Trabalho de Português 9 Ano 01

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Nome: Matheus Lucas Vasconcelos.

Turma: 9° Ano 01
Turma: Matutino

Trabalho de Pesquisa
Figuras de Linguagem – Construção ou sintaxe

Anáfora – Conceito.

A anáfora é uma figura de linguagem que está


intimamente relacionada com a construção
sintática do texto. Por esse motivo, ela é chamada
de figura de sintaxe.

A anáfora ocorre por meio da repetição de termos


no começo das frases (ou dos versos). É um recurso
estilístico muito utilizado pelos escritores na
construção dos versos com o intuito de intensificar
uma expressão.
Além da anáfora, outras figuras de sintaxe são: a
elipse, a zeugma, o hipérbato, a silepse, o
assíndeto, o polissíndeto, o anacoluto e o
pleonasmo.
Exemplos:

É preciso salvar o país,
É preciso crer em Deus,
É preciso pagar as dívidas.

Elipse – Conceito
A elipse é uma figura de linguagem que está na
categoria de figuras de sintaxe (ou de construção).
Isso porque ela está relacionada com a construção
sintática dos enunciados.
Ela é utilizada para omitir termos numa sentença
que não forem mencionados anteriormente. No
entanto, esses termos são facilmente identificáveis
pelo interlocutor.
Exemplo: Comi no restaurante da minha avó na
semana passada.
No exemplo acima, sabemos que pela conjugação
do verbo (primeira pessoa do singular), o termo
omitido foi o pronome pessoal (eu). Esse caso é
chamado de “elipse de sujeito”.
Além da omissão do sujeito, a elipse pode ocorrer
com outros termos da frase: verbos, advérbios e
conjunções.

Utilizamos essa figura de linguagem (ou estilo)


cotidianamente nos discursos informais (linguagem
oral).

Ela é também muito empregada nos textos de


modo a oferecer maior fluidez textual, evitando,
por exemplo, a repetição de alguns termos nas
frases. Importante notar que a ausência desses
termos não interfere na compreensão textual.

Além da elipse, outras figuras de sintaxe são:


zeugma, hipérbato, silepse, assíndeto, polissíndeto,
anáfora, anacoluto e pleonasmo.

Exemplos:
 “Na sala, apenas quatro ou cinco
convidados.” (Machado de Assis) – omissão
do verbo “haver”. (Na sala havia apenas
quatro ou cinco convidados)
 “A tarde talvez fosse azul, não houvesse
tantos desejos.” (Carlos Drummond de
Andrade) – omissão da conjunção “se”. (A
tarde talvez fosse azul se não houvesse
tantos desejos)
 “Onde se esconde a minha
bem-amada?/Onde a minha namorada...”
(música “Canto triste” Edu Lobo) – omissão
do verbo “está”. (Onde está a minha
namorada...)

Zeugma – Conceito

A Zeugma é uma figura de linguagem que


está na categoria de figuras de sintaxe ou de
construção. Isso porque ela interfere na
construção sintática das frases.

Ela é usada para omitir termos na oração


com o intuito de evitar a repetição
desnecessária de alguns termos, como o
verbo ou o substantivo.
Sendo assim, ela torna a linguagem do texto
mais fluida. Quando é utilizada, o uso da
vírgula torna-se necessário.

A zeugma é utilizada na linguagem informal,


e também é empregada em diversos textos
poéticos e musicais.

Além da zeugma outras figuras de sintaxe


são: elipse, hipérbato (ou inversão), silepse,
assíndeto, polissíndeto, anáfora, anacoluto e
pleonasmo.

Exemplos:
 “O colégio compareceu fardado; a diretoria, de
casaca.” (Raul Pompeia)
 “Um deles queria saber dos meus estudos;
outro, se trazia coleção de selos.” (José Lins do
Rego).
 “A vida é um grande jogo e o destino, um
parceiro temível.” (Érico Veríssimo)

Pleonasmo – Conceito

O pleonasmo é uma figura ou um vício de


linguagem que acrescenta uma informação
desnecessária ao discurso, seja de maneira
intencional ou não.Do Latim, o termo
“pleonasmo” significa superabundância.
O pleonasmo é classificado de duas maneiras
segundo a intenção do enunciador do
discurso:

Pleonasmo Vicioso
Também chamado de redundância, o
pleonasmo vicioso é utilizado como vício de
linguagem.

Nesse caso, ele é um erro sintático não


intencional que a pessoa comete por
desconhecimento das normas gramaticais.

Trata-se de um desvio gramatical que passa


despercebido pelos falantes da língua. Note
que ele é muito utilizado no cotidiano e na
linguagem coloquial.

Pleonasmo Literário
Já o pleonasmo literário (ou intencional) é
usado com intenção poética de oferecer
maior expressividade ao texto. Assim, nesse
caso ele é considerado uma figura de
linguagem.
Em outras palavras, o pleonasmo literário é
utilizado intencionalmente como recurso
estilístico e semântico para reforçar o
discurso de seu enunciador. Observe que
nesse viés, o escritor tem 'licença poética'
para fazer essa ligação.

Exemplos de Pleonasmo Vicioso:

 subir para cima: o verbo “subir” já indica ir


para cima, elevar-se.
 descer para baixo: o verbo “descer” já denota
mover de cima para baixo, declinar.
 entrar para dentro: o verbo “entrar” já indica
passar para dentro.

Exemplos de Pleonasmo literário:

 “E rir meu riso  e derramar meu pranto”


(Vinicius de Moraes)
 “E ali dançaram tanta dança” (Chico Buarque
e Vinicius de Moraes)
 “Me sorri um sorriso pontual e me beija com a
boca de hortelã” (Chico Buarque)
Assíndeto – Conceito
O assíndeto é uma figura de linguagem, mais
precisamente uma figura de sintaxe. Ela é
caracterizada pela ausência de síndeto.

O síndeto, nesse caso, é uma conjunção


coordenativa utilizada para unir termos nas orações
coordenadas.

Logo, o assíndeto corresponde a uma figura de


sintaxe marcada pela omissão de conjunções
(conectivos) nos períodos compostos.

Geralmente, no lugar dos conectivos são colocados


vírgula ou ponto e vírgula, criando assim orações
coordenadas assindéticas.
Além de ser utilizada na linguagem oral, o assíndeto
é empregado como recurso estilístico nos textos
poéticos e musicais com o intuito de aumentar a
expressividade, bem como enfatizar alguns termos
da oração.
Além do assíndeto, outras figuras de sintaxe são:
elipse, zeugma, hipérbato, silepse, polissíndeto,
anáfora, anacoluto e pleonasmo.
 Tem que ser selado, registrado, carimbado,
avaliado, rotulado, se quiser voar. Pra lua, a
taxa é alta. Pro sol: identidade.” (música
“Carimbador Maluco” de Raul Seixas)
 “Por você eu largo tudo. Vou mendigar, roubar,
matar./ Que por você eu largo tudo. Carreira,
dinheiro, canudo.” (música “Exagerado” de
Cazuza)
 “Nascendo, rompendo, rasgando, E tomando
meu corpo e então...Eu... chorando, sofrendo,
gostando, adorando.” (música “Não Dá Mais
Pra Segurar (Explode Coração)” de
Gonzaguinha)

Polissíndeto – Conceito

O polissíndeto é uma figura de linguagem que


está na categoria de figuras de sintaxe.

Ele é caracterizado pelo uso de síndetos, ou seja, de


elementos conectivos (conjunções) nos períodos
compostos. O polissíndeto forma as orações
coordenadas sindéticas sendo que os elementos
mais utilizados são: e, ou, nem.
Essa figura de sintaxe é muito utilizada como
recurso estilístico, sobretudo nos textos poéticos e
musicais.
Esse uso repetitivo das conjunções dá uma ideia de
acréscimo, sucessão e continuidade, oferecendo
mais expressividade ao texto.
Além do polissíndeto, outras figuras de sintaxe são:
elipse, zeugma, hipérbato, silepse, assíndeto,
anáfora, anacoluto e pleonasmo.

Exemplos:

 “As ondas vão e vem/ E vão e são como o


tempo.” (Música “Sereia” de Lulu Santos)
 “Enquanto os homens exercem seus podres
poderes/ índios e padres e bichas, negros e
mulheres/E adolescentes fazem o carnaval.”
(Música “Podre Poderes” de Caetano veloso)
 “Canto, e canto o presente, e também o
passado e o futuro,/Porque o presente é todo o
passado e todo o futuro.” (Ode Triunfal de
Fernando Pessoa)

Anacoluto – Conceito

O anacoluto é uma figura de linguagem que


está relacionada com a sintaxe das frases. Por
esse motivo, é chamada de figura de sintaxe.
Ele é caracterizado por alterar a sequência
lógica da estrutura da frase por meio de uma
pausa no discurso. Assim, o anacoluto realiza
uma “interrupção” na estrutura sintática da
frase.
Note que as figuras de linguagem são muito
utilizadas nos textos poéticos. Isso porque elas
oferecem maior expressividade ao texto.
No caso do anacoluto, na maioria das vezes, ele
enfatiza uma ideia ou mesmo uma pessoa do
discurso.
Normalmente, o termo inicial fica “solto” na
frase sem apresentar uma relação sintática com
os outros termos. Por exemplo: Meu vizinho,
soube que ele está no hospital.
A expressão "meu vizinho" parece ser o sujeito
da oração, mas quando terminamos a frase
podemos constatar que ele não possui essa
função sintática estabelecida.
Além de ser usado na linguagem literária e
musical, o anacoluto é utilizado na linguagem
coloquial (informal). Na linguagem cotidiana ele
é empregado pela espontaneidade típica
desses tipos de discursos.

Exemplos:
Anacoluto na Linguagem Oral
 Eu, acho que estou passando mal.
 Nora, lembro dela sempre que chego aqui.
 A vida, não sei como será sem ele.

Anacoluto na Literatura
 “Eu, que era branca e linda, eis-me medonha e
escura.” (Manuel Bandeira)
 “Eu, porque sou mole, você fica abusando.”
(Rubem Braga)
 “O relógio da parede eu estou acostumado com
ele, mas você precisa mais de relógio do que
eu”. (Rubem Braga)

Inversão ou Hipérbato – Conceito


O hipérbato ou inversão é uma figura de sintaxe
que faz parte das figuras de linguagem. Ele é
caracterizado pela inversão brusca da ordem direta
dos termos de uma oração ou período.

Na construção usual da língua, a ordem natural dos


termos da oração vem posicionada dessa maneira:
sujeito + predicado + complemento.

Sendo assim, o hipérbato interfere na estrutura


gramatical, invertendo a ordem natural dos termos
da frase. Por exemplo: Feliz ele estava. Na ordem
direta a frase ficaria: Ele estava feliz.

Note que o uso do hipérbato pode comprometer


muitas vezes o entendimento, ou mesmo gerar
ambiguidade.
Além do hipérbato, as figuras da sintaxe (ou
construção) são: a elipse, a zeugma, a silepse, a
anáfora, o anacoluto, o pleonasmo, o assíndeto e o
polissíndeto.
Exemplos:
Tanto na literatura, como na música, o hipérbato é
usado muitas vezes para auxiliar na rima e
sonoridade dos versos.
Mas lembre-se que também utilizamos essa figura
de linguagem no cotidiano, por exemplo:
 Está pronta a comida. (na ordem direta: a
comida está pronta)
 Morreu meu vizinho (na ordem direta: meu
vizinho morreu)
Exemplo na música:
“Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um
povo heroico o brado retumbante”.

Silepse – conceito

A silepse é uma figura de linguagem que está na


categoria de figura de sintaxe (ou de construção).
Isso porque ela está intimamente relacionada com a
construção sintática das frases.

A silepse é empregada mediante a concordância da


ideia e não do termo utilizado na frase. Dessa
forma, ela não obedece as regras de concordância
gramatical e sim por meio de uma concordância
ideológica.

Além da silepse, outras figuras de sintaxe são:


elipse, zeugma, hipérbato, assíndeto, polissíndeto,
anáfora, anacoluto e pleonasmo.
Dependendo do campo gramatical que ela atua, a
silepse é classificada em:
 Silepse de Gênero: quando há discordância
entre os gêneros (feminino e masculino);
 Silepse de Número: quando há discordância
entre o singular e o plural;
 Silepse de Pessoa: quando há discordância
entre o sujeito, que aparece na terceira pessoa,
e o verbo, que surge na primeira pessoa do
plural.

Exemplos:
 Silepse de Gênero: A velha São Paulo cresce a
cada dia.
 Silepse de Número: O povo se uniu e gritavam
muito alto nas ruas.
 Silepse de Pessoa: Todos os pesquisadores
estamos ansiosos com o congresso.

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