo não muda somente as pes-

soas, mas também o lugar onde vivem. A partir de hoje, comece
a investigar quais aspectos de seu comportamento em família não
combinam com sua fé em Jesus. Ore e decida criar novos hábitos
que trarão paz, conforto e alegria para o seu lar. Talvez deva come-
çar indo mais cedo para a cama, ajudando em alguma tarefa domés-
tica ou quem sabe passando menos tempo isolado em seu quarto.
Você pode também propor à sua família que separem um tem-
po semanal para o culto doméstico. Além disso, quando possível,
convide amigos cristãos e não cristãos para uma refeição em seu
lar. Lembre-se de que Jesus sempre gostou de frequentar a casa de
seus amigos (Lc 7:36; 19:15; Jo 12:2). Portanto, em seu lar é o lugar
onde ele sempre vai querer estar.
Domingo 29/08 Jo 10:1-21 2Cr 8 Sl 73

Segunda-feira 30/08 Jo 10:22-42 2Cr 9 Sl 74
Terça-feira 31/08 Jo 11:1-27 2Cr 10-11 Sl 75
Quarta-feira 01/09 Jo 11:28-57 2Cr 12-13 Sl 76
Quinta-feira 02/09 Jo 12:1-26 2Cr 14-15 Sl 77
Sexta-feira 03/09 Jo 12:27-50 2Cr 16-17 Sl 78:1-20
Sábado 04/09 Jo 13:1-20 2Cr 18 Sl 78:21-37

QUE SOFREM NA
SÍRIA
CRISTÃOS 677 mil
RELIGIÃO
druso, judaísmo
LÍDER Bashar al-Assad


Portas Abertas.*
A contínua guerra civil na Síria tornou o país um terreno fértil para a
perseguição aos cristãos. A agitação, que estava começando a diminuir,
foi exacerbada pela crise econômica causada pela Covid-19. Muitos cris-
tãos ainda estão deslocados internamente ou são refugiados em outros
países como resultado de uma década de guerra e do crescente extre-
mismo islâmico. No Norte da Síria, a invasão das forças turcas no final

de 2019 causou maior instabilidade e parece ter sido usada por alguns
extremistas islâmicos como disfarce para atacar os cristãos.
Em áreas controladas por grupos extremistas islâmicos, as expressões
públicas do cristianismo são proibidas e a maioria das igrejas foi fechada
ou destruída. Em áreas controladas pelo governo essa ameaça é menor
– mas ainda há sequestros de jovens cristãos por dissidentes islâmicos,
incluindo militantes do Estado Islâmico ainda ativos.
ORE
Para que os cristãos sírios possam voltar para as casas, famílias, comu-
nidades e trabalhos, e pela restauração contínua de Deus para aqueles
que já retornaram.

CNPJ 62.678.412/0001-32
Ag. 0099 | CC 281419-6
11
O cristão e
seu trabalho
OBJETIVO TEXTO-BASE
Abordar a relação, Trabalhem arduamente e de bom ânimo em tudo
patrão-empregado, à luz
da Palavra de Deus, como quanto fizerem, como se estivessem trabalhando
parte da missão de Deus, para o Senhor e não simplesmente para os
para estimular a valorização
da vocação cristã e das homens, lembrando-se que o Senhor Jesus é
pessoas no ambiente quem vai dar-lhes a recompensa da herança.
de trabalho.
(Cl 3:23-24 – NBV)
LEITURA DIÁRIA
D 05/09 Fm 1-2
S 06/09 Fm 3-4 INTRODUÇÃO
T 07/09 Fm 5-6
Q 08/09 Fm 7 Uma vez firmados em Cristo, somos radicalmente
Q 09/09 Fm 8 transformados em nossa maneira de viver, tanto in-
S 10/09 Fm 9 dividualmente, como em nossas relações pessoais,
S 11/09 Fm 10
seja na igreja, na família e também em nosso am-
biente profissional. Nesta lição, vamos abordar este
último ambiente. Como um cristão deve trabalhar ou
conduzir os seus negócios? E a relação profissional,
patrão-empregado, como deve ser desenvolvida?
PÔR DO SOL
Você usa seus relacionamentos profissionais
Sábado, 11/09 – 18h00 para acumular poder, riqueza e conforto? Ou a
Baseado no horário de Brasília. conquista de riqueza é um meio para alcançar o
fim de amar os outros? Tim Keller afirma que esse
primeiro modo de agir vai contra a natureza do
universo criado pelo Deus triúno e, portanto, não
lhe presta honra, já o “outro modo é o paradigma
para ouvir o podcast desta lição. do trabalho cristão”.1 Com o foco em Colossenses
3:22 a 4:1, vamos ao estudo!
1. Keller; Alsdorf (2014:3465-3473).

I. O TEXTO EM FOCO
Com base em Colossenses 3:22- Mais do que a função, agora eles

4:1, veremos que Cristo se importa têm uma vocação. Os escravos de-
com a maneira como trabalhamos e veriam desenvolver dois princípios
desenvolvemos nossos negócios. A que podem ser aplicados pelos
preocupação dele não é somente trabalhadores hoje. Primeiro, os
com nossas atividades eclesiásticas, empregados precisam cumprir seus
mas também com nossas atividades deveres do jeito certo. Trabalhando
profissionais, sejamos nós patrões com integridade na presença ou na
ou empregados. Nesta lição, vere- ausência dos patrões. Servindo com
mos como o evangelho de Jesus sinceridade, trabalhando ardua-
redime e restaura as realidades namente e de bom ânimo em tudo
turais do pecado, restabelecendo o quanto fizerem (Cl 3:22b, 23a).
propósito do Criador, inclusive nas Em segundo lugar, os emprega-
questões ligadas ao trabalho! dos precisam cumprir seus deveres
1. A vocação: A vocação está com a motivação certa. O serviço
relacionada com a disposição de deve ser bem feito por causa de
servir. E como cristãos, somos cha- seu temor ao Senhor, de bom âni-
mados para nos unirmos à obra res- mo, como se fosse para o Senhor (Cl
tauradora e redentora de Deus na 3:22-23). A palavra traduzida como
Terra. Nosso trabalho é parte dessa “temor” (gr. foboumenoi) se origina
missão. Deus tem um bom traba- do verbo grego fobeo que “expres-
lho para fazermos onde quer que sa o sentimento de uma pessoa que
estejamos.2 E apesar de, em Cris- está na presença de alguém infini-
to, não haver mais distinção entre tamente superior”.4 Este deve ser o
escravo ou livre (Cl 3:11), Paulo re- sentimento de todo cristão (Fp 2:3).
laciona o dever dos escravos3 com O trabalho honesto deve ser visto
a vida cristã (Cl 3:22-25; Ef 6:5-7). como oportunidade de glorificar ao
próprio Deus (1 Co 10:31). Se o em-
2. Life When Work Stops. Disponível em: ht- pregado obedecer ao patrão correta-
tps://licc.org.uk/resources/life-when-work- mente e sem reclamar, a beleza dos
-stops/. Acesso em: 14 abr. 21.
princípios cristãos será percebida (Tt
3. Quando a carta aos Colossenses foi es-
crita, a escravatura era algo natural, dentro 2:9-10). Além do mais, a Bíblia não
daquele contexto. Conquanto Paulo não trata apenas das obrigações, tam-
defenda a rebelião ou subversão da ordem
existente, ele faz questão de instruir os es-
cravos cristãos a buscarem sua liberdade, se
tivessem oportunidade (1 Co 7:21), confor-
me Wiersbe (2006:188). 4. MacArthur (2011:70).
bém podemos ver na orientação de colossenses, os novos cristãos que
Paulo que os servos de Deus serão serviam suas casas poderiam ter
recompensados por suas boas obras. esperança de uma herança futura
2. A recompensa: Depois de fa- muito superior a qualquer salário.
lar sobre a vocação para servir, Pau- A Bíblia ensina que teremos ga-
lo lembra aos cristãos escravos em lardão maior e menor de acordo
Colossos que o Senhor lhes dará com a nossa dedicação (Mt 5:19-20;
uma herança como recompensa. Lc 19:17-26; 1 Co 3:11-14). Mas não
Mas, se fizerem o mal, receberão haverá competições ou ostentações
de volta o mal, pois Deus não age no Reino dos céus, a alegria dos sal-
com favoritismo (Cl 3:24-25). Tal- vos será completa e eterna. Na ver-
vez, muitos não tivessem mais es- dade, a felicidade verdadeira não
perança futura, pois perderam sua está no que possuímos, mas no que
liberdade quando foram tirados de somos em Cristo (Jo 1:12; Fp 4:4).
sua terra natal para a escravidão. Somos filhos, herdeiros de Deus e
Havia mais “de sessenta milhões coerdeiros de Cristo (Rm 8:17a).
de escravos no Império Romano. A 3. A referência: Paulo não fala
maioria da igreja era composta de somente com os empregados, mas
escravos”.5 Mas o evangelho muda também com seus empregadores:
a estrutura social destes servos (Cl Patrões, tratem seus empregados
4:9; Fm 16). Mesmo a salvação sen- com consideração. Sejam justos com
do pela graça e não pelas obras, eles. Não se esqueçam nem por um
em Cristo eles têm direito a uma re- minuto de que vocês também ser-
compensa, o galardão segundo as vem a um Senhor − Deus, no céu (Cl
obras. Salvos e não salvos recebe- 4:1 – AM). No “mundo antigo, um
rão galardões diferentes conforme escravo era apenas uma coisa. Não
as boas ou más obras (2 Co 5:10).6 existia um código de leis trabalhis-
Apesar de a Bíblia não afirmar o tas”. Mas o cristianismo restaura a
que é esta recompensa, sabemos vida social “mostrando a reciprocida-
que ela existe (Cl 3:24; Ap 22:12). de dos direitos e responsabilidades.7
A recompensa é uma motivação a Os deveres e direitos trabalhis-
mais para o melhor desempenho tas são protegidos pela Palavra de
da nossa vocação a serviço do Rei- Deus. Os patrões precisam tratar
no. Mesmo que não recebessem seus empregados com justiça e
reconhecimento de seus senhores igualdade. Explorar os emprega-
5. Lopes (2010:209).
6. Hendriksen (2007:445). 7. Lopes (2010:199).

dos, sonegar-lhes o salário (Tg 5:4- ciliação e restauração de todas as
6), oprimi-los, ameaçá-los (Ef 6:9) coisas (Cl 1:15-20). Afinal, “nosso
ou tratá-los como seres inferiores é trabalho contribui para tornar o
um grave pecado contra Deus.8 A mundo um lugar melhor ou pior”.10
referência a ser seguida é o Senhor John Stott lembra que o trabalho
dos senhores, nosso Deus no céu. humano é provavelmente o fun-
O patrão crente deve observar damento-chave de toda a questão
o exemplo de Jesus para aplicar social, pois por meio dele nos tor-
à sua vida. Como Senhor, Jesus namos mais humanos.
serve seus discípulos, a ponto de No entanto, ele afirma ainda, que
lhes lavar os pés (Mc 10:42-45; Jo na Criação, “o clímax de Gênesis 1
13:13-17). No cristianismo, patrões não é a criação do ser humano, ho-
e empregados são servos uns dos mem e mulher, para subjugar a ter-
outros pelo amor (Gl 5:13) e servos ra, mas a instituição do sábado”.11
de Cristo, o Senhor de todos! Jun- Assim, nosso trabalho deve ser vis-
to com o amor, a fé fornece um re- to como uma vocação cristã, a qual
curso valioso para o comportamen- será recompensada pelo próprio
to ético e uma base específica para Senhor e Criador, a nossa referência
respeitarmos os direitos humanos.9 suprema, que após criar os céus e a
Neste sentido, o trabalho tam- terra, descansou no sábado (Gn 1:1
bém é um componente essencial – 2:3; Jo 1:1-3), para o imitarmos.
da missão de Deus para a recon-
10. Life When Work Stops. Disponível em:
https://licc.org.uk/resources/life-when-
8. Lopes (2010:212). -work-stops/. Acesso em: 14 abr. /21.
9. Keller; Alsdorf (2014:3475). 11. Stott (2014:229).
01. Leia a introdução e comente a frase: “Acumular poder, riqueza e

conforto vai contra a natureza do universo criado por Deus”. Você
concorda com essa afirmação? Por quê?
02. Quais os dois princípios bíblicos sobre o desenvolvimento da

vocação cristã que os trabalhadores podem aplicar hoje? Leia Ef 6:5-
7, Cl 3:22-25 e o item 1.
03. Leia o item 2 e utilize Mt 5:19-20, Lc 19:17-26 e 1 Co 3:11-14
como base para responder: o que a Bíblia ensina sobre o galardão?
Como os empregados devem se portar e qual a sua recompensa?
Leia também Ef 6:8; Cl 3:24-25.
04. Quem é a referência para o comportamento dos patrões cristãos

e como deve ser este comportamento em relação aos empregados?
Para responder, leia o item 3 e os textos: Mc 10:42-45, Jo 13:13-17,
Gl 5:13, Ef 6:9 e Cl 4:1.
II. A VIDA EM FOCO
1. Valorize a vocação cristã em seu trabalho, teremos a

mesma recompensa!
Nossa vida profissional é parte é mais importante do que a profis-
importante de nossa participação são em si.
na missão de Deus. O propósito do Portanto, não trabalhe para
nosso trabalho é honrar ao Senhor enriquecer e usufruir do fruto do
Jesus, sobretudo. Por isso, não seu trabalho tão somente, isto
importa qual a sua função ou pro- pode tronar-se um ídolo em seu
fissão, valorize sua vocação cristã. coração. Desfrute do seu trabalho
Trabalhem arduamente e de bom como uma bênção sendo aquele
ânimo em tudo quanto fizerem que teme o Senhor e anda nos
como se estivessem trabalhando seus caminhos (Sl 128:1-2; Cl
para o Senhor (Cl 3:23 – NBV). Isso 3:22). Afinal, as bênçãos são re-

sultados do temor a Deus. Mas futuro será melhor, o Senhor Jesus
lembre-se que a recompensa do é quem vai dar-lhes (Cl 3:24).
05. Como podemos valorizar a vocação cristã? De quem virá a

recompensa no futuro?
2. Valorize todas as pessoas do seu trabalho, servimos ao

mesmo Senhor!
Você que é empregador, como Paulo fala com os senhores: Vo-
trata seus funcionários? Se você é cês devem fazer o que é justo e
crente em Jesus de verdade, além de direito, sabendo que vocês tam-
obedecer às leis trabalhistas, deve bém têm um Senhor nos céus (Cl
valorizar todas as pessoas do seu 4:1). Foi Deus quem lhe colocou
trabalho, como fez Jesus. Mesmo na posição que você está hoje,
sendo Deus se esvaziou, assumindo para servi-lo através do seu ne-
a forma de servo, tornando-se seme- gócio. Não seja um chefe tirano
lhante aos seres humanos (Fp 2:5-7). ou dominador (Mc 10:42-44). O
Jesus não veio para ser servido, mas mesmo Senhor dos servidores é
para servir e dar a sua vida em resga- também dos chefes. Jamais se es-
te por muitos (Mc 10:45). queça disso!
06. Quem é o Senhor dos empregadores, e como estes podem servi-lo?
DESAFIO MISSIONAL
Nosso trabalho é um dos principais meios utilizados por Deus

para nos tornar mais parecidos com Jesus. Ele “usa o nosso tra-
balho para nos santificar, desenvolver nosso caráter cristão e nos
ensinar a amá-lo mais e servi-lo melhor, até que nos unamos a ele
no dia final, no descanso de nossos trabalhos”.12 Até lá, precisamos
trabalhar com dignidade valorizando nossa vocação e as pessoas
do nosso trabalho.
Como nosso trabalho faz parte da missão de Deus, convide al-
guns colegas do seu trabalho para iniciar um Pequeno Grupo em
um dos intervalos do seu expediente, ou em um outro momento,
seja pessoalmente ou via aplicativo de chamada de vídeo, para es-
tudarem a Bíblia juntos. Pode começar estudando sobre a relação
patrão-empregado, à luz do estudo bíblico desta lição e aprofundar
em outros assuntos depois.
12. Traeger; Gilbert (2014:20-21).
Domingo 05/09 Jo 13:21-38 2Cr 19 Sl 78:38-55

Segunda-feira 06/09 Jo 14:1-14 2Cr 20:1-21:1 Sl 78:56-72
Terça-feira 07/09 Jo 14:15-31 2Cr 21:2-22:12 Sl 79
Quarta-feira 08/09 Jo 15:1-16:4 2Cr 23 Sl 80
Quinta-feira 09/09 Jo 16:4-33 2Cr 24 Sl 81
Sexta-feira 10/09 Jo 17 2Cr 25 Sl 82
Sábado 11/09 Jo 18:1-18 2Cr 26 Sl 83


QUE SOFREM NO
SUDÃO
CRISTÃOS 1,9 milhão
RELIGIÃO Islamismo e cristianismo
LÍDER Em transição


Portas Abertas.*
Desde que o presidente Omar al-Bashir foi deposto, em abril de 2019,
tem havido incertezas sobre a liderança do Sudão e como isso impactaria
os cristãos. Felizmente, e em uma resposta surpreendente à oração, pa-
rece haver passos significativos em direção à liberdade religiosa. Depois
de 30 anos, a lei islâmica foi suspensa, e os cristãos ex-muçulmanos não
enfrentarão mais a pena de morte.
18
Mesmo assim, os cristãos de origem muçulmana ainda enfrentam per-

seguição extrema da família e comunidade. Os edifícios de igreja são D
frequentemente atacados ou mesmo demolidos. Muitos ainda mantêm S
T
a fé em segredo, para a segurança deles e da família. Alguns cristãos ex-
Q
-muçulmanos até optam por não criar seus filhos como cristãos, temendo
Q
a represália dos líderes comunitários. S
S
ORE
Louve a Deus pelos passos em direção à liberdade religiosa no Sudão,
uma resposta às orações dos cristãos sudaneses e de muitos outros por
um longo período. Peça a Deus que aqueles que estão no poder con-
tinuem a progredir nessa direção, e que isso faça uma diferença real na
Se
vida cotidiana. S

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12 Cristianismo
no dia a dia
OBJETIVO TEXTO-BASE
Mostrar que, conforme
Andai com sabedoria para com os que estão de
o ensino bíblico, como
cristãos somos desafiados fora, remindo o tempo. A vossa palavra seja sempre
a viver um cristianismo agradável, temperada com sal, para que saibais
prático no dia a dia,
vivendo em missão como vos convêm responder a cada um. (Cl 4:5-6)
através de uma vida de
oração e piedade.
INTRODUÇÃO
LEITURA DIÁRIA
D 12/09 Fm 11
Existem algumas razões para que as pessoas re-
S 13/09 Fm 12
T 14/09 Fm 13
sistam ao evangelho e à igreja. Uma destas razões
Q 15/09 Fm 14 pode ser a incoerência dos próprios cristãos, isto
Q 16/09 Fm 15 é, a distância entre a verdade defendida e ensi-
S 17/09 Fm 16 nada e a sua demonstração prática no dia a dia.
S 18/09 Fm 17
Nas religiões pagãs dos dias de Paulo, a devoção
de um adorador não tinha qualquer relação direta
com seu comportamento.
No entanto, o cristianismo apresentou um
novo conceito: “nossas convicções são intima-
PÔR DO SOL
mente ligadas ao nosso comportamento”.1 Afi-
Sábado, 18/09 – 18h02 nal, participamos da vida de Cristo e temos o
Baseado no horário de Brasília. Espírito Santo e isso afeta todas as dimensões
da nossa vida. Veremos nesta última lição da
carta aos Colossenses, que Paulo dá sequência
aos ensinos práticos iniciados no capítulo ante-
rior, desafiando o cristianismo no dia a dia. Va-
para ouvir o podcast desta lição. mos ao estudo.
1. Wiersbe (2006:173).

I. O TEXTO EM FOCO
Nas resoluções finais da carta ração espontânea diante do trono

aos Colossenses, Paulo apresenta das alturas.3 Paulo apresenta al-
seu apelo simples, de forma que gumas características da oração
os cristãos vivam na prática a voca- neste trecho.
ção recebida pela graça de Deus. Em primeiro lugar, Paulo ensina
Como já estudamos em lições an- que a oração deve ser perseve-
teriores, essa nova vida deve ser rante (Cl 4:2a). Isto está alinhado
exibida na vida cotidiana, no lar e com o ensino de Jesus que disse
nos relacionamentos profissionais. que devemos orar sempre e nun-
Nesse último trecho da carta (4:2- ca desanimar (Lc 18:1). Essa oração
18), estudaremos sobre a prática persistente não é resultado da vee-
da oração e o estilo de vida como mência física ou da força humana,
forma de viver em missão. não se trata de um impulso huma-
1. A oração no dia a dia: Pau- no, mas “consiste em uma força
lo inicia essa última seção da car- trazida pelo Espirito Santo. Essa
ta escrevendo acerca da oração: oração contínua é tão normal e ao
Perseverai na oração, nela perma- mesmo tempo tão essencial quan-
necendo com ações de graças (Cl to nossa respiração”.4
4:2). Para o convertido, essa nova Em segundo lugar, temos o
prática é um aspecto fundamental ensino de que a oração deve ser
do cristianismo e a expressão mais vigilante (Cl 4:2b). Frequente-
importante desta nova vida. A ora- mente na Bíblia temos a ordem
ção “é o meio de se obter, para “vigiai e orai” (Mc 13:33; 14:38;
nós mesmos e para os outros, a Ef 6:18). A vigilância pode ser en-
satisfação das necessidades, tanto tendida não apenas com o con-
físicas como espirituais”.2 trário de uma postura sonolenta,
Segundo Hendriksen, a oração capaz de fazer apenas “orações
também é uma arma divinamen- indiferentes, frias e mecânicas,
te designada contra os ataques mas também tem a ver com vi-
sinistros do diabo e seus anjos, o gília, e está relacionado com o
veículo de confissão de pecados e tempo que como cristãos dispen-
o instrumento por meio do qual a samos à oração intensa”.5
alma agradecida oferece sua ado-
3. Hendriksen (2007:451).
4. Bounds (2016:65).
2. Hendriksen (2007:451). 5. Boor (2006:65).

Em terceiro lugar, a oração deve cluindo, palavras e comportamen-
ser grata (Cl 4:2b). A oração cons- tos, serão maus.
tante e alerta também é feita com Contudo, não é assim para
“ações de graça”, um ingrediente aqueles que foram transformados
importante para a oração eficaz (Fp pelo evangelho e vivem em san-
4:6). A oração é uma das marcas do tidade, afinal, ela não é vivida no
verdadeiro cristão, e não depende isolamento, antes, é demonstra-
das circunstâncias. Mesmo preso da no “andar com os de fora”. A
quando escreveu essa carta, Paulo “grande oportunidade de evan-
demonstra que o dia a dia do cris- gelizar as pessoas, acontece no
tão é marcado pelo reconhecimen- contato estabelecido diariamente
to daquilo que Deus é e faz. nas oportunidades proporcionadas
Por fim, em quarto lugar, a ora- pela profissão, pelo comércio, pela
ção deve ser feita com propósitos vizinhança e pelo trânsito”.6
(Cl 4:3-4). Paulo pede oração por Os colossenses e nós temos um
ele e seus companheiros, pois são “lá fora”, para onde somos envia-
sustentados por ela. Ele não pede dos e nos relacionamos de múlti-
que Deus lhe abra as portas da plas formas com os não cristãos de
prisão, mas que abra a porta da todos os tipos. O ensino é que isso
Palavra. Devemos orar para que seja feito “com sabedoria”, que
Deus nos dê oportunidades diá- tenhamos o cuidado de não dizer
rias para a pregação. Por detrás nem fazer coisa alguma que dificul-
de toda missão, é imprescindível te o testemunho do evangelho; o
oração perseverante, alerta, con- ensino também é “remir o tempo”,
fiante e engajada. sendo intencionais, usando todas
2. O estilo de vida no dia a dia: as oportunidades.
Depois de falar da oração como Os colossenses estavam sendo
demonstração prática do cristia- observados por aqueles que são
nismo, o apóstolo segue mos- “de fora” com um espírito bas-
trando que o testemunho mais tante crítico. Assim, o “andar ou
efetivo ao poder do evangelho é portar-se com sabedoria”, incluía
a própria vida no que fazemos e todo o estilo de vida dos cristãos:
falamos todos os dias (Cl 4:5-6). o namoro, o casamento, os estu-
Nos primeiros capítulos da carta, dos, o trabalho, os compromissos
Paulo combateu as heresias, entre financeiros, o cumprimento das
elas, o gnosticismo, que afirmava
que se a matéria é má, logo nosso
corpo é mau e toda nossa vida, in- 6. Boor (2006:70).

promessas, ou seja, era uma re- Colossos, com informações sobre
ferência clara à vida diária. Paulo sua situação (4:7-9). Há, também,
está ensinando que não se deve uma seção com várias saudações
ter coisa alguma na vida que colo- de seus companheiros de minis-
que o testemunho em risco. tério (4:10-14). No final, Paulo
Também é preciso haver coerên- acrescenta saudações especiais
cia entre a forma de viver e a forma (4:15-16) e uma palavra específi-
de falar do cristão. Por isso, Paulo ca a um dos pastores da igreja de
acrescenta que a palavra do cristão Colossos (4:17) e, como referência
seja “temperada com sal”, isto é, de seu amor a Cristo e aos perdi-
nossas palavras tem de ser “sa- dos, assina a carta lembrando que
borosas e sensatas”,7 controladas está preso e conclui: A graça este-
pela graça, de modo que apon- ja convosco (4:18).
tem para Cristo e glorifiquem ao A oração e a piedade em nos-
Senhor. Assim, quando o caráter, so dia a dia são demonstrações
a conduta e a conversa trabalham de um cristianismo prático e real
em conjunto, o resultado é um tes- em nossas vidas. Com a graça de
temunho eficaz.8 Deus, os cristãos comuns, de uma
Depois de desafiar os cristãos, cidade pequena como Colossos
Paulo entra na parte final da car- venceram o desafio de viver numa
ta, afirmando estar enviando Tí- sociedade pluralista e sincrética,
quico e Onésimo até a igreja de conseguindo defender e viver o
evangelho. Na sequência vere-
7. Howard et al. (2019:339). mos que estes continuam sendo
8. Wiersbe (2007:192). nossos desafios.
01. Com base no item 1, fale sobre as duas primeiras características

da oração apresentadas por Paulo em Cl 4:2. É possível um cristão
viver o cristianismo no dia a dia sem essa prática? Justifique.
02. Com base nos dois últimos parágrafos do item 1, e em Cl 4:2-3,

comente sobre as duas outras características da oração apresentadas
neste trecho.

03. Com base nos primeiros parágrafos do item 2, explique o
pensamento do gnosticismo, uma das crenças pagãs da época
de Paulo, e como a santificação desafia essa crença e não é uma
proposta de isolamento.
04. Com base no terceiro ao quinto parágrafos do item 3, como

podemos relacionar o ensino “andar ou portar-se com sabedoria
para os que estão de fora, remindo o tempo” (Cl 4:5), e todo o estilo
de vida dos cristãos? Fale também sobre a referência de Paulo à
palavra do cristão em Cl 4:6.
II. A VIDA EM FOCO
1. A oração faz parte do cristianismo diário!

A oração não pode ser algo A vitória sobre as tentações e
menos importante para o cristão. pecados pessoais que atrapalham
Pessoas não cristãs não costumam a missão é conseguida por meia da
orar, seguidores de Cristo oram oração. A oração nos torna mais
diariamente. A oração é a possibi- parecidos com Cristo e desenvolve
lidade para o cumprimento da mis- nosso caráter. As portas da pala-
são. Sem a oração e a vitalidade vra, isto é, as oportunidades para
que recebemos através dela, não se compartilhar o evangelho são
podemos ser cristãos. Considere a abertas às pessoas que oram. Cris-
oração algo essencial em sua vida. tãos não são feitos nos finais de se-
A graça capacitadora para a missão mana de oração, cristãos são feitos
é recebida por meio da oração. através das orações diárias.

05. Qual a importância da oração em sua vida? Para você é possível
ser um cristão autêntico sem considerar uma vida de oração?
2. A coerência faz parte do cristianismo diário!

Uma das razões das pessoas re- contexto da amizade ou família.
sistirem ao evangelho e à igreja, Lembre-se de que você é desa-
é o fato de terem vivido alguma fiado em sua vida diária. As pes-
experiência desagradável com al- soas te confrontarão não em seus
guém que se diz cristão. Situações discursos, mas em sua prática diá-
como a desonestidade na forma ria. Seus relacionamentos pessoais,
de tratar um negócio, a não ma- familiares, profissionais, suas ami-
nutenção da palavra em um deter- zades, seus vizinhos, todos são im-
minado acordo, a baixa qualidade pactados positiva ou negativamen-
de um serviço prestado, ou mesmo te através de você. Por isso, tenha
um comportamento indevido no um estilo de vida cristão.
06. Você já se sentiu confrontado em seu dia a dia na prática de sua

fé? Sua influência foi positiva?

DESAFIO MISSIONAL
Como aprendemos ao longo desta série, Deus nem sempre pre-

cisa de um apóstolo ou de um “obreiro de tempo integral” para
começar um ministério. Ele usou pessoas comuns, de uma igreja
pequena, numa cidade sem expressão. Usou pequenas igrejas dos
lares e ministros comuns como meios para a expansão do evange-
lho. Você também pode fazer a diferença!
Experimente isso: ore e leia a Bíblia, isso é alimento espiritual para
seu dia; fique atento às oportunidades que Deus abrirá para você, se
você orar elas aparecerão; coloque sal em suas palavras, isto é, tenha
algo interessante a dizer; ande com os de fora, ou seja, desenvolva
velhos e novos relacionamentos de amizade com intencionalidade
cristã; por último, cuide de seu caráter e de sua reputação.
Domingo 12/09 Jo 18:19-38 2Cr 27-28 Sl 84

Segunda-feira 13/09 Jo 18:38-19:16 2Cr 29 Sl 85
Terça-feira 14/09 Jo 19:16-42 2Cr 30 Sl 86
Quarta-feira 15/09 Jo 20:1-18 2Cr 31 Sl 87
Quinta-feira 16/09 Jo 20:19-31 2Cr 32 Sl 88
Sexta-feira 17/09 Jo 21 2Cr 33 Sl 89:1-18
Sábado 18/09 1Jo 1 2Cr 34 Sl 89:19-37


QUE SOFREM NA
ARÁBIA SAUDITA
CRISTÃOS 1,2 milhão
RELIGIÃO judaísmo, hinduísmo,
budismo e siquismo
GOVERNO Monarquia absolutista
LÍDER Rei Salman bin Abdulaziz Al Saud

Portas Abertas.*
A maioria dos cristãos na Arábia Saudita são expatriados, ou seja, são
estrangeiros residentes no país. A maioria vem de países de renda baixa
e média da Ásia e da África, mas também existem alguns do Ocidente.
Os poucos cristãos sauditas de origem muçulmana enfrentam ainda
mais pressão, especialmente da família. Os muçulmanos expatriados que

se convertem à fé cristã também enfrentam forte perseguição, provavel-
mente, semelhante aos níveis que teriam experimentado no país de ori-
gem. Seja saudita ou não, a maioria dos cristãos ex-muçulmanos é força-
da a praticar a fé em segredo.
No entanto, o pequeno número de cristãos sauditas tem aumentado
lentamente e eles estão se tornando mais ousados, compartilhando a fé
com outras pessoas na internet e em canais de TV cristãos via satélite. Tal
ação pública gerou sérias repercussões por parte de famílias e autorida-
des sauditas.
ORE
Para que o Senhor continue a usar a internet para fortalecer e unir os cris-
tãos e fazer a igreja saudita crescer. Peça a Deus para que recebam sabe-
doria e discernimento contínuos ao buscarem seguir e compartilhar Jesus.

CNPJ 62.678.412/0001-32
Ag. 0099 | CC 281419-6

13 Relações
transformadas
OBJETIVO TEXTO-BASE
Refletir à luz da carta de
Ele já não é um escravo para você. É mais que um
Paulo a Filemon sobre o
poder do evangelho em escravo: é um irmão amado, especialmente para
transformar biografias e mim. Agora ele será muito mais importante para
relacionamentos humanos.
você, como pessoa e como irmão no Senhor.
(Fm 1:16 – NVT)
LEITURA DIÁRIA
D 19/09 Fm 18-19
20/09 Fm 20
S
INTRODUÇÃO
T 21/09 Fm 21
Q 22/09 Fm 22
Nesta última lição da série, analisaremos a car-
Q 23/09 Fm 23
S 24/09 Fm 24
ta que Paulo escreveu para Filemon, um impor-
S 25/09 Fm 25 tante membro da igreja de Colossos. Esta carta
também foi escrita no período em que Paulo es-
teve preso em Roma em uma casa alugada (Fm
1:1; At 28:16, 30). Ela deve ter sido enviada a
Filemon na mesma ocasião em que a carta aos
Colossenses foi enviada para a igreja de Colos-
PÔR DO SOL sos (Fm 1:1, 23; Cl 1:1; 4:12), inclusive, Tíquico e
Sexta-feira, 24/09 – 18h04 Onésimo devem ter sido os portadores das duas
Sábado, 25/09 – 18h04
cartas (Cl 4:7-9).
A julgar pelo que Paulo afirma no v.2, a igreja
de Colossos se reunia na casa de Filemon e, pro-
vavelmente, seu filho Arquipo era um dos pastores
da mesma (Fm 2; Cl 4:17). Esta carta tem muito
Escaneie o código abaixo a nos ensinar sobre como o evangelho de Cristo
transforma radicalmente o modo como as relações
humanas são concebidas em nossa cultura e so-
ciedade. Há verdades revolucionárias nesta carta!
Ao estudo!

I. O TEXTO EM FOCO
Filemon é a carta mais curta de do com o que se pode entender

Paulo. Temos, apenas, 335 palavras da carta, Onésimo, um dos escra-
no texto grego original. Alguns vos de Filemon, havia fugido e não
a chamam de “bilhete pessoal”. saiu de mãos vazias. Deu algum
Contudo, nosso conhecimento a prejuízo (v.18). Talvez tenha rou-
respeito do apóstolo seria mais po- bado alguma quantia em dinheiro
bre se este documento tão peque- ou um bem valioso. Não se pode
no não tivesse sido preservado.1 afirmar ao certo, mas é o que tradi-
Ao examinarmos o conteúdo da cionalmente os intérpretes da carta
carta a Filemon é possível encon- têm sugerido. As fugas de escravos
trar muito da alma e do coração do eram frequentes em Roma, princi-
apóstolo. Mas, antes de irmos pro- palmente quando os senhores dos
priamente dito ao conteúdo, pen- mesmos eram cruéis (o que parece
semos um pouco no cenário que não ser o caso de Filemon).
deu origem à carta. As leis romanas da época eram
1. O cenário da carta: Um dos severas no tocante a escravos fu-
personagens principais da carta, gitivos. Seus senhores poderiam
Onésimo, era um dos milhões de mandar marcá-los na testa a fer-
escravos existentes no Império ro em brasas com a letra “F” (de
Romano da época de Paulo. A es- fugitivo) para nunca mais fugir, ou
cravidão era uma prática bem co- mesmo castigá-los de outras for-
mum naquele período. Algo em mas, tais como açoites ou prisão e
torno de sessenta milhões de ho- até mesmo a morte.2 As leis tam-
mens, mulheres e crianças viviam bém davam o direito ao dono de
como escravos. Inclusive, à luz de crucificá-los, inclusive, sem ter de
algumas orientações presentes em responder por isso.3 A bem da ver-
cartas do Novo Testamento, pode- dade é que os escravos não pos-
mos afirmar que existiam cristãos suíam muito valor e eram tratados
senhores de escravos e também como propriedades.
muitos outros que eram escravos Acontece que, de alguma ma-
(Ef 6:5-9; Cl 3:22-4:1). neira não informada na carta,
Filemon, destinatário desta car- Onésimo chegou a Roma e seu ca-
ta, é um exemplo de cristão senhor minho cruzou com o do apóstolo
de escravos (Fm 1:15-16). De acor-
2. Azevedo (2014:246).
1. Martin (1984:162). 3. Martin (1984:155).

Paulo. Este encontro só pode ser Filemon. Todos eles eram cristãos
fruto da providência de Deus! Na agora. O momento de demonstra-
companhia de Paulo, acabou con- rem que haviam convertido mesmo
vertendo-se a Cristo e tornando-se era esse. De Roma até Colossos,
um colaborador na obra missioná- dependendo da rota utilizada, teria
ria. Sobre isto, escreve o apóstolo: de se percorrer de 1.500 até 2.000
...gerei quando estava na prisão (v. km de distância. Uma vez conver-
10); Anteriormente, ele te foi inú- tido, Onésimo fez esta viagem de
til, mas agora é muito útil para ti e volta com Tíquico (cf. Cl 4:7-9).
para mim (...). Gostaria de mantê- Neste contexto, Paulo escreve a
-lo comigo, para que em teu lugar carta à Filemon. Onésimo volta
me servisse na prisão por amor ao para Colossos trazendo esta corres-
evangelho (vs. 11,13). pondência do apóstolo em mãos.
Com a conversão de Onésimo, 2. O conteúdo da carta: Uma
Paulo ganhou um colaborador em vez que entendemos o cenário
Roma enquanto estava preso. En- por detrás da carta, será mais fácil
tretanto, ele ainda era um escra- compreendermos seu conteúdo.
vo fugitivo e precisava ser devol- O grande objetivo de Paulo ao
vido ao seu dono. Paulo teve de produzir tal correspondência foi
tomar uma difícil decisão. Apesar interceder em favor de Onésimo:
de querer que Onésimo continu- Suplico que demostre bondade
asse com ele (v. 13), sabia que era ao meu filho Onésimo (Fm 1:10 –
contra a lei. Ajudar um escravo NVT). O apóstolo faz uma espécie
fugitivo não era visto com bons de mediação para que Filemon
olhos. O envolvimento de Paulo perdoe Onésimo e não o trate de
com Onésimo poderia representar acordo com as leis romanas de es-
um obstáculo à sua própria soltura cravatura para casos como esse:
da prisão, além de ele poder ser ...se me considera seu companhei-
punido pela lei romana e respon- ro na fé, receba-o como receberia
sabilizado pelo trabalhado que o a mim (v.17 – NVT).
escravo deixara de fazer.4 Podemos dividir o conteúdo da
Todavia, a maior preocupação carta em três partes. Em primeiro
de Paulo não era com a lei romana, lugar, temos uma seção com sau-
mas com o evangelho. Onésimo dações e elogios (Fm 1:1-7). Paulo
precisava acertar esta situação com cumprimenta Filemon e sua família
(sua esposa Áfia e seu filho Arqui-
po) e depois diz sempre se lembrar
4. Shedd; Mulholland (2005:289). dele em suas orações. Filemon,

cujo nome significa “amado”, era lemon tinha um grande débito “es-
alguém conhecido por seu amor piritual” com Paulo, que lhe pediu:
para com todos os santos, fazendo ...gostaria de ser beneficiado por ti
jus ao nome. Ao que tudo indica, no Senhor; dê ânimo ao meu cora-
ele era um homem rico e genero- ção em Cristo (v. 20).
so, sempre pronto a ajudar. Sobre Em terceiro lugar, temos uma se-
ele Paulo escreveu: ...sua bondade ção com confianças e despedidas
tem revigorado o coração do povo (Fm 1:21-25). Os quatro últimos
santo (v.7 – NVT). versículos desta carta mostram Pau-
Em segundo lugar, temos uma lo como um pastor que conhece
seção de intercessões e súplicas suas ovelhas; como um missionário
(Fm 1:8-20). É neste trecho da car- que, mesmo em uma situação des-
ta que Paulo entra no tema princi- favorável, continua crendo na graça
pal, que é interceder por Onésimo, de Deus. Ele sabe que Filemon fará
o escravo fugitivo (v.10). O após- até mais do que ele está pedindo.
tolo diz que possuía o desejo de O apóstolo deixa assegurado que
mantê-lo com ele, mas, não pode- confia que pelas orações dos san-
ria fazer isso sem o consentimento tos ele será liberto da prisão e, uma
de Filemon (vs.13-14). Por isso, ele vez que isso aconteça, irá visitá-lo.
o envia de volta para que fosse re- Assim, ele conclui a carta.
cebido como irmão mui amado no Uma das perguntas que fica
Senhor e não mais como escravo no ar, lendo esta carta é: qual foi
(v.16). O relacionamento entre os o desfecho desta história? Teria
dois deveria ser reorientado em Filemon perdoado Onésimo? O
torno da participação de ambos na Novo Testamento não diz. Toda-
família de Deus. via, acreditamos que sim, por pelo
Paulo pede, também, para que menos dois motivos: 1) A carta
Filemon coloque todos os pre- ter sido preservada pela igreja
juízos de Onésimo em sua conta de Colossos e ter sido inclusa no
(v.18). O apóstolo faz questão de cânon; 2) Segundo a história da
lembrar, entretanto, que Filemon igreja cristã, meio século depois
lhe deve a própria vida (v.19), pois, de Paulo ter escrito esta carta, o
anos antes, Paulo havia pregado o bispo Inácio da Síria foi preso e
evangelho a ele quando desenvol- levado para Roma. De lá, antes de
veu um ministério em Éfeso (princi- ser morto, enviou uma carta para
pal cidade da região). Neste senti- todas as igrejas. Uma destas epís-
do é que se pode entender a frase: tolas foi dirigida ao “Bispo Onési-
tu me deves a ti mesmo (v.19). Fi- mo de Éfeso”.

Como Colossos era uma cidade mente a vida das pessoas e mudar
vizinha de Éfeso, é bastante possí- a relação entre elas! Bem, e assim
vel que este Bispo Onésimo seja o chegamos ao final desta primeira
ex-escravo fugitivo!5 O evangelho, parte do nosso estudo. Na sequên-
de fato, pode reorientar completa- cia, temos quatro perguntas para
reforço deste conteúdo e duas
5. Shedd; Mulholland (2005:317). aplicações para nossa vida.
01. Leia os primeiros parágrafos do item 1 do comentário anterior

e Fm 1:15-16 e comente com a classe sobre quem foi Onésimo,
antes da conversão. Fale um pouco sobre a seriedade das leis da
escravidão na época.
02. Leia os últimos parágrafos do item 1 do comentário anterior, Fm

1:9-10 e comente sobre as circunstâncias da conversão de Onésimo
e sobre a decisão que Paulo precisou tomar depois disso.
03. Com que propósito Paulo escreveu a carta a Filemon? O podemos

afirmar a respeito do caráter e postura de Filemon, à luz de Fm 1:1-7?
04. Que argumentos Paulo usa em seu pedido a Filemon em favor

de Onésimo? Que confianças ele possui em relação a estes pedidos?
Leia Fm 1:17-25.

II. A VIDA EM FOCO
1. O evangelho transforma as biografias individuais!

A carta de Paulo a Filemon evi- Além de Onésimo, Filemon
dencia de modo muito claro a trans- também fora transformado pelo
formação que o evangelho pode poder do evangelho. Por causa
fazer na história de uma pessoa. A das demonstrações de amor que
conversão deu uma guinada na exis- Filemon já vinha dando em relação
tência de Onésimo. Ele tornou-se a outras pessoas da comunidade
um homem diferente. De um escra- cristã (vs. 5-7), Paulo entende que
vo fugitivo e ladrão, ele torna-se um ele fará o mesmo em relação a
cristão colaborador do apóstolo: De Onésimo, afinal de contas, trata-
inútil ela passa a ser muito útil (Fm -se de alguém convertido a Cristo
1:11). O apóstolo sabe que, como e transformado pelo evangelho. O
um homem transformado, “uma evangelho muda biografias. Você
nova pessoa em Cristo”, Onésimo conhece alguém que está com a
demonstrará a prova de sua conver- vida em frangalhos, precisando de
são indo reconciliar-se com Filemon. novo rumo? O evangelho pode
Dificilmente isso aconteceria, não dar este rumo! Vamos proclamá-lo
fosse o evangelho. com afinco!
05. Comente com a classe sobre o poder transformador do

evangelho na biografia de indivíduos. Por pior que seja a pessoa, o
evangelho ainda pode dar-lhe novo rumo na vida?

2. O evangelho transforma as relações sociais!
Não é só o poder transformador Apesar de não ter denunciado a
do evangelho na vida de indivídu- escravatura em si, abertamente, o
os que é evidenciado em Filemon, apóstolo tratou do problema indo
mas, sua capacidade de derrubar direto em suas bases. Ele trabalhou
barreiras socias segregadoras. Pelo com princípios bíblicos que, de al-
seu pedido, Paulo acreditava que guma maneira, minam todas as ba-
o evangelho poderia reconfigurar ses do pensamento da escravatura.
um dos relacionamentos sociais Escravos devem ser tratados como
mais básicos – e brutais – dos seus irmãos amados no Senhor (Fm
dias: a escravidão.6 Os poderosos 1:16). Equalizar escravos e senhores
da época defendiam a escravatura na família de Deus é redefinir radi-
com unhas e dentes. Para eles, o calmente esta relação! Em Cristo
regime era interessante e necessá- não há escravo e nem livre (Gl 3:28).
rio para o bem do império. Como o Diante de Deus, todos os seres hu-
apóstolo Paulo se posicionou dian- manos possuem valor. Pessoas não
te deste regime? podem ser discriminadas por seu
status social, cor de pele, sexo, et-
6. Thielman (2007:467). nia, etc. Não há nada mais carnal!
06. Comente com a classe sobre o poder transformador do

evangelho nas relações humanas, especialmente derrubando
barreiras sociais segregadoras.

DESAFIO MISSIONAL
Chegamos ao final desta lição e desta série de lições. Durante

todo este trimestre pudemos tratar do tema “Firmados em Cristo”,
estudando várias questões ligadas à vida cristã, com base em Co-
lossenses e Filemon. Especialmente nesta lição, estudando a carta
a Filemon, pode ser que tenha vindo à sua mente alguma pessoa
que precisa ser alcançada e ter a sua biografia transformada pelo
evangelho, a exemplo de Onésimo. Acredite, o evangelho pode
fazer isso. Peça a Deus que lhe ajude e lhe dê caminhos para trans-
mitir a mensagem a ela!
Além disso, pode ser que ao estudar esta lição, você tenha se
lembrado de alguma situação de discriminação que tenha presen-
ciado ou até participado. Infelizmente, muitas vezes pessoas são
tratadas com base em sua condição social, etnia, cor de pele, sexo,
etc. Não compactue com isso. O evangelho de Jesus não reconhe-
ce esse tipo de barreiras segregadoras. Se você age assim, não
demore mais a pedir perdão para Deus. Arrependa-se!
Domingo 19/09 1Jo 2 2Cr 35 Sl 89:38-52

Segunda-feira 20/09 1Jo 3 2Cr 36 Sl 90
Terça-feira 21/09 1Jo 4 Ed 1-2 Sl 91
Quarta-feira 22/09 1Jo 5 Ed 3-4 Sl 92
Quinta-feira 23/09 2Jo Ed 5-6 Sl 93
Sexta-feira 24/09 3Jo Ed 7-8 Sl 94
Sábado 25/09 Jd Ed 9-10 Sl 95


QUE SOFREM NAS
MALDIVAS
POPULAÇÃO 459 mil
CRISTÃOS Milhares
RELIGIÃO Islamismo
LÍDER Ibrahim Mohamed Solih


Portas Abertas.*
As Maldivas são vistas por muitos como um destino de férias de luxo,
mas por trás da beleza dessas ilhas paradisíacas existe um rígido regime
islâmico. Essa cadeia de quase 1.200 ilhas tem uma das maiores densida-
des populacionais do mundo, especialmente em sua ilha principal, Malé.
As comunidades unidas e homogêneas vigiam de perto seus membros
em busca de qualquer sinal de desvio – o que naturalmente inclui a es-

colha religiosa. Todos os políticos afirmam implacavelmente que estão
mantendo as Maldivas 100% muçulmanas, não deixando espaço para
qualquer alternativa.
A conversão ao cristianismo pode facilmente resultar em denúncias a
líderes ou autoridades muçulmanas. Cristãos expatriados, a maioria deles
trabalhando no setor turístico e vindos da Índia e Sri Lanka, também são
observados de perto, tornando a comunhão cristã muito difícil.
ORE
Para que a atitude dos oficiais do governo, especialmente do presiden-
te Solih, seja suavizada em relação aos cristãos e outras minorias religio-
sas. Peça para que Deus use a Bíblia para fortalecer, encorajar e nutrir a
vida de nossos irmãos.

CNPJ 62.678.412/0001-32
Ag. 0099 | CC 281419-6

REFERÊNCIAS
LIÇÃO 1 LIÇÃO 7
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3º TRIMESTRE • 2021 • Nº 336

ESTUDOS SOBRE A VIDA CRISTÃ EM COLOSSENSES E FILEMON

Editor Eleilton William de Souza Freitas

Autores • Alexandro Jorge da Silva • Kássio Flores Passos Lopes

ESTUDOS SOBRE A VIDA CRISTÃ EM COLOSSENSES E FILEMON

ANTIGO TESTAMENTO NOVO TESTAMENTO

6 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2021

Em sua terceira viajem missionária, Paulo pregou

Paulo não conhecia pessoalmente os colossenses,

Ou acesse bit.ly/3xUqXdv @editorapromessa_ bit.ly/EditoraPromessa | 7

01. Quem plantou as igrejas de Colossos, Hierápolis e Laodiceia?

02. Com base no item 1 do comentário responda: Por que Paulo

03. Com base no item 2 do comentário e em Gn 1:22, 28, Mc 4:8;

04. Comente com os alunos da classe sobre a graça e o alcance

10 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2021

1. Considere as provas do evangelho em sua vida cristã!

05. Converse com os demais alunos da classe sobre como a fé, o

2. Considere o poder do evangelho em sua vida cristã!

Como aprendemos no estudo de hoje, o evangelho é evidente

PLANO DE LEITURA ANUAL DA BÍBLIA

Domingo 27/06 Mc 11:15-33 1Rs 2 Os 5:4-15

12 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2021

Somos Um COM OS CRISTÃOS

CRISTÃOS Algumas centenas

GOVERNO República parlamentarista

LÍDER Mohamed Abdullahi Mohamed

Lembrem-se dos que estão na prisão, como se aprisionados com eles;

A Missão Portas Abertas publica, anualmente, a lista mundial da persegui-

Seja um mantenedor dos projetos missionários da Junta de Missões

Convenção Geral das Igrejas

14 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2021

Ou acesse bit.ly/3xUqXdv @editorapromessa_ bit.ly/EditoraPromessa | 15

Conquanto não conhecesse a (Cl 1:5-6). É esse evangelho verdadei-

16 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2021

01. Leia o comentário do item 1, Cl 1:9 e responda: Quais são as

02. O que Paulo está ensinando ao comparar a vida do cristão a

03. Com base no item 3 e nos textos bíblicos citados no comentário,

04. Converse com os demais estudantes a respeito das caraterísticas

18 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2021

1. A expectativa de Deus para nossa jornada é que cresçamos no

05. Dialogue com os estudantes sobre a importância de estudar a

2. A expectativa de Deus para nossa jornada é que mantenhamos a

06. Fale sobre como é necessário perseverança e alegria na

PLANO DE LEITURA ANUAL DA BÍBLIA

Domingo 04/07 Mc 15:1-20 1Rs 10 Os 11:12-12:14

20 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2021

Somos Um COM OS CRISTÃOS

POPULAÇÃO 6,6 milhões

CRISTÃOS 34,5 mil

LÍDER Fayez al-Sarraj

Lembrem-se dos que estão na prisão, como se aprisionados com eles;

A Missão Portas Abertas publica, anualmente, a lista mundial da perse-

Seja um mantenedor dos projetos missionários da Junta de Missões

Convenção Geral das Igrejas

22 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2021

LEITURA DIÁRIA INTRODUÇÃO

Ou acesse bit.ly/3xUqXdv @editorapromessa_ bit.ly/EditoraPromessa | 23

24 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2021

02. Qual o sentido da expressão que afirma ser Cristo o primogênito

1. A expectativa de Deus para nossa jornada é que cresçamos no

2. A expectativa de Deus para nossa jornada é que mantenhamos a