TUTELAS - D. Processual Civil III
TUTELAS - D. Processual Civil III
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● Pelo momento:
a) Antecedente: proposta antes da ação principal;
Resumo de Tutelas
Ana Carolina Guimarães Machado
urgência alegada não existe ou que, aos olhos do julgador, a parte não tomou os
devidos cuidados);
III - o juiz julgar improcedente o pedido principal formulado pelo autor ou extinguir o
processo sem resolução de mérito (a
sentença superveniente que desconfirma
liminar anteriormente concedida)
Parágrafo único. Se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, é
vedado à parte renovar o pedido, salvo sob novo fundamento.”
VII) RENOVAÇÃO DA CAUTELAR
Pode propor nova medida liminar? PODE, só no caso da extinção dela não ter
resolvido mérito e não pode ser pelo mesmo motivo/pedido, devendo mudar a
fundamentação. No caso do juiz ter extinguido a liminar por prescrição/decadência
não há possibilidade de renovação.
VIII) “EMENDA”
É nada mais que a dedução do pedido principal, em que o professor chama de
“emenda” por costumes, pois pode não haver vício a ser corrigido/emendado na
inicial. A parte possui 30 DIAS para deduzir o pedido principal, chamado também de
trintídio legal, que se inicia da EFETIVAÇÃO DA PRIMEIRA MEDIDA CAUTELAR,
isto é, efetiva-se a primeira medida, mas antes disso flui-se o prazo de 5 dias para a
promoção dos meios. Lembrando da intimação para audiência de conciliação e
mediação, em que, se não houver autocomposição, flui o prazo de 15 dias para
defesa.
IX) RESPONSABILIDADE CIVIL DO PROMOVENTE
Concede-se a medida, mas se for algo que seja errado e/ou que cause dano ao
réu, cabe ao autor reparar, sendo a responsabilidade objetiva pelos prejuízos que a
medida tiver causado ao demandado e devendo a parte danosa alegar o nexo e o
dano nos próprios autos, visto que a liquidação dos prejuízos será realizada,
também, nos próprios autos em que tiver sido efetivada a medida de urgência.
“Art. 302. Independentemente da reparação por dano processual, a parte
responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte
adversa, se:
I - a sentença lhe for desfavorável;
II - obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os
meios necessários para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias;
III - ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal;
IV - o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do
autor.
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Parágrafo único. A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver
sido concedida, sempre que possível.”
● Da Tutela Provisória de Urgência de natureza ANTECIPADA: Busca a antecipação do mérito
da ação,isto é, permite a fruição imediata dos efeitos do possível acolhimento do pedido em
segurança para que se possa usufruir desse resultado e sem haver a ampliação do objeto
litigioso, sendo uma medida possível desde 1994, possuindo requisitos específicos. É uma
tutela satisfativa provisional ou interinal, ou seja, é provisória, em que “vive como se já tivesse
vencido”. O que se requer, no caso, é a antecipação dos efeitos da tutela final, cujo pedido
respectivo é, num primeiro momento, indicado, e deve posteriormente ser confirmado, pois só
com o aditamento que se poderá compreender, com exatidão, o que se pretende a título de
tutela final.
A regra normal dessa tutela: faço o pedido principal, demonstrando a verossimilhança e
o risco, requerendo a antecipação dos efeitos da sentença ou parte dela, sendo de mérito,
não sendo sumário, visto que as provas são robustas. Pode ocorrer que o juiz conceda a
tutela na sentença, impedindo que a apelação tenha o efeito suspensivo, porque a tutela
pode ser dada a qualquer tempo.
O NCPC inovou, baseando no direito francês, em que existem situações em que não
há que se fazer um pedido principal, isto é, tutela antecipada com pedido de estabilização,
em que se o réu aceita o pedido de tutela e faz nada, ele não se torna revel (possuindo o
direito de discutir a liminar concedida por 2 anos numa ação por dependência a esta - a
jurisprudência aponta que depois desses 2 anos não cabe nem rescisória, o que, para o
professor, demonstra que faz coisa julgada, em contradição ao CPC), pois normalmente em
pedido principal se adiciona danos morais, 20% de honorários, etc, valorando o gasto do réu
(observa-se a maldade na parte que deixa de agravar, pois este irá discutir o mérito, correndo
o risco que valore o que ele há de cumprir, e nos dois anos ele entra com a discussão em
apenso, visto que ela discute APENAS a liminar). O réu pode discordar do pedido de
estabilização, cumprindo ou não a tutela, a discordância se dá por meio de agravo de
instrumento, pois a lei exige um recurso. No caso do autor ter feito pedido de estabilização,
mas o juiz indefere o pedido liminar, o autor pode: recorrer, agravando, deduzir o pedido
principal ou se manter inerte, o que leva à extinção do processo.
Pode não ter o pedido de estabilização, seja por escolha ou por omissão (deve ser
expresso). Após o deferimento da liminar, e a parte ré não recorreu, o autor tem 15 dias da
intimação da tutela antecipada deferida para deduzir o pedido principal, em que se não o fizer
há a extinção do processo (a hipótese de querer pedir a estabilização depois, há de se fazer
uma emenda de fato da inicial e o juiz precisa deferir tanto a emenda, quanto a possibilidade
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desse pedido, para, de novo, conceder a tutela e determinar a citação do réu, sendo uma
situação confusa e desnecessária).
o R
equisitos:
○ Visitas
○ Sequestro / Arrolamento
● Legitimidade: o combo de direito de família permite várias
cautelares na mesma ação.
Procedimento: Liminar > Com audiência ou sem audiência > Cumprimento - da primeira
cautelar começa a contagem de 30 dias > Prazo para formular o pedido final