Unidade Pediátrica Aula 03 PDF
Unidade Pediátrica Aula 03 PDF
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Unidade pediátrica
Definição
É o local destinado à
internação de crianças, cuja
idade pode variar de 0 a 15
anos, equipado para atender as
necessidades globais do
indivíduo nas diferentes faixas
etárias de crescimento, do
nascimento até a adolescência.
Objetivos
Assistir a criança doente, para diagnóstico e
tratamento; Controlar situações já diagnosticadas;
Fazer acompanhamento pós – alta; Servir de centro
de pesquisa científica na área de saúde; Servir de
centro de orientação sanitária; Servir de campo de
ensino para diversos profissionais na área de
pediatria.
Unidade de Berçário
Unidade destinada à
internação de recém nascido de 0
a 28 dias de vida, durante sua
permanência no hospital.
Objetivo: Possibilitar a função
respiratória, evitar infecções,
ministrar alimentação adequada
e manter temperatura.
Organização: Deve ser
subdividido em : sala de normais
, sala de prematuros, sala de
infectados e sala de observação (
RN suspeitos de infecção).
Estrutura física
Arquitetura: todos os cantos e rodapés arredondados para
facilitar a limpeza; Vidros: para facilitar a supervisão do pessoal e
observação do RN; Pintura: deve ser a óleo e de cor suave; Teto:
principalmente da sala de prematuros deve ser de material que isole
ruídos; Piso: material lavável e as janelas providas de telas;
Ventilação e Umidade: ventilação adequada, temperatura e umidade
controladas, desde que as correntes de ar não alcancem os recém-
nascidos. A temperatura deve ser regulada por meio de instalação
termostática, os outros meios ao alcance da instituição; Estrutura
física continuação. Iluminação: fluorescente para ser aumentada ou
diminuída de acordo com a necessidade do recém – nascido.
Equipamentos: berços, incubadoras, armários para roupa limpa,
medicamentos e materiais, fita métrica, balança, pias com torneiras
manobradas por fotocélula, cotovelo ou pé, oxigênio, ar comprimido
e aspirador canalizados, estetoscópio para RN, termômetro,
otoscópio, etc.
Normas: Antes de entrar no recinto do berçário, é necessário
retirar jóias, proceder à escovação das mãos e vestir o avental de uso
exclusivo no berçário. Na sala de isolamento deverá ser usado um
avental para cada recém-nascido. Essas normas dependem da
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) de cada
instituição
Local destinado à internação, diagnóstico e tratamento de
crianças, com idade que pode variar de 0 a 15 anos. Estrutura Física:
Sala de admissão; enfermarias conforme as patologias e idades;
refeitório e sala de recreação; banheiros com banheira, chuveiro,
sanitários para crianças; posto de enfermagem; isolamento; expurgo e
ambiente para mães. OBS: Em comparação com outras unidades, a
unidade pediátrica possui setores especiais, indispensáveis e deve ser
equipada adequadamente para atender as diversas faixas etárias.
Lactário
• Definição: Unidade do hospital destinada ao preparo e distribuição
do leite ou qualquer substituto do recém – nascido e/ou paciente da
pediatria.
•
Localização: Varia em função do tipo e tamanho do hospital; evitar
proximidade de áreas infectocontagiosas e de circulação de pessoal,
pacientes e visitantes; ter maior proteção contra a contaminação do
ar; ser o mais próximo possível do serviço de nutrição e dietética,
para facilitar a supervisão e abastecimento
• Estrutura Física – LACTÁRIO Ventilação: evitar que o ar
contaminado de outras áreas seja levado para dentro do lactário;
Iluminação: deve ser essencialmente sem sombras e de intensidade
adequada, para facilitar a eficiência do trabalho; Equipamentos:
devem ser de material durável, não corrosivos, inquebráveis e
construídos de maneira a facilitar a limpeza de todas as peças. Piso:
cerâmica dura ou ladrilho, ou qualquer outro material impermeável
e de fácil limpeza; Paredes: superfície dura, de cerâmica ou azulejos,
de fácil limpeza
REQUISITOS BÁSICOS PARA A ENFERMAGEM
PEDIÁTRICA
• Ter saúde física e mental;
• Ter capacidade de observação e paciência;
• Saber manter um humor agradável;
• Ter noções de higiene para poder transmitir para as crianças;
• Gostar de crianças;
• Ter responsabilidade.
Características do Hospital
Amigo da Criança
O hospital amigo da criança é a instituição que segue os
dez passos determinados pela UNICEF ( Fundo das
Nações Unidas para Infância): 1) Ter uma norma escrita
sobre o aleitamento, que deverá ser rotineiramente
transmitida a toda a equipe se cuidados de saúde. 2)
Treinar toda a equipe de cuidados de saúde, capacitando-
a para implementar esta norma; 3) Informar todas as
gestantes sobre as vantagens e o manejo do aleitamento;
4) Ajudar as mães a iniciar o aleitamento na primeira
meia hora após o nascimento; 5) Mostrar às mães como
amamentar e como manter a lactação, mesmo se forem
separadas dos filhos;
Características do Hospital
Amigo da Criança
6) Evitar dar ao recém-nascido nenhum outro alimento o
bebida além do leite materno, a não ser que tal
procedimento seja indicado pelo médico.7) Praticar o
alojamento conjunto – permitir que as mães e bebês
permaneçam juntos 24 horas por dia;8) Encorajar o
aleitamento sob livre demanda;9) Evitar dar bicos
artificiais ou chupetas a crianças amamentadas ao seio;10)
Encorajar o estabelecimento de grupos de apoio ao
aleitamento, para onde as mães deverão ser
encaminhadas, por ocasião da alta do hospital ou
ambulatório.
Vantagens para um Hospital Amigo da
Criança
1) A otimização das condutas pró – aleitamento
natural resultará em: 2) Redução dos custos com
internação, medicamentos, material de consumo
hospitalar e pessoal, aumento do espaço físico com a
eliminação dos berçários, etc. 3) Redução em até 90%
das infecções clínicas do bebê e, consequentemente,
dos custos dela decorrentes.
A HOSPITALIZAÇÃO E SEUS EFEITOS SOBRE A CRIANÇA
Normalmente, os problemas que a criança terá de
enfrentar ao adoecer e hospitalizar-se são:a) Perda
relativa de autonomia e competência, percepção de
fragilidade e de estar vulnerável;b) Quanto maior o
tempo de hospitalização, menores as oportunidades de
desenvolvimento normal para a criança.c) Se a
hospitalização implica em separação total ou parcial do
familiar significativo para a criança acima de 3 meses, e
esta não receber assistência psico-afetiva adequada, os
efeitos nocivos da hospitalização poderão ser severos, e
acima de cinco meses irreversíveis
RECÉM NASCIDOS E LACTENTES:
Estes apresentam aparência geral de infelicidade, apetite
indiferente e dificuldade de ganhar peso, choro freqüente,
apatia, respostas fracas aos estímulos, aceleração do trânsito
intestinal e sono agitado (hospitalismo)
Defesa: Não rejeita atenção; pode se apegar a alguém, mas se
ocorre troca constante de pessoal que a assiste, apega-se a
brinquedos ou a comida; o desapego é reação à perda. Aceita
sem protesto alimentos e brinquedos. Pode sorrir e ser
sociável. Aparentemente vai tudo bem. Quando a mãe visita
reage indiferença ou pode estar apática, rancorosa e
briguenta. Essa maneira de se desligar pode ser indicativo de
psicopatias
Assistência de enfermagem :
Assistência de enfermagem :- Incluir e estimular a
mãe nos cuidados com a criança;- Evitar permitir que
a criança chore por períodos prolongados sem
providenciar conforto e tentar satisfazer suas
necessidades;- Desenvolver relacionamento com a
criança e com a mãe para evitar que a mesma não
tenha a sensação de abandono ou solidão; OBS: a
idade em que a hospitalização provoca maior
sofrimento para a criança é entre 18 meses e 5 anos.
CRIANÇAS DE DOIS A CINCO ANOS:
Para criança separadas total ou parcialmente, do
familiar significativo, é comum a reação de
separação constituída de três fases (vivenciadas no
todo ou em parte). 1) Angústia ou protesto: O
sintoma dominante desta fase é a ansiedade aberta.
A criança se apresenta inquieta, recusa alimentação
ou aceita com avidez e vomita, chora muito, pede
pela mãe, tem dificuldade de dormir, aponta para
entradas e saídas dos enfermeiros.
Resignação ou depressão:
Se persistir a privação, a criança se torna mais
tranqüila aparentemente adaptada à situação. Ela já
não acredita que possa mudar a situação. Sente que
seus esforços são inúteis. A expressão pode ser
resignada, triste ou indiferente. Não expressa medo e
carece de vitalidade e energia. Pode demonstrar
desespero à presença da mãe ou quando é deixada
por alguém com quem estabeleceu vinculação.
Assistência de enfermagem:
Realizar procedimentos terapêuticos em forma de
brincadeira ( faz-de-conta)
- Incentivar a criança a brincar e expressar sua reação
às experiências;
Ordens e restrições podem precipitar raiva, rebeldia
e agressão.
CRIANÇAS DE SEIS A DEZ ANOS:
Podem apresentar reações de ansiedade da separação,
sem as manifestações de pânico comuns a idade pré-
escolar. As fantasias de mutilação, ânsias de castração e
preocupações exageradas com a privacidade, moléstia e,
com a escola são frequentemente detectadas. Temor de
perder habilidades já adquiridas, depressão, apatia e
fobia ( medo do escuro, de pessoas e procedimentos
terapêuticos- Encorajar a criança a executar as atividades
do dia-a-dia e a participar dos procedimentos necessários
ao seu tratamento. - A criança deve ser adequadamente
preparada para as experiências terapêuticas, de maneira
clara e honesta; - De preferência, crianças do mesmo sexo
devem ficar na mesma enfermaria.
ADOLESCENTES
As reações apresentadas nesta faixa etária são
ansiedade, insegurança, rejeição dos procedimentos,
inclusive os já aceitos, raiva, depressão, rejeição
afetiva, inclusive dos pais, masturbação, etc.
Assistência de enfermagem:- Proporcionar
privacidade;- Tentar desviar construtivamente as
manifestações de rebeldia ou agressividade.-
Oferecer, se possível, alguma forma de terapia
ocupacional.
ALGUMAS SEQUELAS DA
HOSPITALIZAÇÃO (Temporárias e/ou
Permanentes)
Detenção ou regressão do desenvolvimento
emocional: retorno a dependência materna,
incapacidade de relacionamento; Distúrbios relativos
de conduta: hostilidade, agressividade,
destrutibilidade, desonestidade, delinqüência,
evasão da responsabilidade e passividade;
Comportamentos regressivos: erros de linguagem,
perda de controle esfincteriano, principalmente
vesical, masturbação, terror noturno, chupar dedo e
roer unha.
Comportamentos apresentados pela criança
internada sem a mãe
1) Pertubações no relacionamento com a mãe:
Exagerado apego à mãe; Agressiva com a mãe;
Rejeita os cuidados com a mãe; Não atende ordens
dos pais; Apresenta-se exigente e ressentida 2)
Regressão Chupa o dedo; Alimenta-se com
mamadeira ( quando antes já havia deixado) Enurese
( urina na cama) Perturbação da fala e da
alimentação 3) Dependência Dorme com os pais
Quer colo Quer ser vestida e higienizada
OS PAIS DA CRIANÇA
HOSPITALIZADA
Medo do realístico ou irrealístico da doença e do
desconhecido; Sentimentos de culpa e/ou de
ambivalência para com a criança. Insegurança e
ausência de controle sobre o ambiente hospitalar,
pessoas, rotinas, procedimentos e equipamentos;
Medo de perder o afeto do filho; Padrões
comportamentais solicitados aos pais, diferentes dos
habituais. Desta forma, trabalhar com crianças
implica em trabalhar com seus pais, especialmente
com sentimentos e atitudes.
EQUIPE ASSISTENCIAL HOSPITALAR
Trabalhar com a criança e seus pais não é uma tarefa fácil.
Vários são os problemas que a equipe tende a enfrentar:
Ansiedade dos pais, que os torna inseguros, agressivos,
exigentes, com dificuldades de compreensão e
memorização. Ansiedade da criança, que se mostra
revoltada ou infeliz, tem dificuldade de cooperar com o
tratamento, responde mal à terapêutica. Atitudes dos
familiares : desconfiança, agressividade direta, ameaças
veladas, cobranças, resoluções imediatas. Estes problemas
e reações são previsíveis. A equipe deve estar preparada e
estruturada para tratar com os pais e crianças, realizando
um trabalho educativo, de apoio e curativo.
EQUIPE ASSISTENCIAL HOSPITALAR
Trabalhar com a criança e seus pais não é uma tarefa
fácil. Vários são os problemas que a equipe tende a
enfrentar: Ansiedade dos pais, que os torna
inseguros, agressivos, exigentes, com dificuldades de
compreensão e memorização. Ansiedade da criança,
que se mostra revoltada ou infeliz, tem dificuldade
de cooperar com o tratamento, responde mal à
terapêutica.