25 Landmarks
25 Landmarks
25 Landmarks
Este trabalho Maçônico não visa discutir de quem ou quais Landmarks estão certos ou errados
para a Ordem Maçônica.
Alguns autores maçônicos dizem que, para que uma norma maçônica seja considerada um
verdadeiro limite, ela deve ser imemorial, espontânea e universalmente aceita.
Para nós o que importa é a obediência as Leis da Potência Maçônica a qual nós pertencemos.
O intuito é adquirirmos um pouco de informação sobre o que é, e como surgiu os Antigos
Landmarks da Ordem.
Antigos Landmarks da Ordem – O que são os Landmarks?
• Em uma tradução livre temos: marco de limite, ou seja, o ponto máximo que não se deve
ou não se pode ultrapassar. (Livro Cultura Geral Maçônica do Ir. Hailton Meira da Silva
pág. 175); ou
• Segundo o Livro O Delta Luminoso de Rizzardo da Camino na pág. 75: “Landmark,
constitui o marco escrito que fixa o ponto de partida para que a Maçonaria seja
considerada Regular e aceita em todo o mundo”.
3° – A lenda do terceiro grau deve ter a sua integridade respeitada. Qualquer Ritual que a
excluísse ou que a alterasse cessaria por isso mesmo de ser um Ritual Maçônico.
Comentários: A lenda do 3º Grau só foi introduzida depois da criação da Primeira Grande Loja, a
partir de 1724, é universalmente aceita e origina-se de uma lenda cujo fundamentos são
encontrados na História Sagrada quando da construção do Templo de Salomão.
7º – É prerrogativa do Grão-Mestre dar autorização para fundar e manter Lojas. Em virtude dela,
pode conceder a um número suficiente de Mestres Maçons o privilégio de se reunir e conferir
graus. As Lojas assim constituídas são chamadas “Lojas Licenciadas” e, qualquer que seja o
prazo de sua existência, podem ser dissolvidas por ato seu.
Comentários: As denominadas “Lojas Licenciadas”, são fundadas no período desejado pelo Grão-
Mestre, que autoriza um grupo de Irmãos a trabalharem, conferirem graus e administrarem
instruções. Muito raro é ver uma “Loja Licenciada”, mas isso poderá ocorrer em tempos de
calamidade pública, guerras ou perseguições.
8º – É prerrogativa do Grão–Mestre criar Mestres Maçons por sua deliberação. Para tanto, o
Grão-Mestre convoca em seu auxílio seis outros MM.MM. pelo menos, forma uma Loja e, sem
nenhuma prova prévia, confere os graus aos candidatos. Feito isto, dissolve a Loja e despede os
Irmãos. As Lojas convocadas por esse meio são chamadas “Lojas Ocasionais ou de
Emergência”.
Comentários: Este Landmark também é conhecido como a prerrogativa do Grão-Mestre em Iniciar
Maçons “à vista” e também em conceder-lhes graus com a dispensa de cerimoniais, a exemplo
disso podemos dizer que um profano que sempre teve intenso desejo de ser maçom, vendo
chegar a morte, chama o Grão-Mestre e lhe suplica receber o juramento porque, seu último
desejo será morrer investido na qualidade de maçom. Na prática temos um caso bastante
conhecido na Maçonaria que é a Iniciação de D. Pedro I
10º – O governo da Fraternidade congregada em Loja só é válido e legal quando exercido por um
Venerável e dois Vigilantes. Qualquer outra denominação desses três dirigentes não confere à
reunião o reconhecimento de Loja.
Comentários: A forma de governo de uma Loja por um venerável e dois Vigilantes é tradicional.
Desde os tempos dos colégios romanos é conhecido que três ou mais formam um colégio. É por
isso que o mínimo de três elementos constitui uma das bases de uma Loja e o 10º Landmark
evidencia a necessidade de uma Loja possuir um Governo e obviamente este Governo deverá
estar presente às reuniões, b em como, se pressupõe que o mesmo seja regularmente eleito.
11º -A Loja, quando reunida deve estar a coberto. O Guarda do Templo deve velar para que o
local das reuniões esteja absolutamente vedado à intromissão de profanos. É seu dever guardar
a porta do Templo, evitando que se ouça o que dentro dele se passa.
Comentários: O 11º Landmark não deve ser compreendido, apenas, no sentido material, mas sim,
conjugado ao mais alto sentido espiritual, que surge misticamente, através de um som musical,
de uma luminosidade adequada e de odor de um incenso apropriado.
12º – Cada Irmão tem o direito representativo nas reuniões gerais da Fraternidade. Antigamente,
cada Irmão representava-se por si mesmo. Hoje, porém, nas Grandes Lojas, só tem direito
assistência os Veneráveis, sendo os Irmãos representados por seus oficiais. Apesar dessa
concessão, feita em 1717, nem por isso deixa de existir o direito de representação.
Comentários: Nas reuniões gerias, outrora chamadas de Assembleias Gerais, todos os Irmãos,
inclusive Companheiros e Aprendizes, tinham o direito de presenciar as Assembleias e votar, foi
quando, ainda inexistindo um Constituição, o primeiro Grão Mestre Anthony Sayer estabeleceu a
forma de representação que as Lojas deviam ter nas Assembleias trimestrais, a fim de evitar a
presença de todos os maçons, limitando essa representação ao venerável e Vigilantes de cada
Loja, portanto se trata de um Landmark moderno, mais um princípio fundamental estabelecido
para a boa marcha administrativa.
De qualquer forma, cada maçom encontra-se representado nas reuniões por seus Veneráveis, 1º
e 2º Vigilantes e ou Mestre Maçom de sua Loja.
13º – O direito de recurso de cada maçom, das decisões dos seus Irmãos em Loja para a Grande
Loja ou Assembleia Geral dos Irmãos, é um Landmark essencial para a preservação da justiça e
para prevenir as opressão.
Comentários: Mesmo que se possa considerar este Landmark como instituído após 1717, faz
parte de um todo admitido como regra áurea por todos os maçons e hoje os recursos abrangem,
não só, direitos individuais, mas posições administrativas, decisões que digam respeito a
ornamentações, festividades e outras que não envolvem punições ou expulsões.
As constituições e Regulamentos, obviamente, contém dispositivos próprios neste sentido.
14º – Todo maçom tem o direito de visitar e tomar assento em qualquer Loja. o consagrado
“direito de visitar” sempre foi reconhecido como direito inerente a todo Irmão em viagem pelo
Universo. Dessa Forma, as Lojas são encaradas como meras divisões por conveniência da
família maçônica universal.
Comentários: O conceito de “visitar” deve ser interpretado como o direito de todo maçom ser
recebido numa Loja. Este princípio decorre de que cada maçom é um elo de uma corrente e que
tem o seu lugar não só assegurado como necessário em qualquer Loja. Hoje apesar da grande
tolerância existente, numa Loja regular, somente são admitidos visitantes que se originem de
outra Loja regular e que sejam, ou portadores de documentos ou possuam a palavra semestral
atualizada (15º Landmark).
Esotericamente um maçom pode estar presente em uma reunião sem lá conduzir seu corpo
material, pois, para o espírito, não poderá haver “porta” de entrada e nem proibições.
15º – Nenhum visitante desconhecido dos Irmãos de uma Loja pode ser admitido como visitante
sem que seja primeiramente examinado conforme os antigos costumes. Só pode esse exame ser
dispensado se o maçom for conhecido de algum Irmão do Quadro que pôr ele se responsabilize.
Comentários: É o chamado “Telhamento”, mais conhecido como “Trolhamento”.
16º – Nenhuma Loja pode intrometer-se em assuntos que digam respeito a outras, nem conferir
graus a Irmãos de outros Quadros.
Comentários: A obediência aos Landmarks e Preceitos Antigos não traduzem dependência, mas
sim princípios básicos. A obediência às Constituições (cada Grande Loja possui a sua própria
constituição), decorre que cada Loja aprovou a sua Constituição. Este Landmark vem apenas nos
lembrar que as decisões das lojas são soberanas, apenas tendo os seus membros o direito de
apelo a uma Autoridade Superior, em casos previstos e aceito por todos. (13º Landmark).
17º – Todo o maçom está sujeito às leis e regulamentos da jurisdição maçônica em que residir,
mesmo não sendo membro de qualquer Loja. a não filiação é já por si uma falta maçônica.
Comentários: No princípio cada maçom era julgado pelos seus próprios pares dentro de sua Loja.
Com o surgimento das Grandes Lojas, além das decisões privadas de cada Loja, passou o
maçom a contar com o recurso de um julgamento em segunda instância pela sua Grande Loja e
este Landmark além de nos lembrar do 13º Landmark, também evidencia a necessidade de todo
maçom está reforçando as colunas da Maçonaria Universal, filiando-se em alguma Loja, seja
como e onde estiverem.
18º – Os candidatos a iniciação devem ser isentos de defeitos físicos ou mutilações, livres de
nascimento e maiores. Uma mulher, um aleijado ou um escravo não podem ingressar na
Fraternidade.
Comentários: É óbvio que este Landmark tinha foco para uma determinada época e é sabido
também que se tem admitido candidatos portadores de defeitos físicos que não prejudiquem a
ritualística e que esses mesmos resultam em maçons impecáveis, mesmo assim nós não
estamos aqui para questionar este Landmark, seja porque não existem mais escravos ou porque
a mulher tem conseguido bastante equiparação social junto ao homem, nada disso nos importa e
sim o cumprimento deste Landmark conforme veremos mais adiante com 25º Landmark.
22º – Todos os MM. MM. São absolutamente iguais dentro da Loja, sem distinção de
prerrogativas profanas, de privilégios que a sociedade confere. A Maçonaria a todos nivela nas
reuniões maçônicas.
Comentários: Não podemos confundir a hierarquia Maçônica com as prerrogativas profanas e
nem com os privilégios que a sociedade confere, posto que a existência desta hierarquia
Maçônica constitui a garantia de sua continuidade, todavia, realmente há, em caso de proteção,
de conjunto, de nomenclatura, igualdade entre os maçons, sem distinção de graus, porém como
poderiam existir Aprendizes sem os Mestres e estes como poderiam se classificar sem um órgão
superior a orientá-los? Os Aprendizes têm o direito de voto igual a todos; o direito de frequência e
de participar em todos os atos litúrgicos concernentes ao seu Grau, contudo, não se poderá
admitir que um Aprendiz recém advindo possa conhecer todos os aspectos administrativos da
Loja e possa tomar parte nas decisões relevantes. O Aprendizado deve ser longo, isto em
qualquer setor intelectual e prático e somente o conhecimento é que fará do indivíduo um
profissional competente, portanto, a diferença ou discriminação diz respeito, apenas ao “tempo”,
eis que, todo Aprendiz consciente de sua responsabilidade, em tempo breve, atingirá os graus
necessários para sua plenitude maçônica.
23º – Todo os conhecimentos recebidos pela iniciação, tanto os métodos de trabalho como as
lendas e tradições devem ser conservados secretos e só podem ser comunicados a outros
Irmãos.
Comentários: A Maçonaria não é uma sociedade secreta. O segredo maçônico deve ser
entendido em duas formas: o segredo da Instituição e o segredo dos Rituais. Hoje, a Instituição
não necessita mais manter-se no ostracismo, em secreto, hoje, maçons desfilam paramentados,
por ocasião de festividades pátrias e maçônicas, porém, mantém se o segredo, sobre as palavras
de ordem, de passe, semestral, os sinais, as saudações e as decisões que devam ser mantidas
em reserva. O segredo ritualístico deve ser mantido em obediência aos juramentos e esta atitude,
demonstra o fiel cumprimento deste Landmark.
24º -A Maçonaria fundou em ciência especulativa segundo métodos operativos e o uso simbólico,
explicando esses métodos e os termos nele empregados com o propósito de ensinamento moral.
É indispensável a preservação da lenda do Templo do Rei Salomão.
Comentários: A Maçonaria atual é a que chegou até nós, após a sua reestruturação em 1717.
Este Landmark diz respeito a esta maçonaria relativamente moderna, por isto, coloca a “moral” e
a “religião” como resultado do trabalho operativo e especulativo. O ensinamento moral e religioso
não deverá ser confundido com a moral comum ou com uma determinada religião, pois a
Maçonaria aceita em seus ensinamentos um princípio religioso, mas no sentido de religação,
entre a mente humana e o Poder Supremo, portanto diz-se com muita propriedade que os
símbolos possuem a sua própria linguagem, e que os símbolos falam, é preciso então
desenvolver os sentidos de audição espiritual, para ouvir a voz dos símbolos, e estes estudos,
esta dedicação, nada mais é que um ato de obediência ao 24º Landmark, onde a lenda da
construção do Templo de Salomão é rica simbolismo e ensinamentos filosóficos.
25º – O último Landmark é o que afirma a inalterabilidade dos anteriores, nada podendo lhes ser
acrescido ou retirado, nenhuma modificação podendo lhes ser introduzida, dentro da seguinte
regra: “Assim como de nossos antecessores os recebemos, assim os devemos transmitir aos
nossos sucessores. ”
Comentários: Este Landmark nos induz para uma questão burocrática, querendo mostrar que não
podemos alterar, acrescentar ou retirar qualquer coisa nos Landmarks anteriores, mas se
observamos bem resume todo ensinamento Maçônico, tanto operativo como especulativo, pois a
última frase indica verdadeiramente como devemos receber e transmitir a boa herança de nosso
Ordem, seja na parte de liturgia, esotérica ou administrativa.
ENCERRAMENTO:
Como a nossa Ordem tem como fundamento básico a tradição, até hoje, esses “Landmarks” de
Mackey são rigorosamente observados e ninguém pensa em alterá-los.
É verdade que, de vez em quando, alguém revestido de vaidade e presunção apresenta teses
para “atualizar” os Landmarks, mas são pregadores do deserto que não conseguem ser levados a
sério.
Os 25 Landmarks nos trazem uma Ordem Maçônica completa, tanto sob o ponto de vista
administrativo, como litúrgico e místico.