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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

SUMÁRIO

1- FUNDAMENTO DE FÍSICA - MECÂNICA DOS FLUÍDOS 3

2- ELEMENTOS HIDRÁULICOS 6

3- SISTEMA DE ARREFECIMENTO 12

4- SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO 18

5- SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO 40

6- SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO E ESCAPAMENTO 45

REFERÊNCIAS

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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

1- FUNDAMENTO DE FÍSICA - MECÂNICA DOS FLUÍDOS (HIDROSTÁTICA


E HIDRODINÂMICA)

O segmento da física que estuda o efeito das forças em fluídos é conhecido como a
mecânica dos fluídos. Esse estudo é dividido em hidrostática – quando os fluídos
estão em equilíbrio estático – e hidrodinâmica quando os fluídos estão sujeitos a
forças externas diferentes de zero.

Foto: Reprodução

O que são fluídos?

Consideramos como fluídos todas as substâncias que estejam em estado líquido ou


gasoso. Com isso, direcionamos nosso estudo às duas áreas da Mecânica dos
fluídos.

Hidrostática

Chamamos de hidrostática a área da mecânica dos fluídos responsável pela análise


das substâncias fluídas em condições de repouso. Dentro dela, devemos aprender
três princípios básicos que lhe dão fundamentação:

Princípio de Arquimedes

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Ao ter que calcular se a coroa de um rei havia sido feita apenas com ouro ou se
dentro possuía uma parte de prata sem estragar a peça, Arquimedes desenvolveu
esse princípio. Por meio da equação E = r.V.g, ele conseguiu descobrir que os
fluídos exercem o empuxo nos objetos nele imersos e que a formula traria esse
resultado. (considere que r é a massa específica do fluído, V é o volume do objeto
imerso no fluído e g é a aceleração da gravidade no local.

Princípio de Pascal

Pascal buscou, por meio de seu princípio, verificar a validade da experiência de


Torricelli – ele enuncia o princípio da constância de transmissão de pressão no
interior dos líquidos.

Princípio de Stevin

Com Stevin vieram importantes contribuições para a física mecânica. Foi ele quem
explicou o paradoxo da hidrostática, conde a pressão de um líquido depende,
independentemente da forma do recipiente, da altura da coluna líquida, conforme
demonstrado na equação: ∆P = r.g.h.

Considere que ∆P é a variação da pressão que varia de acordo com o comprimento


da coluna, r é a massa específica do fluído e h é o desnível.

Hidrodinâmica

A hidrodinâmica fundamenta-se em dois princípios e é o ramo que estuda os


líquidos quando em movimento.

Equação da continuidade

A vasão de fluído de um sistema com um determinado sistema hidráulico que seja


fonte e tenha sumidouro e fluído.

Equação de Bernoulli

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O físico á autor da equação de Bernoulli – Lei da Conservação da Energia, aplicadas


aos locais com deslocamento de fluído.

Nessa equação, considere que P é a pressão absoluta, r massa específica do fluído,


g é a aceleração da gravidade no local, v é a velocidade em que o fluído desloca-se,
e y é o desnível.

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2- ELEMENTOS HIDRÁULICOS

Nos campos da hidráulica mobil e eletrônica, a Bosch Rexroth fornece uma


variedade única de componentes e sistemas para acionamento e controle
de empilhadeiras, criando soluções específicas para cada caso.
Para empilhadeiras com motor de combustão ou elétricas, a Bosch Rexroth tem o
sistema perfeito para as exigências particulares de cada máquina. Nossa extensa
gama permite cobrir todo o espectro de aplicações para os equipamentos
de movimentação de carga. No centro de aplicação para empilhadeiras, onde
especialistas de várias unidades de negócios trabalham em conjunto, podemos
oferecer um extenso suporte, desde a seleção do componente ideal, até o
planejamento do sistema completo.

Soluções econômicas, em qualquer condição de trabalho

A maioria dos veículos para transporte de material nas empresas


são empilhadeiras com motor de combustão. Os sistemas para a hidráulica de
acionamento e trabalho são tão variados quanto às próprias empilhadeiras.
Sistemas eficientes do tipo load sensing para as funções de direção e levantamento,
estão se tornando crescentemente populares em empilhadeiras industriais
modernas. Estes sistemas satisfazem as mais severas exigências com relação à
ergonomia e consumo de combustível sendo capazes de alcançar maiores níveis de
desempenho agora exigidos em modernos centros de logística. Isto é típico dos
sistemas e componentes Bosch Rexroth. Para a hidráulica de trabalho, existem dois
sistemas distintos. Um é o sistema de centro aberto com bomba de engrenagens e
outro é o sistema load sensing com bombas de deslocamento fixo ou variável.

Sistema centro aberto

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A hidráulica de trabalho do tipo centro aberto constitui um robusto sistema que


tem sido experimentado e restado por muitos anos. Confiabilidade e design
compacto são suas vantagens principais. As válvulas de controle direcional podem
ter atuado mecânica, hidráulica ou eletro-hidráulica, e podendo também ser
combinadas de diferentes maneiras.

Sistema Load sensing

Sistemas Load sensing para a hidráulica de trabalho naturalmente alcançavam


os principais objetivos em empilhadeiras modernas – tal como a redução do
consumo de energia com simultâneo aumento do desempenho e da dirigibilidade.
Este sistema fornece à direção e à hidráulica de trabalho somente a energia
requerida, reduzindo as perdas. Funções como levantamento e inclinação podem
ser operados em paralelo, obtendo altos níveis de desempenho. As forças de
atuação da válvula direcional independentes da carga garantem alta precisão, sem
fadiga para o operador.

Tração hidrostática

Para o acionamento da tração, há diferentes sistemas para cada situação


individual, conforme exigências específicas. O acionamento de rodas, no qual
uma bomba de deslocamento variável aciona dois motores de rodas fixados
diretamente na estrutura do veículo, é principalmente utilizada em empilhadeiras de
uso industrial. Esta construção modular permite maior liberdade ao projetista da
máquina. O motor de pistões radiais MCR ou o motor de pistões axiais A6VE
com redutor planetário podem ser utilizados. Para veículos frequentemente
utilizados em pisos irregulares ou superfícies variadas, um eixo diferencial é
absolutamente essencial para a transmissão da força de tração. Neste caso,
um motor de deslocamento fixo ou variável montado no eixo é alimentado através de
uma bomba de deslocamento variável. O sistema anti-patinação da Bosch Rexroth é
um efetivo travamento hidráulico do diferencial, sendo uma alternativa para os
divisores de fluxo ou diferencial mecânico. Os circuitos da bomba para os motores,
são divididos para criar um sistema de duplo circuito hidráulico, um sustentando o
outro, obrigando as respectivas rodas a girar sincronisadamente. A Bosch
Rexrtoh desenvolveu a bomba dupla A30VG, baseada para esta aplicação.

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Esta bomba opera com dois circuitos hidráulicos separados através de uma conexão
comum. Alternativamente, uma bomba tandem pode ser utilizada. Estas soluções
destacam os benefícios dos acionamentos hidrostáticos:

 Acionamento automotivo os benefício do acionamento com transmissão


infinitamente variável
 Posicionamento sensível (inching)
 Excelente aceleração e desaceleração
 Mudança de direto através da reversão da bomba
 Não utilização dos freios
 Muda força de tração, mesmo em baixa rotação

Extensão de funções pelo gerenciamento eletrônico

Com o sistema de gerenciamento eletrônico para empilhadeiras, as funções


existentes podem ser extendidas, com pouco tempo através do ajuste dos
parâmetros do software.

Variação das características de acionamento

Com o sistema de variação das características de direção, diferentes curvas são


armazenadas no software. É então possível escolher entre direção suave e severa
ou entre o modo de transporte ou trabalho. A seleção é feita ou pelo operador
enquanto o veículo está em uso ou pelo fabricante ou engenheiro de serviço através
de uma interface PC.

Velocidade constante e função de velocidade de levantamento

A velocidade constante combinada à função da velocidade de levantamento


permite que a potência aumente automaticamente quando a hidráulica de trabalho é
atuada a uma rotação constante. A potência requerida pela função de trabalho é
sinalizada ao software através de um sinal eletrônico. Este compensa o aumento da
rotação do diesel devido a variação do deslocamento da bomba, e portanto mantém
a rotação constante no valor determinado pelo pedal do acelerador.

Modo Eco-drive

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Como descrito acima, as características podem ser selecionadas conforme


necessário, permitindo definir o ponto operacional para qualquer ponto de potência
do motor diesel. Isto significa que, com máxima potência e velocidade reduzida, o
modo drive pode ser estabelecido e otimizado em termos de consumo e ruído,
conforme a curva característica do motor diesel. Com o eco-drive, o sistema detecta
automaticamente o ponto de operação do ―modo de transporte‖, à alta rotação e
baixa carga, e muda o motor diesel para um modo otimizado em termos de consumo
e ruído. Esta comutação é compensada pelo ajuste dos componentes hidráulicos, o
qual garante que o ponto de operação desejado é mantido. Isto é particularmente útil
em veículos que são frequentemente operados a altas velocidades de transporte.

Parâmetros de tarefa, monitoramento e diagnóstico

A comunicação com o software de operação é possível através de interface


da unidade de controle, usando tanto o módulo de serviço BB-3 ou o software
BODEM em um laptop. Ele pode ser usado para ler qualquer erro ocorrido e seu
histórico, bem como ajustar os parâmetros do software. O software BODEM é
também usado para registrar dados de teste para os valores processados pela
unidade de controle. No modo drive, os dados podem também ser lidos num display,
particularmente o display DI da Bosch Rexroth. A unidade de controle pode ser
incorporada em todos os sistemas eletrônicos de gerenciamento de veículos através
da interface CAN bus.

Sistemas precisos e com economia de energia

Devido à limitada capacidade da bateria, as empilhadeiras elétricas tem que


contar com um baixo consumo de energia apesar das altas exigências de
desempenho. Por esta razão, empilhadeiras elétricas modernas empregam sistemas
de controle por pulso para hidraulicamente de levantamento e direção. Entre outras
coisas, garantem economia de energia e baixo ruído. Ajustados de fábrica, sensores
sem contato, situados nas válvulas direcionais e na coluna de direção garantem uma
vazão de demanda orientada de para as funções de direção e levante. A vazão é
fornecida através de bombas SIlence. Um fator importante é a conversão do curso
mecânico e do movimento de direção, em um sinal elétrico proporcional para o
sistema de controle por pulso, o qual garante a economia de energia e baixo ruído

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devido ao controle de vazão de demanda orientada. Esta tecnologia significa que


a direção hidráulica de levante pode ser operada com a máxima sensibilidade. Além
disso, oferecemos uma extensa lista de possibilidades para otimização posterior do
seu sistema. Funções auxiliares, como válvulas secundárias e componentes
sintonizados, podem também ser integradas.

Sistemas para paleteiras

Paleteiras são essências nas instalações comerciais e de produção. Os fatores


decisivos para o fabricante são a otimização da relação custo/benefício e o aumento
das exigências por ergonomia, combinada à confiabilidade de e robustês. Estas
exigências são completamente satisfeitas através de nossas unidades compactas, já
que a solução Bosch Rexroth é pré-montada, robusta e versátil. Unidades
hidráulicas consistindo de motor elétrico, bomba de engrenagens, reservatório de
óleo e bloco de válvulas em várias configurações. Estas unidades podem ser
complementadas com opções específicas, como circuito de válvulas eletrônicas.
Uma característica particularmente notável é a função de descida controlada por um
sinal elétrico proporcional, permitindo precisão de descida e posicionamento. A baixa
resistência do fluxo permite uma velocidade de descida particularmente alta, mesmo
com cargas leves, aumentando assim a eficiência do trabalho. A Bosch
Rexroth fornece unidades compactas que estão prontas para instalação, e que não
requer pré-montagem do fabricante. A Bosch Rexroth fornece unidades
compactas que estão prontas para instalação, e que não requer pré-montagem do
fabricante. Esta tecnologia robusta e segura com seu sistema modular pode ser
combinada para diferentes dispositivos e classes de cargas. As unidades compactas
são também muito versáteis com relação à otimização do sistema. Por
exemplo, válvulas adicionais, forma de reservatório específica do fabricante e
elementos de montagem podem ser integrados sem problema.

Prospectos para funções adicionais

Sistemas como acionamentos hidrostáticos controlados eletronicamente


e válvulas atuadas eletricamente são atualmente o ―State of Art‖ numa ampla faixa
de aplicações. As empilhadeiras do futuro serão muito influenciadas por sistemas

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que aumente os benefícios dos clientes e a confiabilidade funcional. O


desenvolvimento dos futuros sistemas será determinado por tópicos, tais como
velocidade de inclinação varável, amortecimento das oscilações e limitação do
torque. A Bosch Rexroth está encontrando estes desafios e já esta trabalhando em
idéias para aumenta a gama de funções para os sistemas de acionamento de
controle das empilhadeiras do futuro. O operador e a carga terão papel central neste
desenvolvimento. A Bosch Rexroth está atenta a isto e está trabalhando
intensivamente na próxima geração de dispositivos de controle, válvulas atuadas
eletricamente e unidades de controle eletrônico. Os exemplos revelando o futuro
das empilhadeiras mostram que a junção do conhecimento técnico será de grande
importância na implementação de soluções futuras. A experiência mostra que a
harmonização com componentes individuais, tem um papel central na otimização da
função global. A Bosch Rexroth reconhecendo isto tem cooperado intensivamente
com os fabricantes de empilhadeiras por muitos anos, com o objetivo de desenvolver
sistemas que aumentem os benefícios do cliente e confiabilidade funcional.

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3- SISTEMA DE ARREFECIMENTO

Manutenção preventiva: sistema de arrefecimento

Devido ao volume de motores danificados que temos recebido para manutenção,


onde a principal causa é a falta de manutenção preventiva, começo uma série de
artigos para auxiliar os leitores a obterem maior durabilidade dos equipamentos. O
primeiro assunto é o sistema de arrefecimento.

Nas empilhadeiras deve-se ter cuidado especial com esse item, pois vivemos em um
país de clima tropical onde na maioria das regiōes o calor predomina. Nota-se que
em quase toda sua totalidade as empilhadeiras tem o escapamento junto ao
radiador, isso ocorre porque elas são projetadas para trabalho em temperaturas
baixas, como Europa e Estados Unidos. A montagem nesse layout ajuda no
aquecimento da água evitando problemas como o congelamento do sistema de gás.
Para nós esse sistema prejudica, pois contamos com uma temperatura externa
elevada. Claro que podemos resolver esse problema utilizando o aditivo adequado.

Com o sistema funcionando perfeitamente só teremos benefícios, como


durabilidade, economia de combustível, desempenho e menor nível de emissōes.
Por isso a importância do operador efetuar diariamente seu check-list.

O aditivo contém propriedades diferentes de acordo com cada especificação, as


mais frequentes são polímeros, agentes anti-corrosivos e etileno glicol. Esse último
ao meu ver é o mais importante, pois sua função é aumentar o ponto de ebulição e
diminuir o ponto de congelamento da água. Os anti-corrosivos são responsáveis por
fazer a limpeza evitando o acúmulo de ferrugem e obstrução do fluxo.

Recomendo que o aditivo seja trocado ao menos a cada 1000 horas de trabalho, é
importante para preservação do seu equipamento um contrato de manutenção com

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empresa especializada, assim terá garantias e procedimentos dessa importância


não será apenas de responsabilidade do operador.

O sistema de arrefecimento também é composto por outros itens que devem ser
inspecionados periodicamente; como bomba d'água, radiador, válvula termostática,
ventoinha, mangueiras e indicador de temperatura no painel.

Abaixo seguem as respostas para algumas perguntas que recebo com frequência:

1) Posso utilizar água da torneira para colocar no radiador?

Não. A água que retiramos da torneira contém cloro e sais minerais que podem
provocar danos no sistema, como corrosão. Utilize no mínimo água retirada de poço
artesiano.

2) Ao completar o reservatório como devo proceder?

Para evitar concentração ou diluição do aditivo, complete com uma solução


composta de aditivo + água.

3) O que eu faço quando o motor da minha empilhadeira aquecer demais?

Desligar imediatamente, deixar o motor esfriar bem, adicionar solução para


movimentação emergencial (não forçar para evitar queima da junta ou engripamento
do pistão) e chamar técnico especializado para pesquisar e sanar os defeitos
apresentados. Posteriormente, limpar bem o sistema, reabastecer e testar o
funcionamento.

Indicadores de performance de manutenção de empilhadeira

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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

Você conhece os indicadores de performance de manutenção de empilhadeira? O


setor varejista precisa de ferramentas específicas para desempenhar as suas
atividades com qualidade. Quem não utiliza os equipamentos corretos — ou tenta
improvisar — sempre acaba em maus lençóis. Isso acontece porque os trabalhos
logísticos não abrem brechas para falhas. Portanto, tudo deve ser muito bem
planejado e realizado.

É muito importante considerar diversas questões, como as formas de


armazenamento e as técnicas aplicadas pelos usuários. Nessas horas, as
empilhadeiras de sua empresa merecem toda a atenção possível.

Elas são responsáveis pelo transporte de mercadorias com segurança e pela


eficiência no ambiente de trabalho. Quando algum desses elementos apresenta
problemas, todo o planejamento de entregas pode ser colocado em risco.

Por esse motivo, é essencial conhecer os indicadores de performance de


manutenção de empilhadeira, analisando-os corretamente. Este post mostrará tudo
que você precisa saber sobre o assunto. Confira a seguir.

Por que as empilhadeiras falham?

Assim como todas as outras máquinas, as empilhadeiras estão sujeitas a falhas.


Inúmeras situações podem acontecer em sua empresa, seja pela falta de perícia do
trabalhador, seja pela ausência de manutenção preventiva. Como cada caso precisa
ser analisado separadamente, não é possível determinar uma regra.

Porém, as falhas que mais geram dores de cabeça são:

Empilhadeiras elétricas

O corpo humano precisa de energia para manter os sistemas funcionando, não é


mesmo? Com isso, é essencial mantê-lo bem alimentado, fornecendo os nutrientes
necessários para cada atividade.

Tomando as devidas proporções, as empilhadeiras elétricas funcionam de forma


similar. Elas utilizam as baterias para operar, então, quando a fonte de energia
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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

elétrica não está em condições apropriadas, diversas falhas podem ocorrer nos
dispositivos eletrônicos. Em situações mais graves, fusíveis queimam e graves
danos são provocados no motor.

Outros pontos importantes estão relacionados à falta de manutenção de


empilhadeira e à realização de procedimentos incorretos.

Empilhadeiras a combustão GLP

Esse tipo de equipamento tem como fonte de energia o gás liquefeito de petróleo
(GLP). Os principais problemas são fomentados pela ausência de regularidade de
troca dos filtros decantadores e dos redutores de gás. Essas questões acontecem
porque o combustível tem muitas impurezas e acaba sujando o motor.

Exemplos clássicos mostram que um motor que não recebe manutenções perde
cerca de 50% de sua durabilidade. Essas questões acontecem quando os
lubrificadores não são trocados a cada 250 horas também.

Não manter o radiador com aditivo à base de etileno glicol pode comprometer o
sistema de arrefecimento e aumentar a temperatura de trabalho do motor.

Além de tudo, a falta de lubrificação dos eixos de direção, da torre de elevação e de


todos os outros componentes do equipamento provoca o desgaste precoce das
articulações.

Quais são as principais consequências desse fato?

Diversos riscos surgem quando são utilizadas empilhadeiras que apresentam falhas
frequentemente. O problema mais grave se apresenta na forma de prejuízos
financeiros por causa dos altos custos de manutenção corretiva. Isso
acontece porque paralisações e acidentes ocorrem quando você menos espera.
Como consequência, os trabalhadores se machucam e a infraestrutura do local pode
ser danificada.

No final das contas, o planejamento não é alcançado e é preciso gastar mais do que
o necessário com a reforma de motores e a compra de novas peças, por exemplo. O
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não cumprimento dos prazos não pode ser esquecido também. Quem não tem bons
equipamentos não é capaz de atender às demandas dos clientes.

O que envolve os serviços de manutenção de empilhadeira?

Como um gerente de logística, você precisa controlar muito bem a gestão do


estoque, certo? Nessas horas, é preciso ter um planejamento de manutenção de
empilhadeira adequado às necessidades do negócio. Quanto maior for o número de
equipamentos, mais atenção você deve ter em suas decisões.

O primeiro passo é programar manutenções preventivas. Elas ajudam a detectar,


solucionar e eliminar falhas antecipadamente e aumentam a vida útil do
equipamento. Tanto os modelos a combustão quanto os elétricos precisam ser
monitorados de perto.

Você pode criar um check-list técnico com todos os itens que devem ser revisados,
com sugestões de ajustes e substituições de componentes pré-determinadas. As
trocas de filtros de ar e de decantação do combustível, de lubrificantes dos motores,
das transmissões e dos componentes do sistema hidráulico são exemplos que não
podem faltar em seu planejamento.

Tenha em mente que é melhor resolver um problema de vibração do motor, por


exemplo, enquanto ele ainda está em estágio inicial. Quando nada é feito, a
empilhadeira pode parar de funcionar a qualquer momento — e isso é extremamente
prejudicial.

O treinamento de funcionários é importante?

Sim. Colaboradores bem capacitados sabem manusear as suas ferramentas de


trabalho com precisão. Cada operador deve saber utilizar as empilhadeiras com
maestria, evitando improvisações e manobras erradas. Além de melhorar a
qualidade do trabalho, essa medida ajuda a aumentar o tempo de uso da
ferramenta.

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Portanto, crie um cronograma de treinamento constante de todos os membros de


sua equipe.

Quais são os melhores indicadores de performance?

A análise de resultados é uma prática que melhora o gerenciamento da frota. Assim


sendo, você consegue identificar problemas e ver quando a estratégia utilizada
apresenta bons números.

Os processos de manutenção de empilhadeiras devem ser baseados em


informações concretas, que condizem com a realidade do seu negócio. Por isso,
você deve acompanhar de perto os seguintes indicadores de performance:

Disponibilidade média mensal

Uma empilhadeira parada representa grandes perdas para a empresa. Nessas


situações, os funcionários não conseguem realizar os serviços e as mercadorias não
são transportadas. Dessa forma, a média de disponibilidade mensal abaixo de 90%
indica que é preciso realizar uma análise minuciosa. Valores abaixo de 80%
evidenciam a necessidade de troca ou reforma também.

Custo médio mensal de manutenção

Há algo de errado em sua empresa quando os gastos com manutenção de


empilhadeira são maiores que os valores estipulados no planejamento. Ao se
deparar com essa situação, você precisa analisar todos os eventos, a fim de
encontrar as suas causas.

Após isso, você tem as informações necessárias para propor soluções e garantir
agilidade nos processos. Se uma empilhadeira apresenta vários problemas em um
curto intervalo de tempo, pense em realizar uma reforma completa ou considere a
compra de um novo instrumento.

Apenas fique atento para não reduzir o capital disponível no setor e descubra um
equilíbrio sadio para esses custos mensais.

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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

4- SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO

Assim como acontece com os carros, muita gente ainda não se deu conta do quanto
à lubrificação interfere no desempenho, na economia e na vida útil das peças e
componentes das empilhadeiras.

Estudos indicam que os técnicos e operadores que zelam pela lubrificação vão
perceber um custo menor de manutenção de até 35%. E o mais impressionante é
que você poderá ter uma vida útil 10 vezes do equipamento maior se forem
observados todos os cuidados com a lubrificação.

FUNÇÕES DO LUBRIFICANTE

Como você sabe, o funcionamento do motor acontece por movimento. E esse


movimento entre as peças acaba gerando um atrito e o cisalhamento desses
componentes. É aí que entra o trabalho do lubrificante – ele forma uma película que
impede o contato direto entre essas superfícies, reduzindo o atrito e evitando o
desgaste das peças.

Mas não é só isso. O lubrificante também tem outras funções importantíssimas,


como:

 Resfriar as peças evitando o aumento excessivo da temperatura


 Manter a vedação dos sistemas (ele impede a entrada de detritos ou de
gazes no motor)
 Limpar as impurezas do motor
 Transmitir força no caso de sistemas hidráulicos

ADITIVO

Hoje os óleos sintéticos e semissintéticos, diferentemente dos antigos óleos


minerais, já possuem em seus compostos aditivos para melhorar a performance do
lubrificante e, consequentemente, o desempenho da sua empilhadeira.

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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

Os princípios mais relevantes dos aditivos acrescentados no óleo são:

 Dispersantes: dissolver e impedir a formação de depósito de detritos


 Detergente: impedir a formação de depósitos e estratos de ferrugem em altas
temperaturas
 Antioxidantes: evitar o contato direto ente as partes mecânicas em
movimento
 Modificadores de atrito: melhorar as propriedades lubrificantes do óleo
 Abaixadores do ponto de fluidez: permitir a utilização do óleo em baixas
temperaturas

LUBRIFICANTES PARA EMPILHADEIRA

As empilhadeiras utilizam os mesmos óleos de veículos automotivos – ou seja, não


há necessidade de se utilizar um lubrificante feito exclusivamente para o
equipamento, pois os automotivos atendem plenamente as exigências de
lubrificação da empilhadeira.

Existem três tipos de lubrificantes:

 Minerais: o óleo mineral possui uma pequena combinação de aditivos e é


obtido por meio do refino do petróleo. São mais baratos e atendem apenas as
exigências dos motores mais antigos, e por terem uma durabilidade menor, as
trocas são feitas com maior frequência. Este tipo de óleo não é indicado para
empilhadeira por apresentar pouco desempenho e capacidade de proteção,
se comparado aos modernos lubrificantes sintéticos.
 Sintéticos: esses óleos, como o próprio nome diz, são fabricados e obtidos
por meio de reações químicas. Por serem totalmente desenvolvidos em
laboratório e de forma controlada, já são projetados para necessidades
específicas.
 Semissintéticos: este é o óleo mais indicado para empilhadeiras – pois
durante a sua produção ele emprega tanto as qualidades do mineral como a

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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

do sintético – sendo de ótima qualidade e de custo mais acessível que os


sintéticos.

CLASSIFICAÇÃO

Imagine que você vai comprar um lubrificante para empilhadeira e se depara com
uma série siglas. Por exemplo: Lubrificante API-SJ SAE 20W50

 API SJ: API é a sigla que representa ―nível de desempenho do lubrificante‖.


Ela é seguida da letra ―S‖, que se refere a motores à combustão movidos à
gasolina. Se fosse um motor a diesel, seria API C, e se fosse um lubrificante
para engrenagens, API GL.

Já a letra ―J‖ indica a evolução do óleo – e quanto maior a letra, maior o estágio de
evolução do lubrificante. Por isso os carros com tecnologia mais moderna só podem
utilizar óleos SJ ou SM. Já os mais antigos, letras menores são mais indicadas.

 SAE 20W50: Esta é indicação da viscosidade do óleo. SAE é a sigla em


inglês de

―Sociedade de Engenheiros Automotivos‖. O número em seguida vai indicar a


viscosidade em baixas temperaturas. Quanto mais baixo for o número, mais
apropriado para ambientes mais frios. Já o segundo número, o 50 (depois da letra W
que significa inverno em inglês), indicará a viscosidade do óleo em altas
temperaturas – ou seja, durante as operações da empilhadeira.

NOTA: hoje a maioria das embalagens vem com a identificação mais simplificada.
Como neste exemplo do lubrificante API-SJ SAE 20W50, você provavelmente
encontrará nos rótulos SJ 20W50.

JAMAIS MISTURE LUBRIFICANTES

Sabe aquela história de completar o óleo em vez de trocá-lo? Além de não ser
indicado, há uma observação importantíssima para a saúde dos componentes e
peças: você não deve misturar lubrificantes.
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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

A principal razão para não completar o nível de lubrificante da vareta com um


produto diferente é que os aditivos podem não combinar entre si – podendo,
inclusive, um anular os benefícios do outro quando misturados.

Marcas também não devem ser misturadas – mesmo que o lubrificante tenha
características iguais, pois cada fabricante de óleo utiliza aditivos próprios e que
podem ser diferentes. Lembre-se: a má lubrificação pode ocasionar corrosão no
motor, formação de borra, perda de eficiência do equipamento e aumento no
consumo.

IMPORTANTE: Em última instância, caso você não encontre mais o óleo da mesma
marca e precisa trocar, siga essas dicas: Não deixe uma gota sequer do lubrificante
antigo na vareta – Troque o filtro – encha o cárter com o óleo novo até atingir o nível
correto apontado na vareta.

GRAXAS

Pouca gente já parou pra pensar, mas as graxas utilizadas para lubrificação de
componentes da empilhadeira são lubrificantes em estado pastoso, já que em
formato líquido não teria o mesmo efeito para lubrificar certos componentes, como
uma corrente, por exemplo.

Na hora de escolher a melhor graxa, deve-se levar em conta fatores como


consistência, faixa de temperatura e propriedades anticorrosivas.

 À base de cálcio: normalmente usadas em temperaturas de até 60ºC


 De sódio: podem ser usadas em temperaturas entre -30ºC e 80ºC
 À base de lítio: adequadas para temperaturas entre -30ºC e 110ºC

QUANDO TROCAR

Como vimos no início desse material, zelar pela lubrificação aumentará


consideravelmente a vida útil dos componentes da empilhadeira.

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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

Mas afinal, devo fazer a troca do óleo a cada quantas horas de uso?

Seríamos muito insensatos se respondêssemos essa pergunta com uma quantidade


de horas válida para qualquer equipamento. Além de cada um possuir suas
características próprias (daí a necessidade de seguir o Manual), há também
variáveis que devem ser levadas em conta, como o tipo de uso da empilhadeira.

Há casos em qua a troca acontece a cada 500 horas, como há empilhadeiras que
precisam dessa manutenção preventiva a cada 250 horas – daí a impossibilidade de
limitar um tempo geral para todo equipamento.

IMPORTANTE: Lembre-se que lubrificação não se faz apenas no motor. Outros


sistemas também devem ser lubrificados:

 Diferencial: fique atento e dê atenção especial à lubrificação da coroa e do


Pinhão. Geralmente, essa manutenção é feita a cada mil horas.
 Mancais e cilindro: os mancais da torre e os cilindros de inclinação devem
ser engraxados com frequência – principalmente se o equipamento trabalhar
em lugares com poeira ou outro tipo de sujeira.
 Eixo: o eixo direcional é outro componente que precisa ser engraxado com
frequência – e assim como o mancal, se você operar em lugares com poeira a
lubrificação deve ser mais frequente.
 Transmissão: só quem já precisou fazer reparos na suspensão sabe a dor
de cabeça e o prejuízo que isso dá. Portanto, muita atenção principalmente à
lubrificação do conversor de torque do equipamento – pois é o componente
com maior índice de atrito.

PLANOS DE LUBRIFICAÇÃO

Se você não tem ou não segue um plano de manutenção preventiva, é muito


importante rever seus conceitos. É imprescindível um plano se você quiser que seu
equipamento opere com mais desempenho e que os componentes tenha suas vidas
úteis prolongadas.

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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

Se você não tem, monte um plano junto com sua equipe ou peça auxílio para uma
empresa especializada.

Neste plano deve conter a lubrificação, além do motor, de componentes como:

 Todos os engates e articulações


 Superfícies de atrito da torre
 Superfícies de atrito do carro porta garfos
 Mancais
 Correntes de elevação
 Rolamentos das rodas
 Eixo direcional, pino rei e terminais

A importância da lubrificação e regulagem da empilhadeira

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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

Por ser um equipamento que faz parte da rotina do setor de logística — podendo
simplificar o seu dia a dia —, entender a importância da lubrificação e regulagem da
empilhadeira é uma das grandes responsabilidades de um gerente dessa área.

Toda empresa, independentemente do seu ramo de atuação, precisa contar com


processos logísticos modernos e eficientes e, para isso, o uso dos equipamentos
adequados pode se transformar em um grande diferencial. No entanto, não basta ter
os melhores recursos à sua disposição, é preciso mantê-los em perfeitas condições.

Nesse contexto, preparamos este material para que você compreenda o porquê de
cuidar de suas empilhadeiras, mantendo-as lubrificadas e reguladas. Acompanhe!

Por que lubrificar e regular suas empilhadeiras?

Todo equipamento empresarial precisa receber certos cuidados para que cumpra
com sua função e permaneça sempre operante. As empilhadeiras, conforme
mencionado, são imprescindíveis para a eficiência do setor de logística, por isso
merecem uma atenção especial.

Mas, afinal, por que um gerente de logística não pode se esquecer de lubrificar e
regular suas empilhadeiras?

Favorece o seu funcionamento eficiente

Uma empilhadeira possui vários componentes e alguns deles demandam uma


lubrificação constante e adequada.

Em resumo, existem diversas articulações de metais que acabam sofrendo um forte


atrito durante o seu funcionamento. Esse contato direto de metal com metal faz com
que a lubrificação seja imprescindível para manter a máquina em seu perfeito
funcionamento.

Aumenta sua vida útil

Não há dúvidas de que cuidados preventivos favorecem a vida útil de qualquer


equipamento industrial. No caso das empilhadeiras, as torres de elevação, por
24
MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

exemplo, possuem vários rolamentos de carga que trabalham dentro da coluna e


que necessitam de lubrificação.

Caso esse tipo de cuidado não seja considerado, o contato elevado entre as partes
de metais pode reduzir a vida útil de seu equipamento em até 70%. Ou seja, ele
estará exposto a um desgaste muito mais acelerado do que um equipamento que
recebe lubrificação corretamente.

Gera economia de combustível e energia

A redução de gastos deve estar entre suas prioridades dentro da empresa. Uma das
maneiras mais eficientes de se alcançar tal objetivo é por meio da regulagem de
suas empilhadeiras, tanto no motor, quanto no sistema de gás do equipamento.

Em resumo, independentemente do seu modelo de empilhadeiras — de combustão


ou elétrica —, a regulagem adequada favorece que sua máquina tenha um nível de
consumo de combustível e eletricidade correto.

Uma empilhadeira desregulada consome mais energia elétrica e até demanda mais
das baterias. Com isso, a bateria que possui uma autonomia média de 8 horas
poderá descarregar e sofrer desgaste mais rapidamente, ampliando seus custos
logísticos.

Quais os principais problemas que podem surgir com a falta de lubrificação e


regulagem?

Os lubrificantes e os cuidados com regulagem são fundamentais para o


funcionamento de uma empilhadeira e, conforme demonstrado, trazem grandes
benefícios para a empresa. Entretanto, não dar a devida atenção a isso pode lhe
causar sérios problemas.

Dentre as diversas complicações que podem surgir, podemos citar algumas que
impactam significativamente na eficiência e resultados do setor de logística, como:

 aumento do atrito entre as peças e, consequentemente, do desgaste;


 aquecimento de partes internas;
25
MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

 dilatação das peças;


 desalinhamento do equipamento e perda de precisão;
 ruídos ao operar;
 ruptura e necessidade de substituição de peças.

Quais as melhores dicas para lubrificar e regular uma empilhadeira?

Após conhecer as vantagens que os processos de lubrificação e regulagem trazem


às suas empilhadeiras, assim como os problemas causados pela falta desse tipo de
cuidado, não é difícil concluir o quanto isso é importante para os bons resultados de
seu setor.

Por isso, trouxemos para este tópico as melhores dicas para que você consiga
manter seus equipamentos sempre lubrificados e regulados. Continue com a leitura
e aprenda um pouco mais:

Crie um cronograma de revisões

É aconselhável criar um cronograma para que as empilhadeiras passem por


revisões e por processos de lubrificação e regulagem. O ideal é que isso seja
realizado a cada 30 dias, mas há casos críticos que demandam esse procedimento
a cada 15 dias.

Avalie os pontos que necessitam de lubrificação

Durante as revisões é preciso se atentar àquelas partes e peças que mais exigem
lubrificação, como as articulações dos eixos de direção com as colunas da torre de
elevação.

Essa parte merece um cuidado especial, por isso é aconselhável observar com
atenção o nível de lubrificação, já que os rodízios, as rodas e os cilindros de
inclinação e deslocamento da torre devem estar perfeitamente lubrificados.

Faça a regulagem do sistema GLP mensalmente

26
MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

A regulagem, assim como a lubrificação, precisa ser realizada com frequência.


Assim, caso você possua uma empilhadeira a combustão deve ficar atento à
regulagem do sistema GLP (a gás). Com esse tipo de precaução você diminui o
consumo de combustível e aumenta o nível de competitividade do negócio.

Além disso, para que esse modelo de empilhadeira esteja sempre em perfeitas
condições de uso é preciso observar e cuidar da lubrificação do motor, da
transmissão e do seu sistema hidráulico.

Troque e regule os filtros de decantação do gás

Além de acompanhar o sistema GLP, é preciso dar a devida atenção aos filtros de
decantação do gás, pois isso evita que sujeiras oriundas desse gás se depositem no
motor e interfiram em seu funcionamento.

Observe as necessidades de sua empilhadeira elétrica

Caso tenha empilhadeiras elétricas em sua empresa, é interessante estar atento às


necessidades específicas desse modelo. Por isso, faça a correta regulagem das
colunas de direção e dos controladores de tração e elevação.

Além disso, não se esqueça de conferir o nível de água na bateria para não deixar
que ela se desgaste antes do prazo previsto pelo fabricante.

Tenha o auxílio de um técnico especializado

A lubrificação e regulagem das empilhadeiras são procedimentos muito importantes


e também repletos de detalhes a serem conferidos, sendo interessante contar com o
auxílio de técnicos especializados. Isso evita problemas e torna o processo mais
eficiente e barato, já que minimiza as falhas e garante os resultados esperados.

Tipos de lubrificantes para empilhadeiras


Um dos itens mais importantes da manutenção de empilhadeiras é a troca de
óleo. O motivo disso é a interferência direta que esse procedimento tem no

27
MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

desempenho do equipamento. Por isso, saber quais são os tipos de


lubrificantes ideais para a sua máquina é essencial para reduzir custos
logísticos.
Também é necessário que o empresário saiba qual o intervalo correto para
realizar a lubrificação. Dessa maneira, a rotina de trabalho dos funcionários se
tornará mais produtiva. Entender bem esses fatores garantirá mais lucro para a
sua empresa. Por isso, a Simaq elaborou este artigo para que você conheça
os tipos de lubrificantes.

Tipos de lubrificantes para empilhadeiras: o que você precisa saber?

Categorias de lubrificantes

Os processos de limpeza e lubrificação devem ser sempre realizados por uma


empresa qualificada. Caso contrário, algumas precauções podem ser deixadas de
lado, resultando em danos maiores. Por isso, ao contratar uma instituição para
fazer o serviço, tenha atenção aos procedimentos realizados e aos produtos
usados. Investir no lubrificante errado pode causar inúmeros prejuízos e
aumentar o número de manutenções.

Há três tipos de lubrificantes disponíveis no mercado que são usados por


empresas em empilhadeiras. É necessário que você conheça quais são eles para
evitar que o material inadequado seja utilizado. Confira:
– óleo mineral: possui aditivos em sua composição e é produzido por meio do
refino do petróleo. É mais barato, mas tem pouca durabilidade. Por isso, ao
utilizá-lo é preciso realizar trocas mais frequentes. Normalmente ele é usado
apenas em motores mais antigos;

– óleo sintético: é fabricado por meio de reações químicas em laboratório. A


produção é mais controlada e feita para objetivos mais específicos. Tem o
desempenho melhor em empilhadeiras do que o mineral;

– óleo semissintético: são feitos por meio da mistura dos óleos minerais e
sintéticos, reunindo as qualidades das duas categorias. O custo é acessível e
possui boa durabilidade, sendo o mais indicado para empilhadeiras modernas.
28
MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

Utilização da graxa

Certas peças da empilhadeira necessitam de lubrificantes pastosos para o seu


funcionamento. A melhor alternativa nesse caso é a graxa. Diversos fatores
devem ser levados em consideração antes de selecionar a graxa ideal para a
empilhadeira. Atualmente é possível encontrar diversos modelos no mercado,
como:

– graxa de cálcio: são utilizadas apenas em temperaturas até 60ºC;


– graxa de sódio: podem ser usadas em temperaturas entre -30ºC e 80ºC;
– graxa de lítio: usadas em temperaturas entre -30ºC e 110ºC.

Caso essas especificações não sejam seguidas, a máquina pode sofrer diversos
danos. Portanto, tenha atenção ao material usado no seu equipamento e
selecione uma empresa de confiança para realizar o serviço.

Lembre-se também de sempre fazer o reparo dos pinos graxeiros, que são as
peças que recebem a graxa. Quando a substituição não é realizada, a sujeira
pode se misturar com a graxa e endurece-la como um cimento.

Lugares com muita poeira também podem fazer com que a ferramenta necessite
de reposições mais frequentes. Certifique-se sempre de manter o pino em bom
estado, caso contrário os benefícios da lubrificação serão inexistentes. Essas
precauções evitarão acidentes com empilhadeiras.

Cuidados necessários

Além de conhecer os tipos de lubrificantes, você também deve ter alguns


cuidados para evitar danos e potencializar o funcionamento da máquina. O
primeiro deles é verificar se a empresa responsável pela manutenção não está
fazendo a mistura de óleos. Essa ação é prejudicial porque os aditivos dos óleos
podem não combinar, fazendo com que o lubrificante perca as suas propriedades.
Ou seja, o produto perde a sua eficiência e qualidade.
Outra precaução importante é realizar manutenções frequentes. Geralmente o
intervalo entre cada reparo consta no manual do fabricante. É importante seguir
essa especificação porque cada máquina possui a sua característica. Para definir

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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

esse intervalo também é importante levar em consideração o tempo e tipo de uso


da empilhadeira. Por exemplo, alguns equipamentos vão precisar de
manutenções a cada 200 horas, outros a cada 500 horas.

Uma dica para garantir a operação perfeita da empilhadeira é seguir um plano de


lubrificação. Por meio dele, todos os componentes que necessitam do
procedimento estarão listados. Dessa forma, durante o reparo nenhuma peça ou
ferramenta ficará de lado. Esse documento garante um maior controle do
empresário sobre a lubrificação da empilhadeira.

Assim sendo, a lubrificação é fundamental para reduzir o atrito e consequentemente


o desgaste entre superfícies sólidas que se movimentam em contato com outras.

Nas empilhadeiras à combustão a lubrificação precisa ser feita nas principais partes
abaixo:

- Motor

- Transmissão

- Diferencial

- Torre (mancais e correntes)

- Eixo direcional

- Deslocador lateral

Os efeitos da lubrificação também estão presentes em sistemas como freio, direção


e hidráulico, mas esses sistemas não serão abordados aqui.

Motor

O sistema de lubrificação do motor é fundamental para que o motor da empilhadeira


funcione em um regime normal, com o rendimento e consumo desejados. Este

30
MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

sistema é o responsável pela preservação e vida útil dos componentes móveis do


motor de combustão interna.

O funcionamento do sistema é basicamente simples. O óleo lubrificante circula em


um circuito fechado e é distribuído em todas as partes que estão gerando atrito,
calor e consequentemente o desgaste.

A bomba de óleo quando recebe a rotação do motor gira também, fazendo com que
o óleo seja sugado de dentro do cárter em direção à bomba. Da bomba o óleo é
lançado no circuito à sua frente Veja a figura abaixo.

O óleo que sai da bomba passa primeiramente pelo filtro. Depois de filtrado, ele é
direcionado à uma galeria que distribuirá o lubrificante por todo o motor.

A bomba impulsiona o óleo aos canais do virabrequim e mancais de apoio no bloco,


assim como, os munhões e moentes que estão em contato com as bronzinas.

O lubrificante continua um caminho paralelo aonde irá lubrificar, através de jatos de


óleo, os cilindros e anéis. Outro caminho será dado ao óleo lubrificante para chegar
até o cabeçote, que cumprirá seu papel de lubrificar o comando de válvulas, os
mancais de apoio, os guias de válvulas, os tuchos e balancins.

Depois que o óleo alcança todas as partes móveis do motor, lubrificando e


contribuindo com todas as suas funções, ele retorna ao cárter por gravidade. Depois
de absorver o calor em volta dos cilindros e levá-lo ao cárter para ser dissipado, o
óleo do motor está pronto para recomeçar o ciclo que - enquanto o motor funcionar -
não termina, e o óleo sempre circula desempenhando suas funções.

Em motores com muitas horas de uso, o desgaste natural de alguns componentes


vão contribuir para a perda de eficiência do sistema sendo, em alguns casos,
necessária a substituição destas peças.

A manutenção preventiva e a troca do óleo e filtro preservam a vida do motor e dos


próprios componentes do sistema de lubrificação.

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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

O fabricante da empilhadeira estabelece o período para troca do óleo do motor e do


filtro. Alguns fabricantes especificam 250 horas, outros 500 horas, e alguns
especificam um período mais longo para serviços leves e mais curto para serviços
severos.

É importante usar o óleo com a especificação indicada pelo fabricante.

Dica

Nesse país complicado que vivemos com tantas crises, caso o período de troca de
óleo / filtro acabe sendo ―esticado‖ por conta de limitação de verba ou tempo, não
deixe nunca de verificar o nível do óleo. E NUNCA, EM HIPÓTESE NENHUMA,
deixe o nível do óleo ficar baixo !! Isso é o pior que pode acontecer com o motor da
sua empilhadeira em termos de custo alto de manutenções futuras, aumento no
consumo de combustível, emissões, redução da vida útil do motor, etc.

NEMP é um equipamento usado para levantar e carregar cargas por


curtas distâncias. É composto de estrutura de empilhadeira, estrutura de
levantamento, sistema de bombeamento de óleo. É conhecido por seu
levantamento e descida estáveis e de fácil operação, um equipamento
seguro e confiável para superfícies planas.

Para garantir sua segurança, por favor, leia as instruções cuidadosamente


e aprenda as peculiaridades da empilhadeira antes do uso.

Cor e outras especificações podem ser arranjadas de acordo com a


necessidade do cliente.

Parâmetros principais

Especificações NEMP1T NEMP1.5T NEMP2T

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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

Capacidade de carga (kg) 1000 1500 2000


Altura máxima de levantamento 1600 1600 1600
(mm)
Altura dos garfos quando
abaixados 85 85 85
(mm)
Comprimento do garfo (mm) 900 900 900
Largura ajustável dos garfos (mm) 790-900 790-900 790-900
Velocidade de elevação
(mm/bombeada) 20 14 14
Poder de operação da manivela 24 24 32
(kg)
Largura externa de pernas
dianteiras (mm) 710 740 740
Reabastecimento mínimo de óleo
hidráulico (l) 1,5 2 2
Tamanho da roda dianteira (mm) 80x58/100x50 80x58/100x50 80x58/100x50
Tamanho da roda traseira (mm) 180x50 180x50 180x50
Tamanho do equipamento (mm) 2050x710x1300 2050x710x1300 2050x710x1300
Peso (kg) 155 160 250

Guia de funcionamento:

O operador deve estar ciente de todas as instruções e indicações de


avisos antes de usar o equipamento.

Não use usa a empilhadeira antes de ter acesso a treinamento e


autorização.

Antes do uso, verifique se o equipamento parece em ordem. Preste


atenção nas rodas, alavanca, no rolo da roda e na estrutura da
empilhadeira.
Não use a máquina em descidas.

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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

Não transporte pessoas nos garfos

É aconselhável o uso de luvas e sapatos antiderrapante para os


operadores da empilhadeira
Pessoas devem manter mínima distancia de 60cm da empilhadeira
Não ultrapasse o limite de carga
A carga deve ser posicionada uniformemente, não coloque carga excessiva.

Pesos não devem permanecer nos garfos por muito


tempo depois do termino do uso

Este equipamento foi desenvolvido para operar em


terrenos firmes e planos. Enquanto em movimento, os
garfos não devem ser elevados a mais de 30cm.
É proibido ficar debaixo dos garfos.

Quando carregada e com garfos elevados, a empilhadeira


deve ser conduzida em velocidade baixa e percorrer a
mínima distancia possível.
Não opere as partes não aprovadas.
Não tente consertar a máquina sem ter treinamento para
isso.
2. Manutenção:
Óleo Hidráulico

Por favor, verifique o óleo a cada seis meses. A marca do


óleo hidráulico é N°ISOVG32. A viscosidade é de 32cst
em 40°C.

A bomba de óleo necessita, em média, de 3 litros de óleo


hidráulico. O padrão de qualidade do óleo ISO deve ser
seguido com ISOVG32 e usado entre -5 e 40°C ou -35 e -
5°C.

Verificação diária e manutenção:


34
MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

A rotina de verificação é necessária para resolver


qualquer anormalidade nas operações. Não use a
empilhadeira caso a bomba não tenha sido lubrificada
nos últimos três meses e certifique-se que as rodas
estão livres de trapos, linhas ou qualquer material que
possa impedir o livre funcionamento das rodas. Todas
as rodas devem trabalhar suavemente.

O operador da empilhadeira deve empregar alguns


minutos para limpeza do equipamento toda semana.
Atenção especial deve ser dada às rodas e eixos, veja se
há algo bloqueando os mesmos.

Lubrifique a corrente de elevação. Se a empilhadeira é


usada em ambientes empoeirados, deve ser limpa com
pano umedecido ocasionalmente. Verifique o desgaste
da corrente. Sempre ajuste parafusos e porcas frouxos.

Termo de garantia

A NTS do Brasil concede garantia contra qualquer


defeito de fabricação aplicável nas seguintes
condições:

1. O início da vigência da garantia ocorre na data de


emissão da nota fiscal de venda do produto em questão.
2. O prazo de vigência da garantia é de 3 meses,
contados a partir da data da emissão da nota fiscal.

A garantia não se aplica caso o produto seja utilizado em


escala industrial (intensivamente) e se restringe
exclusivamente à substituição e conserto gratuito das
peças defeituosas do equipamento.

35
MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

Garanta sua garantia!

Preencha corretamente o Certificado de Garantia do


produto, pois sem este a garantia não será concedida.

Regras gerais de garantia

Qualquer anormalidade deverá ser reportada imediatamente à assistência


técnica autorizada, pois a negligencia de uma imperfeição, por falta de
aviso e revisão, certamente acarretará em outros danos, os quais não
poderemos assistir e, também, nos obrigará a extinguir a garantia. É de
responsabilidade do agente da assistência técnica a substituição de
peças e a execução de reparos em sua oficina. O agente também será
responsável por definir se os reparos e substituições necessários estão
cobertos ou não pela garantia.

Itens não cobertos pela garantia:

1. Óleo lubrificante, bateria, graxa, combustíveis etc.;

2. Deslocamento de pessoal ou despesas de deslocamento


do produto até o posto de assistência técnica .

3. Danos causados por fenômenos da natureza;

4. Danos pessoais ou materiais do comprador ou terceiros;

5. Manutenções rotineiras, como:

Limpeza do carburador, lavagem, lubrificação, verificações, ajustes,


regulagens, etc.;

36
MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

Peças que requerem manutenção corriqueira, como: elemento de filtro de


ar, vela de ignição, lonas e pastilhas de freio, juntas, lâmpadas,
disjuntores, cabos e baterias;

6. Peças de desgaste natural, como: rodas,


câmaras de ar, amortecedores, discos de fricção,
corrente, cora, rolamento, entre outros.
7. Defeitos de pintura ocasionados pelas intempéries,
alteração de cor em cromados, aplicação de produtos
químicos (combustíveis ou produtos não recomendados
pela NTS do Brasil), efeitos de maresia ou corrosão;

8. Defeitos oriundos de acidentes, casos fortuitos ou de desuso


prolongado.

9. Substituição do equipamento, motor ou conjuntos.

10. Arranhões, trincas, fissuras ou qualquer outro tipo de


dano causado ao equipamento em razão da
movimentação, transporte ou estocagem.

11. Defeitos e danos no sistema elétrico, eletrônico ou


mecânico do equipamento oriundo da instalação de
componentes ou acessórios não recomendados pela NTS
do Brasil.

12. Danos causados pela oscilação da rede elétrica.

13. Avaria decorrente do uso de tensão diferente da qual


o produto foi criado. Atenção:

Entende-se por manutenções rotineiras, as substituições


de peças e componentes em razão do desgaste natural.

37
MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

Estão cobertas pela garantia, no entanto, as peças que


comprovadamente apresentarem defeito de fabricação ou
fadiga anormal de material.

Extinção da garantia:

A garantia será automaticamente extinta se:

1. Revisões e manutenções periódicas não forem realizadas;

2. O equipamento não for usado adequadamente (sobrecargas,


acidentes etc.)

3. O equipamento for utilizado para outros fins ou instalado


de modo não apresentado no manual de instruções.

4. O equipamento for reparado por oficinas não autorizadas pela NTS


do Brasil.

5. O tipo de combustível ou lubrificante especificados não


forem utilizados, misturado incorretamente (motores de 2
tempos).

6. As peças originais forem substituídas/modificadas por


outras não fornecidas pela NTS.

7. A estrutura técnica ou mecânica for modificada sem


previa autorização da NTS do Brasil.

8. O prazo de validade estiver expirado.

9. O equipamento for usado para fins industriais, comerciais,


de aluguel ou de uso intensivo.
38
MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

Obs. Em decorrência da variedade de produtos da NTS,


alguns dos itens acima pode não ser aplicável para o
equipamento adquirido.

39
MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

5- SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO

Com uma armazenagem estratégica, é possível otimizar processos logísticos. Essa


ação começa nos centros de distribuição, com o recebimento de mercadoria,
classificação de insumos e armazenamento da produção — conforme sua demanda
de mercado, validade ou disponibilidade dos recursos utilizados no processo
produtivo.

Para que seja eficaz, a gestão da cadeia de suprimentos deve ser feita com
equipamentos que auxiliem na agilidade e eficiência operacional, como sistema de
gerenciamento de armazéns — WMS (Warehouse Management System), veículos
automatizados, empilhadeira, ferramentas de radiofrequência, coletores de dados
etc.

Abaixo, vamos descrever quais as fases da gestão da cadeia de suprimentos em


centros de distribuição, especificando o picking e como a empilhadeira pode

40
MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

aumentar a produtividade nesse processo. Ao final, listaremos os impactos desse


uso no alcance de produtividade da empresa. Confira!

Fases nos centros de distribuição

O processo de manutenção de uma mercadoria em centros de distribuição (CDs)


respeita a seguinte ordem:

Recebimento

Consiste na entrada do produto no centro de distribuição. Exige a verificação


das quantidades, conforme nota fiscal enviada pelo fornecedor, e a qualidade, de
acordo com a aparência física da mercadoria.

Movimentação

Nessa etapa, ocorre o manuseio das mercadorias com a demanda de cuidados


especiais, já que envolve o uso de equipamentos, como as empilhadeiras.

Armazenamento

É a guarda temporária dos produtos e deve ser gerenciada conforme a oferta e a


demanda de cada mercadoria. Para essa eficiência operacional, estoques obsoletos
devem ser destinados à ações promocionais para que sejam esvaziados com mais
rapidez, e para que nos CDs sejam mantidos exclusivamente produtos de alto giro
de estoque.

É possível aumentar a velocidade de operação de putaway (deslocar para dentro) ao


transportar paletes com o uso de empilhadeiras e com o endereçamento dos
produtos de maneira correta, em que itens de maior giro se posicionem em áreas
nobres do armazém.

É preciso, ainda, se atentar para que slow movers não estejam ocupando posições
intermediárias do armazém e que os módulos de separação de pedidos tenham sido
dimensionados corretamente.

41
MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

Separação ou picking

O picking é uma das etapas que demanda mais atenção, pois, é por meio de ações
assertivas que os materiais são selecionados e enviados ao cliente com menor custo
operacional. Outras ações podem ser tomadas para obter eficiência nessa fase.
Especificamos duas delas a seguir:

Conexão entre o picking e o modelo de armazenagem escolhido


Na verticalização do estoque, o volume de armazenagem e o espaço para a
ocupação devem ser compatíveis. Além disso, o espaço físico dos corredores deve
ser adequado para a movimentação das empilhadeiras e o posicionamento dos
materiais deve ser analisado na estrutura.

Para isso, pode ser utilizado um mapa de fluxo de valor (adequado à curva ABC),
em que os materiais são alocados conforme o giro de estoque e frequência de coleta
e reposição, para o menor o deslocamento possível de itens.

Critérios de abastecimento conforme níveis de estoque mínimo


Os níveis de estoque precisam ser acompanhados, regularmente, e reabastecidos
automaticamente pelos operadores de empilhadeira, se essa for uma rotina
especificada no sistema WMS da empresa, que informa o momento certo e volume
de reposição, além da posição no centro de distribuição para agilizar a ação.

Expedição

Etapa em que a produção é encaminhada para o transporte, de acordo com as suas


características e local de entrega. Nessa fase, é necessário analisar a localização do
centro de distribuição, agentes facilitadores de carga e descarga, o modal de
transporte escolhido e o prazo para entrega previamente combinado.

O agendamento da carga e descarga evita o congestionamento das docas e impede


a diminuição da produtividade do armazém com maior balanceamento do trabalho e
o uso dos equipamentos de movimentação adequados.

42
MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

A escolha correta do meio de transporte também tem influência nos resultados


operacionais: é preciso confiabilidade, agilidade e segurança, para que o produto
seja entregue dentro de prazos e com suas características iniciais mantidas, sem
avaria na carga ou outro problema que dificulte a conquista da satisfação do cliente.

Formas de aumentar a velocidade do processo de picking

A velocidade na separação e direcionamento do produto para entrega ao


consumidor está diretamente ligada aos níveis de satisfação do cliente. Quanto à
melhoria nos processos da empresa, ações eficientes na fase de picking
correspondem à diminuição de até 60% dos custos logísticos da empresa.

Outras ações podem auxiliar nesse processo:

 acompanhar momentos de ociosidade e lentidão que impedem a


produtividade da empresa. É importante conversar com os operadores de
empilhadeira para saber se existem gargalos e quais ações podem ser
tomadas para solucioná-los;
 analisar com frequência o posicionamento dos materiais e reposicioná-los, se
necessário, para melhorar o desempenho das equipes responsáveis pelo
setor;
 investir em fatores motivacionais, com treinamento dos operadores e
realização de atividades externas entre eles para minimizar a pressão pela
responsabilidade inerente a todo processo.

Vantagens do uso da empilhadeira

O uso da empilhadeira traz algumas vantagens para todo o processo. Veja só:

Eficiência operacional e agilidade na movimentação de estoques

Com a operação de picking sendo realizada por empilhadeiras, maior será a


eficiência operacional conquistada, principalmente relacionada à agilidade na
movimentação de estoques.

43
MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

Isso só é possível com a obtenção de dados por meio do sistema gerencial de


armazenamento, que permite acompanhar a eficiência e ergonomia das máquinas,
as horas e turnos trabalhados e obter uma visão completa do estado da frota com
determinação do número ideal de equipamento para atender a operação.

Diminuição da ocorrência de erros

A utilização de equipamentos inovadores diminui a exigência por rotinas manuais,


principal motivo de ocorrência de erros, perda de produtos com o manuseio incorreto
ou falta de habilidade na movimentação de estoques. Utilizar um equipamento
adequado promove a agilidade, sem o detrimento da qualidade operacional.

Redução de custos

Soluções mais dinâmicas de movimentação de materiais por meio de


projetos, estudos e investimento na aquisição de empilhadeiras podem ser
responsáveis também pela redução de custos no processo de movimentação de
estoque e reposição.

Essa redução se dá devido à eficiência nas atividades, o que influencia na demanda


por mão de obra. Além disso, a diminuição do número de erros na estocagem
acarreta uma melhora também na gestão de armazenamento, com menor perda de
produtos.

O alto custo de manutenção de estruturas de centros de distribuição, o crescimento


da produção e a velocidade exigida na movimentação de estoques são desafios
logísticos que devem ser desenvolvidos nas empresas que buscam competitividade.

Essa competição entre as empresas e as exigências de um mercado consumidor,


cada dia mais exigente, pressionam pela busca de soluções mais dinâmicas e no
investimento na aquisição de equipamentos como a empilhadeira.

44
MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

6- SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO E ESCAPAMENTO

No final do século 19 uma das mais importantes invenções aconteceram, surgiu o


carburador. Este período foi considerado como o início da história automotiva. O
carburador tem o seu nome derivado da palavra francesa ―carbure‖, que significa
carbeto. Os sistemas de carburação glp para empilhadeiras possuem dispositivos
puramente mecânico (embora alguns precisem de uns choques elétricos) que são
utilizados para misturar o ar e o combustível.
Para que o motor funcione da melhor maneira possível, a função dos sistemas de
carburação glp para empilhadeiras é essencial. É importante que exista ar suficiente
misturado ao combustível para que ele queime completamente durante a
combustão. Uma mistura perfeita, na qual todo o combustível é queimado, é
conhecida mistura estequiométrica. Manter a razão estequiométrica permite que o
motor tira o máximo proveito da densidade de energia do combustível escolhido. Se
houver menos ar que o necessário, a mistura estará rica/gorda, e causará um
consumo maior de combustível e fumaça em demasia expelida pelo escape, e o
motor irá afogar.

Como funcionam?

Os sistemas de carburação glp para empilhadeiras misturam a quantidade certa do


glp com o ar para que o motor funcione da melhor forma possível. Caso não exista
combustível suficiente misturado com o ar, o motor "fica pobre" e poderá não dar a
partida ou pode sofrer algum tipo de dano.
Caso haja muito combustível misturado com o ar dentro dos sistemas de carburação
glp para empilhadeiras, o motor "fica rico" e também pode ser que não pegue, faz
fumaça preta, funciona mal (afoga facilmente, morre) ou, no mínimo, desperdiça
combustível. Os sistemas de carburação glp para empilhadeiras tem como a sua
principal missão de fazer a mistura correta, utilizando as medidas adequadas para
um melhor funcionamento.

A Áries Gás: a melhor empresa de carburação à gás!

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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

A Áries Gás está sempre pronta para atender todas as necessidades e serviços de
seus clientes. Contando com uma incrível experiência no ramo, a empresa sabe
tudo sobre a carburação à gás e possui os melhores sistemas de carburação glp
para empilhadeiras!

Somos uma empresa sólida, moderna e ágil, a nossa visão e o nosso principal
objetivo é sermos o maior e melhor fabricante em tudo para carburação à gás dentro
de um futuro bem próximo.

Empilhadeiras a combustão: o tipo de combustível faz a diferença

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A diesel, GLP ou gasolina. Conforme o combustível, as empilhadeiras
apresentam um tipo de desempenho. Mas isto não é tudo: a facilidade de
abastecimento e o local de operação também fazem a diferença – neste último
caso, a questão do meio ambiente se faz presente.
Como escolher o combustível da empilhadeira? Qual oferece o melhor
desempenho? É possível as empilhadeiras operarem com biodiesel, etanol ou outro
combustível?
Estas são as perguntas respondidas pelos profissionais do setor de empilhadeiras
nesta matéria especial da revista Logweb.
Escolha
Sobre a escolha do combustível – GLP, gasolina ou diesel – José Roberto Roque,
gerente de rental da Aesa Empilhadeiras (Fone: 11 3488.1466), diz que deve ser
levado em conta, principalmente, o ambiente onde o equipamento será operado.
―Em locais cobertos é essencial o uso de máquinas a GLP pela menor emissão de
carbono. As máquinas com motor diesel apresentam elevado nível de carbono nos
gases de escape e, quando operadas em ambiente coberto, pode ser notada no teto
a fuligem acumulada depois de certo período de tempo. Tal quantidade de partículas
de carbono suspensas no ar é prejudicial à saúde, o que inviabiliza a utilização deste
combustível. Já em operações a céu aberto, longos percursos e máquinas pesadas,

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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

o diesel leva vantagem pela maior eficiência, economia e baixa manutenção. Além
disso, é um combustível menos volátil que o GLP ou a gasolina, resultando em
maior segurança no armazenamento.‖

Ainda segundo Roque, da Aesa, equipamentos a gasolina caíram em desuso devido


ao alto custo, porém alguns equipamentos utilizam este tipo de combustível como
secundário, caso termine a reserva de GLP. ―Além destes, está sendo usado nas
operações o GNV, pela disponibilidade no mercado e baixo custo.‖ Resposta
semelhante a esta pergunta tem Luiz Henrique Gonçalves Camargo, gerente de
suporte ao produto da Dabo – Clark Empilhadeiras (Fone: 19 3856.9095). Segundo
ele, a escolha do combustível pode ser determinada pelo tipo de operação, material
a ser movimentado e área de movimentação. Outros fatores, como disponibilidade
de abastecimento (pit stop) e consumo de combustível por hora trabalhada, podem
fazer diferença na escolha do equipamento. Por exemplo, em ambientes com
operação confinada (áreas fechadas) ou movimentação de perecíveis não se
recomenda o uso de equipamentos movidos a diesel ou gasolina, devido à emissão
de gases, também aponta Camargo.

―A escolha de uma empilhadeira de determinado tipo de combustível depende,


ainda, de variáveis como potência da máquina, facilidade de acesso (compra) e
estocagem do combustível que abastece as máquinas.‖

A análise, agora, é de Hugo Niglio, engenheiro de manutenção da Commat


Comércio de Máquinas (Fone: 11 2808.3306).

Segundo ele, o diesel, por exemplo, é adequado para equipamentos de maior


capacidade, acima de 7 toneladas. Este combustível é mais poluente, mas oferece
facilidade de manutenção, requer motor com menor quantidade de peças em relação
a outro motor a combustão e, portanto, apresenta vida útil maior.

O GLP é facilmente encontrado em grandes centros urbanos e é o combustível mais


usado nessas regiões. É menos poluente e mais barato e não precisa de grandes
estoques
―A combinação GLP e gasolina decorre da vulnerabilidade de acesso a um dos
combustíveis – na falta de um, o outro pode ser usado imediatamente. Algumas
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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

empresas dão maior preferência a esta opção do que apenas ao GLP‖, completa
Niglio, da Commat.
Emerson Viveiros, diretor executivo da UN Forklift (Fone: 19 3395.0486), aborda
esta questão apontando que os motores a GLP/gasolina são mais populares no
mercado, principalmente para capacidades até 3.5 toneladas. Os clientes e usuários
veem facilidade no abastecimento (troca do cilindro de gás) e, também, por acharem
o modelo menos poluente. ―No entanto, modelos a diesel a partir de 5 toneladas
ganham mais aceitação do que os modelos GLP, já que essa capacidade ou
superior necessita de motores mais robustos e que ofereçam maior durabilidade. A
tecnologia de motor a diesel vem evoluindo muito nos últimos anos‖, atesta.

Há, ainda, outros pontos a serem considerados na compra de uma empilhadeira,


como custos com manutenção e consumo de combustível. ―Se a máquina irá operar
em ambiente interno é preciso levar em consideração que as empilhadeiras a
gasolina ou diesel emitem mais gases poluentes que as a GLP, e para tanto será
necessário um ambiente com ótima circulação de ar‖, analisa Renan Sanches,
analista de marketing da Jungheinrich Lift Truck (Fone: 11 4815.8200).

Por sua vez, Roberto Mazzutti, diretor comercial da Brasil Máquinas (Fone: 11
2137.4200), acredita que a escolha do combustível deve ser de acordo com a
facilidade e o custo. Geralmente, em grandes centros urbanos, onde existe a
abundância de todos os tipos de combustíveis, o GLP é mais usado pelo fato de ser
o mais barato, salienta ele. No caso de cidades afastadas de grandes centros e de
frotistas que possuam a maior parte de veículos com motorização a diesel, a escolha
passa a ser o diesel, apesar de ser mais caro.

O uso de gasolina em empilhadeiras no Brasil caiu drasticamente devido ao seu


maior custo – continua o diretor comercial da Brasil Máquinas. ―Existem muitas
operações que exigem determinados combustíveis por uma questão de segurança,
visto que o GLP é um gás pesado e que pode se acumular em galerias mais baixas
e explodir caso tenha algum tipo de ignição‖, completa Mazzutti.

Por seu lado, Ítalo Fagá, gerente comercial da Meggalog (Fone: 11 4409.0909),
destaca que a escolha do combustível está diretamente atrelada aos custos de

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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

aquisição e armazenagem do produto. Empresas com grande quantidade de


equipamentos buscam o armazenamento adequado de combustível em seus
estabelecimentos. Apesar do custo operacional do equipamento a diesel ser menor
que o do a GLP, muitos dão preferência ao equipamento a GLP pela facilidade de
aquisição e armazenamento, considera Ítalo.

―A escolha de uma empilhadeira por tipo de combustível está condicionada às


condições operacionais, condições de mercado (oferta/procura) e devido à facilidade
de aquisição desse combustível. O GLP, por exemplo, tem distribuição nacional, de
fácil aquisição para uso. Já o diesel é usado em equipamentos de grande porte
(acima de 7 toneladas) empregados em portos, aeroportos, siderúrgicas ou em
locais em que o GLP não pode ser usado por perigo de explosão. Existe ainda o
híbrido GLP + gasolina, a combinação mais utilizada em operações com
empilhadeira em áreas de armazenagem em área externa‖, avalia, agora, Fábio
Pedrão, diretor executivo da Retrak Empilhadeiras (Fone: 11 2431.6464).

Adolpho Troccoli Filho, gerente comercial da Still Brasil (Fone: 11 4066.8100),


também faz sua análise sob este foco. Segundo ele, a escolha do combustível
geralmente está relacionada ao tipo de aplicação do equipamento e, também, à
disponibilidade do mesmo no local.

―Na região Norte, o combustível mais utilizado nas empilhadeiras é o diesel, devido
à logística de distribuição do combustível. Os equipamentos que utilizam o GLP
ainda são os mais vendidos no Brasil. Geralmente, o diesel é utilizado nos
equipamentos com grande capacidade de carga e os equipamentos movidos a GLP
e também a energia elétrica até 7 toneladas‖, completa o gerente comercial da Still.

Sérgio K. Saiki, supervisor comercial da TCIM Empilhadeiras e Peças (Fone: 11


4224.6480), também aponta que tudo tem de ser analisado do ponto de vista prático
no reabastecimento em cada local. ―O mais usado, pela facilidade em abastecer, é o
GLP, devido ao fato de as empresas fornecedoras deste combustível entregarem no
local solicitado. Quanto à aplicação, também as máquinas a GLP são mais utilizadas
(por ser um combustível mais puro) – elas emitem menos poluentes –, no entanto os
motores a diesel têm uma durabilidade mais longa. Alguns exemplos são empresas

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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

que já abasteçam frota a diesel internamente (ex: caminhões), porém é utilizada em


áreas externas‖, ensina Saiki, da TCIM.

Roberto Ueda, gerente de vendas da Toyota BT (Fone: 11 3511.0405), também


pensa de modo semelhante. Segundo ele, a escolha do combustível da empilhadeira
deve levar em consideração duas importantes variáveis: qual o tipo de operação e
qual a facilidade de abastecimento. Máquinas a diesel, segundo Ueda, normalmente
são mais usadas em locais onde o abastecimento da gasolina ou GLP é mais difícil.
Isto ocorre mais no interior ou em cidades distantes das grandes capitais.

Combustível e desempenho
Quando a questão é sobre qual o combustível que oferece melhor desempenho,
Roque, da Aesa, diz que é o diesel. Motores turbodiesel eletrônicos geram alta
potência aliada ao baixo consumo, por isso são utilizados em máquinas de grande
porte, diz ele.

―O diesel proporciona melhor desempenho, pois o motor tem maior torque em baixa
rotação, além de os custos operacionais serem bem menores que os dos
equipamentos a GLP‖, completa Ítalo, da Meggalog.

Na análise de Niglio, da Commat, empilhadeiras com motores a GLP apresentam,


como maior vantagem, a menor agressão ao meio ambiente devido ao baixo nível
de emissão de monóxido de carbono, e isso ocorre devido à melhor condição de
queima que o gás tem na câmara de combustão.

―Entre os três combustíveis mais utilizados, GLP, gasolina e óleo diesel para
empilhadeiras, as diferenças de rendimentos entre os equipamentos de mesma
capacidade de carga são muito pequenas, considerando sempre uma mesma área
de trabalho das máquinas‖, avalia o engenheiro de manutenção da Commat.

Segundo ele, uma vantagem apresentada pelas empilhadeiras a diesel são os


motores, que têm uma vida útil maior, por trabalharem com rotações mais baixas,
mas esta vantagem está sendo reduzida pois, com as peças eletrônicas sendo
instaladas nestes motores para redução da emissão de gases poluentes, os custos
de manutenção estão se igualando aos dos motores que usam outros combustíveis,

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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

fazendo com que esta vantagem seja reduzida e igualando-se aos motores a GLP
e/ou gasolina.

No caso de empilhadeiras de 10 toneladas ou de maior capacidade, quase a


totalidade é importada, e seus motores a diesel acabam sendo uma única opção e,
com isto, fica impossível fazer qualquer comparativo, completa Niglio, da Commat.

―A principal desvantagem do uso da gasolina como combustível é o alto custo, que


inviabiliza a operação, já o diesel apresenta um preço mais atrativo. Uma boa opção
pode ser o uso do GLP, que é um combustível mais limpo e econômico que os
demais e facilita o funcionamento do motor, proporcionando uma operação mais
suave e silenciosa dentro da categoria de motores a combustão‖, expõe Sanches,
da Jungheinrich.

―Em nosso entendimento, o GLP é o que oferece melhor desempenho, pois temos
atestado que evidencia uma performance de 17,5 horas no botijão P20, o que é
muitíssimo satisfatório, uma vez que a média do equipamento encontrada no
mercado é de 10 h por botijão de GLP‖, acrescenta Saiki, da TCIM.

Por seu lado, Ueda, da Toyota BT, diz que no caso das empilhadeiras da sua
empresa, como o motor é industrial, ou seja, foi desenvolvido especialmente para o
uso em equipamentos industriais, apresentam baixa rotação e alto torque e, neste
caso, tanto o GLP como a gasolina permitem um excelente desempenho.

Já para Mazzutti, da Brasil Máquinas, ―apesar de o custo-benefício do GLP ser


melhor, além de possuir uma octanagem menor que a gasolina e o custo de
aquisição ser menor, acredito que o melhor desempenho ainda é da gasolina. No
caso do diesel, ele possui uma excelente potência na sua combustão, no entanto, a
manutenção de motores a diesel é maior e mais custosa para o cliente final‖.

Pelo seu lado, Camargo, da Dabo – Clark, considera que a avaliação de


desempenho depende de fatores como qualidade do combustível fornecido, horas
trabalhadas, manutenção periódica do sistema de alimentação e operadores
treinados. Um equipamento pode desenvolver boa velocidade de movimentação por

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conta do tipo de combustível, no entanto a falta de manutenção pode aumentar o


consumo e inviabilizar o desempenho, destaca o gerente de suporte ao produto.

Combustíveis alternativos

É possível as empilhadeiras operarem com biodiesel, etanol ou outro combustível?


Na opinião de Roque, da Aesa Empilhadeiras, sim. De acordo com ele, as
empilhadeiras podem operar com, virtualmente, qualquer combustível, desde que
sejam feitas as devidas adaptações.

―Sim, é possível, porém é necessário verificar os custos operacionais para não se


tornar mais caros que os atuais‖, emenda Ítalo, da Meggalog, complementado por
Troccoli Filho, da Still, segundo o qual a empilhadeira que utiliza motor a combustão
interna (gasolina ou diesel) pode utilizar outros tipos de combustível (biodiesel,
etanol, GNV), desde que o fabricante do motor informe as alterações necessárias
para tal substituição. ―No passado já existiram empilhadeiras que funcionavam a
álcool (etanol), entretanto, como tudo que funcionava a álcool na década de 90 caiu
em desuso, sua produção foi descontinuada‖, informa Mazzutti, da Brasil Máquinas.

Falando pela Dabo – Clark, Camargo revela que a busca por combustíveis que
poluam menos e fontes alternativas de energia faz com que as montadoras
forneçam equipamentos que rodem com bicombustível, por exemplo GLP-gasolina.
Algumas frotas, por exemplo, já utilizam biodiesel em concordância com as normas
de emissão de poluentes para determinada operação, salienta o gerente de suporte
ao produto da Dabo – Clark.

De outro lado vem a avaliação de Sanches, da Jungheinrich. Segundo ele, ainda


não estão disponíveis para o mercado estes tipos de motores para empilhadeiras, no
entanto uma alternativa que as empresas encontram é a adaptação dos motores
GLP para GNV (gás natural).

―Ainda não temos relatos do uso de biodiesel em empilhadeiras devido ao menor


número na venda destes motores. O etanol ainda não se fez uso prático nestes
equipamentos no Brasil, agora, o GNV já é uma realidade em algumas empresas,

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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

porém é necessário um investimento inicial para a instalação de um pit-stop para


reabastecimento‖, complementa Saiki, da TCIM.

Nesta linha de visão também está Ueda, da Toyota. De acordo com ele, ainda não
foi desenvolvido nenhum projeto para ter uma empilhadeira movida a biodiesel,
etanol ou outro combustível. ―A Toyota tem, no mercado mundial, uma empilhadeira
híbrida – gasolina e elétrica‖, completa o gerente de vendas.

Outra visão também tem Pedrão, da Retrak: como os motores das empilhadeiras
são importados, o uso de combustíveis como o etanol é quase nulo, devido a seu
baixo emprego fora do Brasil. Já o uso de combustíveis alternativos é pontual e
específico. A Retrak ainda não recebeu qualquer consulta para essa aplicação, diz o
diretor executivo.

Por último, Viveiros, da UN Forklift, diz que a sua empresa está em fase de testes
para este tipo de motorização e oferecerá ao mercado em um futuro próximo.

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MECÂNICO DE EMPILHADEIRA

REFERÊNCIAS

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pilhadeiras/aplicacoes/empilhadeira/bosch_rexroth/bomba/valvula/unidade_hidraulic
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http://movimak.blogspot.com/2011/08/manutencao-preventiva-sistema-
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https://movimak.com.br/indicadores-de-performance-de-manutencao-de-
empilhadeira/>acesso em 09/03/2020

https://www.jmempilhadeiras.srv.br/site/2018/03/28/lubrificacao-de-
empilhadeiras/>acesso em 09/03/2020

https://movimak.com.br/a-importancia-da-lubrificacao-e-regulagem-da-
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https://simaq.com.br/tipos-de-lubrificantes-para-empilhadeiras/>acesso em
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http://www.rrmaquinasmg.com.br/blog-conteudo.php?id=53>acesso em 09/03/2020

www.tanderequipamentos.com.br › upload › download>acesso em 09/03/2020

https://movimak.com.br/empilhadeira-aprenda-como-otimizar-a-produtividade-no-
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http://www.ariesgas.com.br/sistemas-carburacao-glp-empilhadeiras>acesso em
09/03/2020

http://www.logweb.com.br/empilhadeiras-a-combustao-o-tipo-de-combustivel-faz-a-
diferenca/>acesso em 09/03/2020

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