Português Concurso 2023.2
Português Concurso 2023.2
Português Concurso 2023.2
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE
AULA 01
Olá pessoal!
SUMÁRIO
Vamos então?
LISTA DE QUESTÕES
13. (Cespe – Câmara dos Deputados 2014) O art. 37, caput, da Constituição
Federal indica expressamente à administração pública direta e indireta princípios a
serem seguidos, a saber: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência, entre outros princípios não elencados no referido artigo.
17. (Cespe – Ibama 2012) De acordo com a CF, a medida provisória, o estado de
defesa e o estado de sítio constituem exceção ao princípio da legalidade na
administração pública.
22. (Cespe – MIN 2013) Fere a moralidade administrativa a conduta do agente que
se vale da publicidade oficial para autopromover-se.
26. (Cespe – Polícia Federal 2014) Considerando que o DPF é órgão responsável
por exercer as funções de polícia judiciária da União, julgue o item a seguir.
O DPF, em razão do exercício das atribuições de polícia judiciária, não se submete
ao princípio da publicidade, sendo garantido sigilo aos atos praticados pelo órgão.
29. (Cespe – TRT 10ª Região 2013) A administração está obrigada a divulgar
informações a respeito dos seus atos administrativos, ressalvadas aquelas cujo
sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado e à proteção da
intimidade das pessoas.
39. (Cespe – MPE/AC 2014) Com relação aos princípios que regem a
administração pública, assinale a opção correta.
a) Constatadas a concessão e a incorporação indevidas de determinada gratificação
especial aos proventos de servidor aposentado, deve a administração suprimi-la em
respeito ao princípio da autotutela, sendo desnecessária a prévia instauração de
procedimento administrativo.
b) Segundo o entendimento do STF, para que não ocorra violação do princípio da
proporcionalidade, devem ser observados três subprincípios: adequação, finalidade
e razoabilidade stricto sensu.
c) O princípio da razoabilidade apresenta-se como meio de controle da
discricionariedade administrativa, e justifica a possibilidade de correção judicial.
d) O princípio da segurança jurídica apresenta-se como espécie de limitação ao
princípio da legalidade, prescrevendo o ordenamento jurídico o prazo decadencial de
cinco anos para a administração anular atos administrativos que favoreçam o
administrado, mesmo quando eivado de vício de legalidade e comprovada a má-fé.
e) Ferem os princípios da isonomia e da irredutibilidade dos vencimentos as
alterações na composição dos vencimentos dos servidores públicos, mediante a
retirada ou modificação da fórmula de cálculo de vantagens, gratificações e
adicionais, ainda que não haja redução do valor total da remuneração.
59. (Cespe – CGE/PI 2015) A administração pode anular os próprios atos, por
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e
ressalvada a apreciação judicial, bem como pode revogá-los quando eles estiverem
eivados de vícios que os tornem ilegais.
60. (Cespe TRF 2ª Região 2013) Com referência ao regime jurídico e aos
princípios da administração pública, assinale a opção correta de acordo com o
pensamento doutrinário dominante.
a) São considerados como basilares da administração pública os princípios da
legalidade, da supremacia do interesse público sobre o privado e o da continuidade
do serviço público.
b) Para o particular, o princípio da legalidade apresenta conotação negativa ou
restritiva; já para a administração pública ele apresenta caráter positivo ou
ampliativo.
c) Do princípio da continuidade do serviço público decorrem os princípios da
sindicabilidade e da autoexecutoriedade.
d) O princípio da sindicabilidade é reconhecido expressamente pela jurisprudência
do STF.
e) Sempre que a administração pública estiver envolvida em relações jurídicas,
sejam elas de direito público ou de direito privado, o interesse da administração
pública deverá imperar, pois ele sempre se sobrepõe ao interesse privado.
*****
QUESTÕES COMENTADAS
existência de atos praticados por agentes públicos que não possam ser
submetidos ao controle da sociedade.
Gabarito: Certo
Gabarito: Certo
b) impessoalidade.
c) eficiência.
d) publicidade.
e) indisponibilidade.
Comentários: No caso, o indivíduo não foi admitido no cargo em
comissão em razão de suas competências profissionais, e sim por razões
pessoais, por ter contribuído na campanha política do agente contratante.
Logo, houve clara violação ao princípio da impessoalidade (alternativa “b”), o
qual veda que a Administração favoreça esta ou aquela pessoa em especial.
Detalhe é que a Administração pode nomear pessoas para cargos em
comissão sem concurso público, mas mesmo essas nomeações devem
observar os princípios administrativos.
Gabarito: alternativa “b”
13. (Cespe – Câmara dos Deputados 2014) O art. 37, caput, da Constituição
Federal indica expressamente à administração pública direta e indireta princípios a
serem seguidos, a saber: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência, entre outros princípios não elencados no referido artigo.
Comentário: O item está correto. Os princípios da Administração Pública
considerados expressos são os listados no art. 37, caput, da Constituição
Federal, quais sejam: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e
Eficiência (LIMPE). Além destes, diversos outros princípios estão implícitos na
Constituição ou expressos na legislação infraconstitucional, como os
princípios da segurança jurídica, da razoabilidade, da proporcionalidade, da
autotutela, da sindicabilidade etc.
Gabarito: Certo
17. (Cespe – Ibama 2012) De acordo com a CF, a medida provisória, o estado de
defesa e o estado de sítio constituem exceção ao princípio da legalidade na
administração pública.
Comentário: O quesito está correto. Conforme ensinamento de Celso
Antônio Bandeira de Mello, a medida provisória, o estado de defesa e o estado
de sítio são exceções ao princípio da legalidade. O primeiro por ser um
diploma normativo de exceção e precariedade, pois só é aplicável em caso de
22. (Cespe – MIN 2013) Fere a moralidade administrativa a conduta do agente que
se vale da publicidade oficial para autopromover-se.
Comentário: Embora a prática da autopromoção através do uso de
publicidade oficial geralmente seja apontada como ofensa ao princípio da
impessoalidade, também pode ser considerada uma afronta à moralidade
administrativa, pois o uso da máquina pública em benefício próprio não é
considerado um comportamento eticamente aceitável, ainda mais porque
possui vedação expressa no art. 37, §1º da CF.
Gabarito: Certo
26. (Cespe – Polícia Federal 2014) Considerando que o DPF é órgão responsável
por exercer as funções de polícia judiciária da União, julgue o item a seguir.
4
O DPF, em razão do exercício das atribuições de polícia judiciária, não se submete
ao princípio da publicidade, sendo garantido sigilo aos atos praticados pelo órgão.
Comentários: O princípio da publicidade é um dos princípios expressos
no art. 37, caput da CF. Portanto, vincula toda a Administração Pública, direta e
indireta, de todos os Poderes, incluindo, portanto, o DPF.
A aplicação do princípio da publicidade impõe ampla divulgação dos atos
praticados pela Administração Pública, ressalvadas as hipóteses de sigilo
previstas em lei (segurança da sociedade e do Estado e defesa da intimidade
ou interesse social). Assim, os atos do DPF que, justificadamente, se
enquadrem nas hipóteses de sigilo previstas em lei terão a publicidade
preservada. Os demais, por sua vez, devem observância ao princípio. Assim,
por exemplo, uma oitiva de testemunha num inquérito policial, dependendo do
caso, pode ser considerada sigilosa, dispensando a publicidade; já um
contrato de manutenção de viaturas celebrado pelo DPF, por outro lado, deve
ser público.
Gabarito: Errado
29. (Cespe – TRT 10ª Região 2013) A administração está obrigada a divulgar
informações a respeito dos seus atos administrativos, ressalvadas aquelas cujo
sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado e à proteção da
intimidade das pessoas.
Comentário: O quesito está correto. O princípio da publicidade determina
que a Administração Pública atue de modo transparente, promovendo a mais
ampla divulgação possível de seus atos. E a razão, como esclarece Hely Lopes
Meirelles, é uma só: se a Administração é Pública, públicos têm de ser seus
atos.
Assim, a administração está obrigada a divulgar informações a respeito
dos seus atos administrativos. Inclusive, o acesso a essas informações é um
direito dos cidadãos previsto no art. 5º, incisos XXXIIII e LX. Entretanto, esses
mesmos dispositivos constitucionais preveem certas restrições à publicidade
dos atos administrativos, ressalvando a divulgação de informações cujo sigilo
seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado e à proteção da
intimidade das pessoas. Para melhor compreensão, vejamos o teor desses
incisos:
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à
segurança da sociedade e do Estado;
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da
intimidade ou o interesse social o exigirem;
Gabarito: Certo
39. (Cespe – MPE/AC 2014) Com relação aos princípios que regem a
administração pública, assinale a opção correta.
a) Constatadas a concessão e a incorporação indevidas de determinada gratificação
especial aos proventos de servidor aposentado, deve a administração suprimi-la em
respeito ao princípio da autotutela, sendo desnecessária a prévia instauração de
procedimento administrativo.
b) Segundo o entendimento do STF, para que não ocorra violação do princípio da
proporcionalidade, devem ser observados três subprincípios: adequação, finalidade
e razoabilidade stricto sensu.
c) O princípio da razoabilidade apresenta-se como meio de controle da
discricionariedade administrativa, e justifica a possibilidade de correção judicial.
para tanto, ele deve ser provocado, mediante a propositura da ação judicial
cabível.
Gabarito: Errado
1 Rcl 6650/PR
Sobre o tema, vamos ver o que diz a Lei 6.454/1977, que dispõe sobre a
denominação de logradouros, obras serviços e monumentos públicos:
Art. 1o É proibido, em todo o território nacional, atribuir nome de pessoa viva ou que
tenha se notabilizado pela defesa ou exploração de mão de obra escrava, em qualquer
modalidade, a bem público, de qualquer natureza, pertencente à União ou às pessoas
jurídicas da administração indireta. (Redação dada pela Lei nº 12.781, de 2013)
Art. 2º É igualmente vedada a inscrição dos nomes de autoridades ou administradores
em placas indicadores de obras ou em veículo de propriedade ou a serviço da
Administração Pública direta ou indireta.
Art. 3º As proibições constantes desta Lei são aplicáveis às entidades que, a qualquer
título, recebam subvenção ou auxílio dos cofres públicos federais.
O STF também já analisou o tema na ADI 307/CE, considerando
constitucional norma da Constituição do Ceará que veda ao estado e aos
municípios atribuir nome de pessoa viva a avenida, praça, rua, logradouro,
ponte, reservatório de água, viaduto, praça de esporte, biblioteca, hospital,
maternidade, edifício público, auditórios, cidades e salas de aulas. No caso, o
STF declarou constitucional a norma da Constituição cearense, considerando
que a atribuição de nome de pessoa pública viva a bens públicos é
inconstitucional por ofensa ao princípio da impessoalidade.
Assim, a questão está errada, pois a vedação existe, mas somente para
pessoas vivas (registre-se que o Nelson Mandela faleceu em 2013).
Gabarito: Errado
59. (Cespe – CGE/PI 2015) A administração pode anular os próprios atos, por
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e
ressalvada a apreciação judicial, bem como pode revogá-los quando eles estiverem
eivados de vícios que os tornem ilegais.
Comentário: De acordo com o enunciado da Súmula 473 do STF:
“A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em
todos os casos, a apreciação judicial”.
2A transação é um instrumento previsto no Código Civil para que os interessados terminem um litígio
mediante concessões mútuas (CC, art. 840). Em linguagem mais simples, a transação é um acordo em que
um dos lados abre mão de parte de seu direito para evitar uma longa demanda judicial.
60. (Cespe TRF 2ª Região 2013) Com referência ao regime jurídico e aos
princípios da administração pública, assinale a opção correta de acordo com o
pensamento doutrinário dominante.
a) São considerados como basilares da administração pública os princípios da
legalidade, da supremacia do interesse público sobre o privado e o da continuidade
do serviço público.
b) Para o particular, o princípio da legalidade apresenta conotação negativa ou
restritiva; já para a administração pública ele apresenta caráter positivo ou
ampliativo.
c) Do princípio da continuidade do serviço público decorrem os princípios da
sindicabilidade e da autoexecutoriedade.
d) O princípio da sindicabilidade é reconhecido expressamente pela jurisprudência
do STF.
e) Sempre que a administração pública estiver envolvida em relações jurídicas,
sejam elas de direito público ou de direito privado, o interesse da administração
pública deverá imperar, pois ele sempre se sobrepõe ao interesse privado.
Comentário:
(a) ERRADA. A doutrina dominante aponta que os princípios “basilares”
ou “fundamentais” da Administração Pública são os que caracterizam o
regime jurídico-administrativo, ou seja, supremacia do interesse público sobre
o privado e indisponibilidade do interesse público. Alguns autores, como Maria
Sylvia Di Pietro, preferem tratar a indisponibilidade do interesse público como
princípio da legalidade, afinal, sendo o interesse público indisponível, os
agentes públicos só podem agir conforma determina ou autoriza a lei. De
qualquer forma, o princípio da continuidade do serviço público, embora
também seja um dos princípios básicos ou gerais da Administração, não é
considerado um dos dois princípios basilares ou fundamentais, dos quais
todos os demais decorrem.
******
GABARITO
2) C 3) C 4) C 5) C
1) C
7) b 8) E 9) C 10) E
6) E
12) C 13) C 14) E 15) E
11) E
17) C 18) C 19) C 20) C
16) E
22) C 23) C 24) C 25) C
21) C
27) E 28) C 29) C 30) E
26) E
32) E 33) C 34) E 35) C
31) E
37) C 38) E 39) c 40) C
36) E
42) E 43) b 44) E 45) C
41) C
47) E 48) E 49) C 50) E
46) E
52) E 53) E 54) C 55) E
51) E
57) C 58) C 59) E 60) d
56) a
Erick Alves
RESUMÃO DA AULA
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
➢ Princípios EXPRESSOS (CF, art. 37, caput):
▪ Atos devem ser praticados tendo em vista o interesse público, e não os interesses pessoais
do agente ou de terceiros.
▪ Três aspectos: isonomia, finalidade pública e não promoção pessoal.
Impessoalidade ▪ Ex: concurso público e licitação.
▪ Proíbe nome, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal, inclusive do partido.
▪ Permite que se reconheça a validade de atos praticados por agente de fato.
▪ Ato pode ser anulado, por desvio de finalidade.
Presunção de Dois aspectos: presunção da verdade e da legalidade dos atos administrativos. Presunção
legitimidade relativa (inverte o ônus da prova).
Razoabilidade: compatibilidade entre meios e fins (aferida pelos padrões do homem médio)
Razoabilidade e Proporcionalidade: conter o abuso de poder (ex: sanções proporcionais às faltas).
proporcionalidade Doutrina: proporcionalidade constitui um dos aspectos da razoabilidade.
Três fundamentos: adequação, exigibilidade e proporcionalidade.
Contraditório e Deve haver em todos os processos administrativos, punitivos (acusados) e não punitivos
ampla defesa (litigantes).
Anular atos ilegais e revogar atos inoportunos e inconvenientes. Pode ser mediante
Autotutela provocação ou de ofício. Não afasta a apreciação do Judiciário (atos ilegais). Os atos não
podem ser revistos após o prazo decadencial, salvo comprovada má-fé.
Continuidade do Ex: direito de greve na Administração Pública pode sofrer restrições por lei. Pode haver
serviço público paralisação temporária (ex: manutenção ou não pagamento da tarifa pelo usuário).
Forma como são estruturados os órgãos da Administração Pública, criando uma relação
Hierarquia
de coordenação e subordinação entre uns e outros.
Adoção de medidas preventivas para proteger o interesse público dos riscos a que se
Precaução
sujeita.
Referências:
Alexandrino, M. Paulo, V. Direito Administrativo Descomplicado. 22ª ed. São Paulo:
Método, 2014.
Bandeira de Mello, C. A. Curso de Direito Administrativo. 27ª ed. São Paulo: Malheiros,
2010.
Borges, C. Curso de Direito Administrativo para AFRB 2014: teoria e questões
comentadas. Estratégia Concursos, 2014.
Carvalho Filho, J. S. Manual de Direito Administrativo. 27ª ed. São Paulo: Atlas, 2014.
Di Pietro, M. S. Z. Direito Administrativo. 22ª ed. São Paulo: Editora Atlas, 2009.
Furtado, L. R. Curso de Direito Administrativo. 4ª ed. Belo Horizonte: Fórum, 2013.
Knoplock, G. M. Manual de Direito Administrativo: teoria e questões. 7ª ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2013.
Justen Filho, Marçal. Curso de direito administrativo. 10ª ed. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2014.
Marrara, Thiago. As fontes do direito administrativo e o princípio da legalidade. Revista
Digital de Direito Administrativo. Ribeirão Preto. V. 1, n. 1, p. 23-51, 2014.
Meirelles, H. L. Direito administrativo brasileiro. 34ª ed. São Paulo: Malheiros, 2008.
Scatolino, G. Trindade, J. Manual de Direito Administrativo. 2ª ed. JusPODIVM, 2014.