Teste - Os Lusiadas - Etvieria
Teste - Os Lusiadas - Etvieria
Teste - Os Lusiadas - Etvieria
Grupo I
PARTE A
3. Identifica a metáfora utilizada na estância 106 para referir o ser humano e explicita o seu valor,
tendo em conta o assunto dessa estrofe.
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Teste de Português 11º ano 1
Parte B
Lê o texto, constituído pelas estâncias 88 e 89 do Canto IX de Os Lusíadas.
4. Menciona duas das características dos portugueses que, de acordo com a estância 88 os tornam
merecedores da receção na Ilha dos Amores. Fundamenta a tua resposta com elementos textuais.
6. Explica de que modo a mitificação do herói em Os Lusíadas é ilustrada pelas estâncias transcritas.
Parte C
Lê o texto.
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Teste de Português 11º ano 2
7. Considerando o conteúdo do texto e a tua experiência de leitura de Os Lusíadas, escreve uma breve
exposição sobre o modo como a epopeia camoniana confirma a perspetiva apresentada no último parágrafo
do texto de João Morgado.
A tua exposição deve incluir:
– uma introdução ao tema;
– um desenvolvimento no qual refiras dois aspetos que evidenciem o modo como, em Os
Lusíadas, Camões reflete sobre ideias, valores e princípios, fundamentando cada um desses
aspetos em, pelo menos, um exemplo pertinente;
Grupo II
Lê o texto.
Inauguração de Goa
Conta-se a seguinte história de Einstein. Quando se refugiou nos Estados Unidos,
escapando das perseguições nazis, teve de preencher um formulário na migração. Entre
outras perguntas, devia indicar a raça a que pertencia. Respondeu, com sentido de humor,
precisamente, genial: «Raça humana». […]
5 Mas mesmo que cautelosamente escrevesse «caucasiana», que é o nome que nestes
formulários serve para indicar a origem europeia, o meu coração está com Einstein. Por
solidariedade com todas as raças. E por simplificação – «humana» serve para todas.
Antigamente era fácil preencher estes formulários, porque as raças eram poucas. Mas os
portugueses baralharam tudo quando chegaram à Índia. É óbvio que não fomos os
10 primeiros a misturar sangues, mas provavelmente foi connosco, em Goa, que essa mistura
fez parte de uma política oficial, de um desígnio superior: o de Afonso de Albuquerque.
Difícil julgar este homem, e de qualquer forma injusto. Os tempos eram o que eram, as
convicções também. Quando Afonso de Albuquerque chegou pela primeira vez à Índia, em
1503, tinha já 50 anos e passara parte da vida em cruzada contra os mouros de Marrocos.
15 Com essa idade, e com um temperamento decidido, não é fácil mudar. Nem D. Manuel
queria que ele mudasse quando o escolheu para novo governador do Estado da Índia.
Albuquerque chegou, pois, para continuar a sua guerra santa itinerante. […]
Passeio por Goa quando a monção o permite, entre dois aguaceiros, e vou-me
cuidadosamente deliciando com essa raça que é também a minha, não apenas por ser 50
20 por cento portuguesa, mas também por ser 100 por cento humana. O espaço físico onde
se desenrola esta passerelle racial não é o mesmo idealizado por Albuquerque e
inaugurado pela geração de Magalhães. Esse espaço fundador foi abandonado pela
História, é hoje um museu ao ar livre do tamanho de uma cidade-fantasma e chama-se Old
Goa. A vida mudou-se, dois séculos mais tarde, duas dezenas de quilómetros mais a
25 oeste, para a nova Goa, que se chama Panjim. A cidade antiga não acompanhou o
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Teste de Português 11º ano 3
retrocesso do mar, sucumbiu a epidemias e à malária, não resistiu às ondas de assalto da
marinha holandesa. Não é, pois,
30 nos vultos espectrais das igrejas da velha Goa, mas nos
sorrisos nostálgicos dos antigos portugueses da nova Goa que reencontro a herança
quinhentista de uma capital portuguesa no Oriente. Quando converso com os vários
Souza, Cruz, Dias, Antunes que aqui permanecem, de dentes ofuscantes, olhos redondos,
cabelo cor de azeitona e pele canela, não posso deixar de me interrogar de que raça
somos realmente feitos nós, os
35 portugueses.
Para aqueles que nasceram há quatro séculos em Malaca e continuam portugueses no
sangue dos tetranetos de hoje, ou para os que residem há 300 anos no Recife, para os
que nasceram há 50 anos em Panjim, há 40 anos na ilha de Moçambique ou há 20 anos
em Macau, para todos estes portugueses, Lisboa não terá o mesmo valor que para mim. É
fácil imaginar que necessitam
40 de uma capital menos exclusiva, menos oficial, menos
europeia. Precisam, e nós também, de uma capital menos branca, menos «caucasiana»,
mais «humana», mais universal. Tal como esta capital inaugurada por Albuquerque e pela
geração de Magalhães, entre delírios de sangue e sonhos de cruzada.
CADILHE, Gonçalo, 2018. Nos passos de Magalhães. Lisboa: Clube do Autor (pp. 57-61)
2. De acordo com o conteúdo dos parágrafos das linhas 18 a 32, a presença portuguesa em Goa
manifesta-se, atualmente,
(A) na arquitetura de Old Goa.
(B) nos espaços da nova Goa criados no tempo de Afonso de Albuquerque.
(C) na fisionomia e nos apelidos dos habitantes de Panjim.
(D) no museu ao ar livre criado por Fernão de Magalhães.
5. As expressões «pela História» (l. 22) e «do mar» (l. 25) desempenham as funções sintáticas
(A) de complemento do adjetivo e de complemento do nome, respetivamente.
(B) de complemento agente da passiva e de complemento oblíquo, respetivamente.
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Teste de Português 11º ano 4
(C) de complemento oblíquo e de complemento do adjetivo, respetivamente.
D) de complemento agente da passiva e de complemento do nome, respetivamente.
6. Repara na expressão introduzida por «que», na linha 9. Classifica a oração que esse “que” introduz.
Grupo III
Atenta no cartoon.
Observações:
1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo quando esta
integre elementos ligados por hífen (ex.: /dir-se-ia/). Qualquer número conta como uma única palavra, independentemente do
número de algarismos que o constituam (ex.: /2021/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados, há que atender ao seguinte:
− um desvio dos limites de extensão indicados implica uma desvalorização parcial do texto produzido;
− um texto com extensão inferior a oitenta palavras é classificado com zero pontos.
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Teste de Português 11º ano 5