Artigo - Marketplace No Varejo PDF
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Resumo
Este artigo tem por finalidade descrever como surgiu e no que consiste o marketplace
aplicado nas vendas eletrônicas por meio da internet, a fim de que esse recurso seja
mais divulgado, objetivando demonstrar atualmente as principais empresas que atuam
no mercado nacional, no varejo de móveis e eletrodomésticos, ainda trazendo um
breve relato histórico para compreender a diferença destes recursos de vendas
eletrônicas que popularmente é citado como: comprei pela internet. É fato que cada
vez mais as empresas estão interagindo através de sistemas de computação e de
comunicação usando a tecnologia para trocar informações e aproximar seus clientes,
agilizando o processo de compra e venda. O marketplace vem crescendo e é
percebível que cada vez mais, as pessoas estão aderindo às compras e as facilidades,
comprando por meio da internet. Foi utilizado pesquisa bibliográfica, livros, artigos e
revistas on-line para coletar dados e informações com objetivo de conhecermos os
principais motivos que justificam o crescente número de empresas que estão aderindo
ao marketplace ou e-commerce para realização de suas vendas on-line.
Abstract
The objective of this article is to describe and what is in the marketplace and how it
came about, applied in electronic sales through the internet. In order to be more well-
known, this resource aims at demonstrating currently the main companies that operate
in the national market in the retail of furniture and appliances, in addition to bringing a
brief historical account to understand the difference of these features of the electronic
sales that is popularly mentioned like: “I’ve bought on the internet”. It is a fact that more
and more companies are interacting through computer systems and communication,
using technology to exchange information and to have their customers closer,
streamlining the process of buying and selling in the retail market. The marketplace is
growing and it is noticeable that more people are using the purchases and the facilities,
buying through the internet. Books, articles and online magazines were used at this
research to collect data and information to know the main reasons for the growing
number of companies that are joining the marketplace or e-commerce to conduct out
their sales online.
FATEC FRANCA
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1 Introdução
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- B2C (Business to Consumer), de empresas para consumidores.
- C2C (Consumer to Consumer), de consumidores para consumidores.
- B2G (Business to Government), de empresas para Governo.
- G2C (Government to Citizen), de governo para cidadão.
O Sebrae Nacional (2017), destaca que essas formas de comércio eletrônico
têm gerado oportunidades para pequenos negócios, justamente por conta da
variedade de produtos e serviços que podem fazem parte de todo o processo,
fomentando cada vez mais a expansão e a facilidade tecnológica de acesso.
Dentre as formas de marketplace apresentadas acima, para o varejo de móveis
e eletrodomésticos, destacaremos os principais que atuam no mercado nacional no
modelo B2C, que as empresas realizam suas vendas para consumidores finais.
TURBAN (2004) e LAUDON e LAUDON (2007), relatam que cada vez mais
usuários passaram a fazer parte da rede mundial de computadores (Word Wide Web).
Adaptar-se a todo esse progresso requer empenho, investimento, cooperação e
processos organizacionais novos e eficientes, independente de qual área ou
seguimento de mercado se pertença.
FERREIRA (2013), em seu estudo retrata que para os pequenos varejos, esta
aderência à tecnologia é desafiadora, porém necessária, pois, ultrapassa o limite de
suas áreas de atuação e de horizontes inicialmente projetados quando da criação do
negócio.
SAMPAIO (2018), descreve que o processo operacional do marketplace exige
do lojista menos do que o e-commerce e potencializa a lucratividade, para o operador
da plataforma que recebe comissão das vendas, dilui os investimentos de
infraestrutura a medida que entra novos parceiros e para o consumidor em único local
é possível encontrar as melhores oportunidades, praticidades para realizar
pagamento, ou seja, afirma que é um modelo de negócio, onde todos ganham.
D’ALMEIDA(2018), em seu estudo demonstra o crescimento exponencial em
números nos últimos anos dos marketplaces e descreve o surgimento de novos
modelos de negócios eletrônicos que são disrúpticos da maneira como são realizados
de forma tradicional.
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3 Materiais e métodos
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Além disso, comparando um e-commerce com o marketplace, a empresa que
administra o marketplace cuida dos investimentos em marketing, administrando os
severos custos de infraestrutura de TI, dos desenvolvimentos de melhoria e
hospedagem, cuidando e fomentando o aumento de fluxo de novos consumidores.
Em contrapartida recebe de cada lojista comissão das vendas geradas em sua
plataforma. Enquanto no e-commerce o lojista assume a despesa de toda
infraestrutura sozinho.
Salienta-se que o armazenamento e logística de entrega dos produtos ficam
também sob a responsabilidade do lojista, sendo que a empresa que faz a gestão do
marketplace monitora o lojista visando maior eficiência e satisfação dos clientes
quanto à qualidade de atendimento e cumprimento de prazo de entrega.
Em outras palavras, o processo operacional do marketplace exige do lojista
menos que o e-commerce, possibilita aumentar o faturamento enquanto reduz custos,
potencializando a lucratividade.
4 Discussão
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Figura 1 - Audiência – Visitantes únicos no mês por Marketplace
MERCADO LIVRE
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Figura 2 - Ecossistema de soluções do Mercado Livre
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B2W
VIA VAREJO
MAGAZINE LUIZA
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modernos canais e ferramentas de interação com os seus clientes, como videocast,
podcast e blog, além de marcar presença constante em redes sociais, como Facebook
e Twitter. Uma das principais tecnologias implantadas no site é a recomendação de
produtos aos clientes de acordo com o comportamento de navegação e de compra,
buscando a melhoria na experiência de compra - sistema que tem como motor um
robusto big data.
Além do site, esta tecnologia também está presente no aplicativo de compras
do Magazine Luiza, que foi reformulado 2015, e também possibilita ao cliente realizar
compras com apenas um toque. O comércio eletrônico está totalmente integrado ao
Magazine Luiza e oferece uma gama de produtos de aproximadamente 230 mil itens,
impulsionados por novas parcerias B2B e marketplace. É por ações como esta que o
site recebe constantemente premiações pela inovação e satisfação dos
consumidores.
O marketplace do Magazine Luiza, lançado em 2016, reúne mais de 750 lojistas
e mais de 1,5 milhão de itens disponíveis, faturou 230 milhões de reais em 2017,
números publicados pelo site ecommercebrasil.com (fev/2018). Mais da metade desse
valor 120 milhões de reais, foi registrado nos últimos três meses do ano, o que
demonstra o ritmo da adesão de varejistas de todos os portes à plataforma de
marketplace. Segundo registro do E-bit o marketplace do Magazine Luiza teve seu
crescimento acelerado, muito acima da média do mercado sendo a plataforma que
mais cresceu no mercado de móveis e eletrodomésticos.
AMAZON
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líder no que fizesse, o casal não tinha certeza de qual produto vender, optando entre
CDs, peças de computador, softwares e livros, escolhendo a última opção. O motivo
era os preços baixos até o vasto catálogo disponível de obras para os diferentes
gostos.
Já naquele período, os pedidos eram feitos todos on-line, o que já era uma
grande novidade. Conseguia manter um catálogo imenso de livros por causa de
parcerias com distribuidoras e atacadistas. Não tendo um estoque limitado, a Amazon
sempre tinha o livro que os usuários desejavam e com rápidas entregas.
A Amazon iniciou a venda de CDs e DVDs em 1998, e, no ano seguinte,
ampliou para brinquedos e eletrônicos. Porém a maior revolução aconteceu em 2000,
quando foi lançado o Marketplace. Iniciando a venda de produtos de terceiros, de lojas
menores e usuários que anunciavam e pagavam uma taxa de comissão por cada
venda realizada via Amazon.
O primeiro logotipo “A”, simples criado na década de 90 durou até 2000.
Quando surgiu o logotipo atual, que têm uma seta amarela bem característica de um
sorriso, com indicação de uma seta para indicar que o site vende de tudo, de A a Z.
O período da bolha “crise” da internet dos anos 2000, onde várias empresas
de tecnologia quebraram, a Amazon sobreviveu com sequelas, mas continuar
operando foi importante para decolar ainda mais.
Em 2005 criou um sistema de assinatura premium Amazon Prime, visando
diminuir o tempo de entrega e ofertas exclusivas. No ano seguinte, foi publicado o
AWS, Amazon Web Services, oficializada uma empresa a parte, para hospedagem e
armazenamento na nuvem.
Em 2015, contabilizou uma base de usuários em mais de 190 países, com mais
de 1 milhão de pessoas, incluindo clientes como Netflix e NASA.
A Amazon possuí projetos ambiciosos em fase de testes, exemplo é a entrega
de encomendas com drones, chamado de sistema Prime Air e mercearia Amazon GO,
que não tem nenhum atendente humano, as compras são realizadas apenas tirando
os produtos da prateleira e simplesmente saindo pela porta. Ainda tem Amazon Dash,
que é uma série de pequenos aparelhos programados, onde realiza a aquisição de
produtos sem ter a necessidade de acessar a loja.
Neste período a Amazon já era conhecida dos brasileiros, sendo possível
comprar pelo site estrangeiro, porém pagando impostos mais caros e taxas de
importação. Em 6 de dezembro de 2012, o site amazon.com.br entrou no ar, não
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agradando todo mundo com sua chegada, várias editoras e livrarias nacionais se
sentiram ameaçadas e buscaram estratégias para diminuir essa agressividade nas
promoções, resultando em encaminhamento elaboração de uma lei que limita
descontos em lançamentos. Apesar deste período inicial a Amazon priorizar os livros,
assim como começou nos EUA, aos poucos, foi trazendo novidades e foi em maio de
2017, que a empresa finalmente adicionou o seu Marketplace para os varejistas
brasileiros.
Há menos de um ano no Brasil, está entre os principais marketplace no
mercado, mesmo que temporariamente está limitando a entrada de novas categorias
de produtos, devido à complexidade da logística brasileira.
WALMART
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A partir de 1991, expandiu para novos mercados: Canadá (1994), Brasil (1995),
China (1996) e Reino Unido (1999), entre outros. Em 2002, pela primeira vez, chegou
à liderança da lista das 500 maiores empresas do mundo conforme a revista Fortune.
Recentemente, rompeu a marca de 10.000 lojas ao chegar à África do Sul, com a
compra da rede MassMart, em 2011.
Quando chegou ao Brasil em 1995, a primeira loja foi uma unidade do Sam's
Club, em São Caetano do Sul, na grande São Paulo. Conforme informações de seu
site com base em dados de 2016 estão presentes em 18 estados e no Distrito Federal,
são 203 municípios, faturamento anual: R$ 29,4 bilhões, 471 lojas físicas, 9 bandeiras,
192 farmácias, 131 fotocenters, 50 restaurantes e cafeterias e mais de 10 postos de
combustíveis. Isso sem falar de 100% de abrangência nacional através de seu e-
commerce.
O Walmart.com têm lojas nos formatos hipermercado, supermercado, atacado,
lojas de vizinhança e clube de compras, nas regiões Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste
e Sul. Respeitando a diversidade cultural, climática e de costumes de nosso país, cada
uma destas bandeiras trabalham de acordo com a realidade das localidades em que
se encontram.
Em Dezembro de 2017 o site e-CommerceBrasil4 publicou uma nota da
assessoria de imprensa do Walmart, informando que iriam deixar de trabalhar com o
estoque próprio na internet no Brasil para focar a sua operação de e-commerce e no
marketplace. E que a empresa passará por uma “integração” entre o varejo físico e
eletrônico, com futuras oportunidades no digital.
Na tabela 1 as comissões em média estão em torno de 16% e podem ocorrer
outras taxas, dependendo da categoria do produto e da negociação com marketplace
que pode chegar até 20%, sobre o valor do produto. É fundamental fazer uma
verificação para identificar se os produtos oferecem uma boa remuneração para o
lojista e que tenha perfil para aquele canal, assim podendo ganhar em volume de
vendas, contratando o marketplace que melhor se identifica com seu negócio e seus
produtos para realização de suas vendas on-line.
4 e-CommerceBrasil. Redação E-Commerce Brasil. Walmart brasileiro vai trabalhar apenas com
marketplace na internet. Publicado 05 de Dezembro de 2017. Disponível em:
<https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/walmart-anuncia-marketplace-brasil/>. Acesso em: 01
Jun. 2018
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Tabela 1 - Comparativo entre os principais marketplaces no varejo de móveis.
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lojistas neste canal, no primeiro semestre de 2017 e neste mesmo período um
crescimento de 23,1% no número de ofertas de produtos e serviços publicados nestes
canais.
Com isso verifica-se que cada vez mais as empresas estão buscando produtos
e serviços na área de tecnologia a fim de otimizar despesas ou gastos e maximizar o
lucro de seus negócios, seja aderindo aos marketplaces ou em seu próprio e-
commerce para atrair clientes para sua marca e capturar novos negócios no mundo
digital.
Considerações finais
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Tabela 2 - Comparativo entre E-commerce ou Marketplace.
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mesmo que pouco conhecido, ter seus produtos disponibilizados e comparados a
outras empresas de grandes nomes. Sendo para o lojista de pequeno ou médio porte,
uma das principais vantagens, pois, terá menores despesas com gastos de marketing
e infraestrutura comparados com e-ecommerce próprio. O marketplace recebe
comissões sobre as vendas realizadas, e seus investimentos diluídos na medida que
entram novas parcerias lojistas, aumentando o fluxo de visitas no canal.
Paralelamente, foram apresentados alguns marketplaces que se destacam nas
primeiras posições no ranking de audiência do setor de varejo on line no Brasil:
Mercado livre, B2W, Via Varejo, Magazine Luiza, Amazon.com, Walmart, entre tantos
outros. Bem como outros que estão trazendo novidades e cada vez mais facilidades
e comodidade como: Uber e Trivago.
Os maketplace também estão investindo em tecnologia de ponta, como
Inteligência Artificial, Machine learning, Big Data e Analytics. Tudo para oferecer mais
segurança para lojistas e consumidores, bem como gerar ofertas relevantes para
aumentar as vendas. Pelo custo elevado destas soluções, esses recursos acabam
não sendo implatando nas soluções de e-commerce próprio, pois ainda não estão
acessíveis para os pequenos lojistas. Entretanto, esses podem se beneficiar caso
estejam associados a um marketplace.
O mercado eletrônico está em grande expectativa de expansão, conforme
dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), publicado no site
e-CommerceBrasil5, estima-se um crescimento de 15% em relação a 2017, ou seja,
previsão de faturamento na vendas on-line para 2018 por volta de R$ 69 bilhões, com
um ticket médio de R$ 310,00, onde 33% deste volume serão realizados através de
dispositivos móvel.
Essas demandas de parcerias com os marketplaces representam
oportunidades de negócios para todos, na área de tecnologia, armazenagem,
logística, marketing, serviços e integração de sistemas entre outros. Vale salientar que
é importante considerar este recurso na hora de planejar as vendas no mundo digital.
Espero para o futuro aprofundar nas plataformas de integração com os
marketplaces e ERP, afim de ajudar nas otimizações e agilizar os processos
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operacionais que envolvem as vendas eletrônicas, seja no e-commerce ou nos
marketplaces.
Agradecimentos
À Deus pelo dom da vida, pelas oportunidades e pela força para superar as
dificuldades.
À FATEC Dr. Thomaz Novelino e ao seu corpo docente, direção e
administração que oportunizaram a visão de novos horizontes e pela confiança no
mérito e ética presente.
Ao meu orientador professor Mestre Carlos Alberto Lucas e ao professor Mestre
Cláudio Eduardo Paiva pelo incentivo e suporte no pouco tempo que lhe coube para
suas correções.
À minha esposa Lisandra e aos filhos Lucas e Henrique, juntamente com meus
pais e irmão pelo amor, incentivo e apoio incondicional que vivenciaram momentos de
minha ausência física enquanto buscava aprimorar meus conhecimentos.
À todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha história e formação,
gratidão e o meu muito obrigado.
Referências
D’ALMEIDA, Francisco Sales. Artigo: Por que os marketplaces estão mais atrativos
para os pequenos lojistas? Publicado em 08 de Maio de 2018. Disponível em:
<https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/tendencias-marketplaces-atrativos-
aos-pequenos-lojistas/>. Acesso em: 17 Mai. 2018.
FATEC FRANCA
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Disponível em: <https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/e-commerce-ja-
representa-1-3-do-faturamento-total-do-magazine-luiza/>. Acesso em: 02 Jun. 2018.
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