Itaberaba História
Itaberaba História
Itaberaba História
O Padre Leonardo do Vale conta em umas das “Cartas Avulsas dos Jesuítas”,
escritas na Bahia em 26 de junho de 1562, que no ano de 1561 um
determinado capitão (não nomeado na carta) seguiu com cem homens o rio
Paraguaçu cerca de 60 léguas, quando surgiram os aborígines, habitantes
daquela região, de armas em punho e mataram muitos comandados dos
chefes bandeirantes, obrigando-os a se retirarem. Essa expedição não só
atravessou a região do Orobó como foi muito além. Portanto, dos rios
brasileiros “a atrair a ação colonizadora dos sertões” o Paraguaçu foi o
primeiro. Men de Sá (1556-1572) quando foi Governador Geral, no documento
de serviços prestados à Coroa Portuguesa, declarou guerras neste rio, que
teve como conseqüência a destruição de 160 aldeias indígenas.
Alguns anos mais tarde (1572) José de Anchieta relatou: “Há seis anos que um
homem honrado desta cidade e de boa consciência e oficial de câmara que
então era, disse que eram descidos do sertão de Orobó naqueles dois anos
atrás, 20 mil almas por conta e estes todos vieram para a fazenda dos
portugueses”.
O Quilombo de Orobó
Ao voltar para Salvador em 1796, o mesmo capitão nomeou seu filho, Bento
José Pereira, Cabo e Comandante, incumbindo-lhe do ataque que destruíra,
em dezembro deste mesmo ano, os quilombos de Orobó e de Andaraí.
Nessa disputa houve mortos e foram aprisionados treze escravos, sendo que
uma boa parte conseguiu escapar reunindo-se noutro quilombo conhecido pelo
nome de Tupim, que também foi destruído em 29 de abril de 1798.
Nasce Itaberaba
Diz a lenda que, em uma sexta-feira da Paixão nas altas horas da madrugada
as almas cantavam em cada encruzilhada. Um vaqueiro, preocupado com a
falta de um boi no curral, demonstrava grande aflição. Teria que ordenhar as
vacas sob as ordens de seu patrão e a falta do reprodutor no local dificultaria a
ordenha, pois, a companhia do reprodutor estimularia uma maior produção de
leite. Montou em seu cavalo branco, trajando roupas de couro tendo o chicote
na mão direita e as rédeas presas na esquerda, corpo ereto, cavalgar perfeito,
acompanhado de seu cão de raça, partiu esperançoso à procura da rês.
Histórico arquitetônico: (curiosidades)
1827 – Falece Antonio de Figueiredo Mascarenhas, casado com Francisca
Maria de Jesus que, segundo a tradição, construíram em terras próprias de sua
Fazenda Rosário, a capela, hoje Matriz de Nossa Senhora do Rosário.