Faculdade Evangélica de Goianésia Curso de Engenharia Civil
Faculdade Evangélica de Goianésia Curso de Engenharia Civil
Faculdade Evangélica de Goianésia Curso de Engenharia Civil
PUBLICAÇÃO N°: 03
GOIANÉSIA/GO
2019
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PUBLICAÇÃO N°: 03
GOIANÉSIA/GO: 2019
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FICHA CATALOGRÁFICA
LEITE, MEIRY HELLENN SOUZA; MELO, VITOR SODRÉ DE.
1. Urbanismo 2. Drenagem
3. Jardim de chuva 4. Goianésia
I. ENG/FACEG II. Título (Série)
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
CESSÃO DE DIREITOS
_____________________________ _____________________________
Meiry Hellenn Souza Leite Vitor Sodré de Melo
Rua 5A, n° 211 Rua 25, n°188, São Cristóvão
CEP: 76385391 - Goianésia/GO – Brasil CEP: 76381134 - Goianésia/GO – Brasil
iv
v
AGRADECIMENTOS
A Deus, pelo dom da vida, e por ter-nos oportunizado os meios para concretizar mais
etapa formativa.
Aos nossos pais, exemplos de dignidade, honestidade e responsabilidade, por seu apoio
incondicional durante esta jornada.
Aos nossos professores, por terem compartilhado conosco sua sabedoria e sua
experiência.
À nossa orientadora, professora Ana Cláudia Oliveira Sérvulo, por todo o auxílio
prestado durante a realização deste trabalho.
Aos colegas e amigos que fizemos durante o curso, por todo o apoio e
companheirismo, nos momentos bons e difíceis.
A todos que, direta ou indiretamente, contribuíram para a realização deste estudo.
vii
RESUMO
ABSTRACT
The urbanization process is an anthropic process that generates major social and environmental
impacts. These impacts can be seen in many Brazilian cities, which have caused the
deterioration of people's quality of life, resulting from the increased frequency and level of
flooding, the reduction of water quality, as well as the increase of solid materials in the bodies.
receivers. It is precisely in this context that the purpose of this study is inserted, as it directs its
attention to the problems arising from urban flooding in the municipality of Goianésia. The
starting point for this is the observation of several flooding points in the municipality, especially
in the rainy season, when the rainfall increases significantly. From these observations, the main
objective of this study is to elaborate a drainage project (Jardim de Rain) in a critical point of
the city of Goianésia, providing a better surface runoff of rainwater. In order to achieve this
objective, regarding the methodological aspects, the questionnaire was used as a tool to define
the project's application site, which is located at the intersection between Avenida Contorno
and Avenida Brasil, in the west, of the municipality. from Goianésia/GO. The suitability system
selected was the rainjordin, which consists of a sunken garden that captures, cleans and
infiltrates rainwater from roofs, floors, and roads. The choice of the dimensions of the rain
garden was made by analyzing two parts: structure and area. To address the design of the garden
structure, the storage layer, represented by the gravel height to be adopted, was taken into
account. The area of the experiment was based on the minimum percentage of impermeable
area adopted in the literature being the adopted area of 38.48 m², being 7m in diameter.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
LISTA DE SÍMBOLOS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 1
1.1 JUSTIFICATIVA ................................................................................................................. 2
1.2 OBJETIVOS ......................................................................................................................... 3
1.2.1 Objetivo Geral ............................................................................................................. 3
1.2.1 ObjetivosEspecíficos ................................................................................................... 3
1.3 METODOLOGIA................................................................................................................. 3
1.4 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ................................................................................... 4
2 REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................................. 5
2.1 DRENAGEM URBANA...................................................................................................... 5
2.1.1 Conceito de Drenagem................................................................................................ 5
2.1.2 Drenagem: Aspectos Históricos ................................................................................. 5
2.1.3 Sistema de drenagem urbana..................................................................................... 7
2.1.3.1 Principais Elementos de Captação de Águas Pluviais .......................................... 7
2.1.3.1.1 Rede de Coletores .............................................................................................. 8
2.1.3.1.2 Sarjetas e Sumidouros ........................................................................................ 8
2.1.3.1.3 Descarregadores de Tempestades...................................................................... 9
2.1.3.1.4 Bacias de Retenção .......................................................................................... 10
2.1.3.1.5 Câmaras de Retenção – Infiltração ................................................................. 10
2.2 PRINCIPAIS DEFICIÊNCIAS DO SISTEMA DE DRENAGEM ................................... 10
2.2.1 Deficiências ................................................................................................................ 12
2.2.1.1 Falta de Capacidade Hidráulica .......................................................................... 12
2.2.1.2 Acumulação de Sedimentos ................................................................................ 12
2.2.1.3 Infiltração ............................................................................................................ 12
2.2.1.4 Descargas para o Meio Receptor......................................................................... 13
2.2.1.5 Septicidade .......................................................................................................... 13
2.2.1.6 Exfiltração ........................................................................................................... 14
2.2.1.7 Aspectos Estruturais ............................................................................................ 14
2.2.1.8 Aspectos Sócio-econômicos................................................................................ 15
2.2.2 Caráter Ambiental .................................................................................................... 15
2.2.3 Socioeconômico ......................................................................................................... 15
2.2.4 Considerações para Projetos de Drenagem ............................................................ 16
2.2.4.1 Vazão de escoamento .......................................................................................... 16
xv
1 INTRODUÇÃO
A urbanização é uma das ações antrópicas que geram maiores impactos ambientais,
especialmente a partir das consequências advindas das mudanças de ocupação e uso do solo
(GONZALEZ, 2014). Nesse contexto, projetos de drenagem tornam-se essenciais no
equacionamento desse problema. Para tanto, diferentes abordagens podem ser concebidas,
sendo possível destacar uma linha evolutiva, desde a Revolução Industrial, que vai de uma
concepção tradicional, até práticas de manejo sustentável de águas urbanas, e o projeto de
cidades sensíveis à presença da água (MIGUEZ; VERÓL; REZENDE, 2016).
Os problemas de drenagem decorrem, em grande medida, do crescimento urbano. Isto
porque a vida útil e eficiência de sistemas antigos fazem com que, na contemporaneidade, a
crise seja maior e mais difícil de ser reparada, a menos que se mude todo o plano diretor da
cidade em questão, facilitando e impondo pontos importantes para que as futuras construções
sejam mais adequadas e facilitem a vida dos moradores da região (MIGUEZ; VERÓL;
REZENDE, 2016).
A drenagem pluvial pode ser classificada em duas categorias distintas: a microdrenagem
e a macrodrenagem. A microdrenagem se refere ao sistema de coleta de águas superficiais e
subterrâneas por meio de pequenas e médias galerias. A macrodrenagem, por seu turno, além
de ser um sistema de coleta de microdrenagem, também conta com coletas por meio de grandes
galerias e corpo receptores, como rios ou canais (GEOFOCO BRASIL, 2014).
Os fatores que influenciam na drenagem urbana em si, podem ser vários, dependendo
de cada caso particular. Dentre estes fatores, podem ser mencionados o clima da região, a
superfície do solo, a variação pluvial, entre outros. Ademais, cumpre destacar que, devido às
constantes mudanças ocasionadas pela poluição e degradação do solo, bem como a falta de
planejamento do crescimento urbano, o ciclo hidrológico pode ser afetado, passando por
mudanças significativas, as quais podem acarretar consequências para a população (CRUZ;
TUCCI, 2008).
Uma das consequências indesejadas da atuação dos fatores supramencionados são os
alagamentos urbanos (BAPTISTA; NASCIMENTO, 2002). Estes alagamentos geram prejuízos
e desconfortos para as pessoas que ali vivem. É precisamente neste contexto que se insere o
propósito deste estudo, uma vez que direciona sua atenção para os problemas decorrentes dos
alagamentos urbanos no município de Goianésia. O ponto de partida para o mesmo é a
constatação de vários pontos de alagamentos no município, especialmente na temporada de
chuvas, momento em que o índice pluviométrico aumenta significativamente.
2
1.1 JUSTIFICATIVA
A realização deste estudo justifica-se por abordar um problema que afeta a população
de Goianésia durante o período de chuvas, qual seja, a inundação de vias públicas.
Conforme destacam Baptista e Nascimento (2002), os problemas causados pelas
inundações, em grande medida, decorrem do processo de formação das aglomerações urbanas.
Em suas palavras:
Dentro das práticas urbanísticas que se propagaram pelo país, observou-se o uso de
avenidas de fundos de vale associadas à canalização dos riachos urbanos. Este tipo de
urbanização amplifica os impactos citados e altera o ambiente de forma inadequada.
Soluções deste tipo têm um custo geralmente muito superior ao de uma solução
sustentável, além de aumentar os prejuízos devido às inundações, erosão e qualidade
da água. O somatório de desconhecimento técnico de parte importante dos
profissionais que atuam em drenagem, da população e dos decisores tem mantido este
cenário.(CRUZ; TUCCI, 2008, 59).
3
Mudar este cenário exige uma profunda mudança quanto ao planejamento urbanístico,
a qual deve abranger, ainda segundo Cruz e Tucci (2008, p. 59), o “[...] planejamento urbano e
uso do solo; esgotamento sanitário, resíduos sólidos e drenagem urbana. Todos estes elementos
possuem forte interferência entre si e necessitam de soluções integradas”.
Diante do exposto, fica claro que o presente estudo justifica-se, não apenas por abordar
uma problemática que afeta a vida dos goianesienses, além de diminuir os prejuízos, mas
também por abordar um tema de interesse para toda a sociedade brasileira, que precisa encontrar
meios de organizar melhor o processo de desenvolvimento urbano.
1.2 OBJETIVOS
1.2.1Objetivo Geral
1.3 METODOLOGIA
2 REVISÃO DE LITERATURA
A palavra “drenagem” encontra sua origem no termo grego drainage, a qual refere-se
ao escoamento de águas de terreno excessivamente úmido por meio de tubos, valas, fossos, etc.
instalados na superfície ou nas camadas subterrâneas. Para a engenharia e o urbanismo, a
drenagem é o sistema de tubagens interligadas que permite expulsar os líquidos pluviais ou de
outro tipo (VAZ, 2019; MIGUEZ; VERÓL; REZENDE, 2016).
Toda bacia hidrográfica possui uma rede de drenagem natural. Essa rede conduz parte
das chuvas, degelos ou outras fontes de água, para outras bacias maiores, lagos ou para o mar.
A drenagem artificial consiste no escoamento das águas de terrenos encharcados, por meio de
concreto simples, armado ou de gabião (VAZ, 2019).
Atualmente, a drenagem urbana é o conjunto de medidas que tenham como objetivo
minimizar os riscos de inundação e alagamentos no ambiente urbano, diminuir os prejuízos
causados por inundações e possibilitar o desenvolvimento urbano de forma harmônica,
articulada e sustentável (VAZ, 2019; MIGUEZ; VERÓL; REZENDE, 2016).
Sempre houve uma relação das cidades com os cursos d’água na história da humanidade,
onde o acesso à água é essencial para a sua existência, pois constituíram aspectos no
encadeamento da sedentarização das populações (MIGUEZ; VERÓL; REZENDE, 2016). O
desenvolvimento e segurança das aglomerações urbanas sempre estiveram relacionados com a
proximidade de rios. Os cursos d’água proviam a água de abastecimento, a agilidade para o
despejamento, a via natural de comunicação e transporte, facilitando o comércio, dentre outros
aspectos (BATISTA; NASCIMENTO, 2002).
A partir do século XIX, houve a necessidade de preocupação da população com as águas
pluviais, pois estava ocorrendo o aumento das aglomerações urbanas, o que trouxe dificuldades
e desconforto resultantes da precariedade da infraestrutura de controle da presença de águas nas
cidades. Este processo foi verificado sobremaneira na Europa, em que tem início as práticas
modernas de drenagem urbana (MIGUEZ; VERÓL; REZENDE, 2016). Por outro lado,
6
Os principais elementos de capatação das águas pluviais são: rede de coletores, sarjetas
e sumidouros, descarregadores de tempestades, bacias de retenção, câmaras de retenção –
infiltração (CARDOSO, 2007; MIGUEZ; VERÓL; REZENDE, 2016).
8
Figura 1 – Coletores.
Figura 2 – Sarjeta.
As bacias de retenção, conforme a figura 4, são estruturas que tem por finalidade
regularizar o escoamento pluvial, amortecendo os caudais de ponta fazendo com que haja a
permição de compatibilizar o seu valor com certos limites previamente fixados (CARDOSO,
2007).
Diante dos fatos supracitados, segue abaixo as principais deficiências dos sistemas de
drenagem urbana que estão relacionados aos variados domínios considerados.
12
2.2.1 Deficiências
2.2.1.3 Infiltração
2.2.1.5 Septicidade
2.2.1.6 Exfiltração
Com o decorrer dos anos, devido a degradação dos sistemas de drenagem urbana,
percebe-se a ocorrência de fugas de água residual não tratada para o solo, por meio de defeitos
em coletores, nas juntas e ligações domésticas ao colocar câmaras de visita. No entanto, esse
tipo de deficiência, ao contrário da infiltração, será denominado a partir desse momento de
exfiltração.
A exfiltração atrai consequências negativas em relação ao aspecto ambiental, pois as
águas residuais contêm altas concentrações de poluentes, responsáveis pela contaminação dos
solos e das águas subterrâneas. A exfiltração, por conseguinte, afeta o desempenho dos sistemas
de drenagem, nomeadamente pelos seguintes aspectos:
• Incumprimento de normas de qualidade de água em rios, lagos e águas subterrâneas;
• Impedimento da utilização dos cursos de águas para fins recreativos;
• Aumento do risco de problemas de saúde pública;
• Outros aspectos do funcionamento deficiente dos sistemas de drenagem urbana.
É de extrema importância ressaltar que, diante dos fatos supracitados, o aspecto
deficiente do sistema de drenagem urbana abrange também outros fatos, tais como estruturais
e socioeconômicos. Estes fatores, cabe destacar, possuem relação com os aspectos hidráulicos,
ambientais e de qualidade da água, razão pela qual devem ser abordados (MIGUEZ; VERÓL;
REZENDE, 2016).
As más atuações dos sistemas de drenagem urbana podem acarretar consequências para
a sociedade mediante os seus bens e nas suas atividades, podendo ser de origem graves ou não,
sendo estas determinadas pelo tipo de ocupação do solo envolvente do sistema.
Dentre as consequências decorrentes da má atuação ou funcionamento dos sistemas de
drenagem, vale ressaltar que os trabalhos de reabilitação tem impactos sócio-econômicos
importantes sendo eles diretos ou indiretos, porém afetando diretamente a sociedade através de
ações físicas resultantes das obras, ou indiretamente (MIGUEZ; VERÓL; REZENDE, 2016).
A análise empreendida nas seções anteriroes deixou claro que o sistema de drenagem
urbana pode acarretar consequências danosas à sociedade. Segundo Braga (1994), a maioria
dos países que se encontra em desenvolvimento, incluindo o Brasil, houve uma expansão
urbana com precária infrastrutura de drenagem, fazendo com que seja alvo de inundações.
Os problemas que dizem respeito ao controle de inundações relacionam-se com a
elevação dos picos das cheias, ocasionada tanto pela intensificação do volume do escoamento
superficial direto (causado pelo aumento da densidade das construções, e consequentemente a
impermeabilização da superfície), como pela diminuição dos tempos de concentração e de
recessão. Essa diminuição é também oriunda do acréscimo na velocidade de escoamento por
alteração do sistema de drenagem existente, exigida por este aumento da densidade de
construções.
Outro ponto relevante é a erosão do solo decorrente do desenvolvimento urbano
desordenado, que traz consequências como assoreamento em canais e galerias, acarretando a
diminuição das capacidades de condução do excesso de água, degradando a qualidade da água
e possibilitando a veiculação de moléstias (MIGUEZ; VERÓL; REZENDE, 2016).
2.2.3 Socioeconômico
A definição e o projeto de uma rede de drenagem têm uma base técnica tipicamente de
hidráulica. Numa abordagem tradicional, o dimensionamento de uma rede de drenagem de
águas pluviais transcorre, de forma geral, nas seguintes etapas:
• Divisão da área em estudo em bacias de contribuição e lançamento do traçado da
rede de drenagem em planta baixa;
• Cálculo das vazões afluentes ao sistema de drenagem, originadas das precipitações
sobre as áreas de contribuição acumuladas ao longo do caminho;
• Cálculo hidráulico das dimensões da rede de condutos, o que define a geometria final
da rede (CANHOLI, 2014).
𝑄 = 𝐶 .𝐼 .𝐴 (1)
Este método é utilizado para calcular vazões cuja área seja maior do que 1,00 km², a fim
de corrigir as distorções causadas pela distribuição de chuvas em áreas mais extensas. Este
método consiste em adicionar fatores de distribuição sobre vazões calculadas pelo método
racional (MIGUEZ; VERÓL; REZENDE, 2016).
A vazão Q, em m³/s, é, então, calculada por:
𝑄 = 0,278. 𝐶. 𝐼. 𝐴 (2)
Onde:
C = coeficiente adimensional de escoamento superficial (runoff);
I = intensidade média da precipitação sobre a bacia, em mm/h;
A = área de bacia drenada, em km²;
0,278 = fator de conversão de unidades.
O fator de distribuição, ou coeficiente de distribuição mais utilizado é o fator n, tal que:
𝑛 = 𝐴−0,10 (3)
0,385
𝐿3
𝑇𝑐 = 1,42. ( 𝐻 ) (4)
18
Onde:
L = comprimento percorrido pela vazão, em m;
H = máximo desnível, em m.
19
3 MATERIAL E MÉTODOS
927,684.Tr 0,148
i= (5)
(t+0,76)0,9928
Onde:
𝑖 = intensidade de precipitação;
𝑇𝑟 = tempo de retorno;
𝑡 = duração do evento.
As Alturas de precipitação são dadas através do produto das intensidades pelos
respectivos tempos de infiltração, já as vazões foram determinadas através do Método Racional
(MELO et al., 2014).
O cálculo do volume de entrada é fornecido pelo produto da vazão pelo tempo, conforme
delineado na equação 6 (MELO et al., 2014).
24
𝑉𝑒 = 𝑄. 𝑡 (6)
Onde:
𝑄 = vazão máxima;
𝑉𝑒 = volume de entrada;
𝑡 = tempo.
Referindo-se ao volume de saída em relação a uma estrutura de infiltração é determinado
a partir da superfície de infiltração. Sendo assim o volume de saída será determinado a partir
dos ensaios de infiltração (MELO et al., 2014).
Em relação aos ensaios de infiltração será empregado o método do infiltrômetro de anel
simples. O volume de saída é representado pelo produto da lâmina infiltrada acumulado no
tempo pela área de infiltração do experimento, conforme equação 7.
𝑉𝑠 = 𝐴. 𝐼 (7)
Onde:
𝑉𝑠 = volume de saída;
𝐴= área de infiltração;
𝐼 = infiltração acumulada.
A altura de brita foi calculada para que a dimensão de altura tenha suficiente
armazenamento temporariamente ao volume de água infiltrada para o tempo de retorno e uma
duração de chuva de projeto (MELO et al., 2014).
Para determinar a altura da camada de armazenamento foi utilizada a seguinte equação
(MELO et al., 2014):
−3
[𝐶.𝐼.𝐴.𝑡.(10 ⁄3600)−𝐼𝑎𝑐.𝐵.𝐿−𝐼𝑎𝑐.𝐿.ℎ𝑎−𝐼𝑎𝑐.𝐵.ℎ𝑎−ℎ𝑎.𝐵.𝐿.𝜂𝑎]
𝐻𝑏 = (𝐵.𝐿.𝜂𝑏+𝐼𝑎𝑐.𝐿+𝐼𝑎𝑐.𝐵)
(8)
Onde:
𝐻𝑏 = altura de brita;
ℎ𝑎 = altura da camada de areia (0,10);
𝐶 = coeficiente de escoamento (0,675);
𝐼 = intensidade da precipitação;
𝐴 = área de drenagem;
25
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4%
19%
23%
3%
4%
7% 4%
Av. Brasil com Av. Contorno Av. Contorno
Av. Goiás Av. Goías entre 34 e 36
Baixada da Av. Mato Grosso Baixada da Av. Contorno
Não respondeu Não tem
Outras
Fonte: AUTORES, 2019.
27
Como pode-se depreender dos dados, 19% afirmou que o principal ponto de alagamento
é a Avenida Brasil. Outros 17,9% afirmaram ser a Avenida Brasil com a Avenida Contorno. Já
7% afirmaram que o principal ponto de alagamento é a Baixada da Contorno.
Outra questão indagou sobre quais os principais pontos com risco de enxurradas. Os
dados são apresentados no Gráfico 2.
Locais de Enxurradas
17,9%
19,6%
1,8% 14,3%
3,6% 3,6%
8,9%
30,4%
4.2 DIMENSIONAMENTO
Haja vista que o sistema em questão é circular, fez-se necessário fazer uma compensação
na profundidade do sistema. Sendo assim, sugeriu-se aumentar a profundidade da camada de
brita em 27,32% para atingir o volume necessário no sistema, o que é apenas um ajuste da altura
da camada infiltrante em função do formato da área de captação. Diante destas modificações,
chegou-se ao valor de 1,44 metros.
Em relação ao coeficiente de escoamento (C), calculou-se uma média ponderada
conforme a porcentagem de área na superfície com cobertura permeável e impermeável. Sendo:
Figura 11 – Mapadrenagem.
5 CONCLUSÕES
drenagem urbana existente no local, especialmente no que tange a drenagem das águas da
chuva.
Por fim, o estudo almejava efetuar o levantamento dos pontos de maior deficiência de
drenagem. Tendo este objetivo em vista, empreendeu-se a aplicação de um questionário
semiestruturado a munícipes de Goianésia. Os resultados mostraram que os principais pontos
de deficiência na drenagem de águas das chuvas são a Av. Contorno, que apresenta inúmeros
pontos de alagamento, e a intersecção entre a Av. Contorno com Av. Brasil, no sentido Oeste,
tendo-se optado por este último para realização do dimensionamento do projeto de Jardim de
Chuva. Este ponto mostra que o estudo em tela visou também ao atendimento dos anseios da
população Goianesiense.
34
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGÊNCIA ESTADO. Chuvas causam alagamentos em São Paulo, capital tem estado de
atenção. Publicado em: 31 ago. 2018. Disponível em:
<https://24horasnews.com.br/noticia/chuvas-causam-alagamentos-em-sao-paulo-capital-tem-
estado-de-atencao.html>. Acesso em: 20 mai. 2019.
CANHOLI, Aluísio Pardo. Drenagem Urbana e Controle de Enchentes. São Paulo: Oficina de
Textos, 2014.
CRUZ, Marcus Aurélio Soares; TUCCI, Carlos Eduardo Morelli. Avaliação dos Cenários de
Planejamento na Drenagem Urbana. RBRH - Revista Brasileira de Recursos Hídricos, v.13,
n.3,Jul/Set 2008, p. 59-71. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/arroiodiluvio/conteudo-
antigo/copy_of_sobre-o-arroio-diluvio/avaliacao.pdf>. Acesso em: 24 mai. 2019.
NETO, Antonio Cardoso. Drenagem urbana. Sistemas Urbanos de Drenagem, [S. l.], (s.d.).
TUCCI, C. E. M. Gestão das águas pluviais urbanas: Saneamento para todos. Brasília:
Programa de Modernizaçãodo Setor Saneamento, Secretaria nacional de Saneamento
Ambiental, Ministério das Cidades, 2005.