Desnutricao
Desnutricao
Desnutricao
Licenciatura em Nutrição
Módulo de Imunologia
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Índice
1. Introdução.................................................................................................................................1
1.2. Objectivos..................................................................................................................................1
1.3. Metodologia...............................................................................................................................1
2. Desnutrição...................................................................................................................................2
3. Conclusão..................................................................................................................................5
4. Referências bibliográficas.........................................................................................................6
1. Introdução
O presente trabalho trata do impacto da desnutrição no sistema imune como forma do
cumprimento da obrigação para que desta forma se desperte ao leitor a entender esta temática em
estudo permitindo assim a obtenção de um conhecimento cada vez mais sólido que permita o
desenvolvimento da sociedade académica.
Para o Ministério da Saúde (2005), desnutrição continua a ser uma das causas de morbidade e
mortalidade mais comuns entre crianças de todo o mundo. Nos países subdesenvolvidos como
Moçambique, as crianças são as mais afectadas pela desnutrição aguda.
1.2. Objectivos
1.2.1. Objectivo Geral:
Falar do impacto da desnutrição no sistema imune.
1.3. Metodologia
Para a realização deste trabalho utilizou-se trabalhos de pesquisa bibliografia onde obteve-se
informações sólidas e fundamentadas de autores que escreveram matérias sobre o tema e também
recorreu-se em pesquisa documental para recolher informações em relatórios, monografias e teses
de doutoramento disponíveis nas plataformas digitais.
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2. Desnutrição
A desnutrição é definida como o estado resultante da deficiência de nutrientes que pode causar
alterações na composição corporal, funcionalidade e estado mental com prejuízo no desfecho
clínico (Toledo et all., 2015).
Segundo o Ministério da Saúde (2005), afirma que um bom estado nutricional de uma pessoa é
reflectido pela manutenção dos processos vitais de sobrevivência, desenvolvimento e actividade
física, e que qualquer desvio do estado nutricional óptimo resulta em distúrbios nutricionais
referidos como malnutrição.
Kudsk (2006), dia que a desnutrição é uma condição clínica decorrente de uma deficiência ou
excesso, relativo ou absoluto, de um ou mais nutrientes essenciais, ou por outra, é uma doença de
natureza clínico-social multifatorial cujas raízes se encontram na pobreza.
Causas primárias: A pessoa come pouco ou “mal”. Ou seja, tem uma alimentação
quantitativa ou qualitativamente insuficiente em calorias e nutrientes.
Causas secundárias: A ingestão de alimentos não é suficiente porque as necessidades
energéticas aumentaram ou por qualquer outro fator não relacionado diretamente ao
alimento. Exemplos: presença de verminoses, câncer, anorexia, alergia ou intolerância
alimentares, digestão e absorção deficiente de nutrientes.
A desnutrição também pode ser classificada em função da relação entre o peso e o tamanho:
Desnutrição aguda leve: aqui o peso é normal para a idade da pessoa, mas o tamanho é
inferior ao normal.
Desnutrição aguda moderada: uma pessoa com este tipo de desnutrição pesa menos do
que deveria para a sua estatura.
Desnutrição aguda grave: neste caso, o peso está muito abaixo do que seria suposto (é
inferior a 30% do normal) e as funções corporais vão-se alterando. Trata-se de uma
situação crítica, com elevado risco de morte para a pessoa que sofre desta doença,
Matagheghpovr, et all., (2000);
Carência de vitaminas e minerais: quando ocorre esta situação, a pessoa não é capaz de
levar a cabo as suas tarefas diárias devido ao cansaço, a defesas baixas que favorecem o
aparecimento de infeções ou a dificuldades de aprendizagem.
A desnutrição crónica deve-se, principalmente, à falta de nutrientes como a vitamina A, ácido
fólico, iodo, proteínas ou ferro, mas também resulta de outros fatores, como por exemplo a falta
de acesso a água potável que provoca diarreias constantes que impedem a correta assimilação dos
nutrientes, dificultando ainda mais a nutrição das crianças. Este tipo de desnutrição afeta mais de
160 milhões de crianças em todo o mundo, das quais a grande maioria – cerca de 90% – reside
em África e na Ásia.
Os efeitos deste tipo de desnutrição são visíveis a longo prazo, principalmente porque a criança
fica com um atraso no crescimento, ou seja, não alcança os percentis previstos para as crianças da
sua idade. Isto acontece quando o corpo não recebe todos os nutrientes que necessita, sobretudo
durante os primeiros anos de vida e, também, durante a gravidez. Assim, a desnutrição crónica
das crianças também é afetada pelo nível de nutrição da mãe (Abbas, et all, (2007)
Como consequência, os seus filhos podem sofrer de problemas neurológicos ou intelectuais e
também têm uma elevada probabilidade de nascer com um peso abaixo do normal. É desta forma
que se perpetua o ciclo da desnutrição crónica.
Nesse conceito são compreendidas, além das formas graves de desnutrição protético-calórica,
como o marasmo e o kwashiorkor, suas formas intermediárias ou moderadas e a deficiência de
outros nutrientes (vitaminas e minerais), muitas vezes associada ao déficit calórico-proteico
(Baines, 2002).
Marasmo: carência global de calorias e proteínas. Kwashiorkor: carência predominante
de proteínas com ingestão calórica pouco alterada. Marasmo: geralmente em crianças
abaixo de 2 anos. Peso corporal <60% do normal. Não apresenta nem edema, nem
infiltração de gordura no fígado. Geralmente, ansiedade, temperatura baixa.
Kwashiorkor: idade de 1 a 3 anos; peso, 60-80% do normal; edema; infiltração de
gordura no fígado; apatia, irritabilidade, comportamento pouco sociável; anorexia;
alterações do cabelo.
3. Conclusão
Os efeitos da desnutrição no sistema imune são bastante catastróficos, podendo debilitar o
sistema imune inato bem com adaptativo e consequentemente permitindo maior adesão
patológica, por exemplo infeções de vários tipos e gravidades.
Várias medidas devem ser tomadas para reduzir ou combater a desnutrição de modo a melhorar
as respostas imunológicas como a promoção de produtos biofortificados e educação sobre
nutrição no seio das comunidades humanas.
4. Referências bibliográficas
Abbas, A. K.; Lichtman, A. H.; Pillai, S. (2007). Cellular and molecular immunology,
6.ed. Philadelphia: WB Saunders Company
Baines, M.; Shenkin, A. (2002). Lack of effective ness of short-term intravenosus
micronutrient nutrition in restoring plasma antioxidant status after surgery. Clinical
Nutrition, Edinburgh, v. 21 , n. 2.
Closs, E. I.; Scheld, J. S.; Sharafi, M.; Förstermann, U(2013). Substrate supply for nitric
oxide synthase in macrophages and endothelial cells: role of cationic amino acid
transporters. Molecular Pharmacology, New York, v. 57, n. 1.
INAN/MINISTÉRIO DA SAÚDE. FIBGE. IPEA. (2005). Pesquisa Nacional sobre Saúde e
Nutrição: resultados preliminares. Brasília: Cultura.
Kudsk, K. A(2006). Immuno nutrition in surgery and critical care. Annual Review of
Nutrition, Palo Alto, v. 26.
Melchior, D.; Seve, B.; Le Floc’h, N. (2004) Chronic lung inflammation affects plasma
amino acid concentrations in pigs. Journal of Animal Science, Champaign, v. 82, n. 4
Meydani, S. N.; Hayek, M. G.; Wu, D.; Meydani, M. (2000) Vitamin E and immune
response in aged dogs. In: NUTRITION SYMPOSIUM. Wilmington. Proceedings….
Wilmington (OH): Orange Frazer Press.
Mohagheghpour, N.; Waleh, N.; Garger, S. J.; Dousman, L.; Grill, L. K.; Tuse, D. (2000).
Synthetic melanin suppresses production of proinflammatory cytokines. Cellular
immunology, New York, v. 199, n. 1.
Toledo, M. (2015). Forno combinado. Food magazine. Revista online