Merchandising e Organizacao de Gondolas e Vitrines
Merchandising e Organizacao de Gondolas e Vitrines
Merchandising e Organizacao de Gondolas e Vitrines
Gôndolas e Vitrines
Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 4
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
MERCHANDISING, COMO ORGANIZAR GÔNDOLAS E VITRINES.............................................................. 9
CAPÍTULO 1
O QUE É MERCHANDISING E PARA QUE SERVE.......................................................................... 9
CAPÍTULO 2
PORQUE ORGANIZAR GÔNDOLAS E VITRINES.......................................................................... 19
CAPÍTULO 3
PERSONALIZAÇÃO DA FACHADA E DA VITRINE......................................................................... 35
UNIDADE II
OPERAÇÃO NA LOJA........................................................................................................................... 42
CAPÍTULO 1
LOGÍSTICA E O GERENCIAMENTO DE ESPAÇO......................................................................... 42
CAPÍTULO 2
LAYOUT, DESIGN E TÉCNICAS DE MERCHANDISING................................................................. 48
CAPÍTULO 3
COMO ATRAIR OU AFASTAR CLIENTES MEDIANTE O MERCHANDISING E A ORGANIZAÇÃO DE
VITRINES.................................................................................................................................. 72
CAPÍTULO 4
CASES DE SUCESSO E DE FRACASSO DE MERCHANDISING..................................................... 86
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 91
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
4
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Praticando
5
Atenção
Saiba mais
Sintetizando
Exercício de fixação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não
há registro de menção).
Avaliação Final
6
Introdução
No atual contexto, para afetar a decisão de compra do consumidor, as empresas utilizam
os mais variados tipos e possibilidades estratégicas para atingir seu público-alvo e o
preço não é mais o único atrativo na hora de comprar. Nesse sentido, o merchandising
surge como uma eficiente ferramenta para servir como estratégia para as organizações
alcançarem o sucesso almejado, pois, tem como objetivo motivar e influenciar as
decisões do consumidor, mediante maior visibilidade do produto, do serviço e da marca
institucional.
Vale destacar que aqui, trouxemos conceitos e exemplos que podem ser utilizados tanto
em lojas franqueadas como em supermercados e lojas pequenas. O conteúdo abordado
foi dividido em duas unidades. A Unidade I, que fala sobre o merchandising e como
organizar gôndolas e vitrines, abrange os principais conceitos, princípios e regras
relacionadas ao tema, bem como a importância da fachada e da vitrine da loja. Na Unidade
II, denominada como Operação na loja, tratamos sobre a logística e o gerenciamento do
espaço, bem como as questões relacionadas ao layout e o merchandising visual e para
finalizar, abordamos pontos que podem atrair o cliente.
Aproveite o conhecimento!
Objetivos
»» Entender o conceito de merchandising.
7
»» Compreender aspectos relacionados à logística e o gerenciamento de
espaço.
8
MERCHANDISING,
COMO ORGANIZAR UNIDADE I
GÔNDOLAS E
VITRINES
CAPÍTULO 1
O que é merchandising e para que
serve
Regina Bessa
Marketing
Assevera Blessa (2014) que “a guerra nas lojas está endurecendo cada vez mais. A
fragmentação, a proliferação dos produtos, a consolidação do comércio, a sofisticação
do varejo atuam com as continuas mudanças no comportamento, estilo de vida e
crescimento demográfico dos consumidores, trazendo grandes modificações no modo
como produtos e serviços são comercializados”.
9
UNIDADE I │ MERCHANDISING, COMO ORGANIZAR GÔNDOLAS E VITRINES
Para se tornar cada vez mais competitivo no mercado, faz-se necessário a busca pelo
desenvolvimento de formas diferenciadas para atrair os consumidores. O marketing
tem uma importante função na definição de estratégias e planos, uma vez que o ponto
de venda tem se tornado campo de conquista junto a consumidores. Para Kotler (1998,
p. 27) “Marketing é um processo social por meio do qual, pessoas e grupos de pessoas
obtêm o que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de
produtos e serviços de valor com outros.”
O produto deve seduzir seu público seja pela qualidade, pelo design, pelas características,
pela marca, pela embalagem e tamanho, e deve estar disponível nos locais onde o
público-alvo normalmente frequenta. Kotler (1998), afirmar que o “produto é algo que
pode ser oferecido a um mercado para satisfazer uma necessidade ou desejo”. O ponto
está relacionado com a escolha do canal de distribuição seja atacado ou varejo. O preço
deve ser adequado ao custo do produto e ao mercado. Ainda de acordo com Kotler
(1998) “[...] promoção é a relação dos instrumentos que estão à disposição do cliente,
cujo papel principal é o da comunicação persuasiva”. Assim, a empresa deve comunicar
seu produto fazendo com que ele atraia seu público-alvo utilizando um conjunto de
ferramentas como promoção de vendas, publicidade, relações públicas, marketing
direto ou merchandising.
Promoção
Vale destacar esse item, uma vez que é muito comum as pessoas confundirem
merchandising com promoção. Mais adiante vamos fazer a diferenciação entre estas
duas ações.
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MERCHANDISING, COMO ORGANIZAR GÔNDOLAS E VITRINES │ UNIDADE I
Tem uma abrangência muito grande, podendo ser uma ação ou conjunto de ações
amparadas em uma mensagem objetiva de comunicação, ou um evento simples, como
um patrocínio de um campeonato esportivo ou concerto musical.
1. vale-brinde;
2. concursos/premiações;
3. sorteios;
4. leve 3, pague 2;
8. coleções/junte-troque;
10. cupons;
Ponto de venda
O ponto de venda ou PDV, qualquer um sabe, é a vitrine, o lugar onde o produto está
exposto de forma a ser apreciado, tocado e comprado. Para Blessa, (2014) “[...] ponto
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UNIDADE I │ MERCHANDISING, COMO ORGANIZAR GÔNDOLAS E VITRINES
Assim, a comunicação visual, uma das ferramentas mais utilizadas, tem grande
importância no ponto-de-venda, pois, como assevera Blessa (2010, p. 13), “[...] a visão,
no momento da compra é primeiro sentido responsável pelo processo de escolha”. Essa
afirmação pode ser comprovada em dados da Veronis, Shler e Assoc. (apud BLESSA,
2014), ao medir a percepção dos cinco sentidos humanos: “[...] aprendemos 1,0% pelo
paladar; 1,5% pelo tato; 3,5% pelo olfato; 11,0% pela audição e 83,0% pela visão”.
Merchandising
12
MERCHANDISING, COMO ORGANIZAR GÔNDOLAS E VITRINES │ UNIDADE I
Figura 1. Merchandising.
Wilson Bud (apud LAS CASAS, 2001, p. 260) afirma que “[...] merchandising
compreende um conjunto de operações táticas efetuadas no ponto de venda para colocar
no mercado o produto ou o serviço certo, no lugar certo, na quantidade certa, no preço
certo, com o impacto visual adequado e na exposição correta”.
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UNIDADE I │ MERCHANDISING, COMO ORGANIZAR GÔNDOLAS E VITRINES
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MERCHANDISING, COMO ORGANIZAR GÔNDOLAS E VITRINES │ UNIDADE I
Vale chamar a atenção para o fato de que a técnica de merchandising não é considerada
subliminar, porém é importante citá-la, pois a sua intenção é a de comunicar uma
marca ou produto de forma a não se perceber a tentativa de persuasão. A mensagem
subliminar é aquela que comunica invisivelmente, seduz despercebidamente, mesmo
não sendo proposital.
Para Blessa (2003), quando um produto, marca, empresa ou serviço aparece, é citado,
consumido ou utilizado sutilmente em um filme de longa-metragem (para cinema ou TV),
programa de televisão, revista, jornal, livro ou qualquer outro veículo de comunicação,
em uma ação integrada ao desenvolvimento da trama editorial e pertinente ao seu
contexto por encomenda mediante o pagamento feito pelo anunciante, estamos diante
de uma estratégia de merchandising editorial.
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UNIDADE I │ MERCHANDISING, COMO ORGANIZAR GÔNDOLAS E VITRINES
»» visual;
»» verbal;
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MERCHANDISING, COMO ORGANIZAR GÔNDOLAS E VITRINES │ UNIDADE I
»» Visibilidade »» Agrupamento
»» Acessibilidade »» Separação
»» Disponibilidade »» Sortimento
»» Localização »» Organização
»» Posicionamento »» Limpeza
»» Comunicação »» Clareza
»» Volume »» Respeito
Merchandising x Promoção
Bessa (2014) traz de forma bem clara essa diferença, transcrita a seguir.
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UNIDADE I │ MERCHANDISING, COMO ORGANIZAR GÔNDOLAS E VITRINES
»» Apresentar inovações.
Agora que você já entendeu o que vem a ser o merchandising, consegue observar
as diferenças entre ele e a promoção?
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CAPÍTULO 2
Porque Organizar Gôndolas e Vitrines
O poder da vitrine
Sensorial: é preciso seduzir o cliente. Ele entra na loja pela visão e não pelo
raciocínio lógico.
Captura
Vitrines precisam capturar a atenção de quem passa. E, uma vez dentro da loja, é
preciso cumprir com a promessa da marca – de nada adianta uma ótima vitrine
se o ponto de venda for desestimulante.
Disponível em: <http://migre.me/lxobm>.
Percepção visual1
A atenção, despertada involuntariamente, torna-se voluntária. É o
prolongamento da atenção, a motivação e o impacto.
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UNIDADE I │ MERCHANDISING, COMO ORGANIZAR GÔNDOLAS E VITRINES
Assevera Aumont (1995), que a percepção visual acontece por meio de estímulos
externos que criam um repertório visual individual ou sujeito aos padrões culturais ao
longo da vida. Ela é um processamento, por etapas de uma informação que é vista.
Martineau (citado por GADE apud Bessa, 2014) afirma que, na verdade, todos os
produtos são similares e, para que sejam percebidos como “únicos” e para que ocorra
lealdade de marca, o ponto fundamental é estabelecer uma imagem diferenciada do
produto, de maneira que o consumidor possa identifica-lo facilmente entre tantos
outros.
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MERCHANDISING, COMO ORGANIZAR GÔNDOLAS E VITRINES │ UNIDADE I
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UNIDADE I │ MERCHANDISING, COMO ORGANIZAR GÔNDOLAS E VITRINES
Vamos conhecer, alguns itens que devem ser levados em consideração quando se busca aguçar a percepção do
consumidor.
Visão do consumidor
Por ser a visão o primeiro sentido humano responsável pelo processo de escolha, o
merchandising trabalha essa primeira impressão, pois é nesse momento que o
consumidor vai decidir se lava seu produto ou o da concorrência.
Todos nós aprendemos por fluxo de informações que recebemos por meio dos nossos
cinco sentidos: audição, visão, paladar olfato, tato. No entanto, percebemos, organizamos
e interpretamos essas situações sensoriais de maneira individual. Pesquisas revelam
que aprendemos 1,0% pelo paladar; 1,5% pelo tato; 3,5% pelo olfato; 11,0% pela audição
e 83,0% pela visão.
Nesse sentido, pode-se dizer que a prática em comprar e escolher são aceleradores do
processo, no entanto, é a visão, ou melhor, a percepção visual do consumidor que vai
determinar o artigo a ser levado. O cérebro impulsionado pela visão envia a mão ao
produto certo, em poucos segundos.
Aprendizado da escolha
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MERCHANDISING, COMO ORGANIZAR GÔNDOLAS E VITRINES │ UNIDADE I
todos esses estímulos. Porém, se a mensagem é bem direcionada com apelo e impacto,
bem esclarecida e percebida, a mensagem se destacará no meio de muitas outras.
Memorização e generalização
Por esse motivo existem características que geram conceitos e imagens para melhor
recordação: nome sonoro e sugestivo, cores que prendem a atenção, embalagem
diferenciada, música entre outros.
Outro aspecto utilizado na memorização é a lei da associação. Essa lei nos diz que, se
uma ideia foi associada à outra em determinado momento, ao ocorrer recordação de
uma, a outra tenderá a ser lembrada também. Assim, as marcas de nomes simples,
curtos, descritivos e significativos serão mais fácies de recordar.
Você certamente já se pegou cantando o gingle de uma determinada marca. Faça o teste
para ver quantos produtos, marca ou empresa você consegue se lembrar por meio de
associação, como dito no parágrafo anterior.
Posicionamento do produto
Outro cuidado que se deve ter é quanto ao posicionamento do produto, pois para
determinada categoria de produto, o posicionamento da marca vem a ser o resultado
final do processo de informação.
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UNIDADE I │ MERCHANDISING, COMO ORGANIZAR GÔNDOLAS E VITRINES
Embalagem
Nos dias de hoje, vemos que a embalagem não é apenas o invólucro protetor do
produto ou um elemento que facilita sua distribuição, mas a estas, foram agregadas
outras funções que têm exigido atenção e cuidados especiais por parte daqueles que se
preocupam com seus elementos e design. Pode-se afirmar sem sombra de dúvidas, que
as embalagens vêm sendo consideradas como o maior veículo de venda e de construção
da marca e da identidade de um produto.
De acordo com Bessa (2014) “a embalagem tem a mágica função de dar um ‘psiu’ ao
consumidor”. Nesse sentido, a autora destaca inicialmente três pontos que devem ser
observados:
3. Design interessante.
4. Detalhes gráficos.
Figuras 3. Embalagem.
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MERCHANDISING, COMO ORGANIZAR GÔNDOLAS E VITRINES │ UNIDADE I
Estando posicionado à altura dos olhos e ao alcance das mães, e se tem algum
apelo promocional, com certeza levará vantagem perante o consumidor que
está em processo de escolha.
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UNIDADE I │ MERCHANDISING, COMO ORGANIZAR GÔNDOLAS E VITRINES
Reconhecimento da necessidade
A necessidade pode ser acionada por algum estímulo externo, proveniente da mídia
ou de uma situação comum, como quando o consumidor encontra em um restaurante
de comidas típicas, em um passeio turístico, ou por estímulos internos, quando uma
necessidade fisiológica – fome, sede, frio, sexo – chega a tal ponto que se torna um
estímulo.
Busca de informações
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MERCHANDISING, COMO ORGANIZAR GÔNDOLAS E VITRINES │ UNIDADE I
Decisão de compra
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UNIDADE I │ MERCHANDISING, COMO ORGANIZAR GÔNDOLAS E VITRINES
Segundo Parente (2000), para criar uma atmosfera de vendas favorável à compra é
fundamental avaliar concepções externas e internas do PDV, como criação de layout,
exposição dos produtos, preço e atendimento.
Estudos revelam que, mais de 70% das compras são definidas na “hora H”, ou
seja, no ponto de venda. Este dado só vem a homologar a disputa nas gôndolas,
travada por dezenas de diferentes embalagens.
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MERCHANDISING, COMO ORGANIZAR GÔNDOLAS E VITRINES │ UNIDADE I
Em geral o que se observa é que os produtos que ocupam maior espaço nas gôndolas
possuem maior probabilidade de serem percebidos pelo consumidor, manuseados e/ou
analisados, ter sua imagem gravada na mente do consumidor e efetivamente, colocados
nos carrinhos.
No estudo sobre a alocação de espaços na gôndola, são utilizados conceitos diversos, entre
eles o da elasticidade-espaço. De acordo com Yang e Chen (1999), elasticidade-espaço é
definida como sendo a razão entre a mudança relativa nas vendas por unidade modificada
na alocação de espaço na gôndola. Ou, de acordo com Curhan (1972, p. 406), “elasticidade-
espaço é a razão entre a mudança relativa em unidades de venda, pela mudança relativa no
espaço ocupado pelo produto na gôndola”.
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UNIDADE I │ MERCHANDISING, COMO ORGANIZAR GÔNDOLAS E VITRINES
O espaço em questão deve ser entendido como a parte visível do produto, ou melhor, a
parte do produto visível para o consumidor. Neste sentido, alguns cuidados devem ser
tomados ao quanto à alocação dos produtos nas gôndolas, que geralmente, será a parte
frontal da gôndola, mas dependendo do posicionamento do produto na loja, podem
existir mais faces visíveis para o consumidor. Um exemplo são as pilhas de produtos
em pontos estratégicos da loja, que costumam ter três ou quatro faces visíveis, além
de estarem em pontos de passagem. Elas terão três faces visíveis se uma delas estiver
voltada para a lateral de uma gôndola, por exemplo.
Shopper2
A posição dos produtos nas prateleiras deve ser pensada de forma estratégica e não
aleatoriamente.
Além disso, de nada adiantará ter uma comunicação efetiva na TV se o produto não
estiver presente nas prateleiras ou se estiver pouco visível. Algumas empresas, como
a Procter & Gamble (P&G), disseminaram o conceito da “hora da verdade” (omento
f truth), que é o momento em que o shopper está na frente da gôndola e toma sua
decisão de compra. Esta decisão é feita em questão de segundos, o que faz com que a
estratégia no PDV deva ser considerada com cuidado. É claro que esta estratégia não
invalida o esforço de comunicação na TV e em outros meios de comunicação, o que
deverá continuar a ser feito, mas com foco no consumidor. No ambiente da loja, os
esforços deverão estar centrados no shopper.
2 Texto adaptado de: Antonio Pedro Alves: palestrante e editor-chefe do Venda Muito Mais. Disponível em: <http://www.
vendamuitomais.com.br/site/artigo.asp?Id=119>.
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MERCHANDISING, COMO ORGANIZAR GÔNDOLAS E VITRINES │ UNIDADE I
A posição central e que está na altura dos olhos é a parte mais nobre da gôndola. Ou
seja, os produtos que estiverem posicionados nas prateleiras dentro deste campo de
visão serão aqueles que serão percebidos primeiro pelos shoppers.
Por este motivo, a posição dos produtos na gôndola deverá ser melhor explorada para
aumentar a lucratividade. Os produtos de maior valor agregado e maior margem deverão
ser posicionados na altura dos olhos e nas prateleiras superiores, para aumentar a
chance dos shoppers os comprarem. Por sua vez, os produtos de maior giro, menor
ticket médio e menor margem deverão ficar nas prateleiras inferiores, conforme é
mostrado na figura.
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UNIDADE I │ MERCHANDISING, COMO ORGANIZAR GÔNDOLAS E VITRINES
Vitrine
A vitrine é o primeiro contato do consumidor com o produto nas lojas de varejo. É ela
que vai convidar o cliente a entrar e despertar nele o desejo de consumo. Portanto, é
um elemento de marketing que interfere diretamente nas vendas e na lucratividade de
um negócio.
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MERCHANDISING, COMO ORGANIZAR GÔNDOLAS E VITRINES │ UNIDADE I
Presume-se que a vitrine é responsável por aproximadamente 70% das vendas de uma
loja. Imagine que a cada 100 vendas, 70 sejam por causa de alguma coisa que chamou a
atenção do consumidor nessa vitrine. Daí a importância que se deve dar a organização
da vitrine.
A vitrine precisa refletir a identidade da loja. Por isso, deve ser fiel ao seu público
e ao seu estilo. Se sua loja é focada em produtos finos, não faz sentido deixar as
mercadorias de populares expostas e vice-versa.
Fonte: <http://migre.me/mgcTn>.
A vitrine tem como objetivo valorizar o produto e sua história. Sua qualidade e o serviço
que o acompanham devem estar presentes na apresentação da vitrine, valorizando suas
características. Entre os principais objetivos da vitrine, destacamos os seguintes.
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UNIDADE I │ MERCHANDISING, COMO ORGANIZAR GÔNDOLAS E VITRINES
»» Atrair.
Existem diversos aspectos sobre o vitrinismo que serão abordados mais adiante. No
entanto, o que vimos até aqui mostra claramente a importância da organização de
gôndolas e vitrines, com o intuito de atrair o consumidor, facilitar a exposição do
produtor, criar desejos e necessidades, transmitir conceitos de valores e a própria
identidade comercial.
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CAPÍTULO 3
Personalização da Fachada e da
Vitrine3
A vitrine externa é a ligação entre a rua e a loja, e possui, além da função básica de expor
produtos, a de traduzir o conceito do produto e do estabelecimento comercial com a
finalidade de atrair e despertar desejos no observador.
As vitrines não expõem apenas produtos, mas também símbolos e signos associados à
loja e ao consumidor. Elas também vendem “ideias” e, por meio delas, identificamos
desejos e padrões de beleza que nos levam ao consumo. Pelas suas diferentes
concepções, elas retratam a moda, o modismo, o ontem e o hoje, a contemporaneidade
cada vez mais traduzida por atitudes, comportamentos e cumplicidade coletiva
(LOURENÇO, 2011).
Uma boa vitrine exige técnica, dinamismo, intenção e principalmente atenção que
atendam a finalidade comercial. O segredo dessa atratividade está na capacidade
de manter viva a novidade da imagem, seja ela institucional, estética, cultural ou
artística.
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UNIDADE I │ MERCHANDISING, COMO ORGANIZAR GÔNDOLAS E VITRINES
A atração e o resultado que se consegue por meio de vitrines dependem de vários fatores.
O trabalho do merchandising acontece com um conjunto de atratividades e estímulos que
se apresentam no campo visual e codepende das possibilidades da estrutura da vitrine.
O piso, as laterais, o fundo, o teto e o vidro podem fazer parte dessa estrutura, levando
em consideração que nem todas as vitrines, em sua concepção têm as mesmas
características. Cada componente tem papel importante na vitrine, por isso devem
ser exploradas aproveitando ao máximo toda a estrutura para que a distribuição dos
produtos fique mais adequada e mais visível.
Vitrines externas
São as da fachada da loja e têm diferentes formatos. Lourenço (2014), sugere algumas.
Esse tipo de vitrine costuma aumentar as vendas, porque deixa o público mais
à vontade para entrar na loja, já que possui um tipo de estrutura que facilita a
interação com o cliente.
Figura 7. Vitrine.
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MERCHANDISING, COMO ORGANIZAR GÔNDOLAS E VITRINES │ UNIDADE I
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UNIDADE I │ MERCHANDISING, COMO ORGANIZAR GÔNDOLAS E VITRINES
4. Vitrine suspensa. Recebe esse nome porque seu piso está construído
em altura bem diferente do chão da loja ou de onde se encontra o
observador. Esse tipo de vitrine pode ser indicada para mercadorias
pequenas como óculos, joias, perfumaria etc., pois aproxima o produto,
que possui proporções pequenas, ao campo visual do consumidor.
Vitrines internas
As vitrines também podem aparecer na parte interna da loja. Vejamos alguns tipos.
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MERCHANDISING, COMO ORGANIZAR GÔNDOLAS E VITRINES │ UNIDADE I
»» prateleiras;
»» pedestrais;
»» painéis;
»» displays;
»» praticáveis;
»» araras;
»» gancheiras;
»» manequim;
»» formas humanas;
»» cabides;
»» volumes diversos.
No comércio tudo pode ser exposto para a venda, desde pequenos produtos, como um
alfinete, até grandes, como um avião. Nessa gama de possibilidades, a vitrine apresenta-se
em seus diversos segmentos, relativos a uma infinidade de produtos ou serviços. Vejamos
alguns.
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UNIDADE I │ MERCHANDISING, COMO ORGANIZAR GÔNDOLAS E VITRINES
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MERCHANDISING, COMO ORGANIZAR GÔNDOLAS E VITRINES │ UNIDADE I
Nesse capítulo, você pode entender um pouco melhor sobre a fachada da vitrine,
conhecendo estrutura, principais tipos e sua função. Como o mercado é dinâmico,
envolvente e está em constante transformação, quem lida com o visual merchandising
deve estar sempre atualizado com as tendências de mercado, novas técnicas, tecnologias
e materiais disponíveis para a criação e elaboração de vitrines e PDVs.
A vitrine deve ser conceituada para trazer benefícios, motivar e criar identificação com
diferentes públicos, podendo ser focada por idade, gênero, classe socioeconômica, cultura
e profissão, de acordo com o estudo dos interesses (usos, costumes e peculiaridades) do
público-alvo.
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OPERAÇÃO NA UNIDADE II
LOJA
CAPÍTULO 1
Logística e o gerenciamento de espaço
O varejista tem o desafio de oferecer todos os dias, aos seus clientes, um mix de produtos
que sejam populares e desejados, de forma eficiente e rentável.
O merchandising tem ferramentas para gerar alto tráfego e altos lucros, aumentando
a vantagem competitiva da loja, alavancando as vendas e zerando estoque de qualquer
produto.
Logística
Uma busca constante dos lojistas são formas diferenciadas para aumentar sua
rentabilidade. A melhoria dos resultados financeiros depende na maioria das vezes da
redução de custos, da racionalização e da otimização dos processos. Todas as operações
relacionadas à gestão de mercadorias e materiais, planejamento e controle de produção,
embalagem, armazenagem, distribuição física, expedição, transporte e sistemas de
comunicação são chamadas de logística.
»» serviço ao cliente;
»» previsão de vendas;
»» comunicação/informação;
»» suprimento;
»» planejamento da produção;
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OPERAÇÃO NA LOJA │ UNIDADE II
»» ordem de produção;
»» controle de inventário;
»» movimentação de materiais;
»» armazenagem;
»» embalagem;
»» transporte;
»» movimentação de devoluções;
»» destinação de sucatas.
Além dessas ferramentas, o mercado oferece uma série de recursos tecnológicos que dão
suporte a todas as operações de recebimento, armazenamento e entrega. São softwares
de gerenciamento que indicam automaticamente os locais onde se deve armazenar ou
retirar as mercadorias, roteirizadores de frotas, que definem o roteiro a ser percorrido
pelos veículos, a fim de diminuir o tempo de entregas, rastreadores via satélite, que
acompanham o trajeto dos caminhões, e computadores de bordo, que estabelecem
comunicação direta entre o motorista e a empresa, entre muitos outros.
43
UNIDADE II │ OPERAÇÃO NA LOJA
Gerenciamento de espaço
São lançados milhares de produtos novos todos os anos, e o espaço nas prateleiras para
a exposição continua sendo o mesmo. Daí ocorrem as disputas intracategorias, quando
produtos de uma mesma categoria brigam por espaços dentro da própria categoria,
e disputas intercategorias, quando o lançamento de novas categorias, portanto, é
necessário dar espaço aos produtos que realmente merecem.
44
OPERAÇÃO NA LOJA │ UNIDADE II
Com esses softwares, as lojas vão deixar de perder vendas, porque vão deixar as
gôndolas abastecidas sempre conforme a conveniência do consumidor.
Apesar de essa tecnologia dar uma avaliação precisa de que certo produto não se justifica
na prateleira, o gerenciador deve usar o bom sendo para sentir se o consumidor vai ou
não sentir falta dele.
Com toda essa tecnologia, o destino de um produto estará literalmente nas mãos dos
gerenciadores do varejo.
Spaceman Professional
45
UNIDADE II │ OPERAÇÃO NA LOJA
Antes
46
OPERAÇÃO NA LOJA │ UNIDADE II
Depois
47
CAPÍTULO 2
Layout, Design e Técnicas de
Merchandising4
Há alguns anos foi publicado um artigo no The Wall Street Journal sob o título
“Designer de interiores prepara-se para projetar cassino que relaxa as defesas dos
frequentadores”. Ebster (2013) discorre que de acordo com o artigo, um especialista em
marketing, contratado por um dos cassinos, explicou que o edifício inteiro foi projetado
para influenciar o comportamento dos frequentadores.
Para este autor “desde a época em que esse artigo foi publicado, o marketing aprendeu
muito sobre o comportamento do consumidor e como o ambiente de compra influencia
esse comportamento no cassino, no restaurante, no supermercado ou no Shopping
Center”.
Atmosfera de compra
A atmosfera de compra, ou venda, refere-se ao design de um ambiente por meio de
comunicações visuais, iluminação, cores, música, aromas para estimular as respostas
4 Adaptado de Blessa, 2014.
48
OPERAÇÃO NA LOJA │ UNIDADE II
Toda comunicação dever ser recente e estarem limpas, pois placas sujas
e envelhecidas passam a impressão de desleixo e prejudica a imagem
da loja.
49
UNIDADE II │ OPERAÇÃO NA LOJA
Figura 12. Outro cuidado que se deve ter é com o texto escrito corretamente, bem como se ela foi colocada no
›› Pela manhã muitos idosos saem para suas compras, então a música
geralmente é suave e calma.
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OPERAÇÃO NA LOJA │ UNIDADE II
Os varejistas devem estar atentos para o ritmo, pois vimos que a cada
horário do dia, os consumidores apresentam comportamentos diferentes.
As músicas muito agitadas do tipo “pagode” ou “rock pesado” não são
aconselhados para lojas, pois inibem e irritam os clientes, que encurtam
seu tempo de compra. Ao contrário, músicas leves e lentas predispões os
clientes a esquecer da hora, comprando mais.
Vimos que grande parte dos consumidores fazem sua decisão de compra no ponto
de venda. Segundo Ebster (2013), os motivos para esse fato são muitos, “Alguns
consumidores têm apenas uma vaga ideia do que querem comprar antes de entrar em
uma loja. Outros já decidiram antes qual o produto, mas não têm certeza sobre a marca
específica ou estilo. Outros ainda, os compradores por impulso, decidem de improviso
que precisam comparar um produto que acabaram de ver exatamente ali e exatamente
naquela hora”, por isso, é que o ponto de venda é uma ferramenta ideal não apenas para
os varejistas, mas para os fabricantes também. O autor cita algumas razões pelas quais
o design da loja e o merchandising visual é importante.
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UNIDADE II │ OPERAÇÃO NA LOJA
vender produtos. Melhor ainda, o design da sua loja pode fazer isso dia
após dia, sem licenças médicas, custos de treinamento ou pagamento de
horas extras.
Blessa (2014) lista alguns itens básicos que influenciam na hora da compra, levando-se
em consideração, é claro, cada negócio dentre de sua característica.
»» Cartazes, sinalização.
»» Ar condicionado, plantas.
»» Variedade de produtos.
»» Estacionamento fácil.
»» Variedade de produtos.
»» Estacionamento fácil.
52
OPERAÇÃO NA LOJA │ UNIDADE II
Layout
Ter um visual atraente e bonito conta pontos a favor de uma loja. Certamente, elegância
e sofisticação agregam mais valor à imagem da empresa. No entanto, o layout não deve
ser desenvolvido apenas como modelo de beleza, precisa ser funcional para facilitar o
tráfego, a escolha e a saída do consumidor. Nesse sentido, ao escolher o layout ideal,
funcionalidade e estratégia são as palavras chave para almejar bons negócios e atrair
mais consumidores.
Para Blessa (2014), “o layout de uma loja pode definir seu sucesso ou seu fracasso.
Saber montar uma loja aproveitando os espaços disponíveis é simples, mas agradar ao
público frequentador é um pouco mais complicado”, e desafiador. É preciso levar em
consideração alguns fatores, entre eles, a tendência de andar das pessoas, ou seja, a
circulação de consumidores.
Veja a seguir, algumas regras quanto à circulação de consumidores, haja vista que
apesar de o comportamento de percurso variar de loja para loja, existem certos padrões
que continuam bastante consistentes e que devem ser observados quando se pensa no
desenvolvimento do layout da loja. Ebster (2013), elenca os quatro padrões a seguir.
1. Zona de transição.
Zona de transição
O termo zona de transição foi um termo cunhado pelo antropólogo do varejo Paco
Underhill, refere-se àquela área da loja imediatamente após a entrada e que a maioria
dos empresários pensa, equivocadamente, que o melhor lugar para se atrair uma
provável cliente. No entanto, Ebster (2013) não concorda com essa visão, uma vez
as capacidades de processamento de informações dos consumidores estão ocuparas
com o ajuste ao ambiente e em descobrir como chegar ao destino desejado dentro
da loja.
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UNIDADE II │ OPERAÇÃO NA LOJA
De acordo com o autor, a zona de transição não é o lugar ideal para exibir produtos de
alta margem ou informações importantes. Isso não quer dizer que este espaço deva ser
negligenciado, pois é a porta de entrada da loja e deve dar uma boa impressão da loja,
principalmente para atrair a atenção dos transeuntes.
E como eles agem pensando desta forma? Simplesmente pedem para seus
vendedores ficarem parados em frente à porta da sua loja, abordando todo
mundo que passa, ou o que é pior, ficam batendo papo como se estivesse em
um bar, ou ficam com aquela cara de desanimados.
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OPERAÇÃO NA LOJA │ UNIDADE II
receber uma atenção especial, pois segundo ele, tudo o que estiver nessa Zona
não atingirá as pessoas.
Isso acontece por que observou-se que os consumidores, que estão sempre
com pressa, costumam passar pela entrada da loja sem notar o que está a sua
volta, e mais, a pilha de cestas não pode ficar em um local onde o consumidor irá
precisar se abaixar para pegá-la, caso contrário, eles também não a enxergarão.
Para resolver o problema da Zona de Transição, o autor cita alguns truques que
podem ser utilizados pelos donos das lojas, reescrevo abaixo alguns retirados do
site Venda Muito Mais.
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UNIDADE II │ OPERAÇÃO NA LOJA
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OPERAÇÃO NA LOJA │ UNIDADE II
Muito relacionado com a cultura, existem pessoas que evitam passar por
corredores estreitos, seja por que sentem seu espaço pessoal invadido, seja
porque não querem esbarrar em outra pessoa ou pela dificuldade de visualizar
o produto. Por isso, que no layout deve-se planejar corredores com espaços
suficientes para que os consumidores sintam-se confortáveis e com uma
distância razoável.
De acordo com a autora, para desenhar o layout de uma loja, não basta procurar
um arquiteto, tem que ser um arquiteto do varejo, com experiência nesse
tipo de produto. Vale lembrar que além de ter um projeto que dimensione
a produtividade dos espaços, a imagem idealizada para a loja precisa estar
de acordo com sua localização, com seu público-alvo e com seu estilo. A
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UNIDADE II │ OPERAÇÃO NA LOJA
»» o mobiliário especializado;
»» esquema de implantação;
»» SAC/acompanhamento/segurança/vitrines;
»» depósitos;
»» estacionamentos.
»» organização do atendimento;
»» pisos não muito lisos (escorregadios) nem com muito atrito (abrasivos);
Agora que já conhecemos alguns aspectos referentes ao layout, vamos estudar algumas
possibilidades de layouts que são usados com mais frequência, analisando suas
vantagens e desvantagens.
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OPERAÇÃO NA LOJA │ UNIDADE II
Esse tipo de layout era muito comum na típica “loja do interior”, onde praticamente
todos os pontos de venda eram lojas com balcão, o que hoje é inviável com a ideia
do autosserviço. No entanto, existem várias áreas de varejo em que o atendimento de
balcão se faz necessário, como farmácias, para manter o controle de medicamentos;
lojas pequenas como papelarias; lojas que vendem produtos de valor elevado, como
joalheria.
Apesar de layouts de balcão serem úteis nesses casos, geralmente não são muito populares
no varejo moderno, pois demandam mão de obra e reduzem as compras por impulso.
Os produtos ficam escondidos atrás de balcões ou trancados em vitrines. Entretanto,
até certo ponto essa desvantagem pode ser compensada quando o pessoal de vendas
é treinado para praticar a venda sugestiva. Se quer uma experiência ao vivo de venda
sugestiva, basta visitar o McDonald’s mais próximo. Lá o pedido de um hambúrguer é
inevitavelmente seguido por uma sugestão de batatas fritas e refrigerante.
Como o nome sugere, esse tipo de layout de trajeto força o consumidor a seguir
determinada rota dentro da loja. Este layout é intrigante, pelo menos na teoria. Visto
que o caminho seguido é predeterminado, o layout permite que o varejista planeje a
experiência de compra como um roteiro de cinema. Uma vez dentro da loja, o consumidor
segue um único trajeto desde a entrada até os caixas e entra em contato com o produto
exatamente na ordem predeterminada pelo varejista.
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UNIDADE II │ OPERAÇÃO NA LOJA
Infelizmente, esse tipo de layout não é o ideal. O motivo é simples, o varejista, apesar
da oportunidade de maximizar seu produto, corre o risco que maximizar também a
irritação do cliente, obrigando-o a seguir um único caminho. Se você for como eu, a
irritação será certa. No entanto, Ebster (2013) traz exemplos de sucesso, mostrando
como dois grandes varejistas usam esse tipo de layout, sem irritar seus consumidores,
conforme transcrito a seguir.
Como um layout de trajeto obrigatório pode ser usado com sucesso para guiar os
consumidores sem irritá-los? A Etna e a TokStok utilizam o layout de trajeto obrigatório
em algumas de suas seções. “Nelas, a maioria das seções é projetada segundo um layout
de trajeto obrigatório, que permite que a empresa posicione seus produtos exatamente
na ordem que deseja que os consumidores os encontrem e expondo-os a uma grande
prante do seu portifólio de mercadorias. Porém, o que acontece se um consumidor
claramente não estiver disposto a passear sossegadamente pelas labirínticas seções
de exposição e quiser chegar aos caixas rapidamente depois de selecionar um produto
específico? Para lidar com esses consumidores apressados, que podem se irritar
facilmente com um layout de trajeto obrigatório, esse tipo de loja recorre ao princípio
psicológico da percepção seletiva. É mais fácil as pessoas perceberem coisas que lhes
são relevantes do que as que não são. Para fazer isso, provê atalhos, em vários pontos da
loja, que permitem que os consumidores ignorem partes da loja, chegando assim ao caixa
muito mais rapidamente, conforme figura a seguir. Comparados aos trajetos principais,
esses atalhos são consideravelmente mais estreitos e, ainda que bem sinalizados, são
relativamente imperceptíveis”.
De acordo com o autor, apesar do consumidor médio, preparado para passar certo tempo
na loja, não notar necessariamente os atalhos, estes serão rapidamente percebidos por
um consumidor apressado procurando a saída.
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OPERAÇÃO NA LOJA │ UNIDADE II
Layout em grade
Layout livre
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UNIDADE II │ OPERAÇÃO NA LOJA
Existe diversas possibilidades para implementar um layout livre. Alguns dos tipos mais
usados, de acordo com Ebster (2013) são os seguintes.
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OPERAÇÃO NA LOJA │ UNIDADE II
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UNIDADE II │ OPERAÇÃO NA LOJA
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OPERAÇÃO NA LOJA │ UNIDADE II
movimentarem pela loja para comprarem mais do que haviam planejado, aumentando
o volume de vendas. Também ele deve auxiliar a minimizar os custos operacionais,
facilitando a composição da margem e otimizando a lucratividade da loja, pois este
espaço deve ser utilizado de forma produtiva porque é um recurso caro e escasso
(PARENTE, 2000; LEVY; WEITZ, 2000 apud CAMARGO et al, 2009).
Técnicas de Merchandising
Indicações
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UNIDADE II │ OPERAÇÃO NA LOJA
Preço
Pesquisas mostram que o maior fator estimulador de compras por impulso é a oferta de
preço, por isso deve ser informado adequadamente.
Uma técnica muito utilizada por lojistas é precificar com valores menores (em centavos),
para confundir os consumidores, muitas vezes utilizam ao invés de colocar o preço de
R$ 6,00 coloca R$ 5,99. Essa técnica é vista mais como enganação e não dá muito
resultado. Uma boa ideia é colocar, por exemplo, R$ 5,95, pois o efeito é mais positivo.
Não podemos nos esquecer de que a Lei Federal no 10.962, de 11 de outubro de 2004
determina que as lojas devam expor seus preços ao consumidor em prateleiras.
Vantagens a informar
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OPERAÇÃO NA LOJA │ UNIDADE II
1. Não faça mensagens que “ficam no ar”, do tipo “compre aqui e ganhe
uma surpresa” ou “estamos com descontos sensacionais”. É melhor dizer
“compre aqui e ganhe um faqueiro” ou “esta semana tudo com 15% de
desconto”.
Considerados a melhor mídia do PDV, os tabloides, de uma forma geral, são elaborados
observando-se o perfil do consumidor, de acordo com a região ou grupo de consumo
que se deseja atingir.
Material promocional
Esses materiais devem obedecer a critérios básicos para atingir o máximo de eficácia,
como os descritos a seguir.
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UNIDADE II │ OPERAÇÃO NA LOJA
Quadro 3. Comunicação.
Comunicação
Técnica Descrição
Banners Sinalizadores que podem assumir a forma dos produtos anunciados são feitos normalmente
de tecido, plástico ou papel.
Adesivos Fixação de material plástico autocolante contendo informações e mensagens promocionais,
cujo objetivo é criar uma marcação que leve o consumidor a um pondo desejado dentro do
PDV.
Cartazes Material utilizado em gôndolas, pontos extras e locais de fácil visualização da loja.
Infláveis Peças de material plástico flexível, usadas cheias de ar como balões. O inflável deve possuir a
mesma forma do produto e conter mensagens dele.
Balcão de experimentação Estande cujo objetivo é divulgar de forma personalizada um produto apresentado por um
promotor ou demonstrador.
Bobina de forração Plástico com imagem ou mensagem sobre o produto que se destina à decoração de pontos
extras, terminais de gôndolas e qualquer outro local que permita a visualização.
Display de chão Utilizado para promover, apresentar, expor, sendo independente de gôndolas, ficam apoiados
no chão.
Displays de prateleira Displays que necessitam encaixar-se no tamanho das prateleiras.
Displays de checkout Colocados em local perto do local onde realizado o pagamento.
Displays com cestão Grande sinalizador com um cesto ou caixa para depósito de produtos.
Displays interativos Compactos stands computadorizados ou eletrônicos pelos quais os consumidores obtêm
informações dos produtos.
Display – caixa de embarque Temporários de papelão, que são caixas de embarque até chegar à loja e depois se
transformam em práticos displays.
Etiquetas de preço Etiquetas de preço com visual destacado.
Faixa de gôndola Faixa de gôndola contendo mensagens e/ou imagens, podendo também ser chamado de
aparador, canaleta ou cantoneira.
Móbile Material aéreo, sustentado por fios, para fixação no teto do PDV.
Urnas Suas principais funções são armazenar cupons promocionais e despertar no consumidor o
interesse de participar da promoção.
Wobbler Geralmente posicionado no meio de gôndolas.
Fonte: Autor.
Exibitécnica
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OPERAÇÃO NA LOJA │ UNIDADE II
Exposição de produtos
Técnica Descrição
Ponto normal Localização do produto junto à categoria a qual pertence de forma permanente e onde o consumidor está
acostumado a encontra-lo.
Ponto promocional ou extra Produto exposto junto à categoria, tendo por objetivo destaca-lo de sua posição normal. Aqui, a exposição
é por tempo limitado.
Agrupamento Agrupar os produtos por categoria ou segmento, de acordo com o que o consumidor procura.
Associação Corredores e gôndolas com layout composto por produtos correlatos que tem usos concomitantes ou
relacionados.
Cross-merchandising Técnica de associação de mercadorias e usos em pontos extras.
Impulsores Organizar produto impulsor (top de linha) de forma a motivar a venda de produtos menos importantes.
Fonte: Autor.
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UNIDADE II │ OPERAÇÃO NA LOJA
Neste vídeo, mostra o Jô brincando com a Garçom dizendo que tava fazendo
uma lista de compras para o vizinho americano, quando ele vê aquela lista com
as palavras todas erradas a tradução toda errada, mais mostrando em uma forma
de brincadeira, por exemplo, ele fala “ my one easy e diz maionese”, “ pay she e diz
compra peixe”, car need boy e diz carne de boi”, tipo totalmente errado essa lista
de compras. E indicando para fazer o curso de Wise Up.
E no fim do vídeo o Jô fala para o garçom fazer um curso na Wise Up, pois as
traduções não estavam corretas e no final ele “say for e Jô diz sai fora” em uma
forma muito engraçada, para que o garçom se toque para fazer um Curso Wise Up.
Também é bom informar que Wise Up foi um dos únicos clientes a ser autorizados
a fazer uma ação de merchandising no Programa do Jô, que teve como retorno o
número de visitas do ao site nos dias em teve resultado em torno de 100%.
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OPERAÇÃO NA LOJA │ UNIDADE II
Tendo em vista o que foi visto neste capítulo, escolha uma loja de sua preferência
e faça uma análise dos seguintes pontos: Layout da loja, atmosfera ou design,
técnicas de merchandising. Aproveite para analisar a organização das gôndolas
e vitrines.
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CAPÍTULO 3
Como atrair ou afastar clientes
mediante o merchandising e a
organização de vitrines6
Em uma linda manhã de sábado, João e Érica caminham por uma rua
quando, repentinamente, uma feita de fazendeiros atrai sua atenção.
Eles ouvem os gritos confiantes dos feirantes que oferecem vegetais
frescos e outros alimentos deliciosos. Decidem examinar mais de perto
as barraquinhas e ficam imediatamente fascinados com as artísticas
pirâmides de hortifrútis frescas apresentadas em uma das barradas.
Algumas frutas de cores semelhantes tinham sido colocadas lado a lado,
dando à barraca uma aparência global harmoniosa. O casal vê uma
variedade de frutas exóticas e também uma pilha de cocos posicionada
ao lado de um quadro que mostra uma praia imaculada, repleta
de palmeiras. João e Érica simplesmente não conseguem resistir à
tentação e, antes de partir, compram uma grande quantidade de frutas,
algumas das quais nunca tinham provado antes. Bem-vindo ao mundo
do merchandising visual.
(CLAUS EBSTER)
Já vimos anteriormente o que vem a ser visual merchandising, mas Ebster (2013) o
apresenta como a “arte e a ciência de apresentar produtos do modo visualmente mais
atraente”, para o autor, ele é a “linguagem da loja”, ou seja, a forma como o varejista
se comunica com seus consumidores por meio de imagens ou apresentação do seu
produto. Com uma boa estratégia de merchandising visual, os produtos se vendem
praticamente sozinhos. Por exemplo, para apresentar roupas do modo mais atraente,
usam-se manequins elegantes, enquanto uma padaria poderia apresentar seus mais
refinados cupcakes em uma travessa lindamente cinzelada.
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OPERAÇÃO NA LOJA │ UNIDADE II
As necessidades que uma loja deve satisfazer podem ser resumidas em três princípios.
Este resultado mostra que uma quantidade grande de opções pode deixar o consumidor
indeciso e deixar a loja sem comprar nada, adiando a decisão de compra. Assim,
é necessário otimizar a estratégia de merchandising visual da loja, para evitar
consequências indesejáveis. Ebster (2013) aponta duas soluções.
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UNIDADE II │ OPERAÇÃO NA LOJA
Um dos métodos que as lojas podem usar para apresentar as mercadorias são as
apresentações agrupadas. Certamente foi já foi ao um Home de construção e observou
arranjos de banheiros ou cozinha que foram montados, especialmente, para facilitar ao
cliente a escolha dos produtos. Isso também ocorre em lojas de departamento.
No entanto, independente dos produtos oferecidos, há alguns pontos que devem ser
considerados.
Tendo em mente estas dicas, fica mais fácil montar a estratégia de apresentação de
produtos.
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OPERAÇÃO NA LOJA │ UNIDADE II
Para realçar a efetividade dos adereços, algumas regras devem ser observadas.
Fonte: Autor.
Por esse método os produtos são agrupados por sua categoria taxonômica (por exemplo:
diferentes tipos de mesas, como de canto, de jantar, escrivaninhas) ou por seu status
(bens de luxo versus produtos do dia a dia). Em outras palavras, todos os produtos em
suas várias formas são colocados um depois do outro.
Vale lembrar, que é possível usar adereços em uma apresentação tradicional. As cores
combinadas com efeitos de iluminação também podem ser usadas para tonar mais
atraente a apresentação do produto.
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UNIDADE II │ OPERAÇÃO NA LOJA
Apresentações agrupadas
Fonte: Autor.
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OPERAÇÃO NA LOJA │ UNIDADE II
Planogramas
Planogramas não são usados somente no varejo de moda, mas em todos os tipos de
lojas. Planogramas cumprem várias e importantes funções.
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UNIDADE II │ OPERAÇÃO NA LOJA
Figura 31. Analise a imagem, veja o que chama mais a atenção, as bolsas feitas com marca de pneus de uma
Mercedes, ou o carro?
Figura 32. A posição é outra forma de atrair a atenção do consumidor. Ou seja, se você colocar um produto em um lugar
onde a maioria dos consumidores o verá, ele será notado.
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OPERAÇÃO NA LOJA │ UNIDADE II
De acordo com Ebster (2012), existem três tipos de figuras que são diferentes na forma
de causar efeito e vão de universais a locais, a seguir transcrito.
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UNIDADE II │ OPERAÇÃO NA LOJA
Figuras 33. Imagens emocionais criam emoções específicas não apenas dentro da loja, mas agem como
Unidade
Fonte: Autor.
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OPERAÇÃO NA LOJA │ UNIDADE II
Equilíbrio
Não podemos deixar de falar sobre a assimetria, distribuição dos elementos não
compatíveis, diferentes em forma, cor, volume, quantidade e ocupação de espaços.
Exibir uma quantidade diferente de cada marca às vezes pode irritar os olhos e fazer
com que os consumidores percam a concentração e o foco no produto.
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UNIDADE II │ OPERAÇÃO NA LOJA
Ritmo
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OPERAÇÃO NA LOJA │ UNIDADE II
O ritmo pode ser criado com a utilização de linhas, porque estas podem diferenciar as
seções de uma loja, informar aos consumidores que esperar na fila dos caia, ou guia-los
no interior da loja, em outras palavras, a linha é uma sucessão de pontos e pode fazer o
espaço se tornar maior ou menor, acolhedor ou dinâmico. O quadro apresentará uma
visão geral de diferentes tipos de linhas e suas prováveis associações.
Figuras 39. Exemplo de vitrines que expõem seus produtos usando linhas.
Distância
Tanto a loja como os produtos nela exibidos devem transmitir uma imagem harmoniosa
a qualquer distância e ponto de visão. Para conseguir esse efeito, a loja inteira pode ser
dividida em diferentes áreas, cada uma representando funções diferentes, como aponta
Ebster (2013).
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UNIDADE II │ OPERAÇÃO NA LOJA
Completo x simples
Nosso objetivo aqui foi apresentar algumas orientações de como usar o merchandising
para atrair a atenção do cliente, seja em uma loja franqueada ou não. A seguir, para
reforçar o que foi dito, seguem os principais pontos a serem observados.
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OPERAÇÃO NA LOJA │ UNIDADE II
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CAPÍTULO 4
Cases de Sucesso e de Fracasso de
Merchandising
Caso de sucesso
Natal é tempo de LG
Unindo objetivos de forma simples e interessante para todas as partes. A ação de Natal
reuniu interesses da LG Eletronics e da Casa Hope em uma mesma ideia. Foi criado
um compre-ganhe para estimular a venda de produtos, presenteando o público com
brindes exclusivos.
O Natal é uma época do ano em que o consumo e a preocupação social estão em primeiro
plano. A LG buscava uma ação de promoção de vendas que trouxesse uma mensagem
positiva ao consumidor: O valor e respeito pelas pessoas.
»» presença em 82 lojas;
»» sorteio de brinde na hora por meio de uma roleta virtual em uma mochila
touch;
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OPERAÇÃO NA LOJA │ UNIDADE II
Considerações: foi uma campanha de sucesso, pois agregou o produto principal LG com
um produto que ajudaria a uma entidade.
Eu compro o que preciso ou gostaria e ainda estou colaborando com causas sociais.
Casos de fracasso
Caso 1
Uma grande empresa resolveu investir uma fortuna para montar em um Shopping
Center de SP uma Rampa inflável de Esqui, isso mesmo, Esqui, tinha gelo na pista.
Não contaram com a variável “vergonha” dos clientes que em sua maioria tinha idade
acima dos 35, casados e com filhos e que talvez não quisessem sair de lá encharcados.
Considerações: A ideia até que era interessante para SP que não estamos acostumados
a ver gelo, mas seria para um público muito específico, já que o valor era alto, mas o pior
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UNIDADE II │ OPERAÇÃO NA LOJA
de tudo é a pré-análise da viabilidade do negócio, afinal deveria ter uma ótima estrutura
e manutenção para a coisa dar certo.
Caso 2
Eram presentes sensacionais e para cada um deles havia um valor mínimo de consumo
para a troca. Essa ação foi um sucesso Total.
Mas o mais solicitado presente, aquele que virou case internacional de Marketing
foi o sensacional Cofre Porquinho de Poliestireno, mas conhecido como Plástico.
Para levarem para casa este presente o cliente deveria gastar acima de R$ 4.000,00 em
seu cartão. Levando em conta que a base de clientes tinha renda média de R$ 350,00 e
costumava ter um gasto médio/mês na casa dos R$ 52,00.
Para ganhar o porco, levaria aproximadamente 7 anos. Mas era uma espera valiosa, pois
o porquinho tinha olhinho, rabicó e quando estivesse cheio, para resgatar o dinheiro
seria necessário a utilização de um maçarico tal a resistência do plástico. A venda deste
cartão foi descontinuada.
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Para (não) Finalizar
Chegamos mais ao final de um caderno de estudos. Espero que o conteúdo aqui exposto
tenha motivado você a aprofundar nos assuntos propostos. Minha sugestão é que
você visite lojas, em especial franquias como O Boticário, Mc donald’s ou outras na
região onde você mora, observando o layout da loja, identificando os tipos de vitrines,
gôndolas. Converse com pessoas ligadas a essa área de atuação, troque experiências,
pesquise sobre o assunto.
Para que você se sinta motivado a seguir em frente, deixo o texto a seguir.
Consumo x Consumismo
»» Você é consumidor ou consumista? Muitas pessoas não sabem a
exata diferença entre um termo e outro. No consumo, as pessoas
adquirem somente aquilo que lhes é necessário para sobrevivência. Já
no consumismo, o indivíduo gasta tudo aquilo que tem em produtos
supérfluos, pois é influenciado, muitas vezes, por propagandas televisivas
e tem a curiosidade de experimentar novas sensações.
»» Devido a isso, algumas pessoas cometem roubos e furtos, mas não pela
necessidade de obter algo, mas, sim, motivados pela vontade de obter um
produto de marca e não ter condições de adquiri-lo de forma lícita.
»» A compulsão pelo consumo pode, talvez, ser explicada pela História. Após
a Revolução Industrial, o mundo mudou, pois os processos de fabricação
ficaram mais ágeis e, consequentemente, as vendas cresceram. Durante o
período artesanal, essa hipótese nem era cogitada.
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UNIDADE II │ OPERAÇÃO NA LOJA
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Referências
BLESSA, Regina. Merchandising no ponto de venda. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2014.
CAMARGO, Shirlei Miranda; TOALDO, Ana Maria Machado; SOBRINHO Zaki Akel. O
layout como ferramenta de marketing no varejo. Disponível em: <http://www.
anpad.org.br/admin/pdf/MKT1407.pdf>. Acesso em: 23 out. 2014.
Sites
<http://www.spdesign.sp.gov.br/embala/embala4.htm>.
<http://www.scielo.br/pdf/gp/v9n1/a05v9n1>.
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