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Aula 01

1000 Questões de Direito Administrativo - Banca CESPE


Professor: Erick Alves

13888370728 - Oseas ferreira


Direito Administrativo - CESPE
1000 Questões Comentadas
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AULA 01

Olá pessoal!

Na aula de hoje iremos comentar questões sobre os princípios da


Administração Pública.

Seguiremos o seguinte sumário:

SUMÁRIO

Lista de questões ............................................................................................................................................................. 3


Questões comentadas ................................................................................................................................................ 11
Gabarito ............................................................................................................................................................................. 40
RESUMÃO DA AULA ..................................................................................................................................................... 41

Vamos então?

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LISTA DE QUESTÕES

1. (Cespe – SEFAZ/DF 2017) Se uma autoridade pública, ao dar publicidade a


determinado programa de governo, fizer constar seu nome de modo a caracterizar
promoção pessoal, então, nesse caso, haverá, pela autoridade, violação de preceito
relacionado ao princípio da impessoalidade.

2. (Cespe – SEFAZ/DF 2017) O administrador, quando gere a coisa pública


conforme o que na lei estiver determinado, ciente de que desempenha o papel de
mero gestor de coisa que não é sua, observa o princípio da indisponibilidade do
interesse público.

3. (Cespe – SEFAZ/DF 2017) Legalidade e publicidade são princípios


constitucionais expressos aplicáveis à administração pública direta e indireta do DF.

4. (Cespe – FUB 2016) O princípio fundamental do controle determina que o


controle das atividades da administração federal seja exercido em todos os seus
níveis e órgãos, sem exceções.

5. (Cespe – FUB 2016) Acerca dos princípios fundamentais que regem a


administração pública brasileira, julgue o item a seguir. Entre esses princípios inclui-
se aquele que autoriza que o administrador público federal, em determinadas
situações, delegue competência para a prática de atos administrativos.

6. (Cespe – FUB 2016) O dever do administrador público de agir de forma ética e


com boa-fé se refere ao seu dever de eficiência.

7. (Cespe – PC/GO 2016) Sem ter sido aprovado em concurso público, um


indivíduo foi contratado para exercer cargo em uma delegacia de polícia de
determinado município, por ter contribuído na campanha política do agente
contratante.
Nessa situação hipotética, ocorreu, precipuamente, violação do princípio da
a) supremacia do interesse público.
b) impessoalidade.
c) eficiência.
d) publicidade.
e) indisponibilidade.

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8. (Cespe – TCE/PR 2016) Em razão do princípio da indisponibilidade do


interesse público, o Estado somente poderá exercer sua função administrativa sob o
regime de direito público.

9. (Cespe – INSS 2016) Em decorrência do princípio da impessoalidade, as


realizações administrativo-governamentais são imputadas ao ente público e não ao
agente público.

10. (Cespe – INSS 2016) Na análise da moralidade administrativa, pressuposto de


validade de todo ato da administração pública, é imprescindível avaliar a intenção do
agente.

11. (Cespe – FUB 2015) Na hierarquia dos princípios da administração pública, o


mais importante é o princípio da legalidade, o primeiro a ser citado na CF.

12. (Cespe – Ibama 2013) O princípio da moralidade e o da eficiência estão


expressamente previstos na CF, ao passo que o da proporcionalidade constitui
princípio implícito, não positivado no texto constitucional.

13. (Cespe – Câmara dos Deputados 2014) O art. 37, caput, da Constituição
Federal indica expressamente à administração pública direta e indireta princípios a
serem seguidos, a saber: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência, entre outros princípios não elencados no referido artigo.

14. (Cespe – Ministério da Justiça 2013) Os princípios fundamentais orientadores


de toda a atividade da administração pública encontram-se explicitamente no texto
da Constituição Federal, como é o caso do princípio da supremacia do interesse
público.

15. (Cespe – MDIC 2014) Os princípios da administração pública expressamente


dispostos na CF não se aplicam às sociedades de economia mista e às empresas
públicas, em razão da natureza eminentemente empresarial dessas entidades.

16. (Cespe – TRE/ES 2011) Enquanto na administração privada só é permitido


fazer o que a lei autoriza, na administração pública é lícito fazer tudo que a lei não
proíbe.

17. (Cespe – Ibama 2012) De acordo com a CF, a medida provisória, o estado de
defesa e o estado de sítio constituem exceção ao princípio da legalidade na
administração pública.

18. (Cespe – TJDFT 2013) Haverá ofensa ao princípio da moralidade


administrativa sempre que o comportamento da administração, embora em

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consonância com a lei, ofender a moral, os bons costumes, as regras de boa


administração, os princípios de justiça e a ideia comum de honestidade.

19. (Cespe – TJ/SE 2014) Em consonância com os princípios constitucionais da


impessoalidade e da moralidade, o STF, por meio da Súmula Vinculante n.º 13,
considerou proibida a prática de nepotismo na administração pública, inclusive a
efetuada mediante designações recíprocas — nepotismo cruzado.

20. (Cespe – TRE/ES 2011) Contraria o princípio da moralidade o servidor público


que nomeie o seu sobrinho para um cargo em comissão subordinado.

21. (Cespe – Ministério da Justiça 2013) O princípio da moralidade administrativa


torna jurídica a exigência de atuação ética dos agentes públicos e possibilita a
invalidação dos atos administrativos.

22. (Cespe – MIN 2013) Fere a moralidade administrativa a conduta do agente que
se vale da publicidade oficial para autopromover-se.

23. (Cespe – MTE 2014) Viola o princípio da impessoalidade a edição de ato


administrativo que objetive a satisfação de interesse meramente privado.

24. (Cespe – ABIN 2010) O princípio da impessoalidade decorre, em última


análise, do princípio da isonomia e da supremacia do interesse público, não
podendo, por exemplo, a administração pública conceder privilégios injustificados em
concursos públicos e licitações nem utilizar publicidade oficial para veicular
promoção pessoal.

25. (Cespe – Procurador DF 2013) Em atendimento ao princípio da publicidade, a


administração pública deve proporcionar ampla divulgação dos seus atos, e a lei
regular o acesso dos usuários de serviço público a registros administrativos e a
informações sobre atos de governo, observadas, no entanto, as restrições
estabelecidas constitucionalmente quanto ao direito à intimidade e à segurança da
sociedade e do Estado.

26. (Cespe – Polícia Federal 2014) Considerando que o DPF é órgão responsável
por exercer as funções de polícia judiciária da União, julgue o item a seguir.
O DPF, em razão do exercício das atribuições de polícia judiciária, não se submete
ao princípio da publicidade, sendo garantido sigilo aos atos praticados pelo órgão.

27. (Cespe – Câmara dos Deputados 2014) O princípio da publicidade como


valor republicano, assimilado de forma crescente pela vida e pela cultura política,
conforma o direito brasileiro a imperativo constitucional de natureza absoluta, contra
o qual não há exceção.

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28. (Cespe – TCU 2015) De acordo com entendimento dominante, é legítima a


publicação em sítio eletrônico da administração pública dos nomes de seus
servidores e do valor dos vencimentos e das vantagens pecuniárias a que eles
fazem jus.

29. (Cespe – TRT 10ª Região 2013) A administração está obrigada a divulgar
informações a respeito dos seus atos administrativos, ressalvadas aquelas cujo
sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado e à proteção da
intimidade das pessoas.

30. (Cespe – TRT 5ª Região 2013) É do princípio constitucional da eficiência que


decorre o dever estatal de neutralidade, objetividade e imparcialidade do
comportamento dos agentes públicos.

31. (Cespe – PGE/BA 2014) O atendimento ao princípio da eficiência


administrativa autoriza a atuação de servidor público em desconformidade com a
regra legal, desde que haja a comprovação do atingimento da eficácia na prestação
do serviço público correspondente.

32. (Cespe – DPF 2014) Em razão do princípio da eficiência, é possível, mediante


licitação, a contratação de empresa que não tenha apresentado toda a
documentação de habilitação exigida, desde que a proposta seja a mais vantajosa
para a administração.

33. (Cespe – Previc 2011) O cumprimento dos princípios administrativos —


especialmente o da finalidade, o da moralidade, o do interesse público e o da
legalidade — constitui um dever do administrador e apresenta-se como um direito
subjetivo de cada cidadão.

34. (Cespe – TCDF 2014) O princípio da supremacia do interesse público sobre o


interesse privado é um dos pilares do regime jurídico administrativo e autoriza a
administração pública a impor, mesmo sem previsão no ordenamento jurídico,
restrições aos direitos dos particulares em caso de conflito com os interesses de
toda a coletividade.

35. (Cespe – ATA/MJ 2013) As restrições impostas à atividade administrativa que


decorrem do fato de ser a administração pública mera gestora de bens e de
interesses públicos derivam do princípio da indisponibilidade do interesse público,
que é um dos pilares do regime jurídico-administrativo.

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36. (Cespe – INPI 2013) A supremacia do interesse público constitui um dos


princípios que regem a atividade da administração pública, expressamente previsto
na Constituição Federal.

37. (Cespe – Ministério da Justiça 2013) Motivação é um princípio que exige da


administração pública indicação dos fundamentos de fato e de direito de suas
decisões.

38. (Cespe – TCU 2015) A exoneração dos ocupantes de cargos em comissão


deve ser motivada, respeitando-se o contraditório e a ampla defesa.

39. (Cespe – MPE/AC 2014) Com relação aos princípios que regem a
administração pública, assinale a opção correta.
a) Constatadas a concessão e a incorporação indevidas de determinada gratificação
especial aos proventos de servidor aposentado, deve a administração suprimi-la em
respeito ao princípio da autotutela, sendo desnecessária a prévia instauração de
procedimento administrativo.
b) Segundo o entendimento do STF, para que não ocorra violação do princípio da
proporcionalidade, devem ser observados três subprincípios: adequação, finalidade
e razoabilidade stricto sensu.
c) O princípio da razoabilidade apresenta-se como meio de controle da
discricionariedade administrativa, e justifica a possibilidade de correção judicial.
d) O princípio da segurança jurídica apresenta-se como espécie de limitação ao
princípio da legalidade, prescrevendo o ordenamento jurídico o prazo decadencial de
cinco anos para a administração anular atos administrativos que favoreçam o
administrado, mesmo quando eivado de vício de legalidade e comprovada a má-fé.
e) Ferem os princípios da isonomia e da irredutibilidade dos vencimentos as
alterações na composição dos vencimentos dos servidores públicos, mediante a
retirada ou modificação da fórmula de cálculo de vantagens, gratificações e
adicionais, ainda que não haja redução do valor total da remuneração.

40. (Cespe – MIN 2013) O desfazimento da nomeação de um agente


administrativo somente pode ocorrer depois de assegurada a ele a garantia do
contraditório e da ampla defesa.

41. (Cespe – Procurador MPTCDF 2013) Constitui exteriorização do princípio da


autotutela a súmula do STF que enuncia que “A administração pode anular seus
próprios atos, quando eivados dos vícios que os tornam ilegais, porque deles não se
originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência e oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação
judicial”.

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42. (Cespe – Suframa 2014) O princípio administrativo da autotutela expressa a


capacidade que a administração tem de rever seus próprios atos, desde que
provocada pela parte interessada, independentemente de decisão judicial.

43. (Cespe – AE/ES 2013) Caso se verifique, durante a realização de um concurso


público, a utilização, por candidatos, de métodos fraudulentos para a obtenção das
respostas corretas das provas, a administração pública poderá anular o concurso
embasada diretamente no princípio da
a) segurança jurídica.
b) autotutela.
c) transparência.
d) eficiência.
e) supremacia do interesse público.

44. (Cespe – MIN 2013) Suponha que a ascensão funcional de determinado


servidor público tenha decorrido de ato administrativo calcado em lei inconstitucional
e que já tenha transcorrido o prazo decadencial para a administração anular o
respectivo ato. Nessa situação, admite-se a convalidação do ato administrativo de
transposição de carreira em favor do servidor, com fundamento no princípio da
indisponibilidade.

45. (Cespe – Ministério da Justiça 2014) O fundamento da prescrição


administrativa reside no princípio da conservação dos valores jurídicos já
concretizados, visando impedir, em razão do decurso do prazo legalmente fixado, o
exercício da autotutela por parte da administração pública.

46. (Cespe – MIN 2013) O princípio da gratuidade aplica-se a todo e qualquer


processo administrativo.

47. (Cespe – TCDF 2014) Em razão do princípio da legalidade, a administração


pública está impedida de tomar decisões fundamentadas nos costumes.

48. (Cespe – Câmara dos Deputados 2014) O princípio da legalidade implica


dispor o administrador público no exercício de seu munus de espaço decisório de
estrita circunscrição permissiva da lei em vigor, conforme ocorre com agentes
particulares e árbitros comerciais.

49. (Cespe – Procurador MPTCDF 2013) Por força do princípio da legalidade, a


administração pública não está autorizada a reconhecer direitos contra si
demandados quando estiverem ausentes seus pressupostos.

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50. (Cespe – TRT 5ª Região 2013) Segundo o STF, é imprescindível a existência


de norma legal específica com vistas a coibir a prática do nepotismo, haja vista que
a vedação a essa prática decorre diretamente das normas constitucionais aplicáveis
à administração pública, em especial do princípio da moralidade.

51. (Cespe – Procurador DF 2013) Com fundamento no princípio da moralidade e


da impessoalidade, o STF entende que, independentemente de previsão em lei
formal, constitui violação à CF a nomeação de sobrinho da autoridade nomeante
para o exercício de cargo em comissão, ainda que para cargo político, como o de
secretário estadual.

52. (Cespe – Ibama 2012) Caracteriza nepotismo a nomeação de familiar de


servidor efetivo do IBAMA que, em razão de sua qualificação, seja convidado a
ocupar uma das diretorias dessa autarquia.

53. (Cespe – PGE/BA 2014) Suponha que o governador de determinado estado


tenha atribuído o nome de Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul, a escola
pública estadual construída com recursos financeiros repassados mediante convênio
com a União. Nesse caso, há violação do princípio da impessoalidade, dada a
existência de proibição constitucional à publicidade de obras com nomes de
autoridades públicas.

54. (Cespe – Câmara dos Deputados 2014) O princípio da impessoalidade é


corolário do princípio da isonomia.

55. (Cespe – MPE/PI 2011) O princípio da moralidade pretende tutelar o


descontentamento da sociedade em razão da deficiente prestação de serviços
públicos e de inúmeros prejuízos causados aos usuários.

56. (Cespe – Defensoria Pública/TO 2013) Em relação aos princípios do direito


administrativo, assinale a opção correta.
a) A personalização do direito administrativo é consequência da aplicação do
princípio democrático e dos direitos fundamentais em todas as atividades da
administração pública.
b) Não se qualifica a violação aos princípios da administração pública como
modalidade autônoma de ato que enseja improbidade administrativa.
c) O princípio da impessoalidade limita-se ao dever de isonomia da administração
pública.
d) A disponibilização de informações de interesse coletivo pela administração pública
constitui obrigação constitucional a ser observada até mesmo nos casos em que as
informações envolvam a intimidade das pessoas.

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e) O princípio da eficiência administrativa funda-se na subordinação da atividade


administrativa à racionalidade econômica.

57. (Cespe – Câmara dos Deputados 2014) O princípio da indisponibilidade do


interesse público não impede a administração pública de realizar acordos e
transações.

58. (Cespe – TNS/MC 2013) Nos casos de desapropriação e do exercício do poder


de polícia do Estado, constata-se nitidamente a aplicação do princípio da
supremacia do interesse público sobre o privado.

59. (Cespe – CGE/PI 2015) A administração pode anular os próprios atos, por
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e
ressalvada a apreciação judicial, bem como pode revogá-los quando eles estiverem
eivados de vícios que os tornem ilegais.

60. (Cespe TRF 2ª Região 2013) Com referência ao regime jurídico e aos
princípios da administração pública, assinale a opção correta de acordo com o
pensamento doutrinário dominante.
a) São considerados como basilares da administração pública os princípios da
legalidade, da supremacia do interesse público sobre o privado e o da continuidade
do serviço público.
b) Para o particular, o princípio da legalidade apresenta conotação negativa ou
restritiva; já para a administração pública ele apresenta caráter positivo ou
ampliativo.
c) Do princípio da continuidade do serviço público decorrem os princípios da
sindicabilidade e da autoexecutoriedade.
d) O princípio da sindicabilidade é reconhecido expressamente pela jurisprudência
do STF.
e) Sempre que a administração pública estiver envolvida em relações jurídicas,
sejam elas de direito público ou de direito privado, o interesse da administração
pública deverá imperar, pois ele sempre se sobrepõe ao interesse privado.

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QUESTÕES COMENTADAS

1. (Cespe – SEFAZ/DF 2017) Se uma autoridade pública, ao dar publicidade a


determinado programa de governo, fizer constar seu nome de modo a caracterizar
promoção pessoal, então, nesse caso, haverá, pela autoridade, violação de preceito
relacionado ao princípio da impessoalidade.
Comentários: Uma das vertentes do princípio da impessoalidade é a que
veda a promoção pessoal do agente público às custas das suas realizações na
Administração Pública. Portanto, se uma autoridade pública, ao dar
publicidade a determinado programa de governo, fizer constar seu nome de
modo a caracterizar promoção pessoal, então, nesse caso, haverá, pela
==3b479==

autoridade, violação de preceito relacionado ao princípio da impessoalidade.


Assim, o quesito está correto.
Com efeito, além do princípio da impessoalidade em si, a autoridade
estará desobedecendo um dispositivo constitucional expresso (CF, art. 37,
§1º):
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades ou servidores públicos.
Gabarito: Certo

2. (Cespe – SEFAZ/DF 2017) O administrador, quando gere a coisa pública


conforme o que na lei estiver determinado, ciente de que desempenha o papel de
mero gestor de coisa que não é sua, observa o princípio da indisponibilidade do
interesse público.
Comentários: o princípio da indisponibilidade do interesse público de
fundamenta no fato de a Administração não ser a “dona” dos bens e
interesses públicos, cabendo-lhe tão somente geri-los e conservá-los em prol
do verdadeiro titular, o povo. Por não ser a “dona”, o interesse público é
indisponível pela Administração, ou seja, a Administração não pode fazer o
que quiser com ele. Ao contrário, os agentes públicos somente podem atuar
quando houver lei que autorize ou determine a sua atuação, e nos limites
estipulados por essa lei, a qual traduz a “vontade geral”.
Gabarito: Certo

3. (Cespe – SEFAZ/DF 2017) Legalidade e publicidade são princípios


constitucionais expressos aplicáveis à administração pública direta e indireta do DF.

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Comentários: Os princípios constitucionais expressos são aqueles


listados no art. 37, caput da Constituição Federal, quais sejam, legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Importante perceber que tais princípios devem ser observados por toda a
Administração Pública, direta e indireta, de qualquer dos Poderes, da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Portanto, é correto afirmar
que legalidade e publicidade são princípios constitucionais expressos
aplicáveis à administração pública direta e indireta do DF.
Gabarito: Certo

4. (Cespe – FUB 2016) O princípio fundamental do controle determina que o


controle das atividades da administração federal seja exercido em todos os seus
níveis e órgãos, sem exceções.
Comentário: O controle, de fato, é um princípio fundamental a ser
obedecido pela Administração Federal, em conformidade com o art. 6º do
Decreto-Lei 200/1967:
Art. 6º As atividades da Administração Federal obedecerão aos seguintes princípios
fundamentais:
I - Planejamento.
II - Coordenação.
III - Descentralização.
IV - Delegação de Competência.
V - Controle.
Essa mesma norma preceitua que o controle deverá ser exercido em
todos os níveis e em todos os órgãos. Veja:
Art. 13 O controle das atividades da Administração Federal deverá exercer-se em
todos os níveis e em todos os órgãos, compreendendo, particularmente:
a) o controle, pela chefia competente, da execução dos programas e da observância
das normas que governam a atividade específica do órgão controlado;
b) o controle, pelos órgãos próprios de cada sistema, da observância das normas
gerais que regulam o exercício das atividades auxiliares;
c) o controle da aplicação dos dinheiros públicos e da guarda dos bens da União
pelos órgãos próprios do sistema de contabilidade e auditoria.
É verdade que o Decreto-Lei não fala explicitamente que o controle será
exercido “sem exceções”, mas podemos considerar essa afirmação correta,
afinal, estamos em um Estado de Direito, no qual não há espaços para a

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existência de atos praticados por agentes públicos que não possam ser
submetidos ao controle da sociedade.
Gabarito: Certo

5. (Cespe – FUB 2016) Acerca dos princípios fundamentais que regem a


administração pública brasileira, julgue o item a seguir. Entre esses princípios inclui-
se aquele que autoriza que o administrador público federal, em determinadas
situações, delegue competência para a prática de atos administrativos.
Comentário: A banca retirou essa questão do art. 6º do Decreto-Lei
200/1967:
Art. 6º As atividades da Administração Federal obedecerão aos seguintes princípios
fundamentais:
I - Planejamento.
II - Coordenação.
III - Descentralização.
IV - Delegação de Competência.
V - Controle.
Lembrando que a possibilidade de delegação dos atos administrativos
também é prevista na Lei 9.784/99:
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento
legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que
estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em
razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.

Gabarito: Certo

6. (Cespe – FUB 2016) O dever do administrador público de agir de forma ética e


com boa-fé se refere ao seu dever de eficiência.
Comentários: O dever do administrador público de agir de forma ética e
com boa-fé se refere ao princípio de moralidade, e não de eficiência.
Gabarito: Errado

7. (Cespe – PC/GO 2016) Sem ter sido aprovado em concurso público, um


indivíduo foi contratado para exercer cargo em uma delegacia de polícia de
determinado município, por ter contribuído na campanha política do agente
contratante.
Nessa situação hipotética, ocorreu, precipuamente, violação do princípio da
a) supremacia do interesse público.

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b) impessoalidade.
c) eficiência.
d) publicidade.
e) indisponibilidade.
Comentários: No caso, o indivíduo não foi admitido no cargo em
comissão em razão de suas competências profissionais, e sim por razões
pessoais, por ter contribuído na campanha política do agente contratante.
Logo, houve clara violação ao princípio da impessoalidade (alternativa “b”), o
qual veda que a Administração favoreça esta ou aquela pessoa em especial.
Detalhe é que a Administração pode nomear pessoas para cargos em
comissão sem concurso público, mas mesmo essas nomeações devem
observar os princípios administrativos.
Gabarito: alternativa “b”

8. (Cespe – TCE/PR 2016) Em razão do princípio da indisponibilidade do


interesse público, o Estado somente poderá exercer sua função administrativa sob o
regime de direito público.
Comentários: A função administrativa pode ser exercida tanto sob o
regime de direito público como sob o regime de direito privado. Embora a
maioria dos atos praticados pela Administração obedeça ao regime de direito
público, é possível que a Administração pratique atos sob o regime de direito
privado. Um exemplo, são os contratos de locação celebrados pela
Administração, que são contratos de direito privado.
Gabarito: Errado

9. (Cespe – INSS 2016) Em decorrência do princípio da impessoalidade, as


realizações administrativo-governamentais são imputadas ao ente público e não ao
agente público.
Comentário: O princípio da impessoalidade veda a promoção pessoal do
agente à custa das realizações da Administração Pública. Assim, as
realizações governamentais não devem ser atribuídas ao agente ou à
autoridade que as pratica. Estes apenas lhes dão forma. Ao contrário, os atos
e provimentos administrativos devem ser vistos como manifestações
institucionais do órgão ou da entidade pública. O servidor ou autoridade é
apenas o meio de manifestação da vontade estatal.
Gabarito: Certo

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10. (Cespe – INSS 2016) Na análise da moralidade administrativa, pressuposto de


validade de todo ato da administração pública, é imprescindível avaliar a intenção do
agente.
Comentário: A doutrina enfatiza que a moralidade administrativa
independe da concepção subjetiva, isto é, da moral comum, da ideia pessoal
do agente sobre o que é certo ou errado em termos éticos. Na verdade, o que
importa é a noção objetiva do conceito, ou seja, a moralidade administrativa,
passível de ser extraída do conjunto de normas concernentes à conduta de
agentes públicos existentes no ordenamento jurídico, relacionada à ideia geral
de boa administração. Assim, na análise da moralidade administrativa, não é
imprescindível avaliar a intenção do agente.
Por exemplo, se uma autoridade nomear um parente até o terceiro grau
para cargo em comissão estará ofendendo o principio da moralidade, ainda
que esteja com a melhor das intenções. Não importa, no caso, que esse
parente seja muito competente e que a intenção da autoridade esteja
totalmente voltada ao interesse público. Isso porque o nepotismo é proibido
em nosso ordenamento jurídico, objetivamente. Assim, o simples fato de
nomear um parente até o terceiro grau para cargo em comissão representa
uma ofensa princípio da moralidade.
Na mesma linha, a nomeação de parentes para cargos políticos só não
ofende o princípio da moralidade porque não há vedação para isso. Também
aqui não é necessário aferir a intenção do agente. Note que, se ele nomear um
parente totalmente despreparado para um cargo político, o que estará
ofendendo os princípios administrativos não é a intenção da autoridade, e sim
as características do nomeado. Imagine que a autoridade nomeie alguém sem
qualquer habilidade para aquele cargo político, mas, quando for feita a
avaliação da "intenção" dessa autoridade, verificar-se que é a melhor possível,
que a autoridade "realmente" acha que aquilo está certo e vai atender o
interesse público. Essa nomeação mereceria ser mantida só porque a
“intenção” da autoridade é boa? Lógico que não, né?! Portanto, o que importa
não é o que agente acha ser bom ou mal, certo ou errado, mas o que a lei diz
que é. Essa é a chamada "moral administrativa", que independe da moral
comum, ou seja, da intenção do agente, embora às vezes elas se confundam.
Nem sempre o que é certo pra mim é certo pra você. Por isso não dá pra
"confiar" na intenção do agente.
Gabarito: Errado

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11. (Cespe – FUB 2015) Na hierarquia dos princípios da administração pública, o


mais importante é o princípio da legalidade, o primeiro a ser citado na CF.
Comentário: Os princípios não possuem hierarquização entre si. Ou seja,
não há princípio mais ou menos importante, todos se equiparam.
Gabarito: Errado

12. (Cespe – Ibama 2013) O princípio da moralidade e o da eficiência estão


expressamente previstos na CF, ao passo que o da proporcionalidade constitui
princípio implícito, não positivado no texto constitucional.
Comentário: Os princípios da Administração Pública considerados
expressos e listados no art. 37, caput, da Constituição Federal são: LIMPE:
Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência.
Portanto, é correto afirmar que moralidade e eficiência são princípios
expressos na Constituição, e que proporcionalidade constitui princípio apenas
implícito do texto constitucional.
Gabarito: Certo

13. (Cespe – Câmara dos Deputados 2014) O art. 37, caput, da Constituição
Federal indica expressamente à administração pública direta e indireta princípios a
serem seguidos, a saber: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência, entre outros princípios não elencados no referido artigo.
Comentário: O item está correto. Os princípios da Administração Pública
considerados expressos são os listados no art. 37, caput, da Constituição
Federal, quais sejam: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e
Eficiência (LIMPE). Além destes, diversos outros princípios estão implícitos na
Constituição ou expressos na legislação infraconstitucional, como os
princípios da segurança jurídica, da razoabilidade, da proporcionalidade, da
autotutela, da sindicabilidade etc.
Gabarito: Certo

14. (Cespe – Ministério da Justiça 2013) Os princípios fundamentais orientadores


de toda a atividade da administração pública encontram-se explicitamente no texto
da Constituição Federal, como é o caso do princípio da supremacia do interesse
público.
Comentário: O item está errado. Apenas parte dos princípios que
orientam a atividade da Administração Pública estão expressos na
Constituição Federal, no caput do art. 37. São eles: Legalidade,
Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência (LIMPE). Muitos outros
se encontram implícitos no texto da Constituição ou expressos na legislação

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infraconstitucional, dentre eles o da supremacia do interesse público, da


motivação, da segurança jurídica, da continuidade do serviço público etc.
Gabarito: Errado

15. (Cespe – MDIC 2014) Os princípios da administração pública expressamente


dispostos na CF não se aplicam às sociedades de economia mista e às empresas
públicas, em razão da natureza eminentemente empresarial dessas entidades.
Comentário: O item está errado. O caput do art. 37 da CF dispõe que a
“administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”.
Portanto, o comando constitucional sujeita aos princípios da
Administração Pública toda a administração indireta, incluindo fundações,
autarquias e, também, as empresas públicas e sociedades de economia mista
que explorem atividade econômica.
O conceito de administração pública direta e indireta será tratado com
detalhes em aulas posteriores. Neste primeiro momento, observe que os
princípios devem ser observados por todos os entes que fazem parte da
administração pública, incluindo empresas que possuem atividades
empresariais, como por exemplo: Petrobras e Caixa Econômica Federal.
Gabarito: Errado

16. (Cespe – TRE/ES 2011) Enquanto na administração privada só é permitido


fazer o que a lei autoriza, na administração pública é lícito fazer tudo que a lei não
proíbe.
Comentário: A questão está errada, pois inverteu os conceitos:
“Enquanto na administração privada pública só é permitido fazer o que a lei
autoriza, na administração pública privada é lícito fazer tudo que a lei não proíbe.”
Gabarito: Errado

17. (Cespe – Ibama 2012) De acordo com a CF, a medida provisória, o estado de
defesa e o estado de sítio constituem exceção ao princípio da legalidade na
administração pública.
Comentário: O quesito está correto. Conforme ensinamento de Celso
Antônio Bandeira de Mello, a medida provisória, o estado de defesa e o estado
de sítio são exceções ao princípio da legalidade. O primeiro por ser um
diploma normativo de exceção e precariedade, pois só é aplicável em caso de

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“relevância e urgência”. Os dois últimos por restringirem direitos em situações


excepcionais.
Gabarito: Certo

18. (Cespe – TJDFT 2013) Haverá ofensa ao princípio da moralidade


administrativa sempre que o comportamento da administração, embora em
consonância com a lei, ofender a moral, os bons costumes, as regras de boa
administração, os princípios de justiça e a ideia comum de honestidade.
Comentário: Aqui vale a máxima: nem tudo que é legal é moral. Assim, é
correto afirmar que atenta contra o princípio da moralidade o comportamento
da administração que, embora em consonância com a lei, venha a ofender a
moral, os bons costumes, as regras de boa administração, os princípios de
justiça e a ideia comum de honestidade. Como exemplo, imagine que
determinado município gastou grande parte do orçamento para adquirir,
mediante regular licitação, um carro de luxo para uso exclusivo do prefeito,
enquanto todas as ambulâncias da cidade estavam sem condições de uso.
Ora, ainda que a aquisição do carro tenha observado todos os preceitos da lei
de licitações, sendo, portanto, legal, não poderia ser considerada moral, pois
desprezou outras necessidades mais urgentes da população.
Gabarito: Certo

19. (Cespe – TJ/SE 2014) Em consonância com os princípios constitucionais da


impessoalidade e da moralidade, o STF, por meio da Súmula Vinculante n.º 13,
considerou proibida a prática de nepotismo na administração pública, inclusive a
efetuada mediante designações recíprocas — nepotismo cruzado.
Comentários: A questão está correta, nos termos da Súmula Vinculante
nº 13 do STF, abaixo transcrita:
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por
afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da
mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento,
para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função
gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste
mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.

A expressão “ajuste mediante designações recíprocas” na parte final da


Súmula veda o chamado nepotismo cruzado, que ocorre quando há uma
espécie de troca de favores, ou seja, um ajuste que garante nomeações
recíprocas de parentes de autoridades. É o caso, por exemplo, do Prefeito que
contrata um parente do presidente da Câmara e este, por sua vez, nomeia um
parente do Prefeito.

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Lembrando que a vedação ao nepotismo, em regra, não alcança a


nomeação para cargos políticos (ex: ministros, secretários municipais e
estaduais), exceto se ficar demonstrado que a nomeação se deu
exclusivamente por causa do parentesco (o nomeado não possui qualquer
qualificação que justifique a sua escolha).
Gabarito: Certo

20. (Cespe – TRE/ES 2011) Contraria o princípio da moralidade o servidor público


que nomeie o seu sobrinho para um cargo em comissão subordinado.
Comentário: O item está correto. A autoridade que nomear o sobrinho
(linha colateral de 3º grau) para um
3 cargo em comissão subordinado estará
contrariando os princípios constitucionais, conforme consta na súmula
vinculante nº 13. Os princípios diretamente relacionados ao caso são
moralidade, impessoalidade, igualdade e eficiência.
Gabarito: Certo

21. (Cespe – Ministério da Justiça 2013) O princípio da moralidade administrativa


torna jurídica a exigência de atuação ética dos agentes públicos e possibilita a
invalidação dos atos administrativos.
Comentário: O quesito está correto, pois apresenta a definição correta do
princípio da moralidade administrativa. Interessante notar que, embora se trate
de um conceito indeterminado, uma ofensa à moralidade administrativa pode
levar à invalidação dos atos administrativos. Vale dizer: um ato contrário à
moral administrativa não está sujeito a uma análise de mérito (oportunidade e
conveniência), mas a uma análise de legitimidade, isto é, um ato contrário à
moral administrativa é um ato nulo, e não meramente inoportuno e
inconveniente, podendo a declaração de nulidade ser feita pela própria
Administração (autotutela) e também pelo Poder Judiciário.
Gabarito: Certo

22. (Cespe – MIN 2013) Fere a moralidade administrativa a conduta do agente que
se vale da publicidade oficial para autopromover-se.
Comentário: Embora a prática da autopromoção através do uso de
publicidade oficial geralmente seja apontada como ofensa ao princípio da
impessoalidade, também pode ser considerada uma afronta à moralidade
administrativa, pois o uso da máquina pública em benefício próprio não é
considerado um comportamento eticamente aceitável, ainda mais porque
possui vedação expressa no art. 37, §1º da CF.
Gabarito: Certo

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23. (Cespe – MTE 2014) Viola o princípio da impessoalidade a edição de ato


administrativo que objetive a satisfação de interesse meramente privado.
Comentários: O item está correto. Em razão do princípio da
impessoalidade, os atos administrativos devem ter como objetivo a satisfação
o interesse público. Portanto, ato que objetive satisfazer interesse meramente
privado ofende o referido princípio.
Gabarito: Certo

24. (Cespe – ABIN 2010) O princípio da impessoalidade decorre, em última


análise, do princípio da isonomia e da supremacia do interesse público, não
podendo, por exemplo, a administração pública conceder privilégios injustificados em
b
concursos públicos e licitações nem utilizar publicidade oficial para veicular
promoção pessoal.
Comentário: O princípio da impessoalidade se relaciona com o princípio
da finalidade. Vimos que o princípio da supremacia do interesse público se
fundamenta na razão de ser da Administração, ou seja, o alcance do interesse
público. Dessa forma, podemos relacionar a finalidade com a supremacia do
interesse público.
Em outra acepção, o princípio da impessoalidade representa a isonomia
ou igualdade, vedando, portanto, privilégios injustificados em concursos
públicos e licitações nem utilizar publicidade oficial para veicular promoção
pessoal. Logo, o item está perfeito!
Gabarito: Certo

25. (Cespe – Procurador DF 2013) Em atendimento ao princípio da publicidade, a


administração pública deve proporcionar ampla divulgação dos seus atos, e a lei
regular o acesso dos usuários de serviço público a registros administrativos e a
informações sobre atos de governo, observadas, no entanto, as restrições
estabelecidas constitucionalmente quanto ao direito à intimidade e à segurança da
sociedade e do Estado.
Comentário: A questão está correta, nos termos dos seguintes
dispositivos da Constituição Federal, que dão forma ao princípio da
publicidade:
Art. 37 (...)
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública
direta e indireta, regulando especialmente:
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos
de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII;
Art. 5º (...)

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X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,


assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua
violação;
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à
segurança da sociedade e do Estado;
Gabarito: Certo

26. (Cespe – Polícia Federal 2014) Considerando que o DPF é órgão responsável
por exercer as funções de polícia judiciária da União, julgue o item a seguir.
4
O DPF, em razão do exercício das atribuições de polícia judiciária, não se submete
ao princípio da publicidade, sendo garantido sigilo aos atos praticados pelo órgão.
Comentários: O princípio da publicidade é um dos princípios expressos
no art. 37, caput da CF. Portanto, vincula toda a Administração Pública, direta e
indireta, de todos os Poderes, incluindo, portanto, o DPF.
A aplicação do princípio da publicidade impõe ampla divulgação dos atos
praticados pela Administração Pública, ressalvadas as hipóteses de sigilo
previstas em lei (segurança da sociedade e do Estado e defesa da intimidade
ou interesse social). Assim, os atos do DPF que, justificadamente, se
enquadrem nas hipóteses de sigilo previstas em lei terão a publicidade
preservada. Os demais, por sua vez, devem observância ao princípio. Assim,
por exemplo, uma oitiva de testemunha num inquérito policial, dependendo do
caso, pode ser considerada sigilosa, dispensando a publicidade; já um
contrato de manutenção de viaturas celebrado pelo DPF, por outro lado, deve
ser público.
Gabarito: Errado

27. (Cespe – Câmara dos Deputados 2014) O princípio da publicidade como


valor republicano, assimilado de forma crescente pela vida e pela cultura política,
conforma o direito brasileiro a imperativo constitucional de natureza absoluta, contra
o qual não há exceção.
Comentário: Nenhum princípio administrativo é absoluto. Todos admitem
exceções. O princípio da publicidade, por exemplo, comporta algumas
exceções: (a) os dados pessoais (dizem respeito à intimidade, honra e imagem
das pessoas) e (b) as informações classificadas por autoridades como
sigilosas (informações imprescindíveis para a segurança da sociedade e do
Estado).
Gabarito: Errado

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28. (Cespe – TCU 2015) De acordo com entendimento dominante, é legítima a


publicação em sítio eletrônico da administração pública dos nomes de seus
servidores e do valor dos vencimentos e das vantagens pecuniárias a que eles
fazem jus.
Comentário: A jurisprudência do STF considera lícita a divulgação do
nome e da remuneração dos servidores na internet. É uma aplicação do
princípio da publicidade, que assegura o acesso a informações de interesse
geral e coletivo. O item está correto, portanto.
Vale lembrar, todavia, que o STF não possui o mesmo entendimento
quanto à revelação do CPF, da identidade e do endereço residencial, pois a
7 forma de garantir a segurança pessoal e
preservação destes dados seria uma
familiar do servidor.
Gabarito: Certo

29. (Cespe – TRT 10ª Região 2013) A administração está obrigada a divulgar
informações a respeito dos seus atos administrativos, ressalvadas aquelas cujo
sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado e à proteção da
intimidade das pessoas.
Comentário: O quesito está correto. O princípio da publicidade determina
que a Administração Pública atue de modo transparente, promovendo a mais
ampla divulgação possível de seus atos. E a razão, como esclarece Hely Lopes
Meirelles, é uma só: se a Administração é Pública, públicos têm de ser seus
atos.
Assim, a administração está obrigada a divulgar informações a respeito
dos seus atos administrativos. Inclusive, o acesso a essas informações é um
direito dos cidadãos previsto no art. 5º, incisos XXXIIII e LX. Entretanto, esses
mesmos dispositivos constitucionais preveem certas restrições à publicidade
dos atos administrativos, ressalvando a divulgação de informações cujo sigilo
seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado e à proteção da
intimidade das pessoas. Para melhor compreensão, vejamos o teor desses
incisos:
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à
segurança da sociedade e do Estado;
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da
intimidade ou o interesse social o exigirem;

Gabarito: Certo

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30. (Cespe – TRT 5ª Região 2013) É do princípio constitucional da eficiência que


decorre o dever estatal de neutralidade, objetividade e imparcialidade do
comportamento dos agentes públicos.
Comentário: O item está errado. O dever estatal de neutralidade,
objetividade e imparcialidade do comportamento dos agentes públicos decorre
do princípio constitucional da impessoalidade, e não da eficiência.
Gabarito: Errado

31. (Cespe – PGE/BA 2014) O atendimento ao princípio da eficiência


administrativa autoriza a atuação de servidor público em desconformidade com a
regra legal, desde que haja a comprovação do atingimento da eficácia na prestação
do serviço público correspondente. 9
Comentário: O quesito está errado. A busca pela eficiência administrativa
deve ser feita em harmonia com os demais princípios da Administração
Pública. Assim, não se pode deixar de obedecer aos princípios da legalidade,
impessoalidade, moralidade e publicidade somente para alcançar melhores
resultados. Por exemplo, se um agente público deixar de realizar a licitação em
determinada situação, contratando a empresa de um amigo seu sobre o
pretexto de que a contratação foi mais célere, barata e com mais qualidade, o
ato será mais eficiente, porém será ilegal, imoral e contra a impessoalidade.
Dessa forma, deverá ser considerado nulo.
Gabarito: Errado

32. (Cespe – DPF 2014) Em razão do princípio da eficiência, é possível, mediante


licitação, a contratação de empresa que não tenha apresentado toda a
documentação de habilitação exigida, desde que a proposta seja a mais vantajosa
para a administração.
Comentário: O item está errado. O princípio da eficiência deve sempre se
submeter ao princípio da legalidade. Assim, nunca poderá justificar-se a
atuação administrativa contrária ao direito, mesmo que o ato ilegal se mostre
mais eficiente.
Gabarito: Errado

33. (Cespe – Previc 2011) O cumprimento dos princípios administrativos —


especialmente o da finalidade, o da moralidade, o do interesse público e o da
legalidade — constitui um dever do administrador e apresenta-se como um direito
subjetivo de cada cidadão.
Comentário: O item está perfeito. Muitos dos direitos fundamentais dos
cidadãos são concretizados através das atividades exercidas pela

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Administração Pública. É ela que executa os serviços públicos, que garante a


segurança, a mobilidade urbana, a saúde, a educação, enfim, todo o conjunto
de realizações que representam a satisfação do interesse público. Assim, é
correto afirmar que o cumprimento dos princípios constitucionais, mais que
um dever do administrador, constitui um direito subjetivo de cada cidadão.
Gabarito: Certo

34. (Cespe – TCDF 2014) O princípio da supremacia do interesse público sobre o


interesse privado é um dos pilares do regime jurídico administrativo e autoriza a
administração pública a impor, mesmo sem previsão no ordenamento jurídico,
restrições aos direitos dos particulares em caso de conflito com os interesses de
toda a coletividade.
Comentário: De fato o princípio da supremacia do interesse público é um
dos pilares do regime jurídico administrativo, mas ele só autoriza a imposição
de restrições de direitos, como no exercício do poder de polícia ou na
intervenção administrativa, quando existir previsão legal.
Gabarito: Errado

35. (Cespe – ATA/MJ 2013) As restrições impostas à atividade administrativa que


decorrem do fato de ser a administração pública mera gestora de bens e de
interesses públicos derivam do princípio da indisponibilidade do interesse público,
que é um dos pilares do regime jurídico-administrativo.
Comentário: A Administração não possui livre disposição dos bens e
interesses públicos, uma vez que atua em nome do povo, este sim titular da
coisa pública. É justamente daí que decorrem as restrições impostas à
atividade administrativa, consequência lógica do princípio da indisponibilidade
do interesse público, um dos pilares do regime jurídico administrativo.
Gabarito: Certo

36. (Cespe – INPI 2013) A supremacia do interesse público constitui um dos


princípios que regem a atividade da administração pública, expressamente previsto
na Constituição Federal.
Comentário: Os princípios expressos na Constituição Federal são os da
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Os dois
princípios fundamentais do Direito Administrativo – supremacia e
indisponibilidade do interesse público – são apenas implícitos, daí o erro.
Gabarito: Errado

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37. (Cespe – Ministério da Justiça 2013) Motivação é um princípio que exige da


administração pública indicação dos fundamentos de fato e de direito de suas
decisões.
Comentário: A questão está correta. O princípio da motivação exige que a
Administração justifique seus atos, apresentado as razões que a levaram a
tomar determinada decisão. Assim, a motivação possibilita o controle da
legalidade e da moralidade dos atos administrativos. O princípio está
positivado na Lei 9.784/1999 da seguinte forma:
Art. 2º Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da
legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade,
ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os
critérios de:
VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a
decisão;
Gabarito: Certo

38. (Cespe – TCU 2015) A exoneração dos ocupantes de cargos em comissão


deve ser motivada, respeitando-se o contraditório e a ampla defesa.
Comentário: A doutrina cita a exoneração dos ocupantes de cargos em
comissão como uma exceção ao princípio da motivação, uma vez que a
Constituição (art. 37, II) afirma que esses cargos são de livre nomeação e
exoneração.
Assim, a autoridade competente pode, livremente, tanto nomear como
exonerar pessoas para os cargos em comissão, sem que para tanto tenha que
apresentar os motivos que fundamentaram a escolha.
Gabarito: Errado

39. (Cespe – MPE/AC 2014) Com relação aos princípios que regem a
administração pública, assinale a opção correta.
a) Constatadas a concessão e a incorporação indevidas de determinada gratificação
especial aos proventos de servidor aposentado, deve a administração suprimi-la em
respeito ao princípio da autotutela, sendo desnecessária a prévia instauração de
procedimento administrativo.
b) Segundo o entendimento do STF, para que não ocorra violação do princípio da
proporcionalidade, devem ser observados três subprincípios: adequação, finalidade
e razoabilidade stricto sensu.
c) O princípio da razoabilidade apresenta-se como meio de controle da
discricionariedade administrativa, e justifica a possibilidade de correção judicial.

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d) O princípio da segurança jurídica apresenta-se como espécie de limitação ao


princípio da legalidade, prescrevendo o ordenamento jurídico o prazo decadencial de
cinco anos para a administração anular atos administrativos que favoreçam o
administrado, mesmo quando eivado de vício de legalidade e comprovada a má-fé.
e) Ferem os princípios da isonomia e da irredutibilidade dos vencimentos as
alterações na composição dos vencimentos dos servidores públicos, mediante a
retirada ou modificação da fórmula de cálculo de vantagens, gratificações e
adicionais, ainda que não haja redução do valor total da remuneração.
Comentários: Vamos analisar cada alternativa:
a) ERRADA. Qualquer ato que cause prejuízo ao interessado deve ser
precedido de procedimento administrativo no qual se assegure o contraditório
e a ampla defesa. No caso, a supressão de vantagens irá diminuir o valor dos
proventos do aposentado, por isso é necessária a prévia instauração de
procedimento administrativo.
b) ERRADA. O princípio da proporcionalidade é basicamente fundado na
relação de causalidade existente entre um meio e um fim a ser atingido, ou
seja, o princípio da proporcionalidade exige a melhor escolha de um meio para
que determinado fim seja alcançado. Todavia, para que a escolha deste meio
seja juridicamente correta, necessária se faz a observância de três
subprincípios, quais sejam: adequação, necessidade e proporcionalidade em
sentido estrito, ou stricto sensu (e não razoabilidade, daí o erro). Adequação,
para que o meio empregado na atuação seja compatível com o fim pretendido;
exigibilidade, para que a conduta seja de fato necessária, não havendo outro
meio que cause menos prejuízo aos indivíduos para que se alcance o fim
público; e, por fim, a proporcionalidade em sentido estrito traduz à ideia de
que o meio somente não será desproporcional se as desvantagens que ele
ocasionar não virem a superar as vantagens que ele deveria trazer.
c) CERTA. O princípio da razoabilidade, assim como o da
proporcionalidade, constituem limites ao exercício da discricionariedade
administrativa. Afinal, mesmo quando atua com discricionariedade, com certa
margem para escolher entre uma ou outra opção, o administrador não pode
jamais se afastar do princípio da legalidade (essa “margem” de
discricionariedade deve ser sempre garantida por lei). Caso o agente público
extrapole os limites legais, adotando atitudes desarrazoadas ou
desproporcionais, estará praticando um ato ilegal, passível, portanto, de
controle pelo Podre Judiciário.
d) ERRADA. Nos termos da Lei 9.784/1999, o prazo decadencial de cinco
anos não se aplica em caso de comprovada má fé:

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Art. 54. O direito de a Administração anular os atos administrativos de que decorram


efeitos favoráveis para os destinatários decai em 5 (cinco) anos, contados da data em
que foram praticados, salvo comprovada má-fé”.
e) ERRADA. Podem ocorrer alterações na composição dos vencimentos
dos servidores públicos, mediante a retirada ou modificação da fórmula de
cálculo de vantagens, gratificações e adicionais, desde que não haja redução
do valor total da remuneração. Tais alterações não implicam ofensa a nenhum
princípio, pois o servidor não possui direito adquirido a regime jurídico.
Veremos mais sobre o assunto na aula sobre agentes públicos.
Gabarito: alternativa “c”
40. (Cespe – MIN 2013) O desfazimento da nomeação de um agente
administrativo somente pode ocorrer depois de assegurada a ele a garantia do
contraditório e da ampla defesa.
Comentário: O item está correto. A observância ao princípio do
contraditório e da ampla defesa deve ser sempre a regra quando há um
conflito de interesses entre a Administração e os administrados. No caso, o
desfazimento da nomeação é um ato desfavorável ao agente administrativo,
portanto, a Administração deve garantir-lhe o direito de defesa.
Gabarito: Certo

41. (Cespe – Procurador MPTCDF 2013) Constitui exteriorização do princípio da


autotutela a súmula do STF que enuncia que “A administração pode anular seus
próprios atos, quando eivados dos vícios que os tornam ilegais, porque deles não se
originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência e oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação
judicial”.
Comentário: Questão correta. Trata-se da transcrição da Súmula 473 do
STF, que traduz os fundamentos do princípio da autotutela.
Gabarito: Certo

42. (Cespe – Suframa 2014) O princípio administrativo da autotutela expressa a


capacidade que a administração tem de rever seus próprios atos, desde que
provocada pela parte interessada, independentemente de decisão judicial.
Comentário: O quesito está errado. Pelo princípio da autotutela, a
Administração também pode rever seus próprios atos de ofício, ou seja,
independentemente de provocação. Isso vale tanto para a anulação de atos
ilegais como para a revogação de atos inconvenientes e inoportunos. Por
outro lado, lembre-se de que o Poder Judiciário só age quando provocado, ou
seja, o Judiciário não pode anular um ato ilegal da Administração de ofício;

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para tanto, ele deve ser provocado, mediante a propositura da ação judicial
cabível.
Gabarito: Errado

43. (Cespe – AE/ES 2013) Caso se verifique, durante a realização de um concurso


público, a utilização, por candidatos, de métodos fraudulentos para a obtenção das
respostas corretas das provas, a administração pública poderá anular o concurso
embasada diretamente no princípio da
a) segurança jurídica.
b) autotutela.
c) transparência.
d) eficiência.
e) supremacia do interesse público.
Comentário: O poder da Administração de anular seus próprios atos
ilegais decorre do princípio da autotutela. Embora a ilegalidade apresentada na
questão tenha sido causada pelos candidatos, pode-se considerar que a
Administração também tem sua parcela de responsabilidade, no mínimo, por
não estabelecer controles adequados para coibir a fraude. Portanto, pode-se
dizer que a anulação do concurso se trata mesmo de aplicação do princípio da
autotutela.
Gabarito: alternativa “b”

44. (Cespe – MIN 2013) Suponha que a ascensão funcional de determinado


servidor público tenha decorrido de ato administrativo calcado em lei inconstitucional
e que já tenha transcorrido o prazo decadencial para a administração anular o
respectivo ato. Nessa situação, admite-se a convalidação do ato administrativo de
transposição de carreira em favor do servidor, com fundamento no princípio da
indisponibilidade.
Comentário: O transcurso do prazo decadencial constitui óbice para a
anulação do ato administrativo, impedindo que as relações jurídicas possam
ser indefinidamente revistas ou modificadas, ainda que o fundamento para a
modificação sejam razões de ilegalidade. Portanto, em tese, a ascensão
funcional tratada no enunciado não poderia ser, de fato, revista, ante o
esgotamento do prazo decadencial. Aliás, o próprio STF já entendeu dessa
forma no MS 26.393/DF ao “reconhecer a decadência do direito de a
Administração Pública rever a legalidade dos atos de ascensão funcional dos
empregados da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT, praticados
entre 1993 e 1995”. No caso, tratava-se de decisão do Tribunal de Contas da

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União que pretendia anular atos de ascensão funcional após o transcurso do


prazo de decadência.
Então a questão estaria certa? Não! Perceba que, embora a ascensão seja
considerada forma de provimento de cargo público ilegal, o prazo decadencial
busca proteger a confiança dos administrados e garantir a estabilidade das
relações jurídicas já consolidadas no tempo. Portanto, representa aplicação do
princípio da segurança jurídica e não da indisponibilidade, daí o erro.
Gabarito: Errado

45. (Cespe – Ministério da Justiça 2014) O fundamento da prescrição


administrativa reside no princípio da conservação dos valores jurídicos já
concretizados, visando impedir, em razão do decurso do prazo legalmente fixado, o
exercício da autotutela por parte da administração pública.
Comentário: A prescrição, a semelhança da decadência, é um instituto
processual que impede a Administração de agir após o decurso do prazo
legalmente fixado. É uma forma de estabilizar as relações jurídicas. Diz-se que,
quando ocorre a prescrição, perde-se o direito de agir. Assim, ocorrida a
prescrição, a Administração não poderá mais anular um ato, ficando impedida,
portanto, de exercer plenamente a autotutela. Pelo exposto, vê-se que o
quesito está correto.
Gabarito: Certo

46. (Cespe – MIN 2013) O princípio da gratuidade aplica-se a todo e qualquer


processo administrativo.
Comentário: O princípio da gratuidade está consagrado na Lei 9.784/1999,
nos seguintes termos:
Art. 2º (...)
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os
critérios de:
XI - proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas
em lei;
Como se vê, a gratuidade é a regra nos processos administrativos;
porém, também não é um princípio absoluto, eis que a lei pode prever
exceções. Por exemplo, caso o administrado requeira cópias dos processos
administrativos, admite-se a cobrança por elas. Portanto, a questão está
errada.
Por oportuno, vale conhecer a Súmula Vinculante 21 do STF, pela qual:
É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens
para admissibilidade de recurso administrativo.

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Segundo o entendimento do Supremo, a exigência de pagamento para


que o indivíduo possa interpor recurso administrativo constitui obstáculo sério
(e intransponível, para consideráveis parcelas da população) ao exercício do
direito de petição, além de caracterizar ofensa ao princípio do contraditório,
podendo significar, na prática, em supressão do direito de recorrer.
Gabarito: Errado

47. (Cespe – TCDF 2014) Em razão do princípio da legalidade, a administração


pública está impedida de tomar decisões fundamentadas nos costumes.
Comentário: O quesito está errado. Vimos que os costumes são fontes do
Direito Administrativo e, portanto, podem ser utilizados para pautar a atuação
administrativa. Devemos saber, todavia, que o uso dos costumes encontra-se
bastante esvaziado em decorrência do princípio da legalidade. Ainda assim, a
doutrina assevera que os costumes podem ser utilizados quando houver
deficiência legislativa, suprindo, assim, o texto legal. Apesar de representar
uma situação um tanto estranha, uma vez que a atuação da Administração só
deve ocorrer quando existir lei, a doutrina entende que a adoção reiterada de
determinadas condutas administrativas passa a constituir a praxe
administrativa. Com isso, os administrados passam a considerar a atuação da
Administração como legal (sentimento de obrigatoriedade) e, assim, não
podem ser prejudicados por eventual mudança de conduta. Por isso é que os
costumes preservam-se como fonte do Direito e podem servir de base para a
tomada de decisão, desde que não ocorra contra a lei.
Gabarito: Errado
48. (Cespe – Câmara dos Deputados 2014) O princípio da legalidade implica
dispor o administrador público no exercício de seu munus de espaço decisório de
estrita circunscrição permissiva da lei em vigor, conforme ocorre com agentes
particulares e árbitros comerciais.
Comentário: O item está errado. Munus é uma expressão que significa
encargo ou atribuição. A questão, portanto, igualou o espaço decisório do
administrador público ao dos agentes particulares, ou seja, o item afirmou que,
no exercício de suas atribuições, o agente público possui as mesmas
restrições decorrentes do princípio da legalidade que os agentes particulares.
Vimos que isso é errado, afinal, o agente público só pode fazer o que a lei
permitir, seguindo a autonomia da lei; por outro lado, agente privado pode
fazer tudo o que não estiver proibido em lei, seguindo a autonomia da vontade.
Diz-se, assim, que a lei tem um aspecto negativo para os particulares, pois
restringe o seu campo de atuação. Já para o setor público, a lei tem conotação
positiva, porque a Administração só poderá agir quando houver previsão legal.
Gabarito: Errado

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49. (Cespe – Procurador MPTCDF 2013) Por força do princípio da legalidade, a


administração pública não está autorizada a reconhecer direitos contra si
demandados quando estiverem ausentes seus pressupostos.
Comentário: Toda a atividade da Administração Pública está adstrita aos
ditames da lei. Não pode o agente público dar interpretação extensiva ou
restritiva a determinado dispositivo, se a norma assim não dispuser. Todos os
limites, máximos e mínimos, da atuação estatal estão previstos na lei. Dessa
forma, é certo dizer que, por força do princípio da legalidade, a Administração
não está autorizada a reconhecer direitos contra si demandados quando
estiverem ausentes seus pressupostos. Por exemplo, conforme dispõe a
Lei 8.112/1990, é pressuposto para a concessão de licença para capacitação
que o servidor não esteja em estágio probatório. Portanto, uma vez que as
decisões da Administração devem se balizar pelos limites da lei, eventual
pedido de licença para capacitação encaminhado por servidor que ainda não
tenha sido aprovado no estágio não poderá ser deferido, ainda que se
reconheça a pertinência do curso pleiteado para o seu aprimoramento
profissional.
Gabarito: Certo

50. (Cespe – TRT 5ª Região 2013) Segundo o STF, é imprescindível a existência


de norma legal específica com vistas a coibir a prática do nepotismo, haja vista que
a vedação a essa prática decorre diretamente das normas constitucionais aplicáveis
à administração pública, em especial do princípio da moralidade.
Comentário: A questão está errada. O tema é objeto de decisão do STF na
qual declarou a constitucionalidade de Resolução do Conselho Nacional de
Justiça (normal infralegal) que vedava expressamente a prática de nepotismo.
Vejamos a ementa:
AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE, AJUIZADA EM PROL DA
RESOLUÇÃO Nº 07, de 18.10.05, DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. ATO
NORMATIVO QUE "DISCIPLINA O EXERCÍCIO DE CARGOS, EMPREGOS E
FUNÇÕES POR PARENTES, CÔNJUGES E COMPANHEIROS DE MAGISTRADOS
E DE SERVIDORES INVESTIDOS EM CARGOS DE DIREÇÃO E
ASSESSORAMENTO, NO ÂMBITO DOS ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO E DÁ
OUTRAS PROVIDÊNCIAS". PROCEDÊNCIA DO PEDIDO. 1. Os condicionamentos
impostos pela Resolução nº 07/05, do CNJ, não atentam contra a liberdade de prover
e desprover cargos em comissão e funções de confiança. As restrições constantes
do ato resolutivo são, no rigor dos termos, as mesmas já impostas pela
Constituição de 1988, dedutíveis dos republicanos princípios da impessoalidade,
da eficiência, da igualdade e da moralidade. (...) 3. Ação julgada procedente para:
a) emprestar interpretação conforme à Constituição para deduzir a função de chefia do
substantivo "direção" nos incisos II, III, IV, V do artigo 2° do ato normativo em foco; b)

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declarar a constitucionalidade da Resolução nº 07/2005, do Conselho Nacional de


Justiça (ADC 12/DF, DJ 18/12/2009)
Como se vê, no caso, a Suprema Corte entendeu que a prática do
nepotismo no Judiciário poderia ser combatida por meio da referida Resolução
do CNJ, norma de natureza infralegal, ou seja, a situação não reclamava a
edição de lei formal, eis que as restrições ao nepotismo impostas pela norma
seriam decorrência lógica dos princípios constitucionais da impessoalidade,
eficiência, igualdade e moralidade.
Na verdade, aprofundando mais o assunto, percebe-se que, na visão do
STF, não seria necessário nenhuma espécie de diploma regulamentar para
coibir o nepotismo, visto que os próprios princípios constitucionais já teriam
força mais que suficiente para tanto.
Ressalte-se que, atualmente, o nepotismo é vedado pela Súmula
Vinculante nº 13, a qual, diferentemente da referida Resolução do CNJ, que
incidia apenas sobre o Judiciário, se aplica à administração direta e indireta de
qualquer dos Poderes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Gabarito: Errado
51. (Cespe – Procurador DF 2013) Com fundamento no princípio da moralidade e
da impessoalidade, o STF entende que, independentemente de previsão em lei
formal, constitui violação à CF a nomeação de sobrinho da autoridade nomeante
para o exercício de cargo em comissão, ainda que para cargo político, como o de
secretário estadual.
Comentário: A primeira parte do quesito está correta (Com fundamento
no princípio da moralidade e da impessoalidade, o STF entende que,
independentemente de previsão em lei formal, constitui violação à CF a
nomeação de sobrinho da autoridade nomeante para o exercício de cargo em
comissão...). De fato, segundo o entendimento da Suprema Corte, o nepotismo
constitui ofensa direta aos princípios constitucionais, dentre eles a moralidade
e a impessoalidade, não sendo necessária a edição de lei formal para coibi-lo.
Tanto é que, atualmente, o tema é objeto da SV nº 13.
Não obstante, a parte final macula a questão (...ainda que para cargo
político, como o de secretário estadual), pois, na visão do STF, a vedação ao
nepotismo presente na Súmula Vinculante nº 13 não alcança os agentes
políticos, como os Secretário de Estado ou de Município, e isso em virtude da
própria natureza desses cargos, eminentemente política, diversa, portanto, da
que caracteriza os cargos e funções de confiança em geral, os quais têm
feição nitidamente administrativa1.
Gabarito: Errado

1 Rcl 6650/PR

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52. (Cespe – Ibama 2012) Caracteriza nepotismo a nomeação de familiar de


servidor efetivo do IBAMA que, em razão de sua qualificação, seja convidado a
ocupar uma das diretorias dessa autarquia.
Comentário: A questão exige uma análise mais detalhada da Súmula
Vinculante nº 13. Vamos transcrevê-la novamente, destacando os itens mais
importantes para resolver o item:
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por
afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da [1] autoridade nomeante ou de [2]
servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou
assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda,
de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos
poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o
ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.

Como se vê, a vedação é para a nomeação de cônjuge, companheiro ou


parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive,
das seguintes pessoas: [1] autoridade nomeante; ou [2] servidor da mesma
pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento.
A questão está falando que a pessoa nomeada é familiar de servidor
efetivo, que não é uma das pessoas que mencionamos acima. Logo, o item
está errado.
Gabarito: Errado

53. (Cespe – PGE/BA 2014) Suponha que o governador de determinado estado


tenha atribuído o nome de Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul, a escola
pública estadual construída com recursos financeiros repassados mediante convênio
com a União. Nesse caso, há violação do princípio da impessoalidade, dada a
existência de proibição constitucional à publicidade de obras com nomes de
autoridades públicas.
Comentário: De fato, existe proibição constitucional à publicidade de
obras com nomes de autoridades públicas. Está no art. 37, §1 da CF:
1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal
de autoridades ou servidores públicos.
A proibição existe para inibir a promoção pessoal do agente público à
custa do dinheiro público. Sendo assim, em regra, é vedado atribuir a obras e
ruas o nome de autoridades públicas. Ocorre que essa vedação incide apenas
sobre o nome de pessoas vivas, afinal, em tese, pessoas já falecidas não
precisam se autopromover.

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Sobre o tema, vamos ver o que diz a Lei 6.454/1977, que dispõe sobre a
denominação de logradouros, obras serviços e monumentos públicos:
Art. 1o É proibido, em todo o território nacional, atribuir nome de pessoa viva ou que
tenha se notabilizado pela defesa ou exploração de mão de obra escrava, em qualquer
modalidade, a bem público, de qualquer natureza, pertencente à União ou às pessoas
jurídicas da administração indireta. (Redação dada pela Lei nº 12.781, de 2013)
Art. 2º É igualmente vedada a inscrição dos nomes de autoridades ou administradores
em placas indicadores de obras ou em veículo de propriedade ou a serviço da
Administração Pública direta ou indireta.
Art. 3º As proibições constantes desta Lei são aplicáveis às entidades que, a qualquer
título, recebam subvenção ou auxílio dos cofres públicos federais.
O STF também já analisou o tema na ADI 307/CE, considerando
constitucional norma da Constituição do Ceará que veda ao estado e aos
municípios atribuir nome de pessoa viva a avenida, praça, rua, logradouro,
ponte, reservatório de água, viaduto, praça de esporte, biblioteca, hospital,
maternidade, edifício público, auditórios, cidades e salas de aulas. No caso, o
STF declarou constitucional a norma da Constituição cearense, considerando
que a atribuição de nome de pessoa pública viva a bens públicos é
inconstitucional por ofensa ao princípio da impessoalidade.
Assim, a questão está errada, pois a vedação existe, mas somente para
pessoas vivas (registre-se que o Nelson Mandela faleceu em 2013).
Gabarito: Errado

54. (Cespe – Câmara dos Deputados 2014) O princípio da impessoalidade é


corolário do princípio da isonomia.
Comentário: Afirmativa correta. Um dos sentidos do princípio da
impessoalidade se relaciona com a ideia de isonomia. Daí que surge a
exigência do concurso público e da licitação, permitindo que os candidatos
aos empregos ou cargos permanentes e os possíveis fornecedores que
desejem firmar contrato administrativo com a Administração possam participar
de um processo de escolha em igualdades de condições.
Outro exemplo de aplicação do princípio da isonomia/impessoalidade é o
precatório, isto é, o regime de pagamento das dívidas do Estado para com os
cidadãos que tenham sido constituídas em virtude de sentença judicial.
Segundo o art. 100 da CF, os pagamentos devem ser feitos exclusivamente na
ordem cronológica (as dívidas constituídas primeiro devem ser pagas antes),
proibida a designação de casos ou de pessoas específicas nas dotações
orçamentárias (não pode furar a fila).

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Por oportuno, saliente-se que o princípio da isonomia ou da igualdade


deve garantir o tratamento impessoal e isonômico apenas entre iguais, isto é,
entre os que preenchem as mesmas condições ou se encontram em situações
comparáveis. Isso significa que os desiguais devem ser tratados
desigualmente em relação àqueles que não se enquadram nessa distinção, as
chamadas discriminações positivas, que não são vedadas. É por isso, por
exemplo, que a Administração pode estabelecer alíquotas distintas de Imposto
de Renda em razão da renda do contribuinte (quem ganha mais paga mais).
Gabarito: Certo

55. (Cespe – MPE/PI 2011) O princípio da moralidade pretende tutelar o


descontentamento da sociedade em razão da deficiente prestação de serviços
públicos e de inúmeros prejuízos causados aos usuários.
Comentário: Essa questão foi retirada de um trecho do livro de Carvalho
Filho. O autor, ao tratar do princípio da eficiência, destacou que,
Com a inclusão, pretendeu o Governo conferir direitos aos usuários dos diversos
serviços prestados pela Administração ou por seus delegados e estabelecer
obrigações efetivas aos prestadores. Não é difícil perceber que a inserção desse
princípio revela o descontentamento da sociedade diante de sua antiga
impotência para lutar contra a deficiente prestação de tantos serviços, que
incontáveis prejuízos já causou aos usuários. (grifos nossos)

Logo, o item está errado, pois a questão trata do princípio da eficiência, e


não da moralidade.
Gabarito: Errado

56. (Cespe – Defensoria Pública/TO 2013) Em relação aos princípios do direito


administrativo, assinale a opção correta.
a) A personalização do direito administrativo é consequência da aplicação do
princípio democrático e dos direitos fundamentais em todas as atividades da
administração pública.
b) Não se qualifica a violação aos princípios da administração pública como
modalidade autônoma de ato que enseja improbidade administrativa.
c) O princípio da impessoalidade limita-se ao dever de isonomia da administração
pública.
d) A disponibilização de informações de interesse coletivo pela administração pública
constitui obrigação constitucional a ser observada até mesmo nos casos em que as
informações envolvam a intimidade das pessoas.

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e) O princípio da eficiência administrativa funda-se na subordinação da atividade


administrativa à racionalidade econômica.
Comentários:
(a) CERTA. Segundo ensina Marçal Justen Filho, o fenômeno da
personificação do direito administrativo decorre do fato de a Constituição de
1988 ter consagrado o “ser humano, a dignidade humana e os direitos
fundamentais” como valores essenciais de nossa sociedade. Assim, a
Administração Pública deve se guiar pela realização desses valores. Conforme
assevera o autor, o “núcleo do direito administrativo não é o poder (e suas
conveniências), mas a realização dos direitos fundamentais”.
(b) ERRADA. A Lei 8.429/1992 prevê três tipos de atos de improbidade
administrativa: os que importam enriquecimento ilícito, os que causam
prejuízo ao erário e os que atentam contra os princípios da Administração
Pública.
(c) ERRADA. O dever de isonomia da Administração Pública é apenas um
dos aspectos do princípio da impessoalidade. O referido postulado também
contempla o dever de conformidade aos interesses públicos (princípio da
finalidade) e a vedação à promoção pessoal dos agentes públicos.
(d) ERRADA. O princípio da publicidade também pode ser restringido em
determinadas situações, notadamente para proteger a segurança da sociedade
e do Estado, bem como a intimidade e o interesse social.
(e) ERRADA. O princípio da eficiência não se funda na racionalidade
econômica, sendo este apenas um dos seus aspectos. Na verdade, a eficiência
exige que se pondere a relação custo/benefício. Sendo assim, além da
racionalidade econômica, uma ação eficiente pressupõe o atendimento a
vários requisitos, como produtividade, qualidade, celeridade,
desburocratização e necessidade de planejamento dos gastos públicos.
Gabarito: alternativa “a”

57. (Cespe – Câmara dos Deputados 2014) O princípio da indisponibilidade do


interesse público não impede a administração pública de realizar acordos e
transações.
Comentário: O quesito está correto. Nenhum princípio é ilimitado e
irrestrito. Todos os princípios encontram alguma relativização na sua
aplicação, permitindo a coexistência de todos os princípios no ordenamento
jurídico. Assim, mesmo que os princípios da supremacia e da
indisponibilidade do interesse público sejam basilares para o Direito

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Administrativo, eles podem ser relativizados para preservar a aplicação dos


outros princípios, como a moralidade e a eficiência.
Com base nisso, o STF já firmou entendimento sobre a possibilidade de a
Administração fazer acordos ou transações2, relativizando, assim, a aplicação
do princípio da indisponibilidade do interesse público (e também da
legalidade), sobretudo quando o ato não se demonstrar oneroso para a
Administração e representar a maneira mais eficaz de se beneficiar a
coletividade. Sobre o tema, vejamos a ementa do RE 253.885/MG:
Poder Público. Transação. Validade. Em regra, os bens e o interesse público são
indisponíveis, porque pertencem à coletividade. É, por isso, o Administrador, mero
gestor da coisa pública, não tem disponibilidade sobre os interesses confiados à sua
guarda e realização. Todavia, há casos em que o princípio da indisponibilidade do
interesse público deve ser atenuado, mormente quando se tem em vista que a
solução adotada pela Administração é a que melhor atenderá à ultimação deste
interesse. (...). (STF. 1ª T. RE nº. 253.885/MG. Rel. Min. Ellen Gracie. DJ de
21/06/2002).
Gabarito: Certo

58. (Cespe – TNS/MC 2013) Nos casos de desapropriação e do exercício do poder


de polícia do Estado, constata-se nitidamente a aplicação do princípio da
supremacia do interesse público sobre o privado.
Comentário: O poder de polícia é um poder de fiscalização da
Administração, que impõe condicionamentos e restrições ao exercício de
determinadas atividades pelo particular. Tanto o poder de polícia como a
desapropriação representam formas de aplicação do princípio da supremacia
do interesse público sobre o privado.
Gabarito: Certo

59. (Cespe – CGE/PI 2015) A administração pode anular os próprios atos, por
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e
ressalvada a apreciação judicial, bem como pode revogá-los quando eles estiverem
eivados de vícios que os tornem ilegais.
Comentário: De acordo com o enunciado da Súmula 473 do STF:
“A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em
todos os casos, a apreciação judicial”.

2A transação é um instrumento previsto no Código Civil para que os interessados terminem um litígio
mediante concessões mútuas (CC, art. 840). Em linguagem mais simples, a transação é um acordo em que
um dos lados abre mão de parte de seu direito para evitar uma longa demanda judicial.

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Na mesma linha, a Lei 9.764/1999 dispõe:


“Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de
legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos”.

Como podemos observar, a questão inverteu os casos de anulação com


revogação, motivo pelo qual está errada. Em caso de ilegalidade, a
Administração deve anular o ato. Por outro lado, é possível revogar os atos
administrativos válidos, por motivo de conveniência e oportunidade (mérito).
Gabarito: Errado

60. (Cespe TRF 2ª Região 2013) Com referência ao regime jurídico e aos
princípios da administração pública, assinale a opção correta de acordo com o
pensamento doutrinário dominante.
a) São considerados como basilares da administração pública os princípios da
legalidade, da supremacia do interesse público sobre o privado e o da continuidade
do serviço público.
b) Para o particular, o princípio da legalidade apresenta conotação negativa ou
restritiva; já para a administração pública ele apresenta caráter positivo ou
ampliativo.
c) Do princípio da continuidade do serviço público decorrem os princípios da
sindicabilidade e da autoexecutoriedade.
d) O princípio da sindicabilidade é reconhecido expressamente pela jurisprudência
do STF.
e) Sempre que a administração pública estiver envolvida em relações jurídicas,
sejam elas de direito público ou de direito privado, o interesse da administração
pública deverá imperar, pois ele sempre se sobrepõe ao interesse privado.
Comentário:
(a) ERRADA. A doutrina dominante aponta que os princípios “basilares”
ou “fundamentais” da Administração Pública são os que caracterizam o
regime jurídico-administrativo, ou seja, supremacia do interesse público sobre
o privado e indisponibilidade do interesse público. Alguns autores, como Maria
Sylvia Di Pietro, preferem tratar a indisponibilidade do interesse público como
princípio da legalidade, afinal, sendo o interesse público indisponível, os
agentes públicos só podem agir conforma determina ou autoriza a lei. De
qualquer forma, o princípio da continuidade do serviço público, embora
também seja um dos princípios básicos ou gerais da Administração, não é
considerado um dos dois princípios basilares ou fundamentais, dos quais
todos os demais decorrem.

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(b) ERRADA. Ocorre exatamente o contrário do que afirma o item: para o


particular, o princípio da legalidade apresenta caráter positivo ou ampliativo,
afinal ele pode fazer tudo o que a lei não proíbe; já para a administração
pública ele apresenta conotação negativa ou restritiva, pois ela só pode agir
nos limites da lei, ou seja, segundo a lei, e não contra ou além da lei.
(c) ERRADA. Os princípios apresentados não possuem ligação direta uns
com os outros. Em suma, o princípio da continuidade do serviço público
informa que a prestação dos serviços públicos essenciais não pode parar; já a
sindicabilidade dispõe que os atos da Administração podem ser controlados,
seja por ela mesma, pelos órgãos de controle interno e externo, ou pelo
Judiciário; por fim, a auto-executoriedade, que ainda estudaremos no curso, é
o atributo que faz com que alguns atos administrativos possam ser
executados sem a necessidade de uma ordem judicial prévia, inclusive
mediante o uso da força, se necessária.
(d) CERTA. Veja-se como exemplo, o MS 30860/DF, cuja ementa
apresenta a seguinte passagem: “(...) admite-se, excepcionalmente, a
sindicabilidade em juízo da incompatibilidade entre o conteúdo programático
previsto no edital do certame e as questões formuladas ou, ainda, os critérios
da respectiva correção adotados pela banca examinadora (...)”.
(e) ERRADA. Em regra, os interesses da Administração Pública se
sobrepõem nas relações submetidas ao regime de direito público. Por outro
lado, quando atua predominantemente sob regime de direito privado, como
quando exerce atividade econômica por intermédio de empresas públicas e
sociedades de economia mista, a Administração se nivela ao particular.
Portanto, a palavra “sempre” macula o quesito.
Gabarito: alternativa “d”

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GABARITO

2) C 3) C 4) C 5) C
1) C
7) b 8) E 9) C 10) E
6) E
12) C 13) C 14) E 15) E
11) E
17) C 18) C 19) C 20) C
16) E
22) C 23) C 24) C 25) C
21) C
27) E 28) C 29) C 30) E
26) E
32) E 33) C 34) E 35) C
31) E
37) C 38) E 39) c 40) C
36) E
42) E 43) b 44) E 45) C
41) C
47) E 48) E 49) C 50) E
46) E
52) E 53) E 54) C 55) E
51) E
57) C 58) C 59) E 60) d
56) a

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RESUMÃO DA AULA
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
➢ Princípios EXPRESSOS (CF, art. 37, caput):

L I M P E  Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade, Eficiência.


Aplicáveis a toda Administração Pública, direta e indireta, de qualquer dos Poderes, da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e aos particulares no exercício de função pública.

▪ A Administração só pode agir segundo a lei (em sentido amplo).


▪ Para a Administração: restrição de vontade; para os particulares: autonomia de vontade.
Legalidade
▪ Legalidade (agir conforme a lei) X Legitimidade (observar também os demais princípios).
▪ Restrições à legalidade: estado de defesa, estado de sítio e medidas provisórias.

▪ Atos devem ser praticados tendo em vista o interesse público, e não os interesses pessoais
do agente ou de terceiros.
▪ Três aspectos: isonomia, finalidade pública e não promoção pessoal.
Impessoalidade ▪ Ex: concurso público e licitação.
▪ Proíbe nome, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal, inclusive do partido.
▪ Permite que se reconheça a validade de atos praticados por agente de fato.
▪ Ato pode ser anulado, por desvio de finalidade.

▪ Necessidade de atuação ética dos agentes públicos (moral administrativa).


▪ Conceito indeterminado, mas passível de ser extraído do ordenamento jurídico.
Moralidade
▪ Aspecto vinculado; permite a anulação dos atos administrativos.
▪ Nepotismo: não necessita de lei formal; não se aplica a agentes políticos.

▪ A Administração deve dar transparência a seus atos.


▪ Permite o controle da legalidade e da moralidade dos atos administrativos.
▪ Restrições à publicidade: segurança da sociedade e do Estado; proteção à intimidade ou
ao interesse social.
▪ Publicidade Publicação (divulgação em órgãos oficiais).
Publicidade
▪ Publicidade não é considerada elemento de formação do ato administrativo, e sim requisito
de eficácia.
▪ O ato não publicado permanece válido, mas sem produzir efeitos perante terceiros.
▪ STF permite a divulgação do nome, do cargo e da remuneração dos servidores públicos,
mas não do CPF, da identidade e do endereço, como medida de segurança.

▪ Atividade administrativa deve ser exercida com presteza, perfeição e rendimento


funcional, buscando-se maior produtividade e redução dos desperdícios de recursos.
▪ Princípio ligado à Reforma do Estado (administração gerencial).
▪ Possui dois focos: conduta do agente público e organização interna da Administração.
Eficiência
▪ Ex: avaliação de desempenho; contratos de gestão com fixação de metas; celeridade na
tramitação dos processos administrativos e judiciais.
▪ Não pode se sobrepor ao princípio da legalidade (deve ser buscada com observância aos
parâmetros e procedimentos previstos na lei).

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➢ Princípios IMPLÍCITOS ou RECONHECIDOS: possuem a mesma relevância que os princípios explícitos.


Fundamenta as prerrogativas da Administração. Presente de forma direta nas relações
Supremacia do
jurídicas verticais; e de forma indireta nas atividades-meio e quando esta atua como agente
interesse público
econômico.

Fundamenta as restrições. Ligado ao princípio da legalidade. Tb implica que os agentes não


podem deixar de exercitar as prerrogativas. Presente de forma direta em toda e qualquer
atividade administrativa.
Indisponibilidade
- Interesses públicos primários: interesses diretos do povo.
do interesse
- Interesses públicos secundários: (i) interesses do Estado de caráter patrimonial
público
(aumentar receitas ou diminuir gastos); e (ii) os atos internos de gestão administrativa.
O interesse público secundário só é legítimo quando não é contrário ao interesse público
primário.

Presunção de Dois aspectos: presunção da verdade e da legalidade dos atos administrativos. Presunção
legitimidade relativa (inverte o ônus da prova).

Indicação dos pressupostos de fato e de direito. Atos vinculados e discricionários. Permite


Motivação o controle da legalidade e da moralidade. Assegura ampla defesa e contraditório.
Dispensa motivação: exoneração de ocupante de cargo em comissão.

Razoabilidade: compatibilidade entre meios e fins (aferida pelos padrões do homem médio)
Razoabilidade e Proporcionalidade: conter o abuso de poder (ex: sanções proporcionais às faltas).
proporcionalidade Doutrina: proporcionalidade constitui um dos aspectos da razoabilidade.
Três fundamentos: adequação, exigibilidade e proporcionalidade.

Contraditório e Deve haver em todos os processos administrativos, punitivos (acusados) e não punitivos
ampla defesa (litigantes).

Anular atos ilegais e revogar atos inoportunos e inconvenientes. Pode ser mediante
Autotutela provocação ou de ofício. Não afasta a apreciação do Judiciário (atos ilegais). Os atos não
podem ser revistos após o prazo decadencial, salvo comprovada má-fé.

Segurança jurídica (aspecto objetivo, estabilidade das relações) X Proteção à confiança


(aspecto subjetivo, crença de que os atos da Administração são legais). Veda a aplicação
Segurança jurídica
retroativa de nova interpretação. Limita a autotutela e a legalidade. Ex: decadência e
prescrição.

Continuidade do Ex: direito de greve na Administração Pública pode sofrer restrições por lei. Pode haver
serviço público paralisação temporária (ex: manutenção ou não pagamento da tarifa pelo usuário).

Especialidade Descentralização administrativa. Criação de autarquias, EP e SEM.

Forma como são estruturados os órgãos da Administração Pública, criando uma relação
Hierarquia
de coordenação e subordinação entre uns e outros.

Adoção de medidas preventivas para proteger o interesse público dos riscos a que se
Precaução
sujeita.

Possibilidade de se controlar as atividades da Administração. Controles: judicial, interno,


Sindicabilidade
externo (Legislativo e Tribunais de Contas) e autotutela.

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Referências:
Alexandrino, M. Paulo, V. Direito Administrativo Descomplicado. 22ª ed. São Paulo:
Método, 2014.
Bandeira de Mello, C. A. Curso de Direito Administrativo. 27ª ed. São Paulo: Malheiros,
2010.
Borges, C. Curso de Direito Administrativo para AFRB 2014: teoria e questões
comentadas. Estratégia Concursos, 2014.
Carvalho Filho, J. S. Manual de Direito Administrativo. 27ª ed. São Paulo: Atlas, 2014.
Di Pietro, M. S. Z. Direito Administrativo. 22ª ed. São Paulo: Editora Atlas, 2009.
Furtado, L. R. Curso de Direito Administrativo. 4ª ed. Belo Horizonte: Fórum, 2013.
Knoplock, G. M. Manual de Direito Administrativo: teoria e questões. 7ª ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2013.
Justen Filho, Marçal. Curso de direito administrativo. 10ª ed. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2014.
Marrara, Thiago. As fontes do direito administrativo e o princípio da legalidade. Revista
Digital de Direito Administrativo. Ribeirão Preto. V. 1, n. 1, p. 23-51, 2014.
Meirelles, H. L. Direito administrativo brasileiro. 34ª ed. São Paulo: Malheiros, 2008.
Scatolino, G. Trindade, J. Manual de Direito Administrativo. 2ª ed. JusPODIVM, 2014.

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