Conceitos de Atividades CIF

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Conceitos deAtividades de acordo com

Classificação Internacional de Funcionalidade,


Incapacidade e Saúde ‐ CIF
Profa Dra Carla da Silva Santana Castro
Curso de Terapia Ocupacional
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP
 Conhecer 0 principal constructo da funcionalidade proposta pela
Objetivos OMS e compreender as atividades da vida diária a partir da
perspectiva de funcionalidade humana.
 Reflitam...
 Como a deficiência ou limitações temporárias poderiam afetar o
seu dia a dia?
 Você já esteve em situações em que precisou de ajuda para
Engajamento devolver as atividades básicas e tarefas cotidianas?
 Qual a importância do conceito de atividades, ocupações,
independência e autonomia para você?
 Muitas profissões usam um processo semelhante de avaliação,
intervenção e análise dos resultados da intervenção.
Visão Geral do  No entanto, apenas os profissionais de terapia ocupacional focam
Processo de no uso de ocupações para promover a saúde, o bem-estar, e a
participação na vida.
Terapia  Profissionais de terapia ocupacional usam ocupações e
Ocupacional atividades selecionadas de forma terapêutica como métodos
primários de intervenção em todo o processo.
AOTA, 2020.
Atividades diárias que refletem
os valores culturais, fornecem a
Atividades dirigidas a um estrutura para a vida e
objetivo que tipicamente se significado para os indivíduos;
estendem ao longo do tempo, essas atividades reúnem
Ocupações têm significado para o
desempenho e envolvem tarefas
necessidades humanas de
autocuidado, entretenimento e
múltiplas participação na sociedade‖
(CHRISTIANSEN, et. al., 2005, p. 548).
(CREPEAU, COHN e SCHELL, 2003, p.
1031)
Atividades do cotidiano
nomeadas, organizadas e cujos Atividades nas quais as pessoas
valor e significado são dados se envolvem durante sua vida
pelo indivíduos e uma cultura. diária para preencher seu tempo
Ocupação é tudo o que as e dar significado à vida.
Ocupações pessoas fazem para se ocupar,
incluindo cuidar de si mesmas...
As ocupações envolvem
capacidades mentais e
aproveitar a vida... e contribuir habilidades e podem ou não ter
para a estrutura econômica e uma dimensão física observável.
social de suas comunidades. (HINOJOSA e KRAMER, 1997, p. 865).
(LAW, M. et al., 1997, p. 32).
 Quando trabalhamos com clientes, consideramos os diferentes
tipos de ocupação nas quais os clientes podem se envolver.

 A ampla variedade de ocupações ou atividades são classificadas


Ocupações em categorias chamadas

 “ÁREAS DE OCUPAÇÃO” – atividades de vida diária, atividades


instrumentais de vida diária, descanso e sono, educação,
trabalho, brincar, lazer e participação social”
Quadro 1 - Aspectos do domínio da terapia ocupacional. Todos os aspectos do domínio transitam para apoiar o
envolvimento, a participação e a saúde. Esta exposição não implica uma hierarquia

CAVALCANTI, et al. Estrutura da prática da terapia ocupacional: domínio e processo. Tradução VER TER OCUP UNIV SÃO PAULO; JAN.-ABR. 2015;26(ED. ESP.):1-49.
 A CIF se constitui de base conceitual do trabalho junto a pessoas
com deficiência.
 Trata-se da Classificação Internacional de Funcionalidade firmada
A Classificação pela OMS.
 A CIF tem como objetivo geral proporcionar uma linguagem
Internacional de unificada e padronizada como um sistema de descrição da saúde e
Funcionalidade, de estados relacionados à saúde.
 Ela define os componentes da saúde e alguns componentes do
Incapacidade e bem-estar relacionados à saúde (tais como educação e trabalho),
Saúde - CIF os domínios são descritos com base na perspectiva do corpo, do
indivíduo e da sociedade em duas listas básicas:
 (1) Funções e Estruturas do Corpo,
 e (2) Atividades e Participação.
Atividades e
Participação, Definições: Atividade é a execução de uma tarefa ou ação por um
limitações de indivíduo.
atividades e Participação é o envolvimento em uma situação de vida.
restrições de Limitações de atividade são dificuldades que um indivíduo pode
participação encontrar na execução de atividades.

de acordo com Restrições de participação são problemas que um indivíduo pode


experimentar no envolvimento nas situações vitais.
a CIF
 https://www.youtube.com/watch?v=uoEIc4wBaIo
 https://www.youtube.com/watch?v=O2pRqr-THMs
Vídeo CIF  https://www.youtube.com/watch?v=Vj7cF63egGU&t=9s
Conceito de
atividades a
Atividades
partir do Ações projetadas e selecionadas para apoiar o desenvolvimento de
documento habilidades e padrões de desempenho a fim de aumentar o
envolvimento ocupacional.
“Estrutura da
Terapia
Ocupacional”
Conceito de
atividades a
Análise da atividade
partir do “...refere-se às demandas típicas da atividade, à série de habilidades
documento envolvidas em seu desempenho, e aos vários significados culturais
que podem ser atribuídos a elas” (CREPEAU, 2003, p. 192)
“Estrutura da
Terapia
Ocupacional”
Pensando
concretamente a
partir de exemplos
práticos
Desenvolvimento das AVDs Básicas por indivíduos com alterações
neuromotoras
 As deficiências neuromotoras e sensoriais acarretam inúmeras
incapacidades e limitações no indivíduo para o desempenho de
ocupações e atividades do cotidiano.

Introdução  O Terapeuta Ocupacional almeja em sua intervenção maximizar


as potencialidades dos indivíduos acometidos por estas condições,
proporcionando-lhe maior independência na execução das
Atividades de Vida Diária (AVD).
 Ou seja, melhorar a sua funcionalidade.
 De acordo com a CIF, qualquer patologia, além de resultar em
comprometimentos à estrutura e à função do corpo, pode
ocasionar alterações nas atividades e no nível de participação do
indivíduo (OMS, 2003).
 Isso significa que apresentar a condição de alteração neuromotora
Contextualização ou sensorial é ter de conviver, via de regra, com alterações
persistentes relacionadas ao tônus muscular, à postura e aos
movimentos decorrentes do sistema musculoesquelético,
alterações sensoriais dentre outras.
 https://www.youtube.com/watch?v=mCWshU-tNzA
 Atividades de vida diária (AVDs), frequentemente
denominadas AVDs básicas (ABVD), incluem as habilidades
fundamentais normalmente necessárias para administrar as
necessidades físicas básicas, abrangendo as seguintes áreas:
 higiene pessoal
 vestir-se,
 ir ao banheiro
 continência,
 transferência
 ambulância (caminhar)
 e alimentação .
 As AVD Básicas são geralmente classificadas separadamente das
Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVDs), que incluem
atividades mais complexas relacionadas à vida independente na
comunidade (por exemplo, gerenciamento de finanças e
medicamentos). (Boyle, Cohen, Paul, Moser e Gordon, 2002; Cahn-
Weiner et al., 2007).
 A dependência de AVD está correlacionada com pior qualidade de
vida aumento dos custos de saúde, aumento do risco de
mortalidade e institucionalização.
 Uma vez em uma unidade de enfermagem, pacientes mais
dependentes podem ser um dreno maior dos recursos disponíveis
do que aqueles que são independentes de AVD
 (Broe et al., 1998; Millán-Calenti et al., 2010, Ramos, Simões e Albert,
2001; Scott , Macera, Cornman, & Sharpe, 1997; Gaugler, Duval,
Anderson, & Kane, 2007; Miller & Weissert, 2000; Arling e Williams, 2003).
 A capacidade de realizar AVDs e AIVDs depende de habilidades
cognitivas, motoras e perceptuais:
 raciocínio,
 planejamento,
 equilíbrio
 destreza
 visuais,
 auditivas

Há também a importante distinção da capacidade do indivíduo de


completar a tarefa (capacidade física e / ou cognitiva)
X
a capacidade de reconhecer que a tarefa precisa ser feita sem
estímulo (capacidade cognitiva).
 Em muitos contextos, as AVDs são avaliadas diretamente por
terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas ou fonoaudiólogos ou
por enfermeiros e outros membros da equipe médica para
orientar o cuidado cotidiano e / ou como parte do planejamento
da alta hospitalar.
 A avaliação da capacidade de AVD é frequentemente feita para
conhecer as habilidades de autocuidado de indivíduos que
sofreram alguma condição neurológica que possa interefir no seu
desempenho e prejudicar a sua independência nesta tarefas
cotidianas.
 No que diz respeito às condições que alteram a capacidade
funcional dos indivíduos como a Paralisia Cerebral (PC), o Acidente
Vascular Cerebral, Traumatismo Craniano, Doenças degenerativas
dentre outras seguem a mesma lógica.
Papel do  A sua presença no indivíduo pode levar a dificuldades no
Terapeuta desempenho de atividades e tarefas do cotidiano, como
alimentar-se sozinha, tomar banho, vestir-se, ir ao banheiro, jogar
Ocupacional bola, correr e andar de bicicleta, assim como na sua participação
em atividades sociais e de lazer podem ser frequentemente
afetadas.
Avaliar a
Capacidade
Funcional dos
clientes para
desenvolver
suas atividades
de vida diária
Índice de Katz

Escala de
ADLQ
Pfeffer

Instrumentos
de avaliação
das AVDS Índice de
MIF
Barthel

IADL
Escala HAQ (Lawton &
Brody)
 Treinamentos e práticas para que o cliente (crianças, adultos e
idosos) desenvolvam habilidades de desempenhos para a
O que faz um realização das tarefas.
terapeuta  Usem estratégias e recursos para que estas tarefas possam ser
executadas e torne o cliente mais independente.
ocupacional no
desenvolvimento
de habilidades
para as AVDs
O que faz um
terapeuta
Ocupacional
no
desenvolvimen
to de
habilidades
para as AVDs
 https://www.youtube.com/watch?v=eBxUZ_MhKHs
 Foti, D. Atividade de Vida Diária In: Pedretti, L.W. & Early, M.B. Terapia
ocupacional: capacidades práticas para as disfunções físicas, São Paulo: Roca
5ª ed. 2004, 132-183.
 Legg, L. et al. Occupational therapy for patients with problems in personal
activities of daily living after stroke: systematic review of randomised trials.
BMJ2007; 335:922.
 Mancini, M.C.; Mello, M.A.F. Avaliação das atividades de vida diária e controle
domiciliar In: Cavalcanti; Galvão. Terapia Ocupacional: fundamentação e
prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007, p. 49-54.
 Neistadt, ME, Crepeau, E.B. Tratamento das áreas de desempenho
Referências ocupacional In: Williard & Spackman Terapia Ocupacional. 9ª ed. Rio de
janeiro: Guanabara Koogan, 2002. P.294-351.
 Trombly, C.A Restauração do papel da pessoa independente In: Trombly, C.A
& Radomsky, M. V. Terapia Ocupacional para as disfunções físicas. 5ª ed., São
Paulo: Editora Santos, 2005, p. 629-664.
 American Occupational Therapy Association. (2014). Occupational therapy
practice framework: Domain and process (3rd ed.). American Journal of
Occupational Therapy, 68(Suppl.1), S1–S48.
http://dx.doi.org/10.5014/ajot.2014.682006. Trad. Cavalcanti, A. Silva e Dutra,
FCM; Elui, VMC. Estrutura da prática da Terapia Ocupacional: domínio &
processo 3ª ed. Rev Ter Ocup Univ São Paulo; jan.-abr. 2015;26(ed. esp.):1-49.
http://dx.doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v26iespp1-49.

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