Ccarnaval
Ccarnaval
Ccarnaval
Ccarnaval.
Essa é a grande festa popular brasileira. De norte a sul, de leste a
oeste, o país inteiro brinca e pula durante o Carnaval. São quatro dias e
quatro noites de muita folia.
Quem pensa que essa festa tão afinada com o nosso povo é invenção de
brasileiro está muito enganado. De origem grega, o Carnaval foi trazido da
Europa pelos portugueses. No início, tinha o nome de “entrudo”. Brincar o
entrudo era enfrentar uma verdadeira batalha, em que os participantes
atiravam uns nos outros, granadas de cera cheias de água perfumada. Essas
granadas eram chamadas de limão-de-cheiro, e, quando estouravam, deixavam
no ar um perfume de cravo, canela ou rosa...
Mais tarde, por ter sido considerada uma brincadeira exagerada, o
entrudo foi substituído pelos bailes de máscaras, organizados pelos homens
mais ricos da cidade, os convidados, fantasiados e mascarados, dançavam e
cantavam nos salões. Segundo o folclorista Saul Martins, no entanto, o
entrudo existe até hoje em algumas regiões.
Depois vieram os corsos, desfiles e carros enfeitados, cheios de gente
fantasiada, jogando confete e serpentina pra todo lado.
Sem poder participar desses suntuosos desfiles, o povo, na maioria
negros e mulatos, fazia o seu “Carnaval” nos morros e quintais da periferia da
cidade. Para animar a brincadeira, batucavam tambores, pandeiros e outros
instrumentos de percussão.
No Rio de Janeiro, esse “Carnaval negro” cresceu tanto, que foi para as
ruas principais da cidade, dando origem às escolas de samba.
No Brasil, o Carnaval é hoje uma grande festa de rua, com características
diferentes em cada região. No Rio de Janeiro, o samba e os desfiles das
escolas. Em Salvador, os trios elétricos, seguidos por multidões que pulam e
cantam pelas ladeiras. Em Recife, o frevo e o maracatu. Em Olinda, os blocos,
com seus bonecos gigantes de pano e papel machê. Em Ouro Preto, Minas
Gerais, o bloco do Zé Pereira dos lacaios, criado há duzentos anos.
Dessa forma, cantado e dançado, o brasileiro tranca seus problemas no
armário e faz, na rua, o Carnaval mais animado do mundo.
Marcelo Xavier. Festas. Belo horizonte: Formato, 2000.
(coleção de Folclore do mestre André).
Quem escreveu esse texto: Marcelo Xavier, o “artista das massinhas”, nasceu
em Ipanema, interior de Minas Gerais, e mora e Belo Horizonte. É conhecido em todo Brasil
pelos seus livros, ilustrados com figuras de massa plástica que contam histórias e em cantam
pessoas de todas as idades.
9) Relacione:
A) Entrudo ( ) Organizado pelos ricos da cidade e as
pessoas iam mascaradas.
B) Bonecos Gigantes ( ) Salvador.
C) Escolas de Samba ( ) Desfile de carros onde jogavam confete e
serpentina.
D)Trio elétrico ( ) Batalha de granada de cera com água
perfumada.
E) Corso ( ) Ouro Preto.
F) Blocos ( ) Olinda.
G) Baile de máscaras ( ) Rio de Janeiro.
Imagens da internet