Apresentação Dayane Pontes de Araújo

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS – UEA

CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES – CESP


LICENCIATURA EM LETRAS

DESAFIOS DO ENSINO-APRENDIZAGEM DA LÍNGUA


PORTUGUESA ESCRITA PARA ACADÊMICOS SURDOS NO
CURSO DE LETRAS DO CESP/UEA

Acadêmica: DAYANE PONTES DE ARAÚJO


Orientadora: PROFª MSC. FRANCISCA KEILA DE FREITAS AMOEDO

Parintins-AM
2023
INTRODUÇÃO

No cenário educacional atual pautado na perspectiva inclusiva ainda


percebemos que os alunos surdos são alfabetizados seguindo os
mesmos processos e materiais utilizados nas escolas com alunos
ouvintes, isso acontece desde a educação básica até o ensino
superior. O que não contribui para o desenvolvimento escolar,
impondo barreiras e dificultando o letramento, bem como o
desenvolvimento das potencialidades da pessoa surda.

Essa abordagem de ensino resulta num conjunto de desafios e


dificuldades que precisam ser enfrentadas tantos por alunos surdos
quanto por professores. Para enfrentar esses obstáculos são
necessários métodos bilíngues que envolvem o ensino a partir da
Libras como primeira língua (L1) e da Língua Portuguesa como
segunda língua (L2), respeitando as particularidades da cultura e
identidade surda.
OBJETIVOS
GERAL
Investigar os desafios e possibilidades para o ensino da Língua
Portuguesa escrita formal de acadêmicos surdos no curso de Letras no
Centro de Estudos Superiores de Parintins (CESP);

ESPECÍFICOS
• Discutir sobre a importância da Libras no processo de aprimoramento da
escrita formal da Língua Portuguesa por acadêmicos surdos;
• Identificar os desafios enfrentados pelos discentes surdos e professores no
processo de ensino-aprendizagem;
• Apontar as estratégias utilizadas em sala de aula que facilitam o processo
de ensino-aprendizagem de línguas para surdos.
CAPÍTULO I:
REFERENCIAL TEÓRICO
1.1 FORMAÇÃO DE PROFESSORES SURDOS E O PROCESSO DE
ENSINO-APRENDIZAGEM

• Política Nacional de Educação Especial: Equitativa, Inclusiva e com


Aprendizado ao Longo da Vida (2020)
• Lei nº 9.394/1996
• Decreto nº 5.626/2005 – Educação Bilíngue
• Daroque (2011) – Educação Básica Ineficiente
• Silva (2015) – Metodologias Inclusivas
CAPÍTULO I:
REFERENCIAL TEÓRICO
1.2 A IMPORTÂNCIA DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS (LIBRAS)
PARA ACADÊMICOS SURDOS
• Lei Federal nº 10.436/2002
• Strobel (2008) – Artefato Cultural da Comunidade
• Quadros e Schmiedt (2006) – Sustentação para o Ensino da Língua
Portuguesa

1.2.1 O papel do tradutor intérprete no processo de ensino-


aprendizagem
• Lei nº 12.319, de 1º de setembro de 2010
• Quadros (2004) - Preceitos Éticos e Morais
CAPÍTULO I:
REFERENCIAL TEÓRICO
1.3 DESAFIOS ENFRENTADOS NO PROCESSO DE FORMAÇÃO
SUPERIOR POR MEIO DO BILINGUISMO

• Histórico na Educação Básica


• Daroque (2010) Socialização e Interação com a Língua Portuguesa
• Salles et al (2004) Leitura e Escrita

1.4 A ESCRITA FORMAL DA LÍNGUA PORTUGUESA DE


ACADÊMICOS SURDOS

Souza et al (2020) – Falta de Metodologias Contextualizadas;


Costa (2019) – Inclusão Social
Silva, Bordas e Lima (2019) – Dificuldades de escrita e compreensão
AEE e Núcleos de Acessibilidade
CAPÍTULO II:
PROCEDIMENTOS
METODOLÓGICOS
Abordagem e Tipo de Pesquisa Qualitativa e Bibliográfica
Natureza da Pesquisa Pesquisa Aplicada
Pesquisa de campo por meio de
Procedimentos Metodológicos
Estudo de Caso
Centro de Estudos Superiores de
Local da Pesquisa
Parintins
Acadêmicos, Professores e
Participantes da Pesquisa
Intérpretes
Observação direta, Entrevista
Técnicas de Pesquisa
semiestruturada e Questionário
CAPÍTULO III: ANÁLISE DE DADOS

3 ACADÊMICOS SURDOS E PROFESSORES DE LETRAS: OS DESAFIOS


DO ENSINO SUPERIOR
3.1 CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DA PESQUISA E DOS PARTICIPANTES
CAPÍTULO III: ANÁLISE DE DADOS

3.2 A LIBRAS COMO MECANISMO PARA O APRIMORAMENTO DA ESCRITA


FORMAL DA LÍNGUA PORTUGUESA

Em sala de aula, a intérprete ia me explicando em Libras e ia entendendo. Mas tinha


alguns conteúdos que eu lia no slide as palavras em português e não entendia o que
significava, era confuso. Em Libras é sempre mais claro para compreender porque é
a minha língua (HUET, 2023).

A educação bilíngue deve ser entendida como um direito da pessoa surda. Neste
sentido, a Língua Brasileira de Sinais é importante para este grupo social haja visto
que oportuniza acessibilidade linguística aos acadêmicos surdos e desta feita
considerável domínio e compreensão dos conteúdos e consequentemente à escrita
da língua portuguesa [...] (MANNA, 2023).
CAPÍTULO III: ANÁLISE DE DADOS

3.3 DESAFIOS NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DA


ESCRITA FORMAL DA LÍNGUA PORTUGUESA

3.3.1 Leitura e Escrita

A escrita é muito difícil para mim. A leitura também, por exemplo,


algumas das palavras que eu não conheço no português e não sei o
significado. A leitura de poesia é difícil para entender. Quando tenho
que ler, copiar as citações, fazer resumo e depois escrever sobre
minha própria experiência e compreensão do texto é mais difícil, não é
fácil. Eu tenho dificuldade na gramática, na fonologia e na morfologia
do português. No português, tem a ordem certa das palavras que se
você trocar a posição pode ficar errado a frase (L’EPÉE, 2023).
CAPÍTULO III: ANÁLISE DE DADOS

3.3 DESAFIOS NO PROCESSO DE ENSINO-


APRENDIZAGEM DA ESCRITA FORMAL DA LÍNGUA
PORTUGUESA

3.3.2 Comunicação

“maior empecilho à comunicação é de minha parte, uma vez


que não sei me comunicar em LIBRAS. Por esse motivo,
necessito de um intérprete na sala para mediar o processo
de ensino aprendizagem” (LOBATO, 2023).
CAPÍTULO III: ANÁLISE DE DADOS

3.3 DESAFIOS NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM


DA ESCRITA FORMAL DA LÍNGUA PORTUGUESA

3.3.3 Formação

Capacitar docentes na comunicação em LIBRAS seria uma das


opções inclusivas viáveis. Mas, para isso se tornar realidade, a
demanda deve partir da própria comunidade surda (LOBATO, 2023).

Acredito que seja necessária a formação docente OBRIGATÓRIA para


todos os cursos de licenciatura, cursos especializados em trabalhar
diferentes metodologias para a pessoa surda. O professor do curso de
Letras precisa desse apoio (BOJUNGA, 2023).
CAPÍTULO III: ANÁLISE DE DADOS

3.4 ESTRATÉGIAS UTILIZADAS EM SALA DE AULA PARA REDUÇÃO DAS


DIFICULDADES

Não ministro aulas diferenciadas. A transposição didática é feita pelo


acompanhante do surdo (LOBATO, 2023).

Nas minhas aulas procurei trabalhar leituras com imagens e atividades teatrais.
Na metodologia com performance teatral verifiquei uma aprendizagem
significativa (BOJUNGA, 2023).

o uso de sinais para fixação dos conceitos; atenção especializada ao aluno surdo,
e elaboração de provas na modalidade visual (gravação das respostas do aluno
em Libras comparadas com a escrita do aluno). Também a participação do
intérprete no acompanhamento do surdo nas atividades como incentivo para o
aluno socializar com os colegas sinais em Libras (MACHADO, 2023).
CONSIDERAÇÕES FINAIS

O reconhecimento das dificuldades e os desafios


enfrentados pelos acadêmicos surdos e professores permite
elaborar e implantar medidas de apoio, principalmente, no
âmbito didático e metodológico, pensando estratégias
fundamentadas no uso da Libras.
Assim, os surdos quando ingressam em cursos de
ensino superior passam por diversas dificuldades para se
adaptar ao espaço acadêmico, ainda mais considerando o
nível dos conteúdos teóricos e técnicos dos componentes
curriculares, sendo que a utilização da escrita formal da
língua portuguesa é a principal barreira para desenvolver
sua aprendizagem de forma satisfatória.
REFERÊNCIAS
• BRASIL. Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a lei
nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a língua brasileira de
sinais - libras, e o art. 18 da lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000.
Brasília: Diário Oficial da União, 2005.
• BRASIL. Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua
Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências. . Brasília: Diário
Oficial da União, 2002.
• BRASIL. Lei nº 12.319, de 1º de setembro de 2010. Regulamenta a
profissão de Tradutor e Intérprete da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS.
Brasília: Diário Oficial da União, 2010.
• BRASIL. PNEE: Política Nacional de Educação Especial: Equitativa,
Inclusiva e com Aprendizado ao Longo da Vida. Brasília: MEC/Secretaria de
Modalidades Especializadas de Educação, 2020.
• COSTA, Simone Cardoso da. Metodologias de ensino de língua
portuguesa para alunos com surdez. 2019. Trabalho de Conclusão de
Curso (Graduação em Letras) - Universidade Federal do Sul e Sudeste do
Pará, Marabá, 2019.
REFERÊNCIAS
• DAROQUE, Samantha Camargo. Alunos surdos no ensino superior:
uma discussão necessária. 2011. Dissertação (Mestrado em
Educação). Universidade Metodista De Piracicaba, São Paulo, 2011.
• QUADROS, Ronice Müller de. O tradutor e intérprete de língua
brasileira de sinais e língua portuguesa. Brasília: MEC/SEESP, 2004.
• QUADROS, Ronice Müller de; SCHMIEDT, Magali L. P. Idéias para
ensinar português para alunos surdos. Brasília: MEC/SEESP, 2006.
• SALLES, Heloisa Maria Moreira Lima et al. Ensino de língua
portuguesa para surdos: caminhos para a prática pedagógica. v. 1.
Brasília: MEC/SEESP, 2004. (Programa Nacional de Apoio à Educação
dos Surdos).
• STROBEL, Karin. Os artefatos culturais do povo surdo. As imagens do
outro sobre cultura surda. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2008, p. 37-
79.
OBRIGADO!!!
“Surdos, sejam persistentes e nunca desistam dos
seus sonhos, arregacem as mangas e vão à luta
com toda a coragem...”

Karin Strobel

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