Patologia Bucal Ii
Patologia Bucal Ii
Patologia Bucal Ii
PPNN: Conceito: São lesões que com frequência se desenvolvem nas partes moles da cavidade bucal e raramente
no complexo maxilo-mandibular, basicamente de natureza inflamatória, sem características neoplásicas.
Clinicamente é um aumento tecidual localizado como nódulos ou difusos como massas teciduais. São resultantes
de uma resposta orgânica a inúmeras agressões, tais como cálculos subgengivais, próteses mal-adaptadas, mau
estado de conservação dos dentes, restaurações defeituosas. Ou sua origem associada a processos infecciosos de
origem dentária como raízes residuais, de consistência fibrosa ou flácida; sintomatologia e coloração variável,
base pediculada ou séssil, que frequentemente sangra ao toque; com perda de aspecto de casca de laranja da
superfície. São lesões condicionadas por um estímulo externo que não possuem a capacidade de crescimento
próprio.
OBS.: Epúlide Granulomatosa: ocorre crescimento de tecido de granulação que surgem em alvéolos dentários
pós extração (nodular), tecido de granulação reacional.
Obs: Pólipo fibroepitelial: ocorre no palato duro abaixo da prótese superior; massa plana de cor rosa; aderido
ao palato por um estreito pedículo.
FIBROMATOSES GENGIVAIS
HIPERPLASIA PAPILOMATOSA
Natureza: reacional e não inflamatória neoplásica. Desenvolve-se abaixo da dentadura, lesão que faz
parte do espectro de estomatite dor dentadura.
Características clínicas: palato duro; associada a cândida e pacientes com HIV; assistomática; superfície
“pedregosa” ou papilar; relacionado a: prótese removível mal-adaptada, má higiene da prótese removível,
uso por 24 horas da prótese.
Características histopatológicas: numerosos crescimentos papilares na superfície.
Tratamento e prognóstico: remoção da dentadura, terapia com antifúngicos T e S, excisão cirúrgica,
curetagem, eletrocirurgia, eriocirurgia, cirurgia a laser.
2) Neplasias Benignas
CONCEITO: São afecções caracterizadas por distúrbios no processo de proliferação e diferenciação celular.
Neoplasia: é considerado como crescimento novo, independente, desordenado , de tecido que, potencialmente, é
capaz de proliferação ilimitada, e que não regride depois de removido o estimulo que produziu as lesões
(crescimento autônomo).
TECIDO EPITELIAL
PAPILOMA
Natureza: proliferação benigna do epitélio pavimentoso estratificado, induzida pelo HPV, resultando em
uma lesão verruciforme ou papilar
Características clínicas: os tipos 6 e 11 são os mais comuns, possui baixa taxa de virulência e infectividade.
Ocorre em 1 a cada 250 adultos, representam 3% das lesões biopsiadas, 7 a 8% de todos os crescimentos
orais em crianças. Ligeira predominância em homens. Presente mais em crianças, porem mais diagnosticado
entre 30 e 50 anos. Mais comum no palato na língua e lábios. Lesão mais comum no palato mole. Nódulo
exofílico de consistência amolecida, assintomático, mais pediculado que séssil. Progressões semelhantes a
dedos “couve-flor”, pontiagudas ou embotadas. Lesões brancas ou ligeiramente vermelhas ou de coloração
normal. Solitário, cresce rápido, normalmente mede 0,5 cm, mas pode atingir 3 cm.
Características histopatológicas: proliferação do epitélio pavimentoso estratificado, arranjados em
progressões semelhantes a dedos com tecido conjuntivo fibromuscular. O tecido conjuntivo pode apresentar
inflamação.
Tratamento e prognóstico: excisão cirúrgica. Incomum haver recidivas.
TECIDO CONJUNTIVO
FIBROMA (FIBROMA DE IRRITAÇÃO; TARUMÁTICO, HIPERPLASIA FIBROSA FOCAL; NODULO FIBROSO
Natureza: neoplásica. Neoplasia mais comum na cavidade bucal. Questiona-se se ele não é uma
hiperplasia reacional do tecido conjuntivo fibroso em resposta a irritação local ou trauma local.
Características clínicas: mais presente na mucosa jugal, ao longo da linha de oclusão, conseqüência do
trauma da mordida na bochecha. Pode ser a maturação fibrosa de um granuloma piogênico. Nódulo de
superfície lisa e coloração rosada, mais séssil que pediculado. Geralmente varia de 1,5 cm ou mais de
diâmetro. Da 4º a 6º década de vida e mais em mulheres
Características histopatológicas: aumento do volume nodular de tecido fibroso, recoberto por epitélio
pavimentoso estratificado. A lesão não é encapsulada e o tecido conjuntivo se mistura com o tecido
conjuntivo vizinho.
Tratamento e prognóstico: excisão cirúrgica conservadora
LIPOMA
Natureza: Neoplasia benigna de gordura. Neoplasia mesenquimal mais comum. Na cavidade bucal e na
região maxilofacial são menos frequentes representando 1% a 4% dos lipomas.
Características clínicas: aumento de volume nodular de superfície lisa e consistência macia, que podem
ser sésseis ou pediculados. Coloração amarelada ou cor de rosa. Mais frequente ser menor que 3 cm, mais
presente na mucosa jugal e vestíbulo bucal, em pessoas com 40 anos ou mais.
Características histopatológicas: adipócitos maduros, bem circunscrita e pode apresentar uma fina
cápsula fibrosa. Fibrolipoma: presença de maior componente fibroso + céls. adiposas. Angiolipoma: com
vasos sanguíneos
Tratamento e prognóstico: excisão local cirúrgica conservadora.
LINFAGIOMA
Natureza: crescimento benigno hamartomatoso, semelhante a neoplasias dos vasos linfáticos.
Classificação três tipos: 1- macrocístico: compostos de espaços semelhantes a cistos medindo 2 cm de
diâmetro ou mais. 2- microcístico: composto por canais vasculares vasculares menores medindo menos de 2
cm de diâmetro. 3- misto: composto da combinação de espaços macrocísticos e microcísticos.
Características clínicas: predileção pela região de cabeça e pescoço, 50% a 75% de todos os casos. 50% é
notado ao nascimento, 90% se desenvolvem por volta de 2 anos de idade. Linfangiomas cervicais são mais
comuns no triângulo posterior se apresentam como massas amolecidas flutuantes. Na região anterior
comumente causa dificuldades respiratórias. Podem chegar a 15 cm ou mais e esse crescimento pode ser
Autoria: Marina Maria Ferreira Falcão- UPE/FOP -103 Página 6
rápido devido a uma infecção respiratória. É mais comum nos dois terços anteriores da língua, as vesículas de
assemelham a ovos de rãs translúcidos e quando a hemorragia de algum vaso ou vesícula se tornam
arroxeados. Pequenos linfagiomas menores que 1 cm aparecem no rebordo alveolar em cerca de 4% dos
recém-nascidos negros, predomina em homens, muitos dos linfagiomas se resolvem espontaneamente, pois
não são observados em indivíduos mais velhos.
Características histopatológicas: vasos linfáticos que podem mostrar dilatações discretas (microcística) ou
estruturas semelhantes a cistos (macrocística). Podem ficar superficial e de aparência translúcida. Os vasos
também podem se estender para o tecido conjuntivo profundo e para musculatura esquelética.
Tratamento e prognóstico: depende do tamanho e da localização e subtipo da anomalia. Quando
necessarui excisão cirúrgica ou esclerose percutânea. Doxiciclina na esclerose cutânea. Aumento na cavidade
oral da recorrência.
TECIDO NERVOSO
NEURILEMOMA (SCHAWAMOMA)
Natureza: neoplasia benigna neural com origem nas células de Schwann
Características clínicas: incomum. Neurilemomas bilaterais do nervo vestibuloauditivo são característica
de uma condição hereditária a neurofibromatose tipo II. Neurolimomas múltiplos também ocorrem em outra
doença genética conhecida como schwannomatose. Assintomático geralmente ele empurra o nervo pro lado
e é de crescimento lento e encapsulado e surge em associação com um troco nervoso. Mais comum em
adultos jovens de meia-idade, variando de mm a muitos cm. Ocorre com maior freqüência na língua, pode
ser intraósseo e produzir expansão óssea, lesão radiolúcida uni ou multiloculares.
Características histopatológicas: neoplasia encapsulada. Alterações degenerativas podem ser vistas em
lesões antigas: hemorragias, inflamação e fibrose, atipia celular e depósito de hemossiderina.
Tratamento e prognóstico: excisão cirúrgica. Incomum haver recidivas.
NEUROFIBROMA
Natureza: mais comum neoplasia de nervo periférico e se origina os tipos celulares, células de schwann e
os fibroblastos perineurais.
Características clínicas: lesões solitárias, mais em adultos jovens, indolores e amolecidos e de crescimento
lento, varia de tamanho de pequenos nódulos a grandes aumetnos de volume. Mias na pele, porém
aparecem na cavidade bucal. Mais na língua e na mucosa jugal, raro intraósseo. Radiograficamente uni ou
multiloculares e pode ser mal ou bem definido.
Características histopatológicas: o neurofibroma solitário é bem definido e circunscrito principalmente
quando a proliferação ocorre no perineuro do nervo envolvido. Outros podem se misturar ao tecido
conjuntivo adjacente. Composto de feixes entrelaçados de células fusiformes, com núcleo ondulado.
Tratamento e prognóstico: excisão cirúrgica. baixa recidiva. E deve ser avaliado todos com possibilidade
para neurofibromatose.
CERATOSCANTOSE
Natureza: proliferação epitelial autolimitada (semelhante ao carcinoma espinocelular), bem diferenciada.
Origem no infundíbulo dos folículos pilosos. Raras as lesões intraorais. Causa desconhecida, dano causado
pelo sol ou pelo HPV (3,26 e 37) têm sido consideradas causas potenciais. Predisposição hereditária para o
desenvolvimento de múltiplos na síndrome de Muir-Torre (neoplasia sebácea, ceratoacantomas e
carcionamas gastrointestinais).
Características clínicas: mais comum em maiores de 45 anos, em homens, 95% das lesões são solitárias na
pele exposta ao sol, 8% na borda do vermelhão dos lábios. Nódulo firme indolor, bem delimitado, séssil e
com formato de cúpula, porção externa com textura e coloração normais, mas pode ser eritematosa. Possui
3 fases: 1-crescimento: á aumento rápido e típico, o diâmetro é de 1-2 cm dentro de 6 semanas (diferente do
carcinoma espinocelular); 2- estacionária e 3- fase de involução: a de 6 a 12 meses cicatriz depressiva.
Características histopatológicas: a biopsia deve conter fragmentos de tecido sadio. Apresentam
disceratose considerável, pérolas de ceratina, há superprodução de ceratina na área da cratera, epitélio da
LEUCOEDEMA:
• Natureza: condição comum da mucosa oral.
Características clínicas:Mais em negros; Aparência difusa, opalescente e branco-acizentada leitosa da
mucosa; Superfície frequentemente pragueada resultando em estrias esbranquiçadas ou com rugosidades;
As lesões não são destacáveis. ; Normalmente mais bilateral; Mais comum na mucosa jugal.
Características histopatológicas: aumento da espessura epitelial, com edema intracelular proeminente na
camada espinhosa; superfície epitelial em geral é paraqueratinizada, e as cristas epiteliais são amplas e
alongadas.
Tratamento e prognóstico: nenhum. Distinguir de outras lesões brancas comuns como a leucoplasia,
candidíase e o Líquen plano.
Tem que distender a mucosa para excluir alterações edematosas.
LINHA ALBA: Linha “branca” – comum na mucosa jugal, geralmente associada à pressão, irritação por
fricção ou trauma de sucção das superfícies vestibulares dos dentes.
Características clínicas: Geralmente bilateral; Pode ser festonada e está localizada na altura da linha de
oclusão dos dentes; Sexo feminino;
Características histopatológicas: não indicada, se for: hiperortoqueratose recobrindo a mucosa oral
normal, as vezes pode ser visto edema intracelular do epitélio e inflamação crônica leve na lâmina própria.
Tratamento e prognóstico: Não há necessidade de tratamento.
ERITROPLASIA:
• Placa vermelha que não pode ser clínico ou patologicamente diagnosticada como qualquer outra lesão.
Eritroplasia oral é semelhante clínica e histopatologicamente o genital. Quase todos as eritroplasias
verdadeiras demonstram displasia epitelial, carcinoma in situ ou carcinoma epidermoide.
Características clínicas:1 por 2500 adultos; Doença da meia-idade
Assoalho bucal, língua e palato mole; Lesão como mancha ou placa bem delimitada, eritematoses de
consistência macia e textura aveludada.
Características histopatológicas: 90% das lesões apresentam displasia epitelial intensa, carcinoma in situ
ou carcinoma epidermóide superficialmente invasivo; epitélio atrófico; tecido conjuntivo com inflamação
crônica. Diferenciar de mucosite, candidíase, psoríase e lesões vasculares.
Tratamento e prognóstico: excisão cirúrgica completa ou ablação. Sugerido longo período de
acompanhamento. Maior recorrência e envolvimento multifocal.
FIBROSE ORAL SUBMUCOSA: Condição potencialmente maligna de alto risco, caracterizado por
cicatrização crônica progressiva da mucosa bucal.
Características clínicas:Mais na Ásia; Adultos jovens; Causado por betel quaid (droga); Queixas: trismo,
estomatopirose (queimação generalizada bucal); Primeiros sinais e sintomas: vesículas, petéquias, melanose,
xerostomia e estomatopirose; Mucosa vestibular, área retromolar e palato mole; Posteriormente a mucosa
desenvolve uma mancha pálida com rigidez progressiva.
ESTOMATITE NICOTÍNICA: uma das mais comuns da mucosa do palato duro, sofreu perda depois que
houve diminuição do hábito de fumar charuto e cachimbo.
Características clínicas:Os cigarros são fumados com a ponta acesa para dentro da boca em algumas
culturas e tem potencial para desenvolver displasia ou carcinoma; Mais comum em homens; Exposição a
longo prazo ao calor; maior que 45 anos; Mucosa do palato difusamente cinza ou branco; Pápulas elevadas
com centros vermelhos puntiformes (inflamação das glândulas salivares menores); Mancha marrom nos
dentes pelo tabaco, queratina espessa no palato, hiperqueratose da mucosa jugal.
Características histopatológicas: hiperqueratose e acantose do epitélio do palato, infiltrado crônico.
Tratamento e prognóstico: reversível, só cessar o fumo. Se lesão branca não cessar em 1 mês deve ser
considerada leucoplasia e tratado como tal.
LÍQUEN PLANO: doença dermatológica crônica afeta frequentemente a mucosa buca. Doença
mucocutânea imunomediada. Adultos de meia-idade; Sexo feminino; Basicamente existem duas formas de
lesões bucais:
Líquen plano reticular: mais comum que a forma erosiva, não costuma causar sintomas, região posterior
da mucosa jugal bilateralmente, também borda lateral e dorso da língua, a gengiva, palato e vermelhão dos
lábios. É assim chamado pelo padrão de linhas brancas entrelaçadas (Estrias de Wickham), pode aparecer
como pápula, as lesões brancas. No dorso da língua aparece como placas queratóticas, com atrofia das
pápulas.
Líquen plano erosivo: lesões sintomáticas clinicamente se observa áreas eritematosas, atróficas, com
graves variáveis de ulceração central, quando a atrofia e ulceração estão confinadas a mucosa gengival é
denominado gengivite descamativa, mas faz biopsia para descartar pênfigo vulgar e o penfigóide das
membranas mucosas. Se houver separação entre o epitélio e o tecido conjuntivo subjacente resulta no
Líquen plano bolhoso.
Características histopatológicas: são típicas, mas não específicas – graus variáveis de ortoqueratose e de
paraqueratose presentes no epitélio, dependendo de espécime da biopsia. Ser obtido de uma lesão erosiva
ou reticular, classicamente as cristas epiteliais; são pontiagudas ou tem forma de “dentes em serra”,
degeneração hidrópica. Diagnóstico: Líquen plano reticular = mais por achados clínicos; Líquen plano erosivo
= mais difícil por achado clínico, as vezes necessário biopsia.
Tratamento e prognóstico: Líquen plano reticular = nenhum tratamento necessário, quando com
candidíase sobreposta tratar a candidíase; Líquen plano erosivo = corticosteroides, corticoides tópico
potentes (betametasona), aplica muitas vezes ao dia. Potencial maligno baixo. Acompanhamento necessário
e maior para o tipo erosivo.
MELANOMA MALIGNO
• Natureza: neoplasia maligna de origem melanocítica. Pode surgir do novo ou a partir de uma lesão
melanocítica benigna preexistente. Exposição a radiação UV da luz solar, danos agudos do sol podem ser de
maior relevância que exposição crônica. Maior risco em quem tem pele, cabelos e olhos claros, queimaduras
bolhosas solares na infância, sardas.
• Características clínicas: “ABCDE” Assimetria (padrão de crescimento descontrolado), Bordas irregulares,
Coloração irregular (marrom ao negro, branco, azul e vermelho), Diâmetro maior que 6 mm, Evolutivo (muda
MELANOMA ORAL
• Natureza: Etiologia incerta
Características clínicas: baixa prevalência (0,5%). Macular ou ulcerativo. Crescimento agressivo.
Diagnostico diferencial: tatuagem por amalgama, nevo melanocítico, carcinoma basocelular pigmentado
(pele). Estágios: 1- doença localizada; 2-metástase em linfonodo regional; 3- metásase a distância.
NEOPLASIAS MALIGNAS DE ORIGEM MESENQUIMAL: sarcomas de tecido mole 1% dos cânceres dessa
área.
FIBROSSARCOMA:
• Natureza: neoplasia maligna de fibroblastos mais comum nas extremidades que na região de cabeça e
pescoço.
• Características clínicas: crescimento lento, atinge tamanho considerável sem dor. Pode ocorrer em
qualquer idade e localização, no nariz ou nos seios paranasais, onde frequentemente resultam em sintomas
obstrutivos.
• Características histopatológicas: diagnostico de exclusão, bem diferenciados consistem em fascículos de
células fusiformes que formam um padrão “espinha de peixe”, pleomorfismo com atividade mitótica mais
evidente.
• Tratamento e prognóstico: excisão cirúrgica com margem de tecido normal adjacente. Recidivas de 50% e
as taxas de sobrevida em 5 anos variam de 40% a 70%.
LIPOSSARCOMA
• Natureza: neoplasia maligna de origem nos adipócitos. Mais comum dos sarcomas de tecido mole
• Características clínicas: são raros na região de cabeça e pescoço (3%). Mais frequente aos 57 anos.
Aumento de volume mal definido, crescimento lento e consistência amolecida, cor amarelas ou normal . dor
e sensibilidade são incomum. Na região de cabeça e pescoço é mais comum no pescoço. E nas orais na língua
e bochecha.
•Características histopatológicas: classificação: a variante bem diferenciada: mais comum, lembram lipomas,
mas demonstram dispersos lipoblastos e células estromais hipercromáticas atípicas. Lipossarcoma mixoides:
proliferação de lipoblastos em um estroma mixoide que contém rica rede capilar. Lipossarcoma de células
redondas menos diferenciadas. Lipossarcoma pleomorfico : grande pleomorfismo celular e células gigantes
bizarras. . Lipossarcoma desdiferenciado: combinação de lipossarcoma bem diferenciado mais pobremente
diferenciado.
• Tratamento e prognóstico: excisão cirúrgica radial. Recidivas de 20% na cavidade bucal, raras metástases e
morte.
FIBROSSARCOMA:
• Natureza: neoplasia maligna de fibroblastos mais comum nas extremidades que na região de cabeça e
pescoço.
• Características clínicas: crescimento lento, atinge tamanho considerável sem dor. Pode ocorrer em
qualquer idade e localização, no nariz ou nos seios paranasais, onde frequentemente resultam em sintomas
obstrutivos.
• Características histopatológicas: diagnostico de exclusão, bem diferenciados consistem em fascículos de
células fusiformes que formam um padrão “espinha de peixe”, pleomorfismo com atividade mitótica mais
evidente.
• Tratamento e prognóstico: excisão cirúrgica com margem de tecido normal adjacente. Recidivas de 50% e
as taxas de sobrevida em 5 anos variam de 40% a 70%.
LEIOMIOSSARCOMA:
• Natureza: neoplasia maligna com diferenciação em músculo liso. Na cavidade bucal são raros
• Características clínicas: adultos de meia idade e idosos, metade dos casos orais em ossos maxilares,
aumento de volume expansivo que pode ou não ser doloroso. Pode ocorrer ulceração secundaria na
superfície da mucosa.
• Características histopatológicas: células fusiformes com abundante citoplasma eosinofílico e núcleo com
terminação romba em formato de charuto. Grau de pleomorfismo varia de 5 ou mais mitoses por 10 campos
de grande aumento, considerar maligno.
• Tratamento e prognóstico: excisão cirúrgica, em conjunto com radioterapia e quimioterapia, as vezes. Tem
potencial para recidiva e metástase a distância.
RABDOMIOSSARCOMA:
• Natureza: neoplasia maligna com diferenciação em músculo esquelético. Acomete mais crianças e na região
de cabeça e pescoço.
• Características clínicas: ocorre mais na primeira década de vida, mas também em adolescentes e jovens
adultos. Acomete mais homens. Os rabdomiossarmas embrionários são mais comuns entre 10 e 25 anos, os
pleomórficos em maiores de 40 anos. É um aumento de volume infiltrado, indolor que pode crescer
rapidamente. Mais na face e na órbita, seguido da cavidade nasal. Intraoral acomete o palato e o seio maxilar
• Características histopatológicas: tipo embrionário: pequenas células redondas ou ovais com núcleo
hipercromático e citoplasma indistinto. As mais diferenciadas mostram rabdomioblastos com formato
redondo a ovóide, com citoplasma eosinofílico e material fibrilar ao redor do núcleo. O subtipo botrioide é
esparsamente celular com estroma mixoide exuberante. Tipo alveolar: agregados de células redondas e ovais
pouco diferenciadas separadas por septo fibroso. Perdem coesividade central, resultando em padrão
alveolar.
• Tratamento e prognóstico: excisão cirúrgica + radioterapia + quimioterapia. prognóstico extremamente
ruim. 90% de mortabiliadade.
LINFOMA NÃO HOGKIN (O LINFOMA DE HOGKIN É RARO NA BOCA E NÃO VAI SER CITADO)
• Natureza: Surgem inicialmente nos linfonodos e tendem a crescer como aumentos de volume sólidos
lentamente. Mais comumente se originam de células da série dos linfócitos B e menos comum derivação de
linfócitos T.
• Características clínicas: acomete mais adultos, em pacietnes que tem problemas imunológicos como
imunodeficiência congênita, AIDS, transplantados, doenças autoimunes como lúpus e atrite reumatóide, EBV
como agente etiopatologênico no linfoma de Burkitt. Na apresentação nodal o paciente geralmente nota um
aumento lento durante meses do volume indolor. Envolve uma coleção de linfonodos locais, a medida que
progride, os linfonodos tornam-se mais numerosos e fixos as estruturas adjacentes ou emarranhados uns nos
outros. Acomete mais o vestíbulo oral e o palato duro posterior ou a gengiva. Tem consistência esponjosa.
LINFOMA DE BURKITT
• Natureza: malignidade originada nos linfócitos B que representa um linfoma indiferneciado. Mais comum
no nordeste do Brasil. Podem ser responsáveis pela transformação o EBV, HIV, translocações cromocômicas.
• Características clínicas: predileção por ossos gnáticos (50% a 70%). Afeta mais crianças (média de 7 anos) e
homens. Acomete mais a maxila. Linfoma de burkitt esporádico tende a afetar maiores faixas etárias.
Crescimento da neoplasia com aumento de volume facial e proptose, grande mobilidade pela destruição
agressiva dos ossos gnáticos. Na radiografia: destruição agressiva dos ossos gnáticos, com margens
irregulares e mal definidas. Desaparecimento da lâmina dura estágio inicial do linfoma de Burfitt.
• Características histopatológicas: linfoma de células B não elevada, pequena e indiferenciada. A lesão invade
sob a forma de amplas camadas de células tumorais que exibem núcleos redondos com citoplasma mínimo.
Padrao clássico de “céu-estrelado” fenômeno causado pela presença de macrófagos dentro do tecido
tumoral.
• Tratamento e prognóstico: quimioterapia intensiva gera boa resposta. Causa morte de 4 a 6 meses após o
diagnóstico em muitos casos.
5) Tumores odontogênicos
AMELOBLASTOMA UNICÍSTICO
• Características clínicas: 50% na segunda década de vida (média de 23 anos), 90% encontrado na mandíbula
(regiões posteriores), assintomático. Radiograficamente: imagem radiolúcida circunscrita que envolve a
coroa de um terceiro molar não erupcionado, lembra clinicamente um cisto dentígero. Clinico pode sugerir
cisto, mas o diagnóstico só será feito após estudo microscópico do espécime.
• Características histopatológicas: três variantes desse tipo de ameloblastoma. 1- luminal: o tumor ta
confinado a superfície luminal do cisto, parede cística fibrosa com um revestimento composto por epitélio
ameloblástico. 2- intraluminal: um ou mais nódulos de ameloblastomas se projetam do revestimento cístico
em direção ao lúmem cístico. 3- mural: a parede fibrosa do cisto está infiltrada por ameloblastoma típico
folicular ou plexiforme.
• Tratamento e prognóstico: inicialmente é tratado como cisto e é feita a enucleação. O diagnóstico do
ameloblastoma é feito após análise microscópico. A enucleação é o tratamento cureta pros tipos luminal o e
intraluminal. No caso do mural ressecção local da área como medida profilática, outros não, menor recidiva.
É necessário acompanhamento a longo prazo.
FIBRO-ODONTOMA AMELOBLÁSTICO
• Natureza: tumor com características gerais de um fibroma ameloblástico, mas que também contém
esmalte e dentina. Não se basear só pelo histopatológico.
• Características clínicas: acomete mais crianças (10 anos), mais na região posterior da mandíbula, mais em
homens. Assintomático, descoberta após radiografia para identificação de falha na erupção. Grandes lesões
podem aumentar o volume do osso sem causar dor. Radiograficamente: imagem radiolúcida unilocular, bem-
circunscrita, contem quantidade variável de material calcificado. Pode estar incluindo a coroa do dente não
erupcionado ou está a margem da lesão.
• Características histopatológicas: idêntico ao fibroma ameloblástico. Os elementos calcificados consistem
em focos de matriz de esmalte e dentina em formação em intima relação com estruturas epiteliais.
• Tratamento e prognóstico: curetagem conservadora destaca-se facilmente de seu leito ósseo. Tumor bem
circunscrito e não invade o osso adjacente. Prognóstico excelente.
ODONTOAMELOBLASTOMA
• Natureza: extremamente raro e confundido com o odontoma.
• Características clínicas: acometem mais pacientes jovens, os ossos gnáticos, são possíveis de haver dor,
atraso na erupção dentária e expansão do osso afetado.
• Características histopatológicas: a porção do epitélio tumoral em proliferação apresenta características de
um ameloblastoma, mais frequente do padrão folicular ou plexiforme. Componente ameloblástico está
ODONTOMA
• Natureza: tipo mais comum de tumor odontogênico. São considerados distúrbios do desenvolvimento
(harmatomas) quando desenvolvidos totalmente consistem em esmalte, dentina e variável quantidade de
cemento e polpa. Divididos em: composto- múltiplas estruturas pequenas, semelhantes a dentes e
complexo- massa amorfa de esmalte e dentina que não exibem semelhança anatômica com um dente.
• Características clínicas: acomete mais pacientes nas duas primeiras décadas de vida, assintomático, sendo
identificado com exame radiográfico de rotina. Geralmente pequenos encontrados mais na maxila e na
região anterior o composto. E o complexo mais na região dos molares de qualquer um dos ossos gnáticos.
Radiograficamente: composto: parece a estrutura de um dente, variados de tamanhos e formas, com delgada
zona radiolúcida. Complexo: massa calcificada com radiodensidade de estrutura dentária, cercada de
margem radiolúcida.
• Características histopatológicas: quantidades variadas de matriz de esmalte estão em geral presentes.
• Tratamento e prognóstico: excisão cirúrgica local simples e prognóstico excelente
CEMENTOBLASTOMA
• Natureza: 1% de todos os tumores odontogênicos. Representa uma neoplasia benigna verdadeira de
cemento.
• Características clínicas: acomete mais a mandíbula, mais na região dos molares e prés. 50% no 1º molar.
Pacientes mais jovens antes dos 20 anos representam 50% e 75% antes dos 30 anos de todos os casos. Dor e
aumento de volume estão presentes em 2/3 dos casos. Responde positivo ao teste de vitalidade pulpar.
Lesão inócua, porem pode haver sinais de agressividade como expansão óssea, erosão cortical, deslocamento
dos dentes adjacentes, envolvimento do seio maxilar e infiltração da câmara pulpar e raízes.
Radiograficamente: massa radiopaca esta fundida a um ou mais dentes e é circundada por um fino halo
radiolúcido
• Características histopatológicas: fusão do tumor ao dente envolvido. Microscopicamente, lençóis e
trabéculas espessas de material mineralizado com lacunas posicionadas de forma irregular e linhas reversas
basofílicas proeminentes
• Tratamento e prognóstico: extração cirúrgica dos dentes juntamente com a massa calcificada anexada.
6)Patologia Óssea
QUERUBISMO
• Natureza: condição rara dos ossos gnáticos. Geralmente herdado como traço autossômico dominante.
Outros casos mutações. Mais penetrância em homens. Anjos pequenos bochechudos (querubibs)
• Características clínicas: mais comum entre 2 e 5 anos. Casos mais leves demoram ate 10 a 12 anos para o
diagnóstico. Alteração clinica progridem até a puberdade e então estabilizam e regridem letamente.
Expansão e indolor e simétrica da região posterior da mandíbula em casos iniciais linfoadenopatia cervical, já
nos casos graves envolvimento da região inferior, lateral da órbita desloca e os globos oculares para cima e
puxa a pálpebra inferior para baixo. Alem dos efeitos estéticos as lesões podem causar deslocamento ou
falha na erupção dentária. Prejudicar a mastigação, criar dificuldades de fala, obstruir as vias aéreas
superiores e levar a perda da visão ou audição. Radiograficamente: multiloculações radiolúcidas bilatérias
expansivas, pode haver reabsorção das raízes dos dentes e fina camada ou rompimento cortical.
• Características histopatológicas: achados semelhantes aos das lesões de células gigantes. No microscópio ,
tecido fibroso vascular contendo numero variável de células gigantes multinucleadas e hemorragia dispersa.
Acúmulo eosinofílicos em forma de manguitos especifica do querubismo, mas não está sempre presente.
• Tratamento e prognóstico: maioria regride sem tratamento após a puberdade, na 4º década de vida se
aproxima da normalidade. Em caos graves, curetagem, recontorno, ressecção parcial ou completa,
exodontias, implantes e etc.
LESÕES FIBRO-ÓSSEAS: grupo diverso de doenças caracterizado pela substituição do osso normal do
tecido fibroso contendo material mineralizado neoformado. Compreende displasia fibrosa, displasia óssea,
fibroma ossificante.
DISPLASIA FIBROSA
• Natureza: condição do desenvolvimento caracterizada pela substituição do osso normal por uma
proliferação de tecido conjuntivo fibroso celularizado entremeado por trabéculas ósseas irregulares.
• Características clínicas: displasia fibrosa monostótica: 70-85% doença limitada a um osso, mais frequente
entre a 2-3º década de vida, sem predileção por gênero, mais na maxila na região posterior. Quando se
estende aos ossos adjacentes (zigoma, esfenóide, etmóide e etc) o termo é displasia fibrosa craniofacial. Sem
dor e edema unilateral são comuns. Crescimento lento. Os dentes envolvidos na lesão em geral ficam firmes,
mas podem ser deslocar pela massa óssea. Radiograficamente: leve opacificação tipo “vidro fosco” com
margens pouco definidas. Cintilografia, ajuda a determinar a extensão e envolvimento e julgar se a doença é
poliostótica. displasia fibrosa poliostótica: envolvimento de 2 ossos. Diagnóstico antes dos 10 anos, amais no
sexo feminino, sinais e sintomas são relatados envolvendo ossos longos, inclui dor, fraturas patológicas,
claudicação discrepância e arqueamento da perna. O envolvimento dos ossos gnáticos pode resultar em
assimetria facial. O envolvimento craniofacial pode ocasionar alterações na visão, deficiência auditiva,
congestão sinusal, e obstrução das vias áreas.
• Características histopatológicas: microscopicamente, trabéculas de osso imaturo de formato irregular num
estroma celular fibroso.
• Tratamento e prognóstico: alguns têm regressão espontânea outros são graves. Pode haver cirurgias
cosméticas e ortognático correção de má oclusão
FIBROMA OSSIFICANTE
• Natureza: é uma neoplasia verdadeira com potencial de crescimento, raros. Lembra radiograficamente e
histopatológico a displasia óssea focal. A neoplasia é composta por tecido fibroso que contém uma variável
matura de trabéculas ósseas e esféricas semelhantes a cemento.
• Características clínicas: 3-4º década de vida. Mais no Sexo feminino. Na mandíbula, pré-molares e molares
inferiores. Na maxila, o seio. Lesões pequenas assintomáticas e grande indolor com aumento de volume que
pode causar assimetria facial. Mais lesões solitárias. Radiograficamente: depende da quantidade de
calcificações, mostra área bem definida, unilocular radiolúcida ou mista. Os fibromas ossificantes verdadeiros
apresentam área radiopaca com um halo fino radiolúcido na periferia.
• Características histopatológicas: exploração cirúrgica com fácil separação do osso circundante.
Macroscopicamente: mais lesões bem demarcadas e não encapsuladas e microscopicamente: tecido
conjuntivo fibroso celularizado e contém material mineralizado.
• Tratamento e prognóstico: enucleação fácil. Em grandes, ressecção cirúrgica e enxerto ósseo. Recidiva
incomum. Prognóstico bom
OSTEOMA
• Natureza: neoplasia benigna composta de osso maduro compacto ou esponjoso. O esqueleto craniofacial
raramente envolvem outros ossos (ou nunca). Podem surgir na superfície do osso (periosteal, periférico ou
osteoma exofítico), osso medular (endosteal ou osteoma central). Osteomas esqueléticos localizados no
músculo ou osteoma cutâneo localizado na derme.
• Características clínicas: acomete mais adultos, mais no corpo da mandíbula e côndilo, encontradas mais na
face da lingual próximos aos prés e molares. São solitários, assintomáticos com crescimento lento. Os
periosteais aparecem como massas ou pólipos sésseis e os endosteais só são evidentes quando há expansão.
No côndilo pode causar limitação na abertura da boca ou má oclusão. Dor e edema são passiveis. Há mais
osteomas em seios e o frontal é o que apresenta mais casos, seguidos do etmoidal e maxilar.
Radiograficamente: massas escleróticas circunscritas.
• Características histopatológicas: os compactos: aparência normal mostrando tecido medular mínimo e o
esponjoso: trabéculas ósseas e medula fibrogordurosa. Leve aumento da atividade osteoblpástica.
• Tratamento e prognóstico: observação periódica em assintomáticos. Excisões conservadoras em osteomas
grandes e sintomáticos são removidas mediante cirurgia por ressecção ou condiloctomia. Recidiva baixa.
OSTEOSSARCOMA
• Natureza: neoplasia maligna de células mesênquimais que tem capacidade de produzir osso imaturo ou
osteoide. Etiologia desconhecida pode ser classificado: em central (dentro da medula óssea), superficial (na
região justacortical) ou raro extraesquelético (dentro do tecido mole). Mais comum é o central.
• Características clínicas: 6% nos ossos gnáticos. 3-5º décadas de vida-33 a 39 anos principalmente-. Mais no
sexo masculino, acomete igual ou mais a mandíbula no corpo, ângulo, sínfise e ramo respectivamente.
Aumento de volume e dor, mobilidade dos dentes, parestesia e obstrução nasal são comuns.
Radiograficamente: radiopacidades ou misto ou radiolúcida mal definida, destruição cortical, expansão
cortical e a reação periosteal podem ser evidentes. Alargamento simétrico do ligamento periodontal pode
ajudar o diagnóstico precose, mas essa característica está presente em outras doenças e lesões malignas.
Tecido conjuntivo importante para detecção de metástases pulmonares
• Características histopatológicas: produção de osteoide por células mesenquimais malignas. Três tipos de
osteossarcomas: osteoblático, condroblástico e fibroblástico.
• Tratamento e prognóstico: ressecção cirúrgica. Quimioterapia e radioterapia podem ser consideradas.
Melhor prognóstico na mandíbula que na maxila. Mortes decorrentes do descontrole e não de metástase.
Sobrevida maior que 80%.
• Conceito: glândulas salivares maiores: parótida (serosa) 60% da sua produção de saliva; submandibular (mista);
sublingual (mucosa). glândulas salivares menores: localizadas abaixo do revestimento dos lábios, palato, língua, no
interior das bochechas, nariz, seios paranasais e laringe. Classificação das doenças: 1- do desenvolvimento; 2-
alteração do fluxo salivar; 3-condição metabólica; 4- inflamatórias; 5-pseudo-tumoraus; 6-neoplásicas
ANOMALIAS DO DESENVOLVIMENTO
APLASIA DA GLÂNDULA SALIVAR
• Natureza: é um distúrbio do desenvolvimento raro que afeta uma ou mais glândulas salivares.
• Características clínicas: acometem mais homens, maior problema é a xerostomia decorrente da aplasia. A
língua pode apresentar-se espessa o que leva ao aumenta do desenvolvimento de cáries e erosão dentária.
SÍNDROME DE SJOGREN
• Natureza: doença autoimune crônica sistêmica que envolve principalmente as glândulas salivares e
lacrimais que resultam em xerostomia e xeroftalmia. Os efeitos nos olhos são chamados de
queratoconjuntivite sicca. Duas formas: 1- síndrome de sjogren primária: não tem nenhuma outra doença
autoimune presente e síndrome de sjogren secundária: tem outra doença autoimune presente. Sua causa é
desconhecida.
• Características clínicas: não é rara. Acomete mais o sexo feminino, mais em adultos de meia-idade a forma
secundária é mais associada à artrite reumatoide, e lúpus eritematoso sistêmico. Sintoma principal é a
xerostomia. Podem de queixar de dificuldades de usar próteses removíveis. Língua seca e fissurada e com
atrofia de papilas mucosa oral vermelha. 1/3 tem aumento firme e difuso de glândulas salivares maiores
bilateral indolor ou não. Pacientes com xeroftalmia queixam-se de arranhaduras no Globo ocular ou corpo
estranho e essas manifestações são mais intensas durante o dia. Índice de secreção lacrimal é feito pelo teste
de schirmor (Com papel filtro estéril e valores menores que 5mm são anormais). Pele seca, mucosas nasal e
vaginal. Fadiga é comum. Outros problemas incluem linfoadenopatia, cirrose biliar, nefrite intersiticial e etc. •
Características histopatológicas: infiltração linfocítica nas glândulas salivares que leva a destruição das
unidades acionares. O epitélio ductal persiste e junto às células muoepiteliais circundantes tornam-se
hiperplásicas. Biopsia de glândula salivar labial ou parótida.
• Tratamento e prognóstico: é o de suporte. Nos olhos uso periódico de lágrima artificial, saliva artificiais,
balas e chicletes sem açúcar. Medicamentos sialogogos se tiver tecido glandular viável. risco maior para
linfoma comparado a população normal mais o linfoma não Hodgkin de células B
ANOMALIAS INFLAMATÓRIAS
SIALOADENITE
• Natureza: inflamação das glândulas salivares podem surgir por diversas causas infecciosas ou não
infecciosas. A infecção viral mais comum é a caxumba, outros são HIV l, citomegalovírus, parainfluenza e etc.
A maioria das infecções bacterianas surge como resultado de obstrução ductal ou decréscimo do fluxo
salivar, permitindo a disseminação das bactérias pelo sistema ductal. Uma das causas mais comuns é de o
paciente ser mantido sem alimentos e fluidos após cirurgia recente (especialmente a cirurgia abdominal),
Após a cirurgia pode surgir parotidite (caxumba cirúrgica).
• Características clínicas: A sialoadenite bacteriana aguda é mais comum na glândula parótida e é bilateral
em 10% a 25% dos casos. A glândula afetada se apresenta inchada e dolorida, a pele sobrejacente pode se
apresenta quente e eritematosa. Febre baixa e turismo pode estar presentes. Drenagem purulenta comum
quando a glândula é massageada a partir do orifício do ducto. Se persistir a obstrução vira uma sialoadenite
ANOMALIAS PSEUDOTUMORAIS
MUCOCELE(EXTRAVASAMENTO DE MUCO)
• Natureza: Lesão comum, resultante da ruptura de um ducto de glândula salivar e do extravasamento de
mucina para dentro dos tecidos moles vizinhos. Geralmente, resultante de um trauma local, embora muitos
não tenham tido trauma
• Características clínicas: Aumento de volume arredondados de 1 mm a 2 mm a alguns cm. Acomete mais
crianças e adultos jovens. Pode ser azulada superficial ou normocrômicas se mais profundas. Lesão é
flutuante, mas algumas podem ser firmes a palpação. Tempo pode levar de dias a anos. Pacientes relatam
que há um aumento de volume que se rompe periodicamente e libera conteúdo fluido. Acomete mais o lábio
inferior, seguido do assoalho da boca, região anterior do ventre da língua, mucosa jugal, palato e trígono
retromolar. Rato no lábio superior.
Mucocele superficial: desenvolve no palato, região retromolar, mucosa jugal, e essas se apresentam como
vesículas distendidas únicas ou múltiplas de 1-4 mm de diâmetro. As pedires geralmente se rompem, geram
úlceras dolorosas e rasas que cicatrizam em poucos dias.
• Características histopatológicas: Exibe uma área de mucina extravasada, circundada por tecido de
granulação reacional. A inflamação inclui numerosos histiócitos espumosos (macrófagos).
• Tratamento e prognóstico: Alguns precisam de excisão cirúrgica, retirar a glândula salivar menor dentro da
lesão. Deve biopsia fora excluir neoplasia de glândula salivar. Prognóstico excelente
CARCINOMA MUCOEPIDERMOIDE
• Natureza: Neoplasia maligna de glândula salivar mais comum. Patogênese incerta, q exposição a radiação é
um fator de risco.
• Características clínicas: Da 2ª-7ª década de vida. Mais comum na parótida. É um aumento de volume
assintomático. Pode desenvolver dor e parestesia do nervo facial, associados a lesão de alto grau. 2 lugar
preferível são as glândulas salivares menores, especialmente as do palato essas flutuantes de coloração
azulada ou vermelha e clinicamente parece uma mucocele. Também presentes no lábio inferior, assoalho e
língua e região retromolar embora seja Incomum lesões de glândulas salivares, o carcinoma
mucoepidermoide é o mais comum nessas localidades.
• Características histopatológicas: Mistura de células produtoras de muco e epidermoide e células
intermediárias que podem proger os dois tipos de células mucosas e epidermoides. Neoplasias de baixo grau
exibem formação cística, atípica celular mínima é uma proporção relativamente elevada de células mucosas,
já o de alto grau consistem em ilhas sólidas de células epidermoides e intermediárias que podem demonstrar
considerável pleomorfismo e atividade mitótica.
• Tratamento e prognóstico: De parótida inicial, parotidectomia subtotal com preservação do nervo facial, já
as avançadas remoção toto da parótida e do nervo facial. A submandibular é tratada com a remoção
completa. E de glândulas salivares menores excisão cirúrgica as de baixo grau e tira um pouco de tecido
saudável e as de alto grau ressecção ampla como no carcinoma espinocelular. Esvaziamento cervical radial
em pacientes com evidência de metástases. Radioterapia pós operatória. O prognóstico piora aumentando o
grau.
Espero ter ajudado os estudos de vocês e lembrem-se. “Fracasso: Alguns poucos erros de julgamento
repetidos todos os dias. Sucesso: Algumas simples disciplinas praticadas todos os dias.” - Jim Rohn. Um
abraço, Marina.