Currículo: Ciências Da Natureza E Suas Tecnologias
Currículo: Ciências Da Natureza E Suas Tecnologias
Currículo: Ciências Da Natureza E Suas Tecnologias
1º SEMESTRE
ENSINO MÉDIO
CIÊNCIAS DA NATUREZA SEGUNDA SÉRIE
Currículo em Ação
Onde denunciar?
– Você pode denunciar, sem sair de casa, fazendo um Boletim de Ocorrência
na internet, no site: https://www.delegaciaeletronica.policiacivil.sp.gov.br.
– Busque uma Delegacia de Polícia comum ou uma Delegacia de Defesa
da Mulher (DDM). Encontre a DDM mais próxima de você no site
http://www.ssp.sp.gov.br/servicos/mapaTelefones.aspx.
– Ligue 180: você pode ligar nesse número - é gratuito e anônimo - para
denunciar um caso de violência contra mulher e pedir orientações sobre
onde buscar ajuda.
– Acesse o site do SOS Mulher pelo endereço https://www.sosmulher.sp.gov.br/
e baixe o aplicativo.
– Ligue 190: esse é o número da Polícia Militar. Caso você ou alguém esteja
em perigo, ligue imediatamente para esse número e informe o endereço
onde a vítima se encontra.
– Disque 100: nesse número você pode denunciar e pedir ajuda em casos
de violência contra crianças e adolescentes, é gratuito, funciona 24 horas
por dia e a denúncia pode ser anônima.
Currículo
em Ação
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
2
SEGUNDA SÉRIE
ENSINO MÉDIO
CADERNO DO PROFESSOR
1º SEMESTRE
PARTE 1
Governador
Rodrigo Garcia
Secretário da Educação
Hubert Alquéres
Secretária Executiva
Ghisleine Trigo Silveira
Chefe de Gabinete
Fabiano Albuquerque de Moraes
AS COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS E O
DESENVOLVIMENTO PLENO DOS ESTUDANTES
As competências socioemocionais são definidas como as capacidades individuais que se mani-
festam de modo consistente em padrões de pensamentos, sentimentos e comportamentos. Ou seja,
elas se expressam no modo de sentir, pensar e agir de cada um para se relacionar consigo mesmo e
com os outros, para estabelecer objetivos e persistir em alcançá-los, para tomar decisões, para abra-
çar novas ideias ou enfrentar situações adversas. Elas são maleáveis e quando desenvolvidas de forma
intencional contribuem para a aprendizagem e o desenvolvimento pleno dos estudantes.
Além do impacto na aprendizagem, diversos estudos multidisciplinares1 têm demonstrado que as
pessoas com competências socioemocionais mais desenvolvidas apresentam experiências mais posi-
tivas e satisfatórias em diferentes aspectos da vida, tais como bem-estar e saúde, relacionamentos,
escolaridade e no mercado de trabalho.
MACRO
COMPETÊNCIA DEFINIÇÃO
COMPETÊNCIA
Curiosidade para Capacidade de cultivar o forte desejo de aprender e de adquirir
aprender conhecimentos, ter paixão pela aprendizagem.
Capacidade de gerar novas maneiras de pensar e agir por meio da
Imaginação
Abertura ao novo experimentação, aprendendo com seus erros, ou a partir de uma
criativa
visão de algo que não se sabia.
Capacidade de admirar e valorizar produções artísticas, de diferen-
Interesse artístico
tes formatos como artes visuais, música ou literatura.
Capacidade de cultivar a força interior, isto é, a habilidade de se
Autoconfiança satisfazer consigo mesmo e sua vida, ter pensamentos positivos e
manter expectativas otimistas.
Resiliência Capacidade de gerenciar nossos sentimentos relacionados à an-
Tolerância ao
Emocional siedade e estresse frente a situações difíceis e desafiadoras, e de
estresse
resolver problemas com calma.
Tolerância à Capacidade de usar estratégias efetivas para regular as próprias emo-
frustração ções, como raiva e irritação, mantendo a tranquilidade e serenidade.
1 Para saber mais, acesse Teixeira e Brandão (2021). Benefícios das competências socioemocionais na vida. Disponível em: https://institutoayrtonsenna.org.br/content/
dam/institutoayrtonsenna/documentos/instituto-ayrton-senna-avaliacao-socioemocional.pdf. Acesso em: 16 nov. 2021.
2 Para conhecê-los, acesse: Primi et al (2016) Development of an Inventory Assessing Social and Emotional Skills in Brazilian Youth. Disponível em: https://biblio.ugent.be/
publication/7280734/file/7280735.pdf?_ga=2.186746408.1483762967.1636490055-1611021338.1633530040. Acesso em: 16 nov. 2021.
MACRO
COMPETÊNCIA DEFINIÇÃO
COMPETÊNCIA
Capacidade de envolver-se ativamente com a vida e com outras
Entusiasmo pessoas de uma forma positiva, ou seja, ter empolgação e paixão
pelas atividades diárias e a vida.
Engajamento Capacidade de expressar, e defender, suas opiniões, necessidades
com os outros Assertividade e sentimentos, além de mobilizar as pessoas, de forma precisa.
Capacidade de abordar e se conectar com outras pessoas, sejam
Iniciativa Social
amigos ou pessoas desconhecidas, e facilidade na comunicação.
Capacidade de gerenciar a si mesmo a fim de conseguir realizar
Responsabilidade suas tarefas, cumprir compromissos e promessas que fez, mesmo
quando é difícil.
Capacidade de organizar o tempo, as coisas e as atividades, bem
Organização
como planejar esses elementos para o futuro.
Capacidade de estabelecer objetivos, ter ambição e motivação para
Autogestão Determinação
trabalhar duro, e fazer mais do que apenas o mínimo esperado.
Capacidade de completar tarefas e terminar o que assumimos e/ou
Persistência começamos, ao invés de procrastinar ou desistir quando as coisas
ficam difíceis ou desconfortáveis.
Capacidade de focar — isto é, de selecionar uma tarefa ou atividade e
Foco
direcionar toda nossa atenção apenas à tarefa/atividade “selecionada”.
Capacidade de usar nossa compreensão da realidade para enten-
der as necessidades e sentimentos dos outros, agir com bondade e
Empatia
compaixão, além do investir em nossos relacionamentos prestando
apoio, assistência e sendo solidário.
Capacidade de tratar as pessoas com consideração, lealdade e
Amabilidade
Respeito tolerância, isto é, demonstrar o devido respeito aos sentimentos,
desejos, direitos, crenças ou tradições dos outros.
Capacidade de desenvolver perspectivas positivas sobre as pesso-
Confiança as, isto é, perceber que os outros geralmente têm boas intenções
e, de perdoar aqueles que cometem erros.
VOCÊ SABIA?
Competência
Situação de Tema da Situação
Componente Socioemocional
Aprendizagem de Aprendizagem
em Foco
Curiosidade para
1 Física Radioatividade
aprender
2 Física Radioatividade Assertividade
Efeitos das intervenções
3 Física Foco
humanas no ambiente
Efeitos das intervenções
4 Física Iniciativa Social
humanas no ambiente
1 Química Radioatividade Persistência
Transformações, equilíbrio
2 Química Determinação
e energia
3 Segundo estudo meta-analítico de Durlak e colaboradores (2011), o desenvolvimento socioemocional apresenta melhores resultados quando as situações
de aprendizagem são desenhadas de modo SAFE: sequencial, ativo, focado e explícito. DURLAK, J. A., WEISSBERG, R. P., DYMNICKI, A. B., TAYLOR, R. D., &
SCHELLINGER, K. (2011). The impact of enhancing students’ social and emotional learning: A meta-analysis of school-based universal interventions. Child
Development, 82, 405-432.
Competência
Situação de Tema da Situação
Componente Socioemocional
Aprendizagem de Aprendizagem
em Foco
Efeitos das intervenções
3 Química Imaginação criativa
humanas no ambiente
Efeitos das intervenções
4 Química Empatia
humanas no ambiente
1 Biologia Radioatividade Respeito
Transformações, equilíbrio
2 Biologia Tolerância ao Estresse
e energia
Efeitos das intervenções
3 Biologia Organização
humanas no ambiente
Efeitos das intervenções
4 Biologia Interesse artístico
humanas no ambiente
FÍSICA
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 –
RADIOATIVIDADE: POTENCIALIDADES E RISCOS
Competências gerais:
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a inves-
tigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar
e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com
base nos conhecimentos das diferentes áreas.
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica,
significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comu-
nicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer
protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defen-
der ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos,
a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com
posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
1. Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas interações e relações entre
matéria e energia, para propor ações individuais e coletivas que aperfeiçoem processos produti-
vos, minimizem impactos socioambientais e melhorem as condições de vida em âmbito local,
regional e global.
3. Investigar situações problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e tecnológico e
suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das Ciências da
Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou globais, e co-
municar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por meio
de diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).
Habilidades:
(EM13CNT103) Utilizar o conhecimento sobre as radiações e suas origens para avaliar as potencialidades
e os riscos de sua aplicação em equipamentos de uso cotidiano, na saúde, no ambiente, na indústria,
na agricultura e na geração de energia elétrica.
furo direcionar esse feixe luz, até outras ideias que ocorrerem aos estudantes. É importante que
as demonstrações sejam feitas nas mesas, de tal maneira que todos consigam ver se realmente
os grupos conseguiram atingir o objetivo esperado. Durante esse processo, sugerimos que você
possa resgatar conceitos como: sombra e penumbra, diferentes tipos de fontes de luz, interferência
construtiva e destrutiva, pois a luz na interação com a matéria é partícula e na propagação é onda.
Após a apresentação dos grupos e dos possíveis feixes de luz, lembre os estudantes que
a escolha por não utilizar o laser é justamente por ser uma fonte de feixe de luz direcionada.
E você pode, para sistematizar esses conhecimentos, trazer elementos das dificuldades en-
contradas pelos estudantes, como a escolha do material utilizado, a fonte de luz, e as dificul-
dades em direcionar esse feixe de luz. Dessa forma, você pode aproveitar o momento para
explicar o conceito do funcionamento do laser.
O feixe de luz produzido pelo laser ocorre porque há fótons “iguais” (mesma energia) sendo
estimulados, com isso, no interior do tubo laser há espelhos que garantem sempre a mesma
reflexão para que os fótons se mantenham sempre em fase. Lembrando que as variedades do
laser dependem do material que é feito em sua cavidade ressoadora.
Após essa atividade, é o momento de contextualizar a atividade investigativa que será abor-
dada a seguir.
1.2 Caro estudante, agora que você já investigou algumas características importantes sobre o com-
portamento da luz de um laser, chegou o momento de conhecer algumas de suas aplicações no
uso cotidiano, na saúde e na indústria. Além disso, você também terá a oportunidade de compre-
ender como funciona o mecanismo responsável pela emissão de luz em um laser.
Para tanto, assista ao vídeo a seguir, e, em seguida, você e seus colegas serão
convidados a participar de um World Café, para compartilhar as suas ideias, apren-
der com os seus colegas, desenhar, escrever e, também, divertir-se muito.
Disponível em: https://cutt.ly/CYwoFxQ. Acesso em: 09 set. 2021. QR Code:
Professor, após os estudantes assistirem ao vídeo, sugerimos que você proponha a eles
uma conversa em grupos, baseado na metodologia World Café, que será descrita suscinta-
mente a seguir:
A metodologia World Café é uma forma bem estruturada de organizar conversas em grupos,
buscando trazer toda a potencialidade de mobilização dos saberes de uma conversa informal.
Normalmente, esse processo é baseado em três perguntas norteadoras. É recomendado que
essas perguntas sejam respondidas em um esquema de rodízio em grupos. Uma pessoa de
cada grupo atuará como Anfitrião, e terá como função acolher os participantes da plenária e
organizar as atas coletivas da reunião. Os outros estudantes terão a função de interagir nos
grupos e compartilhar as suas ideias.
A seguir, apresentamos algumas sugestões para você desenvolver essa metodologia.
Organize a sala em grupos de 4 ou 5 estudantes.
Distribua as questões norteadoras nos grupos (cada grupo deve ficar apenas com uma ques-
tão a cada rodada).
Cada rodada de diálogo deve ter no máximo 10 minutos de duração.
Distribua, em cada um dos grupos, os materiais que serão utilizados para o registro.
Auxilie todos a registrar as suas ideias de forma resumida, para que todos os participantes do
grupo possam ver o que cada um fez, e para que eles façam um registro coletivo a cada rodada.
No início da primeira rodada, os anfitriões levam as questões para os seus respectivos grupos.
No fim da primeira rodada, o único membro do grupo que permanece na mesa é o Anfitrião.
Os outros participantes vão para outras mesas, para discutir a próxima questão.
Para o início da próxima rodada, o Anfitrião recebe os integrantes do outro grupo, apresenta
a questão daquela mesa e compartilha o que foi discutido com o grupo anterior.
Professor, ao final da terceira rodada, que é o momento para conversar com todos os estu-
dantes, compartilhar ideias, aprendizagens e sentimentos, busque, rapidamente, contextualizar
o desenvolvimento do laser com o início do estudo da mecânica quântica. Recordando que
a compreensão do funcionamento do laser ocorreu em meio a discussões sobre a estrutura da
matéria, a quantização da energia, a dualidade onda-partícula e diversos outros fenômenos físi-
cos, que começaram a emergir a partir do século XX. Dessa forma, você poderá encontrar um
caminho para poder discutir sobre, por exemplo, o estudo da quantização da energia a partir do
átomo de Bohr, que será estudado no momento 2.
esse processo, sugerimos o uso do simulador “Modelo de Bohr para o átomo de Hidrogênio”.
Na etapa 3, os estudantes deverão se reunir em uma roda de conversa para debaterem sobre
a relação do laser com o modelo de Bohr. Nesse momento, oriente-os a estarem de posse
de todas as anotações que fizeram durante as etapas 1 e 2, conduza o debate, de modo que
cada estudante explane suas ideias sobre suas observações e conclusões.
Laser é uma sigla em inglês que se origina da expressão Light Amplification by Stimulated
Emission of Radiation Stimulated Emission of Radiation ou Amplificação da Luz por Emissão
Estimulada de Radiação. Para funcionar, é necessário que um número suficiente de
componentes de um dado material básico seja excitado, ou seja, receba energia, para que
alcance um nível de energia mais alto que seu estado fundamental. A tendência natural de
átomos e moléculas é voltar ao estado de mais baixa energia, eliminando o excesso. Uma das
formas de eliminar esse excesso de energia é por meio de um pacote de luz, ou fóton.
A emissão inicial de fótons pode ser espontânea, mas, no Laser, devido a suas características,
ocorre a emissão estimulada. Nesse caso, os fótons já existentes estimulam a volta de todo
o sistema para o estado fundamental, causando uma “avalanche” de luz. Essa luz, por partir
de uma origem comum, apresenta características físicas especiais; por exemplo, cada fóton
tem o mesmo valor do comprimento de onda e da fase. Não são todos os materiais que
permitem a emissão Laser, mas, na atualidade, existem diversos tipos de Laser disponíveis,
suas aplicações também são várias, desde o apontador laser e o leitor de CD, até seu uso em
cortes industriais e cirurgias (Elaborado para o material).
Professor, com esta atividade, sugere-se fazer uma revisão dos modelos atômicos
apresentados na 1ª Série do Ensino Médio no componente de química 3º bimestre – situação
de aprendizagem 3 (Vida, Terra e Cosmos: A construção do conhecimento).
Caso seja necessário, sugira que os estudantes assistam ao vídeo: “Os Primeiros
Modelos Atômicos (Dalton, Thomson, Rutherford, Bohr)”. disponível em https://
youtu.be/kT2sHBF9Q3k. Acesso em 31 mai. 2021. QR Code:
Oriente-os a buscarem informações mais específicas sobre o modelo do átomo
de Bohr e suas principais características.
Professor, aproveite para discutir com os estudantes sobre a emissão estimulada da luz, isso
irá prepará-los para responderem a etapa 3 desta atividade.
De acordo com o salto quântico dos elétrons, mudando de órbita, ocorre o fenômeno da emis-
são e absorção de fótons. Ao absorver fótons, o elétron acumula energia e salta para as órbitas
mais afastadas do núcleo, e ao transitar para uma órbita inferior, ele emite um fóton, como na
imagem abaixo:
Na emissão estimulada, quando um elétron que se encontra em uma órbita de maior energia
recebe a incidência de um fóton, ele libera outro fóton idêntico ao incidido. Nesse processo,
dois fótons são liberados com a mesma frequência.
Atividade complementar:
Professor, para complementar a atividade, sugerimos o uso do simula-
dor “Modelo Atômico de Bohr para o átomo de Hidrogênio”, disponível em:
https://cutt.ly/Mb08KlX. Acesso em: 19 de maio de 2021. QR Code:
Com o simulador, pode-se explorar os diferentes modelos do átomo de hidrogênio, explicar que
previsões experimentais de cada modelo predizem e abordam os diferentes procedimentos de
investigação que podem surgir de modelos formulados por cientistas. Também é possível inves-
tigar a relação entre a imagem física das órbitas e o diagrama de nível de energia de um elétron.
O interesse pela radiação aumentou muito por volta do início do século 20, com a descoberta do
rádio, dos raios X e da radioatividade, e essas descobertas permitiram ampliar o uso da radioatividade
na medicina, nas comunicações, nas pesquisas, ou ainda em guerras.
Existem muitos tipos de radiação e emissões radioativas. Em específico, iremos abordar apenas
os tipos mais comuns: partículas alfa, beta e raios gama. Esses três tipos principais de radiação são
conhecidos como radiação ionizante, e são emitidas pela instabilidade de núcleos de átomos radioati-
vos, temos também radiações não ionizantes, que serão discutidas ao longo deste momento.
Leia o texto abaixo e discuta com seu grupo para responder ao desafio proposto.
- Nos meios de comunicação, as radiações são utilizadas em rádios e smartphones, por meio das
ondas eletromagnéticas entre os aparelhos;
- É possível realizar a datação de artefatos e fósseis antigos na arqueologia, utilizando o elemento
Carbono-14, e descobrir, aproximadamente, a idade desses objetos;
- Na indústria alimentícia, com a desinfecção de materiais e alimentos, a fim de eliminar microrga-
nismos, melhorando a saúde pública, e aumentando a vida média dos alimentos;
- Na medicina, com tratamentos de radioterapia, esterilização de materiais cirúrgicos, diagnósti-
cos por tomografia, radiografia e mamografia. Também são utilizados na medicina oftalmológica, com
a laserterapia, processo que se utiliza do Laser para cirurgias de correção da visão;
- Na geração de energia elétrica em usinas nucleares, utilizando processos de fissão nuclear.
A utilização para cada fim que vimos acima depende dos tipos de radiação e suas possibilidades
de uso. Veremos a seguir os tipos de radiação, suas características e aplicações em nosso cotidiano.
1) Com base no texto, em grupos definidos pelo seu professor, pesquise duas notícias sobre a apli-
cação das radiações, verificando quais os benefícios dessa aplicação para a nossa vida. Socialize
essas notícias com a sua turma.
Professor, o objetivo desse momento é realizar uma pesquisa sobre diversas aplicações das
radiações para, após essa atividade, diferenciar as radiações ionizantes e não ionizantes.
É possível utilizar um mural virtual para socializar as notícias pesquisadas pelos estudantes.
Sendo assim, indica-se que a mediação seja realizada direcionando os relatos dos grupos,
questionando os benefícios e malefícios dessa aplicação.
Professor, para uma discussão sobre as radiações em nosso cotidiano, e como
interferem em nosso corpo, sugere-se o vídeo: Os Efeitos do 5G no Corpo Huma-
no. Professor, indica-se exibir o vídeo até os 9min58s de duração. Disponível em:
https://youtu.be/znHrQIbmsTA. Acesso em: 09 set. 2021. QR Code:
Nessa atividade, você pode discutir com os estudantes a respeito da veracidade de notícias,
visto a disseminação de notícias falsas (Fake News) que ocorrem na internet. É possível um
Infográficos e mapas mentais são ferramentas muito úteis para organizar as ideias e apresentar
informações de forma diferenciada. Vamos ver, a seguir, suas características.
Lembre-se:
1. Um mapa mental é um diagrama que parte de um tema ou ideia central, com suas ramificações
informando características e relações com o tema.
2. Um infográfico é a apresentação de informações com diversos elementos visuais (imagens,
diagramas etc.) integrados em pequenos textos e dados numéricos.
Abaixo, segue uma sugestão de infográfico e mapa mental para a elaboração da atividade:
ENEM PPL - Questão 117. Disponível em https://cutt.ly/4WLLhcg. Acesso em: 09 set. 2021.
O avanço científico e tecnológico da física nuclear permitiu conhecer, com maiores detalhes, o
decaimento radioativo dos núcleos atômicos instáveis, desenvolvendo-se algumas aplicações
para a radiação de grande penetração no corpo humano, utilizada, por exemplo, no tratamento
do câncer.
A aplicação citada no texto se refere a qual tipo de radiação?
a) Beta.
b) Alfa.
c) Gama.
d) Raios X.
e) Ultravioleta.
O tipo de radiação, de grande poder de atravessar os materiais que é utilizada no tratamento
do câncer é a radiação Gama, alternativa c.
Nos dias 22 e 23 de abril de 2021, aconteceu o Leaders’ Climate Summit (Cúpula de Líderes
sobre Clima). Nesse evento, promovido pelo governo norte-americano, 40 líderes mundiais reuniram-
-se para estimular a criação de planos que reduzam a emissão de gás carbônico até 2030. A energia
nuclear foi debatida na reunião, e para os líderes, a contribuição dessa fonte de energia tem auxiliado,
por décadas, a diminuição da emissão de gás carbônico, pois utiliza urânio como umas das principais
fontes de combustível.
Sabe-se que há países que já optaram por energia nuclear como fonte confiável e limpa de pro-
dução de energia elétrica. Já outros países, devido aos custos e preocupações com a segurança e
eliminação dos resíduos, ainda não optaram exclusivamente pela utilização desta energia.
Caro estudante, nessa etapa de aprendizagem, convidamos você a investigar como é gerada a ener-
gia elétrica em uma usina nuclear. É importante ter uma ideia básica sobre o processo de fissão, responsá-
vel pela liberação de energia nuclear dentro de um reator. Dessa forma, para iniciarmos nossa investigação,
convidamos você a assistir ao vídeo a seguir, que discute sobre um importante trabalho para
a compreensão da fissão nuclear, da genial cientista Lise Meitner. E, para registro de sua inves-
tigação, indicamos a você, estudante, anotar os pontos relevantes do vídeo, e suas dúvidas.
Vídeo disponível em: https://youtu.be/rj2bYT_76VM. Acesso em: 09 set. 2021. QR Code:
Professor, além do vídeo trazer uma noção básica sobre o processo de fissão, você pode
aproveitá-lo para convidar os estudantes a analisar sobre os desafios associados à visibili-
dade e representatividade das mulheres na ciência e na sociedade. E, ainda, levar a debate
questões relativas à neutralidade na ciência, e sobre a perspectiva ética do fazer ciência.
Utilize as anotações realizadas pelos estudantes para o debate, auxiliando o aprofundamento
da pesquisa.
Após essa atividade, relacione suas anotações e contribuições da troca de ideias com seus cole-
gas, aprofundando a pesquisa sobre como ocorre o processo de fissão e fusão nuclear. Após esse
aprofundamento, compartilhe suas ideias por meio de um mural digital.
Professor, aqui, cabe relembrar ao estudante que o processo de fusão já foi abordado no ca-
derno 2 volume 3 do Currículo em Ação. Dessa forma, essa atividade pode ser considerada
como parte da avaliação processual. Além disso, oriente a elaboração do mural digital con-
tendo o aprofundamento sobre os processos de fissão e fusão nuclear e a discussão sobre
neutralidade na ciência e a visibilidade das mulheres na ciência.
Diante disso, sob orientação do seu professor, discuta com seus colegas as seguintes questões:
4.2 Tanto a fissão quanto a fusão nuclear acontecem no interior dos átomos, por isso esses dois
processos podem alterar as suas propriedades, como o número de prótons, por exemplo.
Com base nos conhecimentos adquiridos até aqui, sob as orientações do seu professor,
organizem-se nos seguintes grupos ou estações para realizar as atividades propostas:
Professor, para esta atividade, sugerimos o trabalho em grupo com apresentação dos resultados
de pesquisa, ou a rotação por estação, em que os estudantes passarão por cada grupo, de acordo
com o tempo combinado. Para que a aprendizagem aconteça, sugerimos: organize os grupos ou
estações de forma equilibrada em número de estudantes; estipule o tempo adequado para cada
estação e monitore a organização dos estudantes; auxilie os estudantes em relação a fontes de
pesquisas com informações confiáveis, e também sobre as citações das referências de pesquisa.
No caso de optar pela rotação por estação, é necessário que cada estação já tenha a ativida-
de que será feita com base no tema descrito na estação, e que todos os grupos passem por
todas as estações no tempo determinado.
A seguir, sugerimos as seguintes reflexões para sistematização das atividades desenvolvidas
nas estações.
• Estação 1: Cientistas responsáveis pelas reações de fissão e fusão nuclear.
• Estação 4: Impactos da utilização de fissão e fusão nuclear para geração de energia elétrica.
Ao longo das atividades, os estudantes entenderão que a fusão nuclear libera grande quanti-
dade de energia. Diante disso, há um empenho da comunidade científica para tornar possível
a energia nuclear como uma opção energética a partir do processo de fusão. Ambos os pro-
cessos de fissão e fusão nucleares devem ser acompanhados, para que não haja poluição do
meio ambiente.
Após os estudos em todas as estações ou apresentação dos grupos, realize um fechamento
sobre o tema, complementando com assuntos que as estações não abordaram, ou que julgar
necessário para subsidiar os estudantes para que realizem as próximas atividades sobre o tema.
ENEM 2020 - Questão 126. Disponível em: https://cutt.ly/3WL1zJY. Acesso em: 09 de set. de 2021.
Embora a energia nuclear possa ser utilizada para fins pacíficos, recentes conflitos geopolíticos
têm trazido preocupações em várias partes do planeta e estimulado discussões visando o com-
bate ao uso de armas de destruição em massa. Além do potencial destrutivo da bomba atômica,
uma grande preocupação associada ao emprego desse artefato bélico é a poeira radioativa dei-
xada após a bomba ser detonada.
Qual é o processo envolvido na detonação dessa bomba?
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2
RADIOATIVIDADE: POTENCIALIDADES E RISCOS
Competências gerais:
1. Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas interações e relações entre
matéria e energia, para propor ações individuais e coletivas que aperfeiçoem processos produtivos,
minimizem impactos socioambientais e melhorem as condições de vida em âmbito local, regional e
global.
3. Investigar situações problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e tecnológico e
suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das Ciências da
Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou globais, e
comunicar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por meio
de diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).
Habilidades:
(EM13CNT103) Utilizar o conhecimento sobre as radiações e suas origens para avaliar as potencialidades
e os riscos de sua aplicação em equipamentos de uso cotidiano, na saúde, no ambiente, na indústria,
na agricultura e na geração de energia elétrica.
Unidade temática: Matéria e Energia
Objetos de conhecimento: Quantização de energia (modelo de Bohr; dualidade onda-partícula).
Radioatividade (estrutura da matéria; fissão e fusão nuclear; radiação ionizante).
Caro estudante, na situação de aprendizagem anterior, você estudou sobre as radiações e avaliou
as potencialidades e riscos de sua aplicabilidade.
Agora, convidamos você a refletir sobre a produção de energia elétrica a partir da energia nuclear.
Para isso, leia a noticia a seguir.
A notícia divulgou que a Usina Nuclear Angra 1, situada no Rio de Janeiro, que foi a primeira Usi-
na Nuclear a ser criada no Brasil, e entrou em operação em 1985, completará seus 40 anos em 2024.
A empresa responsável pelo seu funcionamento, a Eletronuclear, deverá solicitar à Comissão Nacional
de Energia Nuclear (CNEN) a extensão do funcionamento dessa usina.
Nesta situação de aprendizagem, você e seus colegas são convidados a refletirem e expressar
uma opinião justificando sobre o fechamento ou não da Usina Angra 1, mas, para isso, deverão exa-
minar alguns aspectos que estão contemplados nos Momentos que seguem.
Professor, a proposta dessa situação de aprendizagem é fazer os estudantes refletirem sobre a ge-
ração de energia elétrica a partir da fissão e da fusão nuclear. Partimos de uma situação problema
na qual eles precisarão opinar sobre os encerramentos das atividades ou não da Usina Angra 1.
Dessa forma, sugerimos alguns momentos que permitirão a eles conhecer um pouco sobre o fun-
cionamento dessa usina, como ocorre a geração de energia elétrica em uma Usina Nuclear, a pos-
sibilidade de geração de energia elétrica a partir da fusão nuclear e, no momento 4, os estudantes
são convidados a debaterem, opinarem e justificarem sobre a situação-problema proposta.
Assista ao vídeo, faça uma pesquisa e registre alguns pontos que serão debatidos no momento 4:
G1. Globo. Tudo o que você precisa saber sobre as usinas nucleares de
Angra 1 e 2, e porque são diferentes de Chernobyl, 2019. Disponível em:
https://cutt.ly/hWL5LAW. Acesso em: 22 jun. 2021. QRCode:
Na etapa 2, Reação em Cadeia, vamos iniciar o processo de investigação com o Urânio 238.
Inicie com 25 núcleos, dispare um nêutron e descreva o que acontece, registrando em seu caderno.
Após, reset o núcleo, e aumente para 75 núcleos, e dispare 5 vezes um nêutron, e registre suas obser-
vações no caderno.
Agora vamos mudar o átomo para Urânio 235, não se esqueça de deixar zerada a quantidade de
Urânio 238. Portanto, deixe 25 núcleos de Urânio 235 e dispare um nêutron, registre em seu caderno suas
observações. Realizada essa etapa, aumente para 75 núcleos de Urânio 235 e repita o procedimento.
Professor, ao bombardear um núcleo de Urânio 235, causamos uma instabilidade no núcleo,
que acaba se dividindo. Nesse caso específico do simulador, é importante que o estudante
observe a porcentagem de núcleos fissionados com 25 e 75 núcleos de Urânio 235. Portanto,
quanto maior a quantidade de Urânio 235, maior a quantidade de núcleos fissionados.
Já o Urânio 238, ao receber um nêutron, vira Urânio 239, ou seja, não ocorre o processo de
fissão. O processo de fissão vai ocorrer no elemento Urânio 235, porque esse tem menos
massa que o Urânio 238, e, portanto, é mais instável.
Sendo assim, nessa parte da atividade, é importante que o estudante consiga, por meio da in-
vestigação científica, explicar os dois processos, devido às duas etapas de pesquisa solicitadas
com os dois elementos. Sendo necessário, o professor pode fazer a mediação caso o estudante
queira entender um pouco mais sobre os elementos Urânio 235, com a discussão sobre o enri-
quecimento de Urânio, que se encontra como sugestão de artigo no momento 1 dessa situação
de aprendizagem, intitulada Energia Nuclear, o texto trata sobre Desenvolvimento e fabricação
de combustíveis nucleares.
Etapa 3: Reator Nuclear - temos o controle de varetas que se movimentam na vertical, e vários
núcleos de Urânio 235. Ao lado, podemos identificar duas barras sendo que uma delas representa
a Potência de saída e a outra a Energia total. Além disso, acoplado ao reator nuclear existe um termô-
metro. Sendo assim, deixe o controle de varetas baixo, e dispare nêutrons, registre no caderno o que
você observa, e o que ocorre com as barras.
Agora pense: como você consegue deixar a quantidade de energia total e de saída controlada
sem elevar muito a temperatura? Para responder, faça um teste com o simulador, e descreva como
você pode resolver essa situação.
Professor, nesta etapa, o processo de fissão nuclear já está mais claro ao estudante, com a in-
vestigação científica realizada no simulador. Portanto, a situação-problema de como manter uma
reação em cadeia controlada, ou seja, manter energia e temperatura estáveis dentro do reator nu-
clear pode necessitar de uma mediação, para que o estudante compreenda como em uma usina
nuclear, ocorre, de maneira controlada, o processo de fissão nuclear. Neste caso, apresentado
no simulador, por meio do disparo de um nêutron em elementos como Urânio 235, visualiza-se,
então, como ocorre a fissão desse elemento, gerando uma reação em cadeia. A usina, em seu
reator, deve possuir hastes (de elementos como o boro) que absorvem os nêutrons, podendo ser
chamado de moderador, e que interrompem a reação em cadeia. Além disso, as paredes desse
reator são compostas de materiais como chumbo, que impedem que a radiação escape.
Geralmente, a produção de energia elétrica por uma usina nuclear acontece pela fissão nuclear. A ge-
ração de energia elétrica por fusão é muito mais limpa em relação à fissão. Mundialmente, o maior projeto
de fusão nuclear para obtenção de energia está projetado para 2025. O Reator Termonuclear Experimental
Internacional (ITER) está localizado no sul da França e tem os seguintes países envolvidos: Estados Unidos,
Rússia, China, Reino Unido, Suíça, Índia, Japão, Coreia do Sul e os membros da União Europeia.
Peça aos estudantes que pensem com qual lado da pergunta eles concordariam, e por quê.
Eles podem escrever suas justificativas em notas autoadesivas, ou outro papel, e fixarem no
lado da corda com que concordam.
Após concluírem a colagem, incentive os estudantes a responderem por qual razão apoiam
um ou outro tipo de usina e, em seguida, peça-lhes que acrescentem suas anotações a uma
das extremidades da corda.
Peça-lhes que levantem questionamentos e preocupações que podem ser necessários para
justificar a sugestão.
Conclua o momento 3 pedindo-lhes que reflitam sobre a atividade. Quais novos conhecimen-
tos eles têm sobre a pergunta realizada? Eles ainda sentem o mesmo? Ao longo da justifica-
tiva dos colegas, mudaram de lado da corda?
Este jogo permitirá que os conhecimentos adquiridos até aqui sejam colocados em prática. Durante
as justificativas, realize intervenções de sistematização, recordando temas, pontos, assuntos dis-
cutidos sobre o tema proposto. Sistematicamente, ganha o jogo o lado que tiver mais justificativas
apresentadas, para isso, adote um modo público de registrar os argumentos de cada lado.
O mesmo jogo é possível de ser realizado remotamente, por meio de aplicativos de interação digital.
1º passo: tenha em mãos suas anotações e todos os registros a respeito do tema energia
nuclear. Pense nas atividades e discussões realizadas acerca do tema energia nuclear e
reflita como as suas ideias se desenvolveram até aqui.
Imagem 2: Anotação - Fonte: pngwing
Oriente os estudantes a retomar os registros sobre o tema da energia nuclear e identificar
resumidamente o que foi estudado durante a situação de aprendizagem, organizando as
ideias e discussões apresentadas até o momento.
2º passo: pense e relembre as suas ideias iniciais sobre energia nuclear, registrando as
informações que tinham antes de iniciar o estudo com seu professor.
Imagem 3: Pensar - Fonte: pngwing
Oriente os estudantes a refletir individualmente sobre o que aprenderam. Algumas
perguntas que podem nortear os estudantes nesse passo são: Quais as ideias iniciais que ti-
nham sobre o tema? Quais dúvida e informações tinham sobre energia nuclear antes no início
da situação de aprendizagem?
3º passo: reflita, agora, sobre o que você pensa sobre a energia nuclear, e registre suas
impressões.
Imagem 4: Registro - Fonte: pngwing
Nesse passo, os estudantes devem refletir sobre o que mudou no pensamento deles sobre
a temática da energia nuclear e o que eles pensam agora sobre a utilização da energia nucle-
ar na geração de energia elétrica.
4º passo: compartilhe com a turma os seus registros sobre o que mudou em seu pensa-
mento sobre a utilização da energia nuclear na geração de energia elétrica.
Imagem 5: Compartilhar – Fonte pngwing
Nesse passo, é importante a análise, pelo professor, de como é possível a socialização dos
registros dos estudantes. É possível realizar:
- Primeiramente em pequenos grupos, dialogando sobre os pontos em comum e diferentes e,
após, socializar as discussões dos grupos;
- Individualmente, incentive a participação dos estudantes para promover uma discussão
geral sobre os pontos em comum e os diferentes;
- Utilizar um mural ou lousa digital para que cada estudante insira seus registros e, com a mediação
do professor na leitura dos registros, retome pontos importantes na situação de aprendizagem.
Estudante, nesse momento você pôde utilizar os conhecimentos sobre radiações para avaliar os
riscos e as potencialidades desse tipo de energia. Com seus registros e discussões realizados sobre
o tema, você seria a favor, ou contra o fechamento da usina de Angra 1? Justifique sua resposta.
Por que fechar Por que não fechar
Usina de Angra 1
Professor, para finalizar as reflexões sobre o tema, é possível realizar uma pesquisa de opinião
com a turma, utilizando ferramentas digitais, sobre o fechamento, ou não, da usina de Angra 1.
Solicite aos estudantes que se organizem para tabular os dados da pesquisa, apresentando o re-
sultado final em um local visível para toda a turma, ou de forma pública em ambientes virtuais.
Sugestão para o professor - Momento 4 – Pensando a energia nuclear
Professor, segue uma segunda proposta para o momento 4, a fim de consolidar os aprendiza-
dos dessa situação de aprendizagem sobre a energia nuclear. As duas propostas têm objetivo
de refletir sobre o que foi estudado, e compartilhar os saberes com a turma.
Caro estudante, o tema energia nuclear promove muita discussão sobre a sua utilização na
geração de energia elétrica, devido a pontos positivos e negativos que você estudou nesta
situação de aprendizagem.
Agora é o momento de organizar as ideias e avaliar os conceitos vistos e discutidos nas aulas.
Professor, nessa atividade, vamos retomar os conceitos e discussões a respeito do tema da
energia nuclear, seus processos e soluções alternativas. Para tanto, vamos utilizar uma estra-
tégia de rotina de pensamento chamada: Sentença-Frase-Palavra. Essa rotina é importante
na finalização de um tema ou objeto de conhecimento, a fim de sistematizar conceitos funda-
mentais sobre a temática.
1º passo: tenha em mãos suas anotações e todos os registros a respeito do tema energia
nuclear. Pense nos vídeos, textos e discussões realizados acerca do tema energia nuclear e
reflita sobre os conceitos e discussões vistos até aqui.
Oriente os estudantes a retomar os registros sobre o tema da energia nuclear e identificar re-
sumidamente o que foi estudado durante a situação de aprendizagem, organizando as ideias
e discussões apresentadas até o momento.
2º passo: escreva uma frase e uma palavra referentes ao tema energia nuclear. É necessário
que a frase e a palavra tenham significado para o leitor em relação ao tema trabalhado.
Palavra
Frase
Semelhanças
Não foi contemplado
Professor, verifique junto a cada grupo se as ideias, palavras e frases possuem relação com
o tema, e motive os estudantes a compartilhar as ideias semelhantes e discussões do grupo.
5º passo: socialização. Cada grupo comenta de forma resumida sobre as palavras e fra-
ses que apareceram no grupo, e as discussões realizadas. É possível publicar as produ-
ções em murais virtuais, para que a turma conheça e analise todas as palavras e frases
elaboradas pela turma.
Professor, organize a turma para que todos os grupos socializem, mediando o tempo de
socialização dos grupos e realizando um fechamento com as palavras e frases comuns
sobre o tema da energia nuclear. É possível elencar as palavras e frases que foram apre-
sentadas, utilizando murais, digitais ou não, assim, é possível realizar o fechamento da
situação de aprendizagem.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
EFEITOS DAS INTERVENÇÕES HUMANAS NO AMBIENTE –
PARTE 1
Competências gerais:
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a inves-
tigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar
e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com
base nos conhecimentos das diferentes áreas.
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica,
significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comu-
nicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer
protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defen-
der ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos,
a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global,
com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
2. Analisar e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do Cosmos para elaborar
argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres vivos e do Univer-
so, e fundamentar e defender decisões éticas e responsáveis.
3. Investigar situações problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e tecnológico e
suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das Ciências da
Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou globais, e co-
municar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por meio
de diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).
Habilidades:
(EM13CNT203) Avaliar e prever efeitos de intervenções nos ecossistemas, e seus impactos nos seres
vivos e no corpo humano, com base nos mecanismos de manutenção da vida, nos ciclos da matéria
e nas transformações e transferências de energia, utilizando representações e simulações sobre tais
fatores, com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais (como softwares de simulação e de
realidade virtual, entre outros).
Unidade temática: VIDA, TERRA E COSMOS
Objetos de conhecimento: Máquinas térmicas (trabalho; energia interna; potência e rendimento;
transformações cíclicas; impacto social e econômico).
(EM13CNT301) Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e estimativas, empregar
instrumentos de medição e representar e interpretar modelos explicativos, dados e/ou resultados
Orientações gerais: a situação de aprendizagem inicia com um experimento investigativo que consiste
nos princípios do funcionamento de uma máquina térmica. Pensando na metodologia do ensino por
investigação no momento 2, a contextualização ocorre por meio da história da ciência, em que os
personagens atuantes nos estudos das máquinas são evidenciados por meio de um texto de leitura coletiva,
e a relação entre essas pesquisas o experimento. Após esse percurso, a primeira lei da termodinâmica será
investigada, por meio de uma simulação virtual, e, por fim, os estudantes são convidados para a elaboração
de sua própria simulação virtual, evidenciando as transformações termodinâmicas.
Imagem1: Experimento Investigativo sobre trocas de energia. – Fonte: Elaborado para o Material
Não se esqueça de anotar todas as etapas da montagem, bem como todas as suas estratégias
para a resolução desse problema. Para auxiliar na montagem desse experimento, observe a figura
ilustrativa acima.
Professor, esse experimento investigativo aborda as transformações de energia, e traz como
proposta inicial discutir sobre os princípios físicos associados ao funcionamento das má-
quinas térmicas. Para iniciar essa atividade, você pode pedir para que cada grupo construa
o seu próprio experimento. Caso isso não seja possível, uma opção é fazer o experimento de
forma demonstrativa, e incentivar os estudantes a levantar e testar suas hipóteses durante
a demonstração, para que apresentem soluções sobre o problema proposto.
O fundamental é que essa atividade não perca o seu caráter investigativo, por isso é impor-
tante que cada grupo anote e discuta a melhor maneira de resolver a questão-problema,
e que eles busquem explicar os conceitos físicos associados a essa experiência. Caso os
grupos apresentem dificuldades, sugerimos que você faça um breve momento de resgate
sobre as transformações de energia que já foram estudadas no volume 1 do caderno Cur-
rículo em Ação. Uma outra estratégia que você pode adotar para o desenvolvimento dessa
experiência é pedir para que os estudantes tirem fotos, ou esquematizem as etapas dessas
transformações de energia.
Professor, agora vamos fazer uma breve descrição sobre o funcionamento do experimento
acima proposto. Dessa forma, no momento inicial, temos presente, no sistema, cerca de um
1ml de água no tubo de ensaio e um recipiente com água localizado no chão (solo). Adotan-
do que o chão seja o nosso referencial em relação à altura, podemos dizer que existe, nessa
fase inicial, uma certa energia potencial gravitacional no tubo de ensaio, uma vez que esse se
encontra a uma determinada altura em relação ao chão. Considere, também, que a pressão
atmosférica é a mesma para todo o sistema.
No momento seguinte, o fogareiro irá aquecer a água do tubo de ensaio, fazendo com que
ela aumente a sua energia cinética e, em seguida, mude de estado físico, passando do es-
tado líquido para o estado gasoso. Assim, esses gases provenientes da ebulição da água,
gradativamente irão se espalhar por todo o volume disponível, empurrando o ar que está ao
seu redor. Em outras palavras, podemos dizer que houve um trabalho realizado pelos gases
que estavam no tubo de ensaio e, por isso, os estudantes deverão observar bolhas de ar no
recipiente que está no chão.
No momento seguinte, o fogareiro será apagado, com isso, a temperatura de dentro do tubo
de ensaio começa a diminuir, e, consequentemente, a sua pressão também, contudo, a pres-
são externa, que é atmosférica não muda, sendo assim, essa diferença de pressão faz com
que a água do recipiente localizado no chão se mova para o tubo de ensaio.
Professor, essas discussões sobre transformação de energia são extremamente importan-
tes para a investigação do princípio de funcionamento das máquinas térmicas que vamos
estudar nos momentos seguintes.
Além, dessas contribuições, e pensando no bombeamento de água das minas, o inventor e en-
genheiro Thomas Savery (1650-1715), contribui com a construção de uma máquina que produzia vá-
cuo por meio da condensação do vapor, e aspirava a água de uma mina de carvão por meio de um
tubo. Um dispositivo complexo que apresentou algumas falhas, devido à profundidade e à pressão
a que foi submetido. Dessa forma, outras pessoas começaram a estudar o dispositivo, para conseguir
sanar essas falhas, como foi o caso do inventor Thomas Newcomen (1663-1729), que, para melhorar
a pressão nos tubos do dispositivo, adicionou pistões que se movimentam conforme a expansão do
vapor. Sua máquina podia atingir grandes profundidades, entretanto, para controlar a pressão, existia
um sistema de resfriamento nesses pistões, que fazia o rendimento dessa máquina não ser muito alto,
pois ela perdia grande quantidade de calor neste processo.
Esses fatos nos mostram que, muitas vezes, na ciência, as contribuições e trocas de infor-
mações podem gerar conhecimentos para resoluções de problemáticas, nesse caso, como fazer
essa máquina ter um rendimento mais eficiente. Dessa forma, vale destacar que foi o engenheiro
e matemático James Watt (1736-1819) que contribuiu com a solução para diminuir a perda de
vapor, ao receber a máquina de Newcomen para consertar, as suas melhorias na máquina contri-
buíram para patentes de suas novas invenções, uma vez que podia ser utilizada desde fundição,
até a propulsão dos moinhos.
Por fim, sempre pensando em como tornar mais eficientes essas máquinas, Nicolau Léonard Sadi
Carnot (1796-1832) elaborou um ciclo termodinâmico ideal, que estabelece um limite máximo ao ren-
dimento de uma máquina térmica.
Professor, este texto tem por finalidade a desconstrução de uma história da ciência linear,
em que os personagens envolvidos eram indivíduos isolados em sua época. Com o texto,
sugere-se que sua mediação permita que os estudantes possam compreender a constru-
ção da ciência, e como diferentes cientistas se debruçaram sobre uma temática para oti-
mizar o desenvolvimento das máquinas térmicas. Indica-se que a leitura do texto possa ser
feita de forma coletiva, ou em grupo.
Para esta atividade, convidamos você a se reunir com os seus colegas e formar um grupo para
explicar, utilizando argumentos científicos, como o experimento proposto no momento 1 se relaciona
com os inventos do texto acima. Para que seus argumentos possuam mais clareza, é importante que
você pesquise um pouco mais sobre cada invento, e compartilhe sua explicação por meio de imagens,
murais, vídeos, podcasts etc. Fica a critério do grupo escolher as formas e estratégias que vocês irão
utilizar para compartilhar as suas aprendizagens.
Professor, neste momento os estudantes realizarão a etapa da contextualização do experimento
investigativo, que consiste em relacionar o experimento com algumas etapas das máquinas ci-
tadas no texto. Para que os estudantes consigam explicar essas etapas e associá-las ao expe-
rimento, sugere-se que sua mediação possa auxiliar em mais pesquisas, e eventualmente indi-
car que a utilização de imagens pode facilitar aos grupos a explicação dessa relação. Espera-se
que os estudantes possam entender que o experimento realizado no momento 1 nos auxilia
a perceber os princípios físicos associados ao funcionamento das máquinas térmicas.
O vídeo a seguir traz o passo a passo do princípio do funcionamento da máquina de Thomas
Savery. Em uma das etapas, você poderá notar semelhança com o experimento do momento 1.
MOMENTO 3
Caro estudante, no momento 1, você investigou um experimento sobre trans-
formações e transferência de energia, em seguida, iniciou o estudo das máquinas
térmicas, por meio de uma contextualização histórica. Agora, para compreender me-
lhor os princípios físicos associados ao funcionamento dessas máquinas, você será
convidado a estudar sobre a 1ª Lei da Termodinâmica. Para isso, vamos dar continui-
dade ao estudo dos gases ideais, assunto que foi inicialmente abordado no momen-
to 01 da situação de aprendizagem 2 do seu caderno do Currículo em Ação, de Fí-
Imagem 2: Mostra
de gás – Fonte:
sica 4º bimestre da 1ª Série.
Elaborado para Considere que uma certa amostra de gás ideal esteja contida em um determi-
o Material. nado recipiente, conforme imagem ilustrativa a seguir.
Essa quantidade de gás possui algumas características, tais como: temperatu-
ra absoluta, volume ocupado por esses gases, a pressão exercida (sobre o gás ou pelo gás), o núme-
ro de mols de moléculas etc.
Agora, iremos estudar uma outra propriedade importante dos gases, chamada de Energia Inter-
na. A energia interna de uma certa quantidade de gás é uma grandeza física que depende da tempe-
ratura absoluta e do seu número de moléculas. Supondo que essa quantidade de gás, supostamente
ideal e monoatômico, esteja contida em um certo recipiente de volume V, e a uma temperatura abso-
luta T. A expressão que relaciona a energia interna desse gás com as variáveis citadas é dada por:
U = 3/2nRT, em que U representa a energia interna do gás, n o número de moléculas de mols,
R a constante universal dos gases e T a temperatura absoluta.
Ao analisar essa expressão, percebe-se que se essa quantidade de partículas não muda
sua energia interna só irá variar se ocorrer a variação de sua temperatura. Dessa forma, pode-se
dizer que ΔU = 3/2nRΔT.
Como você já teve uma ideia básica sobre uma forma de descrever matematicamente a variação da
energia interna de uma certa quantidade de gás (que passaremos a chamar apenas de gás), chegou o mo-
mento de conversarmos um pouco sobre como ocorrem as trocas de energia entre o gás e o seu entorno.
Existem dois processos distintos de transferência de energia entre o gás e o seu entorno, ou vizinhança,
esses processos são chamados de calor e trabalho. Nesse sentido, vamos estudar, primeiramente, como
ocorre a transferência de energia entre o gás e sua vizinhança por meio da realização de trabalho.
Imagine, então, que um gás ideal esteja contido em um certo recipiente com um embolo móvel. Supo-
nha que esse gás, em um certo momento, esteja empurrando o embolo para cima: nesse caso, dizemos que
o trabalho está sendo realizado pelo gás sobre o embolo, em outras palavras, ao fazer isso, o gás estará
transferindo energia cinética para o embolo, e isso pode provocar uma mudança na energia interna do gás.
Imagine, agora, que é o embolo que está empurrando esse gás para baixo: nesse caso, dizemos
que o trabalho está sendo realizado sobre o gás pelo embolo, ou seja, o embolo estará transferindo
energia cinética para o gás.
Uma outra maneira de transferir energia para o gás é por meio do processo chamado de calor.
Pela definição: calor é o processo de transferência de energia de um corpo para outro, devido
unicamente a diferença de temperatura entre eles. Dessa forma, pode-se dizer que o gás recebe/cede
energia do seu entorno (nesse caso o meio externo) através do calor. Isso ocorre devido a diferença de
temperatura entre o gás e o meio externo. Isso também pode levar à variação da energia interna desse gás.
Como foi visto, existem duas maneiras de variar a energia interna de um gás: por meio da realização
de trabalho e/ou através do calor. A Primeira Lei da Termodinâmica relaciona esses dois processos de
transferência de energia com a variação da sua energia interna. Sendo assim, a expressão matemática
que descreve essa relação é dada por: ΔU = Q – W, onde ΔU, é a variação da energia interna
do gás, Q é o calor recebido/cedido pelo gás, e W é o trabalho realizado sobre (ou pelo) gás.
Para compreender melhor como usar inicialmente a 1ª Lei da Termodinâmica, sugere-
se os seguintes vídeos, disponível em: https://youtu.be/Iz0JDRZFuAA. Acesso em 09 set.
2021. QR Code:
Professor, caso não seja possível levar os estudantes para assistirem aos vídeos propostos,
indica-se que eles discutam e respondam o seguinte problema.
Para cada situação a seguir, calcule a energia interna do gás e procure explicar se o gás aqueceu
ou esfriou.
Professor, para o cálculo da energia interna do gás (tanto nesse exercício, como também na
simulação proposta), indica-se que você peça para os estudantes determinarem esses valores
de duas formas diferentes. A primeira delas, utilizando a expressão matemática da Primeira Lei
da Termodinâmica: ΔU = Q – W, aqui é importante que você tenha o cuidado de apresentar as
convenções de sinais mais utilizadas no estudo da Termodinâmica, no que diz respeito às variá-
veis calor(Q) e trabalho(W). Nesse sentido, segue tabela com breve descrição dessa convenção
de sinais, incluímos também uma linha sobre os sinais da variação da energia interna.
Variável Termodinâmica
Variável Termodinâmica
Sinal Positivo (+) Sinal Negativo (-)
A outra maneira para fazer esses cálculos consiste em pensar que a variação da energia interna
de um gás pode ser determinada pela diferença entre a energia recebida pelo gás (Erec) e a sua
energia cedida (Eced). Ou seja, pode-se determinar esse valor por meio da seguinte expressão:
ΔU = Erec – Eced. Vale ressaltar, aqui, que não importa se a energia recebida/cedida é na forma
de calor ou trabalho.
Professor, é necessário deixar claro para os estudantes que a expressão ΔU = Erec – Eced repre-
senta apenas uma maneira, que talvez seja um pouco mais intuitiva, para introduzir as ideias
iniciais da Termodinâmica. Contudo, a expressão matemática que descreve a Primeira Lei da
Termodinâmica é dada por: ΔU = Q – W.
Segue resolução do problema proposto, das duas maneiras apresentadas.
1ª Resolução
a) ΔU = Q – W → ΔU = 60 – (+40) → ΔU = 60 – 40 = 20J
Nessa situação, o gás aumentou de temperatura (aqueceu), porque o valor da variação da sua ener-
gia interna é positivo. Uma outra solução seria dizer que o gás recebeu mais energia do que cedeu.
b) ΔU = Q – W → ΔU = 50 – (- 30) → ΔU = 50 + 30 = 80J
Nessa situação, o gás aumentou de temperatura (aqueceu), porque o valor da variação da sua ener-
gia interna é positivo. Uma outra solução seria dizer que o gás recebeu mais energia do que cedeu.
c) ΔU = Q – W → ΔU = - 80 – (+ 20) → ΔU = - 80 - 20 = -100J
Nessa situação, o gás diminuiu de temperatura (esfriou), porque o valor da variação da sua
energia interna é negativo. Uma outra solução seria dizer que o gás recebeu menos energia
do que cedeu.
d) ΔU = Q – W → ΔU = -15 – (- 25) → ΔU = -15 + 25 = 10J
Nessa situação o gás aumentou de temperatura (aqueceu), porque o valor da variação da sua energia
interna é positivo. Uma outra solução seria dizer que o gás recebeu mais energia do que cedeu.
2ª Resolução:
a) ΔU = Erec – Eced → ΔU = 60 – 40 → ΔU = 20J
Caro estudante, após assistir aos vídeos indicados, convidamos você a responder as
questões propostas na simulação a seguir. Disponível em: https://cutt.ly/yWZKcax.
Acesso em: 09 set. 2021. QR Code:
Professor, a presente simulação busca auxiliar os estudantes a conseguir ter uma compre-
ensão inicial sobre a Primeira Lei da Termodinâmica. Nesse sentido, é importante recordar
sobre o que foi visto nos vídeos anteriores, para que os estudantes possam realizar os
cálculos propostos na simulação, e compreender as formas de aquecer e esfriar uma deter-
minada amostra de gás.
Como as perguntas da simulação proposta são basicamente as mesmas do problema ante-
rior, segue apenas as respostas de cada situação apresentada na simulação.
Resposta: 1ª Situação
Temperatura aumentou e ΔU = 60J
Resposta: 2ª Situação
Temperatura diminuiu e ΔU = - 80J
Resposta: 3ª Situação
Temperatura aumentou e ΔU = 15J
Resposta: 4ª Situação
Temperatura diminuiu e ΔU = - 50J
Resposta: 5ª Situação
Temperatura diminuiu e ΔU = - 120J
MOMENTO 4
Caro estudante, agora que você teve a oportunidade de estudar um pouco mais sobre a Primeira
Lei da Termodinâmica, chegou o momento de iniciar o estudo de algumas transformações termodinâmi-
cas, para que, posteriormente, você e seus colegas possam desenvolver as suas próprias simulações.
Vamos recordar rapidamente sobre duas transformações gasosas: a transformação isotérmica
e isovolumétrica.
Como visto, na situação de aprendizagem 2 do seu caderno do Currículo em Ação, de Física
4º bimestre da 1ª série, uma transformação isotérmica acontece quando um gás, em condições ideais,
sofre mudança de volume e pressão, mas permanece com sua temperatura constante. Sendo assim,
como a sua temperatura não varia, isso significa que também não houve variação de sua energia inter-
na. Então, pela Primeira Lei da Termodinâmica temos:
• ΔU = Q – W → 0 = Q - W → Q = W (Transformação Isotérmica).
energia é cedida para o meio externo na forma de calor. Já na expansão isotérmica, ocorre o processo
inverso. Essas duas situações estão sendo representadas a seguir.
Bom, agora vamos recordar o que ocorre em uma transformação gasosa dita isovolumétrica.
Esse tipo de transformação acontece quando um gás, em condições ideais, sofre mudança de tempe-
ratura e pressão, mas o volume ocupado pelo gás permanece constante. Dessa forma, não houve
realização de trabalho. Daí vem:
• ΔU = Q – W → ΔU = Q – 0 → ΔU = Q (Transformação Isovolumétrica)
Assim, toda energia recebida ou cedida pelo gás ocorre apenas por meio do processo chamado
de calor, conforme figura a seguir.
Estudante, uma vez que você recordou sobre as transformações gasosas, isotérmica e isovolu-
métrica, vamos conversar um pouco sobre uma outra importante transformação termodinâmica,
a transformação adiabática. Dessa forma, pode-se dizer que uma transformação adiabática é aquela
em que não há troca de calor entre o gás e o seu entorno. Sendo assim, a única forma de transferência
de energia é por meio da realização de trabalho. Pensando nisso, vamos estudar dois tipos de trans-
formações adiabáticas, a expansão e a compreensão adiabática.
Considerando o sistema termodinâmico a seguir, composto por um recipiente com embolo móvel
e uma certa quantidade de gás ideal, pode-se dizer que, na expansão adiabática, o gás empurra o em-
bolo, diminuindo, assim, parte de sua energia interna nesse processo, a diminuição dessa energia leva
também à redução de sua temperatura.
• ΔU = Q – W → ΔU = 0 – W → ΔU = – W (Transformação adiabática).
Caro estudante, agora que você teve um primeiro contato com algumas transformações termo-
dinâmicas, chegou o momento de colocar a sua criatividade em ação. Para isso, convidamos você
a criar a sua própria simulação sobre algumas dessas transformações. Sendo assim, siga a orientação
do seu professor.
Professor, para essa atividade, sugere-se que os estudantes possam, com base nesses três
tipos de transformações (isotérmica, isovolumétrica e adiabática), desenvolver a suas pró-
prias simulações, usando o Scratch. Nesse sentido, você pode dividir a sala em grupos, de
até cinco participantes, e propor para que cada grupo faça uma simulação sobre um desses
três tipos de transformações termodinâmicas. A seguir, indica-se que os estudantes compar-
tilhem com a sala as suas simulações por meio de curtas apresentações.
Para auxiliar os estudantes no desenvolvimento dessa atividade, você pode se basear na simu-
lação a seguir, que apresenta os três tipos de transformações termodinâmicas que estudamos.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4
EFEITOS DAS INTERVENÇÕES HUMANAS NO AMBIENTE –
PARTE 2
Competências gerais:
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a inves-
tigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar
e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com
base nos conhecimentos das diferentes áreas.
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica,
significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comu-
nicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer
protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defen-
der ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos,
a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com
posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
2. Analisar e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do Cosmos para elaborar
argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres vivos e do Univer-
so, e fundamentar e defender decisões éticas e responsáveis.
3. Investigar situações problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e tecnológico e
suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das Ciências da
Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou globais, e co-
municar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por meio
de diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).
Habilidades:
(EM13CNT203) Avaliar e prever efeitos de intervenções nos ecossistemas, e seus impactos nos seres
vivos e no corpo humano, com base nos mecanismos de manutenção da vida, nos ciclos da matéria
e nas transformações e transferências de energia, utilizando representações e simulações sobre tais
fatores, com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais (como softwares de simulação e de
realidade virtual, entre outros).
Orientações gerais: nesta situação de aprendizagem, você poderá compreender melhor o funcionamento
e o impacto das máquinas térmicas na sociedade. Para isso, no momento 1, teremos uma atividade em
grupo com diferentes formas de socialização, para compreendermos o impacto social e econômico das
máquinas térmicas ao longo do tempo, e o que tem sido feito para combater o impacto causado por
elas. Em seguida, no momento 2, a proposta consiste em analisar como ocorrem as trocas de energia
em um ciclo termodinâmico, para poder, assim, interpretar a Primeira Lei da Termodinâmica em uma
transformação gasosa cíclica e, com isso, iniciar o estudo das máquinas térmicas. Já no momento 3,
usando os conhecimentos adquiridos até agora, vamos discutir como é possível construir um modelo
para a atmosfera, que nos permita compreender a atmosfera como uma máquina térmica. Para concluir,
a ideia é discutir como a ação humana pode provocar uma diminuição do rendimento dessa grande
máquina térmica (atmosfera), e quais as possíveis consequências desse processo.
Caro estudante, na Situação de Aprendizagem anterior você estudou sobre a 1ª Lei da Termodi-
nâmica. Nesta Situação de Aprendizagem, discutiremos a possibilidade ou a impossibilidade de colo-
car-se a energia em uso, obter-se maior eficiência nas transformações de energia nas máquinas térmi-
cas, e quais seus impactos ao meio ambiente.
Grupo 2: Agricultura
Socialização: produção de cartazes ou PPT
A) Qual o impacto social e econômico das máquinas térmicas pesquisadas pelo grupo?
B) Como as máquinas térmicas pesquisadas têm impactado o meio ambiente, e o que tem sido
feito contra este impacto?
Como o gás retorna ao seu estado termodinâmico inicial após percorrer todo o ciclo termodinâmi-
co, isso significa que o estado final e inicial desse gás são os mesmos e, portanto, as suas temperaturas
nesses estados (inicial e final) são iguais, ou seja, Ti = TF . Sendo assim, como a energia interna de um gás
depende de sua temperatura absoluta, as suas energias internas também são iguais (Ui=UF). Dessa for-
ma, conclui-se que a variação da energia interna do gás em todo ciclo termodinâmico é nula (∆Uciclo = 0).
Estudante, neste momento, convidamos você a investigar partes de uma simulação sobre um
ciclo termodinâmico fundamental na física (o ciclo de Carnot). Essa investigação pretende auxiliar você
a compreender um pouco melhor sobre as propriedades dos ciclos termodinâmicos que foram vistas
anteriormente. Sendo assim, sugere-se que você acesse o site a seguir, siga as orientações do seu
professor e, a seguir, procure responder as questões.
1) A partir da sua observação sobre a simulação proposta e da imagem a seguir, procure respon-
der às seguintes perguntas.
a) Considere que o gás, ao longo desse ciclo termodinâmico, tenha passado pelas transforma-
ções (1 → 2), (2 → 3), (3 → 4) e (4 → 1), representadas de forma ilustrativa na imagem a seguir.
O que você pode dizer a respeito da temperatura e da energia interna desse gás em cada uma
dessas transformações?
b) Qual a variação de temperatura sofrida pelo gás em todo o ciclo? Justifique a sua resposta.
c) O que você pode dizer a respeito da variação da energia interna do gás?
seja nula, conclui-se que a variação de sua energia interna também é nula.
Caro estudante, neste momento, vamos nos aprofundar um pouco mais no estudo dos ciclos
termodinâmicos. Nesse sentido, vamos ver como podemos calcular o trabalho realizado por um gás
que evolui ao longo do ciclo A → B → C → D → A, representado na imagem a seguir.
Para calcular o trabalho realizado pelo gás nesse ciclo, basta somar o trabalho de cada uma das
etapas. Daí vem:
Wciclo = WAB + WBC + WCD + WDA
Nas etapas BC e DA, o gás não realiza trabalho, pois o volume ocupado por ele é constante, isso
significa que o gás está sofrendo, nessas etapas, transformações isovolumétricas, ou seja:
WBC = WDA = 0
Na etapa AB, o gás está passando por uma expansão isobárica. Assim, pode-se dizer que o tra-
balho realizado pelo gás é positivo, pois, por convenção, atribui-se o sinal positivo toda vez que o gás
sofre um processo de expansão. Com relação ao valor desse trabalho, ele é numericamente igual à
área indicada a seguir.
Já na etapa CD, o sinal do trabalho realizado pelo gás é negativo, e o seu valor é numericamente
igual à área indicada a seguir. Assim, pelo que foi exposto, pode-se dizer que:
Caro estudante, as análises que acabamos de fazer nos permitem dizer que, em um diagrama
PxV, toda vez que o sentido de um ciclo termodinâmico for horário, o trabalho do ciclo é positivo.
Em contrapartida, sempre que o sentido do ciclo for anti-horário, o trabalho do ciclo é negativo.
Caro estudante, ao longo dos seus estudos sobre termodinâmica, você possivelmente deve ter per-
cebido que existem situações em que o gás recebe calor (do ambiente) e outras em que ele cede calor. Isso
também acontece quando nós analisamos como o gás evolui em uma transformação cíclica. Nesse senti-
do, pode-se dizer que, em um ciclo termodinâmico, o calor total do ciclo é a soma algébrica do calor troca-
do pelo gás, em cada uma dessas etapas, ou seja: Qciclo = QAB + QBC + QCD + QDA. Para exemplificar um
pouco melhor essa ideia, vamos supor que os valores trocados pelo gás em cada uma das etapas de um
ciclo termodinâmico sejam os indicados na figura a seguir, então o calor total do ciclo vale:
Qciclo = 50J + (-30J) + (-100J) + (+20J) → Qciclo = 50J - 30J - 100J +20J = - 60J
• O calor trocado pelo gás em um ciclo termodinâmico é numericamente igual ao trabalho total
realizado pelo gás, ou seja: Qciclo = Wciclo. Isso ocorre porque, como vimos anteriormente,
a variação da energia interna do gás em um ciclo é nula.
• Os ciclos termodinâmicos percorridos no sentido horário sempre convertem calor em trabalho.
A esses ciclos, costuma-se associar o estudo das máquinas térmicas. Por outro lado, os ciclos
termodinâmicos que são percorridos no sentido anti-horário convertem trabalho em calor.
Esses ciclos estão associados às máquinas frigoríficas.
Professor, agora que os estudantes tiveram a oportunidade de estudar algumas proprieda-
des dos ciclos Termodinâmicos, chegou o momento de você conversar com eles sobre uma
forma de interpretar as conclusões obtidas anteriormente, ou seja essa é uma excelente
oportunidade para introduzir o estudo das máquinas térmicas. Assim, sugere-se que você
retome os estudos sobre os processos termodinâmicos que foram discutidos na 1ª série –
4º bimestre – Situação de aprendizagem 2 – Momento 1 e, também, a situação de aprendi-
zagem 3 deste volume.
Para auxiliar você a ter uma conversa inicial com os estudantes sobre o funcionamento das máqui-
nas térmicas a partir do estudo dos ciclos termodinâmicos, segue breve discussão desse assunto.
As máquinas térmicas operam em ciclos, nos quais retiram calor de uma fonte quente e
convertem parcialmente essa energia em trabalho mecânico, rejeitando outra parte dessa
energia, na forma de calor, para a fonte fria, como pode ser observado na figura abaixo.
Uma maneira para sabermos o quanto de energia uma máquina térmica consegue trans-
formar em trabalho útil é através do cálculo do seu rendimento, que pode ser descrito
Wciclo
matematicamente como: η =
Qfonte quente
Além disso, o trabalho de uma máquina térmica, pode ser determinado pela diferença de
energia entre a fonte quente e a fonte fria, ou seja: Wciclo = QFonte Quente - QFonte Fria.
Portanto, ao substituir a expressão anterior, na expressão do rendimento de uma máquina
térmica, encontramos:
Qfonte fria
η =1–
Qfonte quente
Esse resultado mostra que o rendimento de uma máquina térmica é sempre menor que 100%
(uma vez que não pode haver rendimento negativo), o que indica que é impossível construir
uma máquina que, operando em ciclos, retire calor de uma fonte quente e o transforme inte-
gralmente em trabalho.
Imagem 7: Fluxo de energia que vem do sol e entra na atmosfera – Fonte: Elaborada para o Material
Professor, para iniciar essa análise, sugere-se que você destaque, com o auxílio da simulação,
o que acontece com a radiação solar a partir do momento em que ela incide na atmosfera.
Assim, como ilustrado na simulação, dos 100% da radiação solar que incide na atmosfera,
30% são refletidos de volta para o espaço. Dos 70% restante, 4% são absorvidos pelas
nuvens, 16% são absorvidos pelas partículas de poeira, ozônio e gotículas de água presen-
tes na atmosfera. Dos 50% restante que chega até o solo, 14% são absorvidos pela água
e dióxido de carbono, 6% são levadas para cima, por meio do processo de convecção, e
24% é transportada para cima com o vapor de água. Os 6% restante é irradiada diretamen-
te para o espaço.
Caso não seja possível mostrar a animação para os estudantes, você pode fazer essas dis-
cussões a partir da análise das próprias figuras e da descrição apresentada acima.
Professor, após essa discussão inicial, sugere-se que você destaque para os estudantes
o que está ocorrendo no retângulo tracejado, pois esse retângulo representa um diagrama
inicial de uma máquina térmica. Dessa forma, indica-se que você sinalize para eles que, como
a atmosfera se encontra em um estado de equilíbrio termodinâmico, os 64% de energia que
chegam nela são emitidos para o espaço, conforme se pode observar na figura anterior.
Wciclo 0,5
η = = ≅ 0,008 = 0,8%
Qfonte quente 64
Estudante, é importante ressaltar que o modelo que propomos para pensar a atmosfera
como uma máquina térmica é muito simples, uma vez que a atmosfera terrestre é constituída de
diversos processos extremamente complexos, e, portanto, os modelos para descrever esses pro-
cessos são muito mais sofisticados do que apresentamos aqui. Esses modelos são normalmente
usados na meteorologia.
Professor, sugerimos que os estudantes façam uma roda de conversa para analisar o cál-
culo apresentado e discutir sobre como a intervenção humana pode interferir no rendi-
mento apresentado sobre essa máquina térmica, e conversar também sobre os possíveis
impactos que isso pode gerar.
Para auxiliar nessa discussão, você pode, por exemplo, dizer aos estudantes que, quando
aumenta a concentração de gases na atmosfera, o efeito estufa se intensifica e, portanto,
fica mais difícil a saída do calor. Isso pode provocar um desequilíbrio de energia, diminuindo,
assim, o rendimento dessa grande máquina térmica (atmosfera), podendo provocar, assim,
grandes inundações, vendavais, ondas de calor, secas prolongadas etc.
Sugere-se que você converse com o professor de Biologia, para ampliar as discussões sobre
o tema com os estudantes.
ANOTAÇÕES
ANOTAÇÕES
QUÍMICA
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 –
RADIOATIVIDADE: POTENCIALIDADES E RISCOS
Competências gerais:
1. Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas interações e relações entre
matéria e energia, para propor ações individuais e coletivas que aperfeiçoem processos produti-
vos, minimizem impactos socioambientais e melhorem as condições de vida em âmbito local,
regional e global.
3. Investigar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e tecnológico e
suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das Ciências da
Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou globais, e co-
municar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por meio
de diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).
Habilidades:
(EM13CNT103) Utilizar o conhecimento sobre as radiações e suas origens para avaliar as potencialidades
e os riscos de sua aplicação em equipamentos de uso cotidiano, na saúde, no ambiente, na indústria,
na agricultura e na geração de energia elétrica.
(EM13CNT301) Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e estimativas, empregar instrumentos de
medição e representar e interpretar modelos explicativos, dados e/ou resultados experimentais para construir,
avaliar e justificar conclusões no enfrentamento de situações-problema sob uma perspectiva científica.
(EM13CNT303) Interpretar textos de divulgação científica que tratem de temáticas das Ciências da
Natureza, disponíveis em diferentes mídias, considerando a apresentação dos dados, tanto na forma
de textos como em equações, gráficos e/ou tabelas, a consistência dos argumentos e a coerência das
conclusões, visando construir estratégias de seleção de fontes confiáveis de informações.
Unidade temática: Matéria e Energia; Tecnologia e Linguagem Científica
Você já ouviu falar sobre radioatividade? Em qual contexto? Conhece algum isótopo radioativo
(ou elemento radioativo)? Quais são suas possíveis aplicações?
Em seguida, leia o texto sugerido, responda às perguntas a seguir e socialize com seus colegas.
Sugestão
Riscos ao ser
Partículas Velocidade e humano a partir
Constituição Penetrabilidade
/ Ondas massa de exposição
externa.
Devido a sua com-
posição, apresenta Baixa, podendo ser
Baixo risco, con-
a maior massa e Constituídas por prótons barrada por uma folha
Alfa siderando a expo-
menor velocidade em e nêutrons. de papel, roupa e até
sição externa.
comparação com as a pele.
demais.
Como é formada por
elétrons, é cerca de Média, ultrapassando
Risco moderado,
7 mil vezes mais leve as barreiras menciona-
podem atravessar
que a partícula alfa, das anteriormente, po-
Beta Constituídas por elétrons. até 2cm e ionizar
sendo ainda muito dendo ultrapassar até
moléculas, geran-
mais rápida, poden- uma folha de alumínio
do radicais livres.
do chegar próxima à de 1 mm.
velocidade da luz.
Alto, os raios Gama Alto. Atravessa
são mais penetrantes completamente
Apresentam massa
que os Raios X. Podem o corpo humano,
nula. E apresentam Constituídas por
Gama ser detidos por uma causando danos
no vácuo o valor da ondas eletromagnéticas.
chapa de aproximada- irreparáveis como
velocidade da luz.
mente 20cm de aço ou alteração na es-
5cm de chumbo. trutura do DNA.
Sugestões
Vídeo: Why some elements are radioactive (Por que alguns elementos são radioativos).
Disponível em: https://youtu.be/LV2r7v3HRrA. Acesso em 18 mai. 2021.
Como o vídeo está em inglês, será necessário ativar a legenda em português, clicando no
símbolo “detalhes” ( ) -> ”legendas/CC” -> ”traduzir automaticamente” -> procurar e clicar na
palavra ”Português”.
1.3 A evolução da Medicina foi fundamental para o avanço da sociedade. Sem algumas descobertas e
inovações, provavelmente não estaríamos onde estamos hoje. Dentre as inovações, podemos des-
tacar os radiofármacos, que são essenciais para o diagnóstico e tratamento de algumas doenças.
Em seguida, divida-os em grupos de cinco estudantes. Cada grupo será formado por três pesqui-
sadores, que serão responsáveis pelo levantamento de dados, um redator, que ficará responsável
pela organização e registros dessas informações, e um relator, que será o elo direto entre o grupo
e o professor, para apresentação dos estudos e direcionar e apresentar as discussões e conside-
rações aos grupos. Após a divisão dos grupos e orientação a cada integrante, é importante acom-
panhar o processo de pesquisa, registros e discussões, e, sempre que necessário, direcionar as
ações de cada estudante quanto a seu papel no grupo, além disso, eventuais dúvidas podem ser
esclarecidas. Após a obtenção das considerações do grupo sobre as questões destacadas, cada
grupo, com o auxílio do relator, irá divulgar as conclusões e principais descobertas.
Durante todo o processo, é possível avaliar a construção do conhecimento dos estudantes,
a partir da observação de registro de pesquisa, discussão dos grupos, além disso, a partir da
primeira atividade, é possível quantificar a evolução após o desenvolvimento das atividades.
Na discussão final entre os grupos, é possível observar e avaliar as ideias apresentadas, es-
clarecer dúvidas e planejar ações de aprofundamento ou retomadas.
Sugestões
Perguntas:
2.2 Siga o roteiro, realize o experimento comparativo do Morango Orgânico e o Morango Irradiado,
registre suas observações na tabela e discuta com os colegas.
Roteiro:
Escolha dois morangos com aproximadamente o mesmo grau de maturação, sendo 1 deles or-
gânico e o outro tratado por radiação ionizante. Coloque cada um deles em recipientes separados
(béquer ou copo), e armazene-os em local não refrigerado, observe periodicamente o processo de
decomposição dos morangos e registre os resultados na tabela.
0 – Início Mesmo aspecto: cor, brilho e odor. Mesmo aspecto: cor, brilho e odor.
Professor, essa atividade tem o objetivo de comparar e verificar se a radiação do morango pro-
longou ou não o tempo de vida útil do alimento. Vale destacar que o experimento é analisado
por aproximadamente 21 dias, portando, sugere-se orientar os estudantes a prepararem o ex-
perimento, e, durante os dias de observação, dar sequência às próximas atividades propostas.
Após o período de análise do experimento, sugere-se que sejam feitas perguntas para instigar
a discussão sobre as conclusões dos estudantes.
Sugestões de perguntas:
Qual o tempo de vida útil do Morango Orgânico e do Morango Irradiado?
A irradiação provocou alterações nas propriedades nutricionais do alimento?
Vale destacar que os estudantes poderão ter observações diferentes, devido à influência da
temperatura do ambiente e o grau de maturação do início do experimento. É possível que,
em algumas cidades, os estudantes não encontrem morangos irradiados, nesse caso, pode-se
substituir por outra fruta que foi tratada com radiação, ou, na falta delas, pode-se fazer leitura
compartilhada do artigo “Alterações físico-químicas em morangos irradiados e armazenados”
para conduzir os estudos.
Professor, para avaliar você poderá fazer observações contínuas, analisar a participação, o inte-
resse pelo aprendizado, as dúvidas dos estudantes e as dificuldades apresentadas. Pode-se tam-
bém solicitar que os estudantes elaborem um relatório, solicitando que façam o resumo do que
observaram no experimento, e/ou que leram no artigo, relacionando com os conceitos estudados.
Sugestões
Com o experimento e a leitura do artigo, espera-se que os estudantes concluam que a ex-
posição de alimentos a baixas doses de radiação não altera as propriedades do alimento,
mas elimina os microrganismos, reduz a velocidade de amadurecimento e decomposição de
frutas e vegetais, aumentando, assim, o tempo de vida útil para consumo nas residências,
evitando desperdícios e ampliando as possibilidades de comercialização.
No entanto, toda eficiência do processo de irradiação depende da aplicação da dose apro-
priada e sua correta aferição, a fim de correlacionar-se com as análises laboratoriais autoriza-
das por lei e fiscalizadas pelo Ministério da Agricultura.
2.3 Organize-se em uma Equipe (1,2,3 ou 4), pesquise e elabore uma sistematização que responda
ao questionamento proposto. Na sequência, apresente seus registros aos seus colegas.
Equipe 1: O que são alimentos irradiados? Os alimentos irradiados se tornam radioativos? Como
são identificados comercialmente?
Sugestões
Espera-se que os estudantes comentem que os alimentos irradiados são denominados dessa
maneira porque passam por uma quantidade controlada de radiação ionizante (raios X, raios
gama). Esse método provoca alterações no processo fisiológico dos tecidos vegetais presen-
tes, que impede a multiplicação, ou elimina, microrganismos que causam a deterioração do
alimento, permitindo prolongar a validade de alguns produtos.
Os alimentos não se tornam radioativos, pois passam por uma quantidade de tempo e expo-
sição controlada, os resquícios da radiação não permanecem no alimento, e não há alteração
do núcleo dos elementos químicos dos alimentos irradiados.
Os alimentos irradiados são identificados comercialmente pelo selo:
Professor, é possível sugerir a investigação por meio de uma pesquisa no mercado, com vista
a localizar alimentos com esse selo e tirar fotos, enriquecendo as discussões.
Sugestões
Equipe 3: Quais os tipos de radiação utilizadas em alimentos? Mencione os isótopos mais utiliza-
dos e as possíveis desvantagens da radiação na indústria alimentícia.
Sugestões
• Alguns microrganismos poderão não ser suscetíveis à radiação, isso significa que não
serão degradados;
• Alguns materiais que fazem parte das embalagens submetidas à ação poderão sofrer degra-
dação e contaminar o alimento;
• Em larga escala, pode oferecer riscos de desequilíbrios, por reduzir ou eliminar insetos que
têm função importante;
• Alimentos com alto teor de gordura não podem ser irradiados, porque é capaz de passarem
pelo processo de rancificação, resultando em sabor e odor desagradável (sabor rançoso).
Equipe 4: O método de irradiação em alimentos é seguro para o consumo humano? Qualquer
alimento pode ser tratado por radiação? No Brasil, existe regulamento para irradiação de alimentos?
Sugestão:
Espera-se que os estudantes percebam que muitas pessoas relacionam a palavra radiação a
desastres com elementos radioativos. No entanto, sabemos que a radioatividade, se utilizada
com responsabilidade e por profissionais capacitados, pode salvar vidas e melhorar a quali-
dade de vida. Dessa maneira, poderão concluir que:
• O método de irradiação em alimentos é seguro para o consumo humano, pois os alimentos
são expostos a quantidades controladas de radiação;
• O procedimento é eficiente porque atua nos microrganismos e nas moléculas de DNA e RNA
destes, inibindo o desenvolvimento de insetos, bactérias patogênicas, fungos e leveduras,
podendo, ainda, retardar o processo germinativo em vegetais por anos;
• Não permanecem resquícios de radiação nos alimentos irradiados, a radiação não altera o núcleo
dos elementos químicos dos alimentos, ou seja, esse processo não torna os alimentos radioativos.
Assim sendo, de modo geral, os alimentos podem ser tratados com radiação, desde que
a dose máxima absorvida seja inferior àquela que comprometeria as propriedades funcionais
e/ou sensoriais do alimento. No Brasil, existem legislações que regulamentam e fiscalizam
a técnica de irradiação de alimentos, estabelecem normas (decretos e resoluções) que deter-
minam qual a quantidade de energia a ser utilizada, dentro de um parâmetro (limiar de reações
nucleares), para que o processo não prejudique as propriedades do alimento.
A Atividade 2.1 tem o objetivo de estudar sobre a radiação na indústria de alimentos, avaliar
as vantagens e as desvantagens desse processo na saúde, na indústria e no cotidiano.
Para tanto, recomenda-se que o professor organize os estudantes em grupos produtivos,
oriente a escolher uma equipe (1,2,3 ou 4), conduza a pesquisa, a responder às questões
propostas e a elaborar um material de sistematização para apresentar aos demais grupos.
Para os registros, sugere-se o aplicativo de lousa digital, pois as equipes poderão elaborar
“cartazes virtuais” e apresentá-lo às demais equipes. Na sequência, proporcione momentos de
apresentação e socialização de suas produções. Nessa ação, o Professor tem o papel de me-
diador e facilitador, caso necessário, fará intervenções para evitar concepções equivocadas.
Durante a pesquisa, se for identificado desconhecimento de palavras, recomenda-se cons-
truir Glossário Virtual, à medida que forem surgindo dúvidas com palavras desconhecidas,
para que ampliem o vocabulário estudando o significado das palavras.
Para encerrar a Atividade 3 do Momento 2, sugere-se orientar os estudantes a retomar a Atividade
1, dando a oportunidade de confirmar ou reelaborar as hipóteses iniciais. Na sequência, reúna
os dados das entrevistas, compare a hipótese inicial dos estudantes que não sabiam sobre a
a) Como é possível diminuir a quantidade de pragas em uma plantação sem usar agrotóxicos*?
Resposta pessoal
b) Para que servem os fertilizantes? De que forma é possível controlar a sua absorção pelas plantas?
Resposta pessoal
Professor, o Momento 3 tem como objetivo estudar a utilização dos radioisótopos na agricul-
tura, com enfoque no controle de pragas, por meio de duas técnicas: a primeira chamada de
inseto estéril e a segunda, traçadores radioativos.
Para isso, a atividade 3.1 propõe a utilização de imagens envolvendo o uso de agrotóxicos e
fertilizantes nas plantações e dos questionamentos anteriores.
Sugere-se utilizar um projetor para reproduzir as imagens, para que os estudantes realizem a
leitura e respondam aos questionamentos de forma oral, e registrarem suas hipóteses em um
mural virtual compartilhado. É importante que escrevam algumas hipóteses para cada ques-
tão e façam o registro, para que, ao final do Momento 3, os estudantes consigam retomar as
duas questões e verificar as suas hipóteses iniciais, a fim de confirmá-las ou reelaborá-las.
Dessa forma, pretende-se diagnosticar o que os estudantes sabem sobre o assunto, por-
tanto, não é o momento de aprofundamento, pois esse tema será ampliado nas próximas
atividades, com as técnicas de “inseto estéril” e traçadores radioativos.
Essa atividade pode ser utilizada na avaliação diagnóstica e processual, portanto é importan-
te o registro do acompanhamento do desenvolvimento dos estudantes.
3.2 Assista ao vídeo do quadro de sugestão. Reflita, responda às questões e compartilhe com seus colegas.
c) Conforme apresentado no vídeo, como é feito o monitoramento das frutas? Como a técnica
apresentada contribui com o meio ambiente e na qualidade dos alimentos?
De acordo com o vídeo, o monitoramento da população de moscas-das-frutas é feito com a
distribuição de armadilhas ‘McPhail e Jackson”, para contagem de insetos. Se a quantidade
de insetos registrar valor maior que o permitido, o pomar perde o registro para a exportação.
Com o uso da técnica de inseto estéril, há uma redução considerável no uso de inseticidas
(dependendo da área ocorre até a inibição), contribuindo com o meio ambiente, e no consu-
mo de alimentos com maior qualidade.
Sugestões de Vídeos:
Inseto estéril: novo método para controle da mosca-das-frutas - Dia de Campo na TV.
Disponível em: https://youtu.be/s2OpreH3nH8. Acesso em: 25 mai. 2021. O vídeo
mostra a técnica de inseto estéril utilizada na principal zona produtora de manga
para exportação do país, o Vale do São Francisco.
Professor, atividade 3.2, sugere a utilização da animação “Using Nuclear Science to Control Pests”,
com o intuito de contextualizar o tema envolvendo a técnica “inseto estéril”. Essa técnica será
apresentada nas próximas atividades com o devido aprofundamento. O professor poderá pro-
jetar na sala de aula, para que todos possam assistir. É importante fazer algumas intervenções
durante a animação, para tirar possíveis dúvidas e retomar alguns conceitos. Como o vídeo está
em inglês, será necessário ativar a legenda em português, clicando no símbolo “detalhes” ( ) ->
”legendas/CC” -> ”traduzir automaticamente” -> procurar e clicar na palavra ”Português”. Após,
os estudantes poderão responder às perguntas em duplas e apresentar para os colegas.
Essa atividade poderá ser utilizada no processo de avaliação e de recuperação, levando em conta
a participação dos estudantes durante a apresentação do vídeo, elaboração e socialização das
respostas com os colegas, bem como o desenvolvimento das competências socioemocionais
(empatia, responsabilidade, respeito etc.).
Faça o rodízio nas 3 estações, realizando a leitura do texto indicado e respondendo às questões
em cada uma das estações. Por fim, o redator de cada estação irá apresentar as respostas e conclu-
sões de sua estação.
Estação 1 - Como os traçadores radioativos (radioisótopos) podem ser utilizados na agricultura?
Espera-se que os estudantes respondam que os traçadores radioativos podem ser utilizados
na agricultura para acompanhar o metabolismo das plantas, verificando o que elas precisam
para crescer, o que é absorvido pelas raízes e pelas folhas e onde um determinado elemento
químico fica retido. Como exemplo, utilizam-se fertilizantes marcados com Fósforo-32 (P-32)
para medir a quantidade de fosfato existente no solo e o consumo de fósforo pelas plantas,
detectando quais partes da planta utilizou o nutriente.
Também, possibilita o estudo do comportamento de insetos, como abelhas e formigas, que,
ao ingerirem radioisótopos, ficam marcados, porque passam a “emitir radiação”, e seu “raio
de ação” pode ser acompanhado. No caso de formigas, descobre-se onde fica o formigueiro
e, no caso de abelhas, até as flores de sua preferência. A “marcação” de insetos com radioi-
sótopos também é muito útil para controle de pragas, identificando qual predador se alimenta
de determinado inseto indesejável. Nesse caso, o predador é usado em vez de inseticidas
nocivos à saúde.
Sugestão:
Vocês conhecem como ocorrem esses processos de datação? Explique com base em seus
conhecimentos prévios.
Professor, esse momento é excelente para ativação dos conhecimentos prévios dos estu-
dantes, com isso, oriente-os para registrar no caderno as informações solicitadas, organi-
zando os dados obtidos, de modo a permitir uma comparação entre as ideias apresentadas,
conforme demonstrado no quadro a seguir. Espera-se que os estudantes relembrem como
os arqueólogos realizavam o processo de datação de um fóssil, momento importante na ar-
queologia e na paleontologia e respondam ao questionamento: “Como é possível descobrir a
idade de um fóssil?”.
Espera-se, também, que no desenvolvimento da resposta, os estudantes relembrem que a quí-
mica está presente nesse processo, mais precisamente o elemento carbono, por meio do Carbo-
no-14, que é um isótopo radioativo natural do elemento carbono. A datação de um fóssil pode ser
feita com base no percentual já conhecido do Carbono-14 (14C) em relação ao Carbono-12 (12C)
da matéria viva.
4.3 Retome suas hipóteses iniciais e realize uma autoavaliação de sua aprendizagem até este mo-
mento, em seguida, assista ao vídeo indicado e explique o processo de datação a partir do car-
bono-14, sua funcionalidade e sua importância.
Sugestão de vídeo:
Professor, atividade 4.2 tem como objetivo revisitar as hipóteses elaboradas pelos estudantes
inicialmente, para que, com base nos estudos realizados por meio das atividades, eles possam
verificar, confirmar ou reelaborar os seus conceitos, caso seja necessário. Nessa atividade,
espera-se que o estudante compreenda o processo de datação por Carbono-14, principalmen-
te, que a química está presente nesse processo, e que a datação de um fóssil pode ser feita
com base no percentual já conhecido do Carbono-14 (14C) em relação ao Carbono-12 (12C) da
matéria viva (sem decomposição).
Espera-se que o estudante compreenda como é criado o 14C, como ele está presente nos
seres vivos, e como é feito, com base nesses conhecimentos, o processo de datação por
Carbono-14, relembrando o cálculo da meia-vida do 14C que é de 5730 anos, e que esse é o
tempo que o 14C leva para transmutar metade dos seus átomos em 12C, e que os cientistas
se baseiam no cálculo comparativo entre a quantidade habitual encontrada na matéria viva, e
aquela que foi descoberta no fóssil, determinando, assim, sua idade.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2
TRANSFORMAÇÕES, EQUILÍBRIO E ENERGIA
Competências gerais:
2. Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do Cosmos para elaborar
argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres vivos e do Univer-
so, e fundamentar decisões éticas e responsáveis.
Habilidades:
(EM13CNT202) Analisar as diversas formas de manifestação da vida em seus diferentes níveis de
organização, bem como as condições ambientais favoráveis e os fatores limitantes a elas, com ou sem o
uso de dispositivos e aplicativos digitais (como softwares de simulação e de realidade virtual, entre outros).
(EM13CNT301) Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e estimativas, empregar instrumentos de
medição e representar e interpretar modelos explicativos, dados e/ou resultados experimentais para construir,
avaliar e justificar conclusões no enfrentamento de situações-problema sob uma perspectiva científica.
(EM13CNT303) Interpretar textos de divulgação científica que tratem de temáticas das Ciências da
Natureza, disponíveis em diferentes mídias, considerando a apresentação dos dados, tanto na forma
de textos como em equações, gráficos e/ou tabelas, a consistência dos argumentos e a coerência das
conclusões, visando construir estratégias de seleção de fontes confiáveis de informações.
Por que o refrigerante gelado tem mais gás que o refrigerante em temperatura ambiente?
Resposta do estudante.
A atividade 1.1 prevê uma roda de conversa, com objetivo de valorizar o conhecimento prévio
dos estudantes e diagnosticar previamente os saberes e concepções dos estudantes sobre
equilíbrio químico, com questões sobre o refrigerante.
Durante a roda de conversa, sugere-se incentivar os estudantes a expor suas ideias sem
constrangimentos, recomenda-se não advertir o estudante com “certo” ou “errado”. Pois,
durante os estudos, o professor terá a oportunidade de fazer as intervenções necessárias. Ao
finalizar o Momento 1, pode-se retomar as questões, proporcionar oportunidades de reelabo-
ração de hipóteses iniciais e ressignificar conhecimentos.
1.2 Em grupos, realize pesquisas, responda as questões e compartilhe as aprendizagens com os colegas.
Sugestão:
b. Uma reação entre duas ou mais substâncias que originam produto(s) poderia também transformar
produtos em reagentes?
Espera-se que os estudantes respondam que, ao misturamos duas ou mais substâncias que
reagem, elas originam outras substâncias, que chamamos de produto(s). Que existe as transfor-
mações químicas irreversíveis, por exemplo a combustão, mas há, também, transformações em
que se pode recuperar as substâncias que reagiram. Dessa forma, poderão concluir que exis-
tem transformações químicas que ocorrem nos dois sentidos, reagentes formando produtos, e
produtos formando reagentes (reagentes ↔ produtos).
aA + bB ↔ cC + dD
No entanto, vale destacar que, para uma reação estar em equilíbrio químico, é necessário
que a temperatura seja constante, o sistema não tenha trocas com o ambiente, concentração
constante das substâncias presentes na reação e velocidade da reação direta e inversa iguais.
1.3 Em grupos, realize os experimentos sugeridos, observe o que ocorreu, anote sua observação em
seu caderno e socialize saberes com os colegas.
Refrigerante Observações
Roteiro
Professor, nesse experimento, busca-se discutir a alteração do sabor por presença do CO2,
e a influência da temperatura no equilíbrio.
O sabor do refrigerante é alterado dependendo da quantidade de gás dissolvido e presente
no refrigerante, e o aumento da temperatura influencia no equilíbrio químico, provocando
maior escape do gás, e alterando o sabor do refrigerante. Vale destacar que isso ocorre por-
que o aumento da temperatura provoca deslocamento do equilíbrio no sentido endotérmico,
de modo que a absorção de calor pela reação (2) venha a minimizar a elevação de temperatu-
ra. Espera-se que os estudantes percebam que com o aumento da temperatura, as moléculas
de CO2 se agitam, colidindo mais entre si, aumentando o volume, formando as bolhas de gás,
que poderá ser observada analisando uma garrafa de refrigerante em temperatura ambiente,
em que a efervescência do gás é maior.
Recomenda-se que o professor demonstre o que acontece, por meio de equação química,
conforme quadro abaixo. Destaque a evidência e o deslocamento da reação, para que os
estudantes compreendam quando ocorre maior ou menor desprendimento do gás carbônico.
H
Endotérmica (reação direta)
Amostras Observações
Amostra inicial - Analisar e comparar a quantidade de bolhinhas no copo, e compará-la com a amos-
comparativa tra em que foi adicionado ácido.
Refrigerante + vinagre Analisar que aumentou a quantidade de bolhas desprendidas. Maior desprendi-
(ácido acético) mento de CO2(g).
Sugestão:
1.4 Em grupos, realize pesquisas, responda as perguntas propostas, registre as principais ideias e
socialize com os colegas.
a) Como a molécula de água é formada? Essa molécula sofre dissociação iônica? Descreva e
represente a equação química.
Espera-se que os estudantes respondam que a molécula de água é formada pela ligação
entre dois átomos de hidrogênio e um átomo de oxigênio. Mas essa formação também sofre
dissociação iônica, a ligação é quebrada e dá origem a íons com cargas e sinais contrários.
Como pode ser representado pela equação:
H2O ↔ H+ + OH-
É possível observar que os íons H e OH- são provenientes da molécula de H2O. Esses íons
+
estão em equilíbrio, logo, a reação também está em equilíbrio, ou seja, é uma reação reversível.
b) Qual a concentração de íons no equilíbrio químico da água a 25º C? Como pode ser representada?
Sugestão:
Para avaliar, sugere-se observar os estudantes continuamente, analisar os avanços nas apren-
dizagens, as dúvidas e dificuldades apresentadas, o interesse pelo aprendizado, os avanços
tecnológicos, o engajamento com os colegas, a gestão de tempo, e outros aspectos que
julgar pertinente. Dessa maneira, poderá ter evidências do que os alunos já sabem, para dar
continuidade e oportunizar uma aprendizagem significativa.
Com essa atividade, o professor poderá diagnosticar os conhecimentos prévios dos estudan-
tes sobre o assunto que será aprofundado no decorrer do Momento 2. É importante registrar
a participação dos estudantes, as dúvidas apresentadas para que sejam sanadas com o de-
senvolvimento das próximas atividades.
2.2 Realize uma pesquisa sobre a “Importância de controlar o pH no aquário”, destaque as prin-
cipais ideias, responda as questões a seguir e socialize com seus colegas.
a) O que é o pH?
O pH (potencial Hidrogeniônico) é uma escala que mede o grau de acidez ou de basicidade
de uma solução, ou seja, a relação entre a quantidade de íons H+ (responsáveis pela acidez) e
OH- (responsável pela basicidade ou alcalinidade) contidos na água. Trata-se de uma escala
logarítmica que varia de 0 a 14. Onde abaixo de 7,0 significa que a água está ácida (concen-
tração de H+ maior do que a de OH-). Acima de 7,0, a água está básica ou alcalina (concentra-
ção de OH- maior do que a de H+). O valor 7 representa a neutralidade (iguais concentrações
de H+ e de OH-).
Sugestão:
CETESB- pH. Disponível em: https://cutt.ly/GWMzwn6. Acesso em: 09 jun. 2021.
2.3 Realize a leitura do texto proposto para o seu grupo no quadro a seguir, responda às questões,
registre e socialize com seus colegas.
a. Escreva sobre o processo de acidificação dos oceanos. Escreva as equações de equilíbrio
químico envolvidas.
No processo de acidificação ocorre a redução do pH dos oceanos por longos períodos de
tempo (décadas ou mais). Essa redução do pH é causada principalmente pela dissolução do
CO2 atmosférico nos oceanos, com alteração na acidez dos oceanos, com o aumento em 30%.
Esse processo torna a água do mar mais “corrosiva” para os organismos que produzem conchas
e outras estruturas calcárias, podendo afetar, também, a sua reprodução, fisiologia e distribuição
geográfica. Retome a contextualização sobre o aquário, avaliando os efeitos em seu meio.
A acidificação ocorre quando a água (H2O) e o gás carbônico (CO2) se encontram, formando o
ácido carbônico (H2CO3), que se dissocia no mar, liberando íons carbonato (CO32-) e hidrogênio
(H+), conforme representação do equilíbrio a seguir:
b. Escreva sobre os impactos negativos da acidificação nos oceanos e sua influência no equilíbrio
químico para a vida marinha.
Espera-se que os estudantes escrevam que, caso o ritmo atual de emissões antropogênicas
de CO2 e consequente diminuição do pH das águas superficiais seja mantido, dentro de
poucas décadas, a água do mar não sustentará mais o desenvolvimento de ecossistemas
coralinos (tanto as espécies tropicais, quanto as espécies de águas profundas e frias –
presentes na costa e na margem continental brasileira, e de outros organismos que produzam
estruturas calcárias (conchas e exoesqueletos), como os mexilhões e algas calcárias,
desestabilizando o equilíbrio ecológico das algas e prejudicando os recifes de corais, gerando
consequências irreversíveis.
Em quantidades normais de absorção de CO2 pelo oceano, as transformações químicas
favorecem a utilização do carbono na formação de carbonato de cálcio (CaCO3), utilizado por
diversos organismos marinhos na calcificação, estabelecendo o seguinte equilíbrio químico:
CaCO3 (s) + CO2 (g) + H2O (l) ↔ Ca2+ (aq) + 2 HCO3- (aq)
A diminuição das taxas de calcificação afeta, por exemplo, o estágio de vida inicial desses
organismos, bem como sua fisiologia, reprodução, distribuição geográfica, morfologia,
crescimento, desenvolvimento e tempo de vida. Além disso, afeta a tolerância a mudanças
na temperatura das águas oceânicas, tornando os organismos marinhos mais sensíveis,
interferindo na distribuição de espécies que já são mais vulneráveis. Ambientes que
naturalmente apresentam altas concentrações de CO2, como regiões vulcânicas hidrotermais,
são demonstrações dos ecossistemas marinhos futuros: eles apresentam baixa biodiversidade
e elevado número de espécies invasoras.
Sugestão:
Sugestão:
Sugestão:
Professor, além da internet, os estudantes podem pesquisar sobre o galinho com seus familia-
res e amigos, investigando se já observaram e compreendem seu funcionamento. Espera-se
que o estudante, durante a sua pesquisa, compreenda que esses objetos de enfeite, na forma
de um pequeno galo, possuem, em sua composição, uma solução aquosa de cloreto de co-
balto II em sua superfície, que estabelece o equilíbrio químico, conforme reação 1, e que o íon
[CoCl4]2-(aq) apresenta cor azul. Já o íon [Co(H2O)6]2+ apresenta cor rosa.
Reação 1:
[CoCℓ4]2-(aq) + 6 H2O(ℓ) ↔ [Co(H2O)6]2+(aq) + 4 Cℓ1-(aq)
Nesse momento, espera-se que o estudante consiga responder quais os fatores que influenciam
no deslocamento do equilíbrio químico, e sugere-se reforçar que existem três fatores que podem
gerar essa espécie de “perturbação” numa reação em equilíbrio químico, e assim provocar o seu
deslocamento, que são: concentração das substâncias participantes na reação, temperatura e
pressão. Sugere-se realizar a contextualização de que é possível visualizar isso com o sal cloreto
de cobalto; pois ele muda de cor de acordo com a umidade do ar, e que esse equilíbrio pode ser
deslocado para a direita, deixando o sal rosa, ou para a esquerda, ficando com a cor azul.
Sugere-se destacar aos estudantes que existem dois fatores no caso dos “galinhos do tem-
po” que podem deslocar o equilíbrio iônico dessa reação, que são:
a) concentração (grau de hidratação), quando o tempo está seco o sal fica anidro, visto que
a quantidade de água na atmosfera é baixa, o equilíbrio se desloca no sentido da reação in-
versa, de formação da água e do íon [CoCl4]2-. Assim, o sal fica azul, indicando que o tempo
está seco, sem previsão de chuva, porém, quando o ar está úmido a reação é deslocada no
sentido da reação direta de formação do sal hidratado ([Co(H2O)6]2+), que é rosa. Portanto,
quando o galo fica rosa, indica tempo úmido, com possibilidade de chuva.
Espera-se que o estudante compreenda que, quando aumentamos a concentração de um ou
mais reagentes, o equilíbrio se desloca no sentido da reação direta, isto é, de formação dos
produtos e consumo dos reagentes. Porém, se aumentarmos a concentração de um ou mais
produtos, ocorrerá o contrário, a reação se deslocará no sentido inverso, para a esquerda, ou
seja, no sentido de formação dos reagentes.
b) temperatura (variação de temperatura), em dias quentes (temperatura alta) o equilíbrio da
reação se desloca no sentido da reação que absorve calor (endotérmica), que, nesse caso, é
a inversa. O galo fica, então, azul, confirmando que o tempo será de calor.
Já em dias frios, a temperatura baixa faz com que o equilíbrio seja deslocado no sentido da
reação que libera calor (exotérmica), que, no exemplo considerado aqui, é a direta. Nesse
caso, o galinho do tempo fica rosa, confirmando que será um dia frio, como disposto na figura
1. Espera-se que o estudante compreenda que o aumento de temperatura favorece reações
endotérmicas, e a diminuição de temperatura favorece reações exotérmicas.
Professor, como sugestão, crie um jogo de cartas para explicar a reação química envolvida no
processo, recomenda-se que, para o desenvolvimento do jogo de cartas, os estudantes pos-
sam utilizar papel sulfite, cartolina, papel cartão, entre outros, ou desenvolver um modelo digital.
Deve-se orientar os estudantes a construírem, em grupo, um painel com a indicação na parte
superior do título do jogo, ou seja, “Galinho do tempo”, abaixo do título, os estudantes devem
demonstrar a reação reversível que ocorre entre os íons cobalto (composto presente no galinho
do tempo) e a diferença de cor que ocorre nesse processo, como mostra a Figura 2.
Sugestão:
Em grupos, assista ao vídeo “Tudo se transforma, Reações Químicas, Fritz Haber e a síntese da
amônia”, elabore um painel (físico ou virtual) com as principais ideias apresentadas no decorrer da Si-
tuação de Aprendizagem 2, apresente sua produção e socialize saberes com os colegas. Para organi-
zar o painel, atenda aos itens:
• Equilíbrio químico.
• Fatores que alteram o equilíbrio químico.
• Influências na produção da amônia pelo processo de Haber-Bosch. Represente a reação e
utilize gráfico.
Sugestão:
Sugestão:
Em relação ao fator concentração, espera-se que o estudante compreenda que, após a adição
de uma substância a uma reação, o seu equilíbrio será deslocado no sentido do consumo dessa
substância. Porém, se aumentarmos a concentração de um ou mais produtos, ocorrerá o contrá-
rio, a reação se deslocará no sentido inverso, para a esquerda, ou seja, no sentido de formação
dos reagentes.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
EFEITOS DA INTERVENÇÃO HUMANA NO AMBIENTE -
PARTE 1
Competências gerais:
2. Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do Cosmos para elaborar
argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres vivos e do Univer-
so, e fundamentar decisões éticas e responsáveis.
3. Investigar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e tecnológico e
suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das Ciências da
Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou globais, e co-
municar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por meio
de diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).
Habilidades:
(EM13CNT203) Avaliar e prever efeitos de intervenções nos ecossistemas, e seus impactos nos seres
vivos e no corpo humano, com base nos mecanismos de manutenção da vida, nos ciclos da matéria
e nas transformações e transferências de energia, utilizando representações e simulações sobre tais
fatores, com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais (como softwares de simulação e de
realidade virtual, entre outros).
(EM13CNT301) Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e estimativas, empregar instrumentos de
medição e representar e interpretar modelos explicativos, dados e/ou resultados experimentais para construir,
avaliar e justificar conclusões no enfrentamento de situações-problema sob uma perspectiva científica.
(EM13CNT303) Interpretar textos de divulgação científica que tratem de temáticas das Ciências da
Natureza, disponíveis em diferentes mídias, considerando a apresentação dos dados, tanto na forma
de textos como em equações, gráficos e/ou tabelas, a consistência dos argumentos e a coerência das
conclusões, visando construir estratégias de seleção de fontes confiáveis de informações.
A Atividade 1.1 prevê uma roda de conversa, com objetivo de valorizar o conhecimento prévio
dos estudantes e diagnosticar previamente os saberes e concepções dos estudantes sobre
as queimadas. É possível discutir sobre os impactos de curto e longo prazo.
Durante a roda de conversa, sugere-se incentivar os estudantes a expor suas ideias sem
constrangimentos, recomenda-se não advertir o estudante com “certo” ou “errado”, pois,
durante os estudos, o professor terá a oportunidade de fazer as intervenções necessárias,
assim como, ao finalizar o Momento 1, pode-se retomar as questões, proporcionar oportuni-
dades de reelaboração de hipóteses iniciais e ressignificar conhecimentos.
1.2 Em grupos, realize uma pesquisa, responda às questões, crie um episódio no podcast e socialize
com seus colegas.
Sugestões:
Chuva preta e dias escuros: como queimadas no Pantanal e Amazônia podem afetar
outras regiões. Disponível em: https://cutt.ly/pTNx9KK. Acesso em: 07 jul. 2021.
b. Quais são as implicações das queimadas, considerando a maior parte dos casos?
Espera-se que os estudantes comentem que as implicações das queimadas, de modo ge-
ral, são prejudiciais. Pois geram destruição do meio ambiente, desmatamentos, perda da
biodiversidade, destruição da flora e da fauna, aumento das erosões de solo, emissão de
gases poluentes na atmosfera e materiais particulados, que causam queda da qualidade do
ar, fazem mal à saúde dos seres vivos, quando inalados podem causar bronquite, sinusite e
rinite. Porém, além dos impactos a curto prazo, ainda acarreta desequilíbrio ecossistêmico,
ocasionando transformações de ciclos naturais, perda de habitat e aumento do efeito estufa.
d. Quais tipos de poluentes poderiam ter sido liberados na atmosfera pela fumaça das queima-
das do Pantanal?
Espera-se que os estudantes comentem que as queimadas liberam fuligem, monóxido de
carbono (CO), dióxido de carbono (CO2), óxido nitroso (N2O), metano (CH4), sulfetos, partícu-
las aerossóis e outros componentes em pequena quantidade.
e. As queimadas alteram os ciclos naturais? Quais ciclos biogeoquímicos sofreriam maior influência?
Espera-se que os estudantes comentem que as queimadas, de forma geral, alteram os com-
ponentes químicos da atmosfera. Grande parte dos ciclos biogeoquímicos são alterados,
pois há partículas tóxicas que são liberadas na fumaça, contaminando o ar. Algumas partícu-
las solubilizam-se nas moléculas de água e provocam uma chuva amarelada, ou até mesmo
escura, chamada chuva negra, e a chuva ácida, que poderá alterar o pH de solos e águas.
Elas alteram os componentes da atmosfera, provocam contaminação do solo, rios, e mares,
e, por consequência, afetam os principais ecossistemas. De acordo com alguns pesquisado-
res, um dos ciclos mais evidentes de alteração na Amazônia, provocado pelas queimadas, é
o ciclo do carbono, do nitrogênio e da água. O ciclo do nitrogênio é essencial para nutrir as
plantas. Os desequilíbrios causados pelas queimadas alteram o solo, podendo causar gran-
des impactos na flora e na fauna. As alterações no ciclo do carbono e no ciclo da água, pode
resultar em impactos globais, como efeito estufa e aquecimento global, alterações climáticas
como: chuvas em excesso, calor intenso, geadas, secas e outros fatores que poderão favo-
recer mais queimadas.
Vale destacar a importância de recordar estudos do EF Anos Finais e da 1ª série do EM, em
que os estudantes estudaram os ciclos biogeoquímicos, o efeito estufa, aquecimento glo-
bal e as mudanças climáticas no planeta. Na retomada de aprendizagens, pode-se utilizar o
fluxograma que eles produziram no 1º EM, ou utilizar imagens que demonstrem os ciclos do
nitrogênio, do carbono e da água.
Sugestão:
Sugestão:
Pantanal, tudo fica bem quando o fogo se apaga? Disponível em: https://cutt.ly/QTLkx6J.
Acesso em 02 jul. 2021.
Podcast. O Pantanal e o fogo Ep. 37, 11ª Temporada (16 nov. 2020). Disponível em:
https://cutt.ly/iTLkMUi. Acesso em: 02 jul. 2021.
Professor, esta atividade prevê estudos sobre as queimadas no pantanal e as influências nos
ciclos da matéria, fazendo retomada dos ciclos biogeoquímicos. Com os estudos, pretende-
-se ampliar conhecimentos sobre os principais tipos de queimadas, refletir sobre as causas
e consequências, bem como fazer considerações sobre os efeitos das queimadas no meio
ambiente, e seus impactos nos ecossistemas.
Como metodologia, sugere-se a sala de aula invertida, em que o professor dividirá os es-
tudantes em grupos produtivos e solicitará a leitura, orientando para que os estudantes res-
pondam às questões previamente, e elaborem um podcast sobre o tema, para apresentar na
próxima aula. O episódio em podcast pode ser criado de diversas formas, contando com a
criatividade dos estudantes. Pode-se ter a participação de convidados (biólogos, ambientalis-
tas, criadores de gados, representantes da sociedade e outros) para debater o assunto.
Todos os integrantes dos grupos devem estar envolvidos na elaboração e produção do pod-
cast, a apresentação pode ser feita por um representante de cada grupo. Recomenda-se que
o professor esteja atento aos principais conceitos abordados e instigue os estudantes a com-
partilhar suas produções. Na apresentação, os demais grupos poderão fazer apreciações ou
considerações que ampliem saberes, com apoio e mediação do professor.
Após a socialização dos episódios de podcast, sugere-se fazer uma votação, para escolha do
podcast que mais se destacou, e, posteriormente, agendar socialização do podcast vencedor
aos estudantes e comunidade escolar.
A avaliação poderá ser feita por meio das observações e registros do professor quanto às res-
postas das questões, a participação dos estudantes na realização da pesquisa, no trabalho
colaborativo, assim como considerar a coerência conceitual, a criatividade e a oralidade na
produção dos podcasts. Vale destacar que este é um momento muito importante, pois os es-
tudantes estão passando da condição de consumidores para produtores de conhecimentos.
1.3 Analise a situação atual das queimadas por meio de aplicativo digital. Faça um estudo das infor-
mações reais via satélite, explore os recursos do aplicativo, preencha a tabela abaixo e debata
com os colegas sobre as interferências humanas no planeta.
Sugestão:
Professor, esta atividade prevê pesquisa e constatação de informações reais via satélite quan-
to aos registros de queimadas, por meio do aplicativo digital, pode-se analisar informações
verídicas, obtidas por satélite. Pode-se identificar foco de queimadas por país, por estado, por
município, por bioma, explorar características específicas de cada região, fazer comparações
entre os dados nos últimos anos e observar outros aspectos (nuvens, risco de fogo e fumaça).
Para explorar integralmente os diversos aspectos, sugere-se convidar o professor de Biologia
e de Geografia para alinhamento da proposta de ensino interdisciplinar.
Para concluir o Momento 1, sugere-se retomar o debate da Atividade 1.1, com as questões
da roda de conversa:
A combustão de florestas é um problema natural, ou é causado por interferência humana?
Justifique sua resposta.
Quais tipos de ecossistemas e ambientes poderiam ser impactados com as queimadas?
O que você sabe sobre os incêndios florestais no mundo?
Neste momento, espera-se que os estudantes demonstrem ampliação de conhecimentos so-
bre os principais tipos de queimadas no Brasil e no mundo, podendo validar suas hipóteses
iniciais e/ou proporcionar oportunidades para reelaborar suas concepções iniciais.
A análise de dados para constatação de informações pode ampliar conhecimentos sobre a
ocorrência de queimadas, e provocar reflexão sobre as interferências humanas no planeta.
c) Quais riscos a “queima” pode oferecer para a saúde do ser humano e para o meio ambiente?
Resposta pessoal
2.2 Leia a reportagem “ONU alerta para poluição causada pela queima do lixo plástico” e as-
sista ao vídeo “Queima de resíduos plásticos é uma das principais fontes de poluição do
ar”. Responda às questões e socialize com os colegas.
a) Segundo o Programa da ONU para o Meio Ambiente, qual é a principal fonte de poluição do ar?
De acordo com o Programa da ONU para o Meio Ambiente, 40% de todo o lixo do mundo é
queimado. A incineração de resíduos plásticos a céu aberto é uma das principais fontes de
poluição do ar, visto que o plástico representa cerca de 12% da maior parte dos resíduos só-
lidos municipais.
b) Quais são as principais substâncias tóxicas liberadas na queima dos plásticos? Quais os prin-
cipais riscos para o meio ambiente?
A queima de plásticos libera gases tóxicos na atmosfera, como dioxinas, furanos, mercúrio e
bifenilos policlorados, mais conhecidos pela sigla PCB. A prática representa uma ameaça à
vegetação e à saúde humana e animal.
As dioxinas se depositam em plantações e nos cursos de água, onde acabam entrando nos
alimentos e, consequentemente, nos corpos dos seres humanos. Essas dioxinas são poluen-
tes orgânicos persistentes e potencialmente letais.
A queima de plástico também libera o carbono negro, sob a forma de fuligem, que contribui
com as mudanças climáticas e a poluição do ar, e ftalatos, substâncias químicas que dão ao
plástico algumas de suas características mais apreciadas, como flexibilidade e suavidade.
c) Realize uma pesquisa sobre as substâncias apresentadas no item anterior, contemplando sua
composição química, exemplos de itens que podem liberar tais substâncias e riscos para a saú-
de humana quanto à exposição. Complete o quadro a seguir e compartilhe com os colegas.
Queima de plástico, de
C12H8-xClxO2 (2,3,7,8- Podem causar câncer e
papel, de pneus e de
Dioxinas tetraclorodibenzo-p-dioxi- prejudicar a tireoide e o
madeira tratada com
na (TCDD)) sistema respiratório.
pentaclorofenol.
Incêndios florestais, pro- Lesões na pele, altera-
cessos industriais (in- ções no fígado, danos
Furanos C12H8-xClxO cineração de resíduos, aos sistemas imunológi-
produção de materiais, co, nervoso, endócrino e
branqueamento de papel). às funções reprodutivas.
Quando inalado na for-
Queima de carvão, pe-
ma de vapor, danifica
tróleo e madeira, fabri-
os sistemas imunoló-
cação de termômetros e
gico e nervoso central,
Pode ser encontrado na lâmpadas fluorescentes
tireoide, rins, pulmões
forma elementar ou me- que utilizam o mercú-
e olhos. Os sintomas
tálica (Hgº), rio como matéria-prima,
Mercúrio incluem febre, tremo-
Metilmercúrio [CH3Hg]+ descarte inadequado do
res, reações alérgicas,
(composto orgânico) ou mercúrio após sua utili-
insônia, perda de me-
mercúrio inorgânico. zação em processos in-
mória, dores de cabeça,
dustriais, e de produtos
disfunção motora, dis-
eletroeletrônicos, mine-
túrbios neurológicos e
ração do ouro.
comportamentais.
Sugestões
ONU alerta para poluição causada pela queima de lixo plástico. Disponível em:
https://cutt.ly/NTLlYA6. Acesso em: 07 jul. 2021.
Queima de resíduos plásticos é uma das principais fontes de poluição do ar. Disponível
em: https://youtu.be/yMosAVZtMao. Acesso em: 07 jul.2021.
Professor, a Atividade 2.2 propõe o aprofundamento dos estudos envolvendo a prática “co-
mum” de queimar lixo, levando o estudante a refletir e escrever sobre as principais substân-
cias tóxicas liberadas e os riscos envolvidos na saúde e meio ambiente.
Para isso, sugere o uso da reportagem “ONU alerta para poluição causada pela queima
do lixo plástico” e do vídeo “Queima de resíduos plásticos é uma das principais fontes
de poluição do ar”. O professor poderá realizar a leitura compartilhada de forma a facilitar
a compreensão do texto, permitindo a retomada de conceitos anteriores, busca de significa-
dos de palavras desconhecidas pelos estudantes, evidência de palavras-chave fundamentais
para o seu entendimento. Após a leitura, os estudantes poderão responder aos questiona-
mentos dos itens a) e b) e realizar uma pesquisa no item c), com o intuito de completar o
quadro com as substâncias envolvidas na queima do lixo plástico, destacando a composição
química, exemplos de situações/materiais que podem liberar essas substâncias e principais
riscos à saúde humana com a sua exposição. Para a realização do item c), é importante que
o professor oriente em relação à busca, interpretação e seleção de fontes confiáveis de infor-
mações. Finalizando a atividade, os estudantes poderão socializar as respostas oralmente,
podendo-se utilizar um recurso digital.
A avaliação poderá ser feita pelo professor quanto à participação dos estudantes durante a
realização da leitura compartilhada, pesquisa, resolução e socialização das questões, obser-
vando o desenvolvimento cognitivo, envolvimento, empatia e respeito com os outros.
2.3 Em grupo, realize uma pesquisa sobre o “Uso das queimadas na agricultura e suas conse-
quências no ecossistema aquático e terrestre e na saúde humana”, responda às questões
encontradas em cada estação e socialize com seus colegas.
Estação 1: Escreva sobre as motivações que levam o agricultor a usar fogo como ferramenta
na agricultura.
Na Estação 1, espera-se que os estudantes escrevam que os agricultores fazem uso do fogo
por diversos motivos, tais como: limpeza e preparo do solo antes do plantio; construção de
aceiros nas áreas de produção, que são faixas livres de vegetação (o solo fica descoberto),
que atua como barreira para retardar ou impedir o progresso de incêndio florestal; queima do
lixo doméstico e dos resíduos oriundos da agricultura (técnica da coivara); facilidade de exe-
cução e pelo “sentimento de controle”, isto é, excesso de confiança de que se pode controlar
a situação e que não existe fator de perigo; dificuldade de utilizar a máquina para o preparo do
solo quando o capim está muito alto; recuperação florestal, para aumentar as qualidades nu-
tricionais do solo e preparar a área para o cultivo por meio da cinza, que pode, por exemplo,
aumentar enormemente a quantidade de potássio, cálcio e magnésio disponíveis nos solos.
Estação 3: Escreva sobre os efeitos dos resíduos das queimadas para a saúde humana.
Na Estação 3, espera-se que os estudantes escrevam sobre o perigo de inalar os resíduos das
queimadas (formados por uma mistura de compostos químicos). Possuem partículas de vários
tamanhos, e as menores (finas ou ultrafinas), ao serem inaladas, percorrem todo o sistema res-
piratório, chegando até a corrente sanguínea. Estes (e em especial o material particulado em
suspensão) provocam aumento de doenças respiratórias e diminuição da função pulmonar em
crianças, aumento da mortalidade em pacientes com doenças cardiovasculares e/ou pulmona-
res, aumento e piora dos ataques de asma em asmáticos, aumento de casos de câncer devido
a efeitos de partículas cuja composição química contém componentes carcinogênicos.
Os estudantes também poderão escrever especificamente sobre o efeito do monóxido de
carbono para a saúde humana. Os sintomas dependem da concentração de CO no ar atmos-
férico, e do tempo de exposição ao gás. Uma exposição rápida ao gás pode levar a desmaios,
sensação de confusão, náusea e dores de cabeça. Quando o tempo de inalação aumenta, os
sintomas agravam-se e podem causar intoxicação do sistema nervoso central, convulsões,
diminuição na frequência cardíaca e na respiração, provocando a morte do organismo.
O monóxido de carbono é difundido pelos vasos sanguíneos, combinando-se com a hemo-
globina, responsável pelo transporte do O2 pelo corpo humano, ocorrendo a formação da
carboxi-hemoglobina. O CO possui cerca de 200 vezes mais afinidade com a hemoglobina
que o gás oxigênio e, ao ligar-se a ela, diminui a quantidade de hemoglobina disponível para
o transporte de O2 pelo corpo humano.
Sugestões:
Professor, a atividade 2.3 tem objetivo de aprofundar os estudos sobre o uso do fogo como fer-
ramenta na agricultura, também, o estudante terá oportunidade de conhecer um pouco sobre a
queima controlada, os efeitos dos resíduos das queimadas no ecossistema aquático e terrestre e
na saúde humana.
Para isso, sugere-se a metodologia “Rotação por Estação”, com a divisão dos estudantes e
do material de apoio em 4 grupos.
Na primeira etapa, cada grupo poderá realizar o estudo do material e elaborar uma síntese
com as principais informações encontradas.
Numa segunda etapa, o professor poderá preparar quatro (ou mais) estações, contendo uma
pergunta disparadora sobre o tema em estudo. Algumas questões foram sugeridas na atividade:
Estação 1: Escreva sobre as motivações que levam o agricultor a usar fogo como ferra-
menta na agricultura.
Estação 2: Escreva sobre o incêndio florestal e a queima controlada.
Estação 3: Escreva sobre os efeitos dos resíduos das queimadas para a saúde humana.
Estação 4: Escreva sobre os efeitos das cinzas de queimadas no ecossistema aquático
e no terrestre.
Em cada estação, pode-se nomear um estudante redator, que fará os registros das contribui-
ções apresentadas pelos grupos. Cada grupo passará pelas quatro estações.
No final, os redatores farão uma síntese das respostas num cartaz ou mural virtual comparti-
lhado, e apresentarão para a sala.
Durante a realização da atividade, é importante que o professor acompanhe e faça interven-
ções sobre possíveis dúvidas que surgirem, desde a leitura e interpretação dos textos, ela-
boração das sínteses, participação dos estudantes nos grupos nas estações, consolidação
e apresentação dos resultados. O desempenho dos grupos durante a realização da atividade
poderão ser considerados para a avaliação e a recuperação da aprendizagem.
Vale ressaltar a importância do trabalho interdisciplinar com o componente de Biologia que
também abordou sobre os efeitos das queimadas para a saúde humana no Momento 1 da
Situação de Aprendizagem 3.
Sugestões:
3.1 Em grupos, realize pesquisas, responda às questões e compartilhe aprendizagens com os colegas.
a) Você conhece situações de combustão com a liberação de gases tóxicos? Como os riscos
poderiam ser reduzidos?
Resposta pessoal.
Sugestão:
Professor, as atividades têm o objetivo de continuar explorando a relação dos diferentes tipos de
queimadas e a emissão de seus respectivos poluentes, para isso, é sugerido, inicialmente, o le-
vantamento de conhecimentos prévios a partir das combustões comuns e as já vivenciadas pelo
estudante. Em seguida, é possível propor a investigação dos tipos de combustão e seus principais
poluentes, além disso, é importante que compreendam sobre os produtos de uma reação de com-
bustão completa e incompleta, bem como as consequências da reação completa. Dessa forma,
é esperado que conclua que determinadas combustões comuns, e as já vivenciadas, podem
apresentar riscos à saúde e ao meio ambiente. Aproveite os momentos de discussão e socia-
lização das respostas das questões para avaliar progressão de aprendizagem dos estudantes.
Formar grupos, escolher um dos temas a seguir e preparar um seminário com os seguintes objeti-
vos: identificar e/ou investigar problemas, examinando-os sob diferentes aspectos; analisar criticamente
fenômenos observados, ou as ideias do(s) autor(es) estudado(s); propor alternativas para resolver ques-
tões ou problemas; apresentar resultados aos demais membros da classe e/ou escola; debater comen-
tários, críticas e sugestões dos colegas de classe e do professor. Os temas propostos são:
são persistentes e permanecem no ambiente por longos períodos. São, ainda, bioacumulativos, pois
entram nas cadeias alimentares e se acumulam no tecido adiposo de peixes, aves, animais marinhos
e do homem. Ao se fixarem no organismo dos seres humanos e animais, e por terem propriedades
tóxicas, os POPs podem causar sérios problemas de saúde, entre eles, diversos tipos de cânceres,
má-formação de nascença, disfunções nos sistemas imunológico e reprodutivo e maior sensibilidade
a doenças, além da diminuição da capacidade mental. Espera-se, ainda, que os estudantes reconhe-
çam substâncias químicas ou grupos de substâncias químicas que são considerados POPs. Em rela-
ção ao tempo de permanência, espera-se que o estudante compreenda sobre a resistência à degra-
dação desses produtos e tempo médio de permanência do composto na atmosfera. Em relação aos
Bifenilos policlorados, conhecidos por PCBs ou por ascarel, espera-se que os estudantes consigam
reconhecer que são misturas de até 209 compostos clorados, que variam de nome de acordo com a
posição relativa dos átomos de cloro na estrutura, e que essas substâncias integram o grupo generi-
camente denominado de dioxina. Espera-se, também, que os estudantes compreendam que essas
substâncias foram sintetizadas inicialmente por volta de 1800, na Alemanha, porém sua produção
industrial teve início a partir de 1922, e que não existem fontes naturais dos PCBs.
Como estratégia, sugere-se a realização de um seminário, com os estudantes divididos em gru-
pos. É importante que o professor oriente os estudantes quanto às estratégias de seleção em
fontes confiáveis e na interpretação de textos científicos. Alguns questionamentos sobre o tema
poderão ser utilizados a fim de direcionar os estudos. Os grupos poderão consolidar a sua pes-
quisa por meio de uma apresentação, que pode utilizar recurso digital. É fundamental motivá-los
para que todos participem, discutam e apresentem as suas ideias. Durante todo o processo da
realização da pesquisa, o professor poderá ficar atento quanto às dificuldades apresentadas, e
tirar possíveis dúvidas que surgirem. O registro também é fundamental, e poderá ser utilizado no
processo de avaliação e de recuperação.
Sugestões
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4
EFEITOS DA INTERVENÇÃO HUMANA NO AMBIENTE -
PARTE 2
Competências gerais:
2. Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do Cosmos para elaborar
argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres vivos e do Univer-
so, e fundamentar decisões éticas e responsáveis.
3. Investigar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e tecnológico e
suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das Ciências da
Natureza para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou globais, e co-
municar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por meio
de diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).
Habilidades:
(EM13CNT203) Avaliar e prever efeitos de intervenções nos ecossistemas, e seus impactos nos seres
vivos e no corpo humano, com base nos mecanismos de manutenção da vida, nos ciclos da matéria
e nas transformações e transferências de energia, utilizando representações e simulações sobre tais
fatores, com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais (como softwares de simulação e de
realidade virtual, entre outros).
(EM13CNT301) Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e estimativas, empregar instrumentos de
medição e representar e interpretar modelos explicativos, dados e/ou resultados experimentais para construir,
avaliar e justificar conclusões no enfrentamento de situações-problema sob uma perspectiva científica.
(EM13CNT303) Interpretar textos de divulgação científica que tratem de temáticas das Ciências da
Natureza, disponíveis em diferentes mídias, considerando a apresentação dos dados, tanto na forma
de textos como em equações, gráficos e/ou tabelas, a consistência dos argumentos e a coerência das
conclusões, visando a construir estratégias de seleção de fontes confiáveis de informações.
1.2. Em grupos, realize uma pesquisa e responda aos questionamentos propostos. Apresente sua
produção e socialize saberes com os colegas.
Sugestão:
Com essa ação interdisciplinar, espera-se que os estudantes ampliem seus saberes e co-
mentem que a mineração extrai, explora e beneficia minérios, dispõe matéria-prima para fa-
bricação de diferentes tipos de materiais. O Brasil possui as maiores reservas de minerais
do mundo, a mineração é, portanto, considerada a base da economia nacional. No entanto,
deve-se avaliar e prever os efeitos da mineração, considerar os aspectos positivos e negati-
vos envolvidos na extração e beneficiamento de minérios.
• Aspectos positivos: amplia a oferta de emprego, atende a demanda de matéria-prima para as prin-
cipais indústrias, favorece avanços tecnológicos e representa o desenvolvimento socioeconômico.
• Aspectos negativos: gera grandes impactos ambientais negativos, modifica a paisagem natural,
provoca alterações ecológicas e geológicas, produz restos de materiais, lama, areia e minerais de
menor valor.
Na mediação da equipe, recomenda-se destacar que o minério é extraído com auxílio de ex-
plosivos, máquinas escavadoras e veículos de grande porte que retiram grandes quantidades
de materiais, provocando desprendimento de poeiras e gases tóxicos, que podem causar do-
enças respiratórias. Além disso, os materiais que restam da extração provocam lixiviação do
solo, e podem provocar assoreamento dos rios, alterando as características físicas e químicas
dos cursos de água.
Professor, no volume 1 do componente de Biologia, foi proposta na SA3, momento 2, a pes-
quisa dos principais minérios extraídos no Brasil, dessa forma, é sugerida a retomada dessa
aprendizagem, para enriquecer e embasar a aprendizagem nesse momento.
c) O que é uma barragem de rejeito? Defina e compare as vantagens e desvantagens das estru-
turas de contenção de rejeitos mais utilizadas.
Barragens de rejeito são estruturas que servem para contenção de resíduos industriais ou re-
jeitos de mineração. As barragens poderão ser de vários tipos e tamanhos, construídas com
materiais e técnicas diferentes, com desempenho adequado às necessidades de armazena-
mento dos resíduos gerados. As barragens convencionais, normalmente, são construídas
com materiais do próprio rejeito.
No Brasil, existem, majoritariamente, três tipos de barragens de rejeito:
1. Barragem a montante: é a forma mais antiga de conter rejeitos, é um dos métodos mais
comuns. É feita com um aterro compactado, quando a barragem demanda maior capaci-
dade, é feito um alteamento ao montante da estrutura inicial. Esse processo pode ser repe-
tido várias vezes, sempre que necessário, envolve um baixo custo, e pode ser construído
em pouco tempo. Vale destacar que esse foi o tipo de barragem utilizado na mineradora
que causou desastre em Mariana – MG.
2. Barragem a jusante: no método a jusante, os rejeitos são lançados e depositados a ju-
sante do dique inicial, em etapas sucessivas de alteamento, sempre para o lado externo da
barragem. Que faz com que a estrutura cresça proporcionalmente, tanto na largura, quanto
na altura, ou seja, a cada alteamento, a estrutura aumenta sua base, ampliando cada vez
mais sua estabilidade. Esse método é reconhecido como o mais seguro entre as barragens.
No entanto, requer mais espaço, alto custo, e demanda maior tempo para construção.
3. Barragem em linha central: O método em linha central mantém basicamente o alteamento,
seguindo o mesmo eixo, todas as camadas do alteamento são ligadas entre si, da mesma forma
do método de alteamento a jusante, com crescimento da base, que amplia sua estabilidade.
Não é tão segura quanto o método a jusante, no entanto, chega bem próximo, com a vantagem
de requerer menos espaço, custo menor, e demandar menos tempo para construção.
Em comparação aos métodos observados, a barragem a montante é a que oferece maior ris-
co, pois é o método mais instável, frágil e suscetível a rupturas. O método a jusante e de linha
2.1 “Com a crescente do processo de mineração, também houve aumento de pequenos acidentes,
incidentes e desastres, trazendo danos e efeitos que se ampliam no tempo e no espaço, levando
à consequências sociais, ambientais e econômicas duradouras”.
Diante disso, analise o Gráfico 1 e o Quadro 1 apresentados a seguir. Responda às questões e
socialize com os colegas.
Barragem de Fundão,
Brasil Fe Montante 19 2015
Samarco, Minas Gerais
Lixi Tailings, Taoshi, Linfen
China Fe Montante 254 2008
City, Shanxi, China
Legenda: N/I - não informado. Fonte: Extraído de FREITAS e SILVA, 2019 - a partir dos dados da WMTF (adaptado).
Disponível em: https://cutt.ly/RWibXSZ. Acesso em: 24 ago. 2021.
c) Realize uma pesquisa envolvendo os “cinco maiores” desastres mundiais com barragens em
relação à distância percorrida e ao volume de resíduos. Apresente as informações por meio
de tabelas e gráficos. Compartilhe com seus colegas.
Espera-se que os estudantes apresentem os seguintes resultados por meio de tabelas e gráficos
Cinco maiores acidentes mundiais com barragens em distância percorrida. Fonte: Revista Brasileira de Medicina do
Trabalho. Adaptado.
Cinco maiores acidentes mundiais com barragens em volume de resíduos. Fonte: Revista Brasileira de Medicina do
Trabalho. Adaptado.
Sugestão:
Dez dos maiores acidentes com barragens dos últimos anos ao redor do mundo.
Disponível em: https://cutt.ly/KWinpUx. Acesso em: 18 ago. 2021.
Professor, a atividade 2.1 propõe ao estudante interpretar dados referentes aos desastres ocor-
ridos no processo de mineração por meio de gráficos e tabelas, e relacionar com estudos ante-
riores (Momento 1) sobre a segurança das barragens e o método de construção.
Para isso, sugere-se que o professor, com o auxílio de um projetor, apresente e oriente os
estudantes a interpretar o gráfico e a tabela. Após isso, divida os estudantes em grupos, para
que eles possam responder aos questionamentos. É fundamental promover momentos de
discussão e socialização dos resultados.
Os estudantes poderão construir os gráficos e as tabelas utilizando recursos digitais, plani-
lhas, ou fazer no próprio caderno e socializar com uso de um mural virtual compartilhado.
O professor poderá acompanhar o desenvolvimento da atividade e fazer seus registros quanto
à participação do estudante, que contribuirá com o processo de avaliação e de recuperação.
Cada grupo passará pelas quatro estações. Para os registros, sugere-se um aplicativo digital,
para produção de cartazes digitais, lousa virtual, ou, ainda, pode-se utilizar outra forma de
registro que considerar apropriada à realidade de seus estudantes, preparando-se para o mo-
mento de socialização com aos demais grupos.
Para encerrar a atividade, proporcione momentos de compartilhamento, apresentação dos re-
gistros e materiais produzidos e, principalmente, incentive os estudantes a socializar saberes.
Disponibilize tempo para a socialização, no entanto, faça combinados para a gestão de tempo
de cada grupo (considerando o tempo de 1 aula, no máximo, para apresentação e fechamento).
Estação 1: assista ao vídeo sugerido e anote quais são os Impactos ambientais decorrentes do
desastre envolvendo o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais. Registre as
suas anotações.
Professor, nessa atividade, espera-se que o estudante consiga compreender o desastre ocor-
rido com o rompimento da barragem de Fundão, pertencente ao complexo minerário de Ger-
mano, no município de Mariana/MG. A barragem continha 50 milhões de m3 de rejeitos de
mineração de ferro.
Espera-se, também, que o estudante consiga compreender a necessidade de se equilibrar a ex-
ploração e o crescimento econômico das atividades humanas com o bem-estar ambiental, e que
a tragédia de Mariana é uma representação do que pode acontecer quando o gerenciamento e
monitoramento de resíduos não ocorre de forma satisfatória, potencializando os riscos de acidentes.
Professor, é importante contextualizar com os estudantes que o termo “Desastre”, conforme
disposto no Glossário da Defesa Civil Nacional, significa: resultado de eventos adversos,
naturais ou provocados pelo homem, sobre um ecossistema, causando danos humanos ma-
teriais e/ou ambientais e consequentes prejuízos econômicos e sociais.
Professor, espera-se que, ao final dessa estação, os estudantes tenham compreendido, e inserido
em seus registros uma análise socioambiental do acidente com a lama residual da mineração.
Estação 2: Faça a leitura do texto sugerido, para compreender a toxicidade dos metais pesados
e seus impactos no meio ambiente e na saúde humana. Não esqueçam de fazer as anotações, pois
iremos usar essas informações na nossa atividade final.
Professor, com essa atividade, espera-se que os estudantes compreendam a possibilidade da
presença de metais como o mercúrio, o antimônio, o cádmio, o zinco, entre outros, na água, no
solo, no ar, advindos do desastre ambiental, associado à mineração, ocorrido em 2015. Ocor-
reu um dos piores desastres ambientais associados à mineração quando a barragem de rejeitos
(Fundão), rompeu-se no rio Gualaxo do Norte, atingindo a cidade de Mariana, no Estado de Minas
Gerais, liberando aproximadamente 50 milhões de m3 de rejeitos de mineração de ferro. Como
resultado desse rompimento, milhares de toneladas de lama atingiram e destruíram o entorno, e
o intenso fluxo de lama correu a jusante do rio Doce, atingindo 40 cidades antes de chegar ao
oceano. O distrito de Barra Longa se destaca entre todos os municípios afetados pelo desastre
ambiental, portanto, a sua população foi uma das mais expostas à lama de rejeitos, por diversas
vias, e por tempo prolongado.
Espera-se, também, que os estudantes entendam que, como resultado desse rompimento, mi-
lhares de toneladas de lama atingiram e destruíram o entorno e, o intenso fluxo de lama correu
a jusante do rio Doce e atingiu 40 cidades antes de chegar ao oceano; que o distrito de Barra
Longa se destaca entre todos os municípios afetados pelo desastre ambiental, uma vez que
as áreas do município foram invadidas por lama tóxica, e parte de sua população teve contato
direto com ela. Parte da lama na cidade secou, e o pó decorrente causou a contaminação do ar
por material particulado a níveis semelhantes a grandes metrópoles ou polos industriais.
Espera-se, ainda, que eles compreendam a pesquisa realizada, em 2016, pelo Instituto de Saúde e
Sustentabilidade, em parceria com o Greenpeace, quando foi realizado um estudo para verificar o
estado de saúde na população de Barra Longa, e que essa pesquisa tem o intuito de investigar a
extensão da contaminação do meio ambiente por elementos tóxicos e seus efeitos nos seres vivos.
Estação 3: Realize a leitura do texto e responda: “qual a relação da toxicidade do arsênio com a
água, qual a relação dessa toxicidade com o tempo de permanência no meio, e quais as causas dessa
toxicidade no meio e nos seres vivos”? Realize suas anotações.
Professor, a contaminação ambiental por arsênio tem causado preocupação, principalmente
após os acidentes que ocorreram com as barragens de Mariana (2015) e Brumadinho (2019),
em Minas Gerais, Brasil, devido à presença natural de arsênio e às atividades de mineração
desenvolvidas na região. A toxicidade dos compostos de arsênio decresce na seguinte ordem:
arsenito, arsenato, ácido monometilarsônico e ácido dimetilarsínico. A exposição crônica ao
arsênio pode ocasionar doenças vasculares periféricas e câncer de bexiga, pulmão e pele.
As fontes de contaminação por arsênio abrangem minerais, rochas, solos, água e alimentos,
e os problemas de saúde provocados pelo metal dependem da quantidade ingerida, dose,
frequência e tempo de absorção. Sua exposição aguda ou crônica e sua concentração são,
frequentemente, monitoradas por testes feitos na urina.
O arsênio (As) é um elemento químico encontrado em muitos tipos de rochas, especialmente
nos minérios que contêm cobre, chumbo, prata e ouro, que são utilizados na cadeia pro-
dutiva, porém, pode contaminar o ambiente. O Arsênio é considerado tóxico por ser um
semimetal pesado, e é conhecido desde a Idade Média. Esse elemento pode ser liberado na
natureza por meio do contato da água de rios (nascentes) com rochas que apresentam eleva-
da concentração desse metal. No caso de contaminação da água por arsênio, proveniente do
processo de mineração, estudamos, nos momentos anteriores, os acidentes causados pelo
rompimento das barragens de Mariana (2015) e Brumadinho (2019).
Professor, espera-se que o estudante, nessa estação, consiga responder que o arsênio é um
metal distribuído na superfície terrestre com propriedade tóxica ao organismo humano, e seu
grau de intoxicação está relacionado com a sua forma química e de seu estado de oxidação.
Que o principal meio de contaminação é pela ingestão de água contaminada, além de ser um
elemento químico bastante usando nas indústrias de eletrônicos, pesticidas, clarificador de
vidros, fogos de artifícios, dentre outros, e está presente no processo de mineração.
O arsênico se comporta como verdadeiro veneno celular. Leva a um aumento da permeabi-
lidade capilar, fragmentação da bainha mielínica, infiltração gordurosa do fígado. Os sinais
e sintomas de toxicidade aguda podem apresentar quadros diferentes da toxicidade crôni-
ca, pois se pode sofrer uma extensa metabolização após a ingestão. Na intoxicação aguda,
exerce ação, principalmente, sobre o tubo digestivo (ação direta no caso de ingestão), se-
cundariamente, sobre o fígado, rins e músculos cardíacos. Na intoxicação crônica, atua prin-
cipalmente sobre o tegumento e sobre os nervos periféricos (polineurite arsênicas), por sua
afinidade com o sistema nervoso. Porém, pode provocar diversas outras patologias como:
hiperpigmentação da pele, diarreias, hemorragias, anemia, dores de cabeça, dentre outros.
O arsênico pode ser dosado na urina, sangue e cabelos.
A introdução do arsênio no meio ambiente, especialmente em sistemas aquáticos, é prove-
niente de diversas fontes, as quais podem ser de origem natural ou antropogênica. As fontes
antropogênicas incluem atividades, tais como, a mineração, a preservação de madeira, na
agricultura, nos rejeitos provenientes da mineração e das atividades de refino dos metais não
ferrosos, e da queima de carvão com concentrações elevadas de arsênio. Sua toxicidade
depende muito de sua forma química e de seu estado de oxidação.
O arsênio elementar não é toxico, mas é rapidamente convertido em produtos tóxicos pelo
organismo humano. Nos últimos anos, a ingestão do arsênio por meio da água tem emergido
como uma grande questão de saúde pública. O arsênio contido em corpos d’água por meio
de depósitos naturais, ou por práticas agrícolas e industriais, principalmente pela mineração,
vem causando, consequentemente, uma grande exposição humana, aumentando os riscos
de cânceres e inúmeros efeitos patológicos, tais como: doenças cutâneas, gastrointestinais,
vasculares, diabetes; já a exposição continuada a níveis baixos de arsênio inorgânico produz
neuropatia periférica.
Além de tóxico, o arsênio é bioacumulativo, semelhando-se a outros elementos. Isso significa
que estamos sempre somando arsênio no organismo.
Estação 4: Realize uma pesquisa envolvendo a importância de uma gestão das águas da bacia
hidrográfica dos rios envolvidos em um desses desastres, realizada pelos Comitês de Bacias Hidrográ-
ficas e, também, a necessidade de estratégias de Redução de Riscos de Desastres (RRD).
Professor, espera-se que o estudante, após a realização da atividade proposta, consiga reco-
nhecer que o aumento nas concentrações de metais pesados no solo e na água próximos a
áreas de produção, tais como a zonas de mineração, pode estar relacionado com processos
químicos que controlam a solubilidade, a disponibilidade e a mobilidade desses metais; e que
os efeitos tóxicos dos metais pesados no ser humano e no meio ambiente estão associados
aos compostos orgânicos e inorgânicos por eles formados, e são determinados pela quanti-
dade do metal envolvida e pelo tempo de exposição.
Espera-se, também, que o estudante compreenda as políticas de Gestão de Recursos Hídri-
cos, prevista na Lei nº 9.433, de 08 de janeiro de 1997, e que instituiu a Política Nacional de
Recursos Hídricos, que estabelece que a gestão dos recursos hídricos seja descentralizada e
conte com a participação do Poder Público, dos usuários de água e das comunidades. Esse
gerenciamento deve ser realizado por bacia hidrográfica, sendo essa a unidade territorial para
implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional de
Gerenciamento de Recursos Hídricos, e essa gestão, de forma local, é realizada pelos Comi-
tês de Bacias, ente do Sistema Nacional de Gestão dos Recursos Hídricos, que constituem
o “Parlamento das Águas”, espaço em que representantes da comunidade de uma bacia hi-
drográfica discutem e deliberam a respeito da gestão dos recursos hídricos, compartilhando
responsabilidades de gestão com o poder público.
Espera-se, ainda, que o estudante compreenda a importância do RRD, pois, para diminuir-
mos o risco de um desastre, precisamos antecipar o risco, ou seja, prever o que pode dar
errado, para que possamos nos prevenir. Para prevenir os desastres em nossa comunidade,
é necessário realizar a gestão de risco, portanto, precisamos, primeiro, identificar e avaliar os
riscos existentes e, posteriormente, atuar em duas frentes: de um lado, atuamos de modo a
diminuir a probabilidade e a intensidade da ameaça; de outro, atuamos para reduzir as vul-
nerabilidades e fortalecer a capacidade de enfrentamento dos riscos. Pois, a gestão de risco
deve iniciar com a prevenção e mitigação, buscando medidas para avaliar e reduzir o risco de
desastre; e, por meio da preparação, tomar medidas para otimizar a resposta do sistema de
defesa civil aos desastres, seja pelo processo de análise e/o pelo processo de redução dos
riscos de desastres.
Sugestão:
MOMENTO 4 - SISTEMATIZAÇÃO
1. Considerando a importância da mineração para o desenvolvimento social, e com base nos co-
nhecimentos adquiridos, elabore uma “Proposta de Minimização de Riscos”, e socialize sua
produção com os colegas.
Professor, a “Proposta de Minimização de Riscos” desafia os estudantes à produção de um
artigo de opinião - uma sugestão de minimização de riscos para as mineradoras, visando
reduzir possibilidades de desastre. Para tanto, organize os estudantes em grupos produtivos
para o desenvolvimento da atividade, em que poderão: destacar alguma mineração do Brasil
que utilize barragens com suspeitas de riscos, propor alternativas e barragens mais seguras,
propor tratamento de resíduos, e destacar o desenvolvimento sustentável, para melhor apro-
veitamento da matéria prima extraída e redução dos rejeitos gerados. Incentive os estudantes
a argumentar sobre os métodos de exploração, os tipos de barragens utilizadas, relacionar
com os desastres ocorridos, sugerir baixo impacto e desenvolvimento sustentável, ampliando
benefícios para a população.
Caso considere pertinente, sugere-se realizar uma parceria com o professor de Língua Portu-
guesa, para apoio na escrita do artigo de opinião “Proposta de Minimização de Riscos”.
ANOTAÇÕES
ANOTAÇÕES
BIOLOGIA
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 –
RADIOATIVIDADE: POTENCIALIDADES E RISCOS
Competências gerais:
1. Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas interações e relações entre
matéria e energia, para propor ações individuais e coletivas que aperfeiçoem processos produti-
vos, minimizem impactos socioambientais e melhorem as condições de vida em âmbito local,
regional e global.
3. Investigar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e tecnológico e
suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das Ciências da
Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou globais, e co-
municar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por meio
de diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).
Habilidades:
(EM13CNT103) Utilizar o conhecimento sobre as radiações e suas origens para avaliar as potencialidades
e os riscos de sua aplicação em equipamentos de uso cotidiano, na saúde, no ambiente, na indústria,
na agricultura e na geração de energia elétrica.
(EM13CNT301) Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e estimativas, empregar instrumentos de
medição e representar e interpretar modelos explicativos, dados e/ou resultados experimentais para construir,
avaliar e justificar conclusões no enfrentamento de situações-problema sob uma perspectiva científica.
(EM13CNT303) Interpretar textos de divulgação científica que tratem de temáticas das Ciências da
Natureza, disponíveis em diferentes mídias, considerando a apresentação dos dados, tanto na forma
de textos como em equações, gráficos e/ou tabelas, a consistência dos argumentos e a coerência das
conclusões, visando construir estratégias de seleção de fontes confiáveis de informação.
Orientações gerais: Professor, o tema dessa Situação de Aprendizagem foi pensado na área (Biologia,
Física e Química), visto que a habilidade é comum para os três componentes, que, nesse caso, será
a habilidade EM13CNT103. No momento 1, Radioatividade pode salvar vidas?, após levantamento de
conhecimentos prévios, seguido de um trabalho com glossário e foco na diferença entre promoção e
prevenção, serão discutidas questões relacionas à radiologia. No momento 2, o enfoque será o acidente
envolvendo o Césio (Cs)137, a partir de uma pesquisa, a turma, em uma roda de conversa, reconstituirá
o acidente, permeando algumas reflexões. No momento 3, a proposta é uma rotação por estações
para compreender os riscos e descarte de resíduos radioativos. O momento 4 traz uma reflexão sobre
o uso da radiação, enfatizando que produtos e serviços da Ciência e Tecnologia devem ser analisados
de forma criteriosa antes do seu uso indiscriminado. Durante a situação de aprendizagem, as habilidades
EM13CNT301 e EM13CNT303 podem ser desenvolvidas, ao explorar a linguagem científica e tecnologia
dentro das atividades. Ao longo de toda a SA serão propostas atividades envolvendo metodologias
ativas, lembrando que estas precisam de uma atenção especial em seu planejamento para a obtenção
dos melhores resultados possíveis.
1.1 Seguindo orientações do professor, em grupo, pesquise sobre forma de tratamento e diagnósti-
cos de enfermidades que utilizam a radioatividade.
A pesquisa deve ter o enfoque na saúde, deixando as características dos equipamentos para
outro olhar (nesse volume, em Física, será abordado), trazendo os benefícios e os potenciais
riscos da sua utilização.
Após a pesquisa, promova um debate, trazendo a relação da promoção e prevenção da saú-
de com as possibilidades de tratamento e diagnósticos utilizando radioatividade.
Promoção e prevenção são termos que podem gerar confusão, cabe, aqui, conceituá-los
para que, no processo de debate, haja entendimento e relação com a qualidade de vida,
e caso haja espaço, com o aumento da expectativa de vida.
Promoção da saúde - conjuntos de ações sanitárias integradas, inclusive com outros setores do go-
verno e da sociedade, que buscam o desenvolvimento de padrões saudáveis de: quali-
dade de vida, condições de trabalho, moradia, alimentação, educação, atividade física,
lazer entre outros. (Disponível em: https://cutt.ly/sWfGtJv . Acesso em: 17 mai. 2021).
Palavras-chave para “Promover”: impulsionar, fomentar, originar, gerar; refere-se
a medidas que não se dirigem a doenças específicas, mas que visam a aumentar
a saúde e o bem-estar; implica o fortalecimento da capacidade individual e coletiva para lidar
com a multiplicidade dos determinantes e condicionantes da saúde.
Prevenção da saúde - são ações, atitudes, intervenções que possam contribuir para a me-
lhora da condição de saúde da população. Cabe citar, também, que, segundo a Organização
Mundial de Saúde (OMS), a saúde não é apenas ausência de doenças, mas sim, um completo
bem-estar físico, mental e social.
Palavras-chave para “Prevenir”: preparar, chegar antes de, impedir que se realize; exige ação
antecipada, baseada no conhecimento da história natural da doença para tornar seu progres-
so improvável; implica o conhecimento epidemiológico para o controle e redução do risco de
doenças; projetos de prevenção e educação baseiam-se na informação científica e recomen-
dações normativas.
Portanto, professor, é importante discutir ações de prevenção e promoção da saúde nesses âmbitos.
Seguido dessa condução da discussão, oriente que os estudantes organizem as informações,
como solicitado em 1.2.
Nota: o Sievert é uma unidade de medida internacional utilizada para avaliar a quantidade de radiação
ionizante que os seres vivos podem receber. A sigla mSv representa um milésimo de Sievert. Sugestão
de leitura: https://cutt.ly/TbM43Bk (o texto está em espanhol, mas a leitura é válida pelas
interpretações das imagens).
Adaptado para o material. Fontes: https://cutt.ly/GmxsW9t. Acesso em: 18 de mai. de 2021; e Comitê Científico
das Nações Unidas sobre os Efeitos da Radiação Atômica, Relatório da UNSCEAR 2019.
Até aqui, você pôde compreender as potencialidades do uso da radiação tanto no diagnós-
tico como no tratamento de doenças como o câncer. Apesar disso, é importante analisar os
riscos da exposição prolongada a esse tipo de radiação.
Desde a época da escola, Matheus gostava dos temas ligados à área da saúde. Após trabalhar
Projeto de Vida no Ensino Médio, formou-se em técnico em radiologia. Hoje, trabalha com a médica
Paula, em uma clínica de radiologia da cidade. Semanalmente, Matheus recebe pedidos de
ressonância magnética de uma mesma senhora, Dona Sônia, que cisma em realizar ressonâncias
constantemente na tentativa de diagnosticar um possível aparecimento de tumores.
a) Qual deve ser a postura do radiologista e da médica em relação aos constantes pedidos de
Dona Sônia?
b) Quais orientações são necessárias dispor à Dona Sônia e à comunidade?
A proposta é que o estudante seja instigado a pensar nas práticas que desenvolvem o conhecimento
sobre os impactos e benefícios dos produtos da Ciência e, dessa forma, promover mudanças no
seu contexto. Caso necessário, oriente os estudantes a realizar pesquisas sobre a temática.
SAIBA MAIS
Em relação ao Projeto de Vida, você já ouviu falar sobre a carreira de Radiologista? E sobre
Medicina Nuclear? Se os tópicos discutidos até aqui interessam a você, sugerimos que busque
mais sobre essas atuações. Você pode conversar, também, com os professores de Biologia,
Química, Física e Projeto de Vida.
Carreira de Radiologista
Estudam órgãos e estruturas do corpo humano por meio de radiações, e como obter ima-
gens para um diagnóstico mais assertivo possível, seguindo os requisitos de segurança.
O radiologista pode ser um técnico ou um médico, apesar do nome e de exercerem um
trabalho multidisciplinar, eles não exercem os mesmos papéis dentro da medicina nuclear.
O médico radiologista é formado em medicina, tendo diploma de nível superior, e espe-
cializando-se na área de radiologia. É apto a prescrever exames, dar diagnósticos, realizar
intervenções médicas e tratamentos que utilizam a radiologia.
Técnico em radiologia é uma formação que dura de um ano e meio a dois anos. Para in-
gressar nesse curso, é preciso ter concluído o ensino médio, e esse profissional recebe um
diploma de nível básico. É responsável pela preparação dos pacientes e dos exames, pois
tem o conhecimento necessário para lidar com equipamentos de diagnóstico por imagem.
No mundo do trabalho, os salários variam bastante de acordo com a formação. Para os
técnicos, as oportunidades vão além da área da saúde, podendo atuar na indústria, com
equipamentos de esterilização de alimentos ou fármacos.
Medicina Nuclear é uma especialidade médica que emprega materiais radioativos com
finalidade diagnóstica e terapêutica. As quantidades de materiais radioativos empregados
são mínimas, e seu uso é bastante seguro.
Adaptado para o material. Fonte: https://cutt.ly/2WfHR2t. Acesso em: 12 de mai. 2021.
SAIBA MAIS
Câncer de mama: vamos falar sobre isso? (INCA 5ª edição revista e atualizada)
Disponível em https://cutt.ly/mbGdJby. Acesso: em 12 de mai. 2021.
a. O brilho azul intenso do material teve alguma relação com a dimensão do acidente?
O brilho azul intenso desse material chamou a atenção e a curiosidade das pessoas e, assim,
o material foi distribuído naquela comunidade (parentes, amigos etc.). Associado a esse fato
e às condições climáticas, em poucos dias, houve uma grande disseminação do material,
provocando contaminação de uma grande área.
b. A região possui clima úmido com um alto índice pluviométrico, que se concentra preferencial-
mente nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro. Esses fatores podem ter contribuído para
disseminação da radiação?
Dados meteorológicos indicaram que, no período provável da abertura da fonte geradora de ra-
diação, em 13 de setembro, até o dia em que foi reconhecida a existência do acidente, em 29 de
setembro, houve forte precipitação de chuvas com ventos fortes, o que facilitou a disseminação da
contaminação. Professor, neste momento levante as hipóteses em relação à: i) variação da preci-
pitação de chuvas, ii) intensidade dos ventos, favoreceram a disseminação do material radioativo?
g. Decorridos mais de 30 anos, o que o Brasil fez com esse lixo radioativo?
Professor, caso seja necessário, redirecione os estudantes, para que pesquisem sobre medidas
para lidar com o lixo radioativo e as consequências da falta de planejamento para lidar com
esse tipo de lixo. A seguir, dois textos de apoio para aqueles que não têm acesso à internet.
Sugestões para leitura:
30 anos após césio, Brasil ainda não sabe o que fazer com material radioativo. Disponível em:
https://cutt.ly/gb2jPgQ. Acesso em: 29 de ago. 2021.
Césio 137. Disponível em: https://cutt.ly/8b2jKKY. Acesso em: 29 de ago. 2021.
SAIBA MAIS
A poluição radioativa é considerada uma das formas mais graves de poluição. É causada
pela propagação de energia por ondas eletromagnéticas, que ao se dispersar pelo ambiente
pode provocar a contaminação do meio e, consequentemente, dos seres vivos.
A contaminação por compostos radioativos se deve à difusão desses compostos no ar, sua
dissolução na água, ou de sua reação com outros compostos químicos, podendo fluir para
as cadeias alimentares, contaminando plantas, animais e os seres humanos.
No organismo humano, a radiação é responsável por provocar a formação de grande quanti-
dade de radicais livres, moléculas que, em excesso, causam a morte de células; pode, ainda,
provocar a quebra dos cromossomos, alterando o material genético, podendo desencadear
mutações que podem ser transmitidas aos futuros descendentes dos organismos contami-
nados. Podendo, ainda, no ser humano, provocar envenenamento, doenças respiratórias,
circulatórias, neurológicas, câncer, hemorragias ou anemia.
É importante que os grupos tenham em mãos um roteiro sobre o que devem realizar ou
observar em cada atividade (estação). Para a finalização desse momento, será proposta
a criação de um mural coletivo (físico ou digital) com as produções eleitas pelos estudan-
tes em uma roda de conversa.
Será proposta uma Rotação por Estações de Aprendizagens, que consiste em um circuito em
que, em cada estação, o seu grupo desenvolverá uma atividade. Siga as orientações:
a. Com seu roteiro de observação e caderno em mãos, visite, junto ao seu grupo, as diferentes
estações montadas por seu professor, leia atentamente as instruções, realizem as tarefas no
tempo estipulado e faça registros no seu caderno;
b. Lembre-se de que as atividades devem ser desenvolvidas com a colaboração de todos os
integrantes do grupo; caso seja necessário, solicite ajuda de seu professor para o esclareci-
mento de possíveis dúvidas;
c. Para finalizar esta atividade, você e sua turma deverão, em uma roda de conversa, apresentar
suas produções realizadas em todas as estações e, por meio de uma votação, decidir quais
produções irão compor o mural coletivo da turma. Lembre-se de que todas as estações e
todos os grupos devem ser contemplados.
ESTAÇÃO 1: Um dos grupos assistirá ao vídeo sobre “Efeitos da Radiação no Corpo Huma-
no” e, de posse dessas informações, deve elaborar um Mapa Mental (físico ou digital) sobre
esse tema;
Vídeo disponível em: https://youtu.be/bj-yd4_X1eE. Acesso em: 12 mai. 2021.
ESTAÇÃO 1: O grupo deverá assistir ao vídeo sobre “Efeitos da Radiação no Corpo Humano”
e, de posse dessas informações, deve elaborar um Mapa Mental (físico ou digital) sobre esse tema;
ESTAÇÃO 2: O grupo deverá visitar os sites (links e QR Codes abaixo) e ler atentamente. Poste-
riormente, com base nos textos, o grupo deve elaborar um texto dissertativo sobre “Os efeitos prejudi-
ciais do estrôncio-90 à saúde humana”.
Tempo de meia-vida
Isótopo radioativo
(aproximadamente)
Césio (Cs 137) 30 anos
Cobalto (Co 60) 05 anos
Estrôncio (Sr 90) 29 anos
Rádio (Ra 226) 1600 anos
Tório (Th 232) 14 bilhões de anos
Plutônio ( Pu 239) 24 mil anos
ESTAÇÃO 3: O grupo deverá assistir ao vídeo (link e QR Code abaixo) e pesquisar o tempo de
meia-vida dos elementos (Cs 137; Co 60; Sr 90; Ra 226; Th 232; Pu 239), a seguir, devem fazer uso
das informações disponíveis para explicar a afirmação: “Dependendo do material radioativo que é dis-
perso no ambiente, a contaminação pode se estender por muito tempo”, justificando a importância do
estudo do tempo de meia-vida desses elementos.
ESTAÇÃO 4: Nessa estação, após consultar as seguintes fontes: Lixo Nuclear no lugar
certo. Disponível em: https://cutt.ly/1b1mdT7. Acesso em: 18 mai.2021; Rejeitos radioa-
tivos. Disponível em: https://cutt.ly/Qb1meDN. Acesso em: 18 mai.2021; Lixo radioativo.
Disponível em: https://youtu.be/AG3FEs8onOk. Acesso em: 18 mai.2021; Resíduos ra-
dioativos: convencionais x radioativos. Disponível em: https://youtu.be/b5CeD6Buh8o.
Acesso em: 18 mai.2021. Os estudantes deverão realizar uma síntese sobre o descarte e
armazenamento de elementos químicos radioativos, e elaborar um produto educomunicativo
(digital ou físico) para divulgá-la. Para tanto, os estudantes devem receber a consigna:
Lixo radioativo
Todos os elementos químicos radioativos, ou elementos químicos que propagam radiação, subprodutos
de reatores nucleares, equipamentos médicos hospitalares, laboratórios médicos, centro de pesquisas,
agricultura e indústrias, podem gerar danos à saúde e ao ambiente. Assim, não devem ser descartados
sem os devidos cuidados de proteção. Existem certos procedimentos especiais quanto ao descarte e
armazenamento correto desses materiais que devem ser considerados.
ESTAÇÃO 4: Nessa estação, o grupo deve realizar uma síntese sobre o descarte e armazenamen-
to correto do lixo radioativo, e elaborar um produto educomunicativo (digital ou físico) para divulgá-la. Para
consulta, visite os sites e vídeos:
Professor, como forma de sistematizar e divulgar o que foi desenvolvido pelos estudantes nas
atividades de rotações por estações, sugere-se uma roda de conversa, em que os(as) estu-
dantes elegerão o que cada grupo deverá inserir em um mural atividades.
SAIBA MAIS
4.1 Para que serve a Ciência? Quem são os responsáveis por “fazer Ciência” na nossa sociedade?
Em quais momentos você, estudante, teve contato com algum conteúdo de divulgação científi-
ca? Quais os critérios para que uma pesquisa se torne fruto de investigação científica?
Professor, nesse momento, pode ser aplicada uma recuperação, ou ativação de conhecimen-
tos prévios, sobre as definições de Senso Comum, Hipótese, Fato e Conhecimento Científico.
Senso Comum - forma de conhecimento mais presente no dia a dia das pessoas que não se
preocupam prioritariamente com questões científicas. É uma forma de pensamento superficial,
ou seja, não está preocupada com causas e fundamentos primeiros de algo, apenas faz afirma-
ções, irrefletidas, imediatas.
Hipótese - suposição de algo que seja possível de ser verificado, chegando a uma conclusão.
Nas pesquisas científicas, por exemplo, corresponde a uma possibilidade de explicação de de-
terminada causa em estudo.
Fato - é uma verdade absoluta, uma verdade que é certa, independentemente de qualquer coisa.
Conhecimento científico - informação e o saber que partem do princípio das análises dos fatos
e cientificamente comprovados. Para ser reconhecido como um conhecimento científico, este
deve ser baseado em observações e experimentações, que servem para atestar a veracidade ou
falsidade de determinada teoria.
Após as considerações sobre a pesquisa, discuta com os estudantes quais critérios precisam
ser seguidos para diferenciar o que é Ciência e o que é Senso Comum. Sugerimos que
realize uma discussão para sistematizar as informações coletadas pelos estudantes.
De forma geral, Tomas Kuhn (1998) definiu a Ciência como uma atividade que visa propor estratégias
dentro de um padrão estabelecido para resolver os problemas da sociedade. Sem dúvidas, com o
desenvolvimento da Ciência e Tecnologia, a sociedade pôde avançar muito em relação à qualidade
e à expectativa de vida.
Adaptado para o material.
4.2 Nesse momento, vamos discutir como o conhecimento científico aliado a uma perspectiva crítica
é fundamental em nossas vidas. Ao analisar as informações disponíveis nos momentos anterio-
res, é possível perceber alguma relação entre os temas?
De modo geral, tratamos do mesmo tema, mas com uma perspectiva diferente, ou seja,
o contexto em que produtos e serviços da Ciência e Tecnologia estão inseridos determinam
seus impactos positivos ou negativos.
4.3 Para iniciarmos nossa discussão, analise, na comunidade, situações em que os conhecimentos
científico e metodológico foram importantes para identificar situações em que foi possível à co-
munidade usufruir, de forma positiva, produtos do desenvolvimento científico.
Professor, nesse momento o intuito é que os estudantes exercitem a curiosidade, para pes-
quisar situações próximas ao contexto em que estão inseridos, a fim de discutir os benefícios
e impactos da Ciência. Para isso, sugerimos que oriente os estudantes a organizarem uma
lista de produtos e técnicas científicas, relacionando, tanto os benefícios, quanto os possíveis
impactos. Segue um exemplo de quadro:
Possíveis Impactos
Produto/Técnica Benefícios
(Social, Ambiental)
Uso da radiação para
controle de pragas Controle de pragas Perda da Biodiversidade
(energia nuclear).
Converse com os(as) estudantes e solicite que retomem o Momento 3 do componente de Quí-
mica deste volume, em que analisaram técnicas com o uso de inseto estéril e traçadores ra-
dioativos como alternativas de controle de pragas, e como alternativas ao uso de defensivos.
Sugestão
Ao longo de toda esta Situação de Aprendizagem, tanto você, professor quanto os estudantes,
puderam perceber o trabalho por área de conhecimento. Sugerimos que você assista à formação,
ou revisite, caso já tenha acompanhado. “Um diálogo sobre integração curricular em Ciências da
Natureza e Matemática”. Disponível em: https://youtu.be/mJGRMb3uom4. Acesso em: 09 set. 2021.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2
TRANSFORMAÇÕES, EQUILÍBRIO E ENERGIA
Competências gerais:
1. Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas interações e relações entre
matéria e energia, para propor ações individuais e coletivas que aperfeiçoem processos produti-
vos, minimizem impactos socioambientais e melhorem as condições de vida em âmbito local,
regional e global.
3. Investigar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e tecnológico e
suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das Ciências da
Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou globais, e co-
municar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por meio
de diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).
Habilidades:
(EM13CNT103) Utilizar o conhecimento sobre as radiações e suas origens para avaliar as potencialidades
e os riscos de sua aplicação em equipamentos de uso cotidiano, na saúde, no ambiente, na indústria,
na agricultura e na geração de energia elétrica.
(EM13CNT303) Interpretar textos de divulgação científica que tratem de temáticas das Ciências da
Natureza, disponíveis em diferentes mídias, considerando a apresentação dos dados, tanto na forma
de textos como em equações, gráficos e/ou tabelas, a consistência dos argumentos e a coerência das
conclusões, visando construir estratégias de seleção de fontes confiáveis de informação.
1.1 Para iniciar, sugerimos trabalhar com a análise do artigo científico Ciência, Tecnologia
e Sociedade: a relevância do enfoque CTS para o contexto do Ensino Médio.
Disponível em https://cutt.ly/Kmoiqvz. Acesso em: 29 jun. 2021. Para familiarização
com a linguagem científica e possibilitar maiores discussões sobre essa temática.
A partir da leitura do artigo, selecione as informações principais sobre o papel da Ciência e da Tec-
nologia, justificando o porquê das discussões que envolvam Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente.
Professor, essa atividade tem como objetivo estimular as discussões acerca dos argumentos
para discutir a CTSA, como também reconhecer os avanços da tecnociência. Para uma abor-
dagem CTSA, é importante que consiga propor situações-problema que envolvam
aspectos que se inter-relacionem com Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente,
de forma que esses temas façam sentido na vida e/ou no cotidiano do estudante.
Sugerimos a prática leitura colaborativa para trabalhar o artigo. Para saber mais,
acesse https://cutt.ly/qmoiUp1. Acesso em: 29 de jun. 2021.
a) Estudante, ao analisar a imagem abaixo, como você definiria a abordagem com enfoque CTSA?
Resposta pessoal
Imagem 1 - Relação entre Ciência, tecnologia, Sociedade e Ambiente. Fonte: Adaptado para o material
b) Juntamente com seu professor e colegas, determine dois exemplos em que é possível identi-
ficar a CTSA no seu contexto.
Professor, conduza uma discussão com os estudantes conforme vá apresentando os três
aspectos fundamentais sobre a atividade de Ciência e Tecnologia.
SAIBA MAIS:
1.3 Após a leitura do artigo e das discussões em relação à abordagem CTSA, e considerando tam-
bém os conceitos estudados até o momento, com auxílio do seu professor, analise este caso
fictício, para, ao final, elaborar um parecer às autoridades da cidade. Dessa forma, trabalhe em
grupo para identificar conceitos científicos importantes para a tomada de decisões.
Caso fictício: suponha que na sua cidade há a possibilidade de instalação de uma usina de
processamento de Urânio para trazer investimentos para a cidade e maior produção de energia.
Entretanto, com a instalação da usina, haverá uma grande perda da biodiversidade, considerando o
habitat de diversos animais e plantas. Apesar de gerar mais empregos, é necessário analisar quais
impactos essa usina trará para a população como um todo.
Professor, separe os estudantes em grupos, para que façam uma pesquisa considerando
cada seguimento da comunidade. Após discussões, eles devem construir um único parecer
coletivo, sinalizando se são favoráveis ou não à instalação da usina. Caso possível, simular
uma encenação da audiência pública.
Para a construção do parecer, é necessário considerar os argumentos dos seguimentos lis-
tados na atividade.
Estudante, será realizada uma audiência pública para decidir se a usina será instalada na cidade.
Busque argumentos de acordo com o posicionamento de cada seguimento:
a) População em geral;
b) Profissionais de saúde;
c) Cientistas, engenheiros e técnicos da área ambiental;
d) Estudantes do Ensino Médio;
e) ONGs da cidade;
f) Membros da Secretaria do Meio Ambiente;
g) Representantes do poder público, como prefeito e vereadores.
Para cada seguimento, é possível elaborar um mapa mental, relacionando os pontos favoráveis e
desfavoráveis, como apoio para a elaboração de um único parecer coletivo.
SAIBA MAIS
2.2 A que tipo de radiações estamos expostos no cotidiano? Observe o infográfico abaixo:
Professor, oriente os estudantes que observem o infográfico e conduzam um levantamento
de conhecimentos prévios.
A radiação é a propagação de ondas eletromagnéticas ou partículas emitidas por fontes na-
turais, como o Sol, ou artificiais, quando são emitidas por aparelhos construídos pelo ser
humano, como os equipamentos de raios-X.
Alguns exemplos de radiação são: ondas de rádio AM e FM, raios-X, radiação infravermelha
e ultravioleta, entre outras.
Professor, no infográfico, são expressas algumas fontes de radiação, inclusive o ser humano,
representado, não como ponto central, mas como um integrante das fontes (observe as setas).
Sugerimos uma leitura colaborativa do infográfico, para garantir que os estudantes compreen-
dam de forma integrada as informações e representações expressas nos elementos gráficos.
Imagem 2 Infográfico: Exemplos de emissões de radiação no ambiente Fonte: Adaptado para o material.
LEGENDA
1. Partículas no ar 9. Exposição a depósito de materiais
2. Irradiação direta 10. Ingestão de leite
3. Deposição no solo 11. Ingestão da colheita
4. Deposição de cultura/captação 12. Exposição de alimentação aquática
5. Irrigação 13. Ingestão de água
6. Exposição na margem 14. Captação por alimentação aquática
7. Ingestão 15. Sol
8. Gases (inalação e absorção pela pele) 16. Ser humano
SAIBA MAIS
Quando ficamos muito tempo expostos à radiação solar, a pele inicia um processo
de absorção de radiação UV por meio do aumento das células de melanina, que é um
pigmento da pele. Esse fenômeno ocorre devido a um processo de defesa do organis-
mo em relação à alta exposição solar. A exposição à radiação solar de forma responsá-
vel é extremamente saudável ao organismo, entretanto, é importante tomar alguns cui-
dados ao se expor a esse tipo de radiação.
Adaptado para o material. Fonte: http://www.usp.br/agen/?p=198117. Acesso em: 03 set. 2021.
a) Ao analisar o conjunto de imagens abaixo, podemos dizer que estão relacionadas? Explique.
Imagem 3: Formas de proteção de radiação solar. Fonte: Adaptado para o material. Imagens: Pixabay
Devido aos variados comprimentos de onda, algumas radiações UV penetram mais facilmente
na nossa atmosfera. Como vemos nas imagens abaixo:
SAIBA MAIS
a) Você já parou para analisar quantas vezes precisa cortar as unhas em um ano? Ou lembra
daquele ralado que teve na infância e agora a pele voltou a ficar lisinha? Cite e/ou realize uma
pesquisa sobre os diversos processos de divisão celular que ocorrem nos seres vivos como
fator fundamental para a manutenção do organismo.
A mitose é um processo de divisão celular, responsável pela produção de novas células
nos organismos vivos. Em seres unicelulares, é responsável, também, pela reprodução.
A capacidade de regeneração de tecidos é possível devido às informações genéticas que
as células carregam no núcleo, que é o DNA, uma espécie de “receita” para que novas
células sejam igualmente formadas.
Mitose
A mitose é um processo de divisão celular, contínuo, onde uma célula dá origem a duas outras
células. Nesse processo, a partir de uma célula inicial, formam-se duas células idênticas, e com
o mesmo número de cromossomos.
Professor, entendemos que, dependendo da limitação para o uso de tecnologia digital, é pro-
vável que nem todos os estudantes tenham acesso ao vídeo; com isso, sugerimos disponibi-
lizar o vídeo em sala de aula, ou, caso também não seja possível, faça uso de livros didáticos
ou materiais impressos como apoio para a discussão. Essa atividade pode ser colaborativa,
como uma leitura compartilhada. Se couber, discuta o papel da radioterapia no processo de
eliminação de células cancerígenas.
d) Para finalizar, você deverá seguir as orientações de seu professor e sistematizar os conhecimentos
sobre mitose e câncer, construindo infográficos. Com base no que foi discutido até o momento, e
com apoio de livros didáticos e/ou dos vídeos/textos do SAIBA MAIS, elabore com seus colegas:
O infográfico elaborado por seu grupo poderá compor um mural (digital ou físico) organizado pe-
los seus colegas de classe.
Professor, para o desenvolvimento dessa atividade é importante que você conheça um pouco
mais sobre os infográficos, um gênero textual, muito usado no jornalismo para uma comunica-
ção rápida e eficiente. Para tanto, indicamos a leitura de um texto online, que traz os elementos
para sua elaboração, e um vídeo que ilustra passo a passo a elaboração de um infográfico:
SAIBA MAIS
Como surge o câncer? Disponível em: https://cutt.ly/gn4EFnn. Acesso em: 23 jun. 2021.
SAIBA MAIS
Sobre agrupamento produtivo: As trocas que fazem a turma avançar. Disponível em:
https://cutt.ly/MmhPCtM. Acesso em: 02 jul. 2021.
Meiose
O ciclo celular é fundamental para a manutenção da vida, as sucessivas divisões que observamos
nesse fenômeno são fundamentais para a sobrevivência de todas as espécies. Agora que você já
conhece o processo que envolve a multiplicação celular responsável pelo crescimento e regeneração
dos organismos, denominado mitose, vamos conhecer outro processo de divisão celular, conhecido
com meiose.
A meiose é um processo de formação de gametas, células destinadas à reprodução nos organismos
que apresentam reprodução sexuada. Na meiose, as células germinativas diploides, que apresentam
o total do número de cromossomos de sua espécie, dividem-se, originando células haploides com
a metade do número de cromossomos da célula que lhe deu origem. Esse processo garante
a manutenção do mesmo número de cromossomos dentro de uma espécie.
Adaptado para o material. Fonte: Casa da Ciência - FMRP USP. Disponível em: https://cutt.ly/dmhUywH. Acesso em:
02 de jul. 2021.
a) Com base no que foi discutido até o momento, e com apoio de livros didáticos e/ou dos víde-
os/textos do SAIBA MAIS, seguindo as orientações e agrupamento realizado pelo professor
elabore com seus colegas:
Professor, se for possível, outra sugestão é a construção de modelos didáticos pelos estudantes.
Sugestão: agora que você e seu grupo conhecem e exercitaram o processo de elaboração de um
mapa conceitual, vocês estão aptos a utilizar esse método para aprimorar seus estudos em todos
os componentes curriculares.
SAIBA MAIS
4.1 A seguir, listamos alguns materiais sobre acidentes radioativos que podem ser utilizados como
base para as atividades.
a) Por meio de uma pesquisa sobre os efeitos da radiação no organismo, organize em seu ca-
derno, um quadro comparativo que relacione os acidentes com os efeitos ocorridos direta-
mente nos organismos vivos.
Modelo de quadro comparativo dos acidentes radioativos e consequências aos tecidos vivos.
Professor, para finalizar esse tema, sugerimos que oriente os estudantes a produzirem,
em grupo, um podcast a ser publicado nas redes sociais. Destaque a importância da produ-
ção do roteiro.
Não esqueça de combinar com os estudantes o tempo de duração da gravação do podcast,
o qual sugerimos de 5 a 8 minutos, no máximo. A seguir, uma sugestão de material de apoio
ao professor:
Chegou a hora de inserir o podcast na sua aula. Disponível em: https://cutt.ly/nn3658w.
Acesso em: 22 jun. 2021.
Com base nas informações contidas no quadro, e a ajuda de seu professor, elabore, em grupo,
um roteiro para a produção de um podcast sobre esse tema, contendo os seguintes tópicos:
Após a produção do roteiro, o grupo pode gravar o podcast para colocar nas redes sociais.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
EFEITOS DAS INTERVENÇÕES HUMANAS NO AMBIENTE -
PARTE 1
Competências gerais:
2. Analisar e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do Cosmos para elaborar
argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres vivos e do Univer-
so, e fundamentar e defender decisões éticas e responsáveis.
3. Investigar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e tecnológico e
suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das Ciências da
Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou globais, e co-
municar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por meio
de diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).
Habilidades:
(EM13CNT203) Avaliar e prever efeitos de intervenções nos ecossistemas, e seus impactos nos seres
vivos e no corpo humano, com base nos mecanismos de manutenção da vida, nos ciclos da matéria
e nas transformações e transferências de energia, utilizando representações e simulações sobre tais
fatores, com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais (como softwares de simulação e de
realidade virtual, entre outros).
(EM13CNT301) Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e estimativas, empregar instrumentos de
medição e representar e interpretar modelos explicativos, dados e/ou resultados experimentais para construir,
avaliar e justificar conclusões no enfrentamento de situações-problema sob uma perspectiva Científica.
(EM13CNT303) Interpretar textos de divulgação científica que tratem de temáticas das Ciências da
Natureza, disponíveis em diferentes mídias, considerando a apresentação dos dados, tanto na forma
de textos como em equações, gráficos e/ou tabelas, a consistência dos argumentos e a coerência das
conclusões, visando construir estratégias de seleção de fontes confiáveis de informação.
Unidade temática: Matéria e Energia; Tecnologia e linguagem científica.
Orientações gerais: Professor, o tema dessa situação de aprendizagem foi pensado na área (Biologia,
Física e Química), visto que a habilidade é comum para os três componentes, que, nesse caso, será
a habilidade EM13CNT203. No momento 1, Desmatamento e Impacto nos ecossistemas, norteado
pela Resolução CONAMA-001, embasa essa temática até a relação entre queimadas e saúde humana.
No momento 2, Extração de madeira e minério, traz possibilidades mais sustentáveis para utilização do
Patrimônio Natural. No momento 3, Monoculturas, a proposta é relacionar essa prática a impactos
ambientais e sociais, bem como consequências ambientais e, a partir dessa discussão, a proposta é
fazer um contraponto entre essas duas práticas agrícolas, monocultura e a agricultura familiar, e a fome.
No momento 4, a ideia é investigar a relação direta entre a crise hídrica e a produção de energia
elétrica. Durante a situação de aprendizagem, as habilidades EM13CNT301 e EM13CNT303 serão
desenvolvidas, ao explorar a linguagem científica e a tecnologia dentro das atividades. Ao longo de
toda a SA, serão propostas atividades envolvendo metodologias ativas, lembrando que estas precisam
de uma atenção especial em seu planejamento, para a obtenção dos melhores resultados possíveis.
Ao analisar a definição do CONAMA, liste, em seu caderno pessoal, pelo menos cinco formas/
causas de impacto ambiental que ocorreram ou ocorrem na sua região.
Professor, espera-se que os estudantes listem formas/causas como: desmatamento, esgoto
a céu aberto, queimadas, ausência de coleta de resíduos sólidos, corpos d´água poluído etc.
Para responder o questionamento, assista ao vídeo, liste os fatores que estão asso-
ciados à contribuição da floresta para a temperatura do planeta e a manutenção do ciclo
hidrológico. Disponível em: https://youtu.be/n6lgUKycLso. Acesso em: 17 ago. 2021.
Professor, esta atividade tem como finalidade trazer a problematização em torno do desma-
tamento progressivo na Floresta Amazônica. Discuta o papel da Amazônia na manutenção do
equilíbrio dos ecossistemas. Para isso, é importante que os estudantes relacionem os concei-
tos de ciclo da água, fotossíntese e respiração.
Para realizar a atividade, divida a turma em grupos, propomos o uso de agrupamentos pro-
dutivos. Para isso, sugerimos a leitura do artigo para orientar no processo. Disponível em:
https://cutt.ly/LWrNWhc. Acesso em: 17 ago. 2021.
As questões podem ser trabalhadas a partir da metodologia protocolo 3/2/1 que compreende:
3 minutos para um membro de cada grupo apresentar o texto síntese do conteúdo; 2 minutos
para colegas fazerem qualquer complemento e/ou questionamento; 1 minuto para o professor
dar feedback e fazer intervenções. Se julgar adequado, sugerimos utilizar ferramentas de murais
virtuais, que permitem inserir questionamentos durante a exibição do vídeo. Sugestão de ques-
tionamentos: Como o ciclo da chuva e do carbono ocorrem? No vídeo, fala-se sobre nucleação,
o que é? Qual o papel das raízes das árvores? Por que, no vídeo, Paulo Artaxo diz que conter
o desmatamento contribui para a geração de empregos e do agronegócio?
Estudante, nesses momentos vamos discutir estratégias para minimizar os impactos do desma-
tamento, como também avaliar quais as nossas responsabilidades enquanto cidadãos
para realizar ações individuais e coletivas para reduzir a emissão de gás carbônico na at-
mosfera. Para isso, acesse o link e preencha com seus dados, para obter um quantitativo
de emissão de CO2 que realiza diariamente. Disponível em: https://cutt.ly/qWr9hSn.
Acesso em: 17 ago.2021.
A partir desses dados, podem ser discutidas possíveis ações para a diminuição de emissão
de poluentes, assim como o tratamento de conteúdos atitudinais, de forma a problematizar as
práticas que permeiam o desenvolvimento sustentável, focando prioritariamente no “Reduzir”.
No vídeo assistido anteriormente, o Físico Paulo Artaxo cita, também, a problemática das quei-
madas, que também podem causar efeitos diretos na saúde humana. Alguns estudos buscam com-
preender como se dá essa relação entre a inalação de material particulado (queima de biomassa) e
saúde humana. A seguir, vamos analisar alguns materiais, para compreender os métodos, objetivos e
conclusões de diferentes estudos. Ao ler os textos, atente-se à apresentação dos dados, à consistên-
cia dos argumentos, à coerência das conclusões, para, posteriormente, estabelecer um comparativo.
Essa atividade visa a contemplar também as habilidades EM13CNT301 e EM13CNT303.
Sugerimos que você, Professor, visite, neste volume, a SA3 momento 1 do componente
de Química, que também contém informações sobre material particulado. Converse com
os estudantes, e aponte para eles esse trabalho por área. Neste momento, sugerimos
trabalhar com a leitura de artigos, que pode ser feita a partir da metodologia de sala de aula
invertida. Entendemos que é um volume grande de informações, com isso, sugerimos que os
agrupamentos feitos no início deste momento, sejam mantidos aqui nesta atividade.
Sugira para que cada grupo leia um artigo e aponte as informações de maior impacto/
relevância, para que apresente para a turma. Solicite que a turma faça registros de todas as
apresentações, para que possam ser utilizados como parte do processo avaliativo.
O ocorrido em 19 de agosto de 2019 na Cidade de São Paulo, quando o céu ficou escuro e o dia
virou noite, pode ser trabalhado concomitantemente em Biologia e Química. Professor, se achar
pertinente, e entender que cabe no planejamento, é possível propor uma atividade integradora
de áreas entre você e o professor de Química, e ampliar a discussão sobre a movimentação das
massas de ar (junto com rios voadores), além do problema do material particulado. Segue sugestão
de material: Entenda como foi e por que o dia virou noite em São Paulo na segunda (19).
Disponível em: https://cutt.ly/TWtwf2W. Acesso em: 25 ago.2021.
2.1 Estudante, observe atentamente as imagens abaixo. A partir dos seus conhecimentos sobre ciclos
biogeoquímicos (estudados na 1ª série), relacione e registre os impactos causados no equilíbrio desses
ciclos gerados na extração de madeira e minérios. Lembre-se, no momento 1 deste volume, seu olhar
teve foco para o ciclo hidrológico (ciclo da água), agora é momento de mobilizar outros conhecimentos.
Imagem 1: Extração de madeira. Fonte: Pixabay Imagem 2: Mineração a céu aberto. Fonte: Pixabay
2.2 As imagens trabalhadas no momento 2.1 mostram a finalidade do desmatamento, seja para
extração de madeira, quanto para extração de minérios. Pesquise, utilizando fontes confiáveis,
e registre exemplos de madeiras e minérios que são extraídos em nosso país, e indique qual
o uso deles.
Professor, neste momento, iremos levantar quais madeiras e minérios são os mais explo-
rados, e quais são os reflexos nos ecossistemas globais. Cabe estimular a reflexão sobre
a importância e necessidade da realização dessas atividades, seus impactos sobre a ma-
nutenção de vida no planeta, sempre fazendo o contraponto com a pergunta: Há uma alter-
nativa mais sustentável?
2.3 É sabido que somos dependentes desse patrimônio natural, porém, a extração sem avaliação de
riscos e consequências só aumenta os impactos no equilíbrio do ecossistema. A partir dessas
premissas, pesquise possibilidades mais sustentáveis para a utilização do Patrimônio Natural
(chamado também de recursos naturais).
Professor, o objetivo é que os estudantes tragam propostas aplicáveis, uma delas é a silvi-
cultura, que desenvolve o aproveitamento, exploração e manutenção racional das florestas,
além de criação e desenvolvimento de povoação florestal com intuito comercial, podendo-se
criar uma floresta ou determinadas espécies de plantas, com o interesse ecológico, científico,
econômico e social. Sugestões de leitura disponível em:
Silvicultura: Descubra a sua importância! Disponível em: https://cutt.ly/sWNQ591. Acesso
em: 25 ago.2021.
Silvicultura. Disponível em: https://cutt.ly/CWNWuiG. Acesso em: 17 ago.2021.
Professor, no material de Química da 1º serie - 1ºbimestre - Situação de aprendizagem
4 - momento 1, foi discutido sobre os impactos oriundas da atividade extrativista no que se
refere aos benefícios e problemas em âmbito socioambiental. Segue, também, uma sugestão
de leitura. Disponível em: https://cutt.ly/KWNWdOG. Acesso em: 17 ago.2021.
Proposta para uma nova estratégia para o controle florestal brasileiro e o combate ao desma-
tamento. Disponível em: https://cutt.ly/YWNWjxO. Acesso em: 10 ago.2021.
2.4 Retome as imagens do início do momento 2 e, com os conhecimentos obtidos até aqui, elabore
um pequeno texto, mostrando a relação entre os impactos da extração de minérios com abertu-
ra de grandes clareiras (ou crateras). Atrele, também, à diminuição da cobertura vegetal.
MOMENTO 3 - MONOCULTURAS
Conceito e histórico:
3.1 Anote em seu caderno quais outros tipos de monoculturas você conhece. Esse não é um momen-
to de pesquisa, é um momento de levantar conhecimentos prévios e entender suas vivências.
Professor, atualmente, as monoculturas praticadas pelo agronegócio no Brasil estão mais
diversificadas, além da cana-de-açúcar e café, temos produção em larga escala de soja, mi-
lho, arroz, laranja, algodão, trigo e eucalipto como alguns exemplos de monocultura vegetais.
Aliado a isso, existem ainda a monocultura de animais, tais como: bovinos, bubalinos, ovinos,
caprinos, aves.
Após os estudantes terem feito o levantamento de conhecimentos prévios, é possível solicitar
uma pesquisa sobre os exemplos das monoculturas mais praticadas atualmente no Brasil,
e os impactos ambientais, sociais e suas consequências.
Posteriormente, realize uma roda de conversa para socializar a pesquisa, e registrem nos seus
cadernos para, posteriormente, em grupo, construírem um quadro com os dados pesquisados.
3.2 Realize uma pesquisa sobre quais monoculturas são atualmente praticadas no Brasil, seus
impactos ambientais, sociais e as consequências causadas por esses impactos. Anote tudo
em seu caderno.
3.3 Em uma roda de conversa, que será proposta pelo professor, compartilhem as informações da
pesquisa. Após o compartilhamento, reúnam-se em grupos, para que possam construir um
quadro para visualizar melhor os dados pesquisados, o grupo deve utilizar como exemplo
o quadro abaixo:
Consequências
Monocultura Impacto Ambiental Impactos sociais
ambientais
Positivo: fonte nutricional.
Problemas na relação Negativo: limitação de
Milho Perda da biodiversidade
predador X presa. mercado para os produ-
tos da agricultura familiar.
Professor, para dar continuidade ao tema das monoculturas, sugerimos provocar o estudante
com a seguinte reflexão: as safras de grãos colhidas a partir da monocultura, no Brasil, matam
a fome?
3.3 Dando continuidade ao tema, propomos a seguinte reflexão: as safras de grãos colhidas a partir
da monocultura, no Brasil, matam a fome? Para subsidiar a resposta a essa questão, seguem
sugestões de leituras:
Anote os pontos que você achar mais importante para fundamentar suas opiniões em um debate
com seus colegas, que será mediada pelo seu professor.
Durante o debate, anote os pontos importantes da discussão, para produzir um texto dissertativo
com o seguinte tema: A monocultura e a agricultura familiar. Procure fazer um contraponto entre essas
duas práticas agrícolas e a fome.
O intuito é que os estudantes compreendam que os grãos produzidos nas monoculturas la-
tifundiárias no Brasil são destinados à exportação, produção de ração animal, e uma menor
parte à produção de alimentos ultraprocessados.
Após a leitura dos textos, o compartilhamento das informações pode ser trabalhado em gru-
pos, a partir da metodologia protocolo 3/2/1 que compreende:
3 minutos para um membro de cada grupo apresentar o texto síntese do conteúdo de um dos
dois textos; 2 minutos para os colegas fazerem qualquer complemento e/ou questionamento;
1 minuto para o professor dar feedback e fazer intervenções.
Oriente os estudantes que realizem anotações dos principais pontos discutidos.
Sugestão de atividade: Professor, se houver disponibilidade em seu planejamento, na sequência, oportu-
nize que a turma assista ao vídeo: A agricultura familiar. Disponível em: https://youtu.be/kq7-mPkmaWs.
Acesso em: 07 jul. 2021. Depois, anotem os pontos importantes para a produção de um texto dis-
sertativo sobre o tema: A fome, a monocultura e agricultura familiar.
Por que a agricultura está com problemas (e como resolver)? Disponível em:
https://youtu.be/-YI1BcRjo9Q. Acesso em: 06 jul. 2021.
criativo que visa a gerar e fomentar diálogos entre os indivíduos participantes, criando uma rede
viva de diálogo colaborativo que acessa e aproveita a inteligência coletiva para responder ques-
tões de grande relevância para o grupo. Como professor, procure estimular a con-
tribuição de todos, respeitando seus posicionamentos e suas individualidades.
Para organizar o World Café, sugerimos a leitura do texto disponível em:
https://cutt.ly/RQV3JuJ. Acesso em: 17 ago. 2021.
Imagem 4: Exemplo de gráfico da distribuição da água doce no planeta (produzida para o material)
Professor, para essa atividade sugerimos uma pesquisa utilizando a internet ou livros didáticos sobre
a distribuição de água doce nas regiões do território nacional. Posteriormente, você pode propor
a elaboração de um mapa do território brasileiro, indicando os dados da pesquisa. Para finalizar
essa atividade, propomos a realização de uma roda de diálogo, para que os estudantes reflitam
sobre os dados da pesquisa. Caso ache necessário, traga questionamentos para mediar o diálogo.
4.1 Realize uma pesquisa sobre a distribuição desse recurso nas regiões brasileiras: Região Norte;
Região Centro-Oeste; Região Sul; Região Sudeste; Região Nordeste.
A partir dessa pesquisa, elabore um mapa do território brasileiro com os dados levantados.
Para refletir coletivamente sobre os dados levantados, realize uma conversação, utilizando uma
metodologia conhecida com World Café e, ao passar pelas estações, responda às seguintes perguntas:
4.2 Assista ao vídeo e leia os artigos, fazendo anotações de pontos que considerar importantes e de
possíveis dúvidas.
Professor, é possível, também, pedir para que o estudante retome o vídeo do Momento 1
(“Como a Amazônia regula o clima do planeta”).
Tendo em mãos as anotações, produza um podcast relacionando a falta de chuvas nas regiões
Centro-Oeste e Sudeste com o desmatamento na Amazônia.
SAIBA MAIS
Superfície de água no Brasil reduz 15% desde os anos 90. Disponível em:
https://cutt.ly/ZTVvA1n. Acesso em: 24 ago. 2021.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4
EFEITOS DAS INTERVENÇÕES HUMANAS NO AMBIENTE -
PARTE 2
Competências gerais:
1. Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas interações e relações entre
matéria e energia, para propor ações individuais e coletivas que aperfeiçoem processos produti-
vos, minimizem impactos socioambientais e melhorem as condições de vida em âmbito local,
regional e global.
Habilidades:
(EM13CNT203) Avaliar e prever efeitos de intervenções nos ecossistemas, e seus impactos nos seres
vivos e no corpo humano, com base nos mecanismos de manutenção da vida, nos ciclos da matéria
e nas transformações e transferências de energia, utilizando representações e simulações sobre tais
fatores, com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais (como softwares de simulação e de
realidade virtual, entre outros).
Unidade temática: Matéria e Energia; Tecnologia e linguagem científica.
Orientações gerais: professor, o tema desta situação de aprendizagem foi pensado na área (Biologia,
Física e Química), visto que a habilidade é comum para os três componentes, que neste caso, será
a habilidade EM13CNT203. No momento 1, Relação entre as ações do desmatamento e saúde humana,
após levantamento de conhecimentos prévios, serão abordadas as principais zoonoses. No momento 2,
o enfoque será nas relações entre desmatamento e perda de habitat, analisando notícias sobre aparecimento
de animais silvestres em áreas urbanas. Já no momento 3, o último deste volume, a proposta é trazer
a Educação Ambiental como foco, trabalhando análise de uma região, finalizando com propostas de
intervenção. É possível, por meio de uma autoavaliação, retomar as habilidades trabalhadas neste bimestre
e diagnosticar se foram desenvolvidas. Essa autoavaliação pode ser feita também por você, professor.
Para cada material, é possível elaborar um mapa mental, associando as doenças aos fatores
relacionados ao seu surgimento/aumento.
Após a leitura dialogada do texto, responda em seu caderno pessoal, ou aguarde os comandos
do seu professor:
Professor, se julgar pertinente, pode criar uma atividade com alguns aspectos de gamificação,
que pode ser realizada de forma desplugada ou, se preferir, pode utilizar algumas ferramentas
digitais para esse fim. Segue uma sugestão de atividade, mas, se preferir, pode personalizar
de acordo com a realidade dos seus estudantes. Disponível em: https://cutt.ly/RW133WV.
Acesso em: 13 set.2021. Para os elementos de gamificação, sugerimos a leitura: “Dicas e
exemplos para levar a gamificação para a sala de aula”. Disponível em: https://cutt.
ly/2W18rjN. Acesso em: 24 ago. 2021.
2.1 O aparecimento de animais silvestres dentro dos perímetros urbanos vem sendo recorrente em
algumas regiões do Brasil. Como registrado na reportagem a seguir:
Animais silvestres passam a ser vistos pelas ruas - Jornal da Clube, 2ª Edição,
12 abr. 2018. Disponível em: https://youtu.be/5N6bCjTCR5Y. Acesso em: 13 set. 2021.
Sugestão: pesquise quais são os órgãos responsáveis pelo manejo de animais silvestres na sua
região e torne público os contatos.
a) Após análise dos materiais acima, reflita, discuta e registre em seu caderno sobre os se-
guintes tópicos:
b) Hora da ação! A partir da discussão sobre o impacto antrópico nos habitats e nicho ecológico,
levante e registre ações que devem ser feitas para minimizar esses impactos.
Professor, é possível que seja discutido sobre pontes verdes ou passagem de fauna, sinalização
adequadas nas vias de circulação, comunicação com a comunidade local sobre manejo de animais
silvestres, respeitar as áreas de preservação permanentes (APP) próximas às construções etc.
SAIBA MAIS
Corredores ecológicos. Disponível em: https://cutt.ly/HW0fOVG. Acesso em:
13 set. 2021.
Professor, reforce com os estudantes que no componente de Química foi abordado como
o rompimento de barragem de rejeitos impacta o ambiente. O foco em Química é poluição
e contaminação, porém, aqui em Biologia, é possível relacionar também a perda de habitat,
atrelando todos os tópicos discutidos no momento 2.
Em grupos, assistam ao vídeo: Áreas Verdes Urbanas: o que são e para que servem?
Disponível em: https://youtu.be/rDK5D7PPCIs. Acesso em: 25 ago. 2021.
Elaborem um projeto, que terá como proposta a utilização de uma ferramenta de georreferenciamento.
Ações:
- Localize uma área pública degradada a partir de uma vista aérea;
- Essa área pública deve ser passível de revitalização;
- Elenque esses dados da área em seu caderno;
- Lembre-se de anotar a localização.
a) Levantem dados referentes à área, aos aspectos ecológicos e às potencialidades, a suas con-
dições de degradação, ao possível agente da degradação; se existe poluição, lixo depositado
inadequadamente, mata remanescente, corpos d’água, arborização, arbustos, jardins, dentre
outros aspectos que o grupo elencar.
b) A partir dos dados levantados, elabore, com seu grupo, um projeto de revitalização da área
degradada. Esse projeto deve ser apresentado como um produto educomunicativo, apresen-
tando a solução encontrada pelo grupo para reverter o processo de degradação da área es-
colhida e divulgado na sua comunidade.
Desafio:
Com ajuda de um programa de design de jardins gratuito, disponível na internet, crie uma maquete
3D, ou uma maquete física (com materiais sustentáveis, priorizando a reutilização de materiais),
apresentando o projeto de revitalização da área escolhida, e divulgue na sua comunidade.
Para saber mais sobre monitoramento ambiental, sugerimos o vídeo: Monitoramento Ambien-
tal. Disponível em: https://youtu.be/F8aD_YhLX74. Acesso em: 24 ago. 2021.
SAIBA MAIS
ANOTAÇÕES
ANOTAÇÕES
ANOTAÇÕES
ANOTAÇÕES
ANOTAÇÕES
Onde denunciar?
– Você pode denunciar, sem sair de casa, fazendo um Boletim de Ocorrência
na internet, no site: https://www.delegaciaeletronica.policiacivil.sp.gov.br.
– Busque uma Delegacia de Polícia comum ou uma Delegacia de Defesa
da Mulher (DDM). Encontre a DDM mais próxima de você no site
http://www.ssp.sp.gov.br/servicos/mapaTelefones.aspx.
– Ligue 180: você pode ligar nesse número - é gratuito e anônimo - para
denunciar um caso de violência contra mulher e pedir orientações sobre
onde buscar ajuda.
– Acesse o site do SOS Mulher pelo endereço https://www.sosmulher.sp.gov.br/
e baixe o aplicativo.
– Ligue 190: esse é o número da Polícia Militar. Caso você ou alguém esteja
em perigo, ligue imediatamente para esse número e informe o endereço
onde a vítima se encontra.
– Disque 100: nesse número você pode denunciar e pedir ajuda em casos
de violência contra crianças e adolescentes, é gratuito, funciona 24 horas
por dia e a denúncia pode ser anônima.
1º SEMESTRE
ENSINO MÉDIO
CIÊNCIAS DA NATUREZA SEGUNDA SÉRIE
Currículo em Ação