Filosofia Politica - 222222222

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ÍNMDICE

INTRODUÇÃO …………………...……………………………………..………………….. 2
FILOSOFIA POLÍTICA ……………….……………………………………………………. 3
FILOSOFIA POLÍTICA NA ANTIGUIDADE ………………………………………...…… 3
Platão ……………...…………………………………………………………………...…… 3
Aristóteles ……………………………………………………………………………...…... 4
FILOSOFIA POLÍTICA NA ANTIGUIDADE ……………………………………………... 5
Santo Agostinho ………………………………………………………………………...….. 5
São Tomás De Aquino ………………………………………………………………...…… 6
FILOSOFIA POLÍTICA MODERNA ………………………………………………………. 7
Nicolau Maquiavel ……………………………………………………………………...….. 7
Tomas Hobbes ………………………………………………………………………...….... 9
John Locke …………………………………………………………..…………………..... 10
Charles De Montesquieu …………………………………………………...……………... 11
Jean-Jacques Rousseau…………………………………………………………….……… 12
Hegel ……………………………………………………………………...………….…… 13
FILOSOFIA POLÍTICA CONTEMPORÂNEA ………………………………………..…. 14
Karl Popper ……………………………………………………………………...………... 14
John Rawls ……………………………………………………………………...……...…. 15
SISTEMAS DE GOVERNO ……………………………………………………………….. 17
CONCLUSÃO …………………………………………………………………...……….... 18
BIBLIGRAFIA ……………………………………………………………………………... 19
INTRODUÇÃO
O presente trabalho de pesquisa irá falar cobre Filosofia Política na antiguidade, idade
medieval, moderna e contemporânea e, os Sistemas de Governo. Destacando, em cada
período, os Filósofos principais. Bem, irá se levantar os dados biograficos de cada filósofo
como onde e quando nasceram, em que suas pesquisas filosóficas se basevam e algumas das
suas obras ligadas a filosofia poítica de modo a entender melhor cada uma das fases em torno
deste tema.
Todavia, desta forma, faremos entender como era o pensamento político em cada período.
Contudo, em relação a estrutura do trabalho, dizer que este, encontrar-se subdividido em
cinco (5) partes. Assim, na primeira parte, compreende a parte introdutória; na segunda, irá se
desenvolver sobrea Filosofia Política na antiguidade, idade medieval, moderna e
contemporânea; na terceira, os sistemas de governo e regimes políticos; na quarta,irá se
apresentar a conclusão do trabalho e, na quinta e última parte, irá se apresentar as referências
buibligráficas que usamospara suportar as nossas pesquisas.
FILOSOFIA POLÍTICA

FILOSOFIA POLÍTICA NA ANTIGUIDADE

PLATÃO
Segundo Ramos, Melo, & Frantechi (2012), Platão nasceu em Atenas, Grécia, incertamente
no ano 427 a.C. este, pertencia a uma das mais nobres famílias de Atenas. Platão desejava
dedicar-se à vida pública, como descreveu em uma de suas muitas cartas.
Platão (427 a.C. - 347 a.C.) foi um filósofo grego da antiguidade, considerado um dos
principais pensadores da história da filosofia. Sua obra “República” é a primeira Utopia da
história. Era discípulo do filósofo Sócrates. Sua filosofia é baseada na teoria de que o mundo
que percebemos com nossos sentidos é um mundo ilusório, confuso. O mundo espiritual é
mais elevado, eterno, onde o que existe verdadeiramente são as ideias, que só a razão pode
conhecer.

A República
“A República” tem como objetivo a explicitação dosvalores da justiça em si mesma; negando
as concepções tradicionais (“dar a cada um o que lhe deve” e “o que está no interesse do mais
forte”).Enquanto ele busca provar que a justiçaé boa e melhor que a injustiça, Platão analisa
os factos a partir de uma perspectiva mais abrangente: da cidade para o indivíduo.
Começando por definir a origem da cidade – esta se fundamenta na incapacidade do
indivíduo bastar-se a si mesmo e a necessidade de prover-se de muitas coisas (Ramos, Melo,
& Frantechi, 2012).
Na diversidade de necessidades revela-se a diversidade de aptidõesque a natureza dispõe a
cada indivíduo – a natureza não deu a todos as mesmas aptidões daí a diversidade de ofícios e
a divisão do trabalho. Posto isto,Platão deduz a hierarquização da sociedade em três
classes: dos agricultores e artesões; dos guardiões (guerreiros) e dos filósofos (reis). A cada
uma das classes correspondem as respectivas virtudes: a temperança (moderação dos apetites
e paixões); a coragem e a força; a razão e a sabedoria.
A partir da descrição de categorias sociais, com sua correspondente virtude, Platão chega a
uma primeira definição de justiça: o respeito à hierarquização e funcional descrita; ou
seja, que cada um exerça, na cidade e pela cidade, a função que lhe compete, a que se ajusta
às suas aptidões; sem imiscuir-se na competência do outro.Para Platão, não basta as garantias
de uma boa educação para se estabelecer o “Estado perfeito”, este Estado é reforçado por
outras garantias materiais: os filósofos (administradores) e os guardiões não deverão possuir
bens algum que lhes sejam próprios (propriedade privada), evitando assim a união entre o
poder político e o poder do dinheiro, e ficando (o administrador) mais “disponível” ao serviço
do Estado, promovendo a justiça. Por essa mesma razão, não terão eles mulheres e filhos
próprios, pois a comunidade das mulheres e crianças visa eliminar o egoísmo familiar, pois
na cidade platônica todos são pais de todos e todos filhos de todos: O Estado e a grande
família. Platão propõe a eugenia, o aperfeiçoamento da raça. Mesmo que alguns sofram, mas
a felicidade do todo(o Estado) deve prescindir da felicidade das partes (Ramos, Melo, &
Frantechi, 2012).

ARISTÓTELES
Ramos, Melo, & Frantechi (2012) destacamAristóteles, filho de um médico da corte
Macedônica, nasceu em 384 a.C numa pequena cidade de Estagira, no norte da Grécia.
Aristóteles estuda em Atenas, na Academia platônicaaos 18 anos. Mais tarde, o rei Felipe II,
provavelmente por indicação do seu doutor, solicitou-lhe que assumisse a função de
preceptor do jovem príncipe, o seu filho Alexandre. Aquele que se tornaria o conquistador do
Império persa e um dos maiores generais da história. Portanto, após ter cumprido a tarefa,
decepcionou-se por Platão, seu mentor intelectual, não tê-lo indicado como seu sucessor na
Academia. Bem, resolveu fundar uma escola anexa ao templo de Apolo Liceo, conhecida
como escola peripatética ou Liceo.

O Estado
Existe o Estadopelo facto do homem ser um animal naturalmente social e político. O Estado
provê, inicialmente, a satisfação daquelas necessidades materiais, negativas e positivas,
defesa e segurança, conservação e engrandecimento, de outro modo irrealizáveis. Mas o seu
fim essencial é espiritual, isto é, deve promover a virtude e, conseqüentemente, a felicidade
dos súditos mediante a ciência. Portanto, para Aristóteles, a tarefa essencial do Estado é a
educação, que deve desenvolver harmônica e hierarquicamente todas as faculdades: antes de
tudo as espirituais, intelectuais e, subordinadamente, as materiais, físicas (Santos & Costa,
2015).
O fim da educação é formar homens mediante as artes liberais, importantíssimas a poesia e a
música, e não máquinas, mediante um treinamento profissional. Eis porque Aristóteles, como
Platão, condena o Estado que, ao invés de se preocupar com uma pacífica educação científica
e moral, visa à conquista e a guerra. E critica, dessa forma, a educação militar de Esparta, que
faz da guerra a tarefa precípua do Estado, e põe a conquista acima da virtude, enquanto a
guerra, como o trabalho, são apenas meios para a paz e o lazer sapiente.
Para Aristótels, o Estado é superior ao indivíduo, porquanto a coletividade é superior ao
indivíduo, o bem comum superior ao bem particular. Unicamente no Estado efetua-se a
satisfação de todas as necessidades, pois o homem, sendo naturalmente animal social,
político, não pode realizar a sua perfeição sem a sociedade do Estado.Aristóteles não nega a
natureza humana ao escravo; mas constata que na sociedade são necessários também os
trabalhos materiais, que exigem indivíduos particulares, a quem fica assim tirada fatalmente a
possibilidade de providenciar a cultura da alma, visto ser necessário, para tanto, tempo e
liberdade, bem como aptas qualidades espirituais, excluídas pelas próprias características de
tais indivíduos. Daí a escravidão(Ramos, Melo, & Frantechi, 2012).

FILOSOFIA POLÍTICA NA ANTIGUIDADE

SANTO AGOSTINHO
Wolkner (2001) afirma que Santo Agostinho Nasceu em Tagaste, na cidade da Numidia
(hoje Argélia), no norte da Africa, região dominada pelo Império Romano, no dia 13 de
novembro de 354. Sua infancia e adolescencia transcorreram principalmente em sua cidade
natal, em um ambiente limitado por um povoado perdido entre montanhas
O pensamento político de Santo Agostinho foi forjado num tempo de crises tendo como
referência duas tradições: a da cultura greco-romanae das Escrituras Judaico-Cristãs. Como
se sabe Agostinho bebeu nas fontes de Platão de onde certamente contemplou, depois tirou a
imagem de uma Cidade Ideal. Mas Santo Agostinho era profundo conhecedor e admirador da
história da Urbscomo ele demonstra nos livros III e V da Cidade de Deus, quando relata com
uma minúcia impressionante a fundação, a sucessão dos regimes, as crises internas, as
guerras, os adversários e os heróis da Roma Antiga.

A Cidade De Deus
A “Cidade de Deus”não é um tratado especificamente voltado para a função da política.
Contudo, nela o santo doutor de Hipona lança algumas luzes sobre a origem e a finalidade da
política no seio da sociedade humana. O pensamento político de Santo Agostinho foi forjado
num tempo de crises tendo como referência duas tradições: a da cultura greco-romanae das
Escrituras Judaico-Cristãs. Como se sabe Agostinho bebeu nas fontes de Platão de onde
certamente contemplou, depois tirou a imagem de uma Cidade Ideal. Mas Santo Agostinho
era profundo conhecedor e admirador da história da Urbscomo ele demonstra nos livros III e
V da Cidade de Deus, quando relata com uma minúcia impressionante a fundação, a sucessão
dos regimes, as crises internas, as guerras, os adversários e os heróis da Roma
Antiga(Wolkner, 2001).
O pensamento Agostiniano acerca da política está permeado e fundamentado na
transcendência do ser humano. Ele se articula com a Teologia sobre a qual deposita suas
esperanças, pois a política, como função especificada da Cidade Terrestre, é importante
enquanto atividade que promove a pax romanatemporalise ao mesmo tempo prepara ou
remete para a Cidade Celeste.
Santo Agostinho em nenhum momento deixa de lembrar a soberania que Deus tem sobre o
mundo e o homem. Quando este último reconhece e passa viver sob o Senhorio do seu
Criador, as iniciativas humanas, dentre estas a política, atingirão seu fim nesta Cidade
Terrestree contribuirão para a felicidade dos cidadãos aqui e agora, preparando-os para a
felicidade completa na Cidade Celeste.
Para Santo Agostinho, a política constitui uma atividade fundamental para que no seio da
sociedade humana haja o bem e a paz. A função política só será corretamente vivenciada se
for pautada pelo interesse dos governantes em servir e prestar culto ao verdadeiro Deus:
Se, por conseguinte, se rende culto ao Deus verdadeiro, servindo com sacrifícios sinceros e
bons costumes, é útil que os bons reinem por muito tempo e onde quer que seja. E não o é
tanto para os governados como para os governantes. Quanto a eles, a piedade e a bondade,
grandes dons de Deus, lhes bastam para felicidade verdadeira, que, se merecida, permite à
gente viver bem nesta vida e conseguir depois a vida eterna (Wolkner, 2001).

SÃO TOMÁS DE AQUINO


Segundo Wolkner (2001), Nasceu na Itália (1225 – 1274),recebeu sua primeira educação no
grande mosteiro de montecassino, depois de estudar as artes liberais, com 18 anos ingressou
na ordem dominicana, foi aluno do e discípulos do grande santo e doutor da igreja Sr. Alberto
Magno. Seus escritos são uns dos maiores monumentos de filosofia e teologia Católica, Foi
canonizado em 1323, Sr. Pio V deu-lhe o título de “O Doutor Angélico”e, faleceu no dia 07
de março no mosteiro de Fossanova, entre Nápoles e Roma, tinha 49 anos de idade. Portanto,
com sua inteligência o homem pode chegar a um conhecimento explícito do Bem,
estabelecendo uma escala hierárquica autêntica dos valores, que nem sempre é fácil em
virtudes das várias solicitações que , induzindo- os ao erros e fazem-no escolher um bem
medíocre ou ilusório e cair na falta moral.Sua Obras principais foram Suma Teológica;O
Comentário sobre Aristóteles e Suma contra os gentios.
As Obras de Tomás de Aquino podem-se dividir em quatro grupos Comentários – Alógica, a
física, a metafísica, a ética de Aristóteles);Sumas – Suma contra Gentiles (Suma contra os
gentius, elaborada entre 1258-60, De ente et essentia. Sobre o ente e a essência), Suma
teológica, começando em 1265, no entanto a mais importante de todas as suas obras;
Questão– Questão disputadas, Da verdade, da alma do mal e,Opúsculos– Da verdade do
intelecto contra os averrostas; da eternidade do mundo.
Corrente de Pensamento
Estabelecer o equilíbrio entre a razão e fé, entre a teologia e a filosofia; explicar alguns
princípios da fé, a existência de Deus, sob a filosofia de Aristóteles; Foi a maior referencia da
Escolástica; Suas obras influenciaram o Tomismo e, buscou reformular a relação do homem
com Deus(Wolkner, 2001).

Provas da existência de Deus segunda São Tomás de Aquino


 Movimento – Deus é entendido então como o primeiro motor;
 Causa eficiente – Deus é a primeira causa eficiente;
 Necessidade e Contingência – Deus é o primeiro ser existente e necessário;
 Os graus de perfeição – Deus é o ser perfeito;
 Finalidade ou causa final – Deus é finalidade e causa inteligente da natureza.

FILOSOFIA POLÍTICA MODERNA

NICOLAU MAQUIAVEL
Santos & Costa(2015) afirmam que Maquiavel nasceu e viveu num pequeno país chamado
Florença (que hoje faz parte da Itália). Foi diplomata e conselheiro dos governantes de
Florença. Foi contemporâneo das lutas européias de centralização monárquica (França,
Inglaterra, Espanha, Portugal), presenciou a ascensão da burguesia comercial das grandes
cidades e, sobretudo, conviveu com a fragmentação política da Itália, dividida em diversos
reinos, ducados e repúblicas. A compreensão dessas experiências históricas e a interpretação
do sentido delas o conduziram à idéia de que uma nova concepção da sociedade e da política
tornara-se necessária.
Ele parte da experiência real de seu tempo e busca oferecer respostas novas a uma situação
histórica nova, que seus contemporâneos tentavam compreender lendo os autores antigos,
deixando escapar a observação dos acontecimentos que ocorriam diante de seus olhos.

O Príncipe
Esta teoriafaz nascer o pensamento político moderno. Maquiavel diz: Toda ação é designada
em termos do fim que se procura atingir. Neste contexto, a teoria é dirigido a um príncipe que
esteja governando um Estado, e o aconselha sobre como manter seu governo da forma mais
eficiente possível. Essa eficiência é a ciência política de Maquiavel. Posto isto, ele começa
descrevendo os diferentes tipos de Estado e como cada tipo afecta a forma de governo do
príncipe. Também ensina como um príncipe pode conquistar um Estado e manter o domínio
sobre ele. Consideram-se, portanto, inimigos do príncipe todas as pessoas que se sentiram
ofendidas com a ocupação do principado (Santos & Costa, 2015).
Maquiavel demonstra sua teoria de uma forma que aparenta não haver solução. Porém, logo
em seguida ele apresenta não só a solução para os problemas como também conselhos, os
quais o governante deve seguir se quiser ser bem sucedido. Se um príncipe anexa um Estado
a outro mais antigo, e sendo este da mesma província e da mesma língua, ele será facilmente
conquistado. Portanto, numa província diferente por línguas, costumes e leis, faça-se o
príncipe de chefe e defensor dos mais fracos, e trate de enfraquecer os poderosos da própria
província, e de salvaguardar-se para que não entre um estrangeiro tão poderoso quanto ele.   
O aspecto marcante de sua obra é quando são tratados os meios de se tornar príncipe, que
podem ser dois: pelo valor ou pela fortuna. Entretanto ele adverte que aqueles que se
tornaram príncipes pela fortuna tem muita dificuldade para se manter no poder. Porém, a
fortuna e o valor não são as únicas formas de se tornar príncipe. Existem outras duas: pela
maldade e por mercê do favor de seus conterrâneos. 
Para Maquiavel, entre ser amado e temido, é melhor ser as duas coisas, mas como é difícil
reunir ao mesmo tempo essas duas qualidades, é muito melhor ser temido do que amado,
quando se tenha que falhar numa das duas. Para este, o novo príncipe terá chegado ao poder,
devido a uma conjugação do destino com o próprio valor e de que, para conservar o controle,
ele será obrigado a agir com grande sutileza e mesmo com astúcia e crueldade.
Para Maquiavel o verdadeiro príncipe é aquele que sabe tomar e conservar o poder e que,
para isso, jamais deve aliar-se aos grandes, pois estes são seus rivais e querem o poder para
si, mas deve aliar-se ao povo, que espera do governante a imposição de limites ao desejo de
opressão e mando dos grandes. O príncipe precisa ter um outro tipo de qualidades pessoais,
que ele chamou de virtù (qualidades do dirigente para exercer o poder, mesmo que para isso
seja necessário usar a violência, a mentira, a astúcia e a força) (Santos & Costa, 2015).

TOMAS HOBBES
Thomas Hobbes foi um inglês, nascido de família pobre, no ano de 1588. Recebeu ajuda da
nobreza, cuja lhe propiciou apoio para iniciar seus estudos, sendo defensor pleno do poder
absoluto, que era ameaçado pelas novas tendências liberais que vieram a se concretizar em
um período posterior. Hobbes teve influencias de Descartes, Bacon e Galileu em sua forma
de pensar. Na época de Hobbes, o absolutismo real atingira o seu apogeu, mas se encontrava
em vias de ser ultrapassado, ao enfrentar inúmeros movimentos de oposição baseados em
idéias liberais. Com a primeira fase o absolutismo favorecera ao desenvolvimento de um
processo de desenvolvimento, em um segundo momento, este mesmo absolutismo mostrava-
se um quanto ultrapassado para dar conta daquilo que se apresentava como necessidade da
época.
Em “O Leviatã”,Hobbes define a constituição do Estado através de um pacto entre os
indivíduos no qual eles consentem em abdicar de suas vontades e liberdade individuais em
nome da vontade de um único, que garantirá a paz através da lei e a segurança de todos os
súditos. Na ordem de ideia de Hobbes, o homem não é um animal naturalmente social; a
sociedade entre nós é instituída artificialmente e precisa ser artificial e racionalmente
mantida. Contudo, O Leviatãpropõe:Uma Teoria do Conhecimento;Uma Teoria Jurídica;
Uma Teoria Política e Uma Teologia(Santos & Costa, 2015).

O Papel do Estado
No Papel do Estado,Hobbes defende a idéia de que todos os homens tinham direito a tudo,
em seu estágio de natureza. “O direito de natureza, a que os autores geralmente chamam de
(jus naturale), é a liberdade que cada homem possui de usar seu próprio poder, da maneira
que quiser, para a preservação de sua própria natureza, ou seja, de sua vida; e
conseqüentemente de fazer tudo aquilo que seu próprio julgamento e a razão lhe indiquem
como meios adequados a esse fim”.Entretanto,o Estado deve ser a instituição fundamental
para regular as relações humanas, dado o caráter da condição natural dos homens que os
impele à busca do atendimento de seus desejos de qualquer maneira, a qualquer preço, de
forma violenta, egoísta, isto é, movida por paixões.
HobbesAfirmava que “os homens não tiram prazer algum da companhia uns dos outros
quando não existe um poder capaz de manter a todos em respeito, pois cada um pretende que
seu companheiro lhe atribua o mesmo valor que ele atribui a si próprio”. Surge então a
famosa expressão de Hobbes: “O homem é o lobo do homem”.Daí que, nas palavras de
Hobbes, “se dois homens desejam a mesma coisa, eles se tornam inimigos”. Todos seriam
livres e iguais para buscarem o lucro, a segurança e a reputação. Todavia, A paz somente
seria possível quando todos renunciassem a liberdade que têm sobre si mesmos. Hobbes
discorre sobre as formas de contratos e pactos possíveis em sua obra Leviatã, apontando ser o
Estado o resultado do “pacto” feito entre os homens para, simultaneamente, todos abdicarem
de sua “liberdade total”, do estado de natureza, consentindo a concentração deste poder nas
mãos de um governante soberano. Seria necessária a criação artificial da sociedade política,
administrada pelo Estado, estabelecendo-se uma ordem moral para a brutalidade social
primitiva (Santos & Costa, 2015).

JOHN LOCKE
Locke nasceu numa aldeia inglesa, filho de um pequeno proprietário de terras. Estudou na
escola de Westminster e em Oxford, que seria seu lar por mais de 30 anos. Os estudos
tradicionais da universidade não o satisfaziam, mas aplicou-se. A maior parte de sua obra se
caracteriza pela oposição ao autoritarismo, em todos os níveis: individual, político e religioso.
Locke acreditava em usar a razão para obter a verdade e determinar a legitimidade das
instituições sociais. Contudo, a grande contribuição do Locke à filosofia Polítia foi a sua
obra, "Ensaios", escrita ao longo de 20 anos.Seu interesse se centrava nos tópicos
tradicionais da filosofia: a natureza do ser, o mundo, Deus e os níveis de conhecimento.
Locke foi também o precursor do pensamento iluminista nas questões políticas (Santos &
Costa, 2015).

Dois Tratados Sobre o Governo


Quando Locke escreveu os "Dois Tratados sobre o Governo", a sua principal obra de
filosofia política, tinha como objetivo contestar a doutrina do direito divino dos reis e do
absolutismo real. Portanto, para Locke, todo conhecimento humano pode ser obtido por meio
da percepção sensorial ao longo da vida. A mente do ser humano ao nascer seria como uma
folha em branco, e tudo que se sabe é aprendido depois. Baseava sua crença no poder da
educação como transformadora do mundo. Afirmava que o mal não era parte de um plano de
Deus, e sim produzido por um sistema social criado pelos indivíduos. Por isso, poderia ser
modificado também por eles (Santos & Costa, 2015).
Em sua obra, relativamente aos dois Tratados sobre o Governo, Locke afirmou que a
organização das leis e do Estado deve ser feita com o objetivo de garantir o respeito aos
direitos naturais. A garantia dos direitos naturais do povo - a proteção da vida, da liberdade e
da propriedade de todos - é definida por ele como a única razão de ser de um governo. Se o
governante não respeita esses direitos, os governados podem derrubá-lo e substituí-lo por
outro mais competente.

CHARLES DE MONTESQUIEU
Charles-Louis de Montesquieu (1689-1755), foi um aristocrata pertencente a famílias nobres
francesas e um dos teóricos mais influentes da sua época por ter tido escrito várias obras que
se tornaram célebres. Portanto, o contexto histórico que o rodeou foi determinante para as
suas teorias, pois é possível verificar nestas o seu cariz iluminista, por exemplo. Todavia,
ocupou o cargo de Presidente do Parlamento de Bordéus, por hereditariedade, do qual
abdicou, posteriormente, para se dedicar inteiramente à pesquisa e teorização e consequente
publicação das mesmas. Das suas obras mais célebres e populares, entre muitas vistas, são
Cartas Persasde 1721 e O Espírito das Leisde 1748 (Magalhães & Nunes, 2014).

O Espírito das Leis


Segundo Magalhães & Nunes(2014)Montesquieu, como todos da sua época, foi um
iluminista puro que dedicou-se a variadas áreas tanto das ciências exactas como as sociais. E
das teorias políticas principais foram:
 A teoria daseparação dos poderes– como uma fórmula de equilíbrio interno nos Estados
Liberais. Após analisar casos práticos da sociedade, concluiu que todos os Homens têm
inclinação para abusar do Poder, quando o detêm. Por este motivo, existe a necessidade de
o limitar ao reparti-lo. Neste caso referia-se ao Poder Judicial, Legislativo e Executivo.
 A teoria anti-providencialista – outra característica do seu pensamento, e bastante em
voga na época do Iluminismo. Esta expressava que não acreditava na presença de uma
força sobrenatural, como deus até a altura, como controlador dos destinos dos
acontecimentos no mundo.
 A teoria do relativismo político, isto é, é impossível a implementação de um sistema
político na sua forma mais pura-ideal, pois é necessário ter em conta todos os factores
de um Estado. O factor geográfico e natural, como o clima, a dimensão do território e as
suas características produtivas, a sua cultura e as suas características demográficas são
essenciais para a implementação de qualquer tipo de sistema;
 Teoriza diversas formas de regimes políticos e de governo. Como formas de regime
político apresentou as que se seguem esquematizadas:
Regime político Natureza do Princípio Adequação
Regime
República (Democracia Poder político pertence Virtude Cívica dos Estados os Nações
ou Aristocracia) ao povo Cidadãos pequenas
Monarquia Poder político Honra Estados ou Nações
pertence ao rei médios
Despotismo Poder político Medo Estados ou Nações
pertence ao tirano
Tab 1 – Esquema de regime político: Fonte (Magalhães & Nunes, 2014).

Separação dos Poderes


Para Montesquieu, sóo poder detém o poder”. Todavia, na apresentação destateoria, são
evidentes as reminiscências de Locke. Montesquieu, então, faz do Judiciário um poder
distinto, o terceiro, enquanto Locke parece ver nele apenas um ramo do Executivo.“Tudo
estaria perdido se o mesmo homem, ou a mesma corporação dos principais, dos nobres ou do
povo, exercesse esses três poderes: o de fazer leis, o de executar as resoluções públicas e o de
julgar os crimes ou as desavenças dos particulares”. Pois não existe liberdade quando se
acham reunidos, nas mesmas mãos, legislativo e executivo. “É para temer que o próprio
monarca ou o próprio Senado faça leis tirânicas para executá-las tiranicamente”(Magalhães
& Nunes, 2014).

JEAN-JACQUES ROUSSEAU
Nasceu na Suíça, estabeleceu-se em Paris em 1742, onde fez amizade com os filósofos
enciclopedistas, entre os quais Denis Diderot e Condillac. Colaborou na "Enciclopédia"
coordenada por Diderot, escrevendo diversos artigos. Rousseau escreveu dezenas de obras
num estilo que poderíamos chamar de ensaio filosófico(Santos & Costa, 2015).

O Contrato Social
Em Santos & Costa (2015)"O Contrato Social", é uma das obras primas de Jean-Jacques
Rousseau.A questão da liberdade do homem é o mote central de "O Contrato Social". "O
Contrato Social" é um ensaio fundamental para a história da filosofia e ao mesmo tempo uma
obra para ser lida com prazer, na qual o filósofo conversa de igual para igual com o leitor.
Em consequência do que ele mesmo chamou de uma iluminação, Rousseau escreveu o
"Discurso Sobre as Ciências e as Artes", tratando já da maioria dos temas importantes em sua
filosofia. Em julho do ano seguinte recebeu o primeiro prêmio, que se materializou numa
medalha de ouro e em trezentas libras. Com a publicação desta obra, Rousseau obteve o
reconhecimento.

Consequências do"Contrato Social"


Após a publicação, seu livro foi considerado ofensivo às autoridades, que ordenaram a prisão
do autor. Rousseau fugiu para a cidade de Neuchatel, na Suíça. "O Contrato Social" foi uma
das obras que marcou o ideário da Revolução Francesa. Em seus últimos anos de vida,
Rousseu levou uma vida isolada, e redigiu em sua defesa as "Confissões" (uma espécie de
livros de memórias).

HEGEL
Trotta afirma que Hegel nasceu no dia 27 de agosto de 1770 em Stuttgart. Recebeu uma
educação não diferente dos jovens de sua época, destacando-se nos estudos de latim e história
clássica. Por influência de seu pai e pelos seus méritos como bom aluno, obteve uma bolsa
ducal para cursar Teologia na Universidade de Tübingen. Ao formar-se, em 1793, recebeu
“um certificado que declarava ser ele um homem bem-dotado e de bom caráter, bem
preparado em teologia, mas sem nenhuma aptidão em filosofia”, mais tarde desmentido pela
história.(Santos & Costa, 2015).

Filosofia do Direito
Santos & Costa (2015) afirmam que Mais do que um tratado jurídico-político é,
teoricamente, um tratado ético-político estando na mesma tradição de A república, de Platão,
Política, de Aristóteles, O príncipe de Maquiavel, Leviatã, de Thomas Hobbes (1588-1679),
O segundo tratado sobre ogoverno civil, de John Locke (1632-1704) e Ocontrato social, de
Jean-Jacques Rousseau (1712- 1778);portanto, esta obraconstitui um clássico do pensamento
político ocidental. Sendo assim, independentementedo ponto de vista de cada perspectiva,
aobra política de Hegel é um marco dentro dopensamento político moderno uma vez que
elaborauma crítica ao Estado e ao próprio liberalismoenquanto fundamento teórico dos
homens públicosnos negócios públicos, a partir da ascensão daburguesia como classe
hegemônica no séculoXIX (Trotta).
Em sua obra, Hegel pensa sobre uma ordem de instituições políticas que deveriam funcionar
na devida medida em que os interesses universais sejam garantidos dentro dos particulares,
delegando aos órgãos públicos a tarefa de, em si, resolver o social por meio do político. Em
fim, o seu tratado ao ilustrar a relação entre o estado e o povo, também, fala de família e a
sociedade civil que corelaciona o mesmo povo, todavia, para Hegel, família e sociedade civil
são necessidades em que o espírito no processo toma consciência de si.
No primeiro momento, a família, substancialidadeimediata do espírito, determina-se pela
sensibilidade (amor),e é a instituição em que o espírito adquire sua relação com o mundo
externo, apresentando-se por meio de uma unidade. A família, de certa maneira, surge como
relação racional, espírito ético imediato, sentido de superação da natureza, ou melhor,
qualidade de promover o conteúdo para além do sujeito e da pessoa, a substancialização de
membro, de um dentro de outros numa relação com todos.
O Estado, na concepção de Hegel, tem em si a idéia de representar a totalidade político-social
de encerrar em si o mundo público e o mundo privado, a restauração da vida ética a partir da
representação grega. Hegel pensa a comunidade no sentido politicamente estatal, ou seja, por
meio da norma jurídica como instrumento político a resguardar a liberdade, atingindo sua
realização num elo comum a todos. O Estado é para Hegel, ao mesmo tempo, tanto poder
como função, por sinal uma função política cujo escopo é o trato da coisa pública enquanto
devidamente pública, isso para a satisfação do indivíduo, socialmente. O pensamento de
Hegel é herdeiro da Revolução Francesa de 1789 e, como tal, tem na lei, portanto na
legalidade, o fundamento da nação enquanto sociedade organizada, cujo fim é a liberdade
como valor máximo de integralidade humana. Contudo, na sua Filosofia política, Hegel
defende a subordinação do individuo ao Estado, devendo ele ficar dissolvido em nome de
uma ordem suprema(Trotta).

FILOSOFIA POLÍTICA CONTEMPORÂNEA

KARL POPPER
Karl Raimund Popper (1902 – 1994), filósofo britânico de origem austríaca, tornou-se um
dos mais célebres filósofos da ciência. Partidário de um racionalismo crítico, atacou algumas
das teses defendidas pelo Círculo de Viena, especialmente a da verificabilidade dos
enunciados. Portanto, sustentou que uma teoria é científica não porque explica mais ou
menos fatos, mas porque suas hipóteses podem ser falseadas ou contrastadas pela
experiência. Popper também se destacou na filosofia política pela oposição a todo tipo de
totalitarismo e a todo uso dogmático da razão. Todavia, as suas obras foram: Logica da
Descoberta Cientifica, A Sociedade Aberta e os seus Inimigos, Pobreza do Historicionismo,
Conjecturas e Refutações; O Crescimento do Conhecimento Cientifico.(Santos & Costa,
2015).
Popper critica a sociedade fechada, totalitária, concebida e organizada por normas não
modificáveis, defendendo, desta feita a sociedade aberta, baseada no exercício critico da
razão humana, tolerando e estimulando a liberdade dos indivíduos e de grupos
implementando reformas continuas e solução de problemas sociais.
Segundo Popper,a humildade não tem um sentido concreto conhecido antecipadamente mas sim
aquele que os homens lhe dão;O progresso da humanidade é possível sem que necessite de um
critério único de verdade e a razão humana é naturalmente falível.(Santos & Costa, 2015).

Sistemas Políticos
Segundo popper, o sistema político é a maneira como a comunidade politica se estrutura e
exerce o poder politico. A estrutura do poder da comunidade política é feita de duas maneiras
como: regime político e como sistema de governo. Para ele, Regime Político: refere-se as
relações que se estabelecem entre o individuo e a sociedade politica, com a finalidade de
implementar a ideologia no âmbito jurídico. Contudo, Popper reconhece apenas dois tipos de
regime político:A Monarquia referindo-se a governo de um só, ou ainda o poder é herdado)
regime político em que a designação do chefe de Estado se faz por herança e, A República
referindo-se ao governo de uma assembleia, neste regime o poder não é herdado) regime em
que a designação do chefe de Estado se faz por formas diversas, por eleição directa dos
cidadãos ou pelos seus representantes, pelo golpe de Estado ou por legislação(Santos &
Costa, 2015).

JOHN RAWLS
John Rawlsnasceu no dia 21 de fevereiro de 1921 em Baltimoree morreu em Lexington, 24
de novembro de 2002) foi um professor de filosofia política na Universidade de Harvard.
Portanto, após reformular e aperfeiçoar algumas das suas teses, além de incorporar e
responder a seus escritos, Rawls apresentou uma nova versão de sua teoria na obra "O
liberalismo político", publicada em 1993, que foi muito marcante para a Filosofia
Política.Portanto, Rawls foi autor de Uma Teoria da Justiça (1971); Liberalismo
Político(Political Liberalism, 1993); O Direito dos Povos (The Law of Peoples: with "The
Idea of Public Reason Revisited.", 1999); História da Filosofia Moral (Lectures on the
History of Moral Philosophy, 2000) e, Justiça como Equidade: uma reformulação (Justice
as Fairness: A Restatement, 2001).

O Liberalismo Político
Trata-se duma forma que estabeleça uma base para que se possam erguer instituições
políticas liberais. Embora que ter criado caus ao publicar sua teoria, o Rawls trazia consigo
ideas passivas e reguladora do sistema político mais abrangente do seu tempo (Democracia).

Rebatimento do Rawls relativamente a crítica “O Liberalismo Político”


Partindo do fato do pluralismo valorativo, ou seja, da multiplicidade de concepções
abrangentes da vida social presentes na cultura contemporânea, ele argumenta que sua teoria
tem um caráter político, sem qualquer conotação moral. O desafio fundamental de sua teoria
é justamente buscar um consenso sobre o que é justo diante da multiplicidade de doutrinas
abrangentes de comunidades, grupos e indivíduos. Sua teoria buscar determinar o que é
'justo', não o que é 'moral', 'ético' ou 'bom'.Após receber uma outra crítica, Rawls rebateu a
crítica de que sua teoria seria apenas uma alternativa a mais diante das diferentes visões
valorativas que existem no mundo moderno.

Uma Teoria de Justiça (1971)


Nesta obra, Rawls fala da necessidade de uma democracia constitucional e descreve o
estabelecimento da relação entre a teoria da justiça e os valores da sociedade e o bem
comum.Neste contexto, a justiça é a estrutura de base da sociedade e a primeira virtude das
instituições sociais, mas para o efeito é necessária a efectivação das liberdades individuais e a
não restrição para o benefício de outrem, para este, uma sociedade justa, funda-se na
igualdade de direitos.
Para Rawls, os homens ocupam posições diferentes na sociedade, dando origem a
desigualdades sociais devendo, a justiça, corrigir estas desigualdades. Para o efeito, propõe
um contrato social que definira os princípios da justiça e neste contrato as pessoas livres e
racionais, colocadas numa ‹‹posição inicial de igualdade››, escolheriam para formar a sua
sociedade sem olhar para a situação pessoal de desigualdade. Portanto a justiça em Rawls
deve ser entendida como equidade.
Crítica a “Uma Teoria De Justiça”
A obra de Rawls foi alvo de críticasn à teoria de igualdade absoluta e de justiça, pois no
pensar de Robert Nozick, é contraditória pelo facto de não ser possível executa-la sem violar
o princípio da propriedade privada adquirida de forma legítima.

SISTEMAS DE GOVERNO
Sistemas de governo tratam da organização do poder na governação, portanto, este, concerne
a titularidade e a estruturação do poder político, com a finalidade de determinar os seus
titulares e os titulares e os órgãos estabelecidos para o seu exercício. Os sistemas de governo
classificam-se em Ditatoriais e Democráticos.
Governo Ditatorial é quando o poder é detido por uma pessoa ou conjunto de pessoas que
exercem o poder por direito próprio, sem que haja participação da pluralidade dos
governados. O governo Ditatorial subdivide-se em monocrático e autocrático.
 Governo ditatorial monocrático aquele em que o poder é exercido por um órgão
singular;
 Governo ditatorial autocrático aquele em que o poder é exercido por um órgão colegial,
grupo ou partido politico.

Formas de Governo
"As formas de governo são formas de vida do Estado, revelam o caráter coletivodo seu
elemento humano, representam a reação psicológica da sociedade às diversas e complexas
influências de natureza moral, intelectual, geográfica, econômica e política através da
história."
Como forma de estado, têm-se a unidade dos ordenamentos estatais; a sociedade de Estados
(o Estado Federal, a Confederação, e mais) e o Estado simples ou Estado unitário. Como
forma de governo, têm-se a organização e o funcionamento do poder estatal, consoante os
critérios adotados para a determinação de sua natureza. Os critérios são: a) o número de
titulares do poder soberano; b) a separação de poderes e suas relações; c) os princípios
essenciais que animam as práticas governativas e o exercício limitado ou absoluto do poder
estatal.
Aristóteles adota, pois, uma classificação dupla, onde a primeira divide as formas de governo
em puras e impuras, conforme a autoridade exercida. A base desta classificação é pois moral
ou política. A segunda classificação é sob um critério numérico; de acordo com o governo, se
ele está nas mãos de um só, de vários homens ou de todo povo. Ao combinar-se o critério
moral e numérico Aristóteles obteve:
Formas Puras:
 Monarquia:governo de um só;
 Aristocracia:governo de vários;
 Democracia:governo do povo.
Formas Impuras:
 Oligarquia: corrupção da aristocracia;
 Demagogia:corrupção da democracia;
 Tirania:corrupção da monarquia.
RodolpheLaun, professor da universidade de Hamburgo, em seu livro LA DEMOCRATIE,
fornece uma classificação que permite distinguir quase todas as formas de governo,
classificando-as quanto à origem, à organização exercício.
Quanto à origem
 Governos de dominação
 Governos democráticos ou populares
Quanto à Organização
 Governos de Direito (Eleição & Hereditariedade)
 Governos de fato
Quanto ao Exercício
 Constitucionais e Absdutos
CONCLUSÃO
Depoisda pesquisa e eleboração do trabalho o grupo conclui que o trabalho é muito
importante para nós como estudantes, pós ele traz a nós, não só históricos em diversas
épocas, como também o começo de certos movimentos que influenciaram a nossa forma e
viver na actualidade (sistemas de governo – Estado Vs Povo).
Posto isto, salientar que na época antiga os Filósofos baseava-se nos costumes gregos pós, já
havia sido registrada por lá o início do processo de formação de Estados o que difere dos
pensamentos políticos dos filósofos medievais que baseava-se nasdoutrinas sagradas no
intuito de trasformar o Direito natural vinculado a existência de um Deus capaz de suprir a
necessidade humana na busca da felicidade. Os preceitos religiosos instituído neste período
contribuíram para estruturar valores que regulem a relação entre Igreja e Estado,
estabelecendo parâmetros com características morais e éticos que justifiquem a “positivação”
dos direito e deveres entre as várias instâncias que norteiam a vida em sociedade.
Todavia, os medievais, que partiam da Bíblia e do Direito Romano para formular teorias
políticas, e, diferentemente dos contemporâneos renascentistas, que partiam das obras dos
filósofos clássicos para construir suas teorias políticas, o0s modernos como Maquiavel, a
política não é a lógica racional da justiça e da ética, mas a lógica da força transformada em
lógica do poder e da lei. Portanto, Maquiavel recusa a figura do bom governo encarnada no
príncipe bondoso, portador das virtudes morais cristãs.
Contudo, a filosofis política vem tendo diversas etapas desde o princípio. Vejamos que, na
época contemporânea o pensar políticos dos filósofos tinham uma orientação divergente ou
melhor, diferente com a dos tempos antecedentes, por mais que a maioria dos filósofos
buscassem inspirações dos seus antecedentes. No caso do filósofo contemporâneo Popper,
seu pensamento político, critica a sociedade fechada, totalitária, concebida e organizada por
normas não modificáveis, defendendo desta feita, a sociedade aberta, baseada no exercício
crítico da razão humana, tolerando e estimulando a liberdade dos indivíduos e de grupos,
implementando reformas continuas e solução de problemas sociais.Em fim, relativamente aos
sistemas de governo, salientar que estes foram colectados de vários autores, ou melhor,
filósofos desde a antiguidade mas, a base principal e bem desenvolvida sobre os sistemas de
governo vem do grande filósofo Aristóteles. Portanto, as fontes que buscamos foram
inúmeras mas não quer dizer que troussemos toda a informação precisa e, endereçamos
nossas sinceras desculpas ao docente os nossos colegas em geral, pelos possiveis erros
ortográfico, lacunas e falta de informação patentes no trabalho.
BIBLIGRAFIA
 HOBUSS, João F. N. Ética e Política em Aristóteles. Pelotas, 2002.
 Magalhães, & Nunes, C. (2014). Teorias Políticas (Montesquieu - 1689-1755). s/ed.
 Ramos, F. C., Melo, R., & Frantechi, Y. (2012). Manual de Filosofia Politica. Sao Paulo:
Sraiva.
 Santos, B. S., & Costa, R. d. (2015). Filosofia Política I. Sao Paulo: Vitória.
 Trotta, W. (s.d.). O PENSAMENTO POLÍTICO DE HEGEL À LUZ DE SUA FILOSOFIA
DO DIREITO1. S/ed.
 Wolkner, A. C. (2001). O pensamento politico Medieval: Santo Agostinho e Santo Tomas
de Aquino. RCJ.
Nome: No

Rosa José Marques 85

Tunica José da Silva 105

Joaquina Maurício Soares 42

Rosa Gabriel José 83

Moisés Fernando Maraquilo 69

Abel Domingos manuel 111

Ermelinda A. S. Tourinha 29

Lurdes Armando da Silva 53

TRABALHO DE FILOSOFIA

Tema:
 Filosofia Política
 Sistemas de Governo

Classe: 12a Turma: A03 Curso: Noturno

Docente:
dr. Martinho

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