Geo de Mocambique 1t
Geo de Mocambique 1t
Geo de Mocambique 1t
Tema:
Código: 708214367
Ano de frequência: 2º
Turma: E
1º Trabalho
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Índice
1. Introdução...................................................................................................................... 1
1.1. Objectivos...................................................................................................................... 2
2. Desenvolvimento ........................................................................................................... 3
2.2.1. Arcaico....................................................................................................................... 8
3. Conclusão .................................................................................................................... 11
4. Referência.................................................................................................................... 12
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1. Introdução
Neste contexto o território Moçambicano enquadra-se no fuso horário 2 (dois), conferindo-o duas
horas de avanço em relação ao Tempo Médio Universal, assim como uma parte dos países da
Europa Setentrional e Oriental.
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1.1.Objectivos
1.1.1. Geral
• Analisar o enquadramento geográfico e a constituição geológica de Moçambique
1.1.2. Específicos
• Descrever o enquadramento geográfico de Moçambique;
• Descrever a constituição geológica de Moçambique;
1.1.3. Metodologia
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2. Desenvolvimento
2.1.Enquadramento Geográfico de Moçambique
2.1.1. Localização Geográfica
Moçambique fica situado no sudeste de África estando limitado a leste pelo Oceano Índico, e
fazendo fronteira a norte com a Tanzânia, a noroeste com o Malawi e Zâmbia, a oeste com o
Zimbabwe, África do Sul e Swazilândia, e a sul com a África do Sul (Fig. 1).
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Para Muchangos (1999), a superfície continental de Moçambique é de aproximadamente 800.000
km2. Uma área que corresponde a cerca de 2,6% da superfície do continente africano que é de
aproximadamente 30 milhões de km2. A plataforma continental, cujo limite se fixa a 200 milhas
da linha da costa possui uma extensão de 120.000 km2, ou seja, 0,24% aproximadamente, dos 30
milhões de km2 superfícies do Oceano Índico.
Segundo Lächelt (2004), o território Moçambicano pode ser dividido em: Planícies até 200 metros
acima do nível do mar; Terras altas até 600 metros e montanhas moderadamente altas; Planaltos
de terras altas com cristas elevadas e inselbergs3 atingindo alturas de 1000 m de altitude; Inselbergs
e cumes de montanha com alturas acima de 1000 metros.
Segundo Muchangos (1999), diz que quanto a zona de planícies, quase todo Sul do rio Save, apenas
encontramos terras de altitudes muito moderadas. A faixa litoral, desta zona, é curta ao norte de
Moçambique, mas no paralelo de 21˚ Sul abrange quase toda a linha Este-Oeste, mantendo-se em
todo o Sul do Save com exceção dos Grandes e Pequenos Libombos. A maior parte de todos estes
terrenos é Quaternário, Terciário e Cretácico, de constituição arenosa, com alta percentagem de
húmus perto dos rios ou nos pântanos. Em cálculo aproximado, cerca de 44% do território
Moçambicano se confinam entre 0 e 200 metros de altitude, que se desenvolve ao longo da costa
entre a foz do rio Rovuma e o delta do rio Zambeze, constituindo a Grande Planície Moçambicana.
No que diz respeito a planalto, em Moçambique distinguem-se duas superfícies. A primeira, cujas
altitudes variam entre 200 e 600 metros e é designada por planaltos médios representada ao Norte
do paralelo 17° Sul. A segunda, designada por alti-planáltica, de altitudes superiores a 600 metros,
com maior dispersão nas zonas Norte e Centro do País, sobretudo nas Províncias de Niassa,
Nampula, Zambézia, Tete e Manica.
No Norte o altiplano forma um planalto inclinado, cuja altura aumenta em direção ao Lago Niassa.
Ao longo da costa é caracterizada por cumes encadeados. Toda a Província de Tete consiste neste
planalto e na zona de cadeias montanhosas (Lächelt, 2004). No Sul do Save pertencem-lhe uns
ligeiríssimos retalhos nos pontos mais altos dos Libombos que culminam a norte de Namaacha.
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A zona montanhosa, isto é, áreas de cota superior a 1000 metros, não estão representadas por largas
extensões, atingindo cerca de 13% do território de Moçambique, com maior ocorrência nas
províncias de Zambézia, Tete e Manica. Os processos tectónicos e a litologia dos estratos
geológicos estão em boa correspondência com a geomorfologia.
b) Nas terras altas de Maravia e Angónia, posicionadas ao longo da fronteira com a Zâmbia
e o Malawi, as montanhas mais altas são o Monte Domue a 2096 metros e o Monte Chirobue
a 2021 m.
Segundo Lächelt (2004), O clima de Moçambique é influenciado por corrente costeira do Oceano
Índico, a distância até a costa e o relevo, especialmente a altitude. Tomando como base a interação
dessas influências, três tipos de clima são distinguidos:
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b) clima seco de mata nativa e savana;
De uma forma geral, Moçambique pode ser subdividido em duas grandes zonas climáticas:
A zona norte está sujeita a chuvas regulares de monção de Dezembro a Abril; ciclones aparecem
regularmente.
Durante o período de Novembro a Março é quente e a precipitação é regular. Na estação seca, que
vai de Maio a Setembro, o clima é fresco e agradável. Abril e Outubro são meses de transição. As
altas temperaturas, medindo cerca de 40° C, ocorrem na estação das chuvas no Vale do Zambeze
e as baixas temperaturas são encontradas nas regiões montanhosas e também em parte na região
entre os rios Save e Limpopo, onde podem cair para 1 a 2 °C; em áreas montanhosas, pode até cair
abaixo de zero. A figura 4 mostra as temperaturas médias anuais, enquanto a figura 5 mostra a
precipitação média anual para as zonas climáticas.
Segundo Muchangos (1999), as principais bacias hidrográficas que drenam o país de norte para o
sul que merecem destaque são: Rovuma, Messalo, Montepuez, Lúrio, Monapo, Ligonha, Licungo,
Zambeze, Pùngué, Búzi, Save, Govuro, Inharrime, Limpopo, Incomáti, Umbelúzi, Tembe e
Maputo.
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2.2.A constituição Geologica De Moçambique
De acordo com Afonso (1978), Moçambique pode ser subdividido em duas regiões geológico-
estruturais, um soco Pré-câmbrico com uma superfície de cerca de 534.000 km2 e uma região
Fanerozoica com cerca de 237.000 km2.
O Pré-Câmbrico está subdividido em: unidades cratónicas do Arcaico parcialmente cobertas por
depósitos do Proterozoico; cinturões móveis cobertos por depósitos do Proterozoico e do
Fanerozoico; e unidades do Proterozoico.
Segundo Vasconcelos (2014), em Moçambique, as diferenças geológicas são muito grandes entre
o Norte e o Sul do País, sendo o Norte fundamentalmente proterozoico e o Sul inteiramente
fanerozoico, com terrenos arcaicos, proterozoicos e fanerozoicos (Fig. 2).
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Fonte: (Vasconcelos, 2014)
2.2.1. Arcaico
Segundo Afonso et al. (1998), os terrenos arcaicos de Moçambique, de idade muito antiga (3500 a
2800 Ma), enquadram-se no cratão do Zimbabwe:
Modelo do rifte continental (Condie, 1981) – Segundo este modelo, os ̋ Greenstone belts ̋ teriam
sido gerados nos primitivos riftes continentais, de natureza gnáissica de alto grau de metamorfismo.
A componente do tectonismo vertical elevou os blocos da crusta siálica primitiva marginal,
daquelas depressões tectónicas de que resultaram os primeiros sedimentos. Este conjunto vulcano-
sedimentar foi submetido em seguida à subsidência, metamorfismo, dobramento, plutonismo e
diapirismo, tendo como consequência a consolidação e a estabilização do Cratão do Zimbabwe.
2.2.2. Proterozoico
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reservas, o Supergrupo (SGR) de Chiúre a E/NE. Distinguem-se ainda as intrusões dioríticas e
gabro-dioríticas implantadas respetivamente nos Grupos de Namópuè e de Xixano-Chivarro.
A cadeia moçambicana ocupa quase toda a metade norte do país, sendo cómodo dividi-la em três
zonas:
i. A zona ocidental integra o Complexo de Barué (cujos granitoides, charnoquíticos ou não, estão
afetados por um símbolo especial), bem como, mais a norte, o Grupo de Luia. Assinalam-se ainda
os complexos gabro-anortosíticos de Tete e de Chipera, bem como os granitoides pós-cinemáticos
que incluem não só charnoquitos, monzonitos e sienitos intrusivos no Gr. Luia, mas também
granodioritos e adamelitos pré-Fíngoè e Vúzi.
ii. A zona central, granulítica (“Eixo granulítico do Mozambique Belt”), integra o Grupo de
Unango que engloba, para além da série enderbítica de Unango, a série mangerítica de Cuamba
(mangeritos, charnoquitos, gabronitos e dioritos).
iii. A zona oriental, integra o cinturão ENE-WSW do Lúrio (“Lúrio Belt”) e, envolvendo-o a norte
e a sul, o Supergrupo de Nampula. Há quem posicione aqui o SGR. Chiúre, encarando a totalidade
da zona oriental como sendo do tipo “dupla camada”, sobre uma camada inferior (Nampula),
constituída por migmatitos autóctones orto derivados e granitoides calco alcalinos implantados
entre 1100 e 900 Ma numa margem ativa, repousaria uma camada superior, carreada sobre a
precedente e englobando uma unidade granulítica superior (Lúrio) e uma lâmina gnaissica inferior
(Chiúre).
2.2.3. Fanerozoico
2.2.3.1.O Fanerozóico
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É formado essencialmente por rochas sedimentares que se formaram entre 300 – 70 molhões de
anos. Não obstante algumas formações eruptivas como os basaltos e riolitos que ocrrem junto a
fronteira Sul do País.
A Sul do Rio Save, ocupa quase a totalidade das Provínciais de Inhambane, Gaza e Maputo, estreita
gradualmente na região central (Provínciais de Sofala, Zambézia), para o norte de Quelimane reduz
– se a uma estreita faixa litoral até a foz do rio Lúrio donde se alarga ligeiramente at’e a foz do rio
Rovuma.
O karroo, distribui – se geograficamente pelas Províncias do Niassa, Tete, Manica e nos Montes
Limbombos no Sul do País. Os sedimentos do Karroo caracteriza – se pela sua origem continental
e por se depositarem em bacias com falhas, a maioria das quais estão representadas nas provínciais
de Tete e Manica.
O Cretácico, é essencialmente formado por rochas sedimentares, não obstante rochas eruptivas,
que predominam na concâva de maciço de Lupata na Província de Tete (Sudeste). A importância
económica do cretáccico consiste na presença de gás natural.
Chegado ao fim do presente trabalho vale descrever que, as formações geológicas do território
moçambique, interligam com as do continente africano. No território moçambicano distinguem –
se duas grandes unidades de formações geológicas, e que esta divisão corresponde á duas grandes
Eras geológicas da história da Terra que manifestaram de forma expressiva no nosso território, a
saber:
O Precâmbrico, com uma superfície cerca de 534.000 Km2, composto por precâmbrico inferior e
superior. Constituido por rochas metamórficas de origem magmáticas e sedimntares
O Fanerozoico, com uma área aproxidamente á 237.000 Km2, formado essencialmente por rochas
sedimentares. E fazem parte do fanerozóico, as rochas do Karroo, Jurássico, Cretácico e ainda do
Terciário e Quaternário.
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4. Referência
• Afonso, R.S., (1978). A geologia de Moçambique (Notícia explicativa de Carta geológica
de Moçambique), Maputo.
• Lächelt, S., (2004). Geology and Mineral Resources of Mozambique. Ministério dos
Recursos Minerais e Energia, Direção Nacional de Geologia, Maputo, Moçambique. 515
p.
• Muchangos, A. Dos, (1999) Moçambique, Paisagens e Regiões Naturais. Edição: do
Autor
• Vasconcelos, L. (2014). Breve apresentação sobre os recursos geológicos de
Moçambique, Comunicações Geológicas – Laboratório Nacional de Geologia e Energia
IP, Porto.
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