Desenvolvimento de Projetos de Interiores
Desenvolvimento de Projetos de Interiores
Desenvolvimento de Projetos de Interiores
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 3
4 PROJETO ......................................................................................................... 11
5 O PROJETO DE INTERIORES......................................................................... 17
Prezado aluno!
Bons estudos!
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2 SURGIMENTO DO DESIGN DE INTERIORES
Fonte: rj.senac.br
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se estabelece uma conexão entre o ambiente e o indivíduo. (Apud VEDANA et al.,
2017)
Com influências de outras culturas, o design teve como marco histórico a
Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra na segunda metade do século XVIII.
Gurgel (2007, Apud VEDANA et al., 2017) identifica na Revolução Industrial um
acontecimento histórico para o design:
Essa revolução, tão importante por diferentes aspectos
socioeconômicos e culturais, foi importantíssima para o design, por
ter favorecido o seu nascimento. Com a possibilidade de tecidos,
cerâmicas e produtos industrializados, ocorreu a substituição natural
dos até então produtos artesanais e, com ela, a necessidade de
‘’designers’’ para criar e desenvolver os novos produtos.
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transformações que ocorriam no mundo e na decoração. (Apud VEDANA et al.,
2017)
Além dos navios que eram embarcações extremamente luxuosas que
traziam a influência na decoração da época, os teatros eram o palco da decoração,
como vemos na citação abaixo:
Além dos jornais e revistas mundanas, outra fonte de
assimilamento (sic) dos mandamentos sempre fugazes do gosto era
o teatro, mormente e das companhias estrangeiras, as francesas em
primeiro lugar. Era nelas que Carlos Chagas, o personagem que
encarna o decorador da moda no Rio de Janeiro do início do século,
ia buscar a inspiração para suas composições cenográficas dos
interiores das casas da nova burguesia (SEVCENKO, N. apud
DANTAS, 2015, Apud VEDANA et al., 2017).
O termo decorador, no final do século 19, ainda era pouco usado e não
atingia toda a sociedade, mas somente as famílias de posses. O primeiro decorador
brasileiro reconhecido foi Henrique Liberal que viveu em Paris por alguns anos, lá
trabalhou e aprendeu muito sobre decoração antes de voltar para o Brasil. Dadas
sua importância e conhecimento, as decorações do Copacabana Palace, do Palácio
Guanabara e das residências de famílias influentes como os Guinle e Matarazzo
foram idealizadas por ele. (VEDANA et al., 2017)
É notória a importância que o design de interiores possui desde o seu
surgimento até os tempos atuais. Uma profissão que aprimora suas artes e ofícios,
desenvolvendo-se desde tempos remotos. (VEDANA et al., 2017)
3 PRINCIPIOS DO DESIGN
3.1 Proporção
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Na proporção todos os elementos devem formar uma composição agradável.
É necessário avaliar a relação dos móveis entre si, com o tamanho do ambiente e
o pé-direito e com os objetos. Peças muito pequenas desaparecem e as grandes
pesam. Até cor e materiais alteram volumes. (NASCIMENTO, 2001)
Logo a proporção é um elemento importantíssimo para uma boa decoração.
Da unidade ao conjunto, e deste ao ambiente, tudo tem que respeitar os princípios
da proporção, sem a qual nada se criará o belo. (NASCIMENTO, 2001)
De acordo com NASCIMENTO (2001) podemos afirmar que a proporção é
um princípio que utilizamos para enfatizar ou diminuir uma característica de um
espaço.
Fonte: educacaoprofissional.seduc.ce.gov.br
3.2 Equilíbrio
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Tipos de Equilíbrio
Fonte: educacaoprofissional.seduc.ce.gov.br
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Fonte: educacaoprofissional.seduc.ce.gov.br
Fonte: educacaoprofissional.seduc.ce.gov.br
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3.3 Dominância (Ritmo)
Fonte: educacaoprofissional.seduc.ce.gov.br
3.4 Harmonia
Fonte: educacaoprofissional.seduc.ce.gov.br
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Harmonia é a disposição bem ordenada entre as partes de um todo, é a
concordância entre a proporção, ordem e simetria, ou seja, é uma relação
harmônica do conjunto de formas, cores, texturas, etc., que se relacionam e se
interagem. (NASCIMENTO, 2001)
Trata-se de relacionar formas, texturas, cores, iluminação, distribuição,
materiais, etc. para que não haja “briga” entre eles. Todo projeto deve ser harmônico
e coerente. Preferencialmente, deve representar um conjunto de ideias, e não ideias
diferentes sem nenhuma associação. Garanta a harmonia ao utilizar os princípios
apresentados. (GUBERT, 2011)
4 PROJETO
Fonte: artia.com
4.1 Conceito
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a serem cumpridas fora das atividades normais da empresa. Segundo Valle et al.
(2007, Apud BOMFIN et al., 2012):
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Para Kerzner (2010), um projeto trata-se de um empreendimento com
objetivo bem-definido, que consome recursos e opera sob pressão de prazos,
custos e qualidade. (Apud BOMFIN et al., 2012)
Segundo Maximiano (2002), o projeto é um empreendimento temporário ou
uma sequência de atividades com começo, meio e fins programados que têm por
objetivo fornecer um produto singular, dentro de restrições orçamentárias. (Apud
BOMFIN et al., 2012)
Segundo Bonfin et al. (2012) um projeto pode criar:
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do projeto mude e as justificativas da sua existência deixem de ser importantes. Por
exemplo: na operação diária de produzir camisetas brancas, não existe apelo no
prazo. Já no desenvolvimento de um novo carro, o apelo existe porque a data de
lançamento já está agendada para o fim do ano. (SILVA, 2012)
É restringido por recursos limitados – seria muito mais simples se, a cada
novo projeto, todos os recursos necessários estivessem disponíveis e dentro dos
critérios desejados para se realizar o novo desafio. Mas isso normalmente não
acontece, e exige dos gerentes de projetos um conjunto de atividades e habilidades
para buscar o sucesso do empreendimento. Essa característica é tão marcante nas
empresas atuais que muitas teorias e conceitos foram desenvolvidos para gerir de
maneira adequada os projetos. (SILVA, 2012)
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para que os objetivos dos projetos sejam atingidos. Realmente a vida dos gerentes
de projetos seria muito mais simples se cada um pudesse gerenciar apenas um
projeto de cada vez, mas não é isso que acontece. Torna-se necessária uma visão
corporativa que garanta a coexistência pacífica e organizada entre os diversos
projetos das organizações. (SILVA, 2012)
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• Fase de controle: é a que acontece paralelamente ao planejamento
operacional e à execução do projeto. Tem como objetivo acompanhar e
controlar aquilo que está sendo realizado pelo projeto de modo a propor
ações corretivas e preventivas no mínimo espaço de tempo possível após a
detecção da anormalidade.
• Fase de finalização: é quando a execução dos trabalhos é avaliada por
auditoria interna ou externa (terceiros).
Fonte: marcelojusta.blogspot.com
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5 O PROJETO DE INTERIORES
Fonte: d3decor.com.br
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Portanto, para se ter uma casa bem distribuída, funcional, confortável e
bonita, não é necessário possuir um grande poder aquisitivo e sim planejamento.
Esse planejamento engloba estudo da circulação e distribuição do mobiliário,
projeto de iluminação, escolha adequada de acabamentos e revestimentos,
detalhamento de teto e piso, escolha de tecidos, objetos e acessórios, desenho de
mobiliário e peças especiais e projeto paisagístico. (NASCIMENTO, 2001)
6 O DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
Fonte: energybras.com.br
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o Distribuição do mobiliário
o Paginação de piso
o Revestimento de parede
o Iluminação
o Desenho de mobiliário
o Execução do projeto
o Acompanhamento à obra
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6.2 Etapas do projeto
Briefing
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Levantamento métrico
O importante neste momento é não perder tempo. Procurar não demorar nem
muito, nem pouco tempo na medição. É essencial não esquecer nenhum detalhe,
como medir os pontos elétricos e hidráulicos. Normalmente, não leva mais do que
um dia nesta etapa de medição. A não ser que seja um espaço bem grande e exija
duas visitas. (SENAC, 2015)
Estudo preliminar
Com o anteprojeto, o cliente começará a ter uma noção mais exata de como
será o projeto que solicitou. Para tanto, o projetista deve trabalhar com medidas
reais colhidas no levantamento, além de analisar quais são os elementos que
cabem a cada tipo de projeto para atender às necessidades do empreendedor,
como as plantas de gesso, de elétrica e de iluminação. Precisam ser desenvolvidas
nessa etapa todas as plantas cotadas e as perspectivas com os materiais
escolhidos. (RODRIGUES, 2018)
O anteprojeto é utilizado para aprovação da obra na prefeitura, seja de uma
reforma ou de uma nova construção. Nessa fase também são especificados o
mobiliário, a decoração, as sugestões de acabamento, a iluminação, a paleta de
cores, os tecidos para os estofados, o gesso, a paginação do piso, os objetos
decorativos, dentre outros componentes do projeto que devem ser definidos,
conforme lecionam Mano et al. (2018, Apud RODRIGUES, 2018).
Em posse de toda essa documentação, o cliente vai tecer as suas
considerações e aprovar ou não o projeto. A partir daí, este será detalhado, a fim
de ser executado sem gerar nenhuma dúvida aos que vão executar o mobiliário, ou
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até mesmo para quem vai assentar o piso ou produzir os sofás e poltronas, ainda
de acordo com Mano et al. (2018, Apud RODRIGUES, 2018).
De acordo com RODRIGUES (2018) segundo a ABNT NBR 6492:1994,
existem documentos típicos a serem entregues:
o planta de situação;
o memorial justificativo, abrangendo aspectos construtivos;
o discriminação técnica;
o quadro geral de acabamento (facultativo);
o documentos para aprovação em órgãos públicos.
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o planta de leiaute do piso ou paginação;
o planta do forro;
o planta de luminotécnica ou iluminação;
o planta de elétrica.
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O anteprojeto precisa trazer dimensões precisas a partir das aprovações do
cliente nas etapas anteriores. No anteprojeto é esperado que apareçam os
ambientes com fluxos e aberturas, localização de maquinários e eletrodomésticos,
além das superfícies de trabalho; ele deve trazer, ainda, a estrutura estimada, o
cálculo das áreas por ambiente e a volumetria. Quando o projetista finaliza todo o
seu trabalho, esse projeto pode seguir para uma equipe complementar ou, se o
projetista tem conhecimento de projetos complementares, o mesmo fará as plantas,
como a de elétrica e instalações. Ao final desse processo, o conjunto de plantas
segue para ser aprovado e, depois, passa para o projeto executivo, que será ainda
mais detalhado, técnico e com informações sufi cientes para sua execução,
conforme lecionam Mano et al. (2018, Apud RODRIGUES, 2018).
Graficamente, um anteprojeto, assim como o estudo preliminar, é
comunicado por meio de plantas baixas dos pavimentos e leiaute, cortes, elevações,
fachadas, plantas de situação, planta de forro, planta inicial de paginação, planta de
iluminação e planta de elétrica, conforme aponta Buxton (2017, Apud RODRIGUES,
2018).
Projeto
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Projeto executivo
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7 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA NO DESIGN DE INTERIORES
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(perspectivas ou projeções isométricas, dimétricas e trimétricas e as oblíquas); e
perspectivas cônicas (perspectivas com um, dois ou três pontos de fuga). Os
sistemas de representação constituem uma linguagem gráfica governada por um
conjunto de princípios (CHING; BINGGELI, 2014 Apud SANTOS, 2019).
A representação gráfica acompanha as diferentes etapas do planejamento
do espaço, com o intuito de explicar o projeto e apresentar as modificações, as
especificações de materiais e a disposição do mobiliário. Por isso, a sua linguagem
deve apresentar de maneira clara todas as informações necessárias para a
execução do projeto, sendo, por isso, governada por um conjunto de princípios,
seguindo um padrão de representação. Entre os elementos importantes na
composição do espaço e que precisam ser representados no projeto de interiores,
estão (CHING, 2013, Apud SANTOS, 2019):
sanitário);
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Fonte: SANTOS, 2014.
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Os materiais de acabamento também fazem parte da palheta de interiores,
já que, com os móveis, desempenham um papel significativo na criação da
atmosfera desejada de um espaço interno. Eles podem integrar os elementos de
arquitetura que definem o espaço e ser acrescentados como uma camada adicional
a pisos, tetos e paredes já construídos (CHING; BINGGELI, 2014, Apud SANTOS,
2019):
o Piso — por meio de sua cor, padrão e textura, pode desempenhar um papel
relevante na determinação do caráter do espaço.
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Fonte: SANTOS, 2014.
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Como os projetos de arquitetura, o de interiores pode ser representado por
meio de desenhos, como veremos a partir dos exemplos a seguir:
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8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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SENAC. ETAPAS DE UM PROJETO DE DESIGN DE INTERIORES: Técnico em
Design de Interiores. [S. l.], 2015.
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