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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4


INFORMÁTICA .................................................................................................................... 11
RLM ........................................................................................................................................... 14
DIREITO CONSTITUCIONAL ....................................................................................... 17
DIREITO ADMINISTRATIVO ....................................................................................... 24
DIREITO PENAL ................................................................................................................. 30
DIREITO PROCESSUAL PENAL .................................................................................. 39
LEGISLAÇÃO PENAL E PROCESSUAL PENAL ..................................................... 45
DIREITOS HUMANOS ...................................................................................................... 52
CRIMINOLOGIA ................................................................................................................. 55
MEDICINA LEGAL .............................................................................................................. 59

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LÍNGUA PORTUGUESA

DICA 01
ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO DO TEXTO E SEU SENTIDO - GÊNERO DO TEXTO -
TIPOS TEXTUAIS X GÊNEROS TEXTUAIS

A tipologia textual é a classificação de um texto de acordo com as informações


que aparecem nele, considerando suas características internas.

Já, os gêneros textuais são a classificação de acordo com a relação entre a


função do texto na sociedade e as características internas desse texto.

GÊNEROS TIPOS TEXTUAIS

Notícia Narrativo, Descritivo

Receita culinária Injuntivo

Bula de remédio Injuntivo, Descritivo

Reportagem Narrativo, Dissertativo

DICA 02
MODO VERBAL DO INDICATIVO

Indicativo: O modo indicativo expressa uma certeza ou uma realidade.

Ex.: Mônica sempre estuda no quarto.


Eu moro em Londrina.

QUESTÃO.
No trecho "Educai as crianças e não será preciso punir os homens.” (7° parágrafo), o
verbo destacado tem o sentido de:
A) conselho.
B) permissão.
C) decreto.
D) dúvida.
Gabarito: Alternativa A, pois o verbo tem o objetivo de aconselhar e está no modo
imperativo.

DICA 03
INFINITIVO

Infinitivo: dormir, correr, amar (ações potenciais). O infinitivo pode ser pessoal ou
impessoal:

INFINITIVO PESSOAL INFINITIVO IMPESSOAL

O infinitivo pessoal é flexionado, varia O infinitivo impessoal não se refere a


nenhuma pessoa, apenas manifesta a
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em número e pessoa. ação e, por vezes, pode ter valor de
substantivo.

Ex.: Elas comeram muito churrasco.


Ex.: Dormir é a melhor coisa da Vida.
Ouvi eles cochicharem baixinho.

DICA 04
GERÚNDIO E PARTICÍPIO

Gerúndio: dormindo, correndo, amando (ações em curso).

Particípio: dormido, corrido, amado (ações passadas). O particípio pode ser regular ou
irregular:

PARTICÍPIO REGULAR PARTICÍPIO IRREGULAR

Caracteriza-se pela terminação “ado” e Pode exercer o papel de adjetivo.


“ido”.
Ex.: Mari adora polentas fritas.
Ex.: João havia jantado no restaurante.
Todo o presente é aceito com muito amor.
Mari tinha sido batizada.

DICA 05
TEMPOS DO SUBJUNTIVO

Exemplo de tabela da conjugação do verbo “amar” no modo subjuntivo simples:

PRESENTE IMPERFEITO FUTURO

que eu ame se eu amasse quando eu amar


que tu ames se tu amasses quando tu amares
que ele ame se ele amasse quando ele amar
que nós amemos se nós amássemos quando nós amarmos
que vós ameis se vós amásseis quando vós amardes
que eles amem se eles amassem quando eles amarem

DICA 06
MORFOLOGIA : CLASSES DE PALAVRAS - SUBSTANTIVO, ARTIGO E PRONOME

SUBSTANTIVO

Dá nome aos objetos, aos seres, aos lugares, às ações, entre outros.

O substantivo pode ser flexionado em número (singular ou plural), em


gênero (feminino ou masculino) e em grau (diminutivo ou aumentativo).

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Exemplos: caderno, fadas, cidade.

ARTIGO

Particulariza o sentido do substantivo.

Os artigos são: O, A, OS, AS, UM, UNS, UMA, UMAS.

PRONOME

O pronome possui a função de substituir ou de retomar alguma coisa.


Exemplos: lhe, cujo.

DICA 07
ADVÉRBIO, NUMERAL E CONJUNÇÃO

ADVÉRBIO

Modificam um verbo, um adjetivo ou outro advérbio.


Os advérbios podem ser de: MODO, LUGAR, TEMPO, INTENSIDADE...
Exemplos: hoje, ontem, rapidamente, não.

NUMERAL

Termo que indica posição, multiplicação, quantidade ou fração.


Exemplos: três, terço.

CONJUNÇÃO

A conjunção conecta orações ou palavras de igual valor gramatical,


criando uma relação entre eles.
Exemplos: embora, mas, e.

QUESTÃO.
“Um homem de 44 anos foi preso na noite desta quinta-feira (16), após tentar furtar
uma residência, localizada na rua Duque de Caxias entre Rafael Vaz e Silva e
Guanabara, em Porto Velho. A Polícia Militar foi informada que o criminoso, usando um
alicate grande, teria cortado o cadeado do portão da residência, porém, o cachorro da
casa começou a latir e o homem fugiu. Populares seguiram o criminoso, acionaram a
Polícia Militar, ele recebeu voz de prisão e foi encaminhado para a Central de
Flagrantes.” (Rondoniagora, 17/09/2021)
Na frase “o cachorro da casa começou a latir e o homem fugiu”, a conjunção E mostra o
mesmo valor em:
a) O ladrão chegou perto da casa e observou o cenário;

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b) O bandido usou o alicate e cortou o cadeado;
c) A Polícia Militar chegou e o bandido ficou com medo;
d) O meliante foi preso e encaminhado para a delegacia;
e) Os assaltos e furtos são comuns nas grandes cidades.
Gabarito: Alternativa C.
Comentário: Alternativa correta, pois há uma relação de causa e consequência, assim
como na frase do enunciado.

DICA 08
PREPOSIÇÃO, ADJETIVO, INTERJEIÇÃO E VERBO

PREPOSIÇÃO

Termo que exprime uma relação de regência.

As principais preposições são: A, ANTE, ATÉ, APÓS, COM, CONTRA, DE,


DESDE, EM, ENTRE, PARA, PER, PERANTE, POR, SEM, SOB, SOBRE, TRÁS.

ADJETIVO

Atribui características aos substantivos.


Exemplos: azul, espanhol, inteligente.

INTERJEIÇÃO

Expressa o estado emotivo daquele momento.


Exemplos: Eita!, Oh!, Surpresa!

VERBO

Expressa estado, ação e fenômeno da natureza.


Exemplos: cuidar, chover, amar, dormir, cantar, torcer.

DICA 09
CLASSES GRAMATICAIS VARIÁVEIS E INVARIÁVEIS

INVARIÁVEIS VARIÁVEIS

INTERJEIÇÕES ADJETIVOS

PREPOSIÇÕES PRONOMES

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CONJUNÇÕES SUBSTANTIVOS

ADVÉRBIOS NUMERAIS

VERBOS

ARTIGOS

As palavras invariáveis, como o próprio nome diz, NUNCA variam.

Ex.: Amanhã, passearemos com os cachorros. → Veja que “amanhã” é um advérbio e


não importa se a frase estiver no singular ou no plural, a palavra “amanhã” é invariável.
As palavras variáveis, como o próprio nome diz, VARIAM.

Ex.: “esperto(a)” é um adjetivo e varia. Veja abaixo:

Ex.: A menina esperta.


As meninas espertas.
DICA 10
SUBSTANTIVAÇÃO
É um processo de formação de novas palavras. Também é chamado de DERIVAÇÃO
IMPRÓPRIA.

Veja os exemplos abaixo:


O andar de Paulo era estranho. → Veja que “andar” é verbo, mas nessa frase ele se
transformou em substantivo em decorrência do artigo usado (processo de
substantivação).

Marina disse um não com determinação. → Veja que “não” é um advérbio, mas
nessa frase ele se transformou em um substantivo.

O azul do mar é encantador. → Veja que “azul” é um adjetivo, mas nessa frase ele
se transformou em um substantivo.
DICA 11
ESTRUTURA DAS PALAVRAS: RADICAL E DESINÊNCIA

A palavra tem seu significado principal no RADICAL. São acrescentados outros


elementos ao radical.

Ex.: VENDER → VENDA → VENDEDOR (RADICAL = VEND)


A DESINÊNCIA aparece após os radicais. Pode ser desinência verbal ou nominal.

Desinência Nominal: indica o número (singular ou plural) e o gênero (feminino ou


masculino). As desinências de gênero são, portanto, “a” e “o”. Quanto à desinência de
número, é formada pelo “s” se for plural; se for singular, não existe uma desinência
própria.

Desinência Verbal: indica o modo, a pessoa, o número, bem como o tempo dos
verbos.
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Ex.: “NAMORÁVAMOS”
Radical = namor
Vogal temática = á
Desinência modo-temporal = va
Desinência número-pessoal = mos
DICA 12
FLEXÃO NOMINAL

Pontos importantes sobre flexão nominal:

Substantivos terminados em “ão”:


1) Apenas é acrescentado o “s” ao final. Ex.: cidadão – cidadãos.

2) “Ão” → “ães”. Ex.: alemão – alemães.


3) “Ão” → “ões”. Ex.: doação – doações.

Substantivos que terminam em “al”, “ol”, “el” e “ul”:


Ex.: lençol – lençóis.
guarda-sol – guarda-sóis.

Substantivos terminados em “x”:


Ex.: O tórax – os tórax.
SÃO INVARIÁVEIS!

ATENÇÃO! Pode ser “pegadinha” de prova:

Aldeão – aldeões, aldeãos e aldeães → (TODAS ESTÃO CORRETAS)


Guardião – guardiães e guardiões → (TODAS ESTÃO CORRETAS)

DICA 13
FLEXÃO VERBAL

MODO:

Modo indicativo – há certeza na fala.


Ex.: Eu vou comprar ingressos para o teatro.

Modo subjuntivo – há hipótese/suposição na fala.


Ex.: Se você falasse comigo, seria muito bom.

Modo imperativo – há uma ordem/pedido.

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Ex.: Vá tomar banho!

TEMPO:

Passado:
Pretérito perfeito: Ex.: Eu amei.
Pretérito imperfeito: Ex.: Eu amava.
Pretérito mais-que-perfeito: Ex.: Eu amara.
Presente: Ex.: Eu amo, tu amas, ele ama...

FUTURO:

Futuro do presente: Ex.: Eu amarei.


Futuro do pretérito: Ex.: Eu amaria.

PESSOA:

1ª pessoa: Eu e nós.
2ª pessoa: Tu e vós.
3ª pessoa: Ele e eles.

NÚMERO:

singular e plural.

VEJA COMO JÁ FOI COBRADO EM PROVA:

QUESTÃO
“Sou tudo o que fui, o que sou, o que serei.”
Assinale a opção em que todas as formas verbais que correspondem, respectivamente,
às sublinhadas no fragmento acima, estão corretas.
a) teve / tenho / terei.
b) fiz / faço / fazerei.
c) vi / vejo / virei.
d) houve / hei / haverei.
e) venho / vim / verei.
Gabarito: Alternativa D.

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INFORMÁTICA
DICA 14
COMPONENTES DE UM COMPUTADOR
A arquitetura básica de computador é formada por Processador, Memória Principal e
entradas e saídas. Tudo isso conectado através de barramentos. O processador é
composto pela ULA (Unidade lógica aritmética), pelos registradores e pela UC (Unidade de
Controle). O processador é responsável pelo processamento dos dados, é ele quem
coleta e armazena os dados na memória principal. A memória principal realiza o
armazenamento dos dados. A entrada e saída é responsável pela movimentação dos
dados para dentro e fora do computador.
DICA 15
MÍDIAS PARA ARMAZENAMENTO DE DADOS

São as mídias que armazenam os dados que desejamos ter de maneira


permanente.

Exemplos de mídias são: HD (Hard Disk ou Disco Rígido), CD, DVD, Pen drive , HD
externo, Fita Magnética, cartão de memória etc.
O pen drive e os cartões de memória utilizam a memória flash. É um tipo de memória
mais rápida que a do HD convencional, porém mais lenta que a memória volátil.
DICA 16
CONCEITOS GERAIS DE SISTEMAS OPERACIONAIS
O sistema operacional é o software base do computador. É ele quem acessa
diretamente o Hardware e faz todo o gerenciamento dos recursos, seja de memória
volátil, armazenamento e escalonamento de processos. O usuário não acessa
diretamente nenhum desses hardwares, tudo é feito através do sistema operacional, feito
através de chamadas de funções. O sistema operacional tem funções que são
chamadas para realizar determinadas tarefas, como por exemplo abrir um arquivo,
enviar um arquivo para impressão etc.
DICA 17
WINDOWS 10
É um sistema operacional desenvolvido e mantido pela Microsoft. É um sistema
proprietário, multisessão (capacidade de operar com várias contas de usuários),
multitarefa (execução de várias tarefas simultâneas). Disponível nas versões Home, Pro,
Education, Enterprise.

Home - Versão mais comum presente em computadores domésticos, conta com a


possibilidade de login facial ou biometria.

Pro - Versão que contém as funcionalidades do Home com dispositivos avançados de


segurança como BitLocker para criptografia de HD e suporte a ingresso no domínio
através do Azure Active Directory.

Enterprise - Engloba as funcionalidades da versão Pro e inclui outras opções


avançadas como como o AppLocker.

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Education - Versão geralmente utilizada para grandes ambientes de ensino, conta com
as opções da versão enterprise, porém sem algumas opções de configuração de
atualização.
DICA 18
OPÇÕES DE ENCERRAMENTO DO WINDOWS
O Windows possui algumas opções de encerramento. As opções são acessíveis através do
menu iniciar, porém também é possível acessá-las utilizando o atalho ALT + F4 na área
de de trabalho.

As opções são:

Desligar - Fecha todos os aplicativos e desliga o computador.

Reiniciar - Fecha todos os aplicativos, desliga o computador e liga-o novamente.

Suspender - O computador permanece ligado, mas com baixo consumo de energia. Os


aplicativos ficam abertos, assim, quando o computador é ativado, voltará ao ponto em
que estava.

Trocar Usuário - Troca de usuário sem fechar aplicativos.

Sair - Fecha todos os aplicativos e faz logoff do usuário.


DICA 19
ELEMENTOS DO WINDOWS
O Windows contém elementos que auxiliam o usuário.
Barra de Tarefas - Mostra os programas ativos e permite iniciar novos programas
fixadas na barra de tarefas;

Barra de Ferramentas - Permite iniciar um endereço, um link, atalhos da área de


trabalho ou arquivos uma pasta específica escolhida pelo usuário. Pode ser habilitada ou
desabilitada clicando com o botão direito do mouse na barra de tarefas e ir até barra de
ferramentas. Localizada na parte inferior da tela;
Central de Ações - Na central de ações ficam localizadas as notificações do Windows
relativas ao e-mail, sistema, microsoft store;
Menu Iniciar - Contém opções de desligamento, de usuário, lista de programas
ordenados alfabeticamente, e é possível adicionar atalhos de programas na tela do menu
iniciar em forma de quadrados e organizá-los em grupos.

QUESTÃO.
Com relação a sistemas operacionais e ferramentas de edição de texto e planilhas,
julgue o item a seguir.
Programas e arquivos que estejam abertos e em uso no ambiente Windows podem ser
acessados pelo Painel de controle, que é uma barra horizontal localizada na parte
inferior da tela.
Gabarito: Errado.

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DICA 20
WINDOWS 10 - CORTANA

O Windows 10 trouxe inúmeros recursos que facilitam nosso dia a dia, sendo um deles a
Cortana, a qual é a assistente de produtividade pessoal da Microsoft que tem o intuito de
fazer o usuário economizar tempo e se concentrar no que é mais importante.

Para ativar esse recurso, veja só como se faz:

1º : Clique no ícone da Cortana na barra de tarefas;

2º: Clique em configurações: ;

3º: Após, clique em “Conversar com a Cortana”:

4º: Depois, em Conversar com a Cortana, alterne a palavra de ativação para


ativado.

DICA 21
CORTANA - DISPONIBILIDADE E FUNCIONALIDADES

A Cortana está disponível apenas em determinados países/regiões, e alguns de seus


recursos talvez não estejam disponíveis em todos os lugares, inclusive, sobre isso há uma
lista das regiões e idiomas nos quais a Cortana está disponível pode ser encontrada no
próprio site da Microsoft.

O recurso da Cortana traz inúmeras funcionalidades ao usuário do Windows, veja


algumas delas:

Gerenciar seu calendário e manter sua agenda atualizada;

Participar de uma reunião no Microsoft Teams ou descobrir com quem será a sua
próxima reunião;
Criar e gerenciar listas;
Configurar alarmes e lembretes;

Localizar dados, definições e informações;

Abrir aplicativos no computador.

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RLM
DICA 22
NUMEROS INTEIROS E RACIONAIS

O conjunto dos números naturais é representado pelo símbolo N, esse conjunto


compreenderá aqueles números que surgem naturalmente da necessidade de contar.

Ex.: N= {0,1,2,3,4,5,6...};
No conjunto dos números naturais não temos números quebrados, e não têm números
negativos. É o conjunto mais simples e possui uma quantidade infinita de elementos
Conjunto dos Inteiros (Z) basta acrescentar os números negativos aos números
naturais;

Ex.: Z= {...-3,-2,-1,0,1,2,3...};

Os números racionais Q serão formados pelo conjunto dos números inteiros mais os
números quebrados, dizemos que um número é racional se ele pode ser representado na
forma de fração;
O conjunto dos números inteiros é um subconjunto dos racionais Z ⊂ Q.
DICA 23
OPERAÇÕES COM NÚMEROS INTEIROS E PROBLEMAS

Um total de R$ 4.800,00 será dividido entre Ângela, Beatriz e Cláudio, de modo que
Beatriz receberá R$ 100,00 a menos que Ângela, e Cláudio receberá R$ 200,00 a mais
que Beatriz. O valor que receberá Beatriz é de?

Ex.: A+B+C=4.800, B=A-100, C=B+200. Com isso montamos o nosso sistema, sendo
que A, B e C quantidade recebida por Ângela, Beatriz e Claudio, respectivamente. Vamos
isolar C e jogar na 1º equação. A+B+B+200=4.800, A+2B=4.600 e B=A-100. Logo,
A+2x(A-100)=4.600 → A+2A-200=4.600 → 3A=4.800 → A=1.600, B=1.500 e
C=1.700.
Em um bazar da pechincha, foram vendidas 168 peças a R$ 2,00 cada, 53 peças a R$
5,00 cada e roupas de festa a R$ 10,00 cada. Sabendo-se que o valor total arrecadado
nesse bazar foi de R$ 1.071,00, a quantidade de roupas de festa vendidas foi?

Ex.: Vamos retirar as informações do enunciado:


1) 168 peças a R$ 2,00 cada;
2) 53 peças a R$ 5,00 cada;
3) x roupas de festa a R$ 10,00 cada. Logo, O total arrecadado foi R$ 1.071,00. Ora, veja
que o produto do número de peças pelo preço unitário fornece quanto o bazar arrecadou
com aquela peça. Para obter o valor total, basta somarmos cada um desses produtos
→ 168.2+53.5+x.10 = 1.071 → 336+265+10x = 1.71 → 10x = 1.071-601 → 10x = 470
→x=47 peças de roupas foram vendidas.

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DICA 24
OPERAÇÕES COM NÚMEROS INTEIROS E PROBLEMAS

No ato de pagamento por um produto, um cliente entregou ao caixa uma nota de R$ 50.
Informado de que o dinheiro entregue não era suficiente, o cliente entregou mais uma
nota de R$ 50 e recebeu do caixa R$ 27 de troco. O cliente reclamou que ainda faltavam
R$ 9 de troco e foi imediatamente atendido pelo caixa. Nessa situação, o valor da compra
foi de quanto? → O cliente entregou R$ 50,00 + R$ 50,00 = R$ 100,00, para o caixa. O
atendente, apesar de inicialmente ter errado o troco, devolveu R$ 27,00 + R$ 9,00 = R$
37,00, logo, valor da compra total foi de R$ 100,00 − R$ 36,00 = R$ 64,00;
Maria colocou 62 livros em três prateleiras. Na primeira prateleira, ela colocou 19 livros.
Na segunda prateleira, ela colocou 25. Quantos livros Maria colocou na terceira prateleira?
→ temos 62 livros distribuídos em 3 prateleiras, na primeira tem 19 livros, na segunda
tem 25, e na terceira tem x. Quando somarmos as quantidades em cada prateleira,
devemos obter o total de livros. Logo, 19 + 25 + x = 62 → 44 + x = 62 → x = 62 − 44
→ x = 18 → Na terceira prateleira tem 18 livros;

Durante 185 dias úteis, 5 funcionários de uma agência bancária participaram de um


rodízio. Nesse rodízio, a cada dia, exatamente 4 dos 5 funcionários foram designados para
trabalhar no setor X, e cada um dos 5 funcionários trabalhou no setor X o mesmo número
N de dias úteis. O resto de N na divisão por 5 é igual a quanto? → 185 dias úteis são 37
semanas, contando 5 dias úteis em cada uma delas, como 4 funcionários trabalham por
dia útil. Dessa forma, cada funcionário trabalha 4 dias na semana no setor X. Assim, como
são 37 semanas, o total de dias trabalhados será N=37x4=148. Dividindo 148/5=29x5+3,
logo o Resto é de 3.
DICA 25
DIVISIBILIDADE - DIVISORES E MÚLTIPLOS

Todo número é divisor de si mesmo;


O número 1 é divisor de qualquer número.
O conjunto dos divisores de um número diferente de zero, é finito no campo dos
NATURAIS(N).
Ex.: Os divisores de 8 são (1, 2, 4, 8), finito.
Ser múltiplo de, é o mesmo que dizer: ser divisível por...
Ex.: Os múltiplos de 5, incluindo o zero, serão infinitos (0, 5, 10, 15, 20, 25, ....) pois
de 5 em 5 todos serão divisíveis por 5.
DICA 26
MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM

Se um número é múltiplo do outro, o M.M.C. é o maior número.


Ex.: Entre os números 4 e 12 o MMC será 12.
O M.M.C de números primos entre si é sempre igual ao produto deles.

Ex.: 15 e 13 teremos MMC igual a 15 x 13 = 195

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15
O M.M.C de dois números consecutivos é sempre o produto deles.

Ex.: 7 e 8 o MMC será 7 x 8 = 56

Para obter o MMC de dois ou mais números fatoramos até chegarmos a 1.

Ex.: Qual o M.M.C. dos números 12,18 e 30?


MMC 12, 18, 30 =
12,18,30 |2
6,9,15 |2
3,9,15 |3
1,3,5 |3
1,1,5 |5
1,1,1
Logo, 2x2x3x3x5 = 180
MMC (12,18,30) = 180
DICA 27
MÁXIMO DIVISOR COMUM

Para obter o MDC de dois ou mais números fatoramos sempre por um divisor
COMUM aos números dados.
Ex.: Qual o M.D.C. dos números 12, 18 e 30?
Explicação passo-a-passo:
12,18,30 – 2
6,9,15 – 3

2,3,5 → não temos mais um divisor comum a esses números, paramos a fatoração
GAB -2x3 = 6

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DIREITO CONSTITUCIONAL
DICA 28
TEORIA DA CONSTITUIÇÃO: CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES

A Constituição Federal brasileira pode ser classificada da seguinte maneira:


Quanto ao conteúdo: Materiais e formais.
Quanto à forma: Escritas e não escritas.
Quanto ao modo de elaboração: Dogmática e histórica.
Quanto a origem: Promulgadas e outorgadas
Quanto a estabilidade: Rígidas, super-rígidas, semirrígidas e flexíveis.

Quanto a extensão: Analítica e sintética.

Vamos utilizar um mnemônico para melhor fixação!

A CF/88 é classificada como uma PEDRAF:

P Promulgada

E Escrita

D Dogmática

R Rígida

A Analítica

DICA 29
CONSTITUIÇÃO - SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO

Supremacia Material - É um corolário do objeto clássico das constituições, ou seja,


das chamadas matérias constitucionais, as quais são os fundamentos do Estado de
Direito. Por isso, segundo a doutrina, estão acima das leis. A supremacia material é
um atributo de toda constituição. Não gera consequências jurídicas.

Supremacia Formal - É uma característica exclusiva das constituições rígidas. A


supremacia formal decorre da rigidez (isto é muito importante para o controle de
constitucionalidade). A rigidez constitucional decorre exatamente da previsão de um
processo especial e agravado, reservado para alteração das normas constitucionais,
significantemente distinto do processo comum e simples, previsto para a elaboração e
alteração das leis complementares e ordinárias.

A supremacia formal da Constituição decorre da rigidez e da presença de


mecanismos de controle de Constitucionalidade. Porém, a supremacia material,
que é a que decorre de uma consciência constitucional.

Fixando!
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Formal → típica de constituições rígidas
Material → típica de constituições flexíveis
DICA 30
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS - PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOAL
HUMANA
Esse princípio traduz a ideia do ser humano como alguém irrepetível e único, razão
pela qual não pode ser tomado como meio para o atingimento dos objetivos do Estado,
mas como um fim em si mesmo. Do ponto de vista jurídico, o conteúdo da dignidade da
pessoa se relaciona com os direitos fundamentais. Nesse sentido, somente terá a
dignidade preservada aquele sujeito que seja titular dos direitos relativos à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, sem qualquer discriminação.
A dignidade é a base de todos os direitos constitucionais, sejam individuais ou coletivos,
de participação política ou dos trabalhadores.

ATENÇÃO!

O Princípio da dignidade da pessoa humana se aplica a todos os brasileiros,


mas também aos estrangeiros no País.

DICA 31
PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO

Características:

Inicial;

Autônomo;

Permanente;

Incondicionado;

Ilimitado.
Para a doutrina mais adequada, o Poder Constituinte Originário não pode ser
compreendido como absoluto, sendo limitado por aspectos espaciais, culturais e pelos
direitos humanos (direitos suprapositivos).
DICA 32
PODER CONSTITUINTE DERIVADOR REFORMADOR

Natureza Jurídica: poder jurídico.


Por definição é limitado e condicionado pelo Poder Constituinte Originário.
Reforma é gênero e possui duas espécies: revisão e emenda.

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18
Revisão Constitucional Emenda Constitucional

Reforma global do texto (art. 3º, ADCT) Alteração do texto da CF/88 (art. 60, CF)
Realizada após 5 anos da promulgação da Legitimidade: Presidente da
CF/88, em sessão unicameral (Congresso República; um terço da Câmara dos
Nacional), com quórum de maioria absoluta Deputados ou do Senado federal; mais
para aprovação das emendas de revisão. da metade das Assembleias Legislativas
da federação, com votação de maioria
Ocorreu em 1994, aprovando 6 emendas.
simples em cada uma delas.

Forma: Discutida em cada uma das


casas do Congresso Nacional, em dois
turnos com três quintos dos votos dos
membros.

Limites Materiais: não pode ser


objeto de EC a forma federativa de
Estado; o voto direito, secreto, universal
e periódico; a separação dos Poderes e
os direitos e garantias individuais.

DICA 33
APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
A aptidão das normas constitucionais de produzirem efeitos é denominada eficácia
jurídica, a qual é conferida conforme a classificação das normas segundo a sua
aplicabilidade.

1ª Teoria – Americana (século XIX): existem dois tipos de normas: as normas


constitucionais auto executórias e as normas constitucionais não auto executáveis.

Crítica: algumas normas constitucionais não seriam dotadas de imperatividade e


inexistência de análise do papel das normas pragmáticas.

2ª Teoria – Italiana (século XX): reconhecimento às normas pragmáticas de


juridicidade, entendendo-as como jurídico constitucionais.

Doutrina Brasileira: Para José Afonso da Silva todas as normas constitucionais são
dotadas de aplicabilidade/eficácia.

DICA 34
NORMAS DE EFICÁCIA PLENA, CONTIDA E LIMITADA

Possui todos os elementos


para a produção de efeitos
EFICÁCIA PLENA jurídicos diretos e eficácia plena =
imediatos, ex. art. 1º, 44 e direta + imediata + integral

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46, CF.
Eficácia: 100%

Possui todos os elementos,


mas seu âmbito de eficácia
EFICÁCIA CONTIDA é restringido/contido pelo eficácia contida =
legislador ordinário, ex. art. direta + imediata + não
37, I, CF. integral
Eficácia: 100% - lei

Não possui todos os


elementos. Necessita da
EFICÁCIA LIMITADA atuação do legislador eficácia limitada =
ordinário para que produza indireta + mediata +
seus efeitos e aumentar seu reduzida + diferida
âmbito de eficácia.
Eficácia: % + lei = 100%

DICA 35
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS - FUNDAMENTOS DA REPÚBLICA

A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e


Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem
como fundamentos:

Soberania;
Mnemônico:
Cidadania;
SO-CI-DI-VA-PLU
Dignidade da pessoa humana;

Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

Pluralismo político.

Fique atento!
Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos da Constituição Federal.

INDEPENDÊNCIA E HARMONIA DOS PODERES


São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo
e o Judiciário.
DICA 36
PRINCÍPIOS DE REGEM AS RELAÇÕES INTERNACIONAIS DA REPÚBLICA
FEDERATIVA DO BRASIL

A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos


seguintes princípios:

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Independência nacional;

Prevalência dos direitos humanos;

Autodeterminação dos povos;

Não-intervenção; (foi cobrado recentemente na prova de Delegado do Paraná de


2021)

Igualdade entre os Estados;

Defesa da paz;

Solução pacífica dos conflitos;

Repúdio ao terrorismo e ao racismo;

Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;

Concessão de asilo político.


FIQUE ATENTO!
A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural
dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-
americana de nações.
DICA 37
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
Entendidos como cláusulas pétreas, os direitos e garantias fundamentais são o rol
de princípios absolutos e relativos positivados para assegurar aos seres humanos o
estatuto de indivíduos de direito. No ordenamento jurídico brasileiro, estão previstos na
Constituição Federal e são inerentes à pessoa humana
Com o primeiro grande marco histórico sobre direitos fundamentais, que foi a Revolução
Francesa, a Constituição Federal de 1988, desse modo, refletiu o que fora estabelecido na
Carta de Direitos Humanos de 1948. E trouxe um rol de direitos e garantias considerados
fundamentais para a manutenção do ordenamento jurídico. Os direitos e garantias
fundamentais, portanto, são entendidos como este conjunto de preceitos conquistados
com o avanço das sociedades jurídicas e hoje positivados. Portanto, pode-se dizer que os
direitos fundamentais decorrem de uma construção histórica.

ATENÇÃO!

Os Direitos e Garantias Fundamentais são:

Irrenunciáveis: Ninguém pode recusá-los, na medida em que são inerentes –


também são inalienáveis e invioláveis. Isto é, não podem ser vendidos, trocados,
disponibilizados ou violados, sob o risco de punição do Estado.

Imprescritíveis: Não são atingidos pela prescrição e podem ser exigidos a


qualquer tempo. Do mesmo modo são universais, uma vez que aplicados
indistintamente a todos os indivíduos.

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DICA 38
PRINCIPAIS DIREITOS FUNDAMENTAIS

A Constituição Federal nos traz no seu art. 5º:


“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade […].

Portanto, são direitos fundamentais:

Direito à vida

Direito à liberdade

Direito à igualdade

Direito à segurança

Direito à propriedade

DICA 39
DIREITO À VIDA

O direito à vida compreende a extrauterina e a intrauterina.


Nota-se que nem o direito à vida é absoluto. No Brasil, em caso de guerra declarada,
admite-se a pena de morte. O aborto, por sua vez, é permitido em casos
excepcionais.

Aborto terapêutico ou necessário: ocorre quando o médico interrompe a gravidez


quando não há outra forma de salvar a vida da gestante.

Aborto sentimental ou humanitário: é a interrupção da gravidez praticada por


médico nos casos de estupro, desde que haja autorização da gestante ou de seu
representante legal quando a gestante dor menor de 18 anos.

Aborto eugenésico ou eugênico: É aquele realizado para evitar o nascimento de uma


criança com grave deformidade genética.

, exceto em benefício do réu.


DICA 40
DIREITO DE RESPOSTA
É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano
material, moral ou à imagem.

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Esquematizando:

Aplica-se a pessoas físicas e pessoas


jurídicas.

DIREITO DE É proporcional ao agravo.


RESPOSTA

Pode ser acumulado com


indenização por dano material,
moral ou à imagem.

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DIREITO ADMINISTRATIVO
DICA 41
REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO: PRINCÍPIOS

SUPREMACIA DO
O interesse público prevalece em detrimento dos
INTERESSE
interesses particular, por exemplo, a desapropriação.
PÚBLICO

Voltado à atuação do administrador, posto que este


INDISPONIBILIDADE DO deve exercer suas funções sempre buscando garantir o
INTERESSE PÚBLICO interesse público, não devendo desistir dos feitos ou
dispor de suas prerrogativas.

DICA 42
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA - DOS ÓRGÃOS - CLASSIFICAÇÃO
Quanto à posição estatal: cai bastante nas provas! Os órgãos podem ser:
independentes, autônomos, superiores e subalternos.

- Independentes

- Autônomos
Os órgãos podem ser: - Superiores

- Subalternos

DICA 43
ÓRGÃOS SUPERIORES
Os órgãos superiores possuem poder de direção, controle, decisão e comando de
assuntos relacionados com a sua competência específica.
Estão sujeitos à subordinação e ao controle hierárquico de uma chefia mais elevada.
Não gozam de autonomia administrativa nem financeira.
Sua atuação funcional se restringe ao planejamento e soluções técnicas dentro da sua
área de competência.
Exemplo: Gabinetes, Divisões, Coordenadorias e Departamentos.
DICA 44
ÓRGÃOS SUBALTERNOS
Os órgãos subalternos são todos aqueles subordinados a órgãos mais elevados, com
reduzido poder de decisão e predominância de atribuições de execução.
São destinados à realização de serviços de rotina, tarefas de formalização de atos,
cumprimento de decisões, dentre outras atribuições.

Ex.: Delegacia

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DICA 45
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA - DOS ÓRGÃOS - CLASSIFICAÇÃO

Quanto à posição estatal, os órgãos podem ser: simples ou compostos.

Quanto à posição estatal, os órgãos - Simples


podem ser:
- Compostos

Simples: constituídos por apenas um centro de competência

Compostos: em sua estrutura, reúnem outros órgãos menores, com função idêntica ou
funções auxiliares.
DICA 46
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA - CARACTERÍSTICAS DOS ÓRGÃOS

Os órgãos não possuem:

- Personalidade jurídica

Órgãos não possuem - Patrimônio próprio

- Capacidade processual

Personalidade jurídica: Quem terá capacidade jurídica para responder pelos atos
praticados pelos órgãos será a pessoa jurídica que realizou a desconcentração.

Patrimônio próprio: Todo o patrimônio utilizado pelo órgão é da pessoa jurídica a


qual ele pertence.

Capacidade processual: Como regra, os órgãos não possuem capacidade processual,


de modo que não podem figurar em qualquer dos polos (autor/réu) de uma demanda
processual. No entanto, os órgãos independentes e os autônomos têm capacidade
processual para tutelar as suas prerrogativas institucionais.
DICA 47
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
A administração indireta é composta por pessoas jurídicas, com personalidade
jurídica:

Autarquias;

Fundações;

Empresas Públicas;

Sociedades de Economia Mista;


As pessoas jurídicas que se enquadram na administração indireta necessitam de lei para
sua existência.

Autarquia – criada por lei – A publicação de lei cria a autarquia.


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A autarquia possuí personalidade jurídica de direito público.

Empresa Pública ( Ex: Caixa Federal) e Sociedade de Economia Mista ( Ex:


Banco do Brasil) são autorizadas por lei, necessitando do registro de seu ato
constitutivo nos órgãos responsáveis para que ganhem vida.
EP / SEM – Possuem personalidade jurídica de direito privado.

Fundação Pública: são autorizadas por lei e lei complementar deverá definir suas
áreas de atuação.

Fundação: personalidade jurídica pode ser de direito público ou de direito privado.


Se público é criada por lei como a autarquia; Se privado, é autorizada por lei como
EP/SEM, devendo ser registrada para ganhar vida.
DICA 48
DIFERENÇAS: EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA

DIFERENÇAS

Empresa Pública Sociedade de Economia Mista

Pessoas jurídicas de direito privado. Pessoas jurídicas de direito privado.

Criadas mediante autorização legal Criadas mediante autorização legal

Capital exclusivamente público Capital público e privado (o poder


público detém a maioria do capital
votante).

Prestação de serviço público ou exploração Prestação de serviço público ou


de atividade econômica. exploração de atividade econômica.

Qualquer forma de organização empresarial Sob a forma de sociedade anônima

Foro Federal (apenas empresa pública Foro comum


federal)

DICA 49
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA – PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA
AUTARQUIA

Características da autarquia:

Natureza: pessoa jurídica de direito público

Atividade: Típica de Estado

Regime de pessoal: Presidente (cargo em comissão) / Demais servidores (Cargo


efetivo)

Bens: impenhoráveis, imprescritíveis e inalienáveis.

Imunidade tributária: não paga impostos sobre o patrimônio, bens e serviços


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Prescrição: dívidas e direitos prescrevem em 5 anos

Se sujeita a lei de licitações.


DICA 50
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA – PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS
FUNDAÇÕES

Veja a tabela abaixo:

Características das fundações:

Natureza:

Direito público - Lei cria

Direito privado - Lei autoriza

Atividades de caráter social, isto é, não exclusivas do Estado

Regime pessoal:

Direito público - servidores estatutários

Direito privado – CLT.

DICA 51
PRINCÍPIOS EXPLÍCITOS

Estão previstos no caput do artigo 37, são eles:


L egalidade
I impessoalidade
M oralidade “L I M P E”
P ublicidade
E ficiência
Esses princípios balizam a atuação de toda Administração Pública, seja Direta (União,
Estados, Distrito Federal e Munícipios) ou Indireta (autarquia, fundação pública,
sociedade de economia mista e empresa pública) dos três Poderes (Judiciário, Executivo e
Legislativo).
DICA 53
PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE
É conhecido também como princípio da isonomia e princípio da finalidade.

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Possui 03 acepções, vejamos:

Finalidade: a finalidade precípua da Administração Pública é buscar satisfazer o


interesse público. Caso o ato seja praticado com finalidade distinta a essa, restará NULO
por desvio de finalidade.
Em sentido amplo, o princípio da impessoalidade busca o atendimento do interesse
público. Já em sentido estrito, visa atender a finalidade específica prevista em lei
para o ato administrativo.

Vedação à promoção pessoal: não é permitido ao agente público se valer de


realizações da Administração Público como se fossem próprias. Assim, é vedado, por
exemplo, constar símbolo de partido político em obra pública. Trata-se de proibição
expressamente prevista no parágrafo 1º, do artigo 37, da CF/88.

Art. 37, § 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos
órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social,
dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem
promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.

Isonomia: a Administração Pública deve se relacionar com os particulares de forma


imparcial.
DICA 54
AGENTES PÚBLICOS
Agente público: todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra
forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função na
administração pública direta ou indireta;

Todo aquele que exerce, ainda que


transitoriamente ou sem remuneração, por
Agentes públicos eleição, designação, contratação ou qualquer
outra forma de investidura ou vínculo, mandato,
cargo, emprego ou função na administração
pública.

DICA 55
AGENTES PÚBLICOS: PROVIMENTO X INVESTIDURA

Provimento: é o ato pelo qual se atribui um titular ao cargo público.


O provimento do cargo público se dá, originariamente, com a NOMEAÇÃO, contudo, pode
se dar de forma derivada;

No geral, são formas de PROVIMENTO vigentes:

Nomeação;

Promoção;

Readaptação;
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Reversão;

Aproveitamento;

Reintegração;

Recondução;

Investidura: ato unilateral da Administração decorrente da POSSE, pela toma o


servidor já nomeado, lugar ou assento na Administração, ocupando efetivamente o cargo;
ESQUEMATIZANDO:

PROVIMENTO: NOMEAÇÃO

INVESTIDURA: POSSE

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DIREITO PENAL
DICA 56
PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL: PRINCÍPIO DA LEGALIDADE

Nullum crimen sine praevia lege (não há crime sem lei anterior que o defina)

Não há:
Crime sem lei anterior que o defina;

Pena sem prévia cominação legal.


A elaboração de normas incriminadoras é função exclusiva da lei;

Divisão do princípio da legalidade: reserva legal + anterioridade da lei penal.


DICA 57
PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL

Somente lei em sentido estrito (formal) pode:

Definir condutas criminosas; e

Estabelecer sanções penais (penas e medidas de segurança).


FIQUE ATENTO!

Não podem estabelecer condutas criminosas nem sanções:

Medidas Provisórias (MP);

Decretos;

Demais diplomas legislativos.


CUIDADO!

MP em matéria penal: pode, se favorável ao réu (STF).

Ex.: descriminalização de condutas.


DICA 58
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE DA LEI PENAL

A lei deve ser anterior a prática do crime;

Culmina no princípio da irretroatividade da lei penal gravosa.


FIQUE ATENTO!

Lei penal não retroage para prejudicar;


Lei penal retroage para beneficiar.

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DICA 59
PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA

O Direito Penal só deve ser aplicado quando estritamente necessário, de modo que
a sua intervenção fica condicionada ao fracasso das demais esferas de controle (caráter
subsidiário), observando somente os casos de relevante lesão ou perigo de lesão ao bem
jurídico tutelado (caráter fragmentário).

Intervenção do DP fica
condicionada ao fracasso
Subsidiariedade
das demais esferas de
controle
Princípio da intervenção
mínima
Apenas tutela os bens
Fragmentariedade jurídicos mais relevantes

DICA 60
PRINCÍPIO DA LESIVIDADE

Nilo Batista explica que o princípio da lesividade/ofensividade apresenta quatro


funções:

1) "proibir a incriminação de uma atitude interna”

2) "proibir a incriminação de uma conduta que não


exceda o âmbito do próprio autor"
Princípio da
lesividade 3) "proibir a incriminação de simples estados
existenciais"

4) afastar a "incriminação de condutas desviadas


que não afetem qualquer bem jurídico"

"proibir a incriminação de uma atitude interna”: As ideias e convicções, os


desejos, aspirações e sentimentos dos homens não podem constituir o fundamento de um
tipo penal. Dessa forma, evidencia-se, mais uma vez, a radical separação entre direito e
moral que deve nortear o direito penal, ao impedir que o sujeito seja punido por
pensamentos e ideias, daí a exigência da exterioridade da ação para que haja uma
reprovação penal.

"proibir a incriminação de uma conduta que não exceda o âmbito do próprio


autor", impedindo a punição e a criminalização de atos preparatórios.

"proibir a incriminação de simples estados existenciais", norteando o direito


penal do fato e eliminando-se a possibilidade da criação de um direito penal do autor.

por fim, o princípio da lesividade tem por objetivo afastar a "incriminação de


condutas desviadas que não afetem qualquer bem jurídico".

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DICA 61
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA OU BAGATELA

O direito penal não deve se ocupar de condutas insignificantes, incapazes de lesar ou


pelo menos colocar em perigo bem jurídico protegido pela lei penal.

Requisitos do princípio da insignificância:

mínima ofensividade da conduta do agente;


nenhuma periculosidade social da ação;

reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento;


inexpressividade da lesão jurídica provocada.
Memorize!

INFRAÇÃO BAGATELAR PRÓPRIA INFRAÇÃO BAGATELAR IMPRÓPRIA


P. DA INSIGNIFICÂNCIA P. DA IRRELEVÂNCIA PENAL DO FATO

A situação nasce penalmente relevante. O


fato é típico do ponto de vista formal e
A situação já nasce atípica. O fato é atípico
material. Em virtude de circunstâncias
por atipicidade material
envolvendo o fato e o seu autor, constata-
se que a pena se tornou desnecessária.

O agente tem que ser processado (a ação


penal deve ser iniciada) e somente após a
O agente não deveria nem mesmo ser
análise das peculiaridades do caso
processado já que o fato é atípico
concreto, o juiz poderia reconhecer a
desnecessidade da pena.

DICA 62
RETROATIVIDADE DA LEI PENAL

Art. 2º, Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente,
aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória
transitada em julgado.

Desdobramento do princípio da legalidade;

Cláusula pétrea, uma vez que também está previsto no art. 5º da CF/88;

Se houver o trânsito em julgado quem aplica a lei nova é o juízo da execução.

Entendimento jurisprudencial

STF/STJ: não é possível combinação de leis. Analisa-se a nova lei no todo, pois senão o
juiz estaria aplicando uma terceira lei que resultaria na junção de duas leis, atuando

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como legislador positivo.
Súmula 611-STF: Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao juízo
das execuções a aplicação de lei mais benigna.
Súmula 471-STJ: Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos
antes da vigência da Lei n. 11.464/2007 sujeitam-se ao disposto no art. 112 da Lei n.
7.210/1984 (Lei de Execução Penal) para a progressão de regime prisional.
Súmula 501-STJ: É cabível a aplicação retroativa da Lei n. 11.343/2006, desde que o
resultado da incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do
que o advindo da aplicação da Lei n. 6.368/1976, sendo vedada a combinação de leis.

DICA 63
LEI EXCEPCIONAL E LEI TEMPORÁRIA

Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração


ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante
sua vigência.

→ Lei temporária: prazo determinado para sua vigência. Ex.: Lei Geral da Copa.

→ Lei excepcional: vigora enquanto perdurarem as situações de instabilidade


institucional.

Características: auto revogabilidade, ultratividade (aplica a lei mesmo depois da lei não
estiver mais em vigor)

Leis intermitentes são as leis temporárias ou excepcionais.

FIQUE ATENTO!
Segundo Rogério Greco, extra-atividade é gênero do qual seriam espécies a ultra-
atividade e a retroatividade.

→ Ultratividade: ocorre quando a lei, mesmo depois de revogada, continua a regular os


fatos ocorridos durante a sua vigência.

→ Retroatividade: possibilidade conferida à lei penal de retroagir no tempo, a fim de


regular os fatos ocorridos anteriormente à sua entrada em vigor.

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Memorize!

Ativas Retroatividade: retroage no


Aplicação da lei a tempo para alcançar fatos
fatos ocorridos ocorridos antes de sua
entrada em vigor.
durante sua vigência
Leis penais
Extra-ativas (extra-
atividade)
Ultra-atividade: quando a lei
Aplicação da lei fora do penal, depois de revogada,
seu período de vigência avança no tempo de modo a
continuar a regular os fatos
ocorridos durante a vigência.
Ex.: Leis excepcionais,
temporárias, crimes
continuados.

Ex.: Ultratividade: Leis Excepcionais ou Temporárias. Aplica-se a legislação do tempo


do cometer do fato delitivo, mesmo que não mais vigente.

Ex.: Ultratividade: Crimes Continuados (quando vários crimes são praticados em


continuidade delitiva – art. 71 do CP) ou permanentes (aquele que o momento
consumativa se prolonga no tempo – sequestro).
DICA 64
TEMPO E LUGAR DO CRIME

O TEMPO do crime será considerado no momento de sua ação ou omissão (teoria da


atividade);

O LUGAR do crime será considerado no momento da ação ou da omissão ou o lugar


onde o resultado aconteceu ou deveria ter acontecido (teoria da ubiquidade);

L Lugar

U Ubiquidade

T Tempo

A Atividade

Não se aplica a teoria da ubiquidade:

CPP: teoria do resultado (art. 70). Aplicado nas hipóteses de crimes plurilocais.
Abrangem lugares distintos, mas todos dentro do mesmo país.

Crimes conexos: crimes conexos são crimes que estão relacionados entre si. Não
aceitam a ubiquidade uma vez que não constituem unidade jurídica.

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Crimes plurilocais: teoria do resultado

Infrações penais de menor potencial ofensivo (juizado especial): teoria da


atividade

Crimes falimentares: local da decretação da falência.

Atos infracionais: teoria da atividade

Crimes contra a vida: teoria da atividade - deve preponderar a teoria da atividade,


devido à dificuldade em se realizar o júri.
DICA 65
EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA

Crime contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;

Princípio de proteção / real / da defesa: aplica-se a lei penal brasileira aos crimes
praticados no exterior quando o bem jurídico violado for brasileiro. O que importa nesse
caso é a função pública exercida pelo Presidente.

Crime contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado,


de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia
ou fundação instituída pelo Poder Público;

Princípio de proteção / real / da defesa

Crime contra a administração pública, por quem está a seu serviço;

Princípio de proteção / real / da defesa

Crime de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil;

Princípio da Justiça Universal ou cosmopolita

Crimes contra a vida P. de proteção / real


ou a liberdade do PR / da defesa

Crimes contra ao
patrimônio ou a fé P. de proteção / real
Extraterritorialidade pública da adm / da defesa
incondicionada direta e indireta

Crimes contra a adm


P. de proteção / real
pública - por quem
/ da defesa
está a seu serviço

O agente é punido segundo


a lei brasileira, ainda que Crimes de genocídio,
absolvido ou condenado no P. da Justiça
quando o agente for
estrangeiro. Universal ou
brasileiro ou
cosmopolita
domiciliado no Brasil

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35
DICA 66
EXTRATERRITORIALIDADE

MNÊMONICO – “PAG A BET”

INCONDICIONADA

P Presidente

A Administração

G Genocídio

CONDICIONADA

B Brasileiro

E Embarcação ou Aeronave privada

T Tratado ou Convenção

DICA 67
CONFLITO APARENTE DE NORMAS PENAIS
O conflito aparente de normas ocorre quando duas ou mais leis mostram-se
aparentemente aplicáveis ao caso.
Assim, para evitar o bis in idem (dupla punição pelo mesmo fato), existem três critérios
para a solução desses conflitos.
Especialidade: Lei especial prevalece sobre a lei geral.

Subsidiariedade: Lei primária deve prevalecer sobre a lei subsidiária

Consunção / absorção: Crime mais grave, por ser mais amplo, absorve o menos
greve. Ex.: Para matar alguém uma pessoa fere o seu desafeto. No entanto, responderá
apenas por homicídio e não por lesão corporal.

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36
DICA 68
CLASSIFICAÇÃO DAS INFRAÇÕES PENAIS

RECLUSÃO

CRIMES

DETENÇÃO
INFRAÇÕES
PENAIS

CONTRAVENÇÕES
PRISÃO SIMPLES
("crime anão")

CRIME CONTRAVENÇÃO

PENA MÁXIMA 40 anos 5 anos

PENA reclusão ou detenção prisão simples

NÃO PODE ser aplicada PODE ser aplicada


MULTA
isoladamente isoladamente

TENTATIVA Cabe NÃO cabe

Todas APENAS pública


AÇÃO PENAL
incondicionada

DICA 69
CRIME

Infração penal a que a lei comina pena de reclusão ou detenção;

Previsto no código penal e legislação extravagante;

Penal de multa não pode ser aplicada isoladamente;


É possível a tentativa;

Todos os tipos de ação penal.

CONTRAVENÇÃO:

Infração penal a que a lei comina pena de prisão simples;

Lei das Contravenções Penais (Dec-Lei nº 3.688/41);

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37
Penal de multa pode ser aplicada isoladamente;
Não cabe tentativa;
Somente ação penal pública incondicionada.
DICA 70

TEORIA GERAL DO CRIME


Conceito tripartido de crime:
O conceito de crime adotado no Brasil é dividido em três elementos:
Fato típico;
Ilicitude ou antijuridicidade;
Culpabilidade;

A teoria adotada é a finalista, pois a conduta do agente deve ser dirigida a um fim
(DOLO ou CULPA).

ATENÇÃO!

A punibilidade não integra o conceito de crime, pois é apenas pressuposto para


aplicação da pena.

DICA 71
FATO TÍPICO

O fato típico é composto por:


Conduta: ação ou omissão (dolosa ou culposa);
Resultado: jurídico ou naturalístico;
Nexo de causalidade: relação de causa + consequência entre ação/omissão e
resultado;
Tipicidade (adequação formal e material à lei).

C CONDUTA

R
RESULTADO
E

N NEXO CAUSAL

T
TIPICIDADE
I

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


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38
DIREITO PROCESSUAL PENAL
DICA 72
PRINCÍPIOS GERAIS E CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO PENAL -
COMUNICAÇÃO DA PRISÃO
De acordo com o art. 5º, inciso LXII, da Constituição de 1988 [...] "a prisão de qualquer
pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz
competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada".
O referido inciso define que a prisão deverá ser publicizada, no sentido de se tornar
pública ao juiz competente e à família do preso, ou à pessoa por ele indicada.
Trata-se de um direito de extrema relevância para o Estado Democrático de Direito.
DICA 73

LEI PROCESSUAL PENAL NO ESPAÇO

O Código de Processo Penal adota a Teoria da Territorialidade, ou seja, as


disposições do CPP aplicam-se nos limites do território nacional.

Contudo, o mencionado princípio comporta exceções.

IMUNIDADE DIPLOMÁTICA - Chefes de governo estrangeiro ou de Estado


estrangeiro, suas famílias e membros das comitivas, embaixadores e suas famílias,
funcionários estrangeiros do corpo diplomático e suas famílias, assim como funcionários
de organizações internacionais em serviço (ONU, OEA, etc.) – possuem a prerrogativa de
responder no seu país de origem pelo delito praticado no Brasil (Convenção de Viena
sobre Relações Diplomáticas).

Quando as autoridades acima praticam infrações penais no território brasileiro, NÃO


se aplicam as regras do CPP. Será aplicada a lei do país de origem da autoridade.

Tal imunidade NÃO É EXTENSIVA aos empregados particulares dos agentes


diplomáticos.
Cônsul: só goza de imunidade em relação aos crimes funcionais.

PRERROGATIVAS CONSTITUCIONAIS DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA E DE


OUTRAS AUTORIDADES, EM RELAÇÃO AOS CRIMES DE RESPONSABILIDADE –
Compete ao Senado Federal (Art. 52, incisos I e II, CF).

PROCESSO E COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA MILITAR –processar e julgar os crimes


militares definidos em lei, conforme o Código de Processo Penal Militar

CRIMES ELEITORAIS: A competência criminal da Justiça Eleitoral é fixada em razão


da matéria, cabendo o processo e o julgamento dos crimes eleitorais.

DICA 74

LEI PROCESSUAL NO TEMPO

Art. 2º, CPP – PRINCÍPIO TEMPUS REGIT ACTUM: “A lei processual penal aplicar-
se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei
anterior”.

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39
A lei processual penal aplica-se imediatamente. Não é analisado se o conteúdo da lei
processual penal é mais benéfico ou não para o réu.

Normas unicamente processuais: cuidam de procedimentos, atos processuais,


técnicas do processo – a elas se aplica o art. 2º, CPP.

Normas processuais materiais ou mistas: abrigam conteúdo de natureza


penal (crime, pena, medida de segurança, efeitos da condenação e do direito de punir
do Estado) e processual penal. Neste caso, em razão do conteúdo de natureza penal,
aplica-se a legislação mais benéfica para o réu.

DICA 75
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL

CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL

Procedimento ESCRITO As peças do inquérito devem ser reduzidas a escrito.


(art. 9º, CPP)

O inquérito é dispensável à propositura da Ação Penal.


Procedimento
O MP dispensará o inquérito se com a representação
DISPENSÁVEL (art. 39,
forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a
§5, CPP)
ação penal.

Uma vez instaurado, a autoridade policial NÃO pode


mandar arquivar os autos do inquérito policial.
Procedimento
INDISPONÍVEL O delegado pode até concluir que o fato apurado não é
crime, mas não pode arquivar o inquérito.
(art. 17, CPP)
Quem o faz é o Ministério Público, titular da ação penal,
observando o procedimento do art. 28 do CPP.

DICA 76
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: PROCEDIMENTO SIGILOSO
Cabe ao delegado de polícia velar pelo sigilo em favor da eficiência da investigação (art.
20, CPP).

Princípio da presunção de inocência:


Informações do Inquérito Policial não serão apontadas na certidão de antecedentes
criminais.
DICA 77
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: PROCEDIMENTO ESCRITO
Prevalece a forma documental, sendo que os atos orais serão reduzidos a termo (art.
9º, CPP).
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O delegado deve rubricar todas as laudas do Inquérito Policial.

As novas ferramentas tecnológicas podem ser empregadas na documentação, o que


envolve captação de som e imagem, assim como a estenotipia (técnica de resumo de
palavras por símbolos).
DICA 78
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: PROCEDIMENTO INDISPONÍVEL
O delegado NUNCA poderá arquivar o inquérito policial.
Toda investigação iniciada deve ser concluída e encaminhada a autoridade competente.
Memorize!

JAMAIS poderá arquivar o inquérito


Delegado
policial

DICA 79
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: PROCEDIMENTO DISPENSÁVEL
A deflagração do processo independe da prévia elaboração do Inquérito Policial
(posição majoritária)
Fique atento! Inquérito indispensável (posição minoritária).
Para Henrique Hoffmann, em posição minoritária, o inquérito é indispensável para a
deflagração do processo; afinal, é possível que o inquérito seja a fonte de fornecimento de
justa causa para o ajuizamento da ação penal.
DICA 80
CONTRADITÓRIO DURANTE O INQUÉRITO POLICIAL

O contraditório é um dos princípios bases do processo penal, expressamente


consagrado na Constituição Federal. Contudo, o inquérito policial é um procedimento
sigiloso. Então, como fazer para conciliar essas duas previsões?
Regra geral, não há contraditório pleno no âmbito do inquérito policial. Trata-se de
um procedimento de característica inquisitorial, em que o contraditório e a estrutura
dialética, típica da ampla defesa e dos processos judiciais, não é observada.
A forma que a jurisprudência encontrou de compatibilizar isso é permitindo ao advogado o
amplo acesso aos elementos de prova que já tiverem sido documentadas no inquérito
policial. As diligências ainda em curso não serão permitidas o acesso ao advogado.
É isso o que quer dizer a Súmula Vinculante n. 14: “é direito do defensor, no interesse
do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em
procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária,
digam respeito ao exercício do direito de defesa”.

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DICA 81
INQUÉRITO POLICIAL CONTRA POLICIAIS PELO USO DAS FORÇAS LETAIS

Inovação importante trazida pelo Pacote Anticrime!


Em regra geral, não se observa o contraditório pleno e efetivo no inquérito policial, dada a
sua estrutura inquisitorial e sigilosa. Mas os advogados possuem acesso às diligências que
já tiverem sido documentadas, conforme súmula vinculante n. 14.
Uma novidade trazida pelo Pacote Anticrime e que de certa forma excepciona essa
restrição ao contraditório no âmbito do inquérito policial está prevista no art. 14-A do
CPP.
No caso em que os policiais forem investigados por algum fato relacionado ao uso da
força letal (ex.: arma de fogo), praticados no exercício profissional. O policial investigado
deverá ser citado sobre a instauração do inquérito, podendo constituir defensor no
prazo de 48 horas, contados do recebimento da citação.
Se o prazo de 48 horas acabar sem que o policial tenha constituído advogado, deverá ser
intimado a instituição a que estava vinculado na época dos fatos para que, no
prazo de 48 horas, indique algum defensor para a representação do investigado.
A previsão de citação do investigado acerca da instauração do inquérito é uma novidade, e
que só existe nos crimes em que os policiais forem investigados pelo uso das forças letais.
É uma novidade que de certa forma “fortalece” o contraditório, mesmo em sede de
investigação criminal!
DICA 82
VALOR PROBATÓRIO DO INQUÉRITO POLICIAL
Não deixe de fazer a redação literal do art. 155 do CPP!!

FORÇA PROBATÓRIA DO INQUÉRITO POLICIAL (ARTIGO 155, CPP)

São colhidos no inquérito policial,


ELEMENTOS DE Sozinhas, NÃO podem
sem a observância do
INFORMAÇÃO embasar a condenação.
contraditório.

São aquelas produzidas sob o


São elas que servem para
PROVAS contraditório judicial, durante a
embasar a condenação.
instrução criminal.

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42
São eles:
São elementos que, embora
ELEMENTOS colhidos durante o inquérito provas cautelares;
MIGRATÓRIOS policial, podem servir para provas não repetíveis;
embasar a condenação.
provas antecipadas.

Somente será considerado prova no âmbito do processo penal aquela submetida ao


contraditório judicial, ou seja, aquela colhida durante a instrução processual penal (fase
processual), em que seja dada oportunidade para a parte acusada se manifestar
previamente, participando ativamente da sua colheita.
No âmbito do inquérito policial, isso não ocorre. O Inquérito Policial é um
procedimento sigiloso, em que NÃO se observa o contraditório prévio. A parte
investigada não participa das investigações, não participa da colheita da prova.
Quando o juiz for analisar se condena ou não o acusado, ele deverá observar as PROVAS
produzidas em contraditório judicial. Ele NÃO poderá, como regra, fundamentar a sua
condenação exclusivamente nos elementos informativos colhidos durante a investigação.
Na verdade, esses elementos colhidos pela entidade responsável, durante o inquérito
policial, tecnicamente sequer são chamados de provas, mas sim ELEMENTOS DE
INFORMAÇÃO. Isso porque tais elementos não se prestam como provas, mas sim como
elemento para que o Ministério Público faça a acusação, bem como para direcionar os
rumos da instrução criminal, na fase processual.
Certo? Espero que sim! Mas, existem algumas exceções… Isso porque muitas vezes os
elementos de informação colhidos na delegacia NÃO poderão ser repetidos durante a
instrução criminal, seja porque às vezes os vestígios desaparecem, ou ainda porque a
testemunha que prestou o depoimento morreu, etc.
É por isso que a lei ressalva as provas cautelares, não repetíveis e as antecipadas.
Essas provas cautelares, não repetíveis e antecipadas são chamadas de elementos
migratórios. Recebem esse nome porque, embora colhidas durante o inquérito policial,
elas podem, sozinhas, embasar a condenação do juiz.
Prova irrepetível, por exemplo, é aquela que simplesmente desapareceu, como a
constatação da embriaguez, a constatação dos hematomas de uma mulher agredida, etc.
Já Prova cautelar são aquelas pautadas pela necessidade e urgência, como o caso de
uma interceptação telefônica. Não há como o juiz repetir essa prova, concordam?
DICA 83
FORMAS DE INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL

INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL (ART. 5º, CPP)

Possibilidade de
Espécie de crimes Observação
instaurar

Nos crimes de ação De ofício, pelo delegado A peça inaugural do inquérito será
penal pública uma portaria.
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43
INCONDICIONADA Mediante requerimento Se o requerimento de instauração
do ofendido for indeferido, cabe recurso ao
Ver artigo 5º, CPP Chefe de Polícia.

Por requisição da Prevalece que a autoridade


autoridade judiciária e do judiciária requisitar a instauração
Ministério Público de inquérito policial ofende o
Sistema Acusatório.

Notícia de qualquer É o que chamamos de delatio


pessoa do povo criminis. Na prática, exercida
através do B.O.

DICA 84
REQUISIÇÕES DE INFORMAÇÕES (ARTS. 13-A E 13-B)

REQUISIÇÕES DOS ARTS. 13-A E 13-B

1. Possibilidade do MP e delegado requisitar


REQUISIÇÃO DE INFORMAÇÕES
dados e informações cadastrais de órgãos
(art. 13-A)
públicos ou empresas privadas.

2. INDEPENDE de autorização judicial

1) Sequestro e cárcere privado; 2) Redução à


condição análoga à de escravo; 3) Tráfico de
pessoas; 4) Extorsão; 5) Extorsão mediante
sequestro; 6) Envio de criança ao exterior.

Qual o prazo para atendimento? 24 horas.

1. Possibilidade do MP e delegado requisitar


meios técnicos necessários que permitam a
localização da vítima às empresas de
telecomunicação.

2. PRECISA de autorização judicial, mas se o


REQUISIÇÃO DE MEIOS
juiz não se manifestar em 12 horas, a
TÉCNICOS ADEQUADOS
autoridade pode requisitar diretamente, com
(ART. 13-B)
imediata comunicação ao juiz.

3. Previsto apenas para o crime de tráfico de


pessoas

4. Prazo máximo da diligência: 30 dias,


renovável por igual período

5. Nesses casos, o inquérito policial deve ser


instaurado em 72 horas, contado do registro da
ocorrência.

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44
LEGISLAÇÃO PENAL E PROCESSUAL PENAL
DICA 85
LEI DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA - CONCEITO DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA
A Lei de Organização Criminosa, Lei nº 12.850/2013, veio para regulamentar as condições
já existentes na Convenção de Palermo.
Um dos pontos mais importantes dessa lei é a definição de organização criminosa:

Esta caracteriza-se pela união de quatro ou mais indivíduos, organizados de


maneira estruturada, para aferir vantagens, por meio de infrações penais, cujas penas
máximas ultrapassam quatro anos, OU que tenham caráter transnacional.

Os requisitos para a constituição de uma organização criminosa são:

Organização de quatro ou mais pessoas;

Caráter de permanência ou estabilidade;

Estruturação e divisão de tarefas;

Ter como fim obter alguma vantagem econômica ou moral;

Prática de infrações (crime ou contravenção) com pena máxima superior a quatro


anos;

Prática de infrações de caráter transnacional (qualquer pena).

CUIDADO!

Só será organização criminosa a reunião de no mínimo quatro pessoas;

A reunião dessas pessoas não pode ser eventual, é necessário que haja estabilidade;

A organização deve ser, como o nome diz, minimamente organizada, ou seja, com uma
estrutura e divisão de tarefas entre os seus membros;
DICA 86
APLICAÇÃO DA LEI
A Lei de Organização Criminosa se aplica também a outras duas hipóteses:

Infrações previstas em tratado ou convenção internacional quando a ação ou o


resultado acontecerem no estrangeiro;
Organizações terroristas.
Isso significa que os mecanismos da lei, meios de obtenção de prova, dentre outros
podem ser utilizados tanto no combate à organização criminosa, como em delitos de
caráter transnacional previstos em tratados internacionais e às organizações terroristas.

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45
DICA 87
APLICAÇÃO DA LEI
NÃO CONFUNDA!
Observamos também que o crime de organização criminosa é diferente do crime de
associação criminosa.
Definida pelo Art. 288 do Código Penal, a associação criminosa se dá quando três ou
mais indivíduos se associam para cometer crimes cuja pena seja de até três anos.
MEMORIZE!

ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

Código Penal Lei nº 12.850/2013

3 ou mais indivíduos 4 ou mais indivíduos

Prática de infrações com pena máxima


Prática de crimes superior a 4 anos ou de caráter
transnacional

Pena: reclusão de 1 a 3 anos Pena: reclusão de 3 a 8 anos

DICA 88
FIGURA PRINCIPAL E FIGURA EQUIPARADA

Será punido pelas penas da lei aquele que, em relação à Organização Criminosa:

Promover;

Constituir;

Financiar;

Integrar.
OBS.: ainda que o agente integre a organização por interposta pessoa (ou seja, não
integre pessoalmente, mas tenha um “representante” seu será considerado parte);

Figura equiparada: responderá pelas mesmas penas aquele que impede ou


embaraça a investigação que envolva a organização criminosa.
DICA 89
CAUSAS DE AUMENTO
A Lei dispõe algumas hipóteses em pena será aumentada.
FIQUE ATENTO!

Emprego de arma de fogo Aumenta de 1/2

Participação de criança ou adolescente


Aumenta de 1/6 a 2/3
Concurso de funcionário público

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46
Produto com destino ao exterior

Conexão com outras Organizações


criminosas

Transnacionalidade

DICA 90
MEIOS DE OBTENÇÃO DE PROVA
A Lei de Organização Criminosa prevê vários meios de obtenção de prova com vistas
a auxiliar na investigação. São eles:
colaboração premiada;
captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos;
ação controlada;
acesso a registros de ligações telefônicas e telemáticas, a dados cadastrais constantes
de bancos de dados públicos ou privados e a informações eleitorais ou comerciais;
interceptação de comunicações telefônicas e telemáticas;
afastamento dos sigilos financeiro, bancário e fiscal;
infiltração, por policiais, em atividade de investigação;
cooperação entre instituições e órgãos federais, distritais, estaduais e municipais;
Mnemônico: 2A 3C 2I

A Acesso a dados

A Afastamento de sigilo

C Colaboração premiada

C Captação ambiental

C Cooperação entre instituições

I Interceptação telefônica

I Infiltração de agentes

DICA 191
COLABORAÇÃO PREMIADA

COLABORAÇÃO Identificação dos coautores e das infrações praticadas

Revelação da estrutura hierárquica e das tarefas da ORCRIM

Prevenção de infrações praticadas pela ORCRIM

Recuperação total ou PARCIAL do produto ou proveito

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47
Localização de vítima com integridade física preservada

REQUISITOS Personalidade do colaborador

Natureza, circunstâncias, gravidade e repercussão social do


fato

Eficácia da colaboração

PRÊMIOS Redução da pena em 2/3

Perdão Judicial

Substituição da pena por restritiva de direitos

Não oferecimento da denúncia (apenas se o colaborador não


for o líder da organização e tiver sido o primeiro a colaborar

Redução da pena até a metade ou progressão de regime


(colaboração após a sentença)

DICA 92
COLABORAÇÃO PREMIADA

ATENÇÃO!

Na colaboração premiada o JUIZ não é parte, cabendo a ele apenas a


homologação após a verificação somente dos seguintes critérios:

→ Regularidade;
→ Legalidade;
→ Adequação dos resultados;
→ Adequação dos benefícios.
→ Voluntariedade.

DICA 93
INFILTRAÇÃO VIRTUAL DE AGENTES

Infiltração virtual de agentes policiais na internet;

Quando demonstrada sua necessidade;

Devem ser indicados o alcance das tarefas dos policiais, os nomes ou apelidos das
pessoas investigadas;

Quando possível, devem ser informados os dados de conexão ou cadastrais que


permitam a identificação dessas pessoas.
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48
Prazo: até 6 meses, sem prejuízo de eventuais renovações, desde que o total não
exceda a 720 dias;

INFILTRAÇÃO PRAZO RENOVAÇÃO

Presencial 6 meses Sem limite

Virtual 6 meses Até 720 dias

DICA 94
DIREITOS DO AGENTE INFILTRADO

São direitos do agente:

Recusar ou fazer cessar a atuação infiltrada (pode parar quando quiser);

Ter sua identidade alterada, bem como usufruir das medidas de proteção a
testemunhas;

Ter seu nome, sua qualificação, sua imagem, sua voz e demais informações pessoais
preservadas durante a investigação e o processo criminal, salvo se houver decisão
judicial em contrário;

Não ter sua identidade revelada, nem ser fotografado ou filmado pelos meios de
comunicação, sem sua prévia autorização por escrito.

CRIMES PRATICADOS PELO AGENTE INFILTRADO

Pode acontecer do agente, durante o período de infiltração, ser obrigado a participar de


algum fato criminoso para que seu disfarce não seja descoberto;

Esse fato não será punível quando inexigível conduta diversa, desde que sua
atuação seja proporcional e voltada à finalidade da investigação, pois os excessos serão
punidos.
DICA 95
ACESSO A DADOS CADASTRAIS
O delegado de polícia e o ministério público terão acesso, independentemente de
autorização judicial;
Aos dados cadastrais do investigado que informem exclusivamente a qualificação
pessoal, a filiação e o endereço;
Mantidos pela justiça eleitoral, empresas telefônicas, instituições financeiras, provedores
de internet e administradoras de cartão de crédito;
As empresas de transporte possibilitarão, pelo prazo de 5 anos, acesso direto e
permanente do juiz, do ministério público ou do delegado de polícia aos bancos de
dados de reservas e registro de viagens.
As concessionárias de telefonia fixa ou móvel manterão, pelo prazo de 5 (cinco) anos, à
disposição do juiz, do ministério público ou do delegado, registros de identificação dos

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49
números dos terminais de origem e de destino das ligações telefônicas internacionais,
interurbanas e locais.
DICA 96
INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA: TERMINOLOGIAS
Há algumas terminologias e distinções relevantes para a sua prova, veja abaixo:

Interceptação É a captação da comunicação telefônica alheia por um terceiro,


telefônica sem o conhecimento de nenhum dos comunicadores.

Escuta É a captação da comunicação por um terceiro, com o


telefônica conhecimento de um dos comunicadores e desconhecimento
do outro.

Gravação É uma autogravação. Ou seja, a gravação por um dos


telefônica comunicadores, normalmente feita sem o conhecimento do
clandestina outro comunicador.

Comunicação Refere-se às comunicações realizadas diretamente num ambiente,


ambiental como numa sala, num carro etc. Normalmente realizado por cabos
de fibra óticas.

Escuta É a captação de uma comunicação no ambiente feita por terceiro


ambiental com o consentimento de um dos comunicadores.

Gravação É a captação da comunicação no ambiente feita por um dos


ambiental comunicadores.

DICA 97
INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA

ESSA É IMPORTANTE!
Lei 9.296/96 regulamenta tanto os requisitos, hipóteses de cabimento e o procedimento
das interceptações telefônicas.
Há alguns requisitos à decretação judicial da interceptação telefônica. Nesse sentido, o
art. 2º da Lei 9296/96 é IMPORTANTÍSSIMA, sendo imprescindível a sua leitura.
Primeiramente, só pode haver decretação da interceptação telefônica se houver indícios
razoáveis de autoria ou participação em infração penal.
Além disso, mencione-se o caráter RESIDUAL da interceptação telefônica. Ela só pode ser
decretada quando os fatos NÃO puderem ser provados por outros meios.
Por fim, mencione-se que o crime investigado deve ser punido com PENA DE RECLUSÃO.
Se a pena do crime investigado for de DETENÇÃO, NÃO será admitida a quebra do sigilo
das comunicações telefônicas!!!

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50
1) NÃO houver indícios razoáveis da
autoria ou participação em infração
penal

2) a prova puder ser feita


por outros meios
disponíveis
NÃO será admitida
interceptação telefônica
(art. 2º, Lei 9.296/96)
3) o fato investigado
constituir infração punida,
no máximo, com pena de
DETENÇÃO

PRAZO: a interceptação telefônica pode ser decretada pelo juiz, em decisão


fundamentada, pelo prazo de 15 DIAS, renovável por igual tempo UMA VEZ,
comprovada a indispensabilidade da prova.
DICA 98
LEI 11.340/2006 (LEI MARIA DA PENHA – VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
CONTRA A MULHER)

ATENÇÃO:

Súmula 600 do STJ: “Para configuração da violência doméstica e familiar prevista no


artigo 5º da lei 11.340/2006, lei Maria da Penha, NÃO se exige a coabitação entre
autor e vítima”.

NÃO se exige coabitação entre autor e vítima para configurar a violência doméstica e
familiar.

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51
DIREITOS HUMANOS

DICA 99
TEORIA GERAL DOS DIREITOS HUMANOS

Relacionado a garantia ao mínimo existencial da pessoa humana, para garantir a


solidariedade, igualdade, fraternidade, liberdade e a dignidade.

Ligado ao Direito Internacional Público.


A Constituição Federal de 1988 foi a primeira constituição que estabeleceu, de forma
objetiva, a prevalência dos Direitos Humanos como preceito fundamental.
DICA 100
NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS - ANTECEDENTES
A primeira declaração de Direitos Humanos da história foi o Cilindro de Ciro;
Cilindro de Ciro – peça de argila com afirmações.

Ex.: o direito de cada pessoa escolher a própria religião, além de estabelecer a


igualdade racial;
Ciro, o grande, em 539 a.C, libertou os escravos de uma cidade da Babilônia para que eles
pudessem voltar para suas casas, pois a ideia inicial de direito só poderia ser conquistada
com fundamento no pertencimento a um grupo (clã, povo, família);
Nesse sentido, rapidamente a ideia de direitos humanos difundiu-se pela Índia, Grécia e
Roma.
DICA 101
ANTECEDENTES

Documentos que merecem destaque na busca e efetivação dos Direitos Humanos:

1215 - A Magna Carta: limitava os poderes do monarca na Inglaterra;


Muitos consideram como o primeiro documento sobre os direitos humanos.

1628 - A Petição de Direito: ou “petition of rights”. Aprovada pelo parlamento


inglês e visava limitar os poderes do rei;

1776 - A Declaração de Direitos do Bom Povo da Virgínia: demonstrou grande


preocupação com o governo democrático e a soberania popular, além de
reconhecer direitos inerentes à condição humana;

1789 - A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão: sofreu forte


influência da Revolução Francesa de 1789. Trata-se de uma declaração
generalizante, ou seja, não falava apenas dos franceses, mas sim de toda a
humanidade.

1948 – Declaração Universal dos Direitos Humanos (veremos mais adiante).

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52
DICA 102
CONCEITO DE DIREITOS HUMANOS

Inicialmente, temos que saber que existem 3 vertentes de proteção da pessoa


humana:

Direitos Humanos: versa sobre a situação geral da pessoa;

Direito Humanitário: versa sobre a proteção do ser humano em tempo de guerra;

Direito dos Refugiados: versa sobre a garantia de asilo quando recluso de seu país.

Conceito: bem resumidamente, trata-se de um conjunto de direitos indispensáveis à


concretização da dignidade humana.

Titularidade: toda e qualquer pessoa é titular de Direitos Humanos, apenas pelo fato
de existir, não se admitindo qualquer forma de discriminação ou distinção entre elas.
DICA 103
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS

Historicidade

Universalidade

Indivisibilidade

Não exaustividade

Relatividade

Imprescritibilidade

Inalienabilidade

Indisponibilidade

DICA 104
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS

Historicidade: Os direitos humanos foram/estão sendo conquistados com o passar do


tempo, com base nas lutas – muitas vezes árduas - de um processo histórico.

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53
Com base nesse entendimento, pode-se afirmar que não seriam direitos naturais, mas sim
fruto de conquistas históricas;
O conceito de historicidade é expansivo, ou seja, o que se busca é a ampliação da
proteção à pessoa, visando sempre reconhecer novos direitos;
“Efeito Cliquet”: ou vedação ao retrocesso. Significa que os direitos já conquistados e
reconhecidos na ordem jurídica não podem ser suprimidos, mas apenas ampliados.
DICA 105
GERAÇÕES DOS DIREITOS HUMANOS

Terceira Geração: Envolvem os direitos de Fraternidade.

Marco: Pós Segunda Guerra Mundial.

De titularidade da comunidade.

Ex.: Direito ao desenvolvimento, a autodeterminação, direito ao meio ambiente


equilibrado.
DICA 106
GERAÇÕES DOS DIREITOS HUMANOS
OBS: Os concursos têm cobrado a classificação das gerações com base no
entendimento de Paulo Bonavides, que considera mais duas gerações, a saber:

Direitos de Quarta Geração: resultante da globalização dos direitos humanos,


corresponde ao direito ao pluralismo, bioética e limites à manipulação genética.

Direitos de Quinta Geração: contemplam o direito à paz em toda a humanidade.

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54
CRIMINOLOGIA

DICA 107
DIFERENÇAS ENTRE CRIMINOLOGIA X DIREITO PENAL X POLÍTICA CRIMINAL
Agora, vejamos as diferenças da Criminologia em relação ao Direito Penal e à Política
Criminal.

DIREITO PENAL:

O Direito Penal é uma ciência jurídica e normativa;

Com o objetivo de proteger os bens jurídicos, o Direito Penal atua definindo quais
condutas são infrações penais e quais são as suas penas;

Seu objeto é o crime enquanto norma;

Em relação ao conceito de crime, este é um fato típico, ilícito e culpável;

Ao contrário da Criminologia, por exemplo, o Direito Penal vai definir o crime de


furto com a sua pena respectiva.

POLÍTICA CRIMINAL:

A Política Criminal é conceituada como sendo a “ponte” entre a Criminologia e o


Direito Penal;

Trabalha formas de controle social da criminalidade, além de estratégias;

Seu objeto é o crime enquanto valor;

A Política Criminal, por sua vez, estuda meios de reduzir o furto.

DICA 108
TEORIAS SOCIOLÓGICAS DA CRIMINALIDADE
Em decorrência do surgimento das teorias sociológicas da criminalidade, ocorreu uma
divisão conforme o modo que os sociólogos encaram a composição da sociedade:
consensual ou conflitual. Portanto, grandes correntes e com visões distintas surgiram,
dando origem às: Teorias do Consenso e Teorias do Conflito.

Teorias do Consenso: Podem ser chamadas também de Teorias de Integração e


Teorias de Cunho Funcionalista. De acordo com estas teorias, a finalidade da
sociedade se atinge no momento em que há um consenso entre os membros de
uma comunidade e o perfeito funcionamento de suas instituições, de modo que as pessoas
aceitam as regras que estão vigendo e compartilham estas regras sociais.

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Estas teorias possuem pensamento conservador, uma vez que de acordo com elas a
sociedade possui uma estrutura estável, a qual é sustentada no consenso entre seus
membros.

São exemplos de Teorias do Consenso:

Escola de chicago (e outras teorias decorrentes dela);


Teoria da anomia;
Teoria da anomia;
Teoria da associação diferencial;
Teoria da subcultura deliquente.

DICA 109
TEORIAS DO CONSENSO: ESCOLA DE CHICAGO

Escola de Chicago: A Escola de Chicago surgiu nos Estados Unidos e obteve o seu
marco no ano de 1925, com a publicação da obra: “The City: Suggestions for
Investigation of Human Behavior in the Urban Environment”, do autor Robert Park.
Esta escola investiga como o espaço urbano pode ter uma influência no que tange ao
desenvolvimento da criminalidade.
Foi em decorrência da Revolução Industrial nos Estados Unidos que os centros
urbanos cresceram e por consequência disso, também cresceu a criminalidade. Em
Chicago, regiões periféricas começaram a ficar muito violentas.
A conclusão foi que o crescimento dos centros urbanos gerava um aumento da
criminalidade. Quando esta escola surgiu, houve grande migração e formação das
grandes metrópoles. Devido a isso, surgiram os “guetos” e as “gangues” se proliferaram
cada vez mais.
Para a Escola de Chicago, a desorganização social, os conflitos culturais, as migrações, a
industrialização, entre outros, são fatores que influenciam a produção de crimes.
Importante destacar algumas teorias que surgiram a partir da Escola de Chicago: Teoria
das Janelas Quebradas; Teoria Espacial e Teoria da Tolerância Zero.
DICA 110
ESCOLA DE CHICAGO: TEORIA ESPACIAL

Teoria Espacial:

De acordo com esta teoria, a urbanização, o nível social, bem como a segregação são
fatores que estão conectados de forma direta ao crime;

Oscar Newman, em sua obra “Defensible Space”, defende um modelo de residência


e moradia que impeça ao máximo o cometimento do delito;

Dependendo da arquitetura, esta pode favorecer a prática de crimes. Quando é de


fácil acesso ou quando é possível visualizar seu interior facilmente, esse tipo de
arquitetura propicia o cometimento de delitos;

Esta teoria atingiu seu ápice em 1940;


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Como exemplo de uma arquitetura que propicia a prática de delitos, pode-se citar a
cidade de Medelin que nas décadas de 80 e 90 foi “tomada” pelo crime.

Após grandes transformações arquitetônicas na cidade, a criminalidade diminuiu.


DICA 111
ESCOLA DE CHICAGO: TEORIA TOLERÂNCIA ZERO

Teoria da Tolerância Zero:


Importante salientar que a Teoria da Tolerância Zero se diferencia da Teoria das
Janelas Quebradas, uma vez que naquela a polícia atua de forma mais agressiva diante
dos pequenos delitos e há um aumento da vigilância;
A autoridade policial atua de forma mais eficaz com o objetivo de diminuir a
criminalidade (infrações pequenas ou não);
Esta teoria foi colocada em prática nas décadas de 80 e 90, na cidade de Nova Iorque;
Foi fundada por Willian Bratton, o qual se baseou na Teoria das Janelas Quebradas;

Após a implementação desta teoria, a criminalidade diminuiu muito, uma vez que a
polícia de Nova Iorque estava sendo rígida em relação às pequenas infrações, como até
mesmo urinar na rua (indivíduo era preso);

Antes da implementação desta teoria, a cidade de Nova Iorque possuía alguns


problemas existentes nos metrôs da cidade: os passageiros pulavam as catracas, pois não
queriam pagar a passagem; a desordem e a criminalidade. Por isso veio a ideia da
implementação desta teoria.
DICA 112
TEORIA DA ANOMIA
“Anomia” significa “ausência de lei”. Esta teoria foi implementada por Robert King
Merton, em razão dos estudos de Émile Durkhein. Ela defende: a normalidade do
delito e a funcionalidade do crime.
A Teoria da Anomia é uma teoria do consenso, mas possui predicados Marxistas.
Segundo Robert, em uma sociedade há valores dominantes (que a maioria elege como
ideais para uma convivência harmoniosa) e para uma sociedade ser civilizada e ser
pacífica, deverá haver metas culturais e meios institucionalizados para alcança-las.
Exemplos de metas culturais: educação, qualidade de vida, riqueza, bom emprego... a
maioria da sociedade elege essas metas como ideais.
Exemplos de meios institucionalizados: estudos, trabalhos, bons relacionamentos e
etc.
Segundo Robert, uma anomia, ou seja, um Estado sem lei/sem regras é o insucesso de
se alcançar as metas culturais pelos meios institucionalizados. Então, quando o
indivíduo viola os valores comuns daquela sociedade, seu comportamento é
criminoso. Uma sociedade sem regras e sem limites é uma sociedade doente. O
termo “anomia” significa que algo na sociedade não está harmônico. Há uma crise
moral da sociedade.

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Segundo Robert, crime é um comportamento capaz de violar o consciente coletivo
(causa lesões aos valores da sociedade), e pena é um instrumento de defesa para
preservar a sociedade.

Robert divide a sociedade em 5 camadas:

Conformidade: indivíduos que aceitam as metas culturais e os meios


institucionalizados.

Inovação: aceitam as metas culturais e não aceitam os meios institucionalizados.

Ritualismo: não aceitam as metas culturais, mas aceitam os meios institucionalizados.

Evasão: renunciam as metas culturais e os meios institucionalizados.

Ex.: Cracolândia.

Rebelião: não aceitam as metas culturais, nem os meios institucionalizados.

Ex.: rebeldes sem causa.

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MEDICINA LEGAL

DICA 113
PERÍCIA E PERITOS

Medicina Legal é a aplicação dos conhecimentos médicos-biológicos na elaboração e


na execução das leis que deles carecem, é a arte de pôr os conceitos médicos a
serviço da Administração da Justiça;
É também o conjunto de conhecimentos médicos e paramédicos destinados a servir ao
Direito, cooperando na elaboração, auxiliando na interpretação e colaborando na execução
dos dispositivos legais, no seu campo de ação de medicina aplicada, ou seja, a medicina
legal faz a interface entre medicina e o direito;
O objeto da medicina legal é a perícia médica;

Peritos são pessoas qualificadas ou experientes em certos assuntos, a quem se


incumbe a tarefa de esclarecer um fato de interesse da justiça, quando solicitada;
Os peritos podem ser solicitados para atuarem na fase pré-processual, ou seja, inquérito
policial, e na fase processual;
O Perito médico-legista goza de autonomia técnica, científica e funcional no seu mister
pericial;
DICA 114
PERÍCIA E PERITOS
Entende-se por perícia complexa aquela que abrange mais de uma área de
conhecimento especializado, daí pode ser designado mais de um perito oficial para
atuar.

As perícias podem ser divididas em 4 grupos:

exame médico-legal, feito em pessoas vivas;

exame de necroscopia, feito sobre cadáveres;

exame de exumação, feito em cadáver já sepultado;

exames laboratoriais;

Com isso o papel do perito, uma vez sendo regido pelos princípios da objetividade e
imparcialidade é o de apenas observar os sinais existentes e reportar, sem emitir
quaisquer julgamentos de valor;
Concluímos que não cabe ao Perito médico legal determinar a causa jurídica da
morte, cabe a este apenas visualizar, descrever com objetividade e reportar para o
Magistrado os elementos vistos;

Para os diferentes tipos de exames de corpo de delito (perícias) existem duas classes
de peritos oficiais:

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Perito médico legista é o responsável pela realização das seguintes perícias:
necroscópicas, exumações, lesões corporais, exame clínico de embriaguez,
conjunção carnal, atentado violento ao pudor, etc.

Perito criminal é o responsável pela realização das seguintes perícias: local de crime
contra a pessoa, local de incêndio, local de explosão, local de desmoronamento, local de
acidente de trabalho, local de acidente de trânsito, local de danos à propriedade, local de
arrombamento, papiloscópicos, grafotécnicos, contábeis, balística, toxicológicos,
biológicos, avaliações, etc.

DICA 115
DOCUMENTOS MÉDICOS LEGAIS

Notificações Compulsórias são as comunicações que devem ser expedidas às


autoridades competentes por razões sociais ou sanitárias. Casos de epidemias
obrigam notificações obrigatórias como Dengue, Hanseníase, Sida, Tuberculose entre
outras. Essas notificações incluem doenças profissionais e do trabalho, como também o
acidente de trabalho via CAT;

Parecer é o documento médico-legal, de natureza subjetiva, que expressa a opinião,


mesmo que fundamentada, de um profissional. Podem ser meramente oficiosos,
particulares e encomendados pelas partes para reforçar uma tese e, por isto, devem ser
analisados com cautela e raramente se sobrepõem aos exames oficiais;

Ex.: Em alguns casos é solicitada a opinião de um reconhecido técnico em alguma área


pericial, que irá opinar sobre o que foi demonstrado nas provas ou do que foi lavrado nos
laudos e o documento médico legal usado é o Parecer médico legal;

O Parecer é formado por 4 partes:

Preâmbulo em que consta a qualificação do médico consultado;

Exposição que transcreve os quesitos e o objeto da consulta;

Discussão que é a parte mais importante do parecer, em que os fatos apresentados


serão analisados em minúcias;

Conclusões em que o modo de ver do parecerista dá as respostas aos quesitos


formulados;

O parecer técnico tem uma abrangência mais restrita que o laudo, pois este é um relatório
médico-legal e é mais minucioso;
DICA 116
QUESITOS OFICIAIS
É importante que o relatório médico-legal apresente os quesitos respondidos pelo
perito, pois a resposta aos quesitos é condição obrigatória do perito, imposta pelo art.
160 do código de processo penal.
Os quesitos apresentados para o juízo criminal se apresentam de dois tipos: os oficias e
os complementares ou suplementares.

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Os quesitos complementares podem ser formulados pelo Ministério Público, pelo
assistente de acusação, pelo acusado, pelo querelante e pelo ofendido, com a intenção de
esclarecer dados do crime no inquérito ou até mesmo no processo judicial.
Já os quesitos oficiais são instituídos por lei Estadual.
Para responder aos quesitos, o profissional deve observar alguns critérios estabelecidos
para que as respostas sejam proferidas no sentido de evitar ao máximo dúvidas quanto à
questão suscitada.

Monossilábica: Sim ou Não nos casos em que somente caibam respostas mo-
nossilábicas;

Ex.: Houve a Morte?

Justificada: os quesitos que necessitam de justificativa devem vir precedidos da


observação “(resposta justificada)”.

Especificada: são casos de quesitos que envolvam várias perguntas e perguntas


complexas, devendo o perito especificar qual item refere-se a resposta.

Evasivas: quando do exame não se extrai uma resposta conclusiva, o perito utiliza o
termo “sem elementos”, uma vez que não se pode negar ou afirmar o conteúdo do
quesito.

Prejudicadas: quando a resposta ao quesito se apresenta impossível ou pôr a


afirmação ser falsa ou porque a pergunta não se aplica.

DICA 117
PERÍCIAS MÉDICAS

O termo “Perícia” quer dizer habilidade, experiência, daí entende-se que perícia é a
atividade técnica realizada no sentido de verificar situações, buscando esclarecer um fato
de interesse legal.
A atividade pericial será sempre executada por especialista técnico ou doutor em
determinado assunto.
A Perícia médico-legal interessa quando o fato é de relevância legal e diz respeito à saúde
ou à vida, realizada por peritos oficiais, portadores de diploma de curso superior.
As perícias médico-legais podem ser realizadas em seres humanos vivos, mortos
(necroscópico), cadáver já enterrado (exumação), laboratoriais, animais presentes na
cena do crime, em objetos e também sobre documentos ou quaisquer outros elementos
que se refiram ou que guardem relação com a efetividade do exame, além disso, podem
ocorrer sobre o fato a analisar (peritia percipiend) ou sobre uma perícia já realizada
(perícia deducendi) .
Podemos afirmar que a Perícia Médica busca a definição do nexo de causalidade,
principalmente, entre: a doença e a morte, a lesão e a morte, a doença ou sequela e a
incapacidade ou invalidez física e/ou mental, o acidente e a lesão, e a doença e a
atividade laboral.

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Assim, o exame pericial deve ser obrigatoriamente pautado em normas técnicas,
científicas e jurídicas, uma vez que seu objetivo maior é auxiliar a Justiça e esclarecer
fatos obscuros para o julgador.

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