Notas de Aulas Parte 10
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Notas de Aulas Parte 10
Tema:
Curvas verticais
Conteúdo da parte 10
1 Introdução
3 O cálculo das cotas, flechas e estacas da parábola do 2.o grau simples ou simétrica em
relação ao PIV
6 Considerações finais
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1 Introdução
a) Greides retos
b) Greides curvos
São três os pontos notáveis de uma curva vertical, os quais são designados
como:
g = i1 − i2 (2.1)
em que:
g = diferença algébrica das rampas;
i1 = inclinação do primeiro greide reto; e
i2 = inclinação do segundo greide reto.
OBS. Na utilização da eq. (2.1), os sinais das inclinações dos greides retos i1 e i2
devem seguir a seguinte convenção (ou significado): sinal positivo (+) se o greide
reto for ascendente, e sinal negativo (-) se o greide reto for descendente.
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L = RV . g (2.2)
em que:
L = comprimento da parábola (m);
RV = raio da curva vertical ou raio instantâneo da parábola (m); e
g = diferença algébrica das rampas (m/m).
OBS(s).
a) A parábola simples é uma curva muito próxima a uma circunferência, por isso é
muito usual referir-se ao RV, que é o menor raio instantâneo da parábola, como
sendo o raio da curva vertical; e
b) O valor de RV é definido a partir do uso de gabaritos especiais para curvas
verticais. Os gabaritos especiais são colocados sobre os desenhos das rampas e
definem o valor de RV de projeto da curva vertical.
A Figura 3.1 mostra o esquema para cálculo de cotas, flechas e estacas com
a parábola do 2.o grau simples ou simétrica em relação ao PIV.
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Figura 3.1 - Esquema para cálculo de cotas, flechas e estacas com a parábola
do 2.o grau simples ou simétrica em relação ao PIV
OBS. Vértice é o ponto mais alto da parábola convexa, ou ponto mais baixo da
parábola côncava.
OBS. As equações que se seguem são válidas para parábolas convexas e côncavas
do 2.o grau simples ou simétricas em relação ao PIV.
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−g 2
Cota (P) = .x + i1.x + Cota (PCV) (3.1)
2.L
em que:
Cota (P) = cota de um ponto genérico P da parábola em relação a um plano
de referência que passa pelo PCV (m);
g = diferença algébrica das rampas (m/m);
L = comprimento da curva vertical (m);
i1 = inclinação do primeiro greide reto (m/m);
x = abscissa do ponto P em relação à origem dos eixos (ou PCV) (m); e
Cota (PCV) = cota do ponto PCV (m).
i1.L
Lo = (3.4)
g
em que:
Lo = abscissa do vértice (m);
i1 = inclinação do primeiro greide reto (m/m);
L = comprimento da curva vertical (m); e
g = diferença algébrica das rampas (m/m).
2
i .L
yo = 1 (3.5)
2.g
em que:
yo = ordenada do vértice (m);
i1 = inclinação do primeiro greide reto (m/m);
L = comprimento da curva vertical (m); e
g = diferença algébrica das rampas (m/m).
OBS. A origem dos eixos X e Y, para cálculo da abscissa e ordenada do vértice, está
no ponto PCV.
Para o cálculo das estacas e cotas dos pontos PCV e PTV são utilizadas as
seguintes relações:
em que:
E (PCV) = estaca do ponto de curva vertical;
E (PIV) = estaca do ponto de interseção vertical;
E (PTV) = estaca do ponto de tangência vertical;
[L/2] = valor da metade do comprimento da curva vertical em estacas;
i1 = inclinação do primeiro greide reto;
i2 = inclinação do segundo greide reto;
L = comprimento da curva vertical;
Cota (PCV) = cota do ponto de curva vertical;
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i) Considerações iniciais
2
D
Lmin = P . g = K min . g (4.1)
412
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em que:
Lmin = comprimento mínimo da curva vertical (m);
DP = distância de visibilidade de parada (m);
g = diferença algébrica das rampas (%); e
Kmin = parâmetro da parábola.
OBS(s).
a) Segundo o DNER (atual DNIT) para valores de Kmin maiores que 43, a drenagem
no trecho da curva deverá receber maior atenção; e
b) O comprimento da curva vertical (L) é calculado com base na eq.(2.2),
apresentada anteriormente.
S = distância de visibilidade;
L = comprimento da curva vertical;
H = altura do campo de visão do motorista;
h = altura do obstáculo situado na pista;
i1 = inclinação do primeiro greide reto; e
i2 = inclinação do segundo greide reto.
412
Lmin = 2.DP − (4.2)
g
em que:
Lmin = comprimento mínimo da curva vertical (m);
DP = distância de visibilidade de parada (m); e
g = diferença algébrica das rampas (%).
i) Considerações iniciais
Para pistas não iluminadas por lâmpadas de postes, usa-se para o cálculo
do comprimento mínimo da curva vertical o critério da visibilidade noturna.
S = distância de visibilidade;
L = comprimento da curva vertical;
F = flecha máxima da parábola do 2.o grau;
ν = inclinação do facho luminoso;
α = ângulo de divergência do facho luminoso; e
h = altura do farol do veículo.
OBS (s).
a) Em grego, tem-se as seguintes pronúncias: α = alfa, e ν = ni; e
b) Pontes Filho (1998) apresenta a dedução do comprimento mínimo (Lmin) da curva
vertical côncava, quando L ≥ S.
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DP
Lmin = .g (4.3)
122 + 3,5.DP
em que:
Lmin = comprimento mínimo da curva vertical (m);
DP = distância de visibilidade de parada (m); e
g = diferença algébrica das rampas (%).
S = distância de visibilidade;
L = comprimento da curva vertical;
F = flecha máxima da parábola do 2.o grau;
S1 = distância horizontal do centro da parábola ao ponto B (ou ponto limite
de visibilidade);
ν = inclinação do facho luminoso;
α = ângulo de divergência do facho luminoso; e
h = altura do farol do veículo.
OBS(s).
a) Os valores recomendados para dedução do comprimento mínimo (Lmin) da curva
vertical em questão são h = 0,61 m e ν = 1,75%; e
b) A dedução do comprimento mínimo para a curva vertical côncava, quando S > L,
é apresentada em detalhes por Pontes Filho (1998).
122 + 3,5.DP
Lmin = 2.DP − (4.4)
g
em que:
Lmin = comprimento mínimo da curva vertical (m);
DP = distância de visibilidade de parada (m); e
g = diferença algébrica das rampas (%).
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Î A partir de uma cota conhecida (do ponto PCV ou PIV), vão sendo
calculadas as cotas dos diversos pontos dos greides retos, de acordo com a
inclinação dos greides, e é preenchida a coluna greide reto na tabela.
2.o Calcular o valor das flechas da parábola e inscrevê-las na coluna das flechas, ou
na coluna das “ordenadas da parábola” da tabela da nota de serviço de
terraplenagem.
3.o Calculados os valores das flechas (f), soma-se ou subtrai-se os valores das
flechas dos valores do greide reto. Deste modo, tem-se as cotas do greide de
projeto.
4.o Para se obter as cotas vermelhas, ou seja, as alturas de corte e aterro; Basta
fazer a diferença entre as cotas do terreno natural e as cotas do greide de projeto.
6 Considerações finais
Î Tanto para curvas côncavas como para curvas convexas, valores muito
pequenos para o comprimento da curva são indesejáveis.
Î Pelo critério do mínimo valor absoluto, o comprimento das curvas deve
permitir ao motorista perceber a alteração de declividade longitudinal.
em que:
V = velocidade de projeto ou diretriz (km/h); e
Lmin = comprimento mínimo da curva vertical (m).
OBS. Uma ilusão ótica ocorre quando o início de uma curva horizontal é escondido
do motorista por causa de uma elevação intermediária, enquanto a continuação da
curva é vista à distância.
A Figura 6.1 é exemplo de uma ilusão ótica no trecho de uma rodovia, onde
se tem a impressão que a pista irá diminuir para apenas uma faixa.
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Classe da Região
rodovia Plana Ondulada Montanhosa
O 3% 4% 5%
I-A 3% 4,5% 6%
I-B 3% 4,5% 6%
II 3% 5% 7%
III 4% 6% 8%
IV - A 4% 6% 8%
IV - B 6% 8% 10%(*)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS