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DESCRIÇÃO

Conceitos, métodos e técnicas para execução de sistemas de instalações especiais em


edifícios.

PROPÓSITO
Compreender o conceito dos diversos sistemas de instalações especiais em edifícios para fins
de conhecimento e aplicação na prática, sendo eles os sistemas de comunicação, prevenção e
combate a incêndios e proteção contra descargas atmosféricas.

PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos uma calculadora ou use a calculadora
de seu smartphone/computador.
OBJETIVOS

MÓDULO 1

Reconhecer as instalações de comunicação e de cabeamento estruturado

MÓDULO 2

Identificar os recursos de prevenção e combate a incêndios

MÓDULO 3

Descrever o conceito de sistemas de proteção contra descargas atmosféricas

INTRODUÇÃO
Neste tema, vamos aprender sobre legislação e normas estabelecidas para instalações
especiais em edifícios: instalações de comunicação e de cabeamento estruturado, instalações
de prevenção e combate a incêndios e sistemas de proteção contra descargas atmosférica,
além das terminologias e simbologias mais utilizadas. Serão também apresentados os conceitos
e as aplicações de cada uma das instalações especiais.

SISTEMAS DE INSTALAÇÕES ESPECIAIS


EM EDIFÍCIOS
MÓDULO 1

 Reconhecer as instalações de comunicação e de cabeamento estruturado

TELEFONE
Ao longo dos anos, a indústria telefônica apresentou um grande salto, passando rapidamente de
telefones com fios para aparelhos sem fio, que não necessitam mais de cabeamento. Diante
disso, houve diversas modificações de normas técnicas para instalação e disposição de
telefones em edificações. Vamos estudá-las agora.

Foto: Shutterstock.com

NORMAS
Veja a seguir normas utilizadas para projetos de telefonia. Apesar de estarem canceladas pela
ABNT, elas ainda são utilizadas para fins de referência nesses tipos de projeto.

NBR 13.726/1996
Redes telefônicas internas em prédios – Tubulação de entrada telefônica – Projeto.

NBR 13.727/1996
Redes telefônicas internas em prédios – Plantas/partes componentes de projeto de tubulação
telefônica.

NBR 13.300/1996
Redes telefônicas internas em prédios – Terminologia.

NBR 14.306/1999
Proteção elétrica e compatibilidade eletromagnética em redes internas de telecomunicações em
edificações – Projeto.

MANUAL TÉCNICO
Redes de telecomunicações em edificações/2001 – Embratel/Sinduscon.

ENTRADA TELEFÔNICA
A entrada de telefonia segue os mesmos critérios da entrada de energia elétrica, porém deve-se
prever um distanciamento mínimo entre seus conduítes e os de eletricidade, antena de TV,
interfone, entre outros, para evitar interferências. Sua tubulação de entrada não pode ser de
tubo flexível, mas de PVC rígido, ferro esmaltado ou galvanizado.

A tubulação de entrada pode ser aérea ou subterrânea. A tubulação será aérea quando:

A rede telefônica externa da concessionária no local for aérea.


O número de pontos telefônicos previstos para a edificação for igual ou inferior a 21.


For determinado pela concessionária na aprovação do projeto de tubulação telefônica do prédio.

A tubulação de entrada deve ser subterrânea quando:

A rede externa no local for subterrânea.

O número de pontos telefônicos previsto para a edificação for superior a 21.

O construtor optar por entrada subterrânea por razões estéticas.

Houver determinação da concessionária na aprovação do projeto de tubulação telefônica da


edificação.

A responsabilidade pela instalação do cabo de entrada do prédio até a caixa de distribuição


geral (DG) é da concessionária de telefonia. O projeto e a execução da tubulação de entrada
cabem ao proprietário ou construtor — que devem ser previamente aprovados pela
concessionária de telefonia —, além do fornecimento e da instalação dos cabos telefônicos.
CAIXAS DE DISTRIBUIÇÃO
As caixas de distribuição devem ser localizadas em áreas comuns, porém em áreas internas e
cobertas da edificação, normalmente são localizadas em áreas de serviços, ou seja, de fácil
acesso. Nunca devem ser instaladas em halls sociais, áreas que dificultam o acesso a elas, no
interior de salão de festas ou atrás de portas.

Foto: Shutterstock.com

A Caixa principal do prédio ou caixa de Distribuição Geral é aquela que termina e interliga os
cabos de rede de telecomunicações externa e o(s) cabo(s) da rede de telecomunicações interna
do prédio. É nela que são instalados os dispositivos de supervisão e/ou proteção das
operadoras.

Já a caixa de distribuição primária é aquela prevista para edificações com vários blocos.
Portanto, é a caixa destinada à interligação do(s) cabo(s) à rede interna do prédio com os cabos
provenientes da caixa de distribuição geral.

As caixas de passagem, de distribuição e de distribuição geral, instaladas dentro do edifício, são


dimensionadas sempre em função do número de pontos telefônicos que passam em cada
trecho da tubulação.

Caixas de passagem garantem a passagem e o acesso à fiação, seja de rede elétrica, telefonia,
dados ou televisão.

Foto: Shutterstock.com
 Caixas de passagem garantem a passagem e o acesso à fiação, seja de rede elétrica,
telefonia, dados ou televisão.

Foto: Piralux, acessado em 25/02/2021

CAIXA DE DERIVAÇÃO
As caixas de derivação são utilizadas somente para junção e derivação de dutos retangulares.
São normalmente utilizadas em sistemas de distribuição telefônica de piso.

CAIXAS DE SAÍDA
As caixas de saída podem ser de parede ou de piso. Caixas de saída de parede podem ser
embutidas ou aparentes. Elas são de chapa metálica estampada, com furações para
eletrodutos, próprias para instalações embutidas em paredes. As caixas de saída instaladas no
piso podem ser confeccionadas em chapa metálica ou em material termoplástico.

PRUMADA TELEFÔNICA
A prumada telefônica de um prédio nada mais é do que o meio físico, disposto verticalmente,
destinado à instalação de blocos e cabos telefônicos para atendimento dos andares, ou seja, é
a espinha dorsal da tubulação telefônica. Deve ser localizada nas áreas comuns dos edifícios
que apresentem maior continuidade vertical do último andar até o andar térreo, onde quase
sempre está situada a caixa de distribuição geral.

Um prédio pode possuir mais de uma prumada, devido:

À existência de obstáculos intransponíveis no trajeto da tubulação vertical, gerando desvios na


prumada.


À arquitetura da edificação constituída por vários blocos separados sobre uma mesma base.


A edifícios que possuam várias entradas com áreas de circulação independentes.

As prumadas podem ser do tipo convencional, poço de elevação ou dirigida, dependendo das
características e finalidade do edifício, além do número de pontos telefônicos necessários.
A prumada convencional é a mais utilizada, sendo vista em edifícios residenciais, comerciais e
industriais em que o número de pontos acumulados é igual ou inferior a 300.

Imagem: Ana Catarina de Abreu


 Prumada convencional de telefonia.

O poço de elevação é utilizado em edifícios de grande porte, com elevado número de pontos
telefônicos. O poço nada mais é do que uma série de cubículos alinhados e dispostos
verticalmente, interligados por meio de abertura na laje.

Imagem: Ana Catarina de Abreu


 Poço de elevação para telefonia.

FIO TELEFÔNICO
Os fios telefônicos internos devem possuir condutores de cobre estanhado, torcidos e isolados
com PVC. Eles têm capacidade para dois ou três condutores e sua seção deve ser de 0,6mm,
podendo ser usados dentro de dutos ou fixados em paredes e rodapés, com presilhas especiais.

Os eletrodutos que abrigam os fios devem ser rígidos, sem costuras ou rebarbas, de ferro
galvanizado, metal esmaltado a quente, PVC ou similar.

PONTOS TELEFÔNICOS
O número de pontos telefônico em edifícios deve ser baseado na tabela a seguir, conforme o
manual técnico do Sinduscon.

Tipo Base de Cálculo Pontos

Até 2 quartos 2

Residências ou apartamentos Até 3 quartos 2

De 4 quartos ou mais 3

Até 50m² 2

Lojas

Acima de 50m² 1 + Área 100m²

Escritórios Cada 10m² 1

 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal


 Tabela: Manual Técnico – Redes de Telecomunicações em Edificações – Sinduscon-MG
(2020).

Previsão mínima de pontos de telecomunicações.

Para outros tipos de edificações, devem-se verificar a finalidade e o quantitativo desejados pelo
usuário final. Portanto, é importante consultar o manual antes de realizar o projeto final. Para
apartamentos populares, e com área inferior a 60m², deve ser previsto um (01) ponto telefônico,
independentemente da quantidade de dormitórios.

TOMADAS
No Brasil, existem atualmente dois tipos de tomadas telefônicas, o RJ-11 e a Telebrás. O plugue
RJ-11 é constituído de conectores do tipo 6P4C (6 posições, 4 condutores) com dois dos quatro
fios correndo para a caixa de junção.

Foto: Shutterstock.com
 Caixa de saída com terminal RJ-11.

Foto: Telefonline.com.br - autor desconhecdido


 Caixa de saída com padrão Telebrás.

A tomada padrão Telebrás utiliza um grande plugue, de 4cm x 4cm, com quatro pinos chatos,
três dos quais estão no mesmo sentido e o quarto rotacionado em 90 graus para impossibilitar a
inserção incorreta do plugue. O plugue RJ-11 vem substituindo a Telebrás, padrão mais antigo
no país.

SIMBOLOGIA DE TELEFONIA

Tubulação no piso, indicação de diâmetro.


Imagem: Ana Catarina
de Abreu

Tubulação no teto, indicação de diâmetro.


Imagem: Ana Catarina
de Abreu

Caixa de distribuição geral.


Imagem: Ana Catarina
de Abreu
Caixa de distribuição ou de passagem.

Imagem: Ana Catarina


de Abreu

Caixa subterrânea.

Imagem: Ana Catarina


de Abreu

Caixa de saída, na parede, a 30cm do centro do piso.

Imagem: Ana Catarina


de Abreu

Caixa de saída, na parede, a 130cm do centro do piso.

Imagem: Ana Catarina


de Abreu

Caixa de saída no piso.


Imagem: Ana Catarina
de Abreu

Sumário de contagem (a) pontos por andar; (b) pontos


acumulados no andar.

Imagem: Ana Catarina


de Abreu

Tubulação que sobe.

Imagem: Ana Catarina


de Abreu

Tubulação que desce.

Imagem: Ana Catarina


de Abreu

 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

 Tabela: Ana Catarina de Abreu


CABEAMENTO ESTRUTURADO

O cabeamento estruturado foi criado pela necessidade de estruturação e padronização das


redes de computadores. É um sistema capaz de atender às necessidades de telecomunicações
dos usuários de redes nos mais diferentes tipos de edificações. No cabeamento estruturado, as
tomadas podem ser usadas para qualquer aplicação disponível na rede, ou seja, não são
específicas para voz, dados ou outro serviço.

As principais normas para cabeamento estruturado são as ABNT:

NBR 16264:2016
Cabeamento estruturado residencial
NBR 14565:2019
Cabeamento estruturado para edifícios comerciais

NBR 16665:2019
Cabeamento estruturado para data centers

Além desta, existem diversas normas internacionais como as ISO/IEC e as norte-americanas


ANSI/TIA, que também tratam desse tema.

A NBR 14565 apresenta as especificações para o cabeamento estruturado em um edifício ou


conjunto de edifícios comerciais em um campus. Ela especifica os seguintes elementos
funcionais do cabeamento para edifícios comerciais:

Distribuidor de campus (CD)

Backbone de campus

Distribuidor de edifício (BD)

Backbone de edifício

Distribuidor de piso (FD)

Cabeamento horizontal

Ponto de consolidação (CP)

Cabo do ponto de consolidação (cabo do CP)

Tomada de telecomunicações multiusuário (MUTO)

Tomada de telecomunicações (TO)

Equipamento terminal (TE)

SUBSISTEMAS
Os sistemas de cabeamento em edifícios comerciais contêm até três subsistemas:

BACKBONE DE CAMPUS


BACKBONE DE EDIFÍCIO


CABEAMENTO HORIZONTAL

Os subsistemas são interconectados para formar um sistema de cabeamento, como a estrutura


ilustrada a seguir.

Imagem: NBR 14565 – cabeamento estruturado para edifícios comerciais (2019)


 Estrutura de cabeamento

Os elementos funcionais dos subsistemas de cabeamento são interconectados para formar uma
estrutura hierárquica

ESTRUTURA HIERÁRQUICA DO CABEAMENTO


Imagem: NBR 14565 – cabeamento estruturado para edifícios comerciais (2019)


 Subsistemas de cabeamento

ESTRUTURA PARA CABEAMENTO CENTRALIZADO

Imagem: NBR 14565 – cabeamento estruturado para edifícios comerciais (2019)


 Subsistemas de cabeamento
LOCALIZAÇÃO DOS ELEMENTOS
FUNCIONAIS
Distribuidores podem ser colocados na Sala de Equipamentos ou nas Salas de
Telecomunicações.

Imagem: NBR 14565 – cabeamento estruturado para edifícios comerciais (2019)


 Localização dos elementos funcionais do cabeamento.

A sala de equipamentos é um espaço reservado para a instalação de equipamentos e


interconexão de cabeamentos entre computadores distribuídos em um campus ou edifício. Ela
deve prever um espaço para a infraestrutura de entrada, onde são feitas as conexões entre o
cabeamento externo, de responsabilidade dos provedores de serviço, e o cabeamento interno.

Sala de telecomunicações é um espaço dentro do prédio que pode assumir várias funções,
tais como distribuidor do edifício, distribuidor de campus ou subsistema de cabeamento
horizontal.

TIPOS DE CABOS
Existem três tipos de cabos de comunicação:

CABO COAXIAL
É um dos cabos mais utilizados. Um cabo coaxial consiste em um fio de cobre rígido, envolto
por um material isolante, que, por sua vez, é envolto por um condutor cilíndrico externo na forma
de uma malha metálica entrelaçada ou de uma lâmina metálica.

Devido à sua blindagem, oferece melhor barreira ao ruído, permitindo suportar velocidades da
ordem de dezenas de megabits por segundo por distâncias significativas, sem a necessidade de
regeneração do sinal e sem distorções.

CABOS DE PARES TRANÇADOS


O cabo de par trançado (twisted pair) pode apresentar blindagem e é formado por dois
condutores torcidos, para efeitos de cancelamento de correntes, evitando as interferências
eletromagnéticas (EMI) de fontes externas. Em comparação com o cabo coaxial, o cabo de par
trançado é um meio de transmissão de menor custo por comprimento, no entanto possui a
desvantagem de ser sensível às interferências e ao ruído elétrico.

CABOS DE FIBRA ÓPTICA


São cabos que utilizam sinais luminosos para a transmissão e recepção dos dados. A fibra
óptica é fabricada com material dielétrico, geralmente plástico ou vidro. É utilizada para
transportar informação pela propagação da luz, ou seja, a transmissão da informação se dá pelo
envio de um sinal de luz codificado, dentro do domínio de frequência do infravermelho, através
da estrutura da fibra.

As fibras ópticas são imunes a interferências eletromagnéticas e a ruídos eletromagnéticos. São


também mais finas e mais leves do que cabos metálicos. São utilizadas em sistemas de
comunicação em que as taxas de transmissão se situam entre 1 Mbps e 1Tbps em uma única
fibra. Porém, as fibras são frágeis e não possuem uma padronização no mercado.

CLASSE DO CABEAMENTO
A NBR 14565 especifica as seguintes classes e categorias de desempenho para cabeamento
balanceado:

CLASSE A
Especificada até 100kHz

CLASSE B
Especificada até 1MHz

CLASSE C/CATEGORIA 3
Especificada até 16MHz

CLASSE D/CATEGORIA 5E
Especificada até 100MHz

CLASSE E/CATEGORIA 6
Especificada até 250MHz

CLASSE EA/CATEGORIA 6A
Especificada até 500MHz

CLASSE F/CATEGORIA 7
Especificada até 600MHz

CATEGORIA 8
Especificada até 2000 MHz

Os cabos classes A, B e C não são reconhecidos para uso em sistemas de cabeamento


estruturado, mas podem ser utilizados para aplicações de voz. Os cabos Classe C/Categoria 3
são utilizados para dados em baixas velocidades (10Mb/s), porém já se encontra em desuso. Os
cabos categorias 5e, 6, 6a e 7 (classes D, E, EA e F) são usados em edifícios comerciais nos
subsistemas de cabeamento horizontal e backbone.

Os cabos ópticos são normalmente usados para transmissão laser e oferecem suporte a
aplicações de altas velocidades. O uso de cabeamento óptico em edifícios comerciais é mais
comum no subsistema de backbone.

PADRÃO TOMADA PARA CABEAMENTO


O padrão de tomada adotado no Brasil para cabeamento de telecomunicações é o RJ45.
Apesar de haver outros padrões de conexão, praticamente todos os equipamentos que operam
em rede possuem portas RJ45.

Foto: Shutterstock.com
 Tomada para cabeamento de telecomunicações RJ45

Trata-se de uma peça de plástico com oito pinos na porta, também chamado de 8P8C. Quatro
de seus pinos são usados para enviar e receber dados, enquanto os outros quatro são usados
para outras tecnologias ou dispositivos de rede de energia.

Podemos verificar que é bem parecido com o de telefonia RJ11, porém o conector RJ45 é usado
em redes, enquanto o RJ11 é o conector de cabo usado em aparelhos telefônicos, ADSL e
cabos de modem. Além disso, também há diferenças na estrutura do conector. Como
apresentado, o RJ11 possui apenas quatro fios e o RJ 45 oito fios; como consequência, o
conector RJ45 é um pouco maior do que o RJ11.

SIMBOLOGIA PARA CABEAMENTO


ESTRUTURADO
A seguir são representados alguns símbolos para cabeamento estruturado, conforme a Norma
NBR 14565.

Ponto de terminação de rede ou caixa para distribuição a


130cm de seu eixo do piso.
Imagem: Ana
Catarina de Abreu

Caixa ou gabinete montado em prancha de madeirite tratada,


para fixação de blocos.
Imagem: Ana
Catarina de Abreu

Caixa de passagem a 130cm de seu piso.

Imagem: Ana
Catarina de Abreu

Ponto de consolidação (CP).


Imagem: Ana
Catarina de Abreu

Tomada de Telecomunicações (TO) a 30cm do piso.

Imagem: Ana
Catarina de Abreu

Tomada de Telecomunicações (TO) a 130cm do piso.

Imagem: Ana
Catarina de Abreu

Tomada de Telecomunicações (TO) a 230cm do piso.

Imagem: Ana
Catarina de Abreu

Tomada de Telecomunicações (TO) em mobiliário.


Imagem: Ana
Catarina de Abreu

Tomada de Telecomunicações (TO) em laje ou sob o piso.


Imagem: Ana
Catarina de Abreu

Tomada de Telecomunicações (TO) no piso.

Imagem: Ana
Catarina de Abreu

Tubulação que sobe.

Imagem: Ana
Catarina de Abreu
Tubulação que desce.

Imagem: Ana
Catarina de Abreu

Barra de terra.
Imagem: Ana
Catarina de Abreu

Gabinete para blocos e equipamentos.

Imagem: Ana
Catarina de Abreu

 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

 Tabela: Ana Catarina de Abreu

VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. DE ACORDO COM A NBR 14565, O CABO METÁLICO CATEGORIA 6A


OPERA A UMA FREQUÊNCIA DE ATÉ:

A) 500 MHz

B) 250 MHz

C) 100 kHz
D) 15 MHz

E) 1 GHz

2. EM UM PROJETO DE TELEFONIA, A TUBULAÇÃO DE ENTRADA


DEVERÁ SER AÉREA QUANDO:

A) O número de pontos telefônicos previstos para a edificação for superior a 30 pontos.

B) A rede telefônica da concessionária for subterrânea.

C) O número de pontos telefônicos previstos para a edificação for inferior a 21 pontos.

D) Existir prumada convencional na edificação.

E) A caixa de distribuição principal for aparente.

GABARITO

1. De acordo com a NBR 14565, o cabo metálico Categoria 6A opera a uma frequência de
até:

A alternativa "A " está correta.

Conforme a NBR 14565, a Classe EA/Categoria 6ª é especificada até 500 MHz.

2. Em um projeto de telefonia, a tubulação de entrada deverá ser aérea quando:

A alternativa "C " está correta.

A tubulação de entrada pode ser aérea ou subterrânea. A tubulação será aérea quando o
número de pontos telefônicos previstos para a edificação for igual ou inferior a 21.

MÓDULO 2

 Identificar os recursos de prevenção e combate a incêndios


CONCEITO DE INSTALAÇÕES DE
PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS

MEDIDAS E INSTALAÇÕES DE PREVENÇÃO


E COMBATE A INCÊNDIOS
Em relação à prevenção e ao combate a incêndios, existem medidas e instalações que devem
ser utilizadas de acordo com sua ocupação e seu uso. Entre essas medidas, podemos destacar
as seguintes:

EXTINTORES

CHUVEIROS (TAMBÉM CONHECIDOS COMO


SPRINKLERS)

SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
PLANO DE EMERGÊNCIA E ROTAS DE FUGA

CONTROLES DE FUMAÇA

CONTROLE DE MATERIAIS DE ACABAMENTO

A necessidade e a complexidade de cada uma delas são definidas pelos Códigos de Segurança
contra Incêndio e Pânico (COSCIP), no âmbito de cada estado, e está geralmente relacionada
ao tipo e à área construída da edificação.

A seguir, pode ser vista a Tabela presente em um Anexo dos COSCIP, Decreto nº 46.925 de 05
de fevereiro de 2020, do estado do Rio de Janeiro.

Exigências para edificações com área menor ou igual a 900m2 e até 02 pavimentos

Grupo / Divisão de ocupação e uso


A, D,
Medidas de B C F H I, J, M3 L1
E, G
segurança
F1, F2,
contra incêndio
F3, F4, F5,
e pânico - - - F6 F9 H1, H4 H2, H3 - -
F7, F8, F11
F10

Extintores X X X X X X X X X X1 X

Sinalização
de X X X X X X X X X X1 X
Segurança

Iluminação
de X X X X X X X X X X1 -
emergência
Exigências para edificações com área menor ou igual a 900m2 e até 02 pavimentos

Grupo / Divisão de ocupação e uso


A, D,
Medidas de B C F H I, J, M3 L1
E, G
segurança
F1, F2,
contra incêndio
F3, F4, F5,
e pânico - - - F6 F9 H1, H4 H2, H3 - -
F7, F8, F11
F10

Saídas de
X X X X X X X X X X1 X
emergência

Plano de
- - - - - X2 - - X - -
emergência

Controle de
materiais de - X - X X X - - X - X
acabamento

Controle de
- - - - - X3,4 - - - - -
fumaça

 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal

 Tabela: COSCIP-RJ (2020)

As principais normas técnicas brasileiras que disciplinam o projeto de instalações de redes de


combate a incêndio no Brasil são as seguintes:

ABNT NBR 10897


Sistemas de proteção contra incêndio ou chuveiros automáticos – Requisitos

ABNT NBR 13714


Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio

ABNT NBR 12693:2013


Sistema de proteção por extintores de incêndio
ABNT NBR 15808:2017
Extintores de incêndio portáteis

ABNT NBR 15809:2017


Extintores de incêndio sobre rodas

Neste módulo, estudaremos um pouco sobre as instalações especiais de extintores e de


chuveiros automáticos (sprinklers).

INSTALAÇÕES DE EXTINTORES DE
INCÊNDIO
Dá-se o nome de extintores de incêndio aos aparelhos de acionamento manual, constituídos de
recipiente e acessórios e contendo o agente extintor destinado a combater princípios de
incêndio.

Foto: Shutterstock.com
 Extintor de incêndio

Extintores de incêndio podem ser portáteis ou sobre rodas, sendo que os primeiros são aqueles
que possuem massa total até 245kgf, e os últimos os que possuem massa total acima de
245kgf.

Foto: Shutterstock.com
 Extintor de incêndio

Os extintores de incêndio são classificados de acordo com o material com que combatem o
fogo. Antes, porém, vamos entender o tipo de fogo, que pode ser classificado em três
categorias, conforme descrito a seguir:

FOGO CLASSE A
Fogo envolvendo materiais combustíveis sólidos, tais como madeiras, tecidos, papéis,
borrachas, plásticos termoestáveis e outras fibras orgânicas, que queimam em superfície e
profundidade, deixando resíduos.

FOGO CLASSE B
Fogo envolvendo líquidos e/ou gases inflamáveis ou combustíveis, plásticos e graxas que se
liquefazem por ação do calor e queimam somente em superfície.

FOGO CLASSE C
Fogo envolvendo equipamentos energizados, fios, cabos, quadros elétricos e similares, onde
devem ser utilizados extintores não condutores de eletricidade para proteger seus operadores.

Desse modo, os extintores podem conter os seguintes agentes:

Água

Espuma mecânica
Espuma química

Pó químico

Dióxido de carbono (CO2)

Compostos halogenados

Devem ser escolhidos extintores com graus de capacidade extintora adequados para os tipos de
fogo mencionados.

Assim, para combatermos fogos da classe A, devem ser selecionados extintores com carga d
´água ou de espuma mecânica. Para combatermos fogos da classe B, devem ser utilizados
extintores com carga de espuma mecânica, dióxido de carbono, de compostos halogenados ou
de pó químico. Contudo, se gases inflamáveis estiverem envolvidos, devem-se selecionar
apenas extintores com carga de pó químico. Para os fogos de classe C, devem ser utilizados
extintores com carga de dióxido de carbono, de compostos halogenados ou de pó químico.

Foto: Shutterstock.com

 VOCÊ SABIA?
Você já viu um extintor dentro de um veículo? Ele possui um pó químico que combate tanto o
fogo A, como o fogo B e o C. É o chamado de Extintor ABC e possui sempre, de acordo com o
Conselho Nacional de Trânsito, capacidade de 01kg.

O volume e a quantidade de material alocado dentro dos extintores são organizados de modo a
formarem uma “capacidade extintora mínima”. É daí que são definidos os volumes dos
extintores a serem vendidos no mercado, que devem encerrar, no mínimo, a sua “capacidade
extintora mínima”.

CAPACIDADE EXTINTORA MÍNIMA

Medida do poder de extinção de fogo de um extintor, obtida em ensaio prático normalizado


(NBR 12693).

Cada pavimento deve possuir no mínimo duas unidades extintoras, sendo uma para incêndio
classe A e outra para incêndio classes B e C. De acordo com esse número, podem-se instalar
duas unidades extintoras de pó ABC.

Se a área construída da edificação for menor do que 50m2, pode ser instalada apenas uma
unidade extintora ABC.

Além da área, outra variável que deve ser considerada na escolha dos extintores é a distância
máxima a ser percorrida, que varia em função do risco de incêndio. Quanto mais alta a carga de

incêndio específica, calculada em MJ/m2, maior é o risco, que pode ser classificado como baixo,
médio ou alto.

Para o caso do COSCIP-RJ, por exemplo, a tabela da determinação das áreas e distâncias é a
dada a seguir:

Determinação da unidade extintora mínima, área e distância a serem percorridas para o


dimensionamento de extintores de incêndio para classe A, B e C.

Risco
Extintor / risco
Pequeno Médio 1 e 2 Grande

Área máxima protegida por 01 (uma) unidade 250 150 100

extintora m2 m2 m2
Determinação da unidade extintora mínima, área e distância a serem percorridas para o
dimensionamento de extintores de incêndio para classe A, B e C.

Risco
Extintor / risco
Pequeno Médio 1 e 2 Grande

Distância máxima percorrida 20 m 15 m 10 m

 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal

 Tabela: COSCIP-RJ, Nota Técnica NT 2-01 (2020)

REDES DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS


De acordo com a NBR 10897, um sistema de chuveiros automáticos consiste em um sistema
integrado de tubulações aéreas e subterrâneas alimentado por uma ou mais fontes de
abastecimento automático de água.

Foto: Shutterstock.com

A parte do sistema de chuveiros automáticos acima do piso consiste em uma rede de


tubulações instalada em construções, normalmente junto ao teto, onde são conectados
chuveiros automáticos segundo um padrão regular.
Uma rede de chuveiros automáticos apresenta os seguintes componentes:

CHUVEIROS AUTOMÁTICOS
Dispositivos para extinção ou controle de incêndios, que funcionam automaticamente quando
seu elemento termossensível é aquecido à sua temperatura de operação ou acima dela,
permitindo a descarga da água sobre uma área específica.

Os chuveiros automáticos podem ser classificados ainda pela temperatura com que rompem, o
que é identificado pela cor de sua ampola interna. A foto a seguir mostra um chuveiro que
rompe quando a temperatura chega a 68°C.

Foto: Shutterstock.com
 Chuveiro automático

Quanto ao sistema, os chuveiros automáticos podem ainda ser de ação prévia, de dilúvio, de
tubo molhado, de tubo seco, ou até mesmo de duas categorias ao mesmo tempo, como os
chuveiros automáticos de ação prévia e de tubo seco.

RAMAIS
Ramificações onde os chuveiros automáticos são instalados diretamente.

TUBULAÇÕES SUBGERAIS
São aquelas que alimentam os ramais.

TUBULAÇÕES GERAIS
São aquelas que alimentam as subgerais.

COLUNA DE ALIMENTAÇÃO
Tubulações verticais de um sistema de chuveiros automáticos.

COLUNA PRINCIPAL DE ALIMENTAÇÃO DO SISTEMA


Tubulação não subterrânea, horizontal ou vertical, localizada entre a fonte de abastecimento de
água e as tubulações gerais e subgerais. Conta ainda com uma válvula de controle e um
dispositivo de alarme de vazão de água.

Quanto aos riscos de incêndio, classificá-los é importante para determinar melhores soluções e
arranjos para os chuveiros, de modo a atender à necessidade do ambiente.

Existem quatro classificações, a saber:

Ocupação de risco leve: ocupações isoladas em que o volume e/ou combustibilidade do


conteúdo no ambiente são baixos, tais como edifícios residenciais, escolas, escritórios,
hospitais, hotéis e motéis e outros.

Ocupação de risco moderado: ocupações isoladas em que o volume e/ou a combustibilidade do


conteúdo no ambiente são médios, tais como bebidas, confecções, couros e fabricação de
eletrônicos.

3
Ocupação de risco extraordinário: ocupações ou parte delas em que se empregam líquidos
inflamáveis e/ou combustíveis de alto volume e combustividade, tais como asfalto, fogos de
artifício, colas inflamáveis, solventes.

Ocupação de risco pesado: ocupações ou parte delas em que se empregam líquidos inflamáveis
e/ou combustíveis e/ou produtos de alta combustividade, como borracha, papel e papelão.

O sistema ainda pode ser decomposto em quatro subsistemas:

Fonte de abastecimento de água: um suprimento de água exclusivo que permita uma operação
automática, com capacidade suficiente para atender adequadamente à demanda do sistema.
Pode ser um reservatório elevado, semienterrado ou subterrâneo.

Sistema de pressurização: é preciso agregar um dispositivo de pressurização para garantir


vazão e pressão adequadas ao sistema para seu pleno funcionamento. Isso geralmente é
realizado por meio de um conjunto motobomba, que deve dispor ainda de dispositivo para
partida automática por queda de pressão hidráulica. O sistema também deve instalar uma outra
bomba de pressurização (Bomba JOCKEY) para compensar pequenos e eventuais vazamentos.

Válvula de governo e alarme (VGA): válvula de retenção com uma série de orifícios roscados
para ligação de dispositivos de segurança e alarme, como manômetros, linhas de alarme e
válvulas de drenagem para esvaziar o sistema e reabastecer os chuveiros atingidos com fogo.

Rede de distribuição: o sistema de distribuição é outro elemento do sistema composto por uma
rede de tubulações que liga a VGA aos chuveiros automáticos.

A rede de chuveiros automáticos e seus componentes descritos podem se organizar de quatro


modos diferentes, como descrito a seguir:

Imagem: NBR 10897 (2008) adaptado por Ana Catarina de Abreu

A instalação e o arranjo dos chuveiros possuem duas condicionantes principais: o espaçamento


entre eles e a limitação na área de cobertura de cada chuveiro.

Quanto às distâncias máximas entre ramais e ramais e chuveiros, são classificadas de acordo
com a classe de risco de ocupação, conforme a tabela a seguir:

Classe de risco de Distâncias máximas entre ramais e entre chuveiros e ramais


ocupação (m)

Leve 4,6

Ordinário 4,6

Extraordinário 3,7 (4,6 se densidade menor que 10,2mm/min)

 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal

 Tabela: NBR 10897 (2008)

A área máxima de cobertura por chuveiro também é determinada em função da classe de risco
da ocupação, conforme pode ser visto na tabela a seguir:

Classe de risco de
Área máxima
ocupação
Classe de risco de
Área máxima
ocupação

Leve 18,6m2 (Tabela)/20,9m2 (Dimensionamento hidráulico)

Ordinário 12,1m2

8,4m2 (Tabela)/9,3m2 ou 12,1m2 (Dimensionamento


Extraordinário
hidráulico)

 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal

 Tabela: NBR 10897 (2008)

DIMENSIONAMENTO DA REDE DOS


CHUVEIROS AUTOMÁTICOS
Existem dois tipos de dimensionamento de rede de chuveiros automáticos: por tabela e por
dimensionamento hidráulico, que considera dados como a perda de carga. Neste módulo,
vamos ver apenas o primeiro modo.

No dimensionamento por tabela, devem ser utilizadas as tabelas e recomendações a seguir


para dimensionar a rede:

Diâmetro Quantidade máxima de chuveiros - Quantidade máxima de chuveiros -


nominal tubo de aço tubo de cobre

Número dechuveiros: risco leve

25 2 chuveiros 2 chuveiros

32 3 chuveiros 3 chuveiros
Diâmetro Quantidade máxima de chuveiros - Quantidade máxima de chuveiros -
nominal tubo de aço tubo de cobre

40 5 chuveiros 5 chuveiros

50 10 chuveiros 12 chuveiros

65 30 chuveiros 40 chuveiros

80 60 chuveiros 65 chuveiros

90 100 chuveiros 115 chuveiros

Número dechuveiros: risco ordinário

25 2 chuveiros 2 chuveiros

32 3 chuveiros 3 chuveiros

40 5 chuveiros 5 chuveiros

50 10 chuveiros 12 chuveiros

65 20 chuveiros 25 chuveiros

80 40 chuveiros 45 chuveiros

90 65 chuveiros 75 chuveiros

100 100 chuveiros 115 chuveiros


Diâmetro Quantidade máxima de chuveiros - Quantidade máxima de chuveiros -
nominal tubo de aço tubo de cobre

125 160 chuveiros 180 chuveiros

150 275 chuveiros 300 chuveiros

 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal

 Tabela: NBR 10897 (2008)

VAMOS FAZER UM EXERCÍCIO POR MEIO DO QUAL


PODEREMOS PRATICAR AS DEFINIÇÕES VISTAS AQUI
E APLICÁ-LAS A UM DIMENSIONAMENTO DE
CHUVEIROS AUTOMÁTICOS.

UM SISTEMA DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS PARA


UMA CONSTRUÇÃO COM UM PAVIMENTO DE
ESCRITÓRIOS (RISCO LEVE) DE 30M X 15M DE
TERRENO É PROJETADO.

DETERMINE O AFASTAMENTO ENTRE CHUVEIROS


QUE DEVE SER OBEDECIDO.

RESPOSTA
Trata-se de uma área de risco e ocupação leve. Então, de acordo com a tabela a seguir, a
distância máxima entre ramais e entre chuveiros e ramais é de 4,6m.
Classe de risco de Distâncias máximas entre ramais e entre chuveiros e ramais

ocupação (m)

Leve 4,6

Ordinário 4,6

Extraordinário 3,7

 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal

 Tabela: NBR 10897 (2008)

DETERMINE A ÁREA MÁXIMA DE COBERTURA ENTRE


CHUVEIROS.

RESPOSTA
A área máxima de cobertura de chuveiros também deve ser determinada por uma tabela. Dessa

maneira, a área de cobertura é de 18,6m2 para um risco de ocupação leve.

Classe de risco de ocupação Área máxima

Leve 18,6m2 (Tabela)/21m2 (Dimensionamento hidráulico)

Ordinário 12m2

Extraordinário 8,4m2 (Tabela)/9,6m2 (Dimensionamento hidráulico)

 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal

 Tabela: NBR 10897 (2008)


VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. A REDE ILUSTRADA A SEGUIR REFERE-SE AO ARRANJO:

A) Ramais laterais com alimentação lateral

B) Ramais laterais com alimentação central

C) Ramais centrais com alimentação lateral

D) Ramais centrais com alimentação central

E) Ramais centrais com aterramento

2. O MATERIAL QUE NÃO PODE SER UTILIZADO PARA COMBATER


INCÊNDIOS NA REDE ELÉTRICA DE SUA CASA É O (A):

A) Água

B) Dióxidos de carbono

C) Pó químico

D) Compostos halogenados

E) Todos os citados podem ser utilizados para apagar o fogo nesta situação

GABARITO

1. A rede ilustrada a seguir refere-se ao arranjo:


A alternativa "B " está correta.

O arranjo anterior refere-se aos ramais laterais com alimentação central, caracterizados pela
subida no centro da instalação e pelos ramais de chuveiros sendo dispostos lateralmente.

2. O material que não pode ser utilizado para combater incêndios na rede elétrica de sua
casa é o (a):

A alternativa "A " está correta.

Por se tratar de um fogo do tipo C, a utilização de água tenderá a piorar o incêndio, uma vez
que é condutora de eletricidade.

MÓDULO 3

 Descrever o conceito de sistemas de proteção contra descargas atmosféricas.

INTRODUÇÃO AO SPDA
NORMAS
O Brasil é o país com a maior incidência de raios do mundo. Raios podem resultar em prejuízos
como:

Danos à estrutura e ao seu conteúdo.

Falhas aos sistemas eletroeletrônicos associados.

Ferimentos a seres vivos dentro ou perto das estruturas, podendo ser estendidos às
vizinhanças da estrutura ou até mesmo ao meio ambiente.

Foto: Shutterstock.com

Para reduzir as perdas causadas pelas descargas atmosféricas, podem ser necessárias
medidas de proteção. Por isso, é de grande importância a utilização de um sistema de proteção
contra descargas atmosféricas (SPDA) nas instalações. O SPDA consiste em interceptar uma
descarga atmosférica para a estrutura, via subsistema de captação, conduzir a corrente de
descarga seguramente para a terra, via subsistema de descida, e dispersar a corrente na terra,
via subsistema de aterramento.

A norma utilizada no Brasil para sistemas de proteção contra descargas atmosféricas é a ABNT
NBR 5419 – Proteção contra descargas atmosféricas, que é dividida em 4 capítulos:

Princípios gerais


Gerenciamento de risco


Danos físicos a estruturas e perigos à vida


Sistemas elétricos e eletrônicos internos na estrutura

Em 2015, o termo SPDA deixou de ser o tema único e passou a apresentar também uma área
específica de proteção: MPS – medidas de proteção contra surtos. O SPDA continua tratando
da proteção contra danos físicos à estrutura e risco à vida, enquanto as MPS são voltadas à
proteção dos sistemas elétricos e eletrônicos instalados na estrutura a ser protegida.

SPDA

Sistema de proteção contra descargas atmosféricas

CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS


Vamos utilizar os níveis de proteção indicados pela NBR 5419 (2005), em que é especificado
pela função do tipo de estrutura.

ETI (equipamentos de tecnologia da informação) podem ser instalados em todos os tipos


de estrutura, inclusive estruturas comuns. É impraticável a proteção total contra danos
causados pelos raios dentro dessas estruturas; não obstante, devem ser tomadas medidas
(conforme a ABNT NBR 5410), de modo a limitar os prejuízos a níveis aceitáveis.

2
Estruturas de madeira: nível III; estruturas nível IV. Estruturas contendo produtos agrícolas
potencialmente combustíveis (pós de grãos) sujeitos à explosão são consideradas com
risco para arredores.

Classificação Nível de
Tipo de estrutura Efeitos das descargas atmosféricas
da Estrutura proteção

Estruturas Perfuração da isolação de instalações

comuns 1 elétricas, incêndio e danos materiais.


Residências Danos normalmente limitados a objetos III
no ponto de impacto ou no caminho do
raio.

Risco direto de incêndio e tensões de


passos perigosos. Risco indireto devido
Fazendas e III
à interrupção de energia e risco de vida
estabelecimentos ou
para animais devido à perda de
agropecuários IV 2
controles eletrônicos, ventilação,
suprimento de alimentação e outros.

Teatros, escolas, Danos a instalações elétricas (por


lojas de exemplo, iluminação) e possibilidade
departamentos, de pânico. Falha do sistema de alarme II
áreas esportivas contra incêndio, causando atraso no
e igrejas socorro.

Bancos,
Como já mencionado, além de efeitos
companhias de
indiretos com a perda de
seguro, II
comunicações, falha dos computadores
comerciais e
e perda de dados.
outros
Classificação Nível de
Tipo de estrutura Efeitos das descargas atmosféricas
da Estrutura proteção

Como para escolas, além dos efeitos


Hospitais, casas
indiretos para pessoas em tratamento
de repouso e II
intensivo, dificuldade de resgate de
prisões
indivíduos imobilizados.

Efeitos indiretos conforme o conteúdo


das estruturas, variando de danos
Indústrias III
pequenos a prejuízos inaceitáveis e
perda de produção.

Museus e locais Perda de patrimônio cultural


II
arqueológicos insubstituível.

Interrupção inaceitável de serviço


Estações de
Estruturas público por breve ou longo período.
telecomunicação,
com risco Risco indireto às imediações devido a I
usinas elétricas,
confinado incêndios e outros com risco de
indústrias
incêndio.

Refinarias,
Estruturas
postos de
com risco Risco de incêndio, explosão da
combustível, I
para os instalação e seus arredores.
fábricas de fogos
arredores
e munição

Estruturas Indústrias
Riscos de incêndio e falhas de
com risco químicas, usinas
operação, com consequências
para o nucleares, I
perigosas para o local e para o meio
meio laboratórios
ambiente.
ambiente bioquímicos
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal

 Classificação de estruturas para determinação do nível de proteção.

Tabela: B.6 da NBR 5419 (2005).

MÉTODOS PARA PROTEÇÃO


Subsistemas de captação podem ser compostos por qualquer combinação dos seguintes
elementos:

HASTES (INCLUINDO MASTROS)


CONDUTORES SUSPENSOS


CONDUTORES EM MALHA

Os métodos de proteção definidos pela Norma 5419 são:


Fonte: André Ben-Hur da Silva Figueiredo

MÉTODO DE HASTES
O método também é conhecido como método de Franklin, em homenagem ao seu inventor,
Benjamin Franklin, que construiu o primeiro em 1760. É baseado em um cone, formado por um
mastro cujo ângulo é especificado em função do nível de proteção e da altura.

Imagem: Ana Catarina de Abreu

Podemos encontrar o raio da base do cone e sua área pelas fórmulas

R = H ∙ tgα
e

S = π ∙ R2

, respectivamente.

Fonte: André Ben-Hur da Silva Figueiredo

MÉTODO DA ESFERA ROLANTE


Também conhecido como método eletrogeométrico, em que uma esfera imaginária rola ao redor
e no topo da estrutura em todas as direções possíveis de uma edificação. Utiliza mastros para-
raios e anéis captores horizontais, cuja geometria é definida pela esfera cujo raio depende do
nível de proteção.

Imagem: Ana Catarina de Abreu

Fonte: André Ben-Hur da Silva Figueiredo

MÉTODO DAS MALHAS


Também conhecido como Gaiola de Faraday, nele os condutores circundam a estrutura e assim
efetuam malhas sobre ela. Utilizam-se como captores um conjunto de terminais aéreos e
condutores em malha fixados na estrutura a ser protegida, envolvendo-a. A cada distanciamento
máximo dos condutores da malha previsto em norma, são instalados mais condutores em volta
da estrutura. Por fim, ligam-se os condutores de descida com os condutores em volta da
estrutura e as hastes de aterramento, finalizando desse modo a gaiola.

Imagem: Ana Catarina de Abreu

Os métodos 2 e 3 são indicados para todos os casos, porém o método 1 é adequado para
edifícios, mas está sujeito ao limite de altura, indicado na tabela e figura a seguir.

Método de proteção

Classe Raio da esfera Máximo afastamento dos Ângulo de


do SPDA rolante – R (m) condutores da malha (m) proteção α

I 20 5x5

II 30 10x10

Ver Figura

III 45 15x15

IV 60 20x20

 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal

 Valores máximos dos raios da esfera rolante, tamanho da malha e ângulo.

Tabela: 2 da NBR 5419 - Parte 3 (2015)


Imagem: Figura 1 da NBR 5419 - Parte 3 (2015)

NOTA 1: Para valores de H (m) acima dos valores finais de cada curva (classes I a IV) são
aplicávei apenas os métodos da esfera rolante e das malhas.

NOTA 2: H é a altura do captor acima do plano de referência da área a ser protegida.

NOTA 3: O ângulo não será alterado para valores de H abaixo de 2m.

 Ângulo de proteção correspondente à classe de SPDA.

CAPTAÇÃO E DESCIDA

MATERIAIS DOS CONDUTORES DE


CAPTAÇÃO E DESCIDA
Os materiais para condutores de captação e descida podem ser aqueles já pertencentes às
construções, como coberturas metálicas, tubulações metálicas, grades etc., contanto que exista
continuidade entre as partes e possuam espessuras mínimas, conforme a tabela a seguir.
AT

Previne a perfuração, pontos quentes ou ignição.

B T’

Somente para chapas metálicas, se não for importante prevenir a perfuração, pontos
quentes ou problemas com ignição.

Classe do Espessura a t Espessura b t’


Material
SPDA (mm) (mm)

Chumbo - 2,0

Aço (inoxidável galvanizado a


4 0,5
quente)

Titânio 4 0,5
I a IV

Cobre 5 0,5

Alumínio 7 0,65

Zinco - 0,7

 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal


 Espessura mínima de chapas metálicas ou tubulações metálicas.

Tabela: 3 da NBR 5419 – Parte 3 (2015)

Os materiais que não fazem parte da construção e que são utilizados nos subsistemas de
captação e descidas são especificados na tabela a seguir.

Espessura, comprimento e diâmetro indicados na tabela referem-se aos valores mínimos,


sendo admitida uma tolerância de 5 %, exceto para o diâmetro dos fios das cordoalhas,
cuja tolerância é de 2 %.

A cordoalha cobreada deve ter uma condutividade mínima de 30 % IACS (International


Annealed Copper Standard).

O recobrimento a quente (fogo) deve ser conforme a ABNT NBR 6323.

B
Aplicável somente a minicaptores. Para aplicações em que esforços mecânicos, por
exemplo, força do vento, não forem críticos, é permitida a utilização de elementos com
diâmetro mínimo de 10mm e comprimento máximo de 1m.

Composição mínima AISI 304 ou composto por: cromo 16 %, níquel 8 %, carbono 0,07 %.

Área da seção
Material Configuração Comentários d
mínima (mm²)

Fita maciça 35 Espessura 1,75mm

Arredondado
35 Diâmetro 6mm
maciço d

Cobre
Diâmetro de cada fio
Encordoado 35
cordoalha 2,5mm

Arredondado
200 Diâmetro 16mm
maciço b

Alumínio Fita maciça 70 Diâmetro 3mm

Arredondado
70 Diâmetro 9,5mm
maciço
Área da seção
Material Configuração Comentários d
mínima (mm²)

Diâmetro de cada fio


Encordoado 70
cordoalha 3,5mm

Arredondado
200 Diâmetro 16mm
maciço b

Arredondado
50 Diâmetro 8mm
maciço
Aço cobreado

IACS 30% e
Diâmetro de cada fio
Encordoado 50
cordoalha 3mm

Arredondado
50 Diâmetro 8mm
Alumínio maciço

cobreado IACS
64% Diâmetro de cada fio
Encordoado 70
cordoalha 3,6mm

Espessura mínima
Fita maciça 50
2,5mm

Arredondado
50 Diâmetro 8mm
maciço
Aço galvanizado

a quente a
Diâmetro de cada fio
Encordoado 50
cordoalha 1,7mm

Arredondado
200 Diâmetro 16mm
maciço b
Área da seção
Material Configuração Comentários d
mínima (mm²)

Fita maciça 50 Espessura 2mm

Arredondado
50 Diâmetro 8mm
maciço

Aço inoxidável c
Diâmetro de cada fio
Encordoado 70
cordoalha 1,7mm

Arredondado
200 Diâmetro 16mm
maciço b

 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal

 Material, configuração e área de seção mínima dos condutores de captação, hastes.

Tabela: 6 da NBR 5419 – Parte 3 (2015).

DESCIDAS
O material dos condutores de captação e descidas foram especificados na tabela do item
anterior. O espaçamento médio entre os condutores de descida e entre os anéis condutores é
apresentado na tabela a seguir, conforme a norma.

Classe do SPDA Distâncias (m)

I 10

II 10

III 15
Classe do SPDA Distâncias (m)

IV 20

NOTA: É aceitável que o espaçamento dos condutores de descidas tenha no máximo


20% além dos valores acima.

 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal

 Valores típicos de distância entre os condutores de descida e entre os anéis condutores de


acordo com a classe de SPDA.

Tabela: 4 da NBR 5419 – Parte 3 (2015).

Um condutor de descida deve ser instalado, preferencialmente, em cada canto saliente da


estrutura, além dos demais condutores impostos pela distância de segurança calculada. Além
disso, o número de condutores de descida não pode ser inferior a dois. Esses condutores
devem ser posicionados de modo que haja uma distância de segurança entre eles e quaisquer
portas e janelas, conforme a NBR 5419:2015.

ATERRAMENTO
Para subsistemas de aterramento, na impossibilidade do aproveitamento das armaduras das
fundações, deve ser utilizado condutor em anel, externo à estrutura a ser protegida, em contato
com o solo por pelo menos 80 % de seu comprimento total, ou elemento condutor interligando
as armaduras descontínuas da fundação (sapatas).

O eletrodo de aterramento em anel deve ser enterrado na profundidade de no mínimo 0,5m e


ficar posicionado à distância aproximada de 1m ao redor das paredes externas.

As configurações e dimensões mínimas dos condutores do subsistema de aterramento são


dadas pela tabela a seguir.

F
A cordoalha cobreada deve ter uma condutividade mínima de 30 % IACS (International
Annealed Copper Standard).

Espessura, comprimento e diâmetro indicados na tabela referem-se aos valores mínimos,


sendo admitida uma tolerância de 5 %, exceto para o diâmetro dos fios das cordoalhas
cuja tolerância é de 2 %.

Composição mínima AISI 304 ou composto por: cromo 16 %, níquel 8 %, carbono 0,07 %.

O recobrimento a quente (fogo) deve ser conforme ABNT NBR 6323.

B
Aplicável somente a minicaptores. Para aplicações em que esforços mecânicos, por
exemplo, força do vento, não forem críticos, é permitida a utilização de elementos com
diâmetro mínimo de 10mm e comprimento máximo de 1m.

Esta tabela não se aplica aos materiais utilizados como elementos naturais de um SPDA.

Sempre que os condutores estiverem em contato direto com o solo devem atender às
prescrições desta tabela.

Dimensões mínimas f
Eletrodo
Material Configuração Eletrodo não Comentários d
cravado
cravado
(Diâmetro)

Cobre Encordoado Diâmetro de cada


- 50mm²
c fio cordoalha 3mm

Arredondado
- 50mm² Diâmetro 8mm
maciço c

Fita maciça
- 50mm² Espessura 2mm
c
Dimensões mínimas f
Eletrodo
Material Configuração Eletrodo não Comentários d
cravado
cravado
(Diâmetro)

Arredondado
15mm -
maciço

Espessura da
Tubo 20mm -
parede 2mm

Arredondado Diâmetro

16mm -
maciço a,b 10mm

Espessura da
Aço Tubo a,b 25mm -
parede 2mm
galvanizado
a quente
Fita maciça
- 90mm² Espessura 3mm
a

Encordoado - 70mm² -

Arredondado
Diâmetro de cada
Aço maciço d

12,7mm 70mm² fio da


cobreado Encordoado
cordoalha3,45mm
g

Arredondado Diâmetro

Aço Espessura mínima


maciço
15mm 10mm

inoxidável e 2mm
Fita maciça 100mm²

 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal


 Material, configuração e dimensões mínimas de eletrodo de aterramento.

Tabela: 7 da NBR 5419 – Parte 3 (2015).

As hastes de aço recobertas com cobre (cooperweld), em geral de 2,40 ou 3,00m 3 5/8”, são
utilizadas como eletrodos de aterramento complementares, cravadas na terra.

A resistência de aterramento deve ser medida, e recomenda-se que seu valor seja inferior a
10ohms, de modo a obter uma rápida dissipação da corrente da descarga elétrica.

PROTEÇÃO DE EQUIPAMENTOS
Os Dispositivos de Proteção contra Surtos (DPS) devem ser instalados como parte integrante da
proteção do SPDA. Trata-se de um dispositivo destinado à proteção contra sobretensões e
desvios de correntes de surtos transitórias provocados por descargas diretas ou indiretas na
rede elétrica, causadas tanto por raios como por manobras no sistema elétrico.

O aumento repentino na tensão da rede (surtos) pode causar sérios danos a equipamentos
eletroeletrônicos e à própria instalação elétrica. Todos os ambientes que possuam
equipamentos conectados à rede elétrica ou a linhas de dados, como telefonia, internet e TV,
estão expostos aos malefícios dos surtos elétricos. Portanto, os DPS são dispositivos
importantes e fazem parte do SPDA.

Foto: Shutterstock.com
 Exemplo de Dispositivos de Proteção contra Surtos (DPS)

SIMBOLOGIA USADA EM PROJETO DE


SPDA
A seguir são apresentados alguns símbolos usados em projeto de SPDA.

Haste de aterramento com caixa de inspeção.

Imagem: Ana Catarina de Abreu

Malha de captação.

Imagem: Ana Catarina de Abreu

Caixa de passagem a 130cm do seu piso.

Imagem: Ana Catarina de Abreu

Barra chata de alumínio.

Imagem: Ana Catarina de Abreu

Cabo de descida isolado.

Imagem: Ana Catarina de Abreu

Caixa de Equalização de Potencial.


Imagem: Ana Catarina de Abreu

Captor Franklin.

Imagem: Ana Catarina de Abreu

Terminal aéreo.

Imagem: Ana Catarina de Abreu

Haste de aterramento.

Imagem: Ana Catarina de Abreu

Cabo que sobe.

Imagem: Ana Catarina de Abreu

Cabo que desce.

Imagem: Ana Catarina de Abreu

 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal

VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. NESTE TEMA, ESTUDAMOS CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES PARA
O SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS. A
RESPEITO DOS CONDUTORES DE DESCIDA, ASSINALE A ALTERNATIVA
CORRETA.

A) Os materiais para condutores de descida podem ser aqueles já pertencentes às construções,


como armação de aço da estrutura do prédio, contanto que exista continuidade entre as partes.

B) Os condutores de descida podem ser de quaisquer materiais.

C) Conforme a norma, o espaçamento médio entre os condutores de descida e entre os anéis


condutores é sempre de 20m, independentemente da classe.

D) É recomendável que condutores de descida sejam instalados em calhas ou tubulações de


águas pluviais.

E) Não há restrições de distância entre os condutores de descida e portas ou janelas.

2. NOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS


ATMOSFÉRICAS, O MÉTODO DE PROTEÇÃO QUE UTILIZA UMA ESFERA
ROLANTE É TAMBÉM CONHECIDO COMO:

A) Método de Franklin

B) Método de Faraday

C) Método eletrogeométrico

D) Método da Gaiola

E) Método do ângulo

GABARITO

1. Neste tema, estudamos características importantes para o sistema de proteção contra


descargas atmosféricas. A respeito dos condutores de descida, assinale a alternativa
correta.

A alternativa "A " está correta.


Conforme a NBR 5419 e explicado no item “Materiais dos condutores de captação e descida”,
os materiais para condutores de captação e descida podem ser aqueles já pertencentes a
construções como coberturas metálicas, tubulações metálicas, grades etc., contanto que exista
continuidade entre as partes.

2. Nos sistemas de proteção contra descargas atmosféricas, o método de proteção que


utiliza uma esfera rolante é também conhecido como:

A alternativa "C " está correta.

O método da esfera rolante é também conhecido método eletrogeométrico.

CONCLUSÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste tema, aprendemos sobre os principais critérios e os princípios básicos dos sistemas de
instalações especiais em edifícios.

Vimos algumas normas regulamentadoras que são fundamentais para garantir a segurança e o
bom funcionamento dos sistemas de telefonia e cabeamento estruturados, das instalações de
prevenção e combate a incêndios e dos sistemas de proteção contra descargas atmosféricas.
Também compreendemos as instalações e os materiais utilizados nas instalações de
comunicação e cabeamento e os sistemas de proteção contra descargas atmosféricas.
Igualmente, aprendemos a identificar e reconhecer os recursos de prevenção e combate a
incêndios.

Além disso, conhecemos a simbologia e a terminologia utilizadas nos diferentes sistemas


especiais apresentados.
AVALIAÇÃO DO TEMA:

REFERÊNCIAS
ABRASIP-SINDUSCON-MG. Manual técnico: redes de telecomunicações em edificações.
Coordenação de Eduardo Henrique Moreira. 3. ed. Belo Horizonte: ABRASIP-SINDUSCON-MG,
2017.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5419: Proteção contra


descargas atmosféricas. Rio de Janeiro: ABNT, 2018.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10897 – Sistemas de proteção


contra incêndio ou chuveiros automáticos – Requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2008.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12693:2013 - Sistema de


proteção por extintores de incêndio. Rio de Janeiro: ABNT, 1993.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13714 – Sistemas de hidrantes e


de mangotinhos para combate a incêndio. Rio de Janeiro: ABNT, 2000.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15808:2017 - Extintores de


incêndio portáteis. Rio de Janeiro: ABNT, 2017.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15809:2017 - Extintores de


incêndio sobre rodas. Rio de Janeiro: ABNT, 2017.

CARVALHO JÚNIOR, R. Instalações elétricas e o projeto de arquitetura. 7 ed. São Paulo:


Blucher, 2016. Biblioteca Virtual.
CREDER, H. Instalações Elétricas. 16. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2018.

CRUZ, E. C. A.; ANICETO, L. A. Instalações Elétricas: fundamentos, prática e projetos em


instalações residenciais e comerciais. 3. ed. São Paulo: Érica, 2019.

ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Decreto nº 46.925, de 05 de fevereiro de 2020. Constituição


(2020). Decreto nº 46.925, de 05 de fevereiro de 2020. Rio de Janeiro, RJ, 06 fev. 2020.
Consultado em meio eletrônico em: 27 jan. 2021.

GEBRAN, A. P.; RIZZATO, F. A. P. Instalações Elétricas Prediais. Porto Alegre: Bookman,


2017.

LIMA FILHO, D. L. Projetos de Instalações Elétricas Prediais. 12. ed. São Paulo: Érica, 2011.

LUMMERTZ, R. S. et al. Cabeamento estruturado. Porto Alegre: SAGAH, 2019.

MARIN, P. S. Cabeamento Estruturado. 2. ed. São Paulo: Érica, 2020.

NERY, N. Instalações Elétricas – Princípios e Aplicações. 3. ed. São Paulo: Érica, 2012.

EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, leia o Manual técnico: redes de
telecomunicações em edificações - SINDUSCON-MG para o sistema de telefonia e cabeamento
estrutura. Leia também a Norma 5419 (2015) para o sistema de proteção contra descargas
atmosféricas e a NBR 10897 para o sistema de proteção contra incêndio, além das normas
associadas.

CONTEUDISTAS
Ana Catarina Almeida Filizola de Abreu

 CURRÍCULO LATTES
Giuseppe Miceli Junior

 CURRÍCULO LATTES
DESCRIÇÃO
Princípios básicos para a elaboração de um projeto de instalação elétrica de baixa tensão,
regulamentações, dimensionamento e dispositivos elétricos.

PROPÓSITO
Apresentar pontos importantes para a elaboração de projetos elétricos de baixa tensão em edificações,
bem como compreender as variáveis dos projetos e suas relevâncias.

PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos papel, caneta e uma calculadora ou use a
calculadora de seu smartphone/computador.

OBJETIVOS
MÓDULO 1

Descrever as normas, as concessionárias de energia, a realização do fornecimento de energia elétrica


e a cobrança de serviços

MÓDULO 2

Identificar as variáveis de projeto e suas relevâncias

MÓDULO 3

Descrever os quadros de distribuição e os circuitos

MÓDULO 4

Descrever os aterramentos do sistema e os dispositivos de proteção

INTRODUÇÃO
Neste tema, vamos aprender sobre a principal norma que rege as condições que as instalações
elétricas de baixa tensão devem satisfazer. Vamos conhecer mais sobre o fornecimento de energia
elétrica e como chega até nossas casas, além de compreender a conta de energia que recebemos.

Introduziremos os conceitos básicos de eletricidade: tensão, corrente, potência, fator de potência,


demanda e fator de demanda. Explicaremos também sobre aterramento e os principais dispositivos de
proteção necessários em uma instalação elétrica.
MÓDULO 1

 Descrever as normas, as concessionárias de energia, a realização do fornecimento de energia


elétrica e a cobrança de serviços

NORMAS PARA INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE


BAIXA TENSÃO
As instalações elétricas de baixa tensão devem atender à Norma NBR 5410 – Instalações Elétricas de
Baixa Tensão (BT), da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Esta norma define
instalações de Baixa Tensão como as instalações elétricas alimentadas sob tensão nominal igual ou
inferior a 1000V em corrente alternada, com frequências inferiores a 400Hz, ou 1500V em corrente
contínua.

Outra Norma de grande importância para as instalações elétricas prediais é a NBR 5419 – Proteção
contra descargas atmosféricas. Ela é dividida em 4 (quatro) capítulos: Princípios gerais,
Gerenciamento de risco, Danos físicos a estruturas e perigos à vida, Sistemas elétricos e eletrônicos
internos na estrutura. Na última atualização da norma, em 2015, o termo SPDA (Sistema de Proteção
Contra Descargas Atmosféricas) deixou de ser o tema único e passou a apresentar também uma área
específica de proteção: MPS — medidas de proteção contra surtos. O SPDA continua tratando da
proteção contra danos físicos à estrutura e risco à vida. As MPS, por sua vez, são voltadas à proteção
dos sistemas elétricos e eletrônicos instalados na estrutura a ser protegida.
Ainda existem outras diferentes normas para instalações elétricas, tanto Normas Regulamentadoras
(NR), que são emitidas e regularmente alteradas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), como
Normas Brasileiras (NBRs), que são emitidas pela ABNT.

 ATENÇÃO

É importante sempre pesquisar antes de fazer qualquer projeto ou trabalho e seguir corretamente as
normas.

CONCESSIONÁRIAS DE ENERGIA
Conforme definido pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, concessionária é o agente
titular de concessão federal para prestar o serviço público de distribuição de energia elétrica, doravante
denominado “distribuidora”.

 VOCÊ SABIA

O Brasil, até 2020, possuia 105 distribuidoras de energia elétrica, sendo 54 concessionárias e 38
permissionárias, além de 13 cooperativas de eletrização.
A distribuidora, pela Resolução Normativa nº 414 da ANEEL, é obrigada a fornecer, operar e manter o
seu sistema elétrico até o ponto de entrega, caracterizado como o limite de sua responsabilidade,
observadas as condições estabelecidas na legislação e regulamentos aplicáveis, ou seja, o ponto de
entrega nada mais é que a ligação entre a unidade consumidora e o sistema elétrico de distribuição e
situa-se entre a via pública e a propriedade consumidora.

O CONSUMIDOR É RESPONSÁVEL POR MANTER SUA


INSTALAÇÃO EM DIA E EM SEGURANÇA, PODENDO SER
RESPONSABILIZADO POR QUALQUER DANO CAUSADO A
PESSOAS OU BENS OCASIONADOS EM SUA UNIDADE
CONSUMIDORA.
Cada concessionária estabelece a sua diretriz para o cálculo de demanda, dimensionamento de
equipamentos e requisitos mínimos para os projetos e sua aprovação, além de fixar as condições
técnicas mínimas e uniformizar as condutas para o fornecimento de energia elétrica.

 ATENÇÃO

Antes do início de qualquer obra, o construtor e/ou o projetista devem sempre entrar em contato com a
concessionária local de energia elétrica para tomar conhecimento dos detalhes e das normas
aplicáveis ao seu caso e ao local da obra, bem como das condições para sua ligação e do pedido
desta.

FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA


O fornecimento de energia elétrica pode ocorrer por meio de ligação aérea ou subterrânea. O ponto de
entrega em cada caso é definido a seguir:

RAMAL DE LIGAÇÃO AÉREO


O ponto de entrega é o ponto de ancoramento do ramal fixado na propriedade particular (em fachada,
em pontalete ou poste particular), situado no limite da propriedade com a via pública.

RAMAL DE LIGAÇÃO SUBTERRÂNEO DERIVADO DE REDE


AÉREA
O ponto de entrega é fixado na conexão do ramal subterrâneo com a rede aérea da distribuidora,
desde que o ramal não ultrapasse propriedades de terceiros ou vias públicas, exceto calçadas. Todos
os custos adicionais decorrentes e eventuais mudanças futuras, bem como a autorização para
executar a obra são de responsabilidade do consumidor.

RAMAL DE LIGAÇÃO SUBTERRÂNEO DERIVADO DE REDE


SUBTERRÂNEA
O ponto de entrega é fixado no limite da propriedade com a via pública. Entretanto, algumas
concessionárias realizam a conexão do ramal de ligação até o primeiro ponto de conexão interna do
consumidor, a fim de evitar a realização de emendas entre os ramais de ligação e de entrada junto ao
limite de propriedade (principalmente no atendimento a cargas de grande porte).

Algumas outras considerações do ponto de entrega:

Em área urbana, se houver propriedade de terceiros, entre a via pública e a propriedade da


unidade consumidora propriamente dita, o ponto de entrega é no limite da via pública com a
primeira propriedade intermediária.

Em condomínio horizontal com rede de distribuição interna da concessionária, o ponto de entrega


é no limite da via interna do condomínio com cada propriedade individual.

Em área rural, quando a unidade consumidora for atendida em tensão secundária de distribuição,
o ponto de entrega se situará no local de consumo, ainda que dentro da propriedade do
consumidor, observadas as normas e padrões da distribuidora.

 VOCÊ SABIA

A fiação subterrânea pode ser mais vantajosa que a aérea, seja rede elétrica, cabos de telefonia ou de
televisão. Além de deixar as cidades com uma aparência melhor, o sistema evita problemas de
descarga na rede elétrica, diminui os apagões nos bairros, reduz os riscos de queda de energia
ocasionados por raios e/ou quedas de árvores, bem como seu custo de manutenção é menor. Tem
como desvantagem, porém, o alto valor na implantação, além de poder causar transtorno para a
população no ato da instalação.

Cidades como Barcelona, Londres, Amsterdã, Paris e Washington têm praticamente toda sua fiação
enterrada, ao contrário do Brasil onde só 1% da distribuição de energia elétrica é feita por redes
subterrâneas. As cidades com maior concentração de rede subterrânea no país são: Belo Horizonte,
com o percentual estimado de 2%; São Paulo, de 10%; e Rio de Janeiro, 11%.
TIPOS DE FORNECIMENTO

As concessionárias fornecem energia das seguintes formas, dependendo da necessidade do


consumidor:

Monofásico a 2 (dois) fios (uma fase + neutro).

Monofásico a 3 (três) fios (dois condutores fase + neutro) - Área rural.

Bifásico a 3 (três) fios (duas fases + neutro).

Trifásico a 4 (quatro) fios (três fases + neutro).

 Ligação trifásica.

TENSÃO DE FORNECIMENTO

O nível de tensão de fornecimento para a unidade consumidora deve seguir os seguintes critérios
estabelecidos pela Res. 414/2010 da ANEEL:

TENSÃO SECUNDÁRIA EM REDE AÉREA


Quando a carga instalada na unidade consumidora for igual ou inferior a 75kW.

TENSÃO SECUNDÁRIA EM SISTEMA SUBTERRÂNEO


Até o limite de carga instalada conforme padrão de atendimento da distribuidora.

TENSÃO PRIMÁRIA DE DISTRIBUIÇÃO INFERIOR A 69KV


Quando a carga instalada na unidade consumidora for superior a 75kW e a demanda a ser contratada
pelo interessado, para o fornecimento, for igual ou inferior a 2.500kW.

TENSÃO PRIMÁRIA DE DISTRIBUIÇÃO IGUAL OU


SUPERIOR A 69KV
Quando a demanda a ser contratada pelo interessado, para o fornecimento, for superior a 2.500kW.

A distribuidora, porém, pode estabelecer tensão de fornecimento sem observar os critérios referidos
acima, quando:
“A unidade consumidora, com carga acima de 50kW, tiver equipamento que, pelas características
de funcionamento ou potência, possa prejudicar a qualidade do fornecimento a outros
consumidores;” (Resolução Normativa ANEEL nº 670, 2015).

Houver conveniência técnica e econômica para o subsistema elétrico da distribuidora, desde que
haja anuência do interessado.

A unidade consumidora for atendível, em princípio, em tensão primária de distribuição, mas


situar-se em edificação de múltiplas unidades consumidoras predominantemente passíveis de
inclusão no critério de fornecimento em tensão secundária de distribuição, desde que haja
solicitação ou anuência do interessado.

 VOCÊ SABIA

As regiões do Brasil possuem diferentes tensões nominais de distribuição. No site da ANEEL podemos
consultar a tensão do município de qualquer lugar do país, além de verificar qual a concessionária que
fornece energia para cada região. É possível, ainda, observar os diferentes níveis de tensão nominal
secundária encontradas no Brasil, que são: 230/115V, 240/120V, 254/127V, 220/127V, 380/220V,
440/220V.

Além disso, em algumas cidades podemos encontrar até mais de dois níveis de tensão, por exemplo,
Além Paraíba – MG, que é abastecida por duas concessionárias de energia, a CEMIG e a Energisa
Minas Gerais (EMG), podendo observar ainda os 4 (quatro) níveis de tensões diferentes encontrados
na cidade (ver figura).

 Níveis de tensão na cidade Além Paraíba – MG

COBRANÇA DE SERVIÇOS
Elaborar os projetos e executar as obras necessárias ao atendimento das unidades consumidoras até
o ponto de entrega de energia elétrica é de responsabilidade das concessionárias. Também são de seu
encargo operar e manter o seu sistema elétrico, tudo nos termos da legislação em vigor.

Os equipamentos de medição, os condutores do ramal de ligação aéreo e respectivos acessórios de


conexão serão fornecidos pela concessionária. Os demais materiais da entrada de serviço serão
fornecidos pelo consumidor, devendo estar de acordo com as Normas Brasileiras específicas e
sujeitos, inclusive, à aprovação da concessionária local. Portanto, o consumidor, se for o caso, também
é responsável pelas instalações necessárias ao abaixamento da tensão, transporte de energia e
proteção dos sistemas, além do ponto de entrega.

 VOCÊ SABIA

A sua conta de energia te dá muitas informações, entre elas o grupo em que sua residência está
inserida, a tensão nominal que é disponibilizada, além do valor de energia consumido.

Abaixo, listaremos os itens mais importantes na sua conta de energia:

 Conta de luz. Fonte: Autora.

O consumidor não paga apenas o consumo de energia, paga os custos com geração e distribuição,
além de impostos para manutenção de programas públicos e iluminação pública. Estes tributos estão
dispostos na tarifa de energia, e discriminados como:

PIS - Programas de Integração Social (federal).

Cofins - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (federal).

Custeio do Serviço de Iluminação Pública - CIP (municipal).

ICMS - Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (estadual).

 VOCÊ SABIA

Todo consumidor residencial deve pagar uma quantidade mínima mensal de energia elétrica por estar
conectado à rede. É um valor pago à distribuidora por disponibilizar a energia elétrica para as
residências, mesmo sem haver consumo nenhum. Esse custo de disponibilidade do sistema elétrico,
aplicável ao faturamento mensal de consumidor responsável por unidade consumidora do grupo B, é o
valor em reais equivalente a:

30kWh, se monofásico ou bifásico a 2 (dois) condutores.

50kWh, se bifásico a 3 (três) condutores.


100kWh, se trifásico.

COBRANÇAS DE SERVIÇO
No vídeo a seguir você entenderá melhor como funcionam as cobranças de serviço.

VERIFICANDO O APRENDIZADO

MÓDULO 2

 Identificar as variáveis de projeto e suas relevâncias


VARIÁVEIS DE PROJETO E SUAS
RELEVÂNCIAS

TENSÃO ELÉTRICA

Tensão elétrica é a grandeza física que mede a diferença de potencial elétrico entre dois pontos,
também chamada de ddp. Sua unidade de medida é o volt (V). Como apresentado anteriormente, o
Brasil possui diferentes níveis de tensões, porém a grande maioria das cidades utiliza a tensão fase-
neutro, 127V, e fase-fase, 220V. Devido a esses diferentes níveis, muitos aparelhos domésticos já são
bivolt ou autovolt.

Bivolt

Possui a possibilidade de trabalhar com duas tensões diferentes, alguns aparelhos vêm com uma
chave para alterar as tensões de funcionamento.


Autovolt

Trabalha com uma faixa de tensão, normalmente entre 90 e 240V, ou seja, os aparelhos “se adaptam”
à tensão fornecida.

CORRENTE ELÉTRICA

Corrente elétrica é definida como o movimento ordenado dos elétrons livres nos fios, provocado pela
ação da tensão. A unidade de medida que determina a quantidade de corrente elétrica que passa em
um circuito é o ampère (A). Ela pode ser encontrada como contínua ou alternada. A seguir, definimos
as duas correntes.
CORRENTE CONTÍNUA

Ocorre quando o fluxo dos elétrons se dá somente em um sentido, ou seja, é sempre positiva ou
sempre negativa; o movimento se dá do polo positivo para o polo negativo (sentido convencional da
corrente), ou circula do polo negativo para o polo positivo, considerando o sentido da corrente dos
elétrons. Esse tipo de corrente é gerada principalmente por elementos químicos, que quando
colocados em contato, transformam energia química em energia elétrica, sendo as pilhas e as baterias
os melhores exemplos.


CORRENTE ALTERNADA

É caracterizada por um fluxo alternado no sentido dos elétrons, ou seja, eles mudam de direção a todo
momento. A corrente alternada é gerada a partir de elementos naturais como quedas d’água
(hidrelétricas) e vento (eólica), que fazem girar um ímã ou uma bobina para gerar a corrente. Tal
variação de fluxo permite aos transformadores de uma linha de transmissão receberem a energia
elétrica produzida, possibilitando que esta percorra uma maior distância e terem perdas menores de
energia. Essa é a corrente que chega até as tomadas das nossas casas.

Por não ocorrer a alternância na corrente contínua, ela não é aceita pelos transformadores e assim não
consegue alcançar voltagens maiores. Desse modo, a energia elétrica não consegue ser transportada
por uma distância longa, ou seja, há a dificuldade de transportar energia entre uma usina e uma
cidade.

 VOCÊ SABIA

No final do século XIX, houve a “batalha das correntes”, em que Thomas Edison, que tinha a patente
da corrente contínua, disputou com Westinghouse e Nikola Tesla, um ex-funcionário e inventor da
transmissão da corrente alternada, qual seria a corrente utilizada para distribuição de energia elétrica
nos Estados Unidos da América. O sistema de corrente alternada acabou por prevalecer, pelas
vantagens inegáveis de custo, praticidade e eficiência em relação à corrente contínua.

POTÊNCIA ELÉTRICA

A potência elétrica pode ser definida como o trabalho elétrico desenvolvido pela corrente elétrica em
um período de tempo. Na corrente contínua, ela é definida pela relação entre tensão e corrente
elétrica, dada pela fórmula: P=Uxi. No Sistema Internacional de Medidas, a unidade de potência é o
watt (W).

No caso de circuitos de corrente alternada com cargas indutivas e/ou capacitivas, existe uma
defasagem entre tensão e corrente. O que nos leva a considerar três tipos de potência:

POTÊNCIA APARENTE (S)


Nada mais é que o produto da multiplicação entre a tensão e a corrente, porém, em circuitos não
resistivos (circuitos com indutores e capacitores) em corrente alternada, esta potência não é real, pois
não considera a defasagem que existe entre a corrente e a tensão. É expressa pela fórmula S=Uxi e
sua unidade Volt-ampère (VA).

POTÊNCIA ATIVA (P)


Também chamada de potência real, é a potência que realmente produz o trabalho na carga. Ela é dada
pela fórmula P=Sxcosϕ e é expressa em watts (W).

POTÊNCIA REATIVA (Q)


É a porção da potência aparente que é fornecida ao circuito, mas não é convertida em trabalho. Sua
função é constituir o circuito magnético nas bobinas e um campo elétrico nos capacitores, ela é,
portanto, responsável pelo funcionamento dos geradores, dos condutores e dos transformadores. A
unidade de medida da potência reativa é o volt-ampère reativo (VAr), sendo expressa pela fórmula
Q=Sxsenϕ.

A potência ativa é a parcela efetivamente transformada em: potência luminosa (lâmpada), potência
mecânica (ventilador, liquidificador etc.) e potência térmica (chuveiro, torradeira etc.). Portanto, a
energia que é consumida em nossas casas é dada em kWh, esta é a que encontramos em nossas
contas de energia.

POTÊNCIA INSTALADA
A potência instalada nada mais é que a soma das potências nominais dos equipamentos elétricos
instalados na unidade consumidora, expressa em quilowatts (kW).

PARA A REALIZAÇÃO DE UM PROJETO ELÉTRICO, É NECESSÁRIO


SABER QUANTOS EQUIPAMENTOS SERÃO UTILIZADOS NA
EDIFICAÇÃO PARA ASSIM OBTERMOS A POTÊNCIA ELÉTRICA
TOTAL INSTALADA.
Isto posto, é feito um levantamento das potências mediante uma previsão das potências de iluminação
e tomadas a serem instaladas na edificação, possibilitando, assim, determinar a potência total prevista
para a instalação elétrica.

A previsão de carga de uma instalação deve ser feita obedecendo algumas prescrições, que são
definidas na NBR 5410:2004. Abaixo, são listadas algumas:

Em cada cômodo ou dependência deve ser previsto pelo menos um ponto de luz fixo no teto,
comandado por interruptor.

O número de pontos de tomadas deve ser determinado em função da destinação do local e dos seus
equipamentos elétricos, observando os critérios mínimos definidos em norma.

Em banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais análogos, no


mínimo 600VA por tomada, até três tomadas, e 100VA, por tomada, para as excedentes, considerando
cada um desses ambientes separadamente. Nos demais cômodos, no mínimo 100VA por ponto de
tomada.

A seguir, listamos a potência nominal de alguns equipamentos mais comuns encontrados em


instalações residenciais:

Aparelho Potência aproximada (W)

Forno micro-ondas 2000

Geladeira duplex 500

Máquina de lavar roupa 1500


Televisão 200

Chuveiro elétrico 5400

Secador de cabelo 1000

 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal

FATOR DE POTÊNCIA

Nos projetos de instalações elétricas prediais, os cálculos efetuados são baseados apenas na potência
aparente e na potência ativa. Por essa razão, é importante conhecer a relação entre elas para que se
entenda o que é fator de potência.

FATOR DE POTÊNCIA, PORTANTO, É A RELAÇÃO ENTRE A


POTÊNCIA ATIVA E A APARENTE (OU TOTAL), DADA PELA
P ot ê ncia Ativa (kW )
FÓRMULA f p = = cosϕ .
P ot ê ncia Aparente (kV A)

Para melhor ilustrar, vamos considerar uma tomada qualquer:

Potência (aparente) = 100VA, o fator de potência = 0,8 → Potência ativa (W) = 0,8 x 100 VA = 80W,
Potência reativa (kVAr) = 60W.

Equipamentos que só possuem resistência, como chuveiro elétrico, torneira elétrica, ferro elétrico,
lâmpadas incandescentes e fogão elétrico possuem fator de potência igual a 1, ou seja, toda potência
aparente é transformada em potência ativa.

 VOCÊ SABIA

Empresas e indústrias podem pagar multa nas contas de energia se tiverem baixo fator de potência.
Esse fenômeno ocorre quando máquinas com motores elétricos geram excesso de energia reativa.
Pela legislação brasileira, o fator de potência de referência “fR”, indutivo ou capacitivo, tem como limite
mínimo permitido, para as unidades consumidoras do grupo A, o valor de 0,92.

Algumas prováveis causas do baixo fator de potência:


Transformadores operando a vazio ou subcarregados durante longos períodos.

Motores operando em regime de baixo carregamento.

Instalação de lâmpadas de descarga (fluorescentes, de vapor de mercúrio e de vapor de sódio).

Para evitar o acréscimo na fatura de energia, diminuir os riscos com acidentes elétricos por
superaquecimento e reduzir as perdas de energia elétrica, as empresas e indústrias devem corrigir o
baixo fator de energia. A seguir, são apresentadas algumas soluções para resolver esses problemas:

Dimensionar corretamente os motores e os equipamentos.

Selecionar, utilizar e operar corretamente os motores e equipamentos elétricos em geral.

Utilizar permanentemente reatores de alto fator de potência.

Instalar capacitores ou banco de capacitores.

DEMANDA E FATOR DE DEMANDA

Sabe-se que para qualquer instalação elétrica não se utiliza todos os equipamentos elétricos ao
mesmo tempo, ou seja, a potência instalada não é a mesma que a utilizada. Dessa forma, podemos
introduzir o conceito de demanda e fator de demanda.

DEMANDA É DEFINIDA COMO A MÉDIA DAS POTÊNCIAS


ELÉTRICAS ATIVAS OU REATIVAS, SOLICITADAS AO SISTEMA
ELÉTRICO PELAS CARGAS INSTALADAS EM OPERAÇÃO EM UMA
EDIFICAÇÃO, EM UM INTERVALO DE TEMPO ESPECIFICADO.
SENDO EXPRESSA EM QUILOWATTS (KW) PARA POTÊNCIA ATIVA
E QUILOVOLT-AMPÈRE REATIVO (KVAR) PARA POTÊNCIA
REATIVA.
Devemos considerar alguns conceitos de demanda para um melhor entendimento do assunto:

DEMANDA CONTRATADA
Demanda de potência ativa que é obrigatoriamente disponibilizada pela concessionária, no ponto de
entrega, conforme fixado em contrato, e que deve ser paga integralmente, mesmo sem ser utilizada
durante o período de faturamento, é expressa em (kW).
DEMANDA FATURÁVEL
Valor da demanda de potência ativa, considerada para fins de faturamento (cobrança), com aplicação
da respectiva tarifa, expressa em quilowatts (kW).

DEMANDA MEDIDA
Maior demanda de potência ativa, verificada por medição, integralizada em intervalos de 15 (quinze)
minutos durante o período de faturamento.

DEMANDA DE ULTRAPASSAGEM
Parcela da demanda medida que excede o valor da demanda contratada.

DEMANDA MÁXIMA
Maior demanda verificada em um período de tempo.

DEMANDA MÉDIA
Relação entre a quantidade de energia elétrica utilizada durante um período de tempo definido e esse
mesmo período.

Fator de demanda é definido como a razão entre a demanda máxima num intervalo de tempo
P otê ncia utilizada
especificado e a carga instalada na unidade consumidora, ou F D =   x 100.
P otê ncia instalada

CÁLCULO DA DEMANDA

Não há como saber em 100% a demanda utilizada em uma edificação, por isso o projetista deverá
sempre prever a demanda baseando-se na finalidade da edificação (indústria, residência, entre
outros), nos equipamentos instalados e tempo de utilização.

Além disso, o projetista deverá seguir a realidade da região e as normas da concessionária local, pois
a partir do cálculo da demanda é realizado o dimensionamento da entrada de serviço, seu
transformador e da proteção geral.

A seguir, é apresentado o método de cálculo da demanda utilizada pela concessionária Light.

D (kV A)  =  D 1  +  D 2  +  D 3  +  D 4  +  D 5  +  D 6 


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

D1 (kVA) = Demanda de iluminação e tomadas de uso geral.


D2 (kVA) = Demanda de aparelhos para aquecimento (chuveiros, aquecedores, torneiras etc.).

D3 (kVA) = Demanda de aparelhos de ar-condicionado tipo janela e similares (split, cassete e fan
coil), calculada diferentemente para uso residencial e não residencial.

D4 (kVA) = Demanda de unidades centrais de condicionamento de ar e similares (self contained).

D5 (kVA) = Demanda de motores elétricos e máquinas de solda tipo motor – gerador.

D6 (kVA) = Demanda de máquinas de solda a transformador, equipamentos odonto-médico


hospitalares (aparelhos de raios-X, tomógrafos, mamógrafos e outros).

Carga
Descrição mínima Fator de demanda (%)
(kVA/m²)

Auditórios, salões para exposições,


0,015 80
salas de vídeo e semelhantes

Bancos, postos de serviços públicos


0,050 80
e semelhantes

Barbearias, salões de beleza e


0,020 80
semelhantes

Clubes e semelhantes 0,020 80

80 para os primeiros 12kVA, 50


Escolas e semelhantes 0,030
para o que exceder de 12kVA

80 para os primeiros 20kVA, 60 p/o


Escritórios 0,050
que exceder de 20kVA

Garagens, áreas de serviço e 0,005 Residencial 80 para os


semelhantes primeiros 10kVA,

25 p/ o que
exceder

de 10kVA

80 para os
primeiros 30kVA,

60 p/ o que
Não exceder de 30

Residencial até 100VA, 40 p/


o que

exceder de
100kVA

Hospitais, centros de saúde e 40 para os primeiros 50kVA, 20 p/o


0,020
semelhantes que exceder de 50kVA

Igrejas, salões religiosos e


0,015 80
semelhantes

Lojas e semelhantes 0,020 80

0 < P (kVA)
≤ 1 (80)
6 < P (kVA) ≤ 7
1 < P (kVA) (40)

≤ 2 (75)
7 < P (kVA) ≤ 8
2 < P (kVA) (35)

Unidades consumidoras residenciais ≤ 3 (65)


8 < P (kVA) ≤ 9
0,030
(casas, apartamentos etc.) 3 < P (kVA) (30)

≤ 4 (60)
9 < P (kVA) ≤ 10
4 < P (kVA) (27)

≤ 5 (50)
10 < P (kVA) →
5 < P (kVA) (24)

≤ 6 (45)

Restaurantes, bares, lanchonetes e


0,020 80
semelhantes
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal

Carga mínima e fator de demanda para instalações de iluminação e tomadas de uso geral [D1] | Fonte:
RECON – BT, ENTRADAS INDIVIDUAIS E COLETIVAS, LIGHT, ED. 2019.

EXEMPLO

VOCÊ É O ENGENHEIRO RESPONSÁVEL PELO PROJETO


ELÉTRICO DE UMA RESIDÊNCIA E PRECISA CALCULAR A
DEMANDA TOTAL. CONSIDERE AS SEGUINTES CARGAS
INSTALADAS E SEUS RESPECTIVOS FATORES DE DEMANDA (FD):

Iluminação: 1.000W (FD conforme tabela apresentada no tópico Cálculo da demanda).

Tomada de uso geral: 3.600W (FD conforme tabela apresentada no tópico Cálculo da
demanda).

Chuveiro elétrico: 2 x 5.400W (FD = 75).

Ar-Condicionado: 1500W (FD = 100).

RESPOSTA

RESPOSTA

1. Utilizando a tabela apresentada no tópico cálculo da demanda, para iluminação e tomadas de uso
geral do projeto:

0 < P (kVA) ≤ 1 (80) → 1000 x 0,8 = 800

1 < P (kVA) ≤ 2 (75) → 1000 x 0,75 = 750

2 < P (kVA) ≤ 3 (65) → 1000 x 0,65 = 650

3 < P (kVA) ≤ 4 (60) → 1000 x 0,60 = 600

4 < P (kVA) ≤ 5 (50) → 600 x 0,50 = 300


Total de iluminação e tomada: 800 + 750 + 650 + 600 + 300 = 3.100W

2. Chuveiro Elétrico: 5.400 x 2 x 0,75 = 8.100W

3. Ar-condicionado: 1.000 x 1 = 1.000W

Demanda Total: 3.100 + 8.100 + 1.000 = 12.200W

CÁLCULO DA DEMANDA DE ENERGIA


Assista ao vídeo para compreender como funciona o cálculo da demanda de energia.

DEMANDAS DE ENTRADAS COLETIVAS

Muitas concessionárias apresentam procedimentos específicos para o cálculo das demandas de


entradas coletivas. Vamos considerar novamente os critérios da concessionária Light para fins de
estudo.

A Light considera que além das demandas individuais de cada unidade consumidora e do serviço
comum do condomínio, devem ser determinadas também as demandas de cada trecho do circuito de
uso comum do ramal coletivo. Consideramos os seguintes dados:

DR – Demanda do ramal de ligação.

DPG – Demanda de proteção geral da entrada.

DAG – Demanda do único agrupamento de medidores.

DS – Demanda do circuito de serviço de uso do condomínio

 ATENÇÃO

Os valores das demandas DAG e DS são determinados através da mesma fórmula apresentada

anteriormente, considerando o conjunto de carga instalada para cada trecho do circuito analisado.

Para o caso da demanda de entradas coletivas com um único agrupamento de medidores, o valor da
DPG deve ser igual ao valor da DAG, já a DR deve ser determinada através do somatório da DAG das

unidades consumidoras e da DS, sendo o resultado multiplicado por 0,90. Temos então:

DP G = DAG E DR =(DAG + DS ) X 0,90


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

No caso da demanda de entradas coletivas com mais de um agrupamento de medidores, temos que
considerar além da DR e da DPG, também as seguintes demandas:

DAGR – Demanda de cada agrupamento de medidores residenciais.

DAGRN – Demanda de cada agrupamento de medidores não residenciais.

DSR – Demanda do circuito de serviço de uso do condomínio residencial.


DSNR – Demanda do circuito de serviço de uso do condomínio não residencial.

Para entrada mista (residencial e não residencial), a DPG será determinada através do somatório das

DAG e multiplicado por 0,90.

DP G =(DAGR + DAGN R ) X 0,90


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Para entrada mista com unidades não residenciais que possuam diversidade de cargas (exemplo: lojas
e escritórios), a DPG será determinada através do somatório das DAG e multiplicado por 0,90.

DP G =(DAGN R(lojas) + D
AGN R(escrit órios) ) X 0,90


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

No caso de entrada mista com unidades residenciais e unidades não residenciais que possuam
diversidade de cargas (exemplo: residências, lojas e escritórios), a DPG será determinada através do

somatório das DAG, sendo o resultado multiplicado por 0,90.

DP G =(DAGR + DAGN R(lojas) + D


AGN R(escrit órios) )
X 0,90


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A DR deve ser determinada através do somatório das demandas DPG, DSR e DSNR quando for o caso,

sendo o resultado multiplicado por 0,90.

DR =(DP G + DSR + DSN R ) X 0,90


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Para outros casos específicos, consultar a RECON – BT, Light, Ed. 2019.

VERIFICANDO O APRENDIZADO

MÓDULO 3

 Descrever os quadros de distribuição e os circuitos

QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO
Quadros de distribuição (QD), também conhecidos como quadros de luz (QL) ou quadros de disjuntor,
são equipamentos importantes na instalação elétrica de uma edificação. Servem para receber e
distribuir energia elétrica, além de proteger circuitos elétricos contra sobrecargas e curtos-circuitos.
Portanto, são considerados como conjuntos de proteção, manobra e comando.

A NBR 5410:2004 define o quadro de distribuição principal como o primeiro quadro de distribuição
após a entrada da linha elétrica na edificação. O termo também se aplica ao quadro de distribuição que
seja o único de uma edificação.

Os seguintes componentes fazem parte do QD:

Disjuntor geral.

Barramentos de interligação das fases.

Disjuntores dos circuitos terminais.

Barramento de neutro.

Barramento de proteção (terra).

Dispositivo DR (diferencial residual).


DPS (dispositivos de proteção contra surtos).

 Exemplo do interior de um quadro de distribuição.

Existem ainda outros componentes, como contator, relé, entre outros, mas que não são muito usados
em residências.

O projetista deve seguir alguns critérios para a locação dos quadros. Eles devem ser instalados em
local de fácil acesso, ou seja, não devem ser instalados em ambientes reservados como quartos e
salas específicas, banheiros, escadas ou ambientes que fiquem trancados.

 ATENÇÃO

É preciso tomar cuidado de não prever o posicionamento dos QD em locais onde possam ser
colocados armários.

Os quadros de distribuição devem conter identificação do lado externo legível (não sendo facilmente
removível), como também todos os seus componentes no interior, de forma que seja fácil identificar o
respectivo circuito de que faz parte.

A norma NBR 5410:2004 define alguns critérios para a instalação dos quadros disjuntores, como
disponibilidade de espaço reserva para ampliações futuras, com base no número de circuitos com que
o quadro for efetivamente configurado, de acordo com tabela abaixo:

Quantidade de circuitos efetivamente Espaço mínimo destinado à reserva (em


disponíveis N número de circuitos)

Até 6 2

7 a 12 3

13 a 30 4

N > 30 0,15N

NOTA: A capacidade de reserva deve ser considerada no cálculo do alimentador do quadro de


distribuição

 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal

Espaço reserva dos quadros de distribuição | Fonte: NBR 5410:2004

Deve ser previsto também o espaço necessário para outros dispositivos de proteção, como os
dispositivos Diferencial Residual (DR) — geral ou para conjuntos de circuitos — e os dispositivos de
proteção contra sobretensões (DPS).

A NBR 61439-1 define as principais características dos quadros de distribuição. Por essa norma, eles
devem ter no mínimo grau de proteção IP2X (IP são padrões internacionais de grau de proteção, nos
quais as letras IP são seguidas de dois dígitos, o primeiro assegurando o nível de proteção contra
corpos sólidos e contato direto, o segundo contra penetração de água).

 RESUMINDO

Todas as partes vivas devem ser inacessíveis sem o uso de ferramentas.

Portanto, as estruturas, tampas, espelhos, portas, e complementares deverão ser construídos com
materiais capazes de suportar os esforços mecânicos, elétricos, térmicos e ambientais suscetíveis de
serem encontrados nas condições de serviço especificadas.

Quando houver alimentação a partir de vários sistemas (subestação, gerador etc.), o conjunto de
circuitos alimentados por cada sistema constitui uma instalação; e cada quadro de distribuição só deve
possuir componentes pertencentes a uma única instalação, com exceção de circuitos de sinalização e
comando e de conjuntos de manobra especialmente projetados para efetuar o intercâmbio das fontes
de alimentação.

Conforme NBR 5410:2004, os quadros de distribuições devem conter a seguinte advertência:

1. Quando um disjuntor ou um fusível atua, desligando algum circuito ou a instalação inteira, a causa
pode ser uma sobrecarga ou um curto-circuito. Desligamentos frequentes são sinal de sobrecarga. Por
isso, NUNCA troque seus disjuntores ou fusíveis por outros de maior corrente (maior amperagem)
simplesmente. Como regra, a troca de um disjuntor ou fusível por outro de maior corrente requer,
antes, a troca dos fios e cabos elétricos por outros de maior seção (bitola).

2. Da mesma forma, NUNCA desative ou remova a chave automática de proteção contra choques
elétricos (dispositivo DR), mesmo em caso de desligamentos sem causa aparente. Se os
desligamentos forem frequentes e, principalmente, se as tentativas de religar a chave não tiverem
êxito, isso significa, muito provavelmente, que a instalação elétrica apresenta anomalias internas, que
só podem ser identificadas e corrigidas por profissionais qualificados.
A DESATIVAÇÃO OU REMOÇÃO DA CHAVE SIGNIFICA A ELIMINAÇÃO DE
MEDIDA PROTETORA CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS E RISCO DE MORTE
PARA OS USUÁRIOS DA INSTALAÇÃO.
As conexões em um QD de potência, barramentos verticais/horizontais, bem como conexões de
alimentações dos disjuntores devem ser realizadas conforme manuais, desenhos e catálogos do
fabricante. Os condutores de alimentação dos componentes e instrumentos fixados nas portas ou
tampas devem ser dispostos de tal forma que os movimentos das portas ou tampas não possam
causar danos a esses condutores.

 RECOMENDAÇÃO

Em uma residência com mais de um pavimento, é interessante instalar um QD por andar, mesmo não
tendo em norma essa obrigatoriedade.

Podemos listar algumas vantagens, como a economia nos cabos, visto que os circuitos dos disjuntores
até as tomadas seriam menores, seria apenas necessário um cabo de diâmetro maior até o QD do
segundo pavimento para a distribuição dos circuitos. Outro fator seria a segurança das pessoas e da
instalação, uma vez que é importante contar com o fácil acesso aos quadros.

 ATENÇÃO

A manutenção preventiva dos quadros de distribuição e painéis é de extrema importância.

A estrutura dos quadros e painéis deve ser verificada periodicamente, observando-se seu estado geral
quanto à fixação, integridade mecânica, pintura, corrosão, fechaduras e dobradiças. Nos seus
componentes, é preciso verificar as condições de funcionamento, existência de sinais de aquecimento,
ressecamentos, fixação e limpeza.

Atualmente, podemos encontrar quadros de distribuição inteligentes (smart panels). Por meio deles, a
energia elétrica é monitorada remotamente, seja pela tela dos smartphones, computadores ou tablets.
As informações que são passadas para o operador são, entre outras, consumo de energia, quando e
como os recursos são consumidos, com identificação de consumo por tipo e áreas, além de poder
desligar e ligar o quadro.

 RELEMBRANDO
Não se esqueça de que a montagem dos quadros de distribuição deve seguir além das normas, o
projeto elétrico, ou seja, deverá levar em conta o local de instalação (área externa ou interna).

Além disso, é preciso levar em conta o tamanho da caixa de distribuição a ser utilizada, baseado na
divisão de circuitos, e no dimensionamento dos componentes de proteção, como por exemplo o
dimensionamento dos disjuntores e cabos elétricos.

QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO
Entenda melhor sobre o quadro de distribuição no vídeo a seguir.

CIRCUITOS ELÉTRICOS
Em um projeto elétrico, após atribuir pontos de tomadas e iluminação, deve-se distribuir as cargas em
circuitos.
CIRCUITO NADA MAIS É QUE O CONJUNTO DE CARGAS
ALIMENTADAS PELOS MESMOS CONDUTORES, QUE SÃO
PROTEGIDAS CONTRA SOBRECORRENTES PELOS MESMOS
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO.
É muito importante fazer a distribuição correta e adequada das cargas de uma instalação elétrica em
circuitos, principalmente a fim de:

Limitar as ocorrências de falhas nas instalações, de modo que a proteção atue somente no
circuito com defeito.

Facilitar os ensaios e manutenções.

Reduzir as interferências entre aparelhos, pois alguns alteram a forma de onda de tensão no
circuito e prejudicam o funcionamento de outros aparelhos, podendo ainda danificá-los.

Em instalações bifásicas ou trifásicas, distribuir as cargas entre as fases equitativamente, de


modo a se obter o maior equilíbrio possível entre o valor das correntes nos condutores fase de
alimentação dos quadros de distribuição e, portanto, no seu dimensionamento.

Os circuitos podem ser divididos em dois tipos:

Circuitos de distribuição:

Originam no quadro de medição e alimentam os quadros terminais ou de distribuição. Podem ser


monofásicos, bifásicos ou trifásicos.


Circuitos terminais:

Partem dos quadros de distribuição (ou terminais) e se destinam à alimentação dos equipamentos de
utilização (tomadas, iluminação, motores). Podem ser monofásicos, bifásicos ou trifásicos.

REGRAS DE DISTRIBUIÇÃO DE CIRCUITOS

A NBR 5410:2004 determina que a instalação elétrica deve ser dividida em circuitos conforme regras a
seguir:
A instalação deve ser dividida em tantos circuitos quantos necessários, devendo cada circuito ser
concebido de forma a poder ser seccionado sem risco de realimentação inadvertida através de
outro circuito.

Devem ser previstos circuitos distintos para partes da instalação que requeiram controle
específico, de tal forma que estes circuitos não sejam afetados pelas falhas de outros.

Deverá possuir circuito independente o ponto destinado para equipamento com corrente nominal
superior a 10A.

Os pontos de cozinhas, copas, áreas de serviços, lavanderias e locais análogos devem possuir
circuitos exclusivamente destinados à sua alimentação.

Devem ser previstos circuitos terminais distintos para pontos de iluminação e para pontos de
tomada.

O último item possui uma exceção no caso de habitações: quando a corrente do circuito for inferior a
16A, pode-se utilizar circuito comum entre iluminação e tomadas, levando em conta que os pontos de
iluminação e tomadas não devem ser alimentados, em sua totalidade, por um só circuito e excluindo os
locais indicados no quarto item.

Pode-se concluir a partir do item três da divisão de circuitos, que na separação dos circuitos não se
deve ultrapassar o limite de 1270VA (ou 1200W), em tensões de 127V, ou de 2200VA (ou 2200W), em
tensões de 220V, por circuito.

Nos casos em que os circuitos de iluminação e tomadas são separados, o circuito de iluminação deve

conter seção mínima de condutor (cabos) de 1,5mm2 e o circuito de tomada deve conter seção mínima

de 2,5mm2, porém quando estas cargas são colocadas no mesmo circuito, a seção mínima deverá ser

de 2,5mm2.

A NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade, também estabelece alguns requisitos


e condições mínimas para serem previstos em projeto e na instalação de circuitos, entre eles:

Obrigatoriedade de dispositivos de desligamento de circuitos que possuam recursos para


impedimento de reenergização, para sinalização de advertência com indicação da condição
operativa.

Os circuitos elétricos com finalidades diferentes, tais como comunicação, sinalização, controle e
tração elétrica devem ser identificados e instalados separadamente.
Sempre que for tecnicamente viável e necessário, devem ser projetados dispositivos de
seccionamento que incorporem recursos fixos de equipotencialização e aterramento do circuito
seccionado.

Identificação de circuitos elétricos.

O memorial descritivo do projeto deve conter indicação de posição dos dispositivos de manobra
dos circuitos elétricos: (Verde - “D”, desligado e Vermelho - “L”, ligado).

 VOCÊ SABIA

A NBR 5410:2004 também padroniza as cores dos condutores, sendo: azul-claro para condutor neutro
e verde-amarela ou verde para condutor de proteção (PE). Os condutores de fase e de comando não
possuem normalização de cor, mas são comumente utilizadas as cores: vermelho para primeira fase e
amarelo, preto ou branco para segunda fase ou comando de iluminação.

TENSÃO DOS CIRCUITOS

Dependendo do número de fases e da tensão de fornecimento, é necessário seguir algumas


recomendações quanto à tensão de ligação dos circuitos terminais:

INSTALAÇÃO MONOFÁSICA
Todos os circuitos terminais deverão apresentar ligação fase-neutro, na tensão de fornecimento da
concessionária local.

INSTALAÇÃO BIFÁSICA OU TRIFÁSICA


Os circuitos de iluminação e tomada de uso geral deverão apresentar o menor valor de tensão, isto é,
serão circuitos monofásicos (fase-neutro).

INSTALAÇÃO BIFÁSICA OU TRIFÁSICA, E MAIOR DAS


TENSÕES (FASE-FASE) FOR ATÉ 230V
Os circuitos de tomada de uso específico podem ser bifásicos ou circuitos monofásicos (fase-neutro).
Nestes casos, geralmente utiliza os circuitos bifásicos para aparelhos de potência alta, tais como
chuveiro elétrico e aparelhos de ar-condicionado.
Os circuitos monofásicos são geralmente utilizados em residências com baixo consumo, ou nas
áreas rurais com transformadores especiais.

 VOCÊ SABIA

Os condutores elétricos têm vida útil estimada em 30 anos, considerando as condições normais de
operação. Já os dispositivos de proteção, considerando desarmes ocasionais de proteção, podem
durar por 25 anos. Porém, é preciso ficar atento aos sinais de desgaste de todos os componentes da
instalação elétrica, especialmente na ocorrência de falhas mecânicas e elétricas, nos desarmes
frequentes ou nas operações consideradas fora da normalidade.

VERIFICANDO O APRENDIZADO

MÓDULO 4

 Descrever os aterramentos do sistema e os dispositivos de proteção

ATERRAMENTO DO SISTEMA
O sistema de aterramento nas instalações residenciais, comerciais ou industriais é fundamental e
obrigatório.

ATERRAR NADA MAIS É QUE COLOCAR A INSTALAÇÃO E OS


EQUIPAMENTOS NO MESMO POTENCIAL, DE MODO QUE A
DIFERENÇA DE POTENCIAL ENTRE A TERRA E O EQUIPAMENTO
SEJA O MENOR POSSÍVEL, OU SEJA, O MAIS PRÓXIMO DE ZERO.
Existem diversos tipos de aterramento, dependendo da necessidade e sua importância. Os principais
tipos de sistemas de aterramento são:
Hastes simples cravadas no solo.

Hastes alinhadas.

Hastes em triângulo.

Hastes em quadrado.

Hastes em círculos.

Placas enterradas no solo.

Cabos enterrados.

Pode-se dizer que existem dois tipos principais de aterramento:

O aterramento que deve ser realizado para garantir o funcionamento correto dos equipamentos ou
para permitir o funcionamento seguro e confiável da instalação.


O aterramento que consiste na ligação à terra das massas metálicas, e cujo objetivo é a proteção
contra choques elétricos por contato indireto.

A NBR 5401:2004 apresenta cinco esquemas de aterramentos. Para a classificação desses esquemas,
é utilizada a seguinte simbologia:

PRIMEIRA LETRA – SITUAÇÃO DA ALIMENTAÇÃO EM


RELAÇÃO À TERRA
T: Um ponto diretamente aterrado.

I: Isolação de todas as partes vivas em relação à terra ou aterramento de um ponto através de


uma impedância.

SEGUNDA LETRA – SITUAÇÃO DAS MASSAS DA


INSTALAÇÃO ELÉTRICA EM RELAÇÃO À TERRA
T: Massas diretamente aterradas, independentemente do aterramento eventual de um ponto de
alimentação.
N: Massas ligadas diretamente ao ponto de alimentação aterrado (em corrente alternada, o ponto
aterrado é normalmente o ponto neutro).

OUTRAS LETRAS (EVENTUAIS) – DISPOSIÇÃO DO


CONDUTOR NEUTRO E DO CONDUTOR DE PROTEÇÃO
S: Funções de neutro e de proteção asseguradas por condutores distintos.

C: Funções de neutro e de proteção combinadas em um único condutor (condutor PEN).

Nas figuras de representação dos esquemas de aterramento, serão utilizados os seguintes símbolos:

ESQUEMA TN

O ponto de alimentação é diretamente aterrado, sendo as massas ligadas a este ponto por meio de
condutores de proteção. Nesse esquema, toda corrente de falta direta fase-massa é uma corrente de
curto-circuito.

São considerados três tipos de esquemas TN, de acordo com a disposição do condutor neutro e do
condutor de proteção:

ESQUEMA TN-S:

O condutor neutro e o condutor de proteção são distintos.

ESQUEMA TN-C-S:

As funções de neutro e de proteção são combinadas em um único condutor em uma parte da


instalação.
ESQUEMA TN-C:

As funções de neutro e de proteção são combinadas em um único condutor ao longo de toda a


instalação.

ESQUEMA TT

O esquema TT possui um ponto de alimentação diretamente aterrado, estando as massas da


instalação ligadas a eletrodos de aterramento eletricamente distintos do eletrodo de aterramento da
alimentação.

 Representação do esquema TT.

ESQUEMA IT

No esquema IT todas as partes vivas são isoladas da terra ou um ponto da alimentação é aterrado
através de impedância. As massas da instalação são aterradas, verificando-se as seguintes
possibilidades:

Massas aterradas no mesmo eletrodo de aterramento da alimentação, se existente.

Massas aterradas em eletrodo(s) de aterramento próprio(s), seja porque não há eletrodo de


aterramento da alimentação, seja porque o eletrodo de aterramento das massas é independente
do eletrodo de aterramento da alimentação.

O neutro pode ou não ser distribuído, veja:

FIGURA A:
Sem aterramento da alimentação.

FIGURA B:

Alimentação aterrada através de impedância.

FIGURA B.1:

Massas aterradas em eletrodos separados e independentes do eletrodo de aterramento da


alimentação.

FIGURA B.2:

Massas coletivamente aterradas em eletrodo independente do eletrodo de aterramento da


alimentação.

FIGURA B.3:

Massas coletivamente aterradas no mesmo eletrodo da alimentação.

DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
A fim de aumentar a segurança das instalações elétricas, prevenindo contra choques elétricos,
sobreaquecimento ou surtos de corrente ou tensão, devem ser obrigatoriamente instalados dispositivos
de proteção, conforme norma. A seguir, definiremos o que é sobrecorrente e citaremos os principais
dispositivos de proteção utilizados nos projetos elétricos.

SOBRECORRENTES

Sobrecorrentes são correntes acima do valor nominal (prevista) nos equipamentos ou nos condutores
dos circuitos. Elas podem ser encontradas na forma de sobrecarga ou curto-circuito.

Sobrecarga

Sobrecorrente ocasionada pela quantidade de carga superior à prevista para o circuito (mais aparelhos
conectados, aparelhos de maior potência, falhas na isolação etc.).


Curto-circuito

Sobrecorrente, resultante de uma falta, que acontece quando dois condutores de potencial elétrico
diferente são colocados em contato direto.

FUSÍVEIS
O fusível é um dispositivo de baixo custo, utilizado na proteção contra sobrecargas e curtos-circuitos.
Sua atuação consiste na fusão do elo fusível por efeito Joule, isto é, pela elevação da temperatura.
Uma desvantagem é que uma vez tendo atuado, ele não poderá ser reutilizado. Existem no mercado
diferentes tipos de fusíveis, citaremos alguns.

FUSÍVEL ROLHA
Possui um corpo cerâmico com os contatos sendo realizados através de rosca de fixação ao soquete.
O elo fusível é feito de liga de chumbo-estanho. Correntes nominais de 6 a 30A.

FUSÍVEL CARTUCHO

Constituído por um invólucro cilíndrico de papelão, ou fibra, com terminais de cobre, tipo faca ou virola.
O elo fusível pode ser de vários formatos de liga de cobre, ou de chumbo-estanho. Correntes nominais
5 a 60A, para terminais tipo virola, e de 60 a 600A para tipo faca.

FUSÍVEL DIAZED

Seu corpo é de porcelana cilíndrico, fechado nas extremidades por tampas metálicas por onde é feito o
contato com a base. O elo fusível é de cobre revestido com zinco, e seu interior é preenchido com
areia à base de quartzo. Correntes nominais de 2 a 100A.

FUSÍVEL NH

Possui um corpo de porcelana, com seção quadrada ou retangular, bordas arredondadas e terminais
tipo faca. O elo fusível é geralmente de cobre, recoberto ou não com outro metal. Correntes nominais
de 6 a 1000A.

Os fusíveis possuem sua especificação descrita por duas letras, sendo a primeira minúscula e a
segunda maiúscula, conforme tabela abaixo:

Letra Descrição

Primeira letra, a Fusível limitador de corrente, atua nos curtos-circuitos.


minúscula

g Fusível limitador de corrente, atua nos curtos-circuitos e


sobrecargas.

G Proteção de linha, uso geral.

M Proteção de circuitos motores.

L Proteção de linha.
Segunda letra,
maiúscula
Tr Proteção de transformadores.

R Proteção de semicondutores, ultrarrápidos.

S Proteção de semicondutores e linha.

 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal

 EXEMPLO

gL/gG - Fusível para proteção de cabos e uso geral (atua em sobrecargas e curtos-circuitos).

DISJUNTOR
A principal função do disjuntor é de proteção e segurança, porém também é utilizado para ligar e
desligar circuitos e cargas. O disjuntor é um equipamento que serve para desarmar o circuito
automaticamente, ao detectar uma sobrecarga ou um curto-circuito em uma instalação elétrica. Ele é
projetado para suportar determinada corrente elétrica, caso ocorra um pico de corrente ou um curto-
circuito que eleve a corrente acima do limite suportado por este, ele interrompe o circuito.

Os disjuntores podem ser: térmicos, magnéticos e termomagnéticos, monopolares, bifásicos ou


trifásicos e categorizados de acordo com a curva de ruptura, podendo ser curva B (ex: chuveiros,
aquecedores elétricos, tomadas de uso geral), curva C (ar-condicionado, circuitos de iluminação e
sistemas de comando e controle) ou curva D (motores de grande porte e grandes transformadores).
DISJUNTOR TÉRMICO

Os disjuntores térmicos funcionam através da deformação de uma lâmina bimetálica, causada pelo
aquecimento. Quando uma sobrecarga de corrente atravessa o disjuntor, a lâmina bimetálica se
aquece por efeito Joule e se deforma. Essa deformação desencadeia mecanicamente a interrupção de
um contato abrindo o circuito.

O disjuntor térmico é um componente mecanicamente simples e robusto, portanto relativamente


barato, em contrapartida não possui uma grande precisão de corrente de seccionamento e dispõe de
um tempo de reação relativamente lento, o que o torna incapaz para proteção de curtos-circuitos.

DISJUNTOR MAGNÉTICO

No disjuntor magnético, a forte variação de corrente elétrica que atravessa as espiras de uma bobina
gera um campo magnético, que quando atinge determinada intensidade, faz com que a chapa metálica
do contato seja atraída, abrindo, assim, o contato, protegendo a fonte e o circuito elétrico. Portanto,
quando a corrente elétrica ultrapassa o limite máximo do disjuntor, a bobina cria um campo
eletromagnético que desarma o disjuntor.

A interrupção desse disjuntor é instantânea, o que garante uma alta precisão. Esta velocidade de
interrupção instantânea é o que possibilita a proteção contra curto-circuito. Entretanto, na proteção de
sobrecarga, ele não tem tanta precisão como o disjuntor térmico, já que a carga terá que exceder muito
o limite.

DISJUNTOR TERMOMAGNÉTICO

É o disjuntor mais utilizado nas instalações elétricas. Ele possui função de manobra (abrir ou fechar um
circuito), proteção contra curto-circuito e proteção contra sobrecarga, ou seja, ele é a união das
funcionalidades do térmico com o magnético em um único equipamento.
CURVA DE RUPTURA DOS DISJUNTORES

A curva de ruptura mostra a corrente em relação ao tempo, após o disjuntor ultrapassar a sua corrente
nominal, ou seja, a corrente de ruptura é a que causa a atuação disjuntor, fazendo ele abrir o circuito.

CURVA B
Corrente de ruptura de 3 a 5 vezes maior que a corrente nominal do disjuntor. São utilizados em cargas
resistivas, que podem gerar curto-circuito de baixas proporções, por exemplo, tomadas de uso geral.

CURVA C
Corrente de ruptura de 5 a 10 vezes maior que a corrente nominal do disjuntor. Utilizadas em cargas
indutivas, por exemplo, ar-condicionado e circuitos de iluminação.

CURVA D
Corrente de ruptura de 10 a 20 vezes maior que a corrente nominal do disjuntor. São utilizados em
circuitos industriais, como motores de altas correntes de partida, transformadores e máquinas de solda.

POLARIDADE DOS DISJUNTORES

Monopolares ou unipolares – Protegem uma única fase

Bipolares – Protegem, simultaneamente, duas fases.

Tripolares – Protegem, simultaneamente, três fases.

 ATENÇÃO

É muito importante utilizar disjuntores adequados nas instalações elétricas, pois a utilização de
disjuntores com capacidade acima do necessário poderá danificar as instalações e os aparelhos
elétricos. Além disso, se a amperagem desses dispositivos de proteção for abaixo do indicado,
ocorrerá o desarme sem necessidade.
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
Assista ao vídeo abaixo para entender melhor sobre dispositivos de proteção.

DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO CONTRA


SURTOS (DPS)
Os dispositivos de proteção contra surtos (DPS) são equipamentos que têm o objetivo de proteger as
instalações contra sobretensões transitórias, envolvendo tanto as linhas de energia como as linhas de
sinal (telefonia, comunicação de dados, televisão).

Os DPS devem ser selecionados com base no mínimo nas seguintes características: nível de proteção,
máxima tensão de operação contínua, suportabilidade a sobretensões temporárias, corrente nominal
de descarga e/ou corrente de impulso e suportabilidade à corrente de curto-circuito.
SURTO ELÉTRICO É UMA ONDA TRANSITÓRIA DE TENSÃO,
CORRENTE OU POTÊNCIA QUE TEM COMO CARACTERÍSTICA UMA
ELEVADA VARIAÇÃO EM UM CURTO PERÍODO.
Essa onda se propaga ao longo de sistemas elétricos, podendo causar sérios danos aos equipamentos
eletroeletrônicos ligados na rede elétrica. Esses surtos elétricos são normalmente causados por
descargas atmosféricas, queda de energia, manobras de rede e no liga/desliga de grandes máquinas.

Os DPS são utilizados em diversas aplicações: em redes de distribuição de energia elétrica, para
proteção de transformadores e luminárias urbanas, nas linhas de telecomunicações, nos painéis de
energia solar fotovoltaica, nos quadros de distribuição das edificações e até mesmo conectados às
tomadas, acoplados diretamente aos equipamentos. Os DPS podem ser assim divididos em três
classes:

CLASSE I
Dispositivos utilizados na proteção de ambientes expostos a descargas atmosféricas diretas, como
áreas urbanas periféricas ou áreas rurais. Instalados nos quadros primários (ponto de entrada) de
distribuição.

CLASSE II
Dispositivos com capacidade para proteger contra os efeitos indiretos de uma descarga atmosférica.
Utilizados em áreas urbanas e instalados nos quadros secundários de distribuição.

CLASSE III
Dispositivos destinados à proteção fina de equipamentos, instalados próximos aos equipamentos. São
utilizados para proteger somente um equipamento, geralmente eletroeletrônicos.

A NDR 5410:2004 ainda recomenda seções mínimas dos condutores de aterramento para as duas
primeiras classes:

Classe I: 16mm²;

Classe II: 4mm².

DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO DIFERENCIAL


RESIDUAL (DR)
O dispositivo de proteção diferencial residual (DR) é um dispositivo de proteção contra choques
elétricos, capaz de detectar fugas de correntes (faltas), ou seja, diferença entre a corrente que entra e
a que sai de um dispositivo. Essa diferença se dá quando uma parte da corrente que deveria circular
pelo circuito é desviada de sua trajetória e volta para o dispositivo com essa parte faltando. Isso pode
ocorrer devido a um choque elétrico ou falhas de isolação.

Existem dois tipos de dispositivos DR:

Disjuntor DR (DDR)

Possui elevada capacidade de interrupção, garante proteção contra sobrecargas, curto-circuito e


contra os contatos indiretos.


Disjuntor DR (IDR)

Possui pequena capacidade de interrupção, sendo mais utilizado para proteção contra contatos
indiretos.

Conforme norma, os circuitos que devem obrigatoriamente possuir a instalação de DR são:

Circuitos que sirvam a pontos situados em locais contendo banheira ou chuveiro.

Circuitos que alimentem tomadas de corrente situadas em áreas externas à edificação.

Circuitos de tomadas de corrente situadas em áreas internas que possam vir a alimentar
equipamentos no exterior.

Circuitos de tomadas de corrente de cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço,


garagens e, no geral, a todo local interno molhado em uso normal ou sujeito a lavagens.

O DR pode ser instalado individualmente por grupos de circuitos ou até mesmo na proteção geral,
neste último caso, o inconveniente é o desarme de toda a instalação no caso de detecção de uma
falta.

Os dispositivos diferenciais devem ser dimensionados dependendo do uso:

10mA utilizado para locais de difícil acesso (exemplo: leito de UTI, fosso de elevador etc.).

30mA proteção das pessoas contra choques elétricos por contato direto.
≥30mA proteção das pessoas contra choques elétricos por contato indireto.

300mA a 1000mA proteção das instalações contra os riscos de incêndio.

Para as instalações residenciais, a corrente recomendada usual é de 30mA para corrente elétrica
máxima de fuga.

 ATENÇÃO

Vale ressaltar que os dispositivos diferenciais não extinguem completamente a possibilidade de choque
elétrico, mas reduzem o tempo de exposição do corpo humano à passagem de corrente elétrica.

VERIFICANDO O APRENDIZADO

CONCLUSÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Aprendemos sobre os principais critérios e os princípios básicos para a elaboração de um projeto de
instalação elétrica de baixa tensão em edificações.

Vimos algumas normas regulamentadoras que são fundamentais para garantir a segurança e o bom
funcionamento das instalações elétricas e dos dispositivos que nelas forem instalados. Também
compreendemos sobre o fornecimento de energia, a legislação das distribuidoras de energia elétrica e
as cobranças de serviços.

Além disso, foram apresentados o funcionamento dos quadros de disjuntores, as regras de separação
dos circuitos elétricos e os dispositivos de proteção necessários para um bom funcionamento das
instalações elétricas.
 PODCAST

AVALIAÇÃO DO TEMA:

REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410: Instalações elétricas de baixa
tensão. Rio de Janeiro. 2004.

BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA ‒ ANEEL. Resolução Normativa nº 418, de


23 de novembro de 2010. Consultado em meio eletrônico em: 17 set. 2020.

CARVALHO JÚNIOR, R. de. Instalações elétricas e o projeto de arquitetura (Biblioteca Virtual). 7.


ed. São Paulo: Blucher, 2016.

CREDER, H. Instalações Elétricas. 16. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2018.

GEBRAN, A. P.; RIZZATO, F. A. P. Instalações Elétricas Prediais. Porto Alegre: Bookman, 2017.

LIGHT. RECON – BT, Entradas Individuais e Coletivas. Regulamentação para fornecimento de energia
elétrica a consumidores de baixa tensão. Ed. 2019.

MUNDO DA ELÉTRICA. Vídeos e cursos de elétrica. Página inicial. Consultado em meio eletrônico
em: 17 set. 2020.

NERY, N. Instalações Elétricas – Princípios e Aplicações. 2. ed. São Paulo: Érica, 2012.

SALA DA ELÉTRICA. Aulas sobre eletricidade na teoria e na prática. Página inicial.  Consultado em
meio eletrônico em: 17 de set. 2020.
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, leia:

Resolução Normativa nº 414 da ANEEL, a NBR 5410:2004 e as normas a ela vinculadas, como a
NBR 13534:1995 – Instalações elétricas em estabelecimentos assistenciais de saúde –
Requisitos para segurança e a NBR 5361:1998 – Disjuntores de baixa tensão.

CONTEUDISTA
Ana Catarina Almeida Filizola de Abreu

 CURRÍCULO LATTES
DESCRIÇÃO
Conceitos, métodos e técnicas para a execução de sistemas de instalação elétrica de baixa
tensão em edifícios.

PROPÓSITO
Apresentar os cálculos, métodos e formas para realização e execução de um projeto de
instalações elétricas de Baixa Tensão, de acordo com as normas da ABNT.

PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos papel, caneta e uma calculadora, ou
use a calculadora de seu smartphone/computador.
OBJETIVOS

MÓDULO 1

Descrever os quadros de distribuição, os circuitos de distribuição e os circuitos terminais

MÓDULO 2

Identificar os dispositivos de manobra, as tomadas e a luminotécnica — localização, esquemas


de ligação e fiação

MÓDULO 3

Reconhecer a divisão da instalação em circuitos terminais e o balanceamento das fases

MÓDULO 4

Descrever o dimensionamento de condutores e eletrodutos

SISTEMAS DE INSTALAÇÃO ELÉTRICA DE


BAIXA TENSÃO EM EDIFÍCIOS
INTRODUÇÃO
Neste tema, vamos aprender sobre a representação dos quadros de distribuição, dos circuitos
de distribuição e dos circuitos terminais, além das simbologias mais utilizadas em um projeto
elétrico. Explicaremos os critérios estabelecidos em norma para instalação de tomadas e
iluminação, apresentando o método luminotécnico. Também serão expostos os métodos para
dimensionamento dos condutores e eletrodutos.

MÓDULO 1

 Descrever os quadros de distribuição, os circuitos de distribuição e os circuitos


terminais

QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO
O quadro de distribuição é o equipamento destinado a abrigar os dispositivos de proteção e
manobra, bem como conectar os condutores elétricos, a fim de receber e distribuir energia.

Fonte: Shutterstock Por Dmitry Kalinovsky

 ATENÇÃO

Os quadros de distribuição ou terminais devem ser instalados em local de fácil acesso e,


preferencialmente, no centro de cargas da instalação, para reduzir as quedas de tensão, o
tamanho da seção e o comprimento dos condutores, gerando mais segurança e economia.

CÁLCULO DO CENTRO DE CARGAS

O centro de cargas de uma instalação depende da quantidade de pontos elétricos, de suas


respectivas potências e localização. Ele pode ser calculado pelo método geométrico
denominado baricentro , que considera as coordenadas X e Y das cargas, e as Potências P:

BARICENTRO
O baricentro das cargas é o ponto onde podemos considerar que toda a carga de uma
determinada área está concentrada. A determinação desse ponto se assemelha ao
cálculo do centro de massa de um corpo rígido. Teoricamente, o ponto de baricentro é o
ponto de localização cujo quadro de distribuição deveria se localizar, a fim de obter a
maior redução possível de custos de instalação e funcionamento.

Fonte: Autor
 Baricentro das cargas.

X1 ∙ P1 + X2 ∙ P2 + … + XN ∙ PN
X=

P1 + P2 + … + PN

Y1 ∙ P1 + Y2 ∙ P2 + … + YN ∙ PN
Y=
P1 + P2 + … + PN


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
CAIXAS PARA QUADRO DE MEDIÇÃO E DE
DISTRIBUIÇÃO

As caixas para quadro de medição são padronizadas pela concessionária de energia local, mas
dependem também do tipo de entrada de energia elétrica e do número de medidores que serão
implantados. Normalmente, são de estruturas metálicas.

Fonte: Shutterstock Por DimonGi

As caixas para quadro de distribuição ou terminais podem ser metálicas ou de PVC. As caixas
mais simples, destinadas para instalações monofásicas, não têm local para barramento de
cobre, suas conexões internas são feitas por condutores. Para instalações bifásicas, trifásicas
ou quadro de distribuição geral, as caixas possuem barramento de cobre e local para fixação
dos dispositivos de proteção.

EDIFICAÇÃO COLETIVA

Os quadros, em uma edificação coletiva, devem ser suficientes para atender suas
necessidades, como quadro de máquinas, quadro de iluminação e tomadas do pavimento
térreo, quadro de iluminação e tomadas do subsolo, entre outros. Os quadros terminais
também devem situar-se próximo das suas cargas.

Em uma edificação coletiva, toda a interligação elétrica da instalação se encontra em uma


prumada, é por ela que sobem os cabos de construções com mais de um pavimento, como os
sobrados, triplex e edifícios.

A seguir, é apresentado um exemplo de prumada em uma edificação e suas interligações:

Fonte: Autor

 Esquema dos quadros de distribuição e medição em uma edificação.

Onde:

CS:
Caixa seccionadora.

QG:
Quadro geral do edifício.

CM:
Centro de medidores (um medidor por apartamento e um para o condomínio).

CP:
Caixa de passagem (uma por andar).
QG-C:
Quadro geral do condomínio.

QD:
Quadro de distribuição (um por apartamento e para cada área do condomínio).

Assista ao vídeo a seguir para compreender um pouco mais sobre os quadros de distribuição.

QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO

CIRCUITOS

DIAGRAMA UNIFILAR E MULTIFILAR

Em um projeto de instalações elétricas, deve constar, em planta, o esquema unifilar de cada


pavimento, indicando sempre os pontos de subida e/ou descida de eletrodutos com seus
condutores representados.

O esquema unifilar é uma forma mais simples de apresentar o circuito de uma instalação
elétrica, pois uma única linha representa o eletroduto e os diferentes condutores ali instalados.

Na figura a seguir, apresentamos um exemplo de diagrama unifilar de um quadro de


distribuição:

Fonte: Autor
 Diagrama unifilar de quadro de distribuição.

Os seguintes elementos são representados no diagrama unifilar (SANTOS, 2020):

A) QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO
Representados por um barramento contendo todos os circuitos associados a ele, incluindo:

Nome do quadro;

Potência total dos circuitos associados ao quadro;

Desenho do barramento;

Um disjuntor para cada circuito associado, representando os disjuntores presentes no


quadro;

Um disjuntor global;

Dispositivos diferencial-residual (DR);

Dispositivo de proteção contra surtos (DPS).

B) QUADROS DE MEDIÇÃO
Similares aos de distribuição, mas incluindo a representação dos medidores.

C) CIRCUITO TERMINAL ASSOCIADO


Representado por: 

Disjuntor adotado como proteção para o circuito, com sua respectiva corrente nominal;

Diferencial-residual (DR);

Fiação principal do circuito, incluindo a seção adotada;

Potência total dos pontos do circuito, em Watts;

Indicação das fases utilizadas;

Nome e descrição.

 RESUMINDO

Podemos, então, dizer que o diagrama unifilar é a representação, em planta baixa, dos pontos
de tomada, dos pontos de iluminação e dos quadros de distribuição, com indicação dos trajetos
dos eletrodutos, da numeração dos circuitos e da caracterização dos condutores.

A seguir, veja um exemplo de diagrama unifilar de uma instalação elétrica, onde os números
menores são os circuitos de cada ponto de tomada ou iluminação, já os maiores são as
potências previstas para cada ponto:

Fonte: Autor
 Diagrama unifilar de uma cozinha.

FPR:
Ferro de passar roupa

SER:
Secadora de roupa

LRM:
Lavadora de roupa média

GLD:
Geladeira

FVM:
Freezer vertical médio

MOO:
Micro-ondas

EXA:
Exaustor

LLG:
Lava louça grande

O esquema multifilar é a representação de um circuito elétrico com todos os seus condutores


e dispositivos com o objetivo de facilitar a sua análise e compreensão, ou seja, é uma
representação integral das conexões elétricas existentes em uma instalação ou quadro.
Na figura a seguir, será apresentado um esquema multifilar de um quadro de distribuição:

Fonte: Autor
 Esquema multifilar de quadro de distribuição.

Os seguintes elementos são representados no diagrama multifilar de um quadro (SANTOS,


2020):

Barramento – no centro do diagrama, é indicado o barramento principal do quadro,


desenhado conforme o esquema de fases do quadro. É indicada a nomenclatura
apresentada para as fases e a cor de cada condutor;

Dados do quadro – na parte superior do barramento, é indicada a proteção do


circuito do quadro e a fiação adotada, bem como a presença de dispositivos IDR ou
DPS;

Circuito terminal associado


Disjuntor adotado como proteção para o circuito, com sua respectiva corrente
nominal;

Dispositivo DR, se existir;

Fiação principal do circuito, incluindo a seção adotada;

Potência total dos pontos do circuito, em Watts;

Indicação das fases utilizadas;

Nome e descrição.

Aterramento ‒ Representado pelo símbolo . Todos os circuitos e o


Quadro de Distribuição devem ser aterrados.

Quadro associado – são representados os dados referentes ao circuito do quadro,


de forma similar a um circuito terminal.


Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

SIMBOLOGIA

A norma NBR 5444 foi criada a fim de padronizar a simbologia elétrica residencial utilizada
pelos profissionais da elétrica. No entanto, ela foi cancelada pela ABNT, em 2014, e não houve
substituição. No seu lugar, a ABNT sugere o uso da norma internacional: IEC 60417 –
Graphical symbols for use on equipment. Ainda assim, por sua simplicidade, a NBR 5444
continua sendo referência no Brasil na simbologia elétrica residencial. 

A NBR 5444 se baseia em figuras geométricas simples para representar os dispositivos


elétricos: o traço, o círculo, o triângulo equilátero e o quadrado. Vejamos:

Traço – representa os eletrodutos;

Círculo – representa os pontos de luz, interruptor e indicação de dispositivos embutidos no


teto, sendo que os pontos de luz devem ter diâmetro maior do que os dos interruptores para
podermos diferenciá-los;

Triângulo equilátero - representa tomadas, podendo apresentar variações conforme função


(luz e telefone) ou níveis de instalação (baixa, média e alta);

Quadrado - representa qualquer tipo de elemento no piso ou conversor de energia.

A seguir, apresentamos alguns símbolos gráficos que utilizaremos, baseados em norma:

Fonte: Autor

 ATENÇÃO

No esquema unifilar, não é necessário especificar algumas características do circuito elétrico:


bitola mínima de eletroduto (20 mm ou 1/2”) para circuitos de iluminação e de tomada, e a
potência mínima das tomadas (100 VA). No entanto, é obrigatória a especificação das bitolas e
das potências maiores.

VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. UM ENGENHEIRO ELETRICISTA ESTÁ PROJETANDO UM QUARTO


CONFORME A FIGURA A SEGUIR. PODE-SE VERIFICAR, NA FIGURA,
QUE FOI PREVISTA A INSTALAÇÃO DE:

A) Duas tomadas baixas e um quadro de distribuição de embutir.

B) Duas tomadas de piso e duas tomadas altas.

C) Um quadro de distribuição de sobrepor, uma luminária e um interruptor paralelo.

D) Uma luminária, um interruptor simples e duas tomadas altas.

E) Duas tomadas médias e duas tomadas de piso.

2. O DIAGRAMA ELÉTRICO QUE REPRESENTA A FORMA MAIS SIMPLES


DOS CIRCUITOS DE UMA INSTALAÇÃO ELÉTRICA, EM QUE UMA ÚNICA
LINHA REPRESENTA O ELETRODUTO E OS DIFERENTES CONDUTORES
ALI INSTALADOS, É DENOMINADO:

A) Diagrama multifilar.

B) Diagrama trifilar.

C) Diagrama unifilar.

D) Diagrama elétrico.

E) Diagrama bifilar.

GABARITO

1. Um engenheiro eletricista está projetando um quarto conforme a figura a seguir. Pode-


se verificar, na figura, que foi prevista a instalação de:

A alternativa "A " está correta.

O projeto prevê a instalação de duas tomadas baixas, duas tomadas médias, uma luminária,
um quadro de distribuição de embutir e um interruptor simples.

2. O diagrama elétrico que representa a forma mais simples dos circuitos de uma
instalação elétrica, em que uma única linha representa o eletroduto e os diferentes
condutores ali instalados, é denominado:

A alternativa "C " está correta.


O diagrama unifilar é uma forma mais simples de apresentar o circuito de uma instalação
elétrica, pois uma única linha representa o eletroduto e os diferentes condutores ali instalados.

MÓDULO 2

 Identificar os dispositivos de manobra, as tomadas e a luminotécnica — localização,


esquemas de ligação e fiação

DISPOSITIVOS DE MANOBRA
Dispositivos de manobra são responsáveis por impedir ou permitir a passagem de corrente
elétrica, ou seja, acionar ou interromper o funcionamento de um circuito elétrico.

INTERRUPTORES

Os interruptores são os dispositivos de manobra (ou comando) mais comuns e devem ter a
capacidade para suportar determinadas correntes por tempo indeterminado. Devem ser
instalados em locais de fácil acesso, perto das entradas e saídas dos ambientes. Também
podem ser instalados em locais que facilitem a vida do usuário, como perto de camas.

Fonte: Shutterstock Por NA image

Os interruptores podem ser de três tipos: simples, paralelo e intermediário. Vejamos:

INTERRUPTOR SIMPLES
são os mais usados em instalações elétricas e permitem o comando de um ponto.

Fonte: Autor

INTERRUPTOR PARALELO (THREE WAY)


permite o comando em dois locais distintos. São muito utilizados em escadas e salas grandes,
onde há necessidade de apagar e acender lâmpadas em diferentes pontos.

Fonte: Autor

INTERRUPTOR INTERMEDIÁRIO

(FOUR WAY)
permite o comando em vários locais distintos. São muito utilizados em escadas e salas
grandes, onde há a necessidade de apagar e acender lâmpadas em diferentes pontos.

Fonte: Autor

Além dos interruptores já mencionados, existem outros que atendem situações específicas.
Veja a seguir:

INTERRUPTOR DIMMER
É utilizado em ambientes nos quais se deseja controlar a luminosidade. Utiliza-se,
principalmente, em lâmpadas incandescentes.

MINUTERIAS
É aplicado em locais nos quais se deseja que a iluminação fique acesa somente por um
intervalo de tempo, como escadas, garagens e halls de entrada de edifícios.

INTERRUPTORES

REMOTOS
Interruptores capazes de acender lâmpadas à distância. Também podem variar a intensidade
das lâmpadas incandescentes.

CONTATORES E CHAVES MAGNÉTICAS


Possuem a capacidade de interromper circuito, bem como a proteção contra sobrecargas e
curto-circuitos.
SENSOR DE PRESENÇA
Capta a movimentação de pessoas, animais, automóveis, entre outros, que estejam dentro de
sua área de operação, ligando a iluminação. É utilizado em ambientes onde as lâmpadas só
necessitam ficar acesas por determinado período, normalmente, entre 10 e 30 min. O sensor
de presença pode ser usado como parte do sistema de segurança, como acionamento de
lâmpadas ou sinais sonoros.

TOMADAS
As tomadas devem atender à norma NBR 14136 – Plugues e tomadas para uso doméstico e
análogo até 20 A/250 V em corrente alternada – Padronização. Ela considera as tomadas de
uso geral (TUG), com capacidade de 10 A, e as tomadas de uso específico, com capacidade
acima de 10 A.

Fonte: Shutterstock Por rocharibeiro

Desde 2011, o padrão das tomadas brasileiras foi unificado para um único de três pinos: 2P+T
(duas fases, ou uma fase e um neutro e o terra). A mudança foi ocasionada para tornar as
tomadas mais seguras, pois diminui o contato indireto nos pinos na hora da remoção e obriga o
uso do pino de proteção (“terra”). Com isso, diminui a ocorrência de choques elétricos e
protege os equipamentos eletroeletrônicos.
Os modelos de 10 A e 20 A diferem no diâmetro dos orifícios, respectivamente, ø4 mm e ø4,8
mm. A NBR 14136 determina que as tomadas de 20 A permitam a inserção de plugues de 10 A
e 20 A, porém, as de 10 A não devem permitir as de 20 A.

Fonte:Shutterstock

 ATENÇÃO

A NBR 5410:2004 diz que, quando houver circuitos de tomadas com diferentes tensões, as
tomadas fixas dos circuitos de tensão mais elevada devem ser marcadas com a tensão a ela
provida, seja por adesivo ou placa, e não deve ser possível a remoção fácil.

A norma utiliza volt-ampère (VA) para a potência das tomadas e recomenda, como potência
mínima, 100 VA nos pontos de tomada de uso geral. Como muito dos aparelhos de uso
doméstico são resistivos e operam com fator de potência próximo a um, podemos considerar a
potência das tomadas para edifícios residências ou comerciais em watts (W).

Em banheiros, cozinhas, copa-cozinha, áreas de serviço, lavanderias e locais análogos, a


norma recomenda que se considere, no mínimo, 600 VA para cada uma das três primeiras
tomadas, considerando cada cômodo separadamente.


SAIBA MAIS

Quando o total de tomadas de uso geral, no conjunto desses cômodos, ultrapassar seis, a
norma admite que apenas duas possam ser consideradas de 600 VA e as excedentes de 100
VA, considerando os ambientes separadamente.
Em halls de serviço, salas de manutenção e salas de equipamentos (máquinas, bombas etc.),
deve ser previsto, no mínimo, um ponto de tomada de uso geral, e a potência do circuito, no
mínimo, de 1.000 VA.

Para situações em que não há uma especificação maior da aplicação do local, é comum
atribuir 200 W ou 200 VA por tomada. O projetista deverá lembrar que, atualmente, são
utilizados muitos equipamentos eletrônicos, principalmente na sala de estar de uma residência.
Desse modo, deve-se sempre prever uma quantidade adequada e evitar o uso de “benjamins”
(T) e extensões por parte dos usuários.

Fonte: Shutterstock Por Nor Gal

Para pontos previstos para tomadas de uso específico, deve ser atribuída potência igual à
potência nominal do equipamento a ser alimentado, ou a soma das potencias nominais dos
equipamentos a serem alimentados. Quando valores precisos não forem conhecidos, prever
uma potência igual à potência nominal do equipamento mais potente que possa ser utilizado.

 ATENÇÃO

Os pontos de tomada de uso específico devem ser localizados, no máximo, a 1,5 m do ponto
previsto para a localização do equipamento a ser alimentado.
QUANTIDADE DE PONTOS DE TOMADA

Quando o projetista for locar os pontos de tomada, ele deverá verificar a funcionalidade do
local e a destinação dos equipamentos, observando alguns critérios mínimos previstos na NBR
5410:2004, como:

 Escolha uma das Etapas a seguir.

BANHEIROS
COZINHAS
VARANDAS
Em banheiros, deve ser previsto, pelo menos, um ponto de tomada, próximo ao lavatório;

Em cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, cozinha-área de serviço, lavanderias e


locais análogos, deve ser previsto, no mínimo, um ponto de tomada para cada 3,5 m ou fração
de perímetro, sendo que, acima da bancada da pia, devem ser previstas, no mínimo, duas
tomadas de corrente, no mesmo ponto ou em pontos distintos;

Em varandas, deve ser previsto, pelo menos, um ponto de tomada;

SALAS E DORMITÓRIOS
DEMAIS CÔMODOS
Em salas e dormitórios deve ser previsto, pelo menos, um ponto de tomada para cada 5 m ou
fração de perímetro, devendo tais pontos ser espaçados tão uniformemente quanto possível;

Em cada um dos demais cômodos e dependências de habitação, devem ser previstos, pelo
menos:

Um ponto de tomada, se a área do cômodo ou da dependência for igual ou inferior a 2,25


m². Admite-se que esse ponto seja posicionado externamente ao cômodo ou
dependência, a até 0,80 m, no máximo, de sua porta de acesso;

Um ponto de tomada, se a área do cômodo ou da dependência for superior a 2,25 m² e


igual ou inferior a 6 m²;

Um ponto de tomada para cada 5 m ou fração de perímetro, se a área do cômodo ou da


dependência for superior a 6 m², devendo tais pontos ser espaçados tão uniformemente
quanto possível.

Para instalações comerciais, é recomendado:

Escritórios com áreas iguais ou inferiores a 40 m²: 1 tomada para cada 3 m ou fração de
perímetro, ou 1 tomada para cada 4 m² ou fração de área (adotar o que conduzir ao maior
número);

Escritórios com área superior a 40 m²: 10 tomadas para os primeiros 40 m² e 1 tomada


para cada 10 m² ou fração de área restante;

Lojas: 1 tomada para cada 30 m² ou fração, não computadas as tomadas destinadas a


vitrines e à demonstração de aparelhos;

A potência das tomadas de uso geral, em escritórios e lojas, deverá ser de 200 VA.

Fonte: Shutterstock Por XAOC

ALTURA DAS TOMADAS

As tomadas seguem um padrão de instalação referente à altura. Para alturas diferentes, o


projetista deverá indicar no projeto. Essas alturas são:
Baixas: 30 cm a partir do chão;


Médias: 1,20 m até 1,30 m a partir do chão;


Altas: 2 m até 2,25 m a partir do chão.

Conforme norma, os circuitos de tomada e iluminação deverão ser distintos, somente em casos
de habitações com corrente de circuito inferior a 16 A poderão ser o mesmo. Portanto, quando
houver, em uma instalação, um interruptor conjugado com uma tomada, deverá ser tomado o
cuidado de ser instalado da forma correta.

Não poderá utilizar a mesma fase-neutro dos circuitos, conforme podemos verificar na figura a
seguir:

Fonte: Autor

ILUMINAÇÃO
A NBR 5410:2004 recomenda que as cargas de iluminação sejam determinadas pela aplicação
das NBR 5413:1992 e NBR 5382:1985. No entanto, tais normas foram canceladas e
substituídas pela NBR ISO/CIE 8995-1:2013 – iluminação de ambientes de trabalho. A nova
norma especifica critérios de iluminação para que as pessoas possam desempenhar tarefas
visuais de maneira eficiente, com conforto e segurança.

Fonte: Shutterstock


SAIBA MAIS

Alguns parâmetros que contribuem para um ambiente luminoso adequado: distribuição da


luminância, iluminância, ofuscamento, direcionalidade da luz, aspectos da cor da luz e
superfícies, cintilação, luz natural e manutenção.

A NBR ISO/CIE 8995-1:2013 recomenda alguns valores dos critérios para a iluminação de
ambientes e atividades, e é listado por meio de uma tabela. A seguir, iremos apresentar os
mais usuais:

¯
Tipo de ambiente, tarefa ou atividade Em UGRL Ra
Lux

Vestiários, banheiros e toaletes. 100 22 80


Salas auxiliares, por exemplo: sala das bombas, sala dos 200 25 60
capacitores, quadro de chave de distribuição etc.

Escritórios: escrever, teclar, ler e processar dados. 500 19 80

Áreas de circulação e corredores em uma edificação. 100 28 40

Salas de descanso 100 22 80

Refeitórios/cantinas 200 22 80

¯
EM LUX

é a iluminância mantida;

UGRL

é o índice de ofuscamento unificado;


RA

é o índice de reprodução de cor mínimo.

A iluminância deve ser calculada por meio dos valores medidos na mesma malha de pontos
utilizada no cálculo do projeto, e o valor não pode ser inferior ao especificado para aquela
tarefa.

 ATENÇÃO

O índice de ofuscamento unificado e o índice de reprodução de cor devem ser fornecidos


pelo fabricante da luminária e das lâmpadas, respectivamente.

Na determinação das cargas de iluminação, como alternativa a aplicação da ABNT NBR 5413,
pode ser adotado o seguinte critério:

Área igual ou inferior a 6 m²

Em cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6 m², deve ser prevista uma carga
mínima de 100 VA;


Área superior a 6 m²

Em cômodos ou dependências com área superior a 6 m², deve ser prevista uma carga mínima
de 100 VA para os primeiros 6 m², acrescida de 60 VA para cada aumento de 4 m² inteiros.

Os equipamentos de iluminação destinados a locais molhados ou úmidos devem ser


específicos para tal uso, não permitindo acúmulo de água nos condutores ou quaisquer partes
elétricas.
Para cada cômodo ou dependência, deve ser previsto, pelo menos, um ponto de iluminação no
teto, comandado por interruptor. No caso de hotéis ou similares, são aceitos pontos de tomada
no lugar de ponto de luz fixo no teto, com potência mínima de 100 VA, comandada por
interruptor de parede.

Em escadas, depósitos, despensas, lavabos e varandas, é admitido que o ponto de luz fixo no
teto seja substituído por ponto na parede, desde que sejam locais de pequenas dimensões e
seja de difícil execução no teto.

Fonte: Shutterstock Por Yevhen Roshchyn

TIPOS DE LUMINÁRIAS

Luminária comum – é a forma mais comum de aplicação da luz, dispersa por todo
ambiente;

Luminária direcionadora de luz – é utilizada para direcionar o foco da luz, e algumas


possuem refletores;

Luminária de luz indireta – é utilizada para valorizar área ou objetos decorativos;

Luminária decorativa – tem função estética, como o próprio nome já diz;


Luminária com refletores e parabólicos – é utilizada para ambientes de trabalho e
estudo, produz conforto visual e evita reflexões nos olhos ou nos aparelhos, como
computadores e televisão.

LUMINOTÉCNICA

Um projeto de iluminação deverá ser realizado a partir do dimensionamento do ambiente, da


função e da atividade que será realizada no mesmo. Para tal, deverá ser utilizado o critério de
intensidade de iluminação, dada em lux, e a luminância, medida em candela por m² (cd/m²).

Uma intensidade luminosa de 200 lux é utilizada para as tarefas comuns, como leitura de livros,
montagens de peças e operação de máquinas. Uma intensidade maior é necessária para
quando exige uma percepção maior de detalhes, ou seja, quando há uma maior exigência
visual.

INTENSIDADE LUMINOSA

A intensidade luminosa é apresentada na forma de um diagrama polar, é simbolizada pela letra


I e sua unidade é candela (cd). Ela nada mais é do que a potência luminosa em uma dada
direção.

Fonte: Autor
ILUMINÂNCIA OU ILUMINAMENTO

É a quantidade de luz que incide sobre determinada área. É simbolizada pela letra E, sua
unidade é lux ou lúmen/metro quadrado (lm/m²) e sua fórmula é dada por:

 Clique na fórmula abaixo para ver as informações.


Fonte: Autor
 Iluminância perpendicular de uma superfície.

LUMINÂNCIA

É a quantidade de emissão de luz que passa através ou é refletida a partir de uma superfície,
em um certo ângulo. Seu símbolo é o L, sua unidade cd/m² ou nit, e sua fórmula é dada por:

 Clique na fórmula abaixo para ver as informações.


Fonte: Autor
 Representação da intensidade luminosa, fluxo luminoso, iluminância e luminância
CÁLCULO LUMINOTÉCNICO

Existem diversas maneiras de calcular a iluminação em um ambiente. A seguir, iremos


apresentar dois métodos.

Método dos lúmens ou fluxo luminoso – nesse método, deve-se seguir algumas
etapas, como determinar o nível da iluminância, escolher as luminárias e lâmpadas,
determinar índice do local, o coeficiente de utilização da luminária e o coeficiente de
manutenção, calcular o fluxo luminoso e o número de luminárias.

Índice local – calculado a partir das dimensões do ambiente e dado pela fórmula:

 Clique na fórmula abaixo para ver as informações.


Coeficiente de utilização (u) – relação do fluxo luminoso útil recebido pelo plano de
trabalho e o fluxo emitido pela luminária. É dado pela fórmula:

ΦÚTIL
U=
ΦTOTAL


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Os fabricantes, normalmente, disponibilizam esses índices por meio de tabelas.

Coeficiente de manutenção (d) – a diminuição do fluxo emitido pelas luminárias por falta
de manutenção (poeira, entre outros) deve ser incluído no cálculo para determinar a
quantidade de luminárias necessárias no ambiente. A seguir, vejamos uma tabela para
lâmpadas fluorescentes, apresentada pela NBR ISO/CIE 8995-1:2013. 

Fator de
Exemplo
manutenção

Ambiente muito limpo, ciclo de manutenção de um ano, 2.000 h/ano


0,80 de vida até a queima com substituição da lâmpada a cada 8.000 h,
com pequena tendência de coleta de poeira.

Carga de poluição normal no ambiente, ciclo de manutenção de três


0,67 anos, 2.000 h/ano de vida até a queima com substituição da lâmpada
a cada 12.000 h, com uma pequena tendência de coleta de poeira.

0,57 Carga de poluição normal no ambiente, ciclo de manutenção de três


anos, 2.000 h/ano de vida até a queima com substituição da lâmpada
a cada 12.000 h, com uma tendência normal de coleta de poeira.
Ambiente sujo, ciclo de manutenção de três anos, 8.000 h/ano de
0,50 vida até a queima com substituição da lâmpada a cada 8.000 h, com
uma tendência normal de coleta de poeira.

Cálculo do fluxo luminoso total – a partir da determinação de todos os itens


mencionados anteriormente, obtemos o fluxo total luminoso a ser produzido pelas
lâmpadas:

 Clique na fórmula abaixo para ver as informações.


Cálculo do número de luminárias – a partir do fluxo luminoso total, calcula-se o número
de luminárias necessárias, representado pela fórmula a seguir:

 Clique na fórmula abaixo para ver as informações.

O fluxo luminoso de uma luminária depende de sua fabricação, do tipo e do número de


lâmpadas instaladas. Deve-se utilizar sempre o número inteiro mais próximo, de luminárias, e
que fique melhor distribuído no espaço.

Um escritório possui as seguintes características: 

Comprimento: 10,0 m;

Largura: 8,0 m;
Pé-direito: 2,50 m;

Altura do plano de trabalho: 0,5 m;

Teto com cor branca, paredes branca e piso cinza escuro;

Ambiente limpo, com manutenção periódica, e utilização do ambiente por 10 h/dia, em


dias úteis;

Luminária a ser utilizada:

φluminária = 3930 lm

Fonte: Autor

2 -  Método ponto por ponto – Também chamado de método das intensidades luminosas, é o
método mais simples para o dimensionamento da iluminação de um ambiente. O método é
utilizado quando as dimensões da fonte luminosa são pequenas se comparadas ao plano que
deve ser iluminado. Alguns autores consideram o valor de, no mínimo, cinco vezes.

Fonte: Autor

• Iluminação no objeto:

 Clique na fórmula abaixo para ver as informações.


Aplicando as relações trigonométricas, obtemos as iluminâncias horizontal (Eh) e vertical (Ev):

I ( Θ ) ∙ COS3Θ
EH =  
H2


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Uma sala de estudo tem as seguintes características:

Iluminância 3.930 lm;

Ângulo de 30° do eixo longitudinal da luminária;

Altura de 2 m da luminária ao ponto a ser iluminado;

Distribuição luminosa da luminária:


Fonte: Autor

No vídeo a seguir, o professor apresentará a solução desta questão. Assista:

CÁLCULO LUMINOTÉCNICO

VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. O INTERRUPTOR QUE PERMITE O COMANDO EM DOIS LOCAIS


DISTINTOS, UTILIZADO PRINCIPALMENTE EM ESCADAS E SALAS
GRANDES, É DENOMINADO:
A) Interruptor paralelo ou three way.

B) Interruptor intermediário (four way).

C) Interruptor simples

D) Interruptor remoto

E) Interruptor dimmer

2. UM PROJETO DE ILUMINAÇÃO DEVERÁ SER REALIZADO A PARTIR


DE ALGUNS CRITÉRIOS. A LUMINÂNCIA É UM DESSES CRITÉRIOS E
ELA PODE SER DEFINIDA COMO:

A) A quantidade de luz que incide sobre determinada área.

B) A potência luminosa em uma dada direção.

C) A relação do fluxo luminoso útil recebido pelo plano de trabalho e o fluxo emitido pela
luminária.

D) A quantidade de emissão de luz que passa através ou é refletida a partir de uma superfície,
em certo ângulo.

E) A quantidade de luminária utilizada em um projeto.

GABARITO

1. O interruptor que permite o comando em dois locais distintos, utilizado principalmente


em escadas e salas grandes, é denominado:

A alternativa "A " está correta.

O Interruptor paralelo (three way) permite o comando em dois locais distintos e é muito
utilizado em escadas e salas grandes, onde há a necessidade de apagar e/ou acender
lâmpadas em diferentes pontos.

2. Um projeto de iluminação deverá ser realizado a partir de alguns critérios. A


luminância é um desses critérios e ela pode ser definida como:

A alternativa "D " está correta.


Luminância é a quantidade de emissão de luz que passa através ou é refletida a partir de uma
superfície, em um certo ângulo. Seu símbolo é o L, sua unidade cd/m² ou nit.

MÓDULO 3

 Reconhecer a divisão da instalação em circuitos terminais e o balanceamento das


fases

DIVISÃO DA INSTALAÇÃO EM CIRCUITOS


TERMINAIS
Circuitos são o conjunto de pontos (tomada ou iluminação) que são alimentados pelos mesmos
condutores e ligados ao mesmo dispositivo de proteção.

Portanto, após o estudo e cálculo das necessidades de cada ambiente da instalação, deve-se
levantar as potências que serão instaladas e suas respectivas demandas, alocar os pontos de
tomadas e de iluminação, e realizar distribuição dessas cargas em circuitos.

Conforme norma, a instalação deve ser dividida em tantos circuitos quantos necessários, e os
circuitos terminais devem ser individualizados pela função dos equipamentos de utilização que
alimentam.

 ATENÇÃO

Além disso, equipamentos de uso específico que excedam a corrente de 10 A devem ser
distribuídos em circuito separado e exclusivo. Exemplos disso são o chuveiro elétrico e o ar-
condicionado.

Para os pontos de tomada e os pontos de Iluminação, devem-se ser previstos circuitos com até
10 A de corrente, ou seja, para tensão de fornecimento de 127 V, a potência máxima prevista
seria por volta de 1270 VA e, para tensão 220 V, seria de 2200 VA.

Alguns ambientes, como cozinhas e lavanderias, onde encontramos equipamentos de


consumo mais alto, o limite de 10 A algumas vezes é excedido, sendo aceitável uma tolerância.
No entanto, não se deve esquecer de prever dispositivo de proteção e seção de condutor
adequado.

 COMENTÁRIO

Vale lembrar que os ambientes de cozinha, copas, áreas de serviço, lavanderias também
devem, conforme norma, possuir circuitos exclusivos destinados à alimentação de suas
tomadas.

Sugestões de ambientes para agrupar em um mesmo circuito:

Quartos ou dormitórios e corredores;

Salas de estar, de TV e jantar;

Iluminação e tomadas de uso geral (TUG) de banheiros podem ser agrupadas com
circuitos próximos (exemplo: tomadas do banheiro de suíte no mesmo circuito das
tomadas da suíte);

Cozinha colocar em um circuito as TUG (lembrando do limite de 10 A) e as tomadas de


uso específico (TUE) em circuito exclusivo;

Lavanderia e áreas de serviços;

Iluminação e tomadas em áreas externas da residência, separando-os para facilitar a


manutenção;

Chuveiros, aquecedores, secadora de roupas, ar-condicionado e outros equipamentos


que tenham corrente nominal acima de 10 A (as TUE) devem ter um circuito exclusivo
para cada.

Fonte: Shutterstock Por alexandre zveiger

A divisão da instalação deve ser bem realizada, conforme os critérios estabelecidos por norma.
Além de facilitar a operação e a manutenção da instalação, isso evita problemas como: mau
dimensionamento, queda de tensão, queima de equipamentos e até incêndios em instalações
irregulares.

Além disso, circuitos com muita carga exigem:

Seção transversal grande nos condutores;


Dificuldade na instalação nos eletrodutos, nos interruptores e tomadas;


Custo mais elevado dos condutores.

 ATENÇÃO

Lembre-se de que cada circuito é ligado a um dispositivo de proteção, como disjuntores


termomagnéticos ou dispositivo diferencial residual (DR).

Fonte: Autor
 Representação de um circuito de tomada.

Fonte: Autor
 Representação de um circuito de iluminação.

É importante não colocar um único circuito para iluminação ou um único para tomadas, visto
que, se houver qualquer problema em um dos circuitos, a instalação ficará sem um dos
circuitos em funcionamento, deixando o consumidor no escuro ou sem suas tomadas, até
descobrir e resolver o problema.

REPRESENTAÇÃO DOS ELETRODUTOS E


CONDUTORES

Finalizado a divisão em circuitos, deve-se traçar os eletrodutos e condutores, ligando os


quadros de distribuição aos pontos de tomada, iluminação e interruptores.

Algumas considerações a serem seguidas para a representação dos eletrodutos:

Locar o quadro de distribuição no centro de cargas e em fácil acesso, conforme exposto


no módulo 1;
Iniciar o traçado do quadro de distribuição, procurando os caminhos mais curtos e
evitando cruzamento dos eletrodutos;

Interligar, inicialmente, os pontos de iluminação;

Interligar os interruptores e pontos de tomada aos de iluminação;

Evitar conexão de muitos eletrodutos nas caixas de passagem;

Evitar passar uma quantidade elevada de circuitos em um mesmo eletroduto, pois fará
com que o diâmetro seja elevado, podendo influenciar no tamanho dos condutores,
aumentando os custos;

Indicar os diâmetros nominais dos eletrodutos.

Após traçar os eletrodutos, representar os condutores, com algumas considerações:

1. Representar os condutores que passam em cada trecho do eletroduto.


2. Identificar os circuitos que os condutores pertencem.


3. Identificar as seções nominais.

Para uma instalação de uso coletivo, deve-se seguir os mesmos procedimentos apresentados
anteriormente para divisão de circuitos e representação dos eletrodutos e condutores, sendo
adotado para todas as áreas e pavimentos do edifício.

COORDENAÇÃO ENTRE CONDUTORES E


DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

A coordenação dos dispositivos de proteção com os condutores, contra sobrecarga e curtos-


circuitos, deve seguir critérios previstos pela NBR 5410:2004.

SOBRECARGAS

Para que a proteção dos condutores contra sobrecargas ocorra, as características de atuação
dos dispositivos de proteção devem ser tais que:

 Clique na fórmula abaixo para ver as informações.


É necessário aplicar o fator de correção de temperatura (FCT) ao valor da corrente de projeto
quando as condições de temperaturas ambiente previstas para os condutores forem diferentes
de 30 °C.

In≥IBFCT

Alguns fabricantes de disjuntores fornecem os valores do fator de correção de temperatura e,


até mesmo, as correntes nominais já corrigidas em função da temperatura. Caso esse valor
não seja fornecido pode-se usar o FCT utilizado para o dimensionamento do próprio condutor.

CURTO-CIRCUITO

Para proteção contra corrente de curto-circuito, os dispositivos devem atender às seguintes


condições:

 Clique na fórmula abaixo para ver as informações.

2. A integral de Joule que o dispositivo deixa passar deve ser inferior ou igual à integral de
Joule necessária para aquecer o condutor, desde a temperatura máxima para o serviço
contínuo até a temperatura limite de curto-circuito, expresso por:

 Clique na fórmula abaixo para ver as informações.

Exemplo:

Material do condutor Isolação do condutor

PVC

EPR/XLPE

≤300 mm² >300 mm²
Temperatura

Inicial Final Inicial Final Inicial Final

160 140 250


70 °C 70 °C 90 °C
°C °C °C

Cobre 115 103 143

Alumínio 76 68 94

Emendas soldadas
em condutores 115 – –

de cobre

NOTAS

1. Outros valores de K, para os casos mencionados a seguir, ainda não estão


normalizados:

·         Condutores de pequena seção (principalmente, para seções inferiores a 10 mm²);

·         Curtos-circuitos de pequena seção (principalmente, para seções inferiores a 10


mm²);

·         Outros tipos de emendas nos condutores;

·         Condutores nus.

2. Os valores de K indicados na tabela são baseados na IEC 60724.


Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Para curtos-circuitos de qualquer duração, em que a assimetria da corrente não seja
significativa, e para curtos-circuitos assimétricos de duração de 0,1s<t<5s, pode-se escrever:

 Clique na fórmula abaixo para ver as informações.

Conforme NBR 5410:2004, a capacidade de interrupção do dispositivo deve ser, no mínimo,


igual à corrente de curto-circuito presumida no ponto em que for instalado. Só se admite um
dispositivo com capacidade de interrupção inferior se houver, a montante, outro dispositivo com
a capacidade de interrupção necessária.

Nesse caso, as características dos dois dispositivos devem ser coordenadas de tal forma que a
energia que eles deixam passar não seja superior à que podem suportar, sem danos, o
dispositivo situado a jusante e as linhas por eles protegidas.

Se um dos dispositivos de proteção escolhido contra sobrecarga possuir capacidade de


interrupção pelo menos igual à corrente de curto-circuito presumida no ponto de instalação, o
mesmo também pode ser considerado como proteção contra curtos-circuitos para a linha a
jusante desse ponto.

No caso de a proteção contra sobrecargas ser provida por um dispositivo e a proteção contra
curtos-circuitos por outro dispositivo, distinto, aplicam-se, ao primeiro, as disposições contra
sobrecargas e, ao segundo, as disposições contra correntes de curto-circuito.
No entanto, as características dos dois dispositivos devem ser coordenadas de tal maneira que
a energia que o dispositivo de proteção contra curtos-circuitos deixa passar, durante um curto-
circuito, não seja superior à que pode suportar, sem danos, o dispositivo de proteção contra
sobrecargas.

No vídeo a seguir, a professora falará sobre divisão da instalação em circuitos terminais.


Assista:

DIVISÃO DA INSTALAÇÃO
EM CIRCUITOS
TERMINAIS

BALANCEAMENTO DAS FASES


O balanceamento das fases é feito para que uma das fases não fique sobrecarregada em
relação às outras. Para isso, é realizada a distribuição considerando as demandas máximas, e
não as potências instaladas.

 ATENÇÃO

O mesmo critério também é aplicado para dimensionamento dos condutores. Antes de realizar
o balanceamento, deve-se garantir que os circuitos estejam dimensionados.
A ausência do balanceamento pode ocasionar o desligamento contínuo do disjuntor principal,
causado pela sobrecarga de uma das fases, além de aquecimento, redução de vida útil e perda
de eficiência em equipamentos elétricos.

 ATENÇÃO

Equipamentos eletrônicos, transformadores e motores elétricos são muito sensíveis aos efeitos
dos desbalanceamentos.

Após o balanceamento, é importante verificar a capacidade de ampliação futura da instalação


por meio da diferença entre a corrente nominal do disjuntor de proteção de entrada e a
demanda máxima de cada fase. Lembre-se de que, para sistemas monofásicos, não há o
balanceamento de fases, visto que há apenas uma fase.

QUADRO DE CARGAS

Após a distribuição em circuitos, é importante que o projetista elabore uma tabela, que contém
o levantamento detalhado de todas as cargas da instalação.

 Essa tabela é conhecida também como Quadro de Cargas e apresenta os seguintes itens:

Numeração e descrição dos circuitos;

Tensão;

Potência total instalada de cada circuito;

Fase que será utilizada por circuito;

Fatores de correção

Seção do condutor calculada;

Disjuntor termomagnético;
Dispositivo residual;

Outros que o projetista considerar importante.

Fonte: Autor
 Exemplo de Quadro de Carga de uma residência.

ERROS MAIS COMUNS DE UM PROJETO


ELÉTRICO

É importante ter atenção para não cometer nenhum dos 10 erros listados a seguir:

Sobrecarregar disjuntores: colocar muitas cargas em um mesmo disjuntor, possibilitando


a ocorrência de sobrecargas, curto-circuito, incêndios e queima de aparelhos.

Prever um disjuntor com capacidade muito acima dos condutores: não protege
corretamente os cabos em condições de sobrecarga ou curto-circuito.

Não balancear as cargas: pode ocasionar superaquecimento nos equipamentos e


condutores, risco de incêndio e aumento do consumo de energia.

Não prever/instalar o dispositivo diferencial residual: o DR protege contra o choque


elétrico e deve ser instalado em circuitos que podem ter contato com água, como
banheiros, cozinhas, áreas de serviço.

Não dimensionar/utilizar as seções correta dos condutores, ocasionando aquecimento


dos mesmos, perda de energia, queima dos aparelhos e aumento da conta de energia.
Instalar fios e cabos de péssima qualidade: ocasiona queda dos disjuntores, curtos-
circuitos, incêndios etc.

Não realizar/prever aterramento adequado: pode provocar queima de máquinas e


equipamentos, e a ocorrência de choques elétrico.

Não prever tomadas de uso específico: sobrecarrega os circuitos de tomada de uso geral,
podendo gerar queima, sobrecarga dos condutores e aumento de energia.

Prever pouco ponto de tomada: ocasiona o uso de “benjamins” e extensões por parte do
usuário, podendo gerar sobrecarga e queima de equipamentos.

Instalar incorretamente os fios, deixando-os expostos.

SELO PROCEL EDIFICAÇÕES


Existe o Selo Procel também para edificações, não somente para equipamentos. O Selo Procel
Edificações foi estabelecido em 2014 e tem por objetivo principal identificar as edificações que
apresentem as melhores classificações de eficiência energética em uma dada categoria,
motivando as pessoas a adquirirem e utilizarem imóveis mais eficientes.

Alguns critérios a serem avaliados são a envoltória (composição de fachadas e coberturas,


áreas envidraçadas etc.), a iluminação, o condicionamento de ar e o sistema de aquecimento
de água. O selo pode ser concedido desde o projeto até a construção final, como na edificação
já construída.

Para garantir níveis de eficiência mais elevados, é preciso atender a certos pré-requisitos para
cada um dos sistemas analisados. Para as áreas de uso comum, são avaliadas as áreas de
uso frequente (iluminação artificial, bombas centrífugas e elevadores) e as áreas de uso
eventual (iluminação artificial, equipamentos, sistema de aquecimento de água para banho,
piscina e sauna) existentes na edificação.

Fonte: PROCELINFO

VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. O CIRCUITO DE UM CHUVEIRO TEM TENSÃO DE 220 V, CORRENTE DE


PROTEJO DE 27,5 A E CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE DE
39 A. PARA PROTEGER ESSE CIRCUITO CONTRA SOBRECARGAS, O
VALOR DO DISJUNTOR DEVERÁ SER:

A) 20

B) 25

C) 32

D) 40

E) 63
2. PREENCHA A LACUNA DO TEXTO, A SEGUIR, COM A ALTERNATIVA
CORRETA.
SEGUNDO A NBR 5410, TODO PONTO DE UTILIZAÇÃO PREVISTO PARA
ALIMENTAR, DE MODO EXCLUSIVO OU VIRTUALMENTE DEDICADO,
EQUIPAMENTO COM CORRENTE NOMINAL SUPERIOR A _____A DEVE
CONSTITUIR UM CIRCUITO INDEPENDENTE.

A) 5

B) 15

C) 10

D) 16

E) 30

GABARITO

1. O circuito de um chuveiro tem tensão de 220 V, corrente de protejo de 27,5 A e


capacidade de condução de corrente de 39 A. Para proteger esse circuito contra
sobrecargas, o valor do disjuntor deverá ser:

A alternativa "C " está correta.

Para que a proteção dos condutores contra sobrecargas ocorra, o disjuntor deve atender à
fórmula: IB≤In≤Iz, portanto, 27,5≤In≤39, logo In=32A.

2. Preencha a lacuna do texto, a seguir, com a alternativa correta.


Segundo a NBR 5410, todo ponto de utilização previsto para alimentar, de modo
exclusivo ou virtualmente dedicado, equipamento com corrente nominal superior a
_____A deve constituir um circuito independente.

A alternativa "C " está correta.

Conforme NBR 5410:2004, todo ponto de utilização previsto para alimentar, de modo exclusivo
ou virtualmente dedicado, equipamento com corrente nominal superior a 10 A deve constituir
um circuito independente.
MÓDULO 4

 Descrever o dimensionamento de condutores e eletrodutos

CONDUTOR
Condutor, em uma instalação elétrica, é o elemento metálico que transporta a energia elétrica.
Pode ser encontrado no formato de fio, cabo e barra.

FIO, CABO E BARRA

Os fios podem ser utilizados diretamente como condutores, isolados ou não, ou podem
ser utilizados semiacabados para a fabricação de cabos.

Cabo é o conjunto de fios enrolados, isolados ou não entre si.

A barra é um condutor de seção retangular, utilizada onde a seção necessária é alta,


normalmente empregada em quadros de distribuição.

MATERIAL CONDUTOR

Os condutores a serem empregados nas instalações elétricas devem ser de cobre ou alumínio.
Os condutores de alumínio são mais apropriados para a utilização em linhas de transmissão e
distribuição. Para esse caso, utiliza-se com alma de aço.

MATERIAL ISOLANTE
Existem diversos tipos de isolamento:

Termoplásticos

quando o material é aquecido, sofre um amolecimento gradual, porém, quando a fonte de calor
é retirada, o material esfria e volta às suas características originais, exemplos: PVC e
polietileno;


Termofixos

apresentam estabilidade a uma ampla faixa de temperatura, mantendo suas características


mecânicas, exemplos: XLPE e EPR.

No interior das instalações residenciais, utiliza-se o condutor de PVC, devido a seu baixo custo.
No entanto, para os condutores entre os quadros de alimentação e de distribuição, são
utilizados os condutores termofixos normalmente, devido a sua capacidade de suportar
grandes temperaturas sem alterar suas características físicas.


SAIBA MAIS

O condutor de proteção deve ser identificado pela dupla coloração verde-amarela ou pela cor
verde. Quando o circuito incluir neutro, o condutor respectivo deve ser identificado pela cor
azul-claro.

DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES


A NBR 5410:2004 padroniza os valores mínimos dos condutores conforme o circuito que
alimentarão:

Tipo de linha Utilização do circuito Seção mínima do


condutor mm² –
material

1,5 Cu
Circuitos de iluminação
16 Al

Condutores
Circuitos de força 2,5 Cu
e cabos
(tomada) 16 Al
isolados

Instalações
Circuitos de sinalização e
fixas em 0,5 Cu
circuitos de controle
geral

Circuitos de força 10 Cu

(tomada) 16 Al
Condutores
nus

Circuitos de sinalização e
4 Cu
circuitos de controle

Linhas flexíveis com cabos Como especificado


Para um equipamento
isolados na norma do
específico
equipamento

Para qualquer outra


0,75 Cu
aplicação

Circuitos a extrabaixa 0,75 Cu


tensão para aplicações
especiais
 


Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

Além dessa tabela, a norma também prevê que sejam atendidos os seguintes critérios, para
seção dos condutores:

A capacidade de condução de corrente dos condutores deve ser igual ou superior à


corrente de projeto do circuito;

A proteção contra sobrecargas;

A proteção contra curtos-circuitos e solicitações térmicas;

A proteção contra choques elétricos por seccionamento automático da alimentação em


esquemas TN e IT, quando pertinente;

Os limites da queda de tensão.

CONDUTOR NEUTRO

O condutor neutro não pode ser comum a mais de um circuito, com relação a sua seção:

CIRCUITO MONOFÁSICO
deve possuir a mesma seção do condutor fase;

CIRCUITO TRIFÁSICO COM NEUTRO


a taxa de terceira harmônica e seus múltiplos for superior a 15% a seção do condutor neutro
não deve ser inferior à dos condutores de fase, podendo ser igual à dos condutores de fase se
essa taxa não for superior a 33%;

CIRCUITO BIFÁSICO E NEUTRO


não deve ser inferior à seção dos condutores de fase, podendo ser igual à dos condutores de
fase se a taxa de terceira harmônica e seus múltiplos não for superior a 33%;
CIRCUITO TRIFÁSICO OU BIFÁSICO COM NEUTRO E
TAXA DE TERCEIRA HARMÔNICA E SEUS MÚLTIPLOS
FOR SUPERIOR A 33%
pode ser necessário um condutor neutro com seção superior à dos condutores de fase;

CIRCUITO TRIFÁSICO COM NEUTRO E CONDUTORES


DE FASE COM SEÇÃO SUPERIOR A 25 MM²
 a seção do condutor neutro pode ser inferior à dos condutores de fase, conforme tabela a
seguir e quando as seguintes condições forem atendidas simultaneamente:

O circuito for equilibrado, em serviço normal;

A corrente das fases não contiver uma taxa de terceira harmônica e múltiplos superior a
15%;

O condutor neutro for protegido contra sobrecorrentes.

Seção dos condutores de fase mm² Seção reduzida do condutor neutro mm²

S ≤ 25 S

35 25

50 25

70 35

95 50
120 70

150 70

185 95

240 120

300 150

400 185


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

CONDUTOR DE PROTEÇÃO (PE)

A NBR 5410:2004 adota a tabela a seguir para padronizar a seção mínima dos condutores de
proteção constituídos do mesmo metal que os condutores de fase.

Seção mínima do condutor de proteção


Seção dos condutores de fase S (mm²)
correspondente (mm²)

S ≤ 16 S

16 < S ≤ 35 16
S > 35 S/2


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A seção de qualquer condutor de proteção que não faça parte do mesmo cabo, ou não esteja
contida no mesmo conduto fechado que os condutores de fase, não deve ser inferior a:

2,5 mm² em cobre ou 16 mm² em alumínio, se houver proteção contra danos mecânicos;

4 mm² em cobre ou 16 mm² em alumínio, se não houver proteção contra danos


mecânicos.

CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE

A capacidade de corrente determina a seção mínima dos condutores para que sejam evitados
danos aos circuitos em razão dos efeitos térmicos, provocados pela corrente elétrica que
circula nos condutores.

A- Corrente do projeto (IB):

 Clique na fórmula abaixo para ver as informações.


 ATENÇÃO

Como a maioria das cargas das residências são resistivas, pode-se considerar o fp=1; para
outras instalações, é importante conhecer o fp. Os fabricantes dos equipamentos não resistivos
são obrigados a indicar o fp, como no caso de motores, reatores, entre outros.

B- Material do condutor: cobre ou alumínio.

C- Método da instalação: Tabela 33 da NBR 5410:2004, a seguir, alguns exemplos:

Fonte: Autor

D - Número de condutores carregados do circuito (fase ou neutro):


 

Dois para circuitos monofásicos ou bifásicos sem neutro;

Três para circuito bifásico com neutro e trifásico.

E- Tipo de isolação: PVC, EPR e XLPE.

F - Fatores de correção:

Fator de correção de temperatura (FCT) – utiliza-se quando a temperatura ambiente é


diferente de 30° C para cabos não subterrâneos e 20° C para cabos subterrâneos. Pode-
se encontrar os valores do FCT nas tabelas 40 e 41 da NBR 5410:2004;

Fator e correção de agrupamento (FCA) – é aplicado quando mais de um circuito é


instalado em um mesmo conduto (eletroduto, eletrocalha, bandeja etc.). Os valores do
FCA podem ser encontrados nas tabelas de 42 a 45 da NBR 5410:2004.

Os fatores de agrupamento das tabelas de 42 a 45 são válidos para condutores semelhantes,


igualmente carregados, ou seja, aqueles cujas capacidades de condução de corrente se
baseiam na mesma temperatura máxima para serviço contínuo e cujas seções nominais estão
contidas no intervalo de três seções normalizadas sucessivas. Quando os grupos de
condutores não preenchem esses requisitos, devem ser aplicados os seguintes métodos:

Cálculo caso a caso, utilizando, por exemplo, a NBR 11301;

Não sendo viável um cálculo mais específico, adotar a fórmula:

 Clique na fórmula abaixo para ver as informações.


 ATENÇÃO

A expressão anterior visa favorecer a segurança e reduzir os perigos de sobrecarga nos


condutores de menor seção nominal. No entanto, pode resultar no superdimensionamento dos
condutores de seções mais elevadas.

G- Corrente de projeto corrigida (Ic):

IC=IBFCT∙FCA


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

H - Seção mínima dos condutores e capacidade de condução de corrente (Iz):


Depois de calcular Ic, utilizar as tabelas 36 a 39 da NBR 5410:2004 para obter a seção do

condutor que atende os requisitos, e deve atender a seguinte fórmula:

Iz≥Ic

QUEDA DE TENSÃO

A resistência elétrica dos condutores, dos contatos entre condutores e interruptores, das
emendas e de outras conexões provoca uma queda de tensão. Uma queda de tensão alta
comparada com a tensão nominal de operação dos equipamentos pode prejudicar o seu
desempenho ou reduzir sua vida útil.

A NBR 5410:2004 estabelece os limites percentuais de queda tensão em relação à tensão


nominal da instalação. Em qualquer ponto de utilização da instalação, a queda de tensão
verificada não deve ser superior aos seguintes valores, dados em relação ao valor da tensão
nominal da instalação:

A. 7%, calculados a partir dos terminais secundários do transformador MT/BT, no caso de


transformador de propriedade da(s) unidade(s) consumidora(s);

B. 7%, calculados a partir dos terminais secundários do transformador MT/BT da empresa


distribuidora de eletricidade, quando o ponto de entrega for aí localizado;

C. 5%, calculados a partir do ponto de entrega, nos demais casos de ponto de entrega com
fornecimento em tensão secundária de distribuição;

D. 7%, calculados a partir dos terminais de saída do gerador, no caso de grupo gerador próprio.

Esses limites de queda de tensão são válidos quando a tensão nominal dos equipamentos de
utilização previstos for coincidente com a tensão nominal da instalação.

Em nenhum caso, a queda de tensão nos circuitos terminais pode ser superior a 4%. Quedas
de tensão maiores do que as indicadas anteriormente são permitidas para equipamentos com
corrente de partida elevada, durante o período de partida, desde que dentro dos limites
permitidos em suas normas respectivas.

Fonte: Autor

A - Método da queda de tensão unitária

 Clique na fórmula abaixo para ver as informações.


 ATENÇÃO

Após encontrar o valor de ΔVu, utilizar as tabelas dos fornecedores e selecionar a queda de

tensão cujo valor seja imediatamente inferior ao calculado.

B - Método da queda de tensão trecho a trecho

 Clique na fórmula abaixo para ver as informações.


Depois de calcular o valor de ΔV% , comparar com o valor ΔV% (máx) estabelecido pela NBR
5410:2004. 

ΔV%≤ΔV% máx, a seção do condutor está adequada;

ΔV%>ΔV% máx, a seção não está adequada e deve ser aumentada, repetindo os


cálculos até obter o valor menor.

Queda de tensão em V/A·Km – cabo sintenax, cabo sintenax flex e voltalena.


Fonte: https://br.prysmiangroup.com /sites/default/files /atoms/files/


Guia_Dimensionamento_Baixa_Tensao.pdf
 Fonte: Guia de Dimensionamento de Baixa Tensão – Prysmian.

No vídeo a seguir, a professora continuará falando sobre dimensionamento de condutores.


Assista:

DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES

ELETRODUTOS
A NBR 5410:2004 determina que os eletrodutos utilizados para instalações elétricas de baixa
tensão sejam não propagantes de chama e suportem esforços mecânicos, químicos e térmicos
a que forem submetidos. Em instalações embutidas, os mesmos devem suportar o esforço da
deformação característico da técnica construtiva utilizada. Só devem ser instalados, nos
eletrodutos condutores isolados, cabos unipolares ou cabos multipolares.

 Escolha uma das Etapas a seguir.

MATERIAL
ELASTICIDADE
RESISTÊNCIA MECÂNICA
metal (aço ou alumínio) e plástico (PVC ou polietileno);

rígido, flexível corrugado e flexível plano;

leve, médio e pesado;

PROPAGAÇÃO DE CHAMA
PERFIL
COR
propagante de chama e não propagante;

plano ou corrugado;

Amarelo (leve), cinza (médio) e preto (pesado) – eletrodutos rígido ou flexíveis


corrugados;

Preto com faixas coextrudadas amarelas (leve), preto com faixas coextrudadas cinzas
(médio);

Preto com faixas coextrudadas azuis (pesado) – eletrodutos flexíveis e planos.

Os eletrodutos devem ser dimensionados de forma que os condutores possam ser instalados e
retirados com facilidade. Para isso: 

A taxa de ocupação do eletroduto, dada pelo quociente entre a soma das áreas das
seções transversais dos condutores previstos, calculados com base no diâmetro externo,
e a área útil da seção transversal do eletroduto, não deve ser superior a:
53%, no caso de um condutor;


31%, no caso de dois condutores;


40 %, no caso de três ou mais condutores.

Os trechos contínuos de tubulação, sem interposição de caixas ou equipamentos, não


devem exceder 15 m de comprimento para linhas internas às edificações, se os trechos
forem retilíneos. Se os trechos incluírem curvas, o limite de 15 m e o de 30 m devem ser
reduzidos em 3 m para cada curva de 90°.

VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. EM UMA INSTALAÇÃO ELÉTRICA TRIFÁSICA, OS CONDUTORES DE


FASE DE UM CIRCUITO TÊM SEÇÃO DE 35 MM². DE ACORDO COM A
NBR 5410:2004, AS SEÇÕES MÍNIMAS PARA OS CONDUTORES DE
NEUTRO E PROTEÇÃO SÃO:

A) 50 mm² e 25 mm²

B) 35 mm² e 25 mm²

C) 25 mm² e 16 mm²

D) 35 mm² e 16 mm²

E) 16 mm² e 25 mm²
2. A NBR 5410:2004 ESTABELECE OS LIMITES PERCENTUAIS DE QUEDA
TENSÃO EM RELAÇÃO À TENSÃO NOMINAL DA INSTALAÇÃO. EM
RELAÇÃO A ISSO, A QUEDA DE TENSÃO NOS CIRCUITOS TERMINAIS
NÃO DEVE SER SUPERIOR A:

A) 7%

B) 6%

C) 5%

D) 4%

E) 3%

GABARITO

1. Em uma instalação elétrica trifásica, os condutores de fase de um circuito têm seção


de 35 mm². De acordo com a NBR 5410:2004, as seções mínimas para os condutores de
neutro e proteção são:

A alternativa "C " está correta.

Conforme NBR 5410:2004, para condutor de fase de 35 mm², a seção mínima do condutor
neutro deverá ser 25 mm² e do condutor de proteção 16 mm².

2. A NBR 5410:2004 estabelece os limites percentuais de queda tensão em relação à


tensão nominal da instalação. Em relação a isso, a queda de tensão nos circuitos
terminais não deve ser superior a:

A alternativa "D " está correta.

Conforme NBR 5410:2004, a queda de tensão nos circuitos terminais pode ser superior a 4%.

CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Aprendemos, inicialmente, sobre a representação dos dispositivos, quadros e condutores em
diagramas unifilar e multifilar. Apresentando, também, a simbologia utilizada em um projeto
elétrico, que facilita o entendimento das plantas elétricas por todos os profissionais que
trabalham com projeto ou construção de edificações.

No segundo módulo, vimos os dispositivos de manobras mais utilizados e como alocar os


pontos de tomada em cada cômodo de uma instalação. Ainda demonstramos, pelo método
luminotécnico, como prever o número de pontos de luz em um cômodo, dependendo da sua
utilização. Também compreendemos como devem ser feitos a divisão dos circuitos e o
balanceamento das fases, além da coordenação entre condutores e dispositivos de proteção.

Por fim, foram apresentados os métodos de capacidade de condução de corrente e queda de


tensão, para dimensionar os condutores, e o método para calcular o tamanho da seção dos
eletrodutos, a partir da taxa de ocupação máxima.

AVALIAÇÃO DO TEMA:

REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410: instalações elétricas de
baixa tensão. Rio de Janeiro. 2004.

 
CARVALHO JÚNIOR, R. Instalações elétricas e o projeto de arquitetura (Biblioteca Virtual).
7. ed. São Paulo: Blucher, 2016.

CREDER, H. Instalações elétricas. 16. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2018.

CRUZ, E. C. A.; ANICETO, L. A. Instalações elétricas: fundamentos, prática e projetos em


instalações residenciais e comerciais. 3. ed. São Paulo: Érica, 2019.

GEBRAN, A. P.; RIZZATO, F. A. P. Instalações elétricas prediais. Porto Alegre: Bookman,


2017.

LIGHT. RECON – BT, entradas individuais e coletivas. Regulamentação para fornecimento


de energia elétrica a consumidores de baixa tensão. Ed. 2019.

MUNDO DA ELÉTRICA. Vídeos e cursos de elétrica. Página inicial.

NERY, N. Instalações elétricas – princípios e aplicações. 2. ed. São Paulo: Érica, 2012.

RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 418, DE 23 DE NOVEMBRO DE 2010, AGÊNCIA NACIONAL


DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL.

SALA DA ELÉTRICA. Aulas sobre eletricidade na teoria e na prática. Página inicial.

EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, leia a Resolução Normativa nº 414 da
ANEEL, a NBR 5410:2004 e as normas a ela vinculada, como IEC 60417 – Graphical symbols
for use on equipment e a NBR 5361:1998 – Disjuntores de baixa tensão.
CONTEUDISTA
Ana Catarina Almeida Filizola de Abreu

 CURRÍCULO LATTES
DESCRIÇÃO
Conceitos e princípios sobre os critérios de projeto de instalação hidrossanitária em edifícios.

PROPÓSITO
Assimilar as normas técnicas, terminologia adequada e os conceitos relativos aos projetos de instalação predial, bem como os trâmites de legalização
junto à prefeitura e concessionárias.

OBJETIVOS

MÓDULO 1

Descrever os principais fatores e critérios relacionados com as instalações hidrossanitárias

MÓDULO 2

Descrever os aspectos relacionados com a rede de distribuição de água fria e quente, destacando os referentes a sistemas hidrossanitários racionais

MÓDULO 3

Descrever os aspectos relacionados com a rede de coleta de águas servidas, destacando os referentes a sistemas hidrossanitários racionais

INTRODUÇÃO
É intuitivo saber sobre as instalações prediais no cotidiano, pois fazem parte de todas as nossas ações: ao beber água, ao ir ao banheiro ou ao
preparar a comida, para citar algumas.

Neste tema, veremos que a água não brota das torneiras, nem o esgoto desaparece misteriosamente ao acionar a descarga; ao contrário,
existe toda uma estratégia para que a alimentação de água e a coleta de esgoto estejam presentes no ambiente.

Vamos compreender melhor o caminho que a água faz da rede geral de alimentação até a torneira de sua casa, bem como o que fazem as águas
servidas de sua casa até a rede de coleta de esgoto.

Fonte: AppleZoomZoom/Shutterstock.com

Acompanharemos tudo que é relacionado às redes prediais de distribuição de água e de coleta de esgoto: geometria, componentes, materiais e sua
representação gráfica.

Além disso, vamos aprender sobre os novos sistemas hidrossanitários racionais e os novos materiais que estão surgindo no mercado. Bons estudos!

MÓDULO 1

 Descrever os principais fatores e critérios relacionados com as instalações hidrossanitárias

INTRODUÇÃO
A água cobre dois terços da superfície terrestre. Deste total, cerca de 97% é coberta por oceanos, 2% por calotas polares e geleiras e 1% por outras
fontes. Desconsiderando a água salgada dos oceanos, e levando em conta apenas as fontes de água doce, 68% encontra-se sob a forma de gelo e
neve, 21% disponível em águas subterrâneas, e menos de 1% — na verdade 0,29% — está disponível em águas superficiais. Por isso, devemos ter
atenção na preservação da água que pode ser encontrada e considerada própria para o consumo.

Neste módulo, você aprenderá sobre os critérios básicos para o desenvolvimento do projeto de instalações prediais, de modo a utilizar racionalmente a
água que chega em sua casa.

Fonte: NPeter/Shutterstock.com

NORMAS RELACIONADAS COM O PROJETO DE INSTALAÇÕES


As principais normas técnicas brasileiras que disciplinam o projeto de instalações no Brasil são as seguintes:

NBR 5626
NBR 7198
NBR 8160
NBR 5688
NBR 10844
NBR 13714

NBR 5626

Instalações Prediais de Água Fria

NBR 7198

Instalações Prediais de Água Quente

NBR 8160

Sistemas Prediais de Esgoto Sanitário

NBR 5688

Sistemas Prediais de Água Pluvial e Esg. Sanitário


NBR 10844

Instalações Prediais de Águas Pluviais

NBR 13714

Instalações Hidráulicas Contra Incêndio

O SISTEMA PREDIAL DE ÁGUA FRIA E QUENTE


Em complemento a essas normas de projeto, também é necessário conhecer as normas específicas das concessionárias de serviços públicos, bem
como aquelas relacionadas com a segurança contra incêndio e pânico, que são geralmente criadas pelo Corpo de Bombeiros.

 ATENÇÃO

Não devemos nos esquecer de que o projeto deve ser elaborado e supervisionado por um profissional de nível superior registrado no CREA. A
Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) deve ser emitida pelo profissional responsável e assinada pelo seu contratante.

É esperado também que o projeto seja aprovado pela Concessionária, que tem o dever de garantir a execução das normas, leis, decretos e
regulamentos. É necessária também a consulta prévia para obter informações sobre a oferta da água, vazões disponíveis, regime de variação de
pressões e constância no abastecimento.

Para tanto, é preciso a apresentação de escritura, licença da obra, planta de situação com locação do hidrômetro e protocolo.

REQUISITOS DAS INSTALAÇÕES DE ÁGUA


As instalações prediais de água fria, abastecida pelo sistema público de águas é, em grande parte, um subsistema de um sistema maior, composta
também pelas instalações prediais de água quente e de combate a incêndio.

É ESPERADO QUE AS INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA OBEDEÇAM AOS SEGUINTES


REQUISITOS:

Garantir o fornecimento de forma contínua com pressão e velocidade adequadas.

Preservar rigorosamente a qualidade da água.

Promover economia de água e de energia.

Possibilitar manutenção fácil e de energia.

Preservar o máximo conforto dos usuários, prevendo peças de utilização adequadamente localizadas, de fácil operação e com vazões
satisfatórias.

SISTEMAS DAS INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA


As instalações de água fria podem dispor de três subsistemas:
Subsistema de alimentação: ramal predial; cavalete / hidrômetro; alimentador predial.


Subsistema de reservação: reservatório inferior; estação elevatória; reservatório superior.


Subsistema de distribuição interna: barrilete; coluna; ramal; sub-ramal.

Veja um esquema no qual você pode observar todos os subsistemas prediais e suas partes constituintes:

 Figura 1: Subsistemas prediais e suas partes constituintes

SUBSISTEMA DE ALIMENTAÇÃO DE ÁGUA


O sistema de alimentação de água é formado pelos seguintes componentes:

Ramal predial é a tubulação compreendida entre a rede pública de abastecimento de água e a extremidade a montante do alimentador predial.
Trecho compreendido entre a rede pública e o aparelho medidor (hidrômetro).

Hidrômetro é o aparelho que efetua a medição de consumo de água potável. São geralmente instalados dentro de um abrigo, como o mostrado
na figura a seguir:

Fonte: Autor
 Figura 2: Instalação de hidrômetro
Alimentador predial é o trecho de conduto compreendido entre o hidrômetro e a primeira derivação que pode ser, por exemplo, a entrada de um
reservatório.

MEDIÇÃO INDIVIDUALIZADA DE CONSUMO


Na maioria esmagadora dos condomínios e prédios de apartamentos, a medição do consumo de água é realizada na entrada de água principal do
edifício. Assim, a empresa que é contratada para fazer a leitura do hidrômetro faz a análise do consumo e a cobrança é paga de uma única vez pelo
condomínio.

Sabemos que isso não é justo, pois quem gasta menos acaba pagando pelo consumo de quem gasta mais. Sendo assim, na construção de
condomínios novos, se torna frequente a presença de medidores individuais de água, previsão já existente, por exemplo, pela Lei 13.312/2016. Desta
forma, são necessários novos arranjos de alimentação.

LEI 13.312/2016

Em 2016, o presidente Michel Temer sancionou a lei 13.312 que tornará obrigatório que, a partir de 2021, todos os novos condomínios brasileiros
sejam entregues prontos para a medição individual da água.


SAIBA MAIS

Se quisermos a individualização da medição, devemos conceber apenas uma coluna de alimentação que leva água a todos os ambientes da unidade
habitacional a partir de sua passagem pelo hidrômetro individual por meio de tubulações horizontais.

FORMAS DE ALIMENTAÇÃO
O abastecimento das instalações prediais de água fria deve ser proveniente da rede pública de água da concessionária, e pode se organizar de duas
formas, a saber:

Sistema direto de distribuição — A alimentação da rede interna de distribuição é feita diretamente pelo alimentador ou pelo ramal predial, como
mostra a figura a seguir. Assim, a água sai da rede de abastecimento, passa pelo hidrômetro, e daí alimenta toda a casa. Requer abastecimento
público com continuidade, abundância e pressão suficiente.

Fonte: Autor
 Figura 3: Sistema direto de distribuição
Sistema indireto de distribuição — Após a rede de distribuição e a passagem pelo hidrômetro, adota-se reservatórios para fazer frente à
intermitência ou irregularidade no abastecimento de água e as variações de pressão, como mostra a figura:

Fonte: Autor
 Figura 4: Sistema indireto de distribuição


SAIBA MAIS

Existem ainda outros dois sistemas:

Sistema indireto hidropneumático — Após a passagem pelo hidrômetro, utiliza-se um tanque de pressão que contém água e ar para pressurizar a
rede de distribuição.

Sistema misto — Sistema em que parte do abastecimento é feita diretamente, e a outra é feita indiretamente com o auxílio de um reservatório.

Agora que vimos como se pode dar a alimentação, vamos falar um pouco mais sobre o alimentador predial. Mas antes precisamos falar sobre o
cálculo do consumo de água.

CÁLCULO DO CONSUMO DE ÁGUA


O consumo diário (Cd) é o volume máximo previsto para consumo da edificação durante 24h, de acordo com a fórmula:

Para o cálculo da população do edifício, é necessário o número de pessoas que estarão no ambiente e a taxa de ocupação de acordo com a natureza
do local e a tipologia arquitetônica. A Tabela a seguir pode fornecer uma boa estimativa da taxa de ocupação.

TABELA 1 – ESTIMATIVA DE TAXA DE OCUPAÇÃO

Natureza do local Taxa de ocupação


Residências e apartamentos Duas pessoas por dormitório

Bancos Uma pessoa por 5,00 m² de área

Escritórios Uma pessoa por 6,00 m² de área

Lojas (pavimento térreo) Uma pessoa por 2,50 m² de área

Lojas (pacimento superior) Uma pessoa por 5,00 m² de área

Shopping centers Uma pessoa por 5,00 m² de área

Museus e bibliotecas Uma pessoa por 5,50 m² de área

Salões de hotéis Uma pessoa por 5,50 m² de área

Restaurantes Uma pessoa por 1,40 m² de área

Teatro, cinemas e auditórios Uma cadeira para cada 0,70 m² de área

 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal

Fonte: CREDER (1991), MACINTYRE (1990)

Para o cálculo do consumo predial diário, temos:

TABELA 2 – ESTIMATIVA DE CONSUMO DE ACORDO COM TIPOLOGIA DA CONSTRUÇÃO

Tipo de prédio Consumo (litros/dia)

Alojamento provisório 80 per capita

Ambulatórios 25 per capita

Apartamentos 200 per capita

Casas populares ou rurais 150 per capita

Cinemas e teatros 2 por lugar

Creches 50 per capita

Edifícios públicos ou comerciais 50 per capita

Escolas (externatos) 50 per capita

Escolas (internatos) 150 per capita

Escolas (semi-internatos) 100 per capita


Escritórios 50 per capita

Garagens e posto de serviço 50 por automóvel/ 200 por caminhão

Hotéis (com cozinha e com lavanderia) 250 por hóspede

Jardins (rega) 1,5 por m²

Lavanderias 30 por kg de roupa seca

Mercados 5 por m² de área

Piscinas - lâmina de água 2,5 cm por dia

Quartéis 150 per capita

Residência de padrão médio 200 per capita

Residência de padrão luxo 250 per capita

Restaurantes e similares 25 por refição

Templos 2 por lugar

 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal

Fonte: CREDER (1991), MACINTYRE (1990)

Fonte: Alexander Steam/Shutterstock.com

Por exemplo, se uma casa residencial de luxo estiver sendo contruída, pelo sistema indireto de distribuição, e considerando que ela possui três
dormitórios, o consumo diário pode ser obtido mediante a seguinte sequência de cálculo:

Vá até a Tabela de taxa de ocupação e consulte a taxa de ocupação correspondente a residências e apartamentos. Você verá que a taxa é de
duas pessoas por dormitório.

Como a casa possui três dormitórios, a ocupação é de seis pessoas.

Consulte a Tabela de tipologia de prédio, na tipologia mais próxima do caso do problema. Trata-se de “residência de padrão de luxo”,
correspondendo a um consumo de 250 litros per capita.
Para achar o consumo diário, basta multiplicar o número de pessoas pelo consumo diário per capita. Assim sendo, 6 x 250 l/dia perfazem 1500
l/dia.

Mas o que aconteceria se essa casa de luxo também tivesse um jardim? Nada muda! Mas nesse caso, o consumo viria diretamente da Tabela de
tipologia de prédio, até porque não é necessário calcular a ocupação. Assim, se nessa casa tivesse 200 metros quadrados de área ajardinada, o
consumo diário seria, além dos 1500 l/dia verificados anteriormente, acrescido do consumo para a rega do jardim.

Fonte: Unique Vision/Shutterstock.com

Segundo a Tabela de tipologia, jardins necessitam de 1,5l/dia por cada metro quadrado. Para o caso atual, isso perfaz 300 litros/dia a mais de
consumo, fazendo com que o novo custo diário torne-se 1800l/dia. Enfim, calculado o consumo diário, resta achar a vazão considerada para o
dimensionamento do alimentador predial. Para alimentar o reservatório, deve-se considerar que o consumo diário seja integralmente abastecido com o
fornecimento de água pela rede de água da cidade.

A vazão a ser considerada para o dimensionamento do alimentador predial é obtida a partir do consumo diário calculado em litros por segundo:

Mais uma vez, vamos considerar o caso que acabamos de discutir. Se dividirmos o consumo diário de 1800 litros/dia e buscarmos a vazão a ser
considerada para o dimensionamento, teremos:

CD 1800
Q= = = 0,021 L / S
24X60X60 24X60X60


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

SUBSISTEMA DE RESERVAÇÃO DE ÁGUA


O subsistema de reservação de água tem como função reservar a água recebida da rede de abastecimento, principalmente nos sistemas indiretos de
distribuição. É formado pelo reservatório superior, o reservatório inferior e a estação elevatória.
RESERVATÓRIOS

Os reservatórios podem ser construídos por vários materiais diferentes: PVC, fibra de vidro, polipropileno e até de concreto armado, sendo instalados
ou construídos de duas formas:

Reservatórios superiores: Localizado em uma cota acima do pavimento mais elevado de uma construção. Oferece um fornecimento de água
que é resistente à intermitência ou à irregularidade no abastecimento de água e nas variações de pressão. Oferece ainda a pressão estática e
dinâmica necessárias para garantir a vazão para os aparelhos hidrossanitários de toda a construção.

Fonte: ongmember/Shutterstock.com
 Figura 5: Reservatórios superiores

Reservatórios inferiores: Localizado logo após o ramal predial. Trata-se de uma reserva de segurança que possibilita o abastecimento da
construção mesmo com a intermitência ou desabastecimento de água por alguns dias. Geralmente, necessita de uma estação elevatória que
seja capaz de transportar a água do reservatório inferior para o reservatório superior.

Fonte: jeffy11390/Shutterstock.com
 Figura 6: Reservatórios inferiores

Para fins de limpeza e manutenção, tanto no reservatório superior como no inferior, deve-se dividir a reservação em dois compartimentos iguais,
comunicados por um barrilete. Veja o reservatório e os tubos que compõem o conjunto.

Fonte: Autor
 Figura 7: Reservatórios e tubos

ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS

A estação elevatória de água possui a função de recalcar a água recebida do ramal predial ou armazenada no reservatório inferior para pontos
distantes ou mais elevados.

Fonte: NavinTar/Shutterstock.com
 Figura 8: Detalhe de uma estação elevatória

O elemento central do sistema de elevação de água é a bomba hidráulica. Uma estação elevatória de água é formada sempre por um arranjo de uma
ou mais bombas hidráulicas. Enfatiza-se que as instalações elevatórias devem possuir no mínimo duas bombas de modo a proporcionar a manutenção
do conjunto elevatório.

BOMBAS

Bombas são máquinas geratrizes hidráulicas que transformam o trabalho mecânico de um motor em energia hidráulica sob as formas que o
líquido é capaz de absorver — energia cinética e energia potencial de pressão.

Tendo como referência a figura 9, a tubulação localizada a montante da bomba, ou seja, do reservatório inferior até a estação de bombeamento, é
chamada de tubulação de sucção. Por outro lado, a tubulação localizada a jusante da bomba é chamada de tubulação de recalque, e vai da bomba até
o reservatório superior.

Fonte: Autor
 Figura 9: Tubulação de recalque e tubulação de sucção

DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE RESERVAÇÃO

Para dimensionar o sistema de reservação de uma construção, deve-se calcular adequadamente a estimativa do consumo diário. A partir desse
cálculo, dimensiona-se em seguida os reservatórios superior e inferior.

A NBR 5626 ESTABELECE QUE O VOLUME DE ÁGUA RESERVADO PARA O USO DOMÉSTICO DEVE
SER, NO MÍNIMO, O NECESSÁRIO PARA ATENDER 24 HORAS DE CONSUMO NORMAL DO
EDIFÍCIO. ENTRETANTO, O VOLUME MÍNIMO DO RESERVATÓRIO DEVE SER DE 500 LITROS. NO
CASO DA RESERVAÇÃO SER DIVIDIDA ENTRE UM RESERVATÓRIO SUPERIOR E INFERIOR,
COSTUMA-SE RESERVAR 3/5 (TRÊS QUINTOS) DO CONSUMO NO RESERVATÓRIO INFERIOR E 2/5
(DOIS QUINTOS) DO CONSUMO NO RESERVATÓRIO SUPERIOR.
Considera-se ainda a reserva técnica de incêndio, que deve ser acrescida ao volume dos reservatórios. O volume a ser acrescido é determinado
pelos códigos de segurança e pânico estaduais do Corpo de Bombeiros, mas a reserva é estimada em 15 a 20% do consumo diário; entretanto, é
preciso seguir as prescrições da norma nacional ou de normas técnicas vigentes do Corpo de Bombeiros do Estado.

RESERVA TÉCNICA DE INCÊNDIO

A Reserva Técnica de Incêndio (RTI) deve ser prevista para permitir o primeiro combate durante determinado tempo. Em seguida, considera-se
que o Corpo de Bombeiros mais próximo atuará no combate, utilizando a rede pública, caminhões-tanque ou fontes naturais.

Voltemos ao nosso exemplo da residência apresentado anteriormente. Se seu consumo diário foi de 1800 l/dia, a reservação será de, no mímimo,
1800 litros. Dessa maneira, o projetista possui a liberdade de dividir o volume a ser reservado em um reservatório superior de no mínimo 1800 litros ou
dividindo-o em um reservatório superior e outro inferior.

No vídeo, a seguir, o professor falará um pouco mais sobre subsistema de reservação de água.

Assista:
REQUISITOS DAS INSTALAÇÕES DE ESGOTO SANITÁRIO
A implantação de um sistema de abastecimento de água gera a necessidade de coleta, afastamento e disposição final das águas servidas. Portanto,
os requisitos de um sistema de esgoto devem atender estes principais objetivos:

Melhoria das condições higiênicas locais.


Coleta e afastamento rápido e seguro do esgoto sanitário.


Disposição sanitariamente adequada do efluente.

No caso da existência de uma rede de coleta de esgoto, pode ser realizada segundo o sistema unitário, em que águas pluviais e águas residuárias são
conduzidas numa mesma canalização; e o sistema separador absoluto, em que há duas redes públicas inteiramente independentes, uma para águas
pluviais e outra somente para as águas residuárias.

Define-se como águas residuárias os despejos (Despejos são refugos líquidos dos edifícios, excluídas as águas pluviais.) líquidos ou efluentes,
compreendendo o esgoto doméstico e as águas pluviais.

Águas residuárias domésticas

São os despejos líquidos das habitações, prédios ou estabelecimentos comerciais. Podem ser divididas em águas imundas e águas servidas.
Enquanto a primeira contém dejetos — elevada quantidade de matéria orgânica com grande quantidade de microrganismos — a segunda é resultante
das operações de lavagem e limpeza de cozinhas, banheiros e sanitários.


Águas residuárias industriais
São oriundas do trabalho industrial, podem ser tóxicas, inertes ou ainda conter matéria orgânica de acordo com a operação específica da indústria. Já
as águas residuárias de infiltração são a parcela das águas do subsolo que penetra nas canalizações de esgotos.

Nos módulos seguintes, veremos mais detalhes sobre os componentes e os materiais envolvidos nas instalações de água e de esgoto sanitário.

VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. O SISTEMA DE INSTALAÇÃO DE ÁGUA FRIA POSSUI OS SUBSISTEMAS DE ALIMENTAÇÃO, RESERVAÇÃO E


DISTRIBUIÇÃO INTERNA. ASSINALE DENTRE AS OPÇÕES ABAIXO O COMPONENTE QUE FAZ PARTE DO SISTEMA
DE DISTRIBUIÇÃO INTERNA:

A) Reservatório superior

B) Cavalete

C) Alimentador predial

D) Ramal de alimentação

2. UMA CASA RESIDENCIAL DE LUXO COM TRÊS DORMITÓRIOS ESTÁ SENDO CONSTRUÍDA PELO SISTEMA
INDIRETO DE DISTRIBUIÇÃO SOMENTE COM RESERVATÓRIO SUPERIOR. CONSIDERANDO QUE EM CADA
DORMITÓRIO PODEM CABER DUAS PESSOAS, A CAPACIDADE DO RESERVATÓRIO, DE ACORDO COM AS
RECOMENDAÇÕES DA NORMA TÉCNICA, É DE:

A) 1000 litros

B) 1500 litros

C) 2000 litros

D) 2500 litros

GABARITO

1. O sistema de instalação de água fria possui os subsistemas de alimentação, reservação e distribuição interna. Assinale dentre as opções
abaixo o componente que faz parte do sistema de distribuição interna:

A alternativa "D " está correta.

Fazem parte do sistema de distribuição interna o barrilete, a coluna de alimentação, o ramal de alimentação e o sub-ramal de alimentação. Logo, a
letra D, ramal de alimentação, é o único que faz parte do sistema de distribuição interna.

2. Uma casa residencial de luxo com três dormitórios está sendo construída pelo sistema indireto de distribuição somente com reservatório
superior. Considerando que em cada dormitório podem caber duas pessoas, a capacidade do reservatório, de acordo com as
recomendações da norma técnica, é de:

A alternativa "B " está correta.

Se em cada dormitório cabem duas pessoas, e na residência há três quartos, então devemos considerar seis pessoas para o dimensionamento.
Como, para uma casa residencial de luxo, a prévia do consumo é de 250 l/pessoa/dia, temos 6 X 250 l/pessoa/dia que é igual a 1500 l/pessoa/dia.
Como a condição da norma é o dimensionamento para um dia de consumo, temos que a capacidade do reservatório é de 1500 litros (letra B).
MÓDULO 2

 Descrever os aspectos relacionados com a rede de distribuição de água fria e quente, destacando os referentes a sistemas hidrossanitários
racionais

INTRODUÇÃO
Entende-se um sistema predial de água fria como o conjunto de tubulações, equipamentos, reservatórios e dispositivos existentes destinado ao
abastecimento dos pontos de utilização de água da edificação, em quantidade suficiente e com a manutenção da qualidade da água recebida.

Fonte: bit mechanic/Shutterstock.com

Da mesma forma, um sistema predial de água quente destina-se ao abastecimento dos pontos de utilização de água quente da edificação, com o
próprio conjunto de tubulações, equipamentos e dispositivos.

REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA FRIA

COMPONENTES

Uma rede predial de distribuição de água fria é constituída por barrilete, colunas de distribuição, ramais e sub-ramais, que são destinados a levar a
água ao ponto de utilização, conforme figura a seguir:

Fonte: Autor
 Figura 10: Rede de distribuição de água fria
BARRILETE É A TUBULAÇÃO QUE SE ORIGINA NO RESERVATÓRIO E DA QUAL DERIVAM AS
COLUNAS DE DISTRIBUIÇÃO/ALIMENTAÇÃO. NO CASO DE HAVER DOIS OU MAIS
RESERVATÓRIOS, É O TUBO QUE LIGA ENTRE SI DUAS SEÇÕES OU DOIS RESERVATÓRIOS
SUPERIORES, A PARTIR DO QUAL PARTEM RAMIFICAÇÕES PARA AS COLUNAS DE
DISTRIBUIÇÃO/ ALIMENTAÇÃO.
O barrilete pode ser executado no projeto em duas opções:

SISTEMA UNIFICADO
SISTEMA RAMIFICADO

SISTEMA UNIFICADO

O chamado sistema unificado parte de um único barrilete que liga as seções dos reservatórios, a partir do qual partem diretamente todas as
ramificações, correspondendo cada um a uma coluna de alimentação. Colocam-se dois registros na saída do barrilete e cada ramificação para as
colunas também possui seu registro de controle próprio, o que viabilizará operações de manutenção no futuro.

SISTEMA RAMIFICADO

O chamado sistema ramificado é aquele em que, a partir do barrilete, saem ramais, os quais, por sua vez, dão origens a derivações secundárias para
as colunas de alimentação. Trata-se de um sistema muito utilizado por razões de economia no encanamento, dispersando os pontos de controle por
registros.


SAIBA MAIS

A coluna de distribuição ou de alimentação é a tubulação derivada do barrilete e destinada a alimentar os ramais nos diversos pavimentos.

Por sua vez, o ramal é a tubulação derivada da coluna de distribuição e destinada a alimentar os sub-ramais, enquanto o sub-ramal é a tubulação
que liga o ramal ao ponto de utilização.

Cada sub-ramal serve a apenas uma peça de utilização ou aparelho sanitário apenas. Dois sub-ramais se unem formando um ramal.

Além disso, podem se destacar os seguintes elementos bastante comuns em instalações de água:

REGISTRO DE GAVETA
Registro de fechamento, componente instalado na tubulação e destinado a interromper o fluxo de água. É o tipo de registro mais usado nas
instalações hidráulicas. Como geralmente é pouco acionado, é fabricado com material de boa qualidade, como o latão ou similar, que não se oxida
facilmente. Recomenda-se trabalhar com ele totalmente aberto ou totalmente fechado.

Fonte: wisawa222/Shutterstock.com
 Figura 11: Registro de gaveta

REGISTRO DE PRESSÃO
Componente instalado na tubulação destinado a controlar a vazão da água utilizada. Pode-se trabalhar em qualquer posição de fechamento, sendo
mais utilizado em chuveiros, filtros e banheiras, pela facilidade de manuseio, pelo sistema de vedação e pela facilidade de substituição.

Fonte: cameracantabile/Shutterstock.com
 Figura 12: Registro de pressão

TORNEIRAS
Dispositivos hidráulicos, construídos de latão, utilizados para controlar o fluxo de água em determinados aparelhos sanitários. Há uma variedade muito
grande de modelos e diâmetros, contendo várias aplicações: para jardim, para pia, para tanque e para lavatório.

Fonte: son Photo/Shutterstock.com


 Figura 13: Torneira

VÁLVULAS
Dispositivos hidráulicos que se inserem numa instalação que servem para manobras operacionais, regulando a pressão e a vazão d’água. Como
exemplo, pode-se citar as válvulas de retenção, as válvulas de segurança e as válvulas de descarga.

Fonte: Pitipat Wongprasit/Shutterstock.com


 Figura 14: Válvula

MATERIAIS

Os materiais que são utilizados nas tubulações de água fria são apropriados para o trabalho como condutos forçados, seção plena (pressão) ou como
condutos livres, com meia seção, com deslocamento pela gravidade.

Dentre eles, destaca-se o PVC (abreviação de cloreto de polivinila) para utilização em água fria. Devido às suas paredes espelhadas e livres de
corrosão, o PVC proporciona maior vazão e menor perda de carga. Para transporte da água nos subsistemas de distribuição, são necessários os tubos
e as conexões.

Fonte: koosen/Shutterstock.com
 Figura 15: Tubo


SAIBA MAIS

Os tubos destinados à água fria podem ser roscáveis ou soldáveis. Enquanto o sistema roscável, de cor branca, facilita a desmontagem e o
remanejamento das instalações nos casos de redes provisórias, o sistema soldável, de cor marrom, tem as juntas soldadas a frio por meio de adesivo
próprio.

Na tabela, abaixo, você verá os diâmetros comerciais do sistema roscável e soldável de água fria:

TABELA 3 - DIÂMETROS COMERCIAIS DO SISTEMA ROSCÁVEL E SOLDÁVEL DE ÁGUA FRIA

Diâmetro

Diâmetro comercial roscável Diâmetro comercial soldável Diâmetro comercial roscável Diâmetro comercial soldável
(polegadas) (milímetros) (polegadas) (milímetros)

½ 20 2 60

¾ 25 2½ 75

1 32 3 85

1¼ 40 4 110

1½ 50 6 160

 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal

AS CONEXÕES SÃO PRÉ-FABRICADAS NOS MESMOS MATERIAIS UTILIZADOS NA FABRICAÇÃO


DOS TUBOS. DEVE-SE UTILIZAR CONEXÕES COM BUCHA DE LATÃO PARA SUA UTILIZAÇÃO NA
TRANSIÇÃO PARA OS METAIS DE QUE SÃO FEITOS OS REGISTROS, AS TORNEIRAS E AS
VÁLVULAS. A MAIORIA DOS FABRICANTES IDENTIFICA ESSAS CONEXÕES COM A COR AZUL.
De acordo com a sua finalidade no escoamento da água, podem ser classificadas para os seguintes objetivos:

Fonte: Ali Alawartani/Shutterstock.com


 Figura 16: Joelho 45°.

Fazer mudanças de direção, como, por exemplo, as curvas, os joelhos e os cotovelos.

Fonte: Ali Alawartani/Shutterstock.com


 Figura 17: Junção.

Fazer derivações, como as cruzetas, as junções e os tês.

Fonte: Deenida/Shutterstock.com
 Figura 18: Luva de redução.

Fazer mudanças de diâmetro, como as reduções concêntricas, as buchas e as luvas de redução.


Fonte: Sukpaiboonwat/Shutterstock.com
 Figura 19: Niple.

Fazer ligação de tubos, como as luvas, as uniões e os niples.

Fonte: Soraya Plaithong/Shutterstock.com


 Figura 20: Plug.

Fazer o fechamento da extremidade de um tubo: os tampões (caps) e os bujões (plugs).

O CONCEITO DE PERDA DE CARGA


Tanto nos tubos como nas conexões que ligam os tubos, é importante calcular a grandeza chamada perda de carga, que pode ser localizada ou
distribuída. Trata-se de um ponto importante no que tange ao dimensionamento e ao projeto de instalações de água fria ou quente.

PERDA DE CARGA

A perda de carga se dá, pois, a parede dos condutos causa uma perda de pressão hidrostática distribuída ao longo de seu comprimento, fazendo
com que a pressão total vá diminuindo gradativa ou abruptamente, dependendo por onde o líquido deslocará.

A PERDA DE CARGA DISTRIBUÍDA É A QUE OCORRE DURANTE O DESLOCAMENTO DA ÁGUA


PELOS TUBOS E CONDUTOS.
Ela pode ser calculada pela fórmula universal da perda de carga ou fórmula de Darcy-Weisbach:
Também podem ser utilizadas fórmulas empíricas, dentre as quais destaca-se a fórmula de Fair-Whipple-Hsiao, representada, a seguir, para tubos de
PVC ou de cobre de até 100 mm de diâmetro:

JÁ A PERDA DE CARGA LOCALIZADA É AQUELA QUE OCORRE DURANTE A PASSAGEM DA


ÁGUA PELAS CONEXÕES. O LÍQUIDO PERDE ENERGIA AO ENTRAR E SAIR DE ENCANAMENTOS
E AO ESCOAR PELAS CONEXÕES. HÁ DUAS FORMAS DE CALCULÁ-LA.
A primeira é utilizando a fórmula universal da perda de carga, aplicável a qualquer conexão e a qualquer conduto:

A SEGUNDA FORMA TEM O OBJETIVO DE FACILITAR O CÁLCULO DA PERDA DE CARGA


LOCALIZADA SIMPLESMENTE SUBSTITUINDO OS ACESSÓRIOS DA INSTALAÇÃO (QUE
PROVOCAM A PERDA LOCALIZADA) POR UM COMPRIMENTO DE TUDO RETILÍNEO DE MESMO
DIÂMETRO.
Assim, o caminho se resume a transformar virtualmente uma perda de carga localizada em distribuída, por meio do uso do comprimento equivalente,
sem alterar o valor final da perda de carga total.

A seguir, a tabela de comprimento equivalente, em metros, para tubos lisos de PVC rígido de acordo com a NBR 5626.

TABELA 4 - DIÂMETROS

DN mm 20 25 32 40 50 60 75 85 110

Ref. pol. ½ ¾ 1 1¼ 1½ 2 2½ 3 4

Joelho 90° 1,1 1,2 1,5 2,0 3,2 3,4 3,7 3,9 4,3
Joelho 45º 0,4 0,5 0,7 1,0 1,0 1,3 1,7 1,8 1,9

Curva 90° 0,4 0,5 0,6 0,7 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6

Curva 45° 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0

TE 90° passagem direta 0,7 0,8 0,9 1,5 2,2 2,3 2,4 2,5 2,6

TE 90° saída de lado 2,3 2,4 3,1 4,6 7,3 7,6 7,8 8,0 8,3

TE 90° saída bilateral 2,3 2,4 3,1 4,6 7,3 7,6 7,8 8,0 8,3

Entrada normal 0,3 0,4 0,5 0,6 1,0 1,5 1,6 2,0 2,2

Entrada de borda 0,9 1,0 1,3 1,8 2,3 2,8 3,3 3,7 4,0

Saída de canalização 0,8 0,9 1,3 1,4 3,2 3,3 3,5 3,7 3,9

Válvula de pé e crivo 8,1 9,5 13,3 15,5 18,3 23,7 25,0 26,8 28,6

Válvula de retenção tipo leve 2,5 2,7 3,8 4,9 6,8 7,1 8,2 9,3 10,4

Válvula de retenção tipo pesado 3,6 4,1 5,8 7,4 9,1 10,8 12,5 14,2 16,0

Registro globo aberto 11,1 11,4 15,0 22,0 35,8 37,9 38,0 40,0 42,3

Registro gaveta aberto 0,1 0,2 0,3 0,4 0,7 0,8 0,9 0,9 1,0

Registro ângulo aberto 5,9 6,1 8,4 10,5 17,0 18,5 19,0 20,0 22,1

 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal

 Fonte: adaptado NBR 5626

 EXEMPLO

Se você utilizar um joelho 90° de 32 mm, será como se a perda de carga localizada correspondesse a perda de carga distribuída em um metro e meio
de tubo 32 mm.

REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA QUENTE


O fornecimento de água quente representa uma necessidade nas instalações de determinados aparelhos ou uma conveniência para melhorar as
condições de higiene e de conforto da benfeitoria.
A temperatura na qual a água deve ser fornecida depende do uso a que se destina. Assim, pode-se dividir as instalações de água quente em
instalações industriais, em que a temperatura da água atende a exigências das operações inerentes aos processos industriais; e em instalações
prediais, que atendem às instalações que servem a peças de utilização, aparelhos sanitários ou equipamentos.

MODALIDADES

O aquecimento de água pode ser realizado por um dos seguintes sistemas:

INDIVIDUAL
Quando o sistema alimenta um só aparelho; por exemplo, pode-se dizer do aquecedor no banheiro que aquece a água do chuveiro.

CENTRAL PRIVADO
Quando o sistema alimenta vários aparelhos de uma só unidade; por exemplo, pode-se dizer do aquecedor da residência para produção de água
quente, do qual partem os alimentadores para as peças de utilização.

CENTRAL COLETIVA
Quando o sistema alimenta conjuntos de aparelho de várias unidades; por exemplo, centrais de aquecimento de hospitais, hotéis e escolas.

COMPONENTES

Uma rede predial de distribuição é constituída por barrilete, colunas de distribuição, ramais e sub-ramais, que são destinados a levar a água ao ponto
de utilização conforme a figura:

 Figura 21: Composição de rede predial de distribuição

Veja a definição de mais alguns componentes que fazem parte da rede de distribuição de água quentes:

AQUECEDOR DE PASSAGEM
Dispositivo que aquece a água fria, que passa por uma serpentina e recebe calor direto da chama do queimador, disponibilizando água quente.
Também são aquecedores de passagem os chuveiros e as torneiras elétricas, em que a água é aquecida por uma resistência; entretanto, são
dispositivos de baixa eficiência e consomem muita energia elétrica.

Fonte: AlexLMX/Shutterstock.com
 Figura 22: Aquecedor de passagem

AQUECEDOR DE ACUMULAÇÃO
Dispositivo do qual a água fria é levada até um tanque para ser aquecida, seja pela chama do queimador a gás, seja pelo calor gerado pela resistência
elétrica. Também existem os aquecedores solares, cuja fonte de energia para o aquecimento da água é o calor do sol captado por placas coletoras de
raios solares.

Fonte: nikkytok e Benedeck Alpar/Shutterstock.com


 Figura 23: Aquecedor de acumulação e aquecedor de acumulação a luz solar

MISTURADORES
Derivações especiais, destinadas a receber a água fria e a água quente aquecida, de forma a prover ao ponto hidráulico uma água morna na
temperatura adequada para sua utilização, como as torneiras e os chuveiros.

MATERIAIS

Os materiais utilizados para água quente são o policloreto de vinila clorado (CPVC), o polietileno reticulado (PEX) e o polipropileno copolímero (PPR).

CPVC

O CPVC é um material com todas as propriedades inerentes ao PVC, somando-se a resistência à condução de líquidos sob pressões a altas
temperaturas, o que lhe permite conduzir água quente. A cor de seus tubos e conexões é bege.
PEX

O PEX é a opção mais moderna para instalação de água quente. Sua flexibilidade permite a redução do número de conexões, reduzindo não
apenas o custo, mas também o tempo de instalação

PPR

O PPR é outra opção que não necessita de soldas a frio entre tubos e conexões. Com a tecnologia de termofusão, os materiais fundem-se
molecularmente formando uma tubulação contínua.

TABELA 05 - DIÂMETROS COMERCIAIS DOS SISTEMAS DE MATERIAIS PARA ÁGUA QUENTE

Diâmetro

Diâmetro correspondente roscável Diâmetro comercial CPVC Diâmetro comercial PPR Diâmetro comercial PEX
(polegadas) (milímetros) (milímetros) (milímetros)

½ 15 20 16

¾ 22 25 20

1 28 32 25

1¼ 35 40 32

1½ 42 50

2 54 63

 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal

SISTEMAS HIDROSSANITÁRIOS RACIONAIS

SHAFT

Basicamente, um shaft é uma abertura vertical na alvenaria por onde passam as instalações essenciais em qualquer construção. Eles devem ser
projetados a considerar todos os fatores envolvidos nas instalações que os utilizarão, e que sua construção e instalação seja feita com a precisão
adequada.
Dessa forma, ao mesmo tempo que disfarça as tubulações, facilita o trabalho de manutenção futuramente, podendo ainda ser disfarçada por meio de
uma porta dobrável ou um painel de gesso acartonado, dependendo do material da parede em que está instalado.

Fonte: fotodrobik/Shutterstock.com
 Figura 24: Exemplo de shaft


SAIBA MAIS

Geralmente, o shaft é instalado próximo a áreas molhadas por estarem sempre mais próximas às colunas de alimentação e aos tubos de queda.
Nestes pontos, é interessante a instalação de tês de visita, de modo a possibilitar que sejam abertos, bem como resolver problemas de vazamentos e
entupimentos nos tubos de descida. Além disso, trata-se de um local adequado para a instalação de tubulação e válvulas de aparelhos sanitários em
banheiros.

Dada a praticidade que o shaft apresenta, ele pode ser utilizado também como elemento auxiliar de manutenção para instalações elétricas e
mecânicas.

PAREDES SECAS (DRYWALL)

As paredes secas (drywall) é um sistema de construção a seco, muito utilizado na criação de novos ambientes com os mais variados fins. É constituída
por uma estrutura de perfis de aço galvanizado na qual são parafusadas, em ambos os lados, chapas de gesso acartonado específicas para uso em
paredes secas.

Fonte: Aisyaqilumaranas/Shutterstock.com
 Figura 25: Exemplo de drywall

As placas de gesso acartonado podem se apresentar em três tipos:


PLACA DE GESSO STANDARD (ST)
A placa de gesso Standard (ST), na cor cinza, indicada para o uso interno em paredes, tetos e áreas secas.

PLACA DE GESSO RESISTENTE À UMIDADE (RU)


A placa de gesso Resistente à umidade (RU), na cor verde, que deve ser utilizada em ambientes úmidos e áreas molhadas, como cozinhas, banheiros,
lavanderias ou áreas de serviço.

PLACA DE GESSO RESISTENTE AO FOGO (RF)


A placa de gesso Resistente ao Fogo (RF), na cor rosa, que deve ser utilizada em saídas de emergência e áreas fechadas como escadas e
corredores.

A forma de montagem e os componentes utilizados permitem que a parede seja configurada para atender diversos níveis de desempenho de acordo
com as necessidades de cada ambiente, podendo ser instalados tanto em ambientes molhados ou secos.

Além disso, antes de as paredes secas receberem o acabamento (seja ele azulejo, mármore, granito ou pintura), recomenda-se a impermeabilização
de sua base até a altura de 20 cm, no mínimo, para garantir a funcionalidade de placa.


SAIBA MAIS

A placa de gesso é um material por meio do qual a manutenção se torna mais fácil. No caso específico de uma parede hidráulica de um banheiro ou
de uma cozinha, se surgir um vazamento, basta fazer um recorte na placa, realizar o reparo na tubulação e em seguida encaixar o mesmo recorte,
tomando cuidado nas juntas entre o recorte e a parede.

KITS HIDRÁULICO-SANITÁRIOS

Dá-se o nome de kits hidráulico-sanitários industrializados, os conjuntos fabricados com tubos e conexões de materiais condutores de fluidos (no caso
da água fria, PVC e PEX, e no caso da água quente, CPVC, PPR ou cobre), que passam por um processo de montagem e são agregados a
componentes como registros e válvulas.

O PRINCÍPIO DESTA TECNOLOGIA É QUE TODAS AS TUBULAÇÕES SEJAM DESEMBUTIDAS DA


ALVENARIA, BEM COMO SE TORNEM INDEPENDENTES DE QUALQUER MÉTODO CONSTRUTIVO
EM QUE ELE SEJA APLICADO. DESTE MODO, A PRODUÇÃO DESTES KITS POSSUI
CARACTERÍSTICAS DE MONTAGEM INDUSTRIAL E UMA CENTRAL PRÓPRIA PARA ISSO. SÃO
GERALMENTE ENTREGUES ETIQUETADOS E PRONTOS PARA INSTALAÇÃO NOS CANTEIROS DE
OBRAS, SENDO MUITO INDICADOS PARA EDIFÍCIOS E CONJUNTOS HABITACIONAIS
PADRONIZADOS PARA SEREM INSTALADOS EM PAREDES SECAS OU SHAFTS.
O projeto de instalações hidrossanitárias com o uso de kits industrializados em quase nada difere de um projeto convencional sem o uso dos kits. Não
há mudança nas dimensões dos dutos, respeitando as demais normas vigentes. Desse modo, permite-se um melhor planejamento do processo
executivo, evitando problemas de incompatibilidade entre projetos e propiciando maior facilidade ao executor.

SISTEMA MANIFOLD

O chamado sistema manifold é um conjunto de produtos constituídos de tubos de polietileno reticulado flexível (PEX). Esta característica lhe
proporciona várias vantagens, como a facilidade de instalação e flexibilidade em sua utilização em água fria e quente no mesmo sistema.

O elemento central da instalação é um quadro de distribuição hidráulico dentro de determinado ambiente; geralmente, um para água quente e outro
para água fria. Os tubos PEX são introduzidos em um tubo condutor que o guia do quadro de distribuição (barrilete) até os pontos de consumo.

Fonte: nikkytok/Shutterstock.com
 Figura 26: Exemplo de aplicação a uma instalação de aquecimento

A água corre por um sistema de tubos flexíveis e embutidos na laje ou no forro, sem conexões intermediárias entre o barrilete e os pontos de
utilização, facilitando a manutenção e evitando a quebra de revestimentos e paredes. Quando são necessárias, as conexões utilizadas são de cobre
ou de CPVC. Por eliminar emendas, reduz-se também a possibilidade de vazamentos.

 ATENÇÃO

O sistema manifold é o mais utilizado em construções steel frame. Seu fechamento é feito por placas, podendo ser cimentícias, com drywall ou outros
sistemas racionais. Assim, o tempo de instalação é muito reduzido em relação ao convencional, resistindo aos efeitos do congelamento e
descongelamento. Isso tudo torna o serviço muito facilitado, com menor produção de entulho e gerando uma construção muito mais limpa.

STEEL FRAME

Steel frame é um sistema construtivo industrializado e altamente racionalizado, formado por estruturas de perfis de aço galvanizado.

No vídeo, a seguir, o professor falará um pouco mais sobre sistemas hidrossanitários racionais. Assista:
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

A REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PROJETO DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA E QUENTE PODE


SER FEITA EM PLANTA DE ELEVAÇÃO E EM PROJEÇÃO VERTICAL. A VANTAGEM É A
POSSIBILIDADE DE REPRESENTAÇÃO DAS COTAS EM ESCALAS, E A DESVANTAGEM É A
NECESSIDADE DE DOIS DESENHOS.

Fonte: Autor
 Figura 27: Simbologia para representação das colunas de alimentação

Para ampliar a representação, também podem ser utilizadas as perspectivas isométricas e as plantas de detalhes. A simbologia para representação
das colunas de alimentação é realizada conforme figura, em que a finalidade da coluna é mostrada, na porção superior, por duas letras e o diâmetro na
porção inferior.

AF Coluna de água fria AP Coluna do alimentador predial

AQ Coluna de água quente RP Coluna do ramal predial

EX Coluna de extravasão REC Coluna de recalque

LI Coluna de limpeza SUC Coluna de sucção

 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal

A representação dos tubos e conexões em um projeto de instalações hidráulicas é descrita da seguinte forma:

Tubulação Tubulação
descendente ascendente

Fonte: Autor Fonte: Autor


Válvula de retenção Registro de gaveta

Fonte: Autor Fonte: Autor

Registro de
Válvula pé de crivo
pressão

Fonte: Autor Fonte: Autor

Joelho 90° Joelho 45°

Fonte: Autor Fonte: Autor

Curva 90° Curva 45°

Fonte: Autor Fonte: Autor

Tê 90° Junção

Fonte: Autor Fonte: Autor

 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal


VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. AS CONEXÕES SÃO PEÇAS INSERIDAS NA REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA PARA AUXILIAR E DIRECIONAR O
ESCOAMENTO DA ÁGUA. DENTRE AS CONEXÕES CITADAS ABAIXO, AQUELA QUE É CONSIDERADA COMO UMA
DERIVAÇÃO É:

A) Cruzeta

B) Joelho

C) Luva

D) Cap

2. A MARCAÇÃO, A SEGUIR, DE UM TUBO EM UM PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS MOSTRA QUE ELE É


UM(A):

A) Coluna de alimentação de água quente

B) Coluna de alimentação de água fria

C) Coluna do ramal predial

D) Coluna do alimentador predial

GABARITO

1. As conexões são peças inseridas na rede de distribuição de água para auxiliar e direcionar o escoamento da água. Dentre as conexões
citadas abaixo, aquela que é considerada como uma derivação é:

A alternativa "A " está correta.

As conexões para derivação são as cruzetas, as junções e os tês. Logo, dentre as opções, acima, a correta é a letra A, Cruzeta.

2. A marcação, a seguir, de um tubo em um projeto de instalações hidráulicas mostra que ele é um(a):

A alternativa "B " está correta.

A marcação “AF” mostra que esse tubo é uma coluna de alimentação de água fria, logo a resposta é a letra B.

MÓDULO 3

 Descrever os aspectos relacionados com a rede de coleta de águas servidas, destacando os referentes a sistemas hidrossanitários racionais

INTRODUÇÃO
Neste módulo, apresentamos os dois sistemas que possuem suas próprias redes coletoras no Brasil, a rede de coleta de águas servidas e de águas
pluviais.

A rede de coleta de águas servidas pode ter dois destinos: a primeira é o coletor predial da concessionária de coleta e tratamento do esgoto. O
segundo destino, é o encaminhamento do esgoto a um tratamento individualizado por meio de uma fossa séptica na residência, podendo ser ainda
melhorado com outros tratamentos adicionais, como o sumidouro e as valas de infiltração.

Fonte: Slave SPB/Shutterstock.com


 Figura 28: Exemplo de fossa séptica.

Assim sendo, se houver uma rede de coleta de esgoto, o coletor predial se ligará diretamente a ela. A montante do coletor predial, a rede predial pode
ainda se dividir em esgoto primário e esgoto secundário.

ENTENDE-SE COMO ESGOTO PRIMÁRIO O TRECHO CONECTADO AO COLETOR PÚBLICO E QUE


TEM ACESSO AOS GASES PROVENIENTES DESSE COLETOR. ESGOTO SECUNDÁRIO, POR SUA
VEZ, REPRESENTA OS TRECHOS DE CANALIZAÇÃO SEPARADOS DA REDE PRIMÁRIA DE
ESGOTO POR MEIO DE UM DESCONECTOR, DE MODO QUE OS GASES NÃO TENHAM ACESSO A
ELES.

REDE DE ESGOTO

COMPONENTES

O esgoto primário compreende o coletor predial, os subcoletores, as caixas de inspeção, os tubos de queda, os ramais de descarga e de esgoto, os
tubos ventiladores e os desconectores.

Fonte: Autor
 Figura 29: Esgoto primário

COLETOR PREDIAL
SUBCOLETOR PREDIAL
CAIXA DE GORDURA
CAIXAS DE INSPEÇÃO
TUBOS DE QUEDA
Trecho de canalização horizontal compreendido entre a última inserção de subcoletor, ramal de esgoto, de descarga ou tubo de queda, e a rede
pública ou local de lançamento dos esgotos.

Canalização, normalmente horizontal, que recebe efluentes de um ou mais tubos de queda, ou ramal de esgoto.

Caixa destinada a reter, na sua parte superior, as gorduras, graxas e óleos contidos no esgoto, formando camadas que devem ser removidas
periodicamente, evitando que estes componentes escoem livremente pela rede.

Caixa destinada a permitir a inspeção, limpeza, desobstrução, junção, mudanças de declividade e/ou direção das tubulações.

Tubulação vertical que recebe efluentes de subcoletores, ramais de esgoto e ramais de descarga.

Fonte: Autor
 Figura 30: Esquema dos componentes de uma rede de esgoto

RAMAIS DE DESCARGA
RAMAIS DE ESGOTO
RAMAL VENTILADOR
COLUNA DE VENTILAÇÃO
DESCONECTOR
Tubulação que recebe diretamente os efluentes de aparelhos sanitários.

Tubulação primária que recebe os efluentes dos ramais de descarga diretamente ou a partir de um desconector.
Tubo ventilador que interliga o desconector ou ramal de descarga ou ramal de esgoto de um ou mais aparelhos sanitários a uma coluna de ventilação
ou a um tubo ventilador primário.

Tubo ventilador vertical que se prolonga através de um ou mais andares e cuja extremidade superior é aberta à atmosfera ou ligada a tubo ventilador
primário ou a barrilete de ventilação.

Dispositivo provido de fecho hídrico, destinado a vedar a passagem de gases no sentido oposto ao deslocamento do esgoto. Separa o esgoto
primário do esgoto secundário.

FECHO HÍDRICO

Fecho hídrico é a camada líquida de nível constante que em um desconector veda a passagem dos gases.

Um dos exemplos mais presentes no cotidiano de desconectores é o sifão, mostrado nas figuras 31 e 32:

Fonte: pikepicture/Shutterstock.com
 Figura 31: Sifão.

Fonte: KrimKate/Shutterstock.com
 Figura 32: Sifão.

MATERIAIS

OS MATERIAIS QUE SÃO UTILIZADOS NAS TUBULAÇÕES DE ESGOTO SANITÁRIO SÃO


APROPRIADOS PARA O TRABALHO COMO CONDUTOS LIVRES, COM MEIA SEÇÃO, COM
DESLOCAMENTO PELA GRAVIDADE. POR ISSO, É NECESSÁRIO QUE OS COLETORES
HORIZONTAIS SEMPRE APRESENTEM DECLIVIDADE.
Assim como para água fria, o material mais utilizado para os tubos e conexões é o PVC, com opções para a junta soldada a frio por meio de adesivo
próprio ou por junta elástica por meio de anel de borracha.

No entanto, são condutos de características diferentes, pois como trabalham apenas como condutos livres, possuem espessura menor que os tubos
roscáveis e soldáveis que vimos para a água fria e quente. As barras de tubo são vendidas nos comprimentos de 3 e 6 m. A tabela abaixo mostra os
principais diâmetros comerciais existentes no Brasil.

TABELA 6 - PRINCIPAIS DIÂMETROS COMERCIAIS NO BRASIL

Diâmetro

Nominal
Referência
Nominal
Referência

(mm) (polegadas) (mm) (polegadas)

40 1½ 200 8

50 2 250 10

75 3 300 12

100 4 400 16

150 6

 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal

O diâmetro de 40 mm é privativo para o esgoto secundário e todos os outros são destinados ao esgoto primário. Assim, além das conexões já
definidas para a água fria, também deve-se destacar as seguintes conexões e dispositivos abaixo:

CAIXAS SIFONADAS
RALOS SIFONADOS
RALOS SECOS
APARELHOS SANITÁRIOS
Caixa provida de desconector, destinada a receber efluentes da instalação secundária de esgoto. A caixa que é desprovida de desconector é chamada
de caixa seca.

Recipiente dotado de desconector, com grelha na parte superior, destinado a receber águas de lavagem de pisos ou de chuveiro.

Recipiente sem proteção hídrica, dotado de grelha na parte superior, destinado a receber águas de lavagem de piso ou de chuveiro.

Componentes sanitários destinados ao uso da água ou ao recebimento de dejetos líquidos e sólidos. Incluem-se nesta definição os aparelhos como
bacias sanitárias, lavatórios, pias e outros, mas também, lavadoras de roupa, lavadoras de prato, banheiras de hidromassagem etc.

Fonte: los_jan/Shutterstock.com
 Figura 33: Exemplo de vaso sanitário

Fonte: Maksym Bondarchuk/Shutterstock.com


 Figura 34: Exemplo de lavatório

Outros dispositivos hidrossanitários racionais são as bacias sanitárias com saída lateral e o piso box. As bacias com saída horizontal direcionam o
esgoto para trás, na horizontal, permitindo o seu escoamento diretamente para o shaft ou para uma tubulação vertical evitando a passagem da
tubulação por baixo da laje. A bacia suspensa com saída horizontal permite uma melhor limpeza do banheiro uma vez que ela não entra em contato
com o piso.

Fonte: Sashkin/Shutterstock.com
 Figura 35: Vista de uma bacia com saída horizontal

A utilização do piso box tem a mesma finalidade. Sua instalação é feita sobre a laje e a saída do esgoto da caixa sifonada é horizontal. Não há a
passagem de tubulação pelo lado de baixo da laje e não há a necessidade de impermeabilização do piso. Porém, a área do piso do box ficará um
pouco mais elevada e não existe a alternativa de se instalar outro ralo no ambiente.

TRATAMENTO DE ESGOTO
Para o caso em que não há rede de coleta de esgoto na cidade, uma opção é o tratamento por meio de dispositivos que façam diminuir a demanda
bioquímica de oxigênio (DBO) e a necessidade de estabilização da matéria orgânica. Para tanto, podem ser adotados três dispositivos de tratamento
de esgoto: a fossa séptica, o filtro e o sumidouro.

FOSSA SÉPTICA

A FOSSA SÉPTICA É UMA UNIDADE DE TRATAMENTO PRIMÁRIO DE ESGOTO DOMÉSTICO ONDE


É REALIZADA A SEPARAÇÃO ENTRE A MATÉRIA SÓLIDA E A MATÉRIA LÍQUIDA DO ESGOTO.
NELA, NÃO OCORRE A DECOMPOSIÇÃO AERÓBIA, SOMENTE A DECOMPOSIÇÃO ANAERÓBIA,
EM QUE O PRINCIPAL AGENTE DE DECOMPOSIÇÃO E TRANSFORMAÇÃO DA MATÉRIA SÓLIDA
SÃO AS BACTÉRIAS ANAERÓBIAS.
Dessa maneira, contribui para a remoção de cerca de 40% de DBO, tornando possível seu lançamento de volta à natureza com menor prejuízo a ela.
Por outro lado, deve-se retirar periodicamente a matéria sólida da fossa, por meio de um caminhão limpa fossa e em seguida para um aterro sanitário.

Quanto ao material, a fossa séptica pode ser pré-moldada de concreto, ou seja, comprada pronta no mercado, e as construídas no local, necessitando
de um projeto de engenharia específico para isso. Geralmente, os projetos de fossa séptica possuem um formato prismático retangular ou circular,
sendo desenvolvidos com concreto armado, concreto simples ou tijolos cerâmicos impermeabilizados.

Quanto à forma, as fossas podem ser de câmara única, de câmaras em série e de câmaras sobrepostas. Em comum, a fossa deve ter uma chaminé
que possibilite a limpeza. Entretanto, se o comprimento horizontal ou diâmetro for maior que 2 m, a fossa deve possuir no mínimo duas chaminés.

Fonte: dcwcreations/Shutterstock.com
 Figura 36: Exemplo de fossa séptica de concreto

FILTROS E SUMIDOUROS

O filtro anaeróbio é construído com os mesmos materiais da fossa séptica – tijolos com juntas livres, anéis de concreto drenante.

 ATENÇÃO

O filtro anaeróbio possui um fundo falso por onde entram os efluentes oriundos da fossa séptica. Os efluentes então passam por uma camada de
material drenante, podendo ser areia ou pedra britada, ascendendo em seguida a uma calha.

Já o sumidouro é construído com um fundo com enchimento de cascalho ou pedra britada. O efluente oriundo da fossa séptica passa por uma camada
de material drenante – geralmente pedra britada; no entanto, ao contrário do filtro, o efluente que passa pela brita infiltra-se diretamente no solo.

 DICA

Sempre que possível, devem ser construídos dois filtros ou sumidouros para uso alternado de forma a possibilitar sua manutenção adequada. Por isso,
o filtro anaeróbio e o sumidouro proporcionam um tratamento ainda maior do esgoto, diminuindo mais a DBO dos efluentes.

No vídeo, a seguir, o professor continuará falando sobre tratamento de esgoto. Assista:


REDE DE ÁGUA PLUVIAL
A rede de água pluvial tem sua rede de coleta exclusiva para recolhimento e condução de águas pluviais, não devendo ser lançadas em rede de
esgoto. Não se admite quaisquer interligações com outras instalações prediais.

TRATA-SE DE SISTEMAS DESTINADOS A COLETAR AS ÁGUAS PROVENIENTES DAS CHUVAS E


INCIDENTES EM DETERMINADAS ÁREAS DA EDIFICAÇÃO, COMO TELHADOS, COBERTURAS,
PÁTIOS, TERRAÇOS E LAJES. EVITA-SE, ASSIM, A INDESEJÁVEL UMIDADE QUE PREJUDICA O
CONFORTO E A SALUBRIDADE DO INTERIOR DAS EDIFICAÇÕES.

COMPONENTES

O ponto de partida do sistema é a superfície coletora. Geralmente é um telhado, uma área ajardinada ou qualquer superfície que seja capaz de
receber e escoar a água por meio de um plano inclinado – uma declividade que é aplicada para propiciar o escoamento.

Principalmente se for esperado um reaproveitamento da água de chuva, é desejável que essa superfície seja um material não tóxico e livre de
substâncias que possam diminuir a qualidade da água.

 ATENÇÃO

Caso essa superfície seja o solo: Limpar a cobertura de vegetação, compactar o solo e aumentar a inclinação da superfície, e principalmente evitar
contaminação por pessoas, veículos ou animais. Deve-se evitar ainda qualquer cobertura que possua cimento-amianto, pinturas a base de zinco, como
o zarcão, cromo e chumbo.

O sistema de água pluvial pode ser composto dos seguintes elementos descritos na figura:
 Figura 37: Elementos do sistema de água pluvial

CALHAS
Condutores semicirculares ou de seção retangular ou quadrangular, abertos na sua parte superior, utilizadas para captar as águas das chuvas nos
telhados. Podem ser desenvolvidas em concreto, com chapas de ferro galvanizadas ou até mesmo em plástico. Podem ser ainda de beiral ou de
platibanda, dependendo do lugar onde elas são previstas no projeto.

RUFO
Chapas metálicas fixadas na parede sobre o telhado evitando, assim, que a água da chuva escorra pela parede da edificação, danificando a pintura e
ocasionando goteiras.

RINCÃO
Também chamada de “água furtada”, são calhas abertas com duas abas que acompanham a inclinação do telhado e servem para captar o
escoamento das águas provenientes de dois planos de telhado.

BANDEJA
Peça utilizada para captação das águas provenientes dos rincões em substituição à calha.

CONDUTORES
São tubos por onde escoam as águas das chuvas captadas pelas calhas. Devem ser executados, sempre que possível, em uma prumada e serem
aparentes. Podem ser de PVC rígido, chapa de ferro galvanizado, de fibrocimento e até mesmo de plástico, com grande aceitação. Podem ser
horizontais ou verticais.

CAIXA DE AREIA
Caixa destinada a permitir a inspeção, limpeza, desobstrução, junção, mudanças de declividade e/ou direção das tubulações de água pluvial.

CAIXA DE RALO
Dispositivos de coleta destinados a coletar a água pluvial que cai em superfícies horizontais que possuam declividade. Geralmente, são dotadas de
uma tampa que permite a entrada da água, mas evita a entrada de folhas e outros objetos maiores.

Em muitas cidades, já é norma a previsão de reservatórios especiais destinados à acumulação de águas pluviais para posterior utilização dessa água
para usos não potáveis, como lavagem de veículos e jardinagem.

Esses reservatórios podem ser de dois tipos:

O reservatório de acumulação é uma estrutura de armazenamento com a finalidade de receber as águas de chuvas captadas nos telhados.


O reservatório de detenção ou de retardo é uma estrutura de armazenamento com a finalidade de acumular o escoamento adicional causado pela
impermeabilização de uma área, deixando escoar, por meio de um orifício, a vazão que já era prevista.

Esses reservatórios de águas pluviais terão características diferentes dos reservatórios de água fria comum, como:
Devem ser de material inerte — concreto, fibra de vidro, polietileno, aço inoxidável.

Podem estar localizados acima ou abaixo do solo, sendo parte da edificação ou afastados dela.

Deve-se evitar a todo custo a contaminação externa por pássaros, animais, insetos e por veículos e pessoas.

Deve-se possibilitar a sua limpeza periódica para evitar contaminação que prejudique o reuso da água.

Recomenda-se que a tubulação de saída do reservatório seja superior a 10 cm de sua base.

Deve-se realizar a cloração da água quando a água a ser utilizada é para beber e destinar-se ao uso doméstico.

Podem ser construídos como parte da edificação ou afastadas dela. Devem ficar especialmente afastados das tubulações de esgoto sanitário e
da rede de alimentação da construção.

MATERIAIS

Os materiais que são utilizados nas tubulações de água pluvial são os supracitados: PVC, ferro galvanizado e até plástico. Há linhas de produtos
destinadas à condução de água pluvial: tanto as calhas semicirculares ou retangulares até os condutores verticais circulares como os tubos de queda
de esgoto.

No caso específico do PVC, pode-se até mesmo utilizar para os condutores verticais os mesmos condutos utilizados para o esgoto primário, pois são
dimensionados a trabalhar como condutos livres. Há ainda opções para a junta soldada a frio por meio de adesivo próprio ou por junta elástica através
de anel de borracha.

 ATENÇÃO

Para as calhas, deve-se atentar para a necessidade de utilização de junta elástica ou junta de ponta e bolsa, de modo a manter a estanqueidade da
superfície coletora da calha.

No que tange à captação de água pluvial, são de vital importância os ralos, nos quais são empregados PVC rígido ou dispositivos metálicos.

O CONCEITO DE INTENSIDADE PLUVIOMÉTRICA


Define-se intensidade pluviométrica para fins de cálculo do projeto de águas pluviais; deve ser determinado a partir da fixação de valores adequados
para a duração da precipitação e o período de retorno.

INTENSIDADE PLUVIOMÉTRICA

A intensidade pluviométrica ou intensidade de precipitação é a quantidade de chuva que cai em mm por unidade de tempo (horas). Sua unidade
é milímetros por hora, sendo a referência quando se deseja medir a quantidade de chuva que cai em uma cidade, por exemplo.

A duração da precipitação é dada em minutos e é importante para dimensionar o sistema de águas pluviais. De acordo com a NBR 10844, esse tempo
é fixado em 5 minutos. Já o período de retorno ou período de recorrência é o intervalo estimado entre ocorrências de igual magnitude de uma chuva.
 ATENÇÃO

Deve ser fixado segundo as características da área a ser drenada, obedecendo ao estabelecido na NBR 10844:

T = 1 ano, para áreas pavimentadas, onde empoçamentos possam ser tolerados.

T = 5 anos, para coberturas e/ou terraços.

T = 25 anos, para coberturas e áreas onde empoçamentos ou extravasamentos não possam ser tolerados.

A intensidade pluviométrica pode ser determinada por medições em postos de observação construídos em locais espalhados por todo o Brasil. A
seguir está uma adaptação da Tabela de intensidade pluviométrica de algumas cidades com seus respectivos períodos de retorno.

TABELA 7 - ADAPTAÇÃO DA TABELA DE INTENSIDADE PLUVIOMÉTRICA

Intensidade pluviométrica (mm/h)

Local Período de retorno (anos)

1 5 25

Curitiba/PR 132 204 228

Florianópolis/SC 114 120 144

Fortaleza/CE 120 156 180 (21)

Goiânia/GO 120 178 192 (17)

Manaus/AM 138 180 198

Natal/RN 113 120 143 (19)

Porto Alegre/RS 118 146 167 (21)

Porto Velho/RO 130 167 184 (10)

Salvador/BA 108 122 145 (24)

Vitória/ES 102 156 210

 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal

Fonte: adaptado NBR 10844

Entretanto, para construção de até 100 m² de área de projeção horizontal, deve-se adotar i = 150 mm/h.

Conhecendo-se a intensidade pluviométrica, a vazão de projeto deve ser calculada pela fórmula:
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
A representação gráfica do projeto de instalações de esgoto, a exemplo das instalações de água, também pode ser feita em planta de elevação e em
projeção vertical.

A simbologia para representação dos dispositivos de coleta e transporte de esgoto em projeto é realizada conforme figura. No caso da representação
dos tubos verticais, sua finalidade é mostrada, na porção superior, por duas letras e seu diâmetro na porção inferior.

Tubulação
Sifão
primária

Fonte: Autor Fonte: Autor Fonte: Autor

Tubulação Caixa
secundária sifonada

Fonte: Autor Fonte: Autor Fonte: Autor

Bubo Ralo
ventilador

Fonte: Autor Fonte: Autor Fonte: Autor

Tubo que Caixa de


sobe inspeção

Fonte: Autor Fonte: Autor Fonte: Autor

Tubo que Caixa de


desce gordura

Fonte: Autor Fonte: Autor Fonte: Autor

Tubo de
Fossa
queda

Fonte: Autor Fonte: Autor Fonte: Autor


Coluna de Bidê
ventilação

Fonte: Autor Fonte: Autor Fonte: Autor

Tubo de
Bujão
gordura

Fonte: Autor Fonte: Autor Fonte: Autor

Válvula de
retenção

Fonte: Autor

 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal

 Figura 38: Simbologia para representação dos dispositivos de coleta e transporte de esgoto em projeto

VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. DURANTE O ESTUDO DESTE MÓDULO, VIMOS DIVERSOS COMPONENTES DA REDE DE COLETA DE ÁGUAS
SERVIDAS. QUAL O NOME QUE SE DÁ À CANALIZAÇÃO, NORMALMENTE HORIZONTAL, QUE RECEBE EFLUENTES
DE UM OU MAIS TUBOS DE QUEDA, OU RAMAL DE ESGOTO?
A) Tubo de queda

B) Coletor predial

C) Subcoletor predial

D) Ramal de descarga

2. ESTUDAMOS VÁRIAS REPRESENTAÇÕES GRÁFICAS DE COMPONENTES DE REDE DE ESGOTO. O


COMPONENTE QUE CORRESPONDE AO SÍMBOLO ABAIXO É A:

A) Caixa sifonada

B) Ralo

C) Caixa de passagem

D) Caixa de gordura

GABARITO

1. Durante o estudo deste módulo, vimos diversos componentes da rede de coleta de águas servidas. Qual o nome que se dá à canalização,
normalmente horizontal, que recebe efluentes de um ou mais tubos de queda, ou ramal de esgoto?

A alternativa "C " está correta.

Tubo de queda é a tubulação vertical que recebe efluentes de subcoletores, ramais de esgoto e ramais de descarga. Já coletor predial é o trecho de
canalização horizontal compreendido entre a última inserção de subcoletor, ramal de esgoto, de descarga ou tubo de queda, e a rede pública ou local
de lançamento dos esgotos. Por outro lado, subcoletor predial à canalização, normalmente horizontal, recebe efluentes de um ou mais tubos de queda,
ou ramal de esgoto. Ramal de descarga é a tubulação que recebe diretamente os efluentes de aparelhos sanitários. Do apresentado acima, o nome
que corresponde à descrição do enunciado é a letra C, subcoletor predial.

2. Estudamos várias representações gráficas de componentes de rede de esgoto. O componente que corresponde ao símbolo abaixo é a:

A alternativa "A " está correta.

O símbolo acima corresponde a uma caixa sifonada.

CONCLUSÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste tema, vimos os principais elementos e componentes das instalações hidrossanitárias: instalações de água fria, água quente e de coleta de
águas servidas.

Observamos que os sistemas de abastecimento de água fria e quente, bem como de coleta de esgoto e de água pluvial possuem requisitos bem
definidos e uma sequência determinada que deve ser obedecida para que a água chegue realmente ao local de seu emprego, e o esgoto tenha um
escoamento adequado para a rede de coleta predial.

Vimos ainda a existência de sistemas hidrossanitários racionais, como as paredes secas, o shaft e a medição individualizada que possibilitam uma
economia na construção e na manutenção da obra, proporcionando menor quantidade de entulho e um ambiente mais limpo.

AVALIAÇÃO DO TEMA:

REFERÊNCIAS
COELHO, D. F. B.; CRUZ, V. H. N. Edifícios Inteligentes: uma visão das tecnologias adotadas.  In: Biblioteca Virtual. São Paulo: Blucher, 2017.

CREDER, Hélio. Instalações Hidráulicas e Sanitárias. In: Minha Biblioteca. 6 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2018.

CARVALHO JUNIOR, Roberto de. Instalações Hidráulicas e o Projeto de Arquitetura. In: Minha Biblioteca. 11 ed. São Paulo: Blucher, 2018.

KUBBA, Sam A. A. Desenho técnico para construção. In: Minha Biblioteca. Porto Alegre: Bookman, 2014.

SANCHES, Pedro Caetano Mancuso; SANTOS, Hilton Felício dos (Org.). Reuso de Água. In: Minha Biblioteca. Barueri, SP: Manole, 2003.

ZILLES, Roberto...[et al.] Sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica. In: Minha Biblioteca. São Paulo: Oficina de Textos, 2012.

EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, pesquise:

Materiais utilizados nas instalações hidráulicas prediais:


Tigre

Amanco Wavin

Metais e louças sanitárias:

Deca

Fabrimar

Incepa

Sistemas de instalações racionais:

Knauf

Placo

Tigre

Amanco Wavin

CONTEUDISTA
Giuseppe Miceli Junior

 CURRÍCULO LATTES
DESCRIÇÃO
Conceitos e princípios para o desenvolvimento de instalações e sistemas de águas servidas
e pluviais em edifícios.

PROPÓSITO
Dimensionar instalações e sistemas de águas servidas e pluviais em edifícios por meio da
aplicação adequada dos
critérios de projeto.

PREPARAÇÃO
Tenha em mãos a calculadora científica para os cálculos de dimensionamento das
instalações.

OBJETIVOS

MÓDULO 1

Aplicar os critérios de projeto no dimensionamento de redes de


esgotamento sanitário

MÓDULO 2

Aplicar os critérios de projeto no dimensionamento de redes de


coleta de águas pluviais

MÓDULO 3
Aplicar os critérios de projeto no dimensionamento de redes de
reaproveitamento de águas pluviais e servidas

BEM-VINDO AO ESTUDO DO SISTEMA DE COLETA DE ÁGUAS


SERVIDAS E PLUVIAIS EM EDIFÍCIOS

MÓDULO 1

 Aplicar os critérios de projeto no


dimensionamento de redes de esgotamento sanitário

INTRODUÇÃO
Os requisitos de um sistema de esgoto devem atender a estes principais objetivos:

Melhoria das condições higiênicas locais.

Coleta e afastamento rápido e seguro do esgoto sanitário.

Disposição sanitariamente adequada do efluente.

Definem-se como águas residuárias os despejos líquidos ou efluentes, compreendendo o esgoto doméstico e as águas
pluviais. Águas
residuárias domésticas são os despejos líquidos das habitações, prédios ou estabelecimentos comerciais.

DESPEJOS

Despejos são refugos líquidos dos edifícios, excluídas as águas pluviais.

Elas podem ser divididas em:

Águas imundas

Contém dejetos, elevada quantidade de matéria orgânica com grande quantidade de microrganismos.

Águas servidas

É resultante das operações de lavagem e limpeza de cozinhas, banheiros e sanitários.

Além disso, temos as Águas residuárias industriais, que são oriundas do trabalho industrial, podendo ser tóxicas,
inertes ou ainda conter
matéria orgânica, de acordo com a operação específica da indústria, como também as Águas
residuárias de infiltração, que são a parcela
das águas do subsolo que penetra nas canalizações de esgotos.

Neste módulo, você vai aprender a sequência de dimensionamento de todo o sistema de coleta de esgoto, que pode ser
resumida a seguir:

Dimensionamento dos ramais de esgoto.

Dimensionamento dos ramais de descarga.

Dimensionamento dos subcoletores e coletores prediais.

Dimensionamento dos dispositivos de tratamento de esgoto.

COMPONENTES DA REDE DE ESGOTO


O esgoto primário compreende o coletor predial, os subcoletores, as caixas de inspeção, os tubos de queda, os ramais de
descarga e de
esgoto, os tubos ventiladores e os desconectores.

Veja as especificações do esgoto primário a seguir:

COLETOR PREDIAL
Trecho de canalização horizontal compreendido entre a última inserção de subcoletor, ramal de esgoto, de descarga ou
tubo de queda, e a
rede pública ou local de lançamento dos esgotos.

SUBCOLETOR PREDIAL
Canalização, normalmente horizontal, que recebe efluentes de um ou mais tubos de queda, ou ramal de esgoto.

CAIXA DE GORDURA
Caixa destinada a reter, na sua parte superior, as gorduras, graxas e óleos contidos no esgoto, formando camadas que
devem ser removidas
periodicamente, evitando que estes componentes escoem livremente pela rede.

CAIXAS DE INSPEÇÃO
Caixa destinada a permitir a inspeção, limpeza, desobstrução, junção, mudanças de declividade e/ou direção das
tubulações.

TUBOS DE QUEDA
Tubulação vertical que recebe efluentes de subcoletores, ramais de esgoto e ramais de descarga.
Veja as especificações de cada item da figura anterior:

RAMAIS DE DESCARGA
Tubulação que recebe diretamente os efluentes de aparelhos sanitários.

RAMAIS DE ESGOTO
Tubulação primária que recebe os efluentes dos ramais de descarga diretamente ou a partir de um desconector.

RAMAL VENTILADOR
Tubo ventilador que interliga o desconector, ramal de descarga, ou ramal de esgoto de um ou mais aparelhos sanitários a
uma coluna de
ventilação, ou a um tubo ventilador primário.

COLUNA DE VENTILAÇÃO
Tubo ventilador vertical que se prolonga através de um ou mais andares e cuja extremidade superior é aberta à atmosfera,
ou ligada a tubo
ventilador primário ou a barrilete de ventilação.

DESCONECTOR
Dispositivo provido de fecho hídrico, destinado a vedar a passagem de gases no sentido oposto ao deslocamento do esgoto.
Separa o
esgoto primário do esgoto secundário.

FECHO HÍDRICO

Fecho hídrico é a camada líquida, de nível constante, que em um desconector veda a passagem dos gases.
Desta forma, além das conexões já definidas para a água fria, também se deve destacar as seguintes conexões e
dispositivos:

CAIXAS SIFONADAS

Caixa provida de desconector, destinada a receber efluentes da instalação secundária de esgoto. A caixa que é desprovida
de desconector é
chamada de caixa seca.
RALOS SIFONADOS

Recipiente dotado de desconector, com grelha na parte superior, destinado a


receber águas de lavagem de pisos ou de
chuveiro.

RALOS SECOS

Recipiente sem proteção hídrica, dotado de grelha na parte superior, destinado a receber águas de lavagem de piso ou de
chuveiro.

APARELHOS SANITÁRIOS
Componentes sanitários destinados ao uso da água ou ao recebimento de dejetos líquidos e sólidos. Incluem-se nesta
definição os
aparelhos como bacias sanitárias, lavatórios, pias e outros, mas também lavadoras de roupa, lavadoras de
prato, banheiras de
hidromassagem etc.

Como referência, a tabela abaixo mostra os principais diâmetros comerciais existentes no Brasil. O diâmetro de 40 mm é
privativo para o
esgoto secundário e todos os outros são destinados ao esgoto primário.

DIÂMETRO

NOMINAL (mm) REFERÊNCIA (polegadas) NOMINAL (mm) REFERÊNCIA (polegadas)

40 1½ 200 8

50 2 250 10

75 3 300 12

100 4 400 16

150 6 --- ---


Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

DIMENSIONAMENTO DA REDE DE ESGOTO


O dimensionamento da rede de esgoto é basicamente definido por duas grandezas: as unidades de fluxo, as chamadas
Unidades Hunter de
Contribuição (UHC), e as declividades mínimas preestabelecidas. As duas grandezas são dimensionadas
por meio de tabelas que serão
apresentadas a seguir:

RAMAIS DE DESCARGA
São dimensionadas pelo diâmetro mínimo.

RAMAIS DE ESGOTO
A contribuição de cada aparelho é determinada por meio de unidades de fluxo chamadas de Unidades Hunter de Contribuição
(UHC). Veja o
exemplo da bacia sanitária, que tem 6 UHC, e da pia residencial, que tem 3 UHC.

EXTRATOS DAS TABELAS CONSTANTES DA NORMA NBR 8160

Aparelho sanitário Número de unidades de Hunter de Diâmetro nominal do ramal de


contribuição descarga
Bacia sanitária 6 100

Banheira de residência 2 40

Bebedouro 0,5 40

Bidê 1 40

Chuveiro de residência 2 40

Chuveiro coletivo 4 40

Lavatório de residência 1 40

Lavatório de uso geral 2 40

Mictório com válvula de descarga 6 75

Mictório com caixa de descarga 5 50

Mictório com descarga automática 2 40

Mictório de calha 2 (por metro de calha) 50

Pia de cozinha residencial 3 50

Pia de cozinha industrial 4 50

Tanque de lavar roupas 3 40

Máquina de lavar louças 2 50

Máquina de lavar roupas 3 50



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Para dimensionar um ramal de esgoto, basta somar todas as UHC dos ramais de descarga contribuintes e, de acordo com a
tabela abaixo,
encontrar o tubo com diâmetro de capacidade adequado.

Número máximo de unidades de Hunter de contribuição -


Diâmetro nominal mínimo do tubo - DN
UHC

40 3

50 6

75 20

100 160


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Se houver ramais de descarga, por exemplo, um lavatório (1 UHC), uma bacia sanitária (6 UHC) e um chuveiro (2 UHC),
teremos um ramal
de esgoto de 9 UHC, correspondendo a um tubo de 75 mm (máximo 20 UHC); porém, como há um ramal de
esgoto de 6 UHC, de diâmetro
de 100 mm, então o diâmetro desse ramal será de 100 mm.

TUBO DE QUEDA
Basta somar todas as UHC dos ramais de esgoto contribuintes e, de acordo com a tabela abaixo, encontrar o tubo de
diâmetro de
capacidade adequado.

EXTRATOS DAS TABELAS CONSTANTES DA NORMA NBR 8160

Diâmetro nominal Número máximo de unidades

do tubo – DN de Hunter de contribuição

Prédio de até três pavimentos Prédio com mais de três pavimentos

40 4 8

50 10 24

75 30 70
100 240 500

150 960 1.900

200 2.200 3.600

250 3.800 5.600

300 6.000 8.400


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SUBCOLETORES E COLETORES PREDIAIS


Basta somar todas as UHC dos tubos de queda contribuintes e, de acordo com a tabela abaixo, encontrar o tubo de diâmetro
e de
declividade mais adequado ao UHC máximo mais adequado.

EXTRATOS DAS TABELAS CONSTANTES DA NORMA NBR 8160

Diâmetro nominal Número máximo de unidades de Hunter de contribuição em função das declividades mínimas 

do tubo – DN %

0,5 1 2 4

100 - 180 216 250

150 - 700 840 1.000

200 1.400 1.600 1.920 2.300

250 2.500 2.900 3.500 4.200

300 3.900 4.600 5.600 6.700

400 7.000 8.300 10.000 12.000


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RAMAIS DE VENTILAÇÃO
Conforme o número de UHC dos ramais de descarga, deve-se buscar o diâmetro mais adequado de acordo com a tabela abaixo.

EXTRATOS DAS TABELAS CONSTANTES DA NORMA NBR 8160

Grupo de aparelhos sem bacias sanitárias Grupo de aparelhos com bacias sanitárias

Número de unidades de Diâmetro nominal do ramal Número de unidades de Diâmetro nominal do ramal
Hunter de contribuição de ventilação Hunter de contribuição de ventilação

Até 12 40 Até 17 50

13 a 18 50 18 a 60 75

19 a 36 75 - -


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COLUNAS DE VENTILAÇÃO
Conforme o número de UHC dos tubos de queda, ramais de esgoto e dos ramais de ventilação, deve-se buscar o diâmetro mais
adequado
de acordo com a tabela abaixo:

EXTRATOS DAS TABELAS CONSTANTES DA NORMA NBR 8160

Diâmetro nominal mínimo do tubo de ventilação


Diâmetro nominal
do tubo de queda Número de
ou do ramal de unidades de Hunter 40 50 75 100 150 200 250 300
esgoto de contribuição

DN
Comprimento permitido m

40 8 46 - - - - - - -

40 10 30 - - - - - - -

50 12 23 61 - - - - - -
50 20 15 46 - - - - - -

75 10 13 46 317 - - - - -

75 21 10 33 247 - - - - -

75 53 8 29 207 - - - - -

75 102 8 26 189 - - - - -

100 43 - 11 76 299 - - - -

100 140 - 8 61 229 - - - -

100 320 - 7 52 195 - - - -

100 530 - 6 46 177 - - - -


Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

UNIDADES DE TRATAMENTO DE ESGOTO


Para o caso em que não há rede de coleta de esgoto na cidade, uma opção é o tratamento do esgoto por meio de
dispositivos que façam
diminuir a demanda bioquímica de oxigênio (DBO) e a necessidade de estabilização da matéria
orgânica. Para tanto, podem ser adotados
três dispositivos de tratamento de esgoto: a fossa séptica, o filtro e o
sumidouro. Veja a seguir:

FOSSA SÉPTICA
Unidade de tratamento primário de esgoto doméstico em que é realizada a separação entre a matéria sólida e a matéria
líquida do esgoto.
Não ocorre a decomposição aeróbia, somente a decomposição anaeróbia, em que o principal agente de
decomposição e transformação da
matéria sólida são as bactérias anaeróbias. Assim, contribui para a remoção de cerca de
40% de DBO, tornando possível seu lançamento de
volta à natureza com menor prejuízo a ela. Por outro lado, deve-se
retirar periodicamente a matéria sólida da fossa, por meio de um
caminhão limpa-fossas e, em seguida, para um aterro
sanitário.

Quanto ao material, a fossa séptica pode ser pré-moldada de concreto, ou seja, comprada pronta no mercado, e construída
no local,
necessitando de um projeto de engenharia específico para isso. Geralmente, os projetos de fossa séptica
possuem um formato prismático
retangular ou circular, sendo desenvolvidos com concreto armado, concreto simples ou
tijolos cerâmicos impermeabilizados.

FILTRO ANAERÓBIO
Construído com os mesmos materiais da fossa séptica – tijolos com juntas livres, anéis de concreto drenante.
Diferentemente da fossa
séptica, o filtro anaeróbio possui um fundo falso por onde entram os efluentes oriundos da fossa
séptica. Os efluentes então passam por uma
camada de material drenante — sendo areia ou pedra britada — ascendendo em
seguida a uma calha.

SUMIDOURO
Construído com um fundo com enchimento de cascalho ou pedra britada. O efluente oriundo da fossa séptica passa por uma
camada de
material drenante — geralmente pedra britada; entretanto, ao contrário do filtro, o efluente que passa pela
brita infiltra-se diretamente no
solo. Sempre que possível, devem ser construídos dois filtros ou sumidouros para uso
alternado, de forma a possibilitar sua manutenção
adequada.

DIMENSIONAMENTO DE FOSSAS SÉPTICAS

O dimensionamento de fossas sépticas se dá de acordo com a fórmula:

V = 1000 + N (CT + K LF)


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Em que:

V = volume útil, em litros

N = número de contribuintes

C = contribuição de despejos, em l/pessoa x dia, de acordo com a tabela abaixo.

Lf = contribuição de lodos frescos, em l/pessoa/dia, também de acordo com a tabela abaixo. Unid: L

Prédio Unidade Contribuição de esgotos (C) e lodo fresco (Lf)

1. Ocupantes permanentes

- residência pessoa 160 1

padrão alto

padrão médio pessoa 130 1

padrão baixo pessoa 100 1

- hotel (exceto lavanderia e cozinha) pessoa 100 1

- alojamento provisório pessoa 80 1


2. Ocupantes temporários      

- fábrica em geral pessoa 70 0,30

- escritório pessoa 50 0,20

- edifícios públicos ou comerciais pessoa 50 0,20

   
- escolas (externatos) e locais de longa permanência pessoa
50 0,20

- bares pessoa 6 0,10

- restaurantes e similares refeição 25 0,10

 
- cinemas, teatros e locais de curta permanência lugar 2
0,02

- sanitário públicos bacia sanitária 480 4,0

 Fonte: NBR 13969


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T = período de detenção, em dias, de acordo com a tabela abaixo

Tempo de detenção

Contribuição diária (L)

Dias Horas

Até 1500 1,00 24

De 1501 a 3000 0,92 22

De 3001 a 4500 0,83 20


De 4501 a 6000 0,75 18

De 6001 a 7500 0,67 16

De 7501 a 9000 0,58 14

Mais que 9000 0,50 12

 Fonte: NBR 13969


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K = taxa de acumulação do lodo em dias, equivalente ao tempo de acumulação do lodo fresco, de acordo com a tabela
abaixo.

Intervalo entre limpezas (anos) Valores de K por faixa de temperatura ambiente (t), em 0C

  t ≤ 10 10 ≤ t ≤ 20 t > 20

1 94 65 57

2 134 105 97

3 174 145 137

4 214 185 177

5 254 225 217

 Fonte: NBR 13969


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DEMONSTRAÇÃO
Agora que já vimos as principais fórmulas, vamos ver como isso será aplicado e demonstrado.

Na figura de um banheiro abaixo, calcule:

Dimensione o ramal de esgoto do banheiro de um edifício residencial contendo: 1 lavatório, 1 chuveiro e 1 bacia
sanitária.
Dimensione o tubo de queda para um edifício residencial de 12 pavimentos cujos banheiros contêm: 1 bacia sanitária, 1
lavatório e 1
chuveiro.

Dimensione os subcoletores.

Dimensione o ramal de ventilação.

Dimensione a coluna de ventilação.

Iniciando pelos ramais de descarga, se formos observar as UHC de cada aparelho — bacia sanitária, lavatório e chuveiro
—, temos os
seguintes diâmetros para cada um dos ramais.

  UHC DN

Bacia 6 100

Lavatório 2 40

Chuveiro 1 40


Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

Para os ramais de esgoto, podemos ver dois trechos: um que parte da caixa sifonada e chega até o ramal da bacia
sanitária, e outro que
parte dessa junção para sua intersecção com o tubo de queda.

No primeiro ramal, vemos que ele coleta (2+1) UHC = 3 UHC, e de acordo com a Tabela, o tubo será de 50 mm. No segundo
ramal, até o
tubo de queda, calculamos (3+6) UHC = 9 UHC. De acordo com a Tabela, o tubo seria de 75 mm, mas o ramal que
vem da bacia já possui
100 mm, então esse será o diâmetro que vamos adotar.

Devemos considerar que um pavimento contribuirá com 9 UHC para o tubo de queda. Então, é preciso calcular o total de UHC
que o tubo
coletará em 12 pavimentos. Com uma multiplicação simples, chegamos a 84 UHC; pela tabela, vimos que esse
valor é bem menor que o
máximo de capacidade do tubo de 100 mm.

Passemos agora ao subcoletor predial, que transportará esse esgoto oriundo do tubo de queda. Se temos 84 UHC neste tubo
de queda,
consultamos a tabela de subcoletores e coletores prediais e então vemos que um tubo de 100 mm a 1% de
declividade é suficiente para
atender à necessidade.

 ATENÇÃO

Entre o pé do tubo de queda e o coletor predial, devemos instalar uma caixa de inspeção de esgoto, bem como em toda
junção de fluxo ou
mudança de direção.

Calculando agora o ramal e a coluna de ventilação: lembre-se de que o ramal de ventilação ventila um ramal de esgoto com
9 UHC. Assim,
veja novamente na tabela que o ramal terá um diâmetro de 50 mm.

E a coluna? É só lembrar que essa coluna ao final ventilará 84 UHC, que são os 9 ramais de ventilação de cada um dos 9
pavimentos. É
preciso então, a partir do diâmetro do tubo de queda e do comprimento da coluna de ventilação, chegar à
melhor correspondência para o
dimensionamento.
No nosso caso, vamos estimar que o comprimento do tubo será de 27 metros (9 pavimentos com 3 m de pé direito cada um) e,
a partir do
tubo de queda de 100 mm (84 UHC), vemos que a melhor correspondência para a coluna de ventilação é o
diâmetro de 75 mm, que permite
um comprimento de 61 m ao total.

MÃO NA MASSA

TEORIA NA PRÁTICA
Na figura abaixo podem ser vistos três caixas de inspeção que coletam esgoto de três banheiros. Calcule os ramais de
esgoto que vem de
cada banheiro, os tubos de queda, os subcoletores e o coletor predial, sabendo que o prédio possui 40
pavimentos.

Os ramais de esgoto dos banheiros são os apresentados acima e são dimensionados conforme seus aparelhos.

    UHC Diâmetro

Banheiro 1 2 LV+1 CH+ 1 VS 10 75 mm

Banheiro 2 1 LV+1 CH+ 1 VS 9 75 mm

Banheiro 3 1 LV+1 CH+ 1 VS 9 75 mm


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SOLUÇÃO

Para calcular o tubo de queda, basta multiplicar as UHC de cada ramal pelo número de pavimentos — neste caso, são 40 —,
então os
diâmetros dos tubos de queda se tornam:

Para o TQ-1, que coleta o esgoto do banheiro 1, 10 X 40 = 400 UHC, pela Tabela, diâmetro de 100 mm.

Para o TQ-2, que coleta o esgoto do banheiro 2, 9 X 40 = 360 UHC, pela Tabela, diâmetro de 100 mm.

Para o TQ-3, que coleta o esgoto do banheiro 3, 9 X 40 = 360 UHC, pela Tabela, diâmetro de 100 mm.

Agora, dimensionemos os subcoletores e os coletores prediais. Identificamos dois subcoletores e um coletor predial,
representado com uma
seta azul. Assim, os dimensionamentos possíveis são:

Para o subcoletor predial que parte de CI-1, que recebe esgotos de TQ-1, e chega em CI-2, temos: 400 UHC, pela Tabela,
diâmetro de
150 mm, com 1% de declividade.
Para o subcoletor predial que parte de CI-2, que recebe esgotos de TQ-2, e chega em CI-3, calculamos 360 + 400 = 760
UHC, pela
Tabela, diâmetro de 150 mm, com 2% de declividade.

Para o coletor predial que parte de CI-3, que recebe esgotos de TQ-3, até o coletor de esgotos da via, calculamos 760
+ 360 = 1120
UHC, pela Tabela, diâmetro de 200 mm, com 1% de declividade.

DIMENSIONAMENTO DE COLETOR PREDIAL EM EDIFICAÇÃO


Assista ao vídeo para obter mais detalhes:

VERIFICANDO O APRENDIZADO

MÓDULO 2

 Aplicar os critérios de projeto no


dimensionamento de redes de coleta de águas pluviais

INTRODUÇÃO
A rede de água pluvial tem sua rede de coleta exclusiva para recolhimento e condução de águas pluviais, não devendo ser
lançadas em rede
de esgoto. Não se admite quaisquer interligações com outras instalações prediais. Trata-se, portanto,
de sistemas destinados a coletar as
águas provenientes das chuvas e incidentes em determinadas áreas da edificação, como
telhados, coberturas, pátios, terraços e lajes. Evita-
se, assim, a indesejável umidade que prejudica o conforto e a
salubridade do interior das edificações.

COMPONENTES
Os principais componentes do sistema de água pluvial são:

Telhado

Platibanda

Laje de forro

Rufo

Calha

Condutor vertical

DEMAIS ITENS PRESENTES NO SISTEMA DE COLETA DE ÁGUA


PLUVIAL

Todos os elementos abaixo fazem parte do sistema de água pluvial.

Calhas: Condutores semicirculares ou de seção retangular ou quadrangular, abertos na sua parte superior, utilizados
para captar as águas
das chuvas nos telhados. Podem ser desenvolvidos em concreto, com chapas de ferro galvanizadas ou
até mesmo em plástico. Podem ser
ainda de beiral ou de platibanda, dependendo do lugar onde eles são previstos no
projeto.

Rufo: Chapas metálicas fixadas na parede sobre o telhado, evitando, assim, que a água da chuva escorra pela parede da
edificação,
danificando a pintura e ocasionando goteiras.

Rincão: Também chamada de “água furtada”, são calhas abertas com duas abas que acompanham a inclinação do telhado e
servem para
captar o escoamento das águas provenientes de dois planos de telhado.

Bandejas: Peça utilizada para captação das águas provenientes dos rincões, em substituição à calha.

Condutores: São tubos por onde escoam as águas das chuvas captadas pelas calhas. Devem ser executados, sempre que
possível, em
uma prumada e serem aparentes. Podem ser de PVC rígido, chapa de ferro galvanizado, de fibrocimento e até
mesmo de plástico, com
grande aceitação. Podem ser horizontais ou verticais.

Caixas de areia: Caixa destinada a permitir a inspeção, limpeza, desobstrução, junção, mudanças de declividade e/ou
direção das
tubulações de água pluvial.

Caixa de ralo: Dispositivos de coleta destinados a coletar a água pluvial que cai em superfícies horizontais que
possuam declividade.
Geralmente, são dotadas de uma tampa que permita a entrada da água, mas evite a entrada de folhas e
outros objetos maiores.

O ponto de partida do sistema é a superfície coletora. Geralmente é um telhado, uma área ajardinada ou qualquer
superfície que seja capaz
de receber e escoar a água por meio de um plano inclinado — uma declividade que é aplicada
para propiciar o escoamento.

Veja a seguir as fórmulas mais usuais de cálculo de telhado:


Superfície plana horizontal

Superfície inclinada

Superfície plana vertical única

Duas superfícies planas verticais opostas

O CONCEITO DE INTENSIDADE PLUVIOMÉTRICA


Importante para o cálculo das vazões de deflúvio, define-se intensidade pluviométrica, para fins de cálculo do projeto
de águas pluviais,
como a quantidade de chuva que cai em milímetros (mm) por unidade de tempo (horas), assim a vazão tem
unidade de milímetros por hora
(mm/h).

 ATENÇÃO

Sua unidade é milímetros por hora, sendo a referência quando se deseja medir a quantidade de chuva que cai em uma
cidade.

A duração da precipitação é dada em minutos, sendo importante para dimensionar o sistema de águas pluviais. De acordo
com a NBR
10844, esse tempo é fixado em 5 minutos. Já o período de retorno ou período de recorrência é o intervalo
estimado entre ocorrências de
igual magnitude de uma chuva. Deve ser fixado segundo as características da área a ser
drenada, obedecendo ao estabelecido na NBR
10844:

T = 1 ano para áreas pavimentadas onde empoçamentos possam ser tolerados.

T = 5 anos para coberturas e/ou terraços.

T = 25 anos para coberturas e áreas onde empoçamentos ou extravasamentos não possam ser tolerados.

A intensidade pluviométrica pode ser determinada por medições de intensidades pluviométricas em postos de observação
construídos em
locais espalhados por todo o Brasil. A seguir, está uma adaptação da Tabela de intensidade pluviométrica
de algumas cidades, com seus
respectivos períodos de retorno.

Intensidade pluviométrica (mm/h)

Local Período de retorno (anos)

1 5 25

Curitiba/PR 132 204 228

Florianópolis/SC 114 120 144


Fortaleza/CE 120 156 180 (21)

Goiânia/GO 120 178 192 (17)

Manaus/AM 138 180 198

Natal/RN 113 120 143 (19)

Porto Alegre/RS 118 146 167 (21)

Porto Velho/RO 130 167 184 (10)

Salvador/BA 108 122 145 (24)

Vitória/ES 102 156 210


Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

Para a construção de até 100 m2 de área de projeção horizontal, devemos adotar i = 150 mm/h.

Conhecendo-se a intensidade pluviométrica, a vazão de projeto deve ser calculada pela fórmula:

Q = I X A / 60


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Na qual:

DIMENSIONAMENTO DE CALHAS
O dimensionamento das calhas mais usuais é de formato semicircular ou retangular. Ele é dado pela equação de Manning:

Conforme tabela abaixo:

Material n

Plástico, fibrocimento, aço, metais não ferrosos 0,011

Ferro fundido, concreto alisado, alvenaria revestida 0,012


Cerâmica, concreto não alisado 0,013

Alvenaria de tijolos não revestida 0,015


Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

R = raio hidráulico, em m, de acordo com as formas da calha abaixo:

 R = r/2 (calha semicircular)

 R = ab/ (b+2a) (calha retangular)

Como exemplo, a tabela abaixo fornece as capacidades de calhas semicirculares, usando coeficiente de rugosidade (n =
0,011) para alguns
valores de declividade. Os valores foram calculados utilizando a fórmula de Manning, com lâmina de
água igual à metade do diâmetro
interno.

Declividades
Diâmetro interno

(mm)
0,5% 1% 2%

100 130 183 256

125 236 333 466

150 384 541 757

200 829 1.167 1.634


Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES VERTICAIS


Os condutores verticais devem ser projetados, sempre que possível, em uma só prumada. Quando houver necessidade de
desvio, devem
ser usadas curvas de 90o de raio longo ou curvas de 45o e previstas peças de inspeção.

O diâmetro mínimo dos condutores verticais precisa ser de 70 mm, na prática, acima de 75 mm. O dimensionamento dos
condutores
verticais deve ser feito a partir da vazão, da altura da lâmina de água na calha (em milímetros) e o
comprimento do condutor vertical, em m.
O diâmetro interno do condutor vertical é obtido através dos ábacos seguintes,
de acordo com a saída da calha, sendo em aresta viva ou
com funil de saída.
 Calha com saída em aresta viva

 Calha com saída em aresta com funil de saída

DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES HORIZONTAIS


Condições específicas para condutores horizontais:

Declividade uniforme de no mínimo 0,5%;

Escoamento com lâmina de água a uma altura igual a 2/3 do diâmetro interno;

Prever peças de inspeção ou caixa de areia em toda mudança de direção, a cada 20 m ou quando for necessária sua
interligação com
outros condutores.

A Tabela abaixo relaciona o diâmetro interno, a declividade e o diâmetro do condutor e a sua rugosidade.

Diâmetro
n = 0,011 n = 0,012 n = 0,013
interno

mm 0,5% 1% 2% 4% 0,5% 1% 2% 4% 0,5% 1% 2% 4%

50 32 45 64 90 29 41 59 83 27 38 54 76

63 59 84 118 168 55 77 108 154 50 71 100 142

75 95 133 188 267 87 122 172 245 80 113 159 226

100 204 287 405 575 187 264 372 527 173 243 343 486

125 370 521 735 1040 339 478 674 956 313 441 622 882

150 602 847 1190 1690 552 777 110 1550 509 717 1010 1430

200 1300 1820 2570 3650 1190 1670 2360 3350 1100 1540 2180 3040

250 2350 3310 4660 6620 2150 3030 4280 6070 1990 2800 3950 5600
300 3820 5380 7590 10800 3500 4930 6960 9870 3230 4550 6420 9110


Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

DEMONSTRAÇÃO
Dimensione as calhas e os coletores verticais referentes ao telhado abaixo, considerando-o com a altura de 1,0 m e
localizado em

Curitiba/PR. Dados: Área 1 = 71,4 m2 e Área m2 = 168,0 m2.

Inicialmente, vamos calcular as vazões. Como podemos ver na figura, o Telhado da área 1 e da área 2 descarrega em dois
condutores
verticais. Para tanto, precisamos ter a intensidade pluviométrica da cidade de Curitiba, para um tempo de
recorrência de 5 anos. Da tabela
abaixo, temos i = 204 l/min.

Intensidade pluviométrica (mm/h)

Local Período de retorno (anos)

1 5 25

Curitiba/PR 132 204 228

Florianópolis/SC 114 120 144

Vitória/ES 102 156 210


Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

Agora, a partir da intensidade pluviométrica, precisamos calcular as vazões de projeto de água pluvial, nas duas áreas
determinadas, pela
fórmula Q = i.A/60, já apresentada neste módulo.

Área 1 (A = 71,4 m2)

Q = 204 mm/h X71,40 m2/60

Q = 242,76 l/min

Área 2 (A = 168,0 m2)

Q = 204 mm/h X168 m2/60

Q = 571,2 l/min

Para dimensionar as calhas, devemos utilizar a Tabela abaixo, que relaciona a capacidade de calhas semicirculares com os
diâmetros e as
declividades:

Material n
Plástico, fibrocimento, aço, metais não ferrosos 0,011

Ferro fundido, concreto alisado, alvenaria revestida 0,012

Cerâmica, concreto não alisado 0,013

Alvenaria de tijolos não revestida 0,015


Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

Para a área 1, lembrem-se de que a calha correspondente deságua em dois condutores verticais; então, por cada condutor
vertical passa
141 l/min (metade dos 242 l/min já calculados). Pela tabela acima, vemos que uma calha de 100 mm com 1%
de declividade é suficiente.

Da mesma forma, na área 2, que a calha correspondente deságua em dois condutores verticais; então, por cada condutor
vertical passa
285,6 l/min (metade dos 571,2 l/min já calculados). Pela tabela acima, vemos que uma calha de 125 mm com
1% de declividade ou uma
calha de 150 mm com 0,5% de declividade é suficiente.

Para os coletores verticais, precisamos determinar o diâmetro a partir da vazão (Q), do comprimento do tubo(L) e a
altura de lâmina de água
na calha(H), como indicado abaixo.

Procedimento de utilização no ábaco: Levantar uma vertical por Q até interceptar as curvas de H e L correspondentes. No
caso de não haver
curvas dos valores de H e L, interpolar entre as curvas existentes. Transportar a interseção mais alta
até o eixo D. Adotar o diâmetro nominal
cujo diâmetro interno seja superior ou igual ao valor encontrado.

Para a área 1, devemos lembrar que a calha correspondente deságua em dois condutores verticais; então, por cada condutor
vertical passa
141 l/min (metade dos 242 l/min já calculado, e devemos utilizar H = 50 mm (metade do diâmetro da calha)
e L = 3 m (comprimento do tubo).
Assim, vemos que o diâmetro mínimo de 75 mm atende à coleta da água pluvial na área 1.

Para a área 2, por cada condutor vertical passa 285,6 l/min e devemos utilizar H = 50 mm (metade do diâmetro da calha) e
L = 3 m
(comprimento do tubo). Assim, vemos que o diâmetro mínimo de 75 mm também atende à coleta da água pluvial na
área 2.

MÃO NA MASSA

TEORIA NA PRÁTICA
Dimensione os coletores verticais e horizontais referentes a um galpão de 20 x 60 m de 4 m de altura, conforme ilustrado
abaixo, com calhas
de 150 mm de diâmetro, considerando o telhado com a altura de 2 m e que seja localizada em Manaus/AM.
Considere n = 0,011 e que ele
terá quatro condutores verticais e horizontais, conforme indicado abaixo:

Inicialmente, vamos calcular as vazões. Como podemos ver na figura, o Telhado tem área de 1200 m2 e cada condutor recebe
a contribuição

da coleta de 300 m2 de área coberta. Observando a tabela da intensidade pluviométrica, o período de


retorno para um intervalo de 5 anos é
de 180 mm/h.
Agora, a partir da intensidade pluviométrica, devemos calcular as vazões de projeto de água pluvial, em cada condutor,
pela fórmula Q =
i.A/60, já apresentada neste módulo.

Área (A = 300 m2)

Q = 180 mm/h X 300 m2/60

Q = 900 l/min

Como calculamos, cada condutor vertical passa 900 l/min. Dessa forma, vamos determinar o diâmetro dos coletores
verticais, a partir da
vazão (Q = 900 l/min), do comprimento do tubo (L = 6 m, admitindo o comprimento do condutor igual
à altura do telhado) e da altura de
lâmina de água na calha (H = 100 mm, metade do diâmetro).

Conforme o ábaco abaixo, o cruzamento da vertical azul com as retas vermelhas dá uma interseção com o eixo L = 4 m, que
reflete no eixo y
com um valor próximo de 80 mm. Assim, o diâmetro comercial superior é de 100 mm. Vamos adotá-lo então.

Para o coletor horizontal, temos três deles. Os coletores 1-2 e 3-4 transportam cada um 900 l/min. O coletor 2-4 coleta
1800 l/min, referente a
duas áreas de contribuição. De acordo com a Tabela, os seguintes resultados são possíveis:

Para os condutores 1-2 e 3-4, condutor de 150 mm com 1% de declividade;

Para o condutor de 2-4, condutor de 200 mm com 1% de declividade;

Para a ligação da instalação com a rua, condutor de 200 mm com 4% de declividade.

Diâmetro interno n = 0,011

mm 0,5% 1% 2% 4%

125 370 521 735 1040

150 602 847 1190 1690

200 1300 1820 2570 3650


Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
DIMENSIONAMENTO DOS COLETORES DE UMA EDIFICAÇÃO
Assista ao vídeo para entender melhor:

VERIFICANDO O APRENDIZADO

MÓDULO 3

 Aplicar os critérios de projeto no


dimensionamento de redes de reaproveitamento de águas pluviais e servidas

INTRODUÇÃO
Já estudamos sobre as redes de esgotamento sanitário e as redes de coleta de águas pluviais, porém a realidade de
conservação da água
nos é imposta diariamente. Em muitas cidades, já há recomendações no sentido de que águas pluviais e
servidas sejam reaproveitadas de
alguma forma no consumo das construções.

Pode-se dizer que as águas não potáveis dentro de uma edificação são classificadas como:

Águas azuis: Efluentes provindos de águas de chuvas.

Águas cinzas: Águas servidas provenientes de pias, chuveiros etc. excluindo efluentes provindos de vaso sanitário e
pia de cozinha.

Águas amarelas: Efluente representado somete pela urina.

Águas marrons e negras: Efluente constituído por águas fecais e pia de cozinha.
Neste módulo, vamos aprender um pouco sobre como podemos reaproveitar águas pluviais e servidas e a dimensionar redes
para cada uma
delas. Estudaremos ainda os sistemas de tratamento que são admitidos a cada tipo de rede.

E aí, vamos “reaproveitar” nossos conhecimentos para aprender um pouco mais?

SISTEMAS DE REAPROVEITAMENTO DE ÁGUAS PLUVIAIS


As redes de reaproveitamento de águas pluviais são divididas na reservação, no tratamento e na rede propriamente dita.
Um fluxograma
possível é o apresentado a seguir:

RESERVATÓRIOS

Em muitas cidades, já é norma a previsão de reservatórios especiais para acumulação de águas pluviais para posterior
utilização dessa água
para usos não potáveis como lavagem de veículos e jardinagem.

Esses reservatórios podem ser de dois tipos:

Reservatório de acumulação: É uma estrutura de armazenamento com a finalidade de receber as águas de chuvas captadas nos telhados.

Reservatório de detenção ou de retardo: É uma estrutura de armazenamento com a finalidade de acumular o escoamento adicional
causado pela impermeabilização de uma área, deixando escoar, por meio de um orifício, a vazão que já era prevista antes.

Tais reservatórios de águas pluviais terão características diferentes dos reservatórios de água fria comum, como:

Consistirem em material inerte — concreto, fibra de vidro, polietileno, aço inoxidável.

Estarem localizados acima ou abaixo do solo, sendo parte da edificação ou afastados dela.

Evitar a todo custo a contaminação externa por pássaros, animais, insetos, veículos e pessoas.

Possibilitar limpeza periódica, para evitar contaminação que prejudique o reuso da água.

Recomenda-se que a tubulação de saída do reservatório seja superior a 10 cm de sua base.

Realizar a cloração da água quando esta for para beber e se destinar ao uso doméstico.

Podem ser construídos como parte da edificação ou afastadas dela. Devem ficar especialmente afastados das tubulações
de esgoto
sanitário e da rede de alimentação da construção.

Após a reservação, a água deve passar por uma bomba hidráulica e em seguida por uma etapa de tratamento que, geralmente,
envolve uma
filtração — a qual retira resíduos sólidos mais graúdos e provoca a decantação dos resíduos mais finos — e
uma cloração, de tal forma a
provê-la de boas condições de consumo.

 ATENÇÃO

A rede de água tratada da chuva deve ser diferente da água potável que vem da rua, sendo totalmente separadas e
identificadas com cores
diferentes.
É possível, no entanto, desviar parte da água fornecida pela concessionária para alimentar a caixa de água pluvial,
instalando a caixa d´água
um pouco acima daquela reservada para a água de chuva.

Os sistemas de aproveitamento podem se organizar de forma isolada ou integrada:

Sistema de aproveitamento isolado: A distribuição é direta ao ponto de alimentação por meio de bombeamento; em geral, são sistemas de
baixo custo e fácil
adaptação predial em edifícios existentes.

Sistema de aproveitamento integrado: A distribuição é indireta de água em pontos de usos não potáveis internos ou externos; em geral, a
água é recalcada para
um reservatório exclusivo de água não potável na cobertura da edificação.

Sistema isolado da edificação para o aproveitamento de águas pluviais em usos externos:

Captação

Rede coletora

Filtro

Cisterna

Freio d´água

Sifão-ladrão

Duto de ventilação

Mangueira flutuante

Bomba d´água

Rede de distribuição de água não potável

Alimentação automática de água potável

Sistema isolado da edificação para o aproveitamento de águas pluviais em usos externos:

Captação

Rede coletora

Filtro

Cisterna

Freio d´água

Sifão-ladrão

Duto de ventilação

Mangueira flutuante
Bomba d´água

Recalque

Reservatório de distribuição

Alimentação automática de água potável

Rede de distribuição de água não potável

Em geral, um sistema de reaproveitamento possui os seguintes componentes mínimos:

RESERVATÓRIOS DE DISTRIBUIÇÃO
Tem a função de armazenar um volume diário de água não potável para distribuição por gravidade em diferentes pontos de
uso da
edificação. Ao contrário dos reservatórios de água potável, eles podem possuir chaves-boia em diversos pontos de
alimentação dentro do
reservatório, sendo o abastecimento de água pluvial diferente do abastecimento de água potável. Se
houver desabastecimento de água não
potável, recomenda-se utilizar uma zona de alimentação de água potável de, no
mínimo, 1/3 da capacidade do reservatório.

REDES DE DISTRIBUIÇÃO
São dimensionadas de forma independente para evitar uma possível conexão cruzada com a rede de tubulação de água
potável, com
barriletes e colunas de alimentação diferenciadas. Neste caso, recomenda-se a identificação de
tubulações,
reservatórios e pontos de uso
por meio de símbolos ou cores, advertindo usuários com o texto ÁGUA NÃO POTÁVEL.

RESERVATÓRIO DE RETENÇÃO
Recomenda-se uma configuração hidráulica que garanta a qualidade da água armazenada com os seguintes elementos:
dispositivo de
descarte e/ou filtro, freio d’água, mangueira flutuante, sifão-ladrão, ventilação.

FREIO D´ÁGUA
Tem como função reduzir a velocidade de entrada da água filtrada e evitar o revolvimento das partículas finas decantadas
no reservatório.

COMPONENTES COMPLEMENTARES
Filtro de tratamento primário, sifão-ladrão, duto de ventilação protegido com tela de mosquiteiro e freio d’água,
conforme figura abaixo.

SISTEMAS DE REAPROVEITAMENTO DE ÁGUAS CINZAS


As águas cinzas apresentam características específicas e isso depende da qualidade da água que é fornecida, do tipo da
rede de
distribuição e das atividades de consumo dos moradores da residência, que variam de acordo com os hábitos de
cada indivíduo.

 ATENÇÃO

A reutilização de águas cinzas sem o tratamento adequado pode ser prejudicial à saúde dos usuários, uma vez que essas
águas contêm
altos índices de substâncias com cargas orgânicas que podem favorecer o aumento das colônias de
microrganismos decompositores.

Por isso, é necessário um tratamento para estes poluentes. Tal tratamento pode ser feito através de processos: físicos,
químicos, biológicos,
ou métodos engenheirados mais avançados, que combinam dois ou mais dos processos anteriores.

Em geral, os critérios para utilização de água não potável são os seguintes:


Parâmetros NBR 15527

Coliformes totais (nmp/100 ml) Ausência

Coliformes termotolerantes (nmp/100 ml) Ausência

Turbidez (ntu) < 2,0; para uso menos restritivos <5,0

Cor (Hz) < 15 uH

pH 6,0 a 8,0


Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

Da mesma forma como para águas pluviais, os sistemas de aproveitamento de águas cinzas podem se organizar de forma
isolada ou
integrada. Na primeira modalidade, a distribuição é direta ao ponto de alimentação por meio de bombeamento;
podendo ser um sistema
isolado de água cinza bruta, sem tratamento, para irrigação subsuperficial, ou de água cinza
tratada, para irrigação com aspersão e lavagem
de pisos.

Sistema integrado à edificação para o reuso de águas cinzas em usos internos e externos:

Captação;

Filtro grosso;

Sedimentação;

Expurgo de sedimentos;

Tratamento biológico;

Reservatório de retenção e desinfecção;

Extravasor;

Bomba d´água;

Unidade de controle;

Reservatório de distribuição;

Válvula solenoide;

Abastecimento de água potável;


Rede de distribuição

Na segunda modalidade, a distribuição é indireta de água em pontos de usos não potáveis internos ou externos.

 RECOMENDAÇÃO

Em geral, a água é recalcada para um reservatório exclusivo de água não potável na cobertura da edificação, que deve ser diferente dos
reservatórios de água potável e de água da chuva.

Por gravidade, pontos de uso interno e externo são alimentados para uso não potável em descarga sanitária, torneiras de uso geral, torneiras
de jardim, entre outros.

Alternativamente, a distribuição da água não potável pode ser mista. Para isso, uma bomba pressurizadora é utilizada
para o abastecimento
direto em pontos de usos externos, e para o abastecimento indireto por meio de recalque ao
reservatório de distribuição.

DEMONSTRAÇÃO
As instruções para o dimensionamento serão aplicadas neste módulo caso a caso, utilizando fórmulas que já foram ou que
serão
apresentadas ao longo dos exercícios.

Uma casa de 100 m2 de área de coleta em projeção é construída em uma região com 20 dias secos anuais e precipitação
anual de 1250
mm. Calcule o volume do reservatório de retenção.
Neste caso, temos uma casa em que será construído um reservatório de retenção. Para
isso, pode ser utilizado o
procedimento de cálculo proposto por Azevedo Neto, que diz o seguinte:

V = 0,042 X P X (1/1000) X A X T


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

No qual:

V: volume útil estimado para o reservatório, em m³

P: precipitação anual, em mm

A: área de coleta em projeção, em m2

T: valor numérico do número de meses de pouca chuva ou seca

1/1000: conversão de unidade mm para m

A precipitação anual é a média do somatório das chuvas médias mensais de cada mês. Esta medida é atualizada
periodicamente por meio
de métodos estatísticos e hidrológicos que não vamos discutir aqui.

Para achar o valor numérico do número de meses de pouca chuva, basta dividir 20 dias por 30 dias mensais, achando T =
2/3.

Para o problema, temos:

V = 0,042 X1250 X 100 X (2/3) /1000 = 3,5 M3.



Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

MÃO NA MASSA

TEORIA NA PRÁTICA

Dimensione todos os reservatórios (água potável, azul e cinza) referente a um condomínio de casas populares de 70 m2 de
área coberta,
que tem população de 64 pessoas, construídas em uma área com P = 1000 mm e 35 dias de seca por ano.

Água potável: A estimativa do consumo de água interno normal para casas populares é de 150 l/hab.dia. Multiplicando-se a
quantidade de
pessoas pela taxa diária, temos: 150 x 64 = 9600 litros totais de reservação.

Águas azuis (águas pluviais): Aqui, também pode ser utilizado o procedimento de cálculo proposto por Azevedo Neto, que
diz o seguinte:

V = 0,042 X P X (1/1000) X A X T


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Para achar o valor numérico do número de meses de pouca chuva, basta dividir 35 dias por 30 dias mensais, achando T =
1,16

Para o problema, temos:

V = 0,042 X1000 X 70 X 1,16 /1000 = 3,43 m3 = 3430 litros.

Águas cinzas (reuso): A contribuição diária de esgoto é a presente no extrato da tabela abaixo, da NBR 13969, que
equivale a quartéis e
alojamentos provisórios, por isso C = 100 l/pessoa.dia

Prédio Unidade Contribuição de esgotos (C) e lodo fresco (Lf)

- residência de padrão baixo pessoa 100 1


Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

Multiplicando a população pela contribuição consumo diário, isso se torna:

Cd = 100 l/pessoa.dia X 64 soldados = 6400 litros/dia.

Para o consumo mensal:

Cmês = 6400 litros/dia X 30 = 192000 litros/mês.

Relembrando a tabela de GONÇALVES (2006), a oferta total de água cinza, mensalmente, é obtida multiplicando estes
percentuais pelo
consumo mensal obtido, apenas nos aparelhos que podem produzir água cinza — pia, chuveiro, máquina de
lavar roupa e tanque.

Setor da residência Média percentual Consumo mensal Consumo diário

Pia 8,50% 16320 544


Chuveiro 43,33% 83193,6 2773,12

Máquina de lavar roupa 9,33% 17913,6 597,12

Tanque 3,00% 5760 192

TOTAL 100% 123187,2 4106,64


Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

O total de armazenamento para um dia, como visto, é de 4106 litros.

Lembrem-se: Os reservatórios e os sistemas de cada uma dessas águas devem ser independentes. Não pode haver mistura de
águas de
origens diferentes, ressalvada alguma alimentação de água potável nos reservatórios de água cinza e de água
pluvial.

DIMENSIONAMENTO DE RESERVATÓRIOS DE UM CONDOMÍNIO


Assista ao vídeo para obter mais detalhes:

VERIFICANDO O APRENDIZADO

CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste tema, vimos como dimensionar os principais sistemas de instalações de esgoto sanitário, de água pluvial e de
reutilização de águas
pluviais e servidas.

Percebemos como cada sistema, seja ele de esgoto sanitário seja de água pluvial possui sua funcionalidade e seus
componentes próprios,
que devem ser dimensionados conforme sua demanda ou contribuição específica.

É preciso notar que, atualmente, a economia no consumo de água tem sido cobrada cada vez mais de nós engenheiros, e que
rotinas de
tratamento de águas pluviais e cinzas se tornam mais frequentes em nosso dia a dia.

 PODCAST

AVALIAÇÃO DO TEMA:

REFERÊNCIAS
AZEVEDO NETTO, José Martiniano de. Manual de Hidráulica. 8
ed. São Paulo:
Editora Edgard Blucher, 1998.

CREDER, Hélio. Instalações Hidráulicas e


Sanitárias. 5 ed. Rio de
Janeiro: LTC, 1991.

CREDER, Hélio. Instalações Hidráulicas e


Sanitárias. 6 ed. Rio de
Janeiro: LTC, 2018.

GONÇALVES, Ricardo Franci. Conservação de água e energia em


sistemas prediais e
públicos de abastecimento de água. 1 ed. ABES,
2009.

MACINTYRE, Archibald Joseph. Manual de Instalações


Hidráulicas e
Sanitárias.1 ed. Rio de Janeiro: LTC, 1990.

SANTANA, Daniel Richard e MEDEIROS, Lídia Batista Pereira. Aproveitamento


de Águas Pluviais e
Reuso de Águas Cinzas em
Edificações - Padrões de
qualidade, critérios de
instalação e manutenção. Relatório final
1/2017. Universidade de
Brasília, 2017.

TIGRE S.A. TUBOS E CONEXÕES. Manual técnico Tigre:


orientações técnicas
sobre instalações hidráulicas prediais. 5 ed.
Joinville,
2013.

CARVALHO JUNIOR, Roberto de. Instalações Hidráulicas e o


Projeto de Arquitetura (Minha
Biblioteca). 11 ed. São Paulo: Blucher,
2018.

SANCHES, Pedro Caetano Mancuso, SANTOS, Hilton Felício dos (Org.). Reuso
de Água. (Minha
Biblioteca). Barueri, SP: Manole, 2003.

EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, pesquise no site dos fabricantes
sobre os materiais utilizados
nas instalações
hidráulicas prediais:

Tubos e conexões:

Tigre

Amanco Wavin

Metais e louças sanitárias:

Deca

Fabrimar

Incepa

Pesquise ainda sobre os vários sistemas de tratamento de esgoto disponíveis no mercado.


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CONTEUDISTA
Giuseppe Miceli Junior

 CURRÍCULO LATTES

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