3 Imersões
3 Imersões
3 Imersões
Depois de vermos como não devemos agir, quero propor três imersões
importantes para que um treinamento missionário funcione de maneira bíblica e
saudável.
2ª Imersão: Cultura.
Chegamos em uma parte importante do treinamento. É nessa imersão
que a liderança vai apresentar para o aluno como ele deve agir em meio a
cultura que ele estará inserido. Na sociologia utilizasse um termo para
descrever o impacto que alguém de uma cultura tem quando é apresentado a
outra: choque cultural. O papel do treinamento é minimizar os danos desse
choque para que o voluntario já vá ciente algumas coisas e não ser pego de
surpresa.
Porem pode ser que alguém que já é da cultura passe pelo treinamento.
Talvez a liderança ache que não deva se preocupa com esse, mas gostaria de
pontuar algumas coisas importante para um líder autóctone que passe pela
capacitação.
A- Para o estrangeiro: Sim, quis usar o termo pra descrever alguém de
uma cultura diferente em um lugar que não é o seu. Quando sair de
São Paulo e fui para Bahia foi assim que me sentir. Minhas roupas,
meu modo de andar e falar, o modo como eu pedia um pão, tudo era
diferente. Não era como se eu tivesse em outro estado, mas sim em
outro país. O treinamento tem que ajudar aqueles que não são da
região a entender costumes e ritos do local. Poderia destacar alguns
pontos que são essenciais para que quando o “gringo” chegar na
nova terra não cometa erros que pode custar sua reputação inicial na
comunidade. A) Alimentação: inserir no treinamento algumas
comidas típicas da região e alguns temperos vai fazer uma enorme
diferença. Muito tem o que chamo de “paladar infantil” e não come
nada que a mamãe não fazia. A liderança pode ajudar o missionário
em treinamento a perde o medo de comer fígado. Tenho experiência
nisso e posso dizer com propriedade que, uma refeição é uma ótima
estratégia para se criar relacionamentos, mas só com aqueles que
estão dispostos a comer de verdade. B) Clima: pode até parecer
bobo, mas muitos estão acostumados com o ar condicionado e vão
ficar pasmos em saber que a temperatura de 40°C existe. Ir avisando
que é normal as vezes fritar um ovo no asfalto pode diminuir o
choque (ou a queimadura) cultural com a comunidade e fazer que
desde já ele entende que um boné, protetor solar, garrafinha térmica
e uma sombrinha não é algo estranho e sim necessário. C)
Linguagem: é aqui onde o missionário aprender que o silencio as
vezes é bem melhor do que poucas palavras. Alguns termos podem
mudar de sentido em determinada região por isso é importante
apresentar algum vocabulário para se evitar em reunião. Na minha
cidade (Guarujá/sp.) é totalmente tranquilo eu falar no púlpito a
palavra “desgraça”, mas na região onde eu morava, poderia ser
“gentilmente convidado” a me retirar depois do dito. D) Manias e
costumes: obviamente que as superstições não devem ser replicadas
e aprovadas pelo missionário, entretanto saber o modo de vida das
pessoas ao seu redor é totalmente valido. Saber para não se pego de
surpresa ou ate mesmo para não reproduzir de modo que venha a
escandalizar um irmão é aceitável e aconselhável. Um cristão
preparado vale por dois.
3ª Imersão: Conhecimento.
Por fim, mas não menos importante, o treinamento tem que ensinar
todos os fundamentos necessários para que os voluntários possam pregar,
ensinar e agir. A parte teórica pode ser chatas para alguns e possa ter aqueles
que achem desnecessário o conhecimento técnico para o trabalho missionário,
mas é de vital importância que ele não venha a ser esquecido e ridicularizado.
A palavra diz que o obreiro tem que está sempre pronto, perfeitamente perfeito.
Por isso quero destacar três ênfases no ensino acadêmico que podem e devem
ser ensinados em sala de aula.
Considerações finais
Quero pontuar duas coisas antes de encerrar por aqui. A primeira é
sobre a parte física. Deus não que missionários sedentários e isso é importante
ser dito aqui. As atividades físicas têm que estarem presentes no dia-a-dia do
treinamento. Porem de forma certa e simples. Certa pois deve ter alguém
capacitado para realizar as ações necessárias. Isso evitara problemas futuros
que poderão causar dor de cabeça para aqueles que quiserem por contar
própria “ser um educador físico”. Simples por que deve está em segundo plano.
Deve ser um momento bom e revigorante. Lembre-se: não estamos em um
quarte e sim em um treinamento missionário.
Outra coisa seria o lazer. Pode parecer sem sentido, mas é importante.
Em seis dias Deus trabalhou e no sétimo descansou. O missionário deve ter
um descanso. Um momento de descontração. As lições são muitos e o trabalho
também. Tenho certeza que um açaí na segunda-feira pode salvar vidas