Farmacologia Aplicada A Odontologia
Farmacologia Aplicada A Odontologia
Farmacologia Aplicada A Odontologia
Portal Educação
CURSO DE
FARMACOLOGIA APLICADA À
ODONTOLOGIA
Aluno:
EaD - Educação a Distância Portal Educação
AN02FREV001/REV 4.0
1
CURSO DE
FARMACOLOGIA APLICADA À
ODONTOLOGIA
MÓDULO I
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dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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SUMÁRIO
MÓDULO I
1 VIAS E SISTEMAS DE ADMINISTRAÇÃO DE DROGAS
2 PRINCIPAIS CARATERÍSTICAS DAS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE DROGAS
2.1 ADMINISTRAÇÃO ENTERAL (ORAL)
2.1.1 Fatores que influem na absorção de drogas pelo TGI
2.2 VIA SUBLINGUAL
2.3 ADMINISTRAÇÃO RETAL
2.4 ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL
2.5 INTRAVENOSA
2.6 SUBCUTÂNEA
2.7 INJEÇÃO INTRAMUSCULAR
2.8 VIA INTRA-ARTERIAL
2.9 INTRATECAL
2.9.1 Anestesia Peridural ou Epidural
2.9.2 Anestesia Intra-aracnóidiana
2.10 INTRAPERITONEAL
2.11 ABSORÇÃO PULMONAR
2.12 APLICAÇÃO TÓPICA
2.12.1 Fatores que influem na absorção cutânea
2.12.1.1 Fatores ligados ao organismo
2.12.1.2 Fatores ligados à droga
2.12.1.3 Fatores ligados à presença de outras substâncias na pele
2.12.1.4 Fatores ligados às condições de trabalho (quando se tratar de exposição
ocupacional)
MÓDULO II
3 INFLAMAÇÃO
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3
4 ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINES)
4.1 EFEITOS ANTITÉRMICOS DOS AINES
4.2 EFEITOS ANALGÉSICOS DOS AINES
4.3 CLASSIFICAÇÃO DOS AINES
4.3.1 Anti-inflamatórios inibidores não seletivos da COX
4.3.2 Anti-inflamatórios inibidores seletivos da COX-2
4.3.2.1 Recomendações gerais quanto ao uso de aines inibidores seletivos de COX-2
4.3.2.2 Recomendações específicas
5 GLICOCORTICOIDES
5.1 AÇÃO ANTI-INFLAMATÓRIA DOS GLICOCORTICOIDES
5.2 MECANISMO DE AÇÃO DOS GLICOCORTICOIDES
5.3 EFEITOS ADVERSOS
MÓDULO III
6 CONTROLE DA ANSIEDADE
7 BENZODIAZEPÍNICOS
7.1 VANTAGENS DOS BENZODIAZEPÍNICOS
7.2 AÇÕES E EFEITOS DOS BENZODIAZEPÍNICOS
7.3 MECANISMO DE AÇÃO DOS BENZODIAZEPÍNICOS
7.4 EFEITOS FARMACOLÓGICOS DOS BENZODIAZEPÍNICOS
7.5 ESCOLHA DOS BENZODIAZEPÍNICOS
7.6 PRECAUÇÕES E RESTRIÇÕES
8 ANSIOLÍTICOS NÃO BENZODIAZEPÍNICOS
9 ANESTÉSICOS LOCAIS
9.1 HISTÓRICO
9.2 ASSOCIAÇÃO DE ANESTÉSICOS LOCAIS A AGENTES VASOCONSTRITORES
9.3 POSOLOGIA DOS ANESTÉSICOS LOCAIS
9.4 FATORES QUE AFETAM A AÇÃO E POTÊNCIA DOS ANESTÉSICOS LOCAIS
9.4.1 Efeito do pKa
9.4.2 Efeito do pH
9.4.3 Coeficiente de partição
9.4.4 Potência
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4
9.5 RELAÇÃO: ESTRUTURA X ATIVIDADE DOS ANESTÉSICOS LOCAIS
9.6 EFEITOS COLATERAIS DOS ANESTÉSICOS LOCAIS
9.6.1 Intoxicação por anestésicos locais
9.6.2 Lipossolubilidade
9.6.3 Ligação protéica
9.6.4 Idade
9.6.5 Gravidez
9.6.6 Deficiência de pseudocolinesterase
9.6.7 Doenças preexistentes
9.6.8 Medicamentos
9.6.9 Local de administração
9.6.10 Velocidade de administração
9.6.11 Meta-hemoglobinemia
9.6.12 Toxicidade no SNC
9.7 TRATAMENTO DA INTOXICAÇÃO POR ANESTÉSICOS LOCAIS
MÓDULO IV
10 ANALGÉSICOS
11 A DOR DENTÁRIA AGUDA
12 COMO PODE SER O TRATAMENTO DA DOR DENTÁRIA AGUDA?
13 DIPIRONA
13.1 PRECAUÇÕES
14 PARACETAMOL
14.1 TOXICIDADE
14.2 FARMACOCINÉTICA
14.3 INDICAÇÕES
14.4 CONTRAINDICAÇÕES E PRECAUÇÕES
14.5 INTERAÇÕES COM MEDICAMENTOS OU ALIMENTOS
14.6 SUPERDOSAGEM
14.6.1 Tratamento da intoxicação
15 ANALGÉSICOS OPIOIDES
15.1 EFEITOS FARMACOLÓGICOS DOS OPIOIDES
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5
15.1.1 Sistema nervoso central
15.1.2 Trato gastrointestinal
15.1.3 Usos clínicos
15.1.4 Enquanto droga de abuso
15.1.5 Antagonistas opioides
15.1.6 Efeitos adversos dos opioides
15.1.6.1 Prurido
15.1.6.2 Retenção urinária
15.1.6.3 Depressão ventilatória
15.1.6.4 Náuseas e vômitos
15.1.6.5 Sedação
15.1.6.6 Outras ações no SNC
15.1.6.7 Reatividade viral
15.1.6.8 Outros efeitos colaterais
15.2 CARACTERÍSTICAS DE ALGUNS DERIVADOS OPIOIDES
15.2.1 Cloridrato de tramadol
15.2.1.1 Propriedades farmacocinéticas
15.2.1.2 Contraindicações
15.2.1.3 Posologia e administração
15.2.1.3.1 Em adultos e jovens com mais de 16 anos de idade
15.2.1.3.2 Uso em pacientes com insuficiência renal e/ou hepática
15.2.1.3.3 Uso em idosos
15.2.2 Codeína e associações
16 TYLEX®
16.1 POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO
16.1.1 Superdosagem
16.1.2 Precauções
16.1.3 Interações medicamentosas
16.1.4 Reações adversas
16.1.5 Indicações
17 ANTIBIÓTICOS, QUANDO USAR?
17.1 MICROBIOTA DA CAVIDADE ORAL
17.2 INFECÇÕES ORODENTAIS
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6
17.3 RECOMENDAÇÕES
18 PENICILINAS
18.1 REAÇÕES ADVERSAS
18.2 TIPOS DE PENICILINAS
18.2.1 Penicilinas naturais
18.2.1.1 Penicilina G cristalina (Megapem, Penicilina G potássica cristalina)
18.2.1.2 Penicilina G procaína (Benapem, Penicilina G procaína, Wycillin-R)
18.2.1.3 Penicilina V – Fenoximetilpenicilina potássica (Pen-ve-Oral, Meracilina,
Oracilin e Penicilina V)
18.2.2 AMINOPENICILINAS
18.2.2.1 Ampicilina (Binotal, Ampicilina, Amplacilina, Amplicrom, Ampifar,
Ampispectrim, Ampitotal, Amplitor, Bacterion, Binopen, Cilipen, Gramcilina,
Makrocilin)
18.2.2.2 Amoxacilina (Amoxil, Hiconcil, Amoxacilina, Amoxifar, Cibramox, Novocilin,
Novoxil, Polimoxil)
18.2.2.3 Amoxacilina + ácido clavulânico (Clavulin, Novamox, Clavoxil)
18.2.3 PENICILINAS PENICILINASE RESISTENTE
18.2.3.1 Oxacilina (Staficilin-N, Oxacilina)
18.2.4 PENICILINAS DE AMPLO ESPECTRO (CARBENECILINA,
TICARCILINA/CLAVULANATO, PIPERACILINA/TZOBACTAN)
18.2.4.1 Carbenecilina (Carbenecilina)
18.2.4.2 Ticarcilina/Ácido clavulânico (Timentin)
18.2.4.3 Piperacilina/tazobactan (Tazocin)
19 AMINOGLICOSÍDEOS
19.1 REPRESENTANTES: AMICACINA, GENTAMICINA, NETILMICINA,
TOBRAMICINA
19.1.1 Gentamicina: (Garamicina, Gentamicina, Septopal, Amplocilina, Gentaplus E
Gentaxil)
19.1.2 Netilmicina (Netromicina)
19.1.3 Amicacina (Amicacina, Novamin, Akimin)
19.1.4 Aztreonam
19.1.5 Cefalosporinas
19.5.1.1 Cefalosporinas de 1a geração
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7
19.5.1.1.1 Cefalexina (Keflex, Cefalexina, Cefalexin)
19.5.1.1.2 Cefadroxil (Cefamox, Cefadoxil, Drocef)
19.5.1.1.3 Uso parenteral para Cefalotina e Cefazolina
19.5.1.2 Cefalosporinas de 2a Geração
19.5.1.2.1 Cefuroxima axetil (Zinnat)
19.5.1.2.2 Cefaclor (Ceclor)
19.5.1.3 Parenteral: Cefoxitina e Cefuroxime
19.5.1.3.1 Cefoxitina (Mefoxin)
19.5.1.3.2 Cefuroxime (Zinacef)
19.5.1.4 Clindamicina
19.5.1.5 Tetraciclinas
20 DROGAS REPRESENTANTES DO GRUPO DOXICICLINA, MINOCICLINA,
OXITETRACICLINA, TETRACICLINA
20.1 DOXICICLINA (VIBRAMICINA)
20.2 MINOCICLINA (MINOMAX)
20.3 OXITETRACICLINA (TERRAMICINA)
20.4 TETRACICLINA – CLORIDRATO E FOSFATO (TETREX, AMBRA-SINTO T,
INFEX, STATINCLYNE, TETRACICLINA)
20.5 CLORANFENICOL
20.6 CARBAPENÊMICOS
20.6.1 Imipenem e Meropenem
20.6.1.1 Imipenem (Tienam)
20.6.1.2 Meropenem (Meronem)
20.7 METRONIDAZOL
20.8 FLUORQUINOLONAS
20.8.1 Ciprofloxacina (Cipro, Procin, Ciflox, Ciprex, Ciloxan)
20.8.2 Lomefloxacina (Maxaquin)
20.8.3 Norfloxacina (Floxacin, Floxinol, Noracin, Respexil, Uritrat NF, Uroplex)
20.8.4 Ofloxacina (Floxstat, Ofloxan, Oflox)
20.8.5 Pefloxacina (Peflacin)
21 SULFONAMIDAS
21.1 REPRESENTANTES SULZADIAZINA, SULFADOXINA, SULFAMETOXAZOL +
TRIMETROPRIN
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8
21.1.1 Associação de Sulfas com Trimetoprim
21.1.2 Sulfadiazina (Sulfadiazina)
21.1.3 Sulfadoxina (Fansidar)
21.1.4 Sulfametoxazol + Trimetroprim (Cotrimoxazol): Bactrin, Bactrin F, Infectrin,
Infectrin F, Assepium, Bacfar, Bacteracin, Bactrex, Bactricin, Bactroprim, Baxapril,
Benectrim, Duoctrim, Ectrim, Espectrin, Imuneprim, Infecteracin, Leotrim, Lupectrin,
Metorpin, Neotrin, Quiftrin, Roytrin, Septiolan, Silpin, Sulfametoxazol + trimetroprim,
Teutrin, Trimexazol)
20.2 GLICOPEPTÍDEOS
20.2.1 Vancomicina (Vancocina)
20.2.2 Teicoplanina (Targocid)
20.2.3 Macrolídeos
20.2.4 Representantes Eritromicina, Azitromicina, Claritromicina, Espiramicina,
Miocamicina e Roxitromicina
20.2.4.1 Eritromicina (Pantomicina, Ilosone, Eritrex, Eritromicina, Eribiotic, Ilotrex,
Ilocin, Lisotrex)
20.2.4.2 Azitromicina (Zitromax, Azitromin)
20.2.4.3 Claritromicina (Klaricid)
22 CANDIDÍASE ORAL
22.1 CAUSAS, INCIDÊNCIA E FATORES DE RISCO
22.2 TRATAMENTO DA CANDIDÍASE ORAL
22.2.1 Nistatina
22.2.2 Cetoconazol
22.2.3 Aftas
22.2.3.1 Causas, incidência e fatores de risco
22.2.3.2 Tratamento
MÓDULO V
23 PROTETORES DA MUCOSA GÁSTRICA
23.1 ÚLCERA PÉPTICA
23.1.1 Progressão e sintomas
23.1.2 Tratamento farmacológico das úlceras pépticas
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23.1.3 Bloqueadores dos receptores H2 da histamina
23.1.4 Interações da ranitidina
23.1.5 Precauções ao uso de ranitidina
23.1.6 Inibidores da bomba de prótons (IBP)
24 FARMACOTERAPIA DE PACIENTES ESPECIAIS
24.1 CRIANÇAS
24.2 GESTANTES E LACTANTES
24.3 PACIENTES HIPERGLICÊMICOS (DIABETES)
24.4 CARDIOPATAS e/ou HIPERTENSOS
24.5 PACIENTES EPILÉPTICOS e NEUROLÓGICOS
24.6 PACIENTES EM TERAPIA ANTICOAGULANTE
24.7 PACIENTES GERIÁTRICOS
24.8 PACIENTES ETILISTAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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MÓDULO I
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FIGURA 1- REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DAS VIAS
DE ADMINISTRAÇÃO DE DROGAS
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alguns casos específicos. A seguir, serão abordadas algumas vias de administração
com seus prós e contras.
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à irritação da mucosa gastrintestinal, destruição de alguns agentes farmacológicos
por enzimas digestivas ou pelo pH gástrico básico, irregularidades de absorção ou
propulsão na presença de alimentos e outros fármacos e necessidade de
cooperação por parte do paciente.
Na via oral, um evento que deve ser ressaltado é a ocorrência do efeito de
primeira passagem, onde pode ocorrer perda parcial de droga, por metabolização
hepática após a absorção, uma vez que a droga absorvida no trato gastrintestinal
passa primeiramente pelo fígado através da circulação porta-hepática.
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FIGURA 4- SISTEMA PORTA HEPÁTICO
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bases e substâncias neutras. Existe sempre, entretanto, no caso da ingestão
de minerais, a possibilidade do EDTA quelar o agente terapêutico, o que
resultaria em uma menor absorção do mesmo;
conteúdo estomacal – a absorção será favorecida se o estômago estiver
vazio, devido ao maior contato do agente terapêutico com a mucosa;
secreções gastrintestinais, sua concentração enzimática, e sua acidez –
estes sucos digestivos, seja por sua acidez iônica, seja por ação enzimática,
podem provocar mudanças na atividade ou na estrutura química do agente,
alterando assim a velocidade de absorção. Exemplo: sabe-se que o pH
estomacal das crianças não é tão ácido como o dos adultos. Isto implica em
um desenvolvimento maior de micro-organismos, principalmente Encherichia
coli, micro-organismo que reduz, no estômago, o nitrato a nitrito. Como as
crianças possuem dietas ricas em nitratos, esses serão reduzidos a nitritos,
sendo rapidamente absorvidos pela mucosa estomacal, causando, então,
metemoglobinemia;
motilidade intestinal – o aumento da mobilidade intestinal diminuirá o
tempo de contato do agente tóxico com a mucosa e, consequentemente, a
absorção neste local;
efeito de primeira passagem pelo fígado – como mencionado
anteriormente, as substâncias absorvidas no TGI entram na circulação porta
e passam pelo fígado, podendo ser biotransformadas de maneira mais ou
menos intensa. Por meio da secreção biliar, serão excretadas no intestino,
de onde serão reabsorvidas ou excretadas pelas fezes. É o também
chamado de ciclo êntero-hepático. Esse efeito pode ser responsável pela
menor biodisponibilidade de algumas substâncias, quando estas são
administradas por via oral.
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TABELA 1 - DIFERENÇAS FISIOLÓGICAS ENTRE HOMENS E MULHERES QUE
PODEM AFETAR A ABSORÇÃO DE AGENTES TÓXICOS PELO TGI
na absorção
Alguns dos fatores que influem na absorção pelo TGI podem variar de
acordo com o sexo e, no sexo feminino, entre as gestantes e não gestantes. Este
fato é importante na avaliação da intensidade de absorção de drogas por essa via. A
tabela acima mostra as principais diferenças fisiológicas existentes entre homens e
mulheres, gestantes e não gestantes, que podem influenciar a absorção pelo TGI.
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2.2 VIA SUBLINGUAL
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2.3 ADMINISTRAÇÃO RETAL
Com frequência, a via retal é utilizada quando a ingestão não é possível por
causa de vômitos ou porque o paciente se encontra inconsciente. A administração
de drogas via retal, por supositórios, tem como objetivo deixar o fármaco livre do
metabolismo de primeira passagem, no fígado, pois a droga entra em vasos que a
levam direto à veia cava inferior. Entretanto, muitas vezes, o supositório penetra um
pouco mais, situando-se em uma região drenada por veias que drenam ao fígado e,
dessa forma, não evitam o efeito de primeira passagem. Deve-se ressaltar o
desconforto que a via retal pode proporcionar ao paciente. Além disso, a absorção
retal costuma ser irregular e incompleta e muitos fármacos provocam irritação da
mucosa retal.
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FIGURA 6 - VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
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2.5 INTRAVENOSA
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2.6 SUBCUTÂNEA
Só pode ser usada para administrar substâncias que não são irritantes para
os tecidos. A absorção costuma ser constante e suficientemente lenta para produzir
um efeito persistente. A absorção de substâncias implantadas sob a pele (sob forma
sólida de pellet) ocorre lentamente ao longo de semanas ou meses. Alguns
hormônios são administrados de forma eficaz dessa maneira.
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locais inflamados, edemaciados ou irritados ou ainda em locais com manchas de
nascença, tecido cicatrizado ou outras lesões.
2.9 INTRATECAL
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FIGURA 8 - MEDULA ESPINHAL
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FIGURA 9 - ANESTESIA PERIDURAL OU EPIDURAL
A B
A agulha que irá injetar o anestésico passa pelo espaço peridural, perfura o
folheto bilaminar dura-máter/aracanoide e atinge o interior do espaço dural – onde
se encontra o líquor.
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FIGURA 10 - MEDULA ESPINHAL
2.10 INTRAPERITONEAL
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2.11 ABSORÇÃO PULMONAR
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TABELA 2 - DIFERENÇAS FISIOLÓGICAS ENTRE MULHERES GESTANTES E
NÃO GESTANTES, QUE PODEM AFETAR A ABSORÇÃO PULMONAR DE
AGENTES TÓXICOS
Na
absorção
pulmonar
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Aplicação cutânea – poucas substâncias penetram facilmente
através da pele íntegra. A absorção daquelas que o fazem é proporcional
à superfície sobre a qual são aplicadas e à sua lipossolubilidade. A
absorção ocorre com maior facilidade através de pele com abrasão,
queimaduras ou soluções de continuidade. As reações inflamatórias e
outros tipos de problemas que aumentam o fluxo sanguíneo cutâneo
também aumentam a absorção. Para a administração por essa via, não se
deve receitar grandes quantidades de drogas. Essas devem ser de fácil
absorção e não irritantes do tecido.
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Abrasão da pele – com a descontinuidade da pele, a penetração torna-
se fácil;
Fluxo sanguíneo através da peIe – estudos demonstram que, em média,
5% do sangue bombeado pelo coração passa pela pele, em um fluxo em
torno de 120 mL/kg/min. Inflamação ou fatores que levam à hiperemia
aumentarão a absorção cutânea. Um fato a ser considerado é a gravidez.
Durante a gestação, ocorrem alterações significativas no fluxo sanguíneo
das mãos (aumentam seis vezes) e pés (aumentam duas vezes). Esse
aumento no fluxo sanguíneo poderá influir na absorção cutânea de drogas
nas gestantes expostas. Não foi detectada diferença entre o fluxo sanguíneo
cutâneo de homens e mulheres não gestantes. Um fator a ser considerado é
a vascularização das áreas expostas, uma vez que, quanto mais
vascularizada a região, maior o fluxo sanguíneo no local;
Queimaduras químicas e/ou térmicas – apenas as leves ou moderadas,
já que as severas destroem totalmente o tecido, formando uma crosta de
difícil penetração;
Pilosidade – nas áreas em que existem pelos, a absorção cutânea pode
ser 3,5 a 13 vezes maior do que nas regiões glabras.
Volatilidade e viscosidade;
Grau de ionização;
Tamanho molecular.
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Veículos – podem auxiliar na absorção, mas não promovem a
penetração de substâncias que, normalmente, não seriam absorvidas pela
pele íntegra. Alguns veículos podem, também, absorver o ar de dentro dos
folículos e da mesma maneira aumentar a absorção transfolicular;
Água – a pele tem normalmente 90 g de água por grama de tecido seco.
Isto faz com que a sua permeabilidade seja dez vezes maior do que aquela
do extrato totalmente seco. O contato prolongado com água pode aumentar
a hidratação da pele em três a cinco vezes, o que resultará em um aumento
na permeabilidade cutânea em até três vezes;
Agentes tensoativos – os sabões e detergentes são substâncias
bastante nocivas para a pele. Eles provocam alteração na permeabilidade
cutânea, mesmo quando presentes em pequenas concentrações. Alteram
principalmente a absorção de substâncias hidrossolúveis, devido a
modificações que provocam na estrutura do filamento de queratina. Estes
agentes tensoativos se ligam à queratina e, com isto, provocam a sua
reversão de para hélice;
Solventes orgânicos – estes aumentam a absorção cutânea para
qualquer tipo de droga, pois removem lipídios e lipoproteínas presentes no
extrato córneo, tornando-o poroso e menos seletivo. Os solventes mais
nocivos são aqueles com características hidro e lipossolúveis. Destaca-se,
como um dos mais nocivos, a mistura clorofórmio: metanol (2:1).
Tempo de exposição;
Temperatura do local de trabalho – pode haver um aumento de 1,4 a 3
vezes na velocidade de penetração cutânea de agentes químicos, para cada
10o C de aumento na temperatura.
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TABELA 3 - DIFERENÇAS FISIOLÓGICAS ENTRE HOMENS E MULHERES QUE
PODEM AFETAR A ABSORÇÃO DE AGENTES TÓXICOS PELA PELE
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TABELA 4 - CARACTERÍSTICAS DAS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE DROGAS
Vantagens Desvantagens
Via Oral
Maior segurança, comodidade e Efeitos adversos (náuseas,
economia. vômitos e diarreia por irritação
da mucosa intestinal).
Estabelecimento de esquemas Variação do grau de
terapêuticos fáceis de serem absorção.
cumpridos
Boa absorção intestinal (maior Ação de enzimas digestivas.
área de absorção)
Tipo de formulação
farmacêutica
pH.
Necessidade de cooperação
do paciente.
Efeito de 1a passagem.
Sublingual
Imprópria para substâncias
Absorção rápida de substâncias irritantes, sabor
lipossolúveis. desagradável.
Ausência do metabolismo de
primeira passagem.
Drogas atingem primeiramente o
coração (uso em pacientes
cardíacos).
Via Retal
Administração de medicamentos Absorção irregular ou
em pacientes, inconscientes, ou incompleta irritação da
com náuseas e vômitos. mucosa retal.
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Menor efeito de 1a passagem
Via Intramuscular
Absorção rápida. Dor.
Administração em pacientes Lesões musculares (substâncias
inconscientes ou com náuseas e irritantes ou de pH distante da
vômitos. neutralidade).
Intravenosa
Obtenção rápida de efeitos. Superdosagem relativa com
injeções rápidas.
Administração de grandes volumes.
Aplicação de substâncias irritantes. Risco de embolia, irritação do
endotélio vascular, infecções,
bacterianas ou viróticas,
reações anafiláticas.
Possibilita controle rigoroso de Imprópria p/ solventes oleosos e
doses. substâncias insolúveis.
Via Subcutânea
Absorção adequada e constante Facilidade de sensibilização
para drogas em soluções. do paciente.
Absorção lenta para suspensões. Dor e necrose por
substâncias irritantes.
FIM DO MÓDULO I
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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
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MÓDULO II
3 INFLAMAÇÃO
FIGURA 11 - INFLAMAÇÃO
AN02FREV001/REV 4.0
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A gênese e manutenção dos sinais da inflamação envolvem a liberação de
inúmeros mediadores químicos como as cininas, neuropeptídios e histamina no local
da lesão tecidual, bem como componentes do complemento, citocinas e outros
produtos dos leucócitos e das plaquetas. Entretanto, merece destaque neste
cenário, a ativação da cascata do ácido araquidônico, com a liberação dos
eicosanoides, como as prostaglandinas. Assim, a inflamação aguda refere-se à
resposta inicial à lesão tecidual; é inicialmente mediada pela ativação da cascata do
ácido araquidônico, liberação de autacoides, como as prostaglandinas e, em geral,
precede o desenvolvimento da resposta imune.
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FIGURA 13 - REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DA CASCATA DO ÁCIDO
ARAQUIDÔNICO E A GÊNESE DOS MEDIADORES DA INFLAMAÇÃO
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39
A síntese das prostaglandinas é mediada por uma família de isoenzimas
chamadas ciclo-oxigenases. A COX, enzima chave que catalisa a biossíntese das
prostaglandinas, foi isolada em 1976 e clonada em 1988. Em 1991, foi identificado
um gene que codificava uma segunda isoforma da enzima, então denominada de
ciclo-oxigenase-2. Sabe-se, atualmente, que dois genes expressam duas isoformas
distintas bastante similares da enzima: a ciclo-oxigenase-1 (COX-1) e ciclo-
oxigenase-2 (COX-2). As duas isoformas têm estrutura proteica primária similar e
catalisam essencialmente a mesma reação.
A COX-1 e a COX-2 estão presentes em diversos órgãos e tecidos normais
e estão envolvidas em processos fisiológicos e patológicos. A COX-1 faz parte da
constituição do trato gastrintestinal, sendo associada à produção de muco protetor e
à inibição da secreção gástrica, portanto, drogas que inibem essa enzima causam
diversos distúrbios no trato digestivo. Nas plaquetas, a COX-1 está associada à
síntese do tromboxano A2, substância que favorece a agregação e adesão
plaquetária, portanto, a inibição da COX-1 está associada ao risco de sangramento
cutâneo e gastrintestinal. A COX-2 também está presente em diversos órgãos e
tecidos normais, como cérebro, ossos, rins e endotélio vascular, mas não nas
plaquetas. A síntese da COX-2 está aumentada nos processos inflamatórios, tanto
nas articulações, como no endotélio vascular e tecido renal. Fármacos com ação
seletiva sobre a COX-2 inibem a síntese da prostaglandina I2, que tem ação
vasodilatadora e impede a adesão de leucócitos ao endotélio vascular. A toxicidade
dos AINEs, portanto, depende, entre diversos fatores, da sua ação mais ou menos
seletiva sobre as ciclo-oxigenases 1 e 2. Como ambas as enzimas estão presentes
no trato gastrintestinal e nos rins, todos os AINEs podem causar, em maior ou menor
grau, lesão nesses órgãos. Drogas que inibem predominantemente a COX-1 estão
associadas a maior risco para sangramento, tanto pela inibição na síntese de
tromboxano A2, como pela possibilidade de causarem lesões na mucosa
gastrintestinal. Fármacos com ação seletiva sobre a COX-2 apresentam maior risco
de efeito adverso cardiocirculatório, com hipertensão arterial, arritmia cardíaca e
trombose cerebral.
AN02FREV001/REV 4.0
40
FIGURA 14 - REPRESENTAÇÃO DO PAPEL BIOLÓGICO DA COX-1 E DA COX-2
EM FUNÇÕES FISIOLÓGICAS E NA INFLAMAÇÃO
AN02FREV001/REV 4.0
41
FIGURA 15 - MIGRAÇÃO DE LEUCÓCITOS PARA O FOCO INFLAMATÓRIO
AN02FREV001/REV 4.0
42
4 ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINES)
FIGURA 16 - AINES
AN02FREV001/REV 4.0
43
Contudo, apesar do largo uso desses agentes, o seu mecanismo de ação
somente foi esclarecido em 1971, quando John Vane recebeu o Prêmio Nobel pela
sua descoberta. Ele propôs que os anti-inflamatórios semelhantes à aspirina
suprimem o processo inflamatório pela inibição da ciclo-oxigenase (COX), impedindo
assim a síntese de prostaglandinas. Com a descoberta da COX-2, isoforma induzida
e expressa predominantemente durante o processo inflamatório, uma nova
perspectiva terapêutica emergiu para o desenvolvimento de drogas mais seletivas e
com menores efeitos adversos. O conjunto desses agentes originou uma nova
geração de anti-inflamatórios (inibidores seletivos da COX-2), denominados de
Coxibes. Mais recentemente, novas motivações para o uso clínico e para a pesquisa
foram encontradas com a descrição de uma terceira variante da ciclo-oxigenase
denominada de COX-3.
AN02FREV001/REV 4.0
44
FIGURA 18 - MECANISMO DE AÇÃO DOS ANTI-INFLAMATÓRIOS
NÃO ESTEROIDAIS
AN02FREV001/REV 4.0
45
hipotálamo, das prostaglandinas tipo E, e que estas, por sua vez, podem causar a
elevação do ponto de ajuste da temperatura. Outras evidências indicam que as
prostaglandinas não são os únicos mediadores da febre; os AINEs podem, pois, ter
outro efeito antipirético por mecanismos ainda não conhecidos.
AN02FREV001/REV 4.0
46
FIGURA 19 - SENSIBILIZAÇÃO DE NOCICEPTORES
AN02FREV001/REV 4.0
47
4.3 CLASSIFICAÇÃO DOS AINES
AN02FREV001/REV 4.0
48
Todos os AINEs possuem eficácia anti-inflamatória similar. O AAS é
protótipo do grupo, por ser o mais antigo, menos oneroso e mais bem estudado, é
utilizado como referência nos estudos dos demais compostos do grupo.
Sendo a eficácia similar, a escolha do AINE a ser indicado, deve basear-se
em outros critérios como:
toxicidade relativa;
conveniência para o paciente;
custo;
experiência de emprego.
Embora os efeitos adversos sejam qualitativamente iguais, há diferenças
quantitativas de intensidade e prevalência dos mesmos. Assim, derivados da
pirazolona (Fenilbutazona) são demasiadamente tóxicos para serem usados como
analgésicos ou em processos inflamatórios menores. Em função disso, são
raramente usados em Odontologia. Por outro lado, o Nimesulide parece ser
particularmente útil em pacientes que têm intolerância ao AAS e a outros AINEs. A
conveniência se refere ao número de administrações diárias que variam de um a
quatro, dependendo da meia vida das substâncias, o que influencia a adesão do
paciente ao tratamento. Nessa perspectiva, salienta-se o Piroxicam administrado a
cada 24 horas.
O custo diário com doses médias é bastante variável, devendo ser analisado
antes da prescrição. No Brasil, a diferença de preço entre os AINEs pode ser de dez
vezes, com o AAS, Piroxicam e Ibuprofeno entre os de menor custo.
AN02FREV001/REV 4.0
49
Cataflam®
Diflunisal 13 Dorbid® 500 mg - 2 x ao dia
Fenilbutazona 68 Butazolidina® 100 - 200 mg - 3 x ao dia
AN02FREV001/REV 4.0
50
TABELA 7 - CONTRAINDICAÇÕES AO USO DE AINES
Contraindicações ao uso de AINES
1. Presença de:
Sinais e sintomas de doenças renais, pépticas, cardíacas
ou diabetes;
Hipovolemia, desidratação (> 10% peso corpóreo total);
Hipertensão arterial;
Alterações na coagulação;
Pólipos nasais, angioedema e broncoespasmo.
2. Antecedentes mórbidos:
Reação alérgica aos AINH;
Úlceras e gastrites;
Doença renal;
Insuficiência cardíaca congestiva;
Diabetes.
3. Uso concomitante de medicamentos:
Outros AINES (incluindo baixas doses de AAS);
Fármacos com ação anticoagulante;
Corticosteroides.
4. Doença viral: AAS (Síndrome de Reye)
5. Uso de álcool
AN02FREV001/REV 4.0
51
hipertensão;
reações cutâneas de hipersensibilidade;
asma;
reação anafilática;
agranulocitose, anemia aplástica.
AN02FREV001/REV 4.0
52
FIGURA 21 - REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DOS EFEITOS DOS AINES
SOBRE O SISTEMA RENAL
AN02FREV001/REV 4.0
53
FIGURA 22 - EFEITOS DOSE-DEPENDENTES DOS SALICILATOS
AN02FREV001/REV 4.0
54
TABELA 8 - PRODUTOS COM EVIDÊNCIA DE EFICÁCIA DOS COXIBES COMO
ANALGÉSICOS E/OU ANTI-INFLAMATÓRIO
Princípio ativo Nome comercial Fabricante
Celecoxibe CELEBRA® Pfizer
Etoricoxibe ARCOXIA® Merck Sharp & Dohme
Lumiracoxibe* PREXIGE®* Novartis
Parecoxibe BEXTRA IM/IV® Pfizer
Rofecoxibe* VIOXX® Merck Sharp & Dohme
Valdecoxibe BEXTRA® Pfizer
*Registro cancelado.
FONTE: Arquivo pessoal do autor.
AN02FREV001/REV 4.0
55
São efeitos colaterais dos AINEs inibidores seletivos de COX-2:
lesões gástricas (pouca incidência);
potencialização de problemas gástricos preexistentes;
eventos cardiovasculares tromboembólicos;
hipertensão;
insuficiência renal;
edema periférico;
urticárias;
reações alérgicas;
cefaleia;
redução da reparação óssea;
vasculite alérgica seguida de necrose difusa.
AN02FREV001/REV 4.0
56
de riscos e benefícios de inibidores de COX-2, em particular, de fatores de
risco cardiovascular, gastrintestinal e outros;
Prescritores devem ser alertados que para todos os AINEs, incluindo os
inibidores de COX-2, deve-se usar a menor dose efetiva pelo menor tempo
necessário de tratamento;
Para pacientes cujo tratamento foi substituído por AINEs não seletivos,
deve-se considerar a possível necessidade de tratamentos gastroprotetores;
Está contraindicado o uso de inibidores seletivos de COX-2 em
pacientes sob tratamento com ácido acetilsalicílico como antiagregante
plaquetário;
Monitoramento e notificação de reações adversas observados em
pacientes sob tratamento com inibidores de COX-2.
AN02FREV001/REV 4.0
57
Resumindo:
Todos AINES são inibidores da COX;
Inibidores não seletivos
Inibidores seletivos
Possuem ação analgésica, anti-inflamatória e antipirética;
Diferem quanto à potência e duração do efeito
Seus efeitos colaterais são extensão dos efeitos farmacológicos
Lesão gástrica
Alterações cardiovasculares
AN02FREV001/REV 4.0
58
TABELA 10 - COLETÂNEA DE ALGUMAS DROGAS REPRESENTATIVAS DOS
AINES NO MERCADO FARMACOLÓGICO BRASILEIRO, SUAS POSOLOGIAS E
APRESENTAÇÕES COMERCIAIS
Fármaco Meia- Exemplo Dose Recomendada
Vida Comercial de Antiinflamatório
(horas)
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59
Tenoxican 42-98 Tilatil 10 – 20 mg ao dia
AN02FREV001/REV 4.0
60
5 GLICOCORTICOIDES
AN02FREV001/REV 4.0
61
O córtex adrenal produz vários hormônios potentes, todos derivados
esteroides possuindo o núcleo ciclopentanoperidrofenantreno característico. Estes
hormônios esteroides são agrupados em três classes gerais, cada uma com funções
características:
os glicocorticoides – atuam primariamente no metabolismo das
proteínas, carboidratos e lipídeos;
os mineralocorticoides – atuam primariamente no transporte de
eletrólitos e na distribuição de água nos tecidos;
os androgênios ou estrogênios – atuam primariamente sobre as
características sexuais secundárias em seus órgãos alvos específicos.
No ser humano, o principal glicocorticoide é o cortisol (ou hidrocortisona),
enquanto o mineralocorticoide mais importante é a aldosterona.
AN02FREV001/REV 4.0
62
diminui a formação de PGs, leucotrienos e compostos correlatos, que têm papel
importante na quimiotaxia e na inflamação.
Em termos clínicos, a administração de corticosteroides pelos seus efeitos
anti-inflamatórios é uma terapia paliativa, pois a causa subjacente da doença
permanece e as manifestações anti-inflamatórias são meramente suprimidas. Essa
supressão da inflamação e suas consequências tornaram os corticosteroides
agentes terapêuticos valiosos e, de fato, às vezes, salvadores. Porém, é também
esta propriedade que lhes dá um potencial quase único de desastre terapêutico. Os
sinais e sintomas da inflamação são expressões do processo patológico que indica o
diagnóstico e permite uma avaliação da eficácia do tratamento. Eles podem estar
ausentes em pacientes tratados com glicocorticoides.
AN02FREV001/REV 4.0
63
Os glicocorticoides são utilizados também no tratamento dos sintomas das
reações alérgicas a fármacos, soro e transfusões, da asma brônquica e da rinite
alérgica. Entretanto, estes fármacos não são curativos, um exemplo é o uso do
dipropionato de beclometasona e da triancinolona, que são aplicados topicamente
na mucosa do trato respiratório superior por inalação, reduzindo os efeitos
sistêmicos da doença (HARVEY et al., 1998).
AN02FREV001/REV 4.0
64
5.2 MECANISMO DE AÇÃO DOS GLICOCORTICOIDES
AN02FREV001/REV 4.0
65
quantidade de proteínas) os seus efeitos demoram sempre algumas horas a
manifestar-se. Muitos genes são afetados, entre os mais importantes conhecidos, os
das ciclo-oxigenases são inibidos; os das colagenases, igualmente, aumento da
síntese do mediador anexina-1 com propriedades imunossupressoras, devido a sua
ação nas enzimas fosfolipases A2 (essas enzimas atuam sobre o fosfolipídio
produzindo ácido aracdônico, precursor de mediadores inflamatórios).
AN02FREV001/REV 4.0
66
5.3 EFEITOS ADVERSOS
AN02FREV001/REV 4.0
67
FIGURA 30 - POSSÍVEIS EFEITOS DEVIDO AO USO A LONGO PRAZO
AN02FREV001/REV 4.0
68
FIGURA 30 - OLHOS PODEM SER AFETADOS
FIM DO MÓDULO II
AN02FREV001/REV 4.0
69
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação
CURSO DE
FARMACOLOGIA APLICADA À
ODONTOLOGIA
Aluno:
EaD - Educação a Distância Portal Educação
AN02FREV001/REV 4.0
70
CURSO DE
FARMACOLOGIA APLICADA À
ODONTOLOGIA
MÓDULO III
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do
mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são
dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
AN02FREV001/REV 4.0
71
MÓDULO III
6 CONTROLE DA ANSIEDADE
FIGURA 31 - ANSIEDADE
FONTE: Disponível em
<http://www.enfermagemnm.xpg.com.br/Farmacologia/ansioliticos_e_sedativos_hipnoticos.pdf.>
Acesso em 04.out.2013.
AN02FREV001/REV 4.0
72
De acordo com Malamed (1996), “ir ao dentista” foi considerado o segundo
entre os medos e temores mais frequentes da população. O motivo do medo pode
estar associado a vários fatores, dentre eles: “tratamento doloroso”, “broca”,
ignorância sobre o que irá acontecer, “injeção”, etc. A ansiedade e o medo perante
os procedimentos cirúrgicos e odontológicos podem constituir um obstáculo para a
manutenção da saúde oral, a qual, tornando-se inadequada, pode levar ao
acontecimento de problemas mais graves, tratados em serviços de emergência.
Esse fato significa um problema sério e justifica a abordagem ansiolítica
medicamentosa.
AN02FREV001/REV 4.0
73
FIGURA 33 - MEDO DE IR AO DENTISTA
AN02FREV001/REV 4.0
74
âmbito odontológico, devem ser usados nas sedações de pré-procedimentos clínicos
invasivos e após uma cuidadosa consideração da história clínica, do estado físico e
psicológico do paciente.
O grupo de medicamentos mais indicado na odontologia é dos
benzodiazepínicos. Esses, além do efeito ansiolítico, ainda são extremamente úteis
em outros estados patológicos. Nos casos de epilepsia, atuam como
anticonvulsivantes. Também podem ser utilizados no controle de convulsões
causadas por sobredosagem de anestésicos locais, pré-medicação nas anestesias
gerais, relaxantes musculares, em estados de náuseas ou vômitos.
AN02FREV001/REV 4.0
75
7 BENZODIAZEPÍNICOS
FIGURA 34 - BENZODIAZEPÍNICOS
AN02FREV001/REV 4.0
76
Características farmacocinéticas que permitem efeito ansiolítico sem
apreciável efeito sedativo.
AN02FREV001/REV 4.0
77
FIGURA 35 - MECANISMO DE AÇÃO DOS BENZODIAZEPÍNICOS
AN02FREV001/REV 4.0
78
A administração de benzodiazepínicos, principalmente da maneira pela qual
é conduzida em situação pré-cirúrgica em odontologia, é seguida de raros efeitos
colaterais.
Os efeitos indesejáveis mais comuns são:
sonolência;
sedação excessiva;
perturbação da coordenação motora;
confusão e perda transitória de memória.
Embora para a maioria dos pacientes esses sintomas sejam suaves, estes
devem ser alertados para não se envolverem em tarefas potencialmente perigosas
como, por exemplo, dirigir ou operar máquinas. O paciente também deve ser avisado
para que evite o consumo de bebidas alcoólicas durante o tratamento ansiolítico, pois
os efeitos dos benzodiazepínicos são potencializados com os do álcool, podendo
causar uma depressão ainda mais profunda do sistema nervoso central.
AN02FREV001/REV 4.0
79
7.5 ESCOLHA DOS BENZODIAZEPÍNICOS
AN02FREV001/REV 4.0
80
7.6 PRECAUÇÕES E RESTRIÇÕES
AN02FREV001/REV 4.0
81
TABELA 13 – MEIA-VIDA DOS BDZ USADOS NA PRÁTICA CLÍNICA
AN02FREV001/REV 4.0
82
TABELA 14 - APRESENTAÇÃO E NOMES COMERCIAIS DE ALGUNS
BENZODIAZEPÍNICOS USADOS NA CLÍNICA
Nome Nome comercial Apresentação
Diazepam Ansilive, Calmociteno, Compr. 5 e 10 mg
Diazepan, Dienpax, Kiatrium, Amp. 10 mg
Noan, Somaplus, Valium
Clordiazepóxido Psicosedin Compr. 10 e 25 mg
Amp. 10 mg
AN02FREV001/REV 4.0
83
8 ANSIOLÍTICOS NÃO BENZODIAZEPÍNICOS
AN02FREV001/REV 4.0
84
TABELA 15 - VANTAGENS E DESVANTAGENS
DOS ANSIOLÍTICOS E HIPNÓTICOS
AN02FREV001/REV 4.0
85
9 ANESTÉSICOS LOCAIS
9.1 HISTÓRICO
AN02FREV001/REV 4.0
86
FIGURA 40 - FOLHA DE COCA
AN02FREV001/REV 4.0
87
TABELA 16 - MECANISMO DE AÇÃO DOS ANESTÉSICOS LOCAIS (AL)
AN02FREV001/REV 4.0
88
9.2 ASSOCIAÇÃO DE ANESTÉSICOS LOCAIS A AGENTES VASOCONSTRITORES
AN02FREV001/REV 4.0
89
Questionam-se muito os efeitos sistêmicos dos anestésicos locais
associados a agentes vasoconstritores em pacientes com enfermidades cardíacas
ou hipertensão arterial. Entretanto, inúmeros trabalhos realizados objetivando avaliar
o uso de adrenalina e noradrenalina, contida nos anestésicos locais, em pacientes
com enfermidades cardíacas e hipertensão arterial, demonstraram que essa
associação não é contraindicada a estes pacientes, desde que se tomem cuidados
especiais e não se ultrapassem doses máximas recomendadas. Assim, nesta
perspectiva, McCarty demonstrou que ao administrar 1 ml de anestésico com
adrenalina em injeção infiltrativa vestibular superior, não houve variação da pressão
arterial sistólica e do ritmo cardíaco e observou uma diminuição da pressão
diastólica. Porém, ao administrar uma solução de soro fisiológico no palato,
observou-se aumento da pressão diastólica. Isso ocorreu devido à liberação de
adrenalina endógena, causada pela dor provocada pela injeção palatina de uma
substância não anestésica. Estudos demonstram aumento significante da pressão
arterial sistólica com a utilização de mepivacaína 3% sem adrenalina. Já com a
lidocaína 2% associada à adrenalina, observou-se uma diminuição da pressão
sistólica. Em uma revisão de 30 anos, não foi encontrado nenhum caso fatal
atribuído ao uso de adrenalina em anestesia odontológica. Segundo uma
reportagem conjunta da American Heart Association e American Dental Association,
os vasoconstritores não são contraindicados a pacientes com enfermidade cardíaca
diagnosticada e controlada. É recomendado o uso de sedativos a estes pacientes e
promover aspiração da seringa antes da injeção.
Quanto à dose, complicações graves em pacientes normais ocorrem em
doses acima de 0,5 mg de adrenalina (50 ml da solução 1:100.000).
Fatalidades ocorrem com doses acima de 4 mg (400 ml da solução
1:100.000).
Em um relatório de uma comissão especial da New York Heart
Association, é recomendado que em cada sessão não se utilize mais que 0,2 mg
de adrenalina nos pacientes com problemas cardíacos. Essa quantidade está
presente em 20 ml da solução de concentração 1:100.000 e em 10 ml da solução
1:50.000. Levando-se em conta que em Odontologia não são necessários mais
do que 1 ml ou 2 ml de anestésico para os procedimentos de rotina, contamos
com uma boa margem de segurança.
AN02FREV001/REV 4.0
90
Entretanto, existem autores que consideram que as doses dos
vasoconstritores devem ser menores que aquelas preconizadas pela New York
Heart Association. Nesse caso, a dose máxima para os portadores de enfermidades
cardíacas é de 0,04 mg de adrenalina (4 ml da solução 1:100.000) e 0,14 mg de
noradrenalina (7 ml da solução 1:50.000). Os hipertensos moderados podem ser
tratados como pacientes normais em todos os aspectos. Já na hipertensão maligna,
a dose máxima de adrenalina deve ser de 0,1 mg (10 ml da solução 1:100.000).
AN02FREV001/REV 4.0
91
9.3 POSOLOGIA DOS ANESTÉSICOS LOCAIS
AN02FREV001/REV 4.0
92
TABELA 18 - DOSES MÁXIMAS DOS ANESTÉSICOS LOCAIS
USADOS EM ODONTOLOGIA
AN02FREV001/REV 4.0
93
tubetes, ou seja, a dose total de ambos os anestésicos locais não deve exceder a
menor das doses máximas dos sais empregados.
As doses máximas são recomendadas em função da toxicidade dos
anestésicos sobre o sistema nervoso central (SNC) e em doses maiores sobre o
sistema cardiovascular (SCV). Os sinais de superdosagem podem aparecer
inicialmente como parestesia da região perioral (independente da técnica utilizada),
tremor, fala “arrastada” (como se estivesse alcoolizado), podendo evoluir para a
convulsão. Em seguida a essas reações de estimulação (que ocorrem por inibição dos
neurônios reguladores), segue uma fase de depressão, podendo ocasionar depressão
respiratória. O sistema cardiovascular (SCV) pode ser afetado com vasodilatação
periférica e diminuição da excitabilidade elétrica do coração, da velocidade de
condução e da força de contração, podendo resultar em parada cardíaca.
AN02FREV001/REV 4.0
94
Quanto maior for a lipofilia e o pKa, maior é a tendência para o anestésico se
concentrar dentro do meio interno. Quanto mais lipofílico, melhor penetração, mais
potência e menor tempo de latência.
Se os metabólitos dos anestésicos forem ácidos fracos (pKa < 7) serão
facilmente eliminados pelo rim => menor toxicidade, menor duração e menor
latência.
9.4.2 Efeito do pH
Coloca-se o anestésico num meio com duas fases: aquosa e lipofílica; agita-
se e mede-se a quantidade dissolvida. Este coeficiente vai nos informar sobre a
maior ou menor, lipofilia do anestésico. Quanto maior for a lipofilia, mais curto será o
período de latência (tempo decorrido entre administração e efeito).
9.4.4 Potência
AN02FREV001/REV 4.0
95
Quanto maior for a ligação às proteínas plasmáticas, menor será a potência
e menor a sua toxicidade.
Quanto maior for a lipofilia (coeficiente de partição), maior será a potência
(melhor penetração).
Quanto maior a fração não ionizada, maior é a facilidade de penetração =>
maior potência (menor latência).
AN02FREV001/REV 4.0
96
éster – AL é metabolizado pela colinesterase plasmática, drogas com
meia-vida curta. Por exemplo, procaína, ametocaína;
amida – metabolismo hepático, metabólitos ativos, drogas com meia-vida
mais longa.
Cadeia lateral – é a porção do AL que penetra na fibra nervosa produzindo o
bloqueio
1. Anel
aromático 3. Cadeia carbônica
O ésteres:
incluem cocaína, procaína, tetracaína e cloroprocaína;
são hidrolisados no plasma pela pseudocolinesterase;
um dos subprodutos do metabolismo é o ácido para-aminobenzoico
(PABA), que pode comumente causar reações alérgicas;
interação com antibióticos (sulfas).
AN02FREV001/REV 4.0
97
FIGURA 44 - BENZOCAÍNA
As amidas:
incluem lidocaína, mepivicaína, prilocaína, bupivacaína e
etidocaína;
são metabolizados no fígado, gerando compostos inativos;
reações alérgicas são raras (especialmente com a lidocaína).
AN02FREV001/REV 4.0
98
TABELA 20 - CLASSIFICAÇÃO DOS ANESTÉSICOS LOCAIS DE ACORDO
COM A ESTRUTURA QUÍMICA
Cocaína
Benzocaína
Tetracaína
ÉSTERES
Procaína
Cloroprocaína
Propoxicaína
Lidocaína
Mepivacaína
Bupivacaína
AMIDAS Ropivacaína
Etidocaína
Prilocaína
Articaína
FONTE: Arquivo pessoal do autor.
AN02FREV001/REV 4.0
99
FONTE: Disponível em http://www3.atarde.com.br/especiais/emergencias/hp/infarto.htm Acesso em
04.out.2013.
AN02FREV001/REV 4.0
100
absorção inesperadamente rápida;
injeção intravascular inadvertida;
queda de metabolização.
9.6.2 Lipossolubilidade
9.6.4 Idade
AN02FREV001/REV 4.0
101
metabolização e excreção está naturalmente diminuída. Idosos são mais susceptíveis
a certas doenças e condições que também exigem uso mais criterioso dos AL.
Recém-nascidos têm fígado imaturo e acumulam essas drogas mais
facilmente. Entretanto, a imaturidade do SNC e do sistema cardiovascular poderia
proteger a população mais jovem contra a intoxicação por AL. Entretanto, autores
sugerem que crianças jovens teriam um limiar para intoxicação por bupivacaína
maior do que adultos.
9.6.5 Gravidez
AN02FREV001/REV 4.0
102
desenvolverem quadros neurológicos do que populações não grávidas, entretanto,
isso não parece ser verdade quanto a efeitos cardiovasculares.
AN02FREV001/REV 4.0
103
9.6.8 Medicamentos
AN02FREV001/REV 4.0
104
séricos elevados, consequentemente altas concentrações no SNC e no coração. Não
há tempo para que a metabolização (hepática ou plasmática) reduza o risco de
intoxicação. Outros sítios muito vascularizados também trazem maior risco de
intoxicação, como, por exemplo, as mucosas, região sublingual e a via intercostal.
Portanto, recomenda-se muito cuidado quando anestesiamos estas áreas.
9.6.11 Meta-hemoglobinemia
AN02FREV001/REV 4.0
105
administração endovenosa de azul de metileno, na esperança de deslocar a
ortotoluidina da molécula de hemoglobina.
A condição ganha importância com o uso de EMLA em pediatria. A mistura,
que traz a prilocaína em sua fórmula, pode causar meta-hemoglobina, caso não se
respeite as doses recomendadas.
AN02FREV001/REV 4.0
106
TABELA 22 - POTÊNCIA RELATIVA – TOXICIDADE SNC
Bupivacaína 4
L-Bupivacaína 2,9
Lidocaína 1,0
Ropivacaína 2,9
AN02FREV001/REV 4.0
107
anestésicos locais é virtualmente irreversível. Numerosos casos de colapsos
cardiovasculares anestésico-induzidos foram relatados em seres humanos. A
maioria destes achados ocorre com AL potentes, altamente lipossolúveis e com
ligação proteica alta (ver acima).
A bupivacaína, a etidocaína, e a tetracaína produziram efeitos depressores
maiores em concentrações mais baixas do que lidocaína, mepivacaína ou prilocaína.
Além disso, a bupivacaína é mais arritmogênica do que a lidocaína. A bupivacaína
bloqueia o nó sinoatrial (SA); prolonga o intervalo PR e induz um tipo mais reentrante
de arritmia. Isto é devido ao fato de que a bupivacaína está ligada mais fortemente ao
sítio do receptor dentro dos canais de sódio (fast in, slow out) do que a lidocaína (fast
in, fast out); especialmente quando observamos o músculo cardíaco.
Alguns experimentos mostram que a neurotoxicidade central dos
anestésicos locais aumenta o tônus simpático sobre o coração, o que poderia ser a
principal causa de arritmias cardíacas no indivíduo acordado e intoxicado por
anestésicos locais.
Pesquisadores estudaram a toxicidade cardiovascular relativa de
anestésicos locais em cães e mostraram que a letalidade tinha correlação direta com
as potências relativas das drogas. Demonstraram que a bupivacaína produziu o
maior grau de hipotensão e colapso cardiovascular com dose letal mais baixa,
seguido pela tetracaína e pela etidocaína. Lidocaína foi a mais segura, considerada
a menos provável de induzir efeitos inotrópicos e cronotrópicos negativos.
Ao contrário dos efeitos inotrópicos, o mecanismo exato da ação
cronotrópica negativa é desconhecido. Especula-se, entretanto, que a diminuição na
contratilidade miocárdica pode ser devido ao bloqueio dos canais de sódio ou à
liberação aumentada do cálcio. De La Coussaye e colegas relataram que o efeito
inotrópico negativo maior da bupivacaína está relacionado à quantidade da droga
que se liga ao miocárdio. A lipossolubilidade menor da lidocaína impede uma
concentração intracelular mais elevada da medicação e diminui desse modo, seu
potencial inotrópico negativo.
A ropivacaína é mais segura do ponto de vista cardiovascular do que a
bupivacaína e também menos potente. Provoca alterações hemodinâmicas similares
às causadas pela bupivacaína, mas altera menos a condução do impulso nervoso no
coração (QRS e Ventrículo). Entretanto, há relatos de paradas cardiorrespiratórias
AN02FREV001/REV 4.0
108
provocadas por este AL na literatura, com evolução melhor do que as causadas com
bupivacaína.
AN02FREV001/REV 4.0
109
6) o controle farmacológico das convulsões pode ser obtido com
benzodiazepínicos por via venosa, particularmente com o diazepam (5 a 10
mg) ou com o midazolan (5 mg a 15 mg). Lembre-se sempre que estas
medicações podem contribuir também para que o paciente entre em parada
respiratória. Assim, você deve estar preparado para ventilá-lo artificialmente.
Em quadros mais graves (quando ocorrem parada respiratória, arritmias
cardíacas, assistolia ou fibrilação ventricular), devem considerar os esquemas
usualmente adotados em suporte básico e avançado de vida, protocolados por
entidades como a American Heart Association.
Algumas observações, entretanto, devem ser feitas:
a resposta cardiovascular à toxicidade dos AL é extremamente
complicada. As manifestações clínicas variam de simples hipotensão até
dissociação eletromecânica, fibrilação ventricular e assistolia;
ao tratarmos a hipotensão, o posicionamento adequado do paciente
pode ser suficiente. Se tratamento adicional for necessário, vasopressores
devem ser administrados. A fenilefrina ou a efedrina devem ser
consideradas antes da adrenalina (adrenalina) porque esta última parece
induzir arritmias e convulsões em doses séricas mais baixas de bupivacaína.
Por causa de seus efeitos cardíacos imediatos e diretos, a adrenalina
sensibiliza o coração a arritmias, ao passo que a fenilefrina ou a efedrina o
faz em grau muito menor;
a hidratação venosa liberal com soro fisiológico 0,9% pode ser adequada
nestes casos;
a bradicardia é vista também na intoxicação por anestésicos locais. Uma
frequência cardíaca abaixo de 40 batimentos por minuto geralmente indica a
necessidade de intervenção farmacológica. De novo devemos considerar
alternativas antes de administrar adrenalina. Assim, drogas anticolinérgicas
como a atropina ou o glicopirrolato devem primeiramente ser administradas,
nas doses iniciais de 0,5 a 1,0 mg e 0,2 a 0,4 mg, respectivamente, para
paciente adultos. Em se tratando de anestesia espinal, o predomínio vagal
não deve ser desprezado. Ajustes na pré-carga e uso anticolinérgicos são
importantes para evitar hipotensão e bradicardia, associadas a níveis séricos
elevados de anestésicos locais ou simplesmente a bloqueios altos.
AN02FREV001/REV 4.0
110
Entretanto, se o paciente não responder a estas medidas, o uso da
adrenalina não deve ser retardado. A prioridade é evitar a assistolia,
condição de prognóstico sombrio, como já dito anteriormente;
o tratamento das arritmias induzidas por overdose de anestésicos locais
é difícil, desde que os anestésicos locais sejam também antiarrítmicos. A
amiodarona, o cloreto de cálcio, e o sulfato do magnésio podem ser
alternativas razoáveis. Finalmente, a cardioversão ou a desfibrilação podem
ser necessárias e você deve estar preparado para realizá-la.
AN02FREV001/REV 4.0
111
FIM DO MÓDULO III
AN02FREV001/REV 4.0
112
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação
CURSO DE
FARMACOLOGIA APLICADA À
ODONTOLOGIA
Aluno:
EaD - Educação a Distância Portal Educação
AN02FREV001/REV 4.0
113
CURSO DE
FARMACOLOGIA APLICADA À
ODONTOLOGIA
MÓDULO IV
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do
mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são
dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
AN02FREV001/REV 4.0
114
MÓDULO IV
10 ANALGÉSICOS
FIGURA 47 - DOR
AN02FREV001/REV 4.0
115
11 A DOR DENTÁRIA AGUDA
AN02FREV001/REV 4.0
116
A dor dentária aguda pode ser classificada como leve, moderada ou grave.
Para avaliar o grau de dor que pode ser apresentado após um procedimento, os
dentistas contam com o seu conhecimento sobre o procedimento a ser realizado,
bem como com o relato de dor e desconforto do próprio paciente (a autoavaliação da
dor pelo paciente é considerada o indicador mais preciso e confiável da existência e
intensidade da dor e do sofrimento).
Os pacientes que apresentam dor dentária podem manifestar sinais de dor,
tais como ansiedade, angústia, diminuição da capacidade funcional; mas muitos não
os manifestam. Além disso, os pacientes algumas vezes apresentam dor significativa
na ausência de qualquer patologia observável, tal como vermelhidão ou edema. O
nível de dor apresentado após procedimentos específicos pode variar
consideravelmente de um paciente para outro, o que complica a seleção do
tratamento analgésico.
AN02FREV001/REV 4.0
117
Os AINEs são mais eficazes no tratamento da dor após procedimento
quando administrados imediatamente antes ou imediatamente após a realização
deste procedimento; isso previne a síntese de prostaglandinas associada a trauma
tecidual. O uso tardio de AINEs propicia analgesia e inibe a subsequente formação
de prostaglandinas, mas não influencia os efeitos das prostaglandinas que já se
formaram. Além disso, uma vez que os AINEs convencionais inibem as plaquetas
por meio da inibição da COX-1 (a única forma de COX contida nas plaquetas), há
muito tempo existem preocupações sobre o seu potencial de causar sangramento
excessivo durante a cirurgia. Os coxibs não afetam a função plaquetária e, portanto,
constituem uma opção razoável para a analgesia perioperatória.
É importante observar que as respostas dos pacientes aos AINEs
específicos variam. A ausência de resposta a um determinado AINE não impede o
uso bem-sucedido de outro.
A dor dentária leve a moderada pode ser tratada com os AINEs
convencionais (incluindo a aspirina), os coxibs ou o acetaminofeno (paracetamol).
Os AINEs convencionais administrados isoladamente podem proporcionar alívio
adequado da dor cuja intensidade seja leve a moderada, como aquela associada
aos procedimentos odontológicos. A dor que não responde aos AINEs
convencionais ou aos coxibs isoladamente deve ser tratada com uma combinação
de um AINE convencional, coxib ou acetaminofeno (paracetamol) com um
analgésico opioide, tal como a codeína. Mesmo quando são insuficientes
isoladamente para controlar a dor, os AINEs convencionais e os coxibs podem
reduzir a dose de opioide necessária para alcançar alívio. A dor intensa ou
persistente pode ser tratada com uma combinação de um AINE convencional ou um
coxib e um opioide mais potente, tal como a morfina.
Ao selecionar um esquema analgésico, os dentistas estimam o grau de dor
esperado após um procedimento específico e consideram suas experiências clínicas
anteriores; entretanto, é importante avaliar a eficácia do esquema prescrito, uma vez
que as respostas dos pacientes variam. As experiências e as respostas prévias do
paciente ao tratamento analgésico podem também constituir uma grande ajuda para
a seleção de medicações específicas.
Em geral, a administração de analgésicos antes da cirurgia odontológica
deve ser feita em esquema regular, pelo menos inicialmente, pois assim podem ser
AN02FREV001/REV 4.0
118
alcançadas concentrações plasmáticas mais estáveis do agente, com menos
exacerbação da dor. Uma vez estabelecida a dor, os receptores e as vias de dor
podem ficar sensibilizados e a dor pode evoluir. A prevenção da dor pode ser
alcançada frequentemente com doses mais baixas da medicação do que as
requeridas para o alívio da dor. Posteriormente, no transcorrer do tratamento, à
medida que a necessidade de analgesia declina, as medicações podem ser
administradas de acordo com a necessidade.
13 DIPIRONA
AN02FREV001/REV 4.0
119
caso de agranulocitose não medicamentosa. (JOSEPH, M.; J. ABDOM SURG p. 57-
60, 1959). Em 1932, Madison e Squier estabeleceram, pela primeira vez, a relação
entre o uso da aminopirina e agranulocitose. O primeiro caso de agranulocitose,
possivelmente relacionado à Dipirona, ocorreu em 1935. Entre 1934 e 1937, ocorreu
principalmente nos Estados Unidos, uma crescente atenção para tal possibilidade
adversa. Assim, em 1937, a antipirina, que tinha mostrado um perfil bastante
adverso no que concerne à incidência de casos de agranulocitose e anemia
aplástica, foi retirada do mercado pelo Food and Drug Administration. A aminopirina,
por sua vez, dado o seu parentesco com a antipirina, foi colocada no Schedule IV do
Pharmacy and Poisons Act, de 1938, restringindo o seu uso para “sob prescrição
médica”. Assim, a Dipirona passou a ser olhada com desconfiança, dado o seu
parentesco com drogas dotadas de um elevado potencial de indução de reações
adversas graves, em especial, a antipirina.
A Dipirona é, em verdade, o principal analgésico da terapêutica brasileira,
com 31,8% do mercado, sendo o paracetamol, com 29,7%, em segundo e a
aspirina, com 27,1%, em terceiro (GAZETA MERCANTIL, 2001). Existem, no País,
125 produtos a base de Dipirona, sendo 71 em associação a outras substâncias.
Mais de 80% das vendas são sem prescrição médica. Em 1999, o consumo
brasileiro foi de 190,54 toneladas de Dipirona. Se ministrássemos a dose de 1
grama/dia por 14 dias, teríamos uma população exposta à Dipirona de 13.575.321
pacientes. Extrapolando os dados de incidência de agranulocitose de alguns
estudos, teríamos, no Brasil, um potencial de desenvolvimento da agranulocitose em
105.887 pacientes! Um número absolutamente impensável.
A ANVISA realizou, nos dias 3 e 4 de julho de 2001, o “Painel Internacional
de Avaliação da Segurança da Dipirona”, contando com a participação de
renomados cientistas nacionais e estrangeiros, além de ouvintes representando
diversas instituições, inclusive o Ministério Público. O objetivo deste painel foi a
promoção de amplo esclarecimento sobre os aspectos de segurança da Dipirona,
frequentemente questionados por diversos segmentos médicos-científicos e
representantes de setores envolvidos com a defesa do consumidor.
Após intensos debates, os grupos de trabalho manifestaram-se por meio de
relatórios parciais, que de forma consolidada refletiram os seguintes pontos de vista,
aprovados por maioria absoluta (19 votos a favor e 4 contra):
AN02FREV001/REV 4.0
120
há consenso de que a eficácia da Dipirona como analgésico e
antitérmico é inquestionável;
há consenso que os riscos atribuídos à sua utilização em nossa
população até esta data são baixos, e que os dados científicos disponíveis
apontando a ocorrência destes riscos não são suficientes para indicar uma
alteração do status regulatório (venda sem prescrição);
os dados apresentados neste painel permitem aos participantes
concluírem que os riscos da Dipirona são similares, ou menores, que o de
outros analgésico-antitérmicos disponíveis no mercado;
a mudança de regulamentação atual da Dipirona incorreria em aspectos
negativos para a população, aumentando os riscos de utilização de outros
fármacos indicados para a mesma finalidade terapêutica.
Se necessário, a Dipirona pode ser dada até quatro vezes ao dia, não
excedendo a dose diária de 6 ml para adultos e acima de 15 anos. Doses
AN02FREV001/REV 4.0
121
maiores, somente a critério médico. Aplicar a injeção endovenosa lentamente,
1 ml/minuto.
13.1 PRECAUÇÕES
AN02FREV001/REV 4.0
122
pacientes com distúrbios hematopoiéticos;
em casos de amigdalite ou qualquer outra afecção da bucofaringeana
deve merecer cuidado redobrado, pois esta afecção preexistente pode
mascarar os primeiros sintomas de agranulocitose (angina agranulocítica);
pacientes com intolerância conhecida aos derivados pirazolônicos
(antipirina, aminopirina e Dipirona) ou pacientes com discrasias sanguíneas;
é contraindicada no primeiro trimestre da gestação, na porfiria hepática e
deficiência congênita de glicose 6-fosfato desidrogenase;
a Dipirona não deve ser administrada em altas doses ou por períodos
prolongados, sem controle médico.
Nos tratamentos prolongados, aconselha-se o controle dos pacientes por
meio de hemograma completo, porque a Dipirona pode produzir neutropenia e
agranulocitose.
A Dipirona possui algumas reações adversas:
a Dipirona pode provocar, em pacientes sensíveis, reações de
hipersensibilidade, com manifestações cutâneas do tipo alérgicas;
a reação de hipersensibilidade de maior importância, embora rara, é a
ocorrência da forma alérgica da granulocitopenia ou agranulocitose;
se durante o uso de Dipirona surgirem manifestações cutâneas ou nas
mucosas, principalmente na boca ou garganta, o tratamento deve ser
imediatamente suspenso e o médico deve ser consultado;
pacientes com hipersensibilidade a outras drogas ou substâncias podem
constituir um grupo de maior risco e apresentar efeitos colaterais mais
intensos, até mesmo choque;
quando isto ocorrer deve-se suspender imediatamente o tratamento e
tomar as providências médicas adequadas – colocar o paciente deitado com
as pernas elevadas e as vias aéreas livres. Diluir 1 ml de Adrenalina 1:1000
em 10 ml de água para injeção e aplicar 1 ml desta diluição por via
endovenosa e, a seguir, uma dose alta de glicocorticoide. Pode ocorrer
hipotensão em caso de aplicação intravenosa muito rápida. É possível
ocorrer dor e ou reações no local da injeção.
AN02FREV001/REV 4.0
123
FIGURA 50 - DOR DE DENTE
14 PARACETAMOL
14.1 TOXICIDADE
AN02FREV001/REV 4.0
124
pele, de sudorese e da perda de calor. A ação ao nível central provavelmente está
relacionada com a inibição da síntese de prostaglandinas no hipotálamo.
14.2 FARMACOCINÉTICA
AN02FREV001/REV 4.0
125
14.3 INDICAÇÕES
AN02FREV001/REV 4.0
126
14.4 CONTRAINDICAÇÕES E PRECAUÇÕES
FIGURA 53 - CONTRAINDICAÇÕES
FONTE: Disponível em < http://www.humencanonline.sk/sk/obcianska-inzercia/ > acesso em 04. Out.
2013.
AN02FREV001/REV 4.0
127
Pacientes diabéticos: deve haver cautela na interpretação dos resultados
laboratoriais de glicemia, pois o uso de paracetamol interfere com alguns testes
laboratoriais para determinação da glicose, gerando valores falsamente diminuídos.
Outras situações: a relação risco/benefício da terapêutica com paracetamol
deve ser avaliada nas seguintes situações clínicas:
alcoolismo;
enfermidade hepática;
hepatite viral (aumenta o risco de hepatotoxicidade);
disfunção renal severa (o uso prolongado de doses elevadas pode
aumentar o risco de aparecimento de efeitos renais adversos).
FONTE: Disponível em < http://www.clker.com/clipart-martini-glass-cutout.html > Acesso em
04.out.2013.
AN02FREV001/REV 4.0
128
elevadas do paracetamol pode aumentar nos pacientes que se utilizam dessas
substâncias.
Anticoagulantes derivados da cumarina ou da indandiona: a administração
simultânea crônica de doses elevadas de paracetamol pode aumentar o efeito do
anticoagulante, possivelmente devido à diminuição da síntese hepática dos fatores
que favorecem a coagulação.
Analgésicos anti-inflamatórios não esteroides, ácido acetilsalicílico ou outros
salicilatos: não se recomenda o uso prolongado e simultâneo do paracetamol com
salicilatos, uma vez que estudos recentes demonstraram que a administração
crônica de doses elevadas de ambos analgésicos (1,35 gramas ao dia, ou ingestão
cumulativa de 1 kg anualmente, por três anos ou mais) aumenta significativamente o
risco de aparecimento de nefropatia, necrose papilar renal, enfermidade renal
terminal e câncer de rim ou de bexiga produzidos por analgésicos. Também se
recomenda que a dose combinada de paracetamol e salicilato quando utilizada em
curto período de tempo, não exceda a dose recomendada para o paracetamol ou
para o salicilato quando administrados separadamente. O uso simultâneo e
prolongado de paracetamol com outros analgésicos anti-inflamatórios não esteroides
pode aumentar o risco de se produzir efeitos renais deletérios.
AN02FREV001/REV 4.0
129
O paracetamol pode provocar reações adversas nos diferentes sistemas
orgânicos, porém a mais temida reação é a hepatotoxicidade. Embora de incidência
extremamente rara, há relatos de êxito letal, devido a fenômenos hepatotóxicos
provocados pelo paracetamol.
Pode ocorrer reação de hipersensibilidade, sendo descritos casos de
erupções cutâneas, urticária, eritema pigmentar fixo, bronco espasmo, angioedema
e choque anafilático.
FONTE: Disponível em < http://gbcimages.avidimages.net/library/view/stock_image/3560 > Acesso
em 04.out.2013
AN02FREV001/REV 4.0
130
TABELA 26 - POSOLOGIA
Adultos e crianças acima 1 comprimido (750mg) 3 a Não exceder o total de 5
de 12 anos 4 vezes ao dia comprimidos revestidos
num intervalo de 24 horas.
FONTE: Criação própria do autor.
14.6 SUPERDOSAGEM
FONTE: Disponível em < http://www.canstockphoto.com/images-photos/ambulance.html > Acesso em
04 out. 2013.
AN02FREV001/REV 4.0
131
O estômago deve ser imediatamente esvaziado, seja por lavagem gástrica
ou por indução ao vômito com xarope de ipeca. Deve-se providenciar nos centros
com metodologia e aparelhagem adequadas, a determinação dos níveis plasmáticos
de paracetamol. As provas de função hepática devem ser realizadas inicialmente e
repetidas a cada 24 horas até normalização.
Independentemente da dose maciça de paracetamol referida, deve-se
administrar imediatamente o antídoto considerado eficaz, a N-acetilcisteína a 20%,
desde que não tenha decorrido mais de 16 horas da ingestão. A N-acetilcisteína
deve ser administrada por via oral, na dose de ataque de 140mg/kg de peso,
seguida a cada quatro horas por uma dose de manutenção de 70 mg/kg de peso,
até um máximo de 17 doses, conforme a evolução do caso. A N-acetilcisteína a 20%
deve ser administrada após diluição a 5% em água, suco ou refrigerante, preparada
no momento da administração. Além da administração da N-acetilcisteína, o
paciente deve ser acompanhado com medidas gerais de suporte, incluindo
manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico, correção de hipoglicemia, administração
de vitamina K, quando necessário e outras. Após a recuperação do paciente, não
permanecem sequelas hepáticas, anatômicas ou funcionais.
15 ANALGÉSICOS OPIOIDES
AN02FREV001/REV 4.0
132
O ópio, substância original desse grupo farmacológico, é extraído da
papoula, nome popular do Papaver somniferum, uma das muitas espécies da família
das Papaveráceas, que se caracteriza por apresentar folhas solitárias e frutos
capsulados. O Papaver somniferum provavelmente evoluiu de uma espécie silvestre
nativa da Ásia Menor, ou de uma espécie denominada Papaver setegirum, que
crescia nas terras em torno do Mediterrâneo. Das várias espécies de papoula
conhecidas, somente o Papaver somniferum e o Papaver bracteatum produzem ópio
em quantidade significativa. Contudo, esta última é destituída de expressão
comercial. O conhecimento do ópio remonta talvez à pré-história ou, pelo menos,
aos períodos históricos muito distantes.
AN02FREV001/REV 4.0
133
FIGURA 58 - PAPAVER SOMNIFERUM (PAPOULA)
AN02FREV001/REV 4.0
134
TABELA 28 - EFEITOS FUNCIONAIS ASSOCIADOS COM OS PRINCIPAIS TIPOS
DE RECEPTORES OPIOIDES
AN02FREV001/REV 4.0
135
Euforia e disforia: são necessárias maiores doses do que para causar
analgesia. Em pacientes com dores crônicas não ocorre em geral este efeito. Consiste
num sentimento de flutuar agradável e de bem-estar. A euforia pode degenerar ou ser
substituída por disforia, um estado de ansiedade desagradável e mal-estar.
Depressão respiratória: os opioides diminuem a atividade do centro neuronal
que controla o ritmo e intensidade da respiração. Em altas doses a respiração pode
cessar por completo (mais comum causa de morte na overdose).
Sedação: produzem estados de sonolência e confusão mental sem amnésia.
Miose: consiste na contração da pupila do olho. Ao contrário de muitos
outros fármacos sedativos que produzem midríase (dilatação da pupila), os opioides
levam à miose, um importante sinal na identificação de overdoses de opioides.
Supressão da tosse: pequenas doses de opioides, ou formas fracas chegam
para produzir este efeito supressor, que é devido à depressão do centro neuronal da
tosse, no cérebro.
Náuseas: podem produzir náuseas e vômitos se ativarem os centros
quimiorreceptores do cérebro.
AN02FREV001/REV 4.0
136
Dores crônicas: os opioides são a primeira escolha no tratamento da dor
crônica pós-operativa, no cancro e outras situações. É frequente ser dado ao
paciente o controle de uma bomba, ativada por um botão, que injeta opioides de
acordo com o seu desejo. Existe geralmente um mecanismo que previne a injeção
de doses elevadas (que podem provocar danos graves), mas na grande maioria dos
casos, o controle pelo doente reduz a ansiedade e as doses acabam até por ser
mais baixas. Nos doentes com dores não existe efeito eufórico, mas há efeito
sedativo, portanto, o paciente limita-se a carregar no botão quando sente dores, mas
de forma a evitar o efeito de sonolência. O mais usado é a morfina.
Dores agudas fortes: em trauma, dor de cabeça (cefaleia), ou no parto. Não
se devem usar nas cólicas biliares (litíase biliar ou pedra na vesícula) porque
provocam espasmos que podem aumentar ainda mais a dor. Se a dor é de origem
inflamatória são preferíveis os anti-inflamatórios não esteroides, ou opioides fracos
como o tramadol, que também são analgésicos eficazes nessas situações.
Anestesia: como são sedativos são por vezes usados na preparação antes
da inalação de anestésicos gasosos mais potentes.
Supressão da tosse: alguns opioides fracos como a codeína, são por vezes
incluídos em preparações antitussígenas. Há risco de acumulação das secreções
com infecção.
Dispneia aguda, principalmente de causa cardíaca: os opioides,
particularmente a morfina, são eficazes contra esta condição de emergência. Julga-se
que o efeito é devido à redução da ansiedade com regularização da respiração e
menor esforço cardíaco.
Diarreia: como produzem redução da motilidade intestinal, são eficazes
contra a diarreia. Não devem ser usados na diarreia devido a infecções.
AN02FREV001/REV 4.0
137
TABELA 29 - MANEJO DA DOR
AN02FREV001/REV 4.0
138
O opioide de abuso mais utilizado hoje é a heroína, um derivado da morfina
com praticamente os mesmo efeitos, mas com maior solubilidade aquosa (o que
facilita o seu consumo). É consumida pela injeção intravenosa com agulha. Esta
forma de consumo leva a uma rápida subida das concentrações sanguíneas, e
resulta numa ação inicial muito mais forte de satisfação intensa, seguida de um
plateau de ação mais moderada e cada vez mais fraca.
A tolerância dos opioides leva o consumidor recreativo a consumir doses
cada vez maiores. Estas provocam alterações bioquímicas temporárias ou
permanentes no cérebro. Julga-se que a produção ou sensibilidade às endorfinas e
encefalinas, opioides naturais no ser humano, é reduzida, e o indivíduo passa a
necessitar de doses de opioides exógenos cada vez maiores apenas para se sentir
normal. Quase todos os efeitos do opioide manifestam tolerância, logo, um
consumidor de altas doses injeta quantidades de heroína que seriam mortais para
um não consumidor devido à paragem respiratória. O consumo de heroína leva à
dependência física e psicológica.
A dependência física é um desenvolvimento inevitável e universal no
consumidor de heroína. É fisiologicamente impossível de evitar com o consumo
regular. A cessação do consumo leva à síndrome de abstinência: Caracterizam-se
por tremores, ereção dos pelos ("pele de galinha"), suores abundantes, respiração
rápida, temperatura elevada, ansiedade, hostilidade, vômitos e diarreia. Um sinal
importante é a midríase (dilatação da pupila do olho). Estes sinais só desaparecem
com a administração de um opioide, geralmente de forma instantânea. É apenas
possível para o consumidor crônico parar de consumir opioides evitando a
dependência física se houver consumo cada vez de doses apenas um pouco
menores do fármaco, sem nunca aumentar a quantidade.
A dependência psicológica é subjetiva e é devido à memória do prazer
sentido em administrações passadas, e caracteriza-se por um desejo forte, por
vezes violento, de consumir a droga.
AN02FREV001/REV 4.0
139
FIGURA 59 - CLASSIFICAÇÃO DOS OPIOIDES
AN02FREV001/REV 4.0
140
São fármacos que têm efeitos de bloquear os receptores opioides,
impedindo opioides endógenos ou administrados de atuar.
Naloxona: usada em casos de overdose para evitar depressão respiratória
fatal. Usada também para verificar dependência de opioides.
FIGURA 60 - NALOXONA
AN02FREV001/REV 4.0
141
FIGURA 61 - EFEITOS ADVERSOS DOS OPIOIDES
15.1.6.1 Prurido
AN02FREV001/REV 4.0
142
15.1.6.2 Retenção urinária
De incidência muito variável, pode estar por volta de 70% a 80%; a exata
incidência, do ponto de vista clínico, pode ser dificultada devido aos pacientes
submetidos a grandes procedimentos serem sondados de rotina. É mais observada
em homens jovens. Sua ocorrência não é dose-dependente ou relacionada à
absorção sistêmica. O mecanismo envolve receptores opioides na medula espinhal
sacral, com inibição do parassimpático (SNP) e relaxamento do músculo detrusor,
consequentemente aumentando a capacidade da bexiga.
A retenção urinária associada à morfina tem início em 15 minutos e pode
durar até 16 horas, sendo reversível com naloxona; deve-se ressaltar o risco de
reversão do efeito analgésico do opioide.
AN02FREV001/REV 4.0
143
FIGURA 62 - DEPRESSÃO VENTILATÓRIA
AN02FREV001/REV 4.0
144
15.1.6.4 Náuseas e vômitos
FIGURA 63 - NÁUSEAS
15.1.6.5 Sedação
AN02FREV001/REV 4.0
145
15.1.6.6 Outras ações no SNC
AN02FREV001/REV 4.0
146
TABELA 30 - FARMACOCINÉTICA E DOSAGENS DOS ANALGÉSICOS OPIOIDES
AN02FREV001/REV 4.0
147
15.2.1.1 Propriedades farmacocinéticas
15.2.1.2 Contraindicações
AN02FREV001/REV 4.0
148
15.2.1.3 Posologia e administração
AN02FREV001/REV 4.0
149
Em caso de dor grave, se a necessidade for maior, uma dose maior de
Tramal® (100 mg de tramadol) pode ser considerada para dose inicial, a critério
médico.
Dependendo da intensidade da dor, o efeito dura 4 a 8 horas. Normalmente
não se deve exceder doses de 400 mg/dia (correspondente a 8 cápsulas de 50 mg,
20 gotas x 8 vezes, 8 ampolas de 50 mg, 4 ampolas de 100 mg ou 4 comprimidos de
Tramal® Retard 100 mg).
Entretanto, no tratamento da dor grave proveniente de tumor e na dor
pós-operatória grave, podem ser necessárias doses mais elevadas, sempre a
critério médico.
Para o tratamento da dor aguda pós-operatória, doses ainda maiores podem
ser necessárias para a analgesia pretendida no período imediatamente pós-
operatório. Geralmente, as necessidades após 24 horas não são maiores que a
administração normal.
AN02FREV001/REV 4.0
150
(acima de 75 anos) a eliminação pode ser prolongada. Portanto, se necessário, o
intervalo da dose deve ser aumentado de acordo com as necessidades do paciente.
16 TYLEX®
FIGURA 64 - MEDICAÇÃO
AN02FREV001/REV 4.0
151
16.1 POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO
16.1.1 Superdosagem
AN02FREV001/REV 4.0
152
acetilcisteína que deve ser administrada logo que possível e dentro do período de 16
horas após a ingestão para que os resultados sejam ideais. A N-acetilcisteína a 20%
deve ser administrada após diluição a 5% em suco de fruta ou refrigerante. A dose
inicial de ataque recomendada é de 140 mg/kg seguindo-se de doses de 70 mg/kg a
intervalos de quatro horas. Se a dose for vomitada deverá ser repetida. Após a
recuperação não há sequelas nem alterações da função hepática. A codeína em
superdosagem provoca depressão respiratória, sonolência progressiva, flacidez da
musculatura esquelética, algumas vezes bradicardia e hipotensão e nas formas mais
graves pode determinar o colapso circulatório. O tratamento primário deve manter os
sinais vitais restabelecendo adequadamente a respiração por meio de ventilação
controlada e assistida. Antagonistas narcóticos, tipo naloxona, poderão ser
empregados, mantendo o paciente sob cuidadoso acompanhamento, somente nos
casos de depressão cardiovascular e respiratória, clinicamente importantes.
Esvaziamento gástrico pode ser útil para remoção dos agentes não absorvidos.
16.1.2 Precauções
AN02FREV001/REV 4.0
153
16.1.3 Interações medicamentosas
AN02FREV001/REV 4.0
154
16.1.5 Indicações
AN02FREV001/REV 4.0
155
FIGURA 66 - ALEXANDER FLEMING
AN02FREV001/REV 4.0
156
17 ANTIBIÓTICOS, QUANDO USAR?
AN02FREV001/REV 4.0
157
bactérias gram-negativas anaeróbias – Velonella sp., Fusobacterium sp.,
Bacteroides sp;
outras – Staphylococcus epidermidis, Treponema denticola, Treponema
refringens, lactobacillus sp., Neisseria sp., Neisseria meningitidis,
Haemophilus influenzae: do tipo b, não do tipo b, parainfluenzae;
Peptostreptococcus, Actinomyces sp., Staphilococcus aureus,
Enterobacteriaceae.
AN02FREV001/REV 4.0
158
17.3 RECOMENDAÇÕES
AN02FREV001/REV 4.0
159
TABELA 32 - INIBIDORES
AN02FREV001/REV 4.0
160
TABELA 33 - ANTIBIÓTICOS
Grupo Drogas Espectro de ação
Penicilinas Penicilina G Potássica, Cocos GP (Streptococcus
naturais Procaína (Despacilina) e e
(injetáveis) Benzatina (Benzetacil) Staphylococcus);
Penicilina G Anaeróbios GP
(Actinomyces,
Bifidobacterium,
Peptococcus,
Eubacterium),
alguns anaeróbios GN
(Fusobacterium
nucleatum,
Veillonella e Bacteroides
como
Porphiromonas gingivalis,
Prevotella intermedia
Penicilinas Penicilina V (Pen-V- Oral), Idem a Penicilina G
semissintáticas Ampicilina (Amplacilina) e Ampicilina e amoxacilina –
Amoxacilina (Amoxil). atividade adicional para
cocos e bacilos GN
Penicilinas Oxacilina (Staficilin-N), Estafilococos produtores
resistentes às Dicloxacilina de
penicilinases penicilinases (S. aureus)
Inibidores de Acido clavulânico (Clavulin) Idem a penicilina + cepas
penicilinases produtoras de
penicilinases
Lincosaminas Clindamicina (Dalacin) Semelhante às penicilinas
+ S.aureus
Cefalosporinas Cefalexina (Keflex), Mais amplo que as
Cefalotina (Keflin), penicilinas
AN02FREV001/REV 4.0
161
Cefotaxima sódica
(Claforan), Ceftriaxona
(Rocefin)
Macrolídeos Eritromicina (Pantomicina), Similar ao das penicilinas
Espiramicina (Rovamicina), Azitromicina – mais amplo
Claritromicina (Klaricid), alcançando mais GN
Roxitromicina (Rotram),
Azitromicina (Zitromax)
Aminoglicosídeos Gentamicina (Garamicina), Amplo espectro –
Amicacina (Novamin) Pseudomonas
aeruginosa, E. coli, S.
aureus produtor de
penicilinase
Vancomicina Vancomicina, Vancocina Especialmente usada
contra S.aureus resistente
Tetraciclinas Cloridrato de Tetraciclina, Mais amplo que penicilina
Doxiciclina (Vibramicina), e macrolídeos
Minociclina (Minomax) (Actinomyces,
Bacteróidessp.
Clostridium,
Propionibacterium,
Eubacterium,
Peptococcus,Fusobacteriu
m).
FONTE: Arquivo pessoal do autor.
AN02FREV001/REV 4.0
162
18 PENICILINAS
AN02FREV001/REV 4.0
163
Renal – nefrite intersticial, que pode se manifestar com febre, rash,
eosinofilia, hematúria microscópica, azotemia e oligúria.
Local de administração – flebite.
AN02FREV001/REV 4.0
164
18.2 TIPOS DE PENICILINAS
Indicação:
são ativas em cocos aeróbicos gram-positivos, incluindo Streptococcus
pneumoniae, Streptococcus beta-hemolíticos dos grupos A, B e G;
ativos sobre Streptococcus viridans e Staphylococcus aureus não
produtores de penicilinase;
atua em alguns gram-negativos, com Neisseria meningitidis, Neisseria
gonorrhoeae e Pasteurella multocida;
têm boa atação sobre Clostridium sp., porém não atua sobre
Bacteroides fragilis;
AN02FREV001/REV 4.0
165
efetivo sobre Actinomyces israelli, Treponema pallidum e Borrelia
burgdorferi;
é utilizada no tratamento de faringite estreptocócica, erisipela,
pneumonia, sífilis, meningite, otite média, endocardite bacteriana, e em
algumas situações de sepse;
padrão de sensibilidade para estreptococos: CIM < 0,12 mg/l, resistente
CIM > 2 mg/l.
Administração e dosagem:
a dose pode variar 6 milhões a 20 milhões de UI/dia por via intravenosa,
diluídos em soluto fisiológico a cada quatro ou seis horas;
cada um milhão de penicilina G potássica possui 1,7 mEq de potássio.
(No paciente que utiliza 20 milhões de unidades está sendo ofertado 34 mEq
de potássio, o equivalente a uma âmpola e meia de potássio a 19,1%).
Idade/peso Dose/intervalo
Neonatos
AN02FREV001/REV 4.0
166
18.2.1.2 Penicilina G procaína (Benapem, Penicilina G procaína, Wycillin-R)
Indicação:
são ativas em cocos aeróbicos gram-positivos, incluindo Streptococcus
pneumoniae, Streptococcus beta-hemolíticos dos grupos A, B e G;
ativos sobre Streptococcus viridans e Staphylococcus aureus não
produtores de penicilinase;
atua Neisseria gonorrhoeae não produtora de beta-lactamase;
efetiva sobre Treponema pallidum;
utilizada no tratamento da gonorreia, pneumonia pneumocócica, sífilis,
amigdalite e celulite.
Administração e dosagem:
tratamento da gonorreia – 2,4 milhões em cada nádega associada com 1
g de probenecida oral;
para pneumonia – 300.000 U IM de 12 em 12 horas;
não existem dados a respeito do uso em pacientes com insuficiência renal.
Idade Dose/intervalo
AN02FREV001/REV 4.0
167
18.2.1.3 Penicilina V – Fenoximetilpenicilina potássica (Pen-ve-Oral, Meracilina,
Oracilin e Penicilina V)
Indicação:
são ativas em cocos aeróbicos gram-positivos: Streptococcus
pneumoniae, Streptococcus pyogenes e Staphylococcus aureus não
produtor de penicilinase;
é utilizado no tratamento de amigdalite, erisipela. Profilaxia de
endocardite infecciosa e febre reumática;
padrão de sensibilidade para estreptococos: CIM < 0,12 mg/l, resistente
CIM > 2 mg/l.
Administração e dosagem:
dose pode variar 500.000 a 1.000.000 via oral a cada quatro ou seis
horas;
não necessita de ajuste na insuficiência renal a administração.
AN02FREV001/REV 4.0
168
18.2.2 AMINOPENICILINAS
Indicação:
excelente ação sobre Enterococcus sp, Listeria monocytogenes e
Haemophilus influenzae não produtores de beta-lactamase;
boa atividade sobre Escherichia coli, Proteus mirabili, Salmonella tiphy e
espécies de Shigella;
efetivo sobre Streptococcus pneumoniae, Enterococcus faecalis,
Neisseria gonorrhoeae e meningiditidis;
usado clinicamente no tratamento de infecções respiratórias, otite média
aguda, sinusite, faringite, infecção urinária, meningite, febre tifoide e
gonorreia. No tratamento da sepse e usada em associação a outros
antibióticos.
Dosagem e Administração:
via oral – 1 g a 4 g/dia, dividida de seis em seis horas;
via intravenosa – 4 g a 12 g/dia, dividida a cada quatro ou seis horas
dependendo da gravidade da infecção.
AN02FREV001/REV 4.0
169
TABELA 36 - USO EM CRIANÇAS – NO TRATAMENTO DA MENINGITE DEVERÁ
SER USADO O DOBRO DA DOSE
Idade/peso Dose/intervalo
Neonatos
Indicação:
ativo sobre Enterococcus faecalis, Streptococcus pyogenes e
streptococcus pneumoniae;
atua em gram-negativos Escherichia coli, Proteus mirabili, Salmonella
tiphy e Shigella SP;
atividade contra Listeria monocytogenes e Haemophilus influenzae não
produtores de beta-lactamase;
boa atividade sobre Neisseria gonorhoeae e meningiditidis;
usado clinicamente no tratamento de otite média aguda, sinusite,
faringite, infecção urinária, infecções respiratórias, febre tifoide e profilaxia
de endocardite infecciosa.
AN02FREV001/REV 4.0
170
Dosagem e administração: administrar 500 mg a 1,5 g/dia, por via oral,
dividida a cada oito horas.
Peso Dose/intervalo
Indicação:
ativo sobre gram-positivos: Staphylococcus aureus e Staphylococcus
epidermidis (produtores ou não de beta-lactamase), Streptococcus
pneumoniae, Enterococcus faecalis, Streptococcus pyogenes, Streptococcus
viridans);
atua em gram-negativos: Haemophilus influenzae, Escherichia coli,
Proteus mirabilis, Proteus vulgaris, Klebsiella pneumoniae, Moxarella
catarrhalis, Neisseria gonorrhoeae, Legionella sp, Salmonella tiphy, Shigella
sp e Yersinia enterocolítica;
ativo sobre Bacteroides fragilis;
AN02FREV001/REV 4.0
171
não é efetivo sobre Pseudomonas aeruginosa, Serratia sp, Enterobacter
sp, Citrobacter sp e Staphylococcus resistente a oxacilina;
usado clinicamente no tratamento de otite média aguda, amigdalite,
infecções respiratórias e celulite. Boa opção para infecções de tecidos moles
com flora polimicrobiana e nas infecções intra-abdominais.
Dosagem e administração:
via oral – 250-500 mg de em oito horas;
via intravenosa – 1 g de quatro em quatro ou de oito em oito horas, na
dependência da gravidade da infecção.
Peso Dose/intervalo
AN02FREV001/REV 4.0
172
18.2.3 PENICILINAS PENICILINASE RESISTENTE
Indicação:
está indicada nas infecções por Staphylococcus aureus penicilinase-
resistente;
tem atividade sobre Streptococcus pneumoniae e Staphylococcus
pyogenes e Streptococcus viridans, porém são drogas de escolha nestes
agentes causais;
não tem efeitos sobre bactérias gram-negativas.
Dosagem e administração:
infecções moderadas: 6 g/dia, dividida a cada quatro horas;
infecções graves: 9 a 12 g/dia dividida a cada quatro horas;
não necessita de correção na insuficiência renal e insuficiência hepática
isoladas, necessita apenas de correção se as duas insuficiências forem
concomitantes.
AN02FREV001/REV 4.0
173
TABELA 39 - USO EM CRIANÇAS
Idade/peso Dose/intervalo
Neonatos
Indicações:
penicilina de escolha para tratamento das infecções por Pseudomonas
aeruginosa, atualmente pouco utilizada, em virtude do surgimento de outras
penicilinas antipseudomonas;
pode ser utilizado em infecções intra-abdominais, pélvicas, urinárias,
respiratória, pele e tecidos moles, osteomielite;
padrão de sensibilidade para Pseudomonas aeruginosa: CIM < 128 mg/l,
resistente CIM > 512 mg/l.
AN02FREV001/REV 4.0
174
Dosagem e administração: de 30 a 40 g/dia, com dose administradas a cada
quatro horas.
Uso em crianças:
Indicações:
apresenta atividade sobre as bactérias produtoras da beta-lactamase,
como Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Klebsiella sp, Proteus sp,
Shigella sp, Haemophylus influenzae;
boa atividade sobre Pseudomonas aeruginosa, Enterobacter sp,
Acinoobacter sp e Xanthomonas maltophilia. Ação potencializada por
aminoglicosídeos;
atua ainda em várias espécies de anaeróbios, inclusive o Bacteroides
fragilis;
pode ser utilizado em infecções intra-abdominais, pélvicas, urinárias,
respiratória, pele e tecidos moles, osteomielite.
AN02FREV001/REV 4.0
175
Uso em crianças: de 200 a 300 mg/kg/dia IV, dividida a cada quatro ou seis
horas.
Indicações:
apresenta atividade contra cocos gram-positivos, com Neisseria, H.
influenzae, micro-organismo anaeróbios;
a associação com o tazobactan amplia o espectro contra muitas
bactérias produtoras de betalactamases plasmídicas (Staphylococcus, N.
gonorrhoae, H. influenzae, E. coli, P. mirabilis, P. vulgaris, Klebsiella,
Salmonella e Shigella) e contra algumas bactérias que produzem
betalactamase cromossômica (M. catarrhalis, Klebsiella, Bacteroides e
Prevotella);
apresenta pouca atividade sobre Serratia, Enterobacter e Citrobacter.
atividade sobre cepas de Acinetobacter;
pode ser utilizado em infecções intra-abdominais, pélvicas, urinárias,
respiratória, pele e tecidos moles, osteomielite.
AN02FREV001/REV 4.0
176
FIGURA 71 - ILUSTRAÇÃO MEDICAMENTO
19 AMINOGLICOSÍDEOS
AN02FREV001/REV 4.0
177
apresentam ação sobre anaeróbios, Haemophilus ou Neisseria. A amicacina é o
aminoglicosídeo de maior espectro, por não sofrer inativação pelas enzimas que
inativam os demais aminoglicosídeos.
Cuidados:
a função renal deve ser monitorizada a intervalos regulares;
os aminoglicosídeos podem agravar a miastenia gravis e doença de
Parkinson.
Toxicidade – interações com drogas:
neurotoxidade, ototoxidade e nefrotoxidade;
agentes bloqueadores neuromusculares – efeito recurarização;
antibióticos – penicilina pode inativar in vitro os aminoglicosídeos.
Reações adversas:
hipersensibilidade (rash, urticária, estomatite e eosinofilia);
renal (nefrotoxidade reversível);
auditiva (lesão do oitavo par craniano);
sistema nervoso (bloqueio neuromuscular).
outros efeitos adversos são náusea, vômitos, leucopenia,
trombocitopenia, taquicardia, hepatomegalia, esplenomegalia, miocardite e
elevação temporária das enzimas hepáticas.
Dosagem:
3 a 5 mg/Kg/dia dividido a cada 8 ou 12 horas.
Correção para insuficiência renal.
a) Manutenção da dose, alterando tempo de administração.
Tempo de administração = Creatinina x 8.
b) Pela fórmula do clearence de creatinina (esta fórmula será aplicada em
todos os antibióticos).
AN02FREV001/REV 4.0
178
Homens = (140-idade) x peso (Kg) 72 x creatinina sérica
Mulheres = (140-idade) x peso (Kg) x 0,85 72 x creatinina sérica
Dose (%) 7 3 2
0-100 0-70 0-30
Intervalo (h) 8 1 2
-12 2 4-48
Uso em crianças:
Idade Dose
AN02FREV001/REV 4.0
179
19.1.2 Netilmicina (Netromicina)
Uso em crianças:
Idade Dose
AN02FREV001/REV 4.0
180
Uso em crianças:
AN02FREV001/REV 4.0
181
19.1.4 Aztreonam
AN02FREV001/REV 4.0
182
19.1.5 Cefalosporinas
AN02FREV001/REV 4.0
183
toxicidade renal pode ocorrer em pacientes com mais de 50 anos,
pacientes com disfunção renal e em pacientes que recebam outras drogas
nefrotóxicas;
necessitam de correção na insuficiência renal;
cefotaxima e ceftriaxona devem ser administradas com cautela em
pacientes com disfunção hepática.
Toxicidade – interações com drogas: risco de nefrotoxidade se associado
com aminoglicosídeos e vancomicina.
Reações adversas:
hipersensibilidade pode ocorrer em 5% dos pacientes, incluindo urticária,
prurido, rash, febre e ocasionalmente anafilaxia;
teste de Coombs direto e indireto positivo em 3% dos pacientes;
podem ocasionar neutropenia, trombocitopenia, leucopenia, eosinofilia;
elevação da ureia e creatinina;
elevação da fosfatase alcalina e transaminases.
AN02FREV001/REV 4.0
184
Uso oral para Cefalexina, Cefadroxil.
Indicação:
atividade sobre cocos gram-positivos, produtores de penicilinase ou não:
Staphylococcus aureus e S. epidermidis;
efetivos para Streptococcus beta-hemolitico, Streptococcus do grupo B e
Streptococcus pneumoniae;
atividade limitada contra bactérias gram-negativas, Escherichia coli,
Klebsiella pneumoniae e Proteus mirabilis;
atividade sobre anaeróbios da cavidade oral;
não atuam sobre Enterobacter sp, Serratia sp, Pseudomonas sp e
Staphylococcus aureus oxacilina resistente;
padrão de sensibilidade: CIM contra a maioria dos cocos gram-positivos
e bacilos gram-negativos quatro vezes superior a cefazolina.
Uso em crianças:
AN02FREV001/REV 4.0
185
19.5.1.1.2 Cefadroxil (Cefamox, Cefadoxil, Drocef)
Indicação:
atividade sobre cocos gram-positivos, produtores de penicilinase ou não:
Staphylococcus aureus e S. epidermidis;
efetivos para Streptococcus beta-hemolítico, Streptococcus do grupo B e
Streptococcus pneumoniae;
atividade limitada contra bactérias gram-negativas, Escherichia coli,
Klebsiella pneumoniae e Proteus mirabilis;
atividade sobre anaeróbios da cavidade oral;
não atuam sobre Enterobacter sp, Serratia sp, Pseudomonas sp e
Staphylococcus aureus oxacilina resistente;
padrão de sensibilidade: CIM contra a maioria dos cocos gram-positivos
e bacilos gram-negativos quatro vezes superior a cefazolina.
Uso em crianças:
AN02FREV001/REV 4.0
186
19.5.1.1.3 Uso parenteral para Cefalotina e Cefazolina
Indicação:
são muito ativos sobre cocos gram-positivos, produtores de penicilinase
ou não: Staphylococcus aureus e S. epidermidis;
efetivos para Streptococcus beta-hemolítico, Streptococcus do grupo B e
Streptococcus pneumoniae;
atividade limitada contra bactérias gram-negativas, Escherichia coli,
Klebsiella pneumoniae, Proteus mirabilis e espécies de Shigella;
pouca atuação sobre os germes anaeróbios e não são ativos sobre
Bacteróides fragilis;
a principal indicação da cefazolina é a profilaxia em cirurgia;
padrão de sensibilidades da cefazolina e cefalotina para germes
sensíveis: CIM < 8 mg/l. Resistência: CIM > 32 mg/l.
AN02FREV001/REV 4.0
187
Administração e dosagem para a Cefalotina (Keflin neutro, Cefalotina): a
dosagem para a Cefalotina (Keflin neutro, Cefalotina) é 0,5 a 1 g IV de quatro em
quatro ou de seis em seis horas. Dose máxima de 12 g/dia.
AN02FREV001/REV 4.0
188
19.5.1.2 Cefalosporinas de 2a Geração
Indicação:
atividade sobre cocos gram-positivos, produtores de penicilinase ou não:
Staphylococcus aureus e S. epidermidis;
efetivos para Streptococcus beta-hemolítico, Streptococcus do grupo B e
Streptococcus pneumoniae;
atividade contra bactérias gram-negativas, Escherichia coli, Klebsiella
pneumoniae e Proteus mirabilis, M. catarrahalis, Neisseria sp, H influenzae e
Enterobacter aerogenes;
não é ativa sobre Pseudomonas, Enterococos, Bacteroides fragilis e
Staphylococcus resistente a oxacilina;
padrão de sensibilidades: germes sensíveis: CIM < 4 mg/l. Resistência:
CIM > 32 mg/l.
Administração e dosagem:
varia de 125-250 de 12 em 12 horas;
não necessita correção em insuficiência renal
Uso em crianças:
é de 25 a 30 mg/kg/dia de 12 em 12 horas;
infecções graves até 50 mg/kg/dia.
AN02FREV001/REV 4.0
189
19.5.1.2.2 Cefaclor (Ceclor)
Uso em crianças:
AN02FREV001/REV 4.0
190
19.5.1.3 Parenteral: Cefoxitina e Cefuroxime
Indicação:
a cefoxitina além da atividade similar a cefuroxime apresenta ótima
atividade sobre anaeróbios, inclusive Bacteroides fragilis;
padrão de sensibilidade: germes sensíveis: CIM < 8 mg/l. Resistência:
CIM > 32 mg/l.
Uso em crianças:
AN02FREV001/REV 4.0
191
19.5.1.3.2 Cefuroxime (Zinacef)
Indicação:
é ativa in vitro sobre Streptococcus do grupo A e B, Streptococcus
pneumoniae e viridans;
tem boa atividade sobre os Staphylococcus aureus penicilinase-
resistente;
ativo sobre bacilos gram-negativos, incluindo Escherichia coli, Proteus
mirabilis, Klebsiella sp, Salmonella, Shigella e Yersinia;
ativo sobre Haemophilus influenzae, Neisseria meningitidis e
gonorrhoeae.
Uso em crianças:
AN02FREV001/REV 4.0
192
19.5.1.4 Clindamicina
AN02FREV001/REV 4.0
193
19.5.1.5 Tetraciclinas
Indicações:
ativa sobre Chlamydia sp, Neisserria gonorrhoeae, Mycoplasma
pneumoniae e Brucella SP;
ativa sobre Vibrio cholerae, Campylobacter sp, Actinomyces israelli e
Ureaplasma urealyticum;
boa atividade em anaeróbios, inclusive Bacteroides fragilis;
usado principalmente em doenças sexualmente transmissíveis.
junto com a eritromicina é droga de escolha na pneumonia por
Mycoplasma pneumoniae;
usado no tratamento do cólera;
padrão de sensibilidades: germes sensíveis: CIM < 4 mg/l. Resistência:
CIM > 16 mg/l.
AN02FREV001/REV 4.0
194
Uso em crianças: deve ser evitado obrigatoriamente em crianças menores
de oito anos, pois ocasiona retardo do crescimento ósseo e descoloração dos
dentes. Em crianças maiores de oito anos, avaliar risco/benefício; se for necessário
utilizar dose de 2 a 4 mg/kg/dia a cada 24 horas.
Indicações:
ativa sobre Chlamydia sp, Neisserria gonorrhoeae, Mycoplasma
pneumoniae e Brucella sp;
ativa sobre Vibrio cholerae, Campylobacter sp, Actinomyces israelli,
Helicobacter pylori e Ureaplasma urealyticum;
boa atividade em anaeróbios, inclusive Bacteroides fragilis;
embora possa apresentar alguma atividade sobre cocos gram-positivos,
não devem ser utilizados em infecções por Streptococcus beta-hemolítico do
grupo A e Streptococcus pneumoniae;
é ativa sobre Xanthomonas malthophila;
usada principalmente em doenças sexualmente transmissíveis;
junto com a eritromicina é droga de escolha na pneumonia por
Mycoplasma pneumoniae;
usado no tratamento do cólera;
como apresenta boa atividade sobre Staphylococcus aureus, pode ser
usada como opção nos germes resistente a oxacilina;
padrão de sensibilidades: germes sensíveis: CIM < 4 mg/l.
resistência: CIM > 16 mg/l.
AN02FREV001/REV 4.0
195
dentes. Crianças maiores de oito anos avaliar risco/benefício, se for necessário
utilizar dose de ataque de 2 mg/kg/dia a cada 12 horas.
Indicações:
ativa sobre Chlamydia sp, Neisserria gonorrhoeae, Mycoplasma
pneumoniae e Brucella sp;
ativa sobre Vibrio cholerae, Campylobacter sp, Actinomyces sp, e
Ureaplasma urealyticum;
pode existir resistência em Staphylococcus sp, Streptococcus beta-
hemolítico do grupo e A e Streptococcus pneumoniae;
usado principalmente em doenças sexualmente transmissíveis;
junto com a eritromicina é droga de escolha na pneumonia por
Mycoplasma pneumoniae;
usado no tratamento do cólera;
padrão de sensibilidade: germes sensíveis: CIM < 4 mg/l. Resistência:
CIM > 32 mg/l.
Dosagem e administração:
via oral: 1 a 2 g por dia com doses a cada seis ou doze horas.
via intramuscular: 200 a 500 mg por dia com doses a cada 6 ou 12
horas. Não pode ser utilizado por via intravenosa.
AN02FREV001/REV 4.0
196
20.4 TETRACICLINA – CLORIDRATO E FOSFATO (TETREX, AMBRA-SINTO T,
INFEX, STATINCLYNE, TETRACICLINA)
Indicações:
ativa sobre Chlamydia sp, Neisserria gonorrhoeae, Mycoplasma
pneumoniae e Brucella sp;
ativa sobre Vibrio cholerae, Campylobacter sp, Actinomyces sp, e
Ureaplasma urealyticum;
pode existir resistência em Staphylococcus sp, Streptococcus beta-
hemolítico do grupo e A e Streptococcus pneumoniae;
usado principalmente em doenças sexualmente transmissíveis.
junto com a eritromicina é droga de escolha na pneumonia por
Mycoplasma pneumoniae.
usado no tratamento do cólera.
padrão de sensibilidades – germes sensíveis: CIM < 4 mg/l. Resistência
– CIM > 16 mg/l.
AN02FREV001/REV 4.0
197
FIGURA 74 - EFEITOS ADVERSOS DAS TETRACICLINAS
AN02FREV001/REV 4.0
198
20.5 CLORANFENICOL
AN02FREV001/REV 4.0
199
20.6 CARBAPENÊMICOS
AN02FREV001/REV 4.0
200
neurológicas (convulsões, sonolência, encefalopatia, confusão,
mioclonia). Estes efeitos são mais comuns em portadores de convulsões,
tumores cerebrais e trauma craniano;
gastrointestinal: Náusea, vômitos e diarreia;
elevação da ureia e creatinina sérica em 2% dos pacientes;
elevação temporária das enzimas séricas.
Indicação:
atua sobre a maioria dos gram-positivos aeróbicos (Streptococcus
pneumoniae, estreptococos grupo A e B, Staphylococcus aureus oxacilina-
sensível. Os S. aureus oxacilina-resistente são rotineiramente resistentes ao
Imipenen);
atua sobre bactérias gram-negativas, incluindo Neisseria meningitidis, N.
gonorrhoeae e Haemophilus influenzae, tem efeito também sobre
Escherichia coli, espécies de Klebsiella, de Salmonella e Shigella;
sua ação sobre Pseudomonas aeruginosa e espécies de Pseudomonas
é significante, porém, neste último caso, não deve ser usado como agente
único;
apresenta uma excelente atividade sobre bactérias anaeróbicas;
não tem atividade sobre espécies de Legionella sp. Mycoplasma sp,
Flavobacterium sp, Xanthomonas maltophilia, Pseudomonas cepacia,
Corynebacterium do grupo JK, Streptococcus faecium, Staphylococcus
aureus resistentes a oxacilina e Clostidium difficile.
AN02FREV001/REV 4.0
201
Uso em crianças:
Indicação:
semelhante ao Imipenem;
a atuação sobre cocos gram-positivos é inferior ao Imipem, incluindo
estafilococos coagulase negativos, pneumococo resistente a peniclina e
entererococos;
atividade discretamente superior em enterobactérias, Neisseria e
Pseudomonas;
Staphyoojlococcus aureus resistente a meticilina, são resistente a o
Meropemem;
atividade sobre anaeróbios semelhante ao Imipemem;
padrão de sensibilidades: CIM < 4 mg/l. Resistência: CIM > 16 mg/l.
AN02FREV001/REV 4.0
202
Uso em crianças: pode ser usado na faixa etária de 6 a 12 anos na dose de
10-20 mg/kg a cada seis ou oito horas. Peso superior a 50 kg, usar dose de adulto.
20.7 METRONIDAZOL
AN02FREV001/REV 4.0
203
Efeitos adversos:
hipersensibilidade (reação eritematosa com prurido e urticária);
gastrointestinal (náusea, vômitos, desconforto abdominal, gosto
metálico na boca e diarreia);
pode ocorrer neuropatia periférica e crises convulsivas;
pode ocasionar leucopenia, existem relatos de aplasia medular.
Efeitos locais: flebites.
20.8 FLUORQUINOLONAS
AN02FREV001/REV 4.0
204
Reações adversas:
hipersensibilidade ocorre em menos de 1% dos pacientes;
por produzir erosão das cartilagens está contraindicado em pacientes
pediátricos;
sintomas gastrointestinais: náusea, vômitos e anorexia;
sintomas em sistema nervoso central: cefaleia;
Outros efeitos: leucopenia e elevação das enzimas hepáticas.
Cuidados:
não deve ser utilizado em pacientes com hipersensibilidade a
quinolonas;
podem ocorrer convulsões se altas doses são empregadas,
necessitando cuidado em pacientes com distúrbios neurológicos;
uso em gestantes e mulheres que amamentam não recomendado.
Indicação:
das fluorquinolonas é a que apresenta maior espectro de ação para os
bacilos gram-negativos aeróbicos. É ativo sobre Pseudomonas aeruginosa.
As Pseudomonas não aeruginosa cepacia e fluorescens são menos
sensíveis;
o Staphylococcus aureus resistente a oxacilina é sensível a
ciprofloxacina;
junto com ofloxacina apresentam boa atividade sobre Mycobacterium
tuberculosis, kansasii e fortuitum;
baixa atividade para Enterococcus faecalis e Streptococcus pneumoniae
não apresenta atividade sobre anaeróbios.
Administração e dosagem:
de 400 mg IV de 12 em 12 horas, infundido em 1 hora;
dose oral: 250-750 mg VO de 12 em 12 horas.
AN02FREV001/REV 4.0
205
Uso em crianças: deve ser evitado em crianças, pois pode comprometer
cartilagem de crescimento. Se tiver de ser usada 30 a 45 mg/kg/dia dividido a cada 8
horas. Necessita suspensão no caso de queixa articular.
Indicação:
apresentam boa ação sobre os bacilos Gram-negativos aeróbicos. É
ativo sobre Pseudomonas aeruginosa. As Pseudomonas não aeruginosa
cepacia e fluorescens são resistentes;
não apresenta atividade sobre anaeróbios;
indicado principalmente em infecções urinárias.
Administração e dosagem:
400 mg VO de 12 em 12 horas;
dose oral – 250-750 mg VO de 12 em 12 horas.
AN02FREV001/REV 4.0
206
20.8.4 Ofloxacina (Floxstat, Ofloxan, Oflox)
Indicação:
apresenta excelente espectro de ação para os bacilos gram-negativos
aeróbicos. É ativo sobre Pseudomonas aeruginosa. As Pseudomonas não
aeruginosa cepacia e fluorescens são menos sensíveis;
das quinolonas é a que tem maior atividade sobre S. aureus.
Staphylococccus aureus resistente a oxacilina é sensível a ciprofloxacina.
junto com ciprofloxacina apresenta boa atividade sobre Mycobacterium
tuberculosis, kansasii e fortuitum;
baixa atividade para Enterococcus faecalis e Streptococcus pneumoniae.
não apresenta atividade sobre anaeróbios.
Administração e dosagem:
para Neisseria gonorrhoeae é usado dose única de 400 mg VO;
infecções urinárias – 200 mg VO de 12 em 12 horas por três a dez dias;
prostatite – 300 mg Vo de 12 em 12 horas por seis semanas;
infecções de pele: 400 mg de 12 em 12 horas.
AN02FREV001/REV 4.0
207
FIGURA 75 - ILUSTRAÇÃO MICRO-ORGANISMOS
Indicação:
mesmas da ciprofloxacina, porém com atividade antipseudomonas
inferior;
atua sobre Legionella.
Administração e dosagem:
400 mg IV ou VO de 12 em 12 horas;
dose oral igual à venosa;
não requer ajuste para insuficiência renal.
AN02FREV001/REV 4.0
208
21 SULFONAMIDAS
AN02FREV001/REV 4.0
209
Vantagens da associação sulfa + trimetoprim:
efeito sinérgico;
menor incidência de resistência bacteriana;
efeito bactericida;
redução de doses de ambos (1/10).
Indicações:
ativa sobre Escherichia coli, Streptococcus pyogenes, Streptococcus
pneumoniae, Haemophylus influenzae, Haemophylus ducreyi, Nocardia sp,
Actinomyces sp, Chlamydia trachomatis;
baixa atividade em Neisseria meningitidis e Shigella sp;
ativo sobre Toxoplasma gondii;
em associação com ampicilina ou eritromicina e usada no tratamento da
nocardiose;
em associação com a pimimetamida é o tratamento de escolha da
toxoplasmose.
Dosagem e administração:
via oral – 2 a 4 g por dia com doses a cada quatro ou oito horas.
no tratamento da toxoplasmose é usado 1 g de 12 em 12 horas.
necessita de ajuste na insuficiência renal.
AN02FREV001/REV 4.0
210
21.1.3 Sulfadoxina (Fansidar)
Indicações
ativa sobre Plasmodium falciparum e Pneumocystis carinii;
ativo sobre a maioria dos gram-positivos e negativos;
droga de excelente atuação em tratamento e profilaxia de malária
secundária ao Plasmodium falciparum resistente a cloroquina.
Dosagem e administração:
na apresentação disponível existe a pirimetamina associada;
tratamento de malária: 1g VO no 1o dia e 500 mg nos dois dias
seguintes;
como profilaxia de malária usar 1 g VO por semana;
não existe informação sobre a necessidade de redução de dose na
insuficiência renal.
AN02FREV001/REV 4.0
211
21.1.4 Sulfametoxazol + Trimetroprim (Cotrimoxazol): Bactrin, Bactrin F, Infectrin,
Infectrin F, Assepium, Bacfar, Bacteracin, Bactrex, Bactricin, Bactroprim, Baxapril,
Benectrim, Duoctrim, Ectrim, Espectrin, Imuneprim, Infecteracin, Leotrim, Lupectrin,
Metorpin, Neotrin, Quiftrin, Roytrin, Septiolan, Silpin, Sulfametoxazol + trimetroprim,
Teutrin, Trimexazol)
Indicações:
ativa sobre maioria dos cocos gram-positivos e gram-negativos.
não atua sobre Treponema pallidum, Mycobacterium tuberculosis,
Mycoplasma sp e maioria dos anaeróbios.
não tem atividade sobre Pseudomonas aeruginosa e Enterococcus sp.
Dosagem e administração:
dose para infecções, exceto pneumocistose: 800 mg de sulfametoxazol
+ 160 mg de trimetroprin de 12 em 12 horas
no Pneumocystis carinii: 75-100 mg/kg/dia de sulfametoxazol + 15-20
mg/kg/dia de trimetroprin com a administração a cada 6 horas por via
intravenosa.
AN02FREV001/REV 4.0
212
TABELA 55 - EFEITOS COLATERIAIS DAS SULFAS
Prevenção da Cristalúria:
• hidratação;
• administração de bicabornato de sódio – elevação do pH urinário;
• associação de sulfas;
• evitar tratamentos superiores há uma semana.
21.2 GLICOPEPTÍDEOS
AN02FREV001/REV 4.0
213
Indicação: usado unicamente nas infecções por bactérias aeróbicas gram-
positivas, Staphylococcus aureus, S. epidermidis, estreptococos do grupo A,
Streptococcus pneumoniae, S. viridans, Corynobacterium diphtheriae e espécies de
clostridium. É o principal agente nos S. aureus e S. epidermidis meticilina-resistente
ou nos pacientes que tenham alergia a penicilina.
Cuidados: embora seja nefrotóxica, pode ser utilizada com cautela nos
pacientes com doença renal.
Dosagem e administração:
nos pacientes com creatinina < 1,5 mg/dl deverá ser usado 1 g a cada
12 horas ou 500 mg a cada 6 horas, exclusivamente por via intravenosa,
diluída em 100 a 200 ml de soluto fisiológico ou glicosado, para infusão em
60 minutos. Atenção para Síndrome do homem vermelho (rubor facial,
pescoço ou tórax, prurido ou hipotensão);
dosagem máxima diária – 2 g/dia;
no paciente em insuficiência renal pode ser corrigido o uso apenas
baseado na creatinina ou clearence;
pela creatinina – nos pacientes com creatinina entre 1,5 a 5 mg/dl o
intervalo deverá ser cada 3 a 6 dias. Se a creatinina estiver acima de 5 mg/dl
o intervalo entre as doses deverá ser de 12 a 14 dias.
Toxicidade: drogas que possam ser nefrotóxicas e ototóxicas devem ser
descontinuadas.
Reações adversas:
hipersensibilidade (rash);
nefrotoxicidade;
ototoxicidade nível sérico superior a 80 microgramas/ml;
hematológica (neutropenia);
efeitos locais (flebite).
AN02FREV001/REV 4.0
214
21.2.2 Teicoplanina (Targocid)
Indicação:
não apresenta atuação sobre bactérias gram-negativas, micobactérias e
fungos;
ativo sobre gram-positivos. Porém algumas cepas de Staphylococcus
epidermidis, Staphylococcus haemoliticus e Staphylococcus aureus sejam
resistente a teicoplanina, entretanto sensíveis a vancomicina.
Dosagem e administração:
dose inicial de 200 a 400 mg IM ou IV de 12 em 12 horas por três ou
quatro dias, seguido da mesma dose a cada 24 horas. Infecções graves
utilizar 400 mg de 12 em 12 horas ou 800 mg de 24 em 24 horas, por todo o
tratamento;
correção para paciente com comprometimento da função renal.
Toxicidade: drogas que possam ser nefrotóxicas e ototóxicas devem ser
descontinuadas
Reações adversas:
hipersensibilidade (rash);
nefrotoxicidade;
ototoxicidade;
hematológica (trombocitopenia, neutropenia e eosinofilia).
21.2.3 Macrolídeos
Mecanismo de ação:
Ligam-se à porção 50S do ribossoma e inibem a síntese proteica. Podem
atuar como bacteriostáticos e bactericidas, de acordo com sua concentração,
AN02FREV001/REV 4.0
215
densidade populacional bacteriana e a fase de crescimento. Costumam apresentar
maior atividade em pH alcalino.
FIGURA 76 - RIBOSSOMO
Indicação:
é efetivo sobre Mycoplasma pneumoniae, Legionella pneumophila,
Chamydia trachomatis, Campylobacter jejuni, Corynebacterium dipththeriae;
efetivo sobre Gram-positivos: Streptococcus beta-hemolítico do grupo A,
Streptococcus pyogenes, Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus
aureus sensível a oxacilina;
atua sobre Clostridium perfringens;
AN02FREV001/REV 4.0
216
não tem atividade sobre a maioria dos bacilos Gram negativos
aeróbicos;
ativa sobre micobactérias atípicas;
droga de excelente atuação nas infecções por Mycoplasma pneumoniae
e Legionellla sp. Indicada nas infecções respiratórias comunitárias em
pacientes com idade inferior a 55 anos;
utilizada na profilaxia da endocardite infecciosa e febre reumática em
pacientes com alergia a penicilina;
erradica o estado de portador crônico de difteria.
Administração e dosagem:
via oral, 250 mg a 1 g V0 de seis em seis horas;
embora descrito para uso intravenoso a apresentação não é
comercializada no Brasil.
Uso em crianças: via oral – 30-50 mg/kg/dia com dose divididas a seis horas.
Indicações:
é efetivo contra Moxarella catarrhalis, Chlamydia trachomatis, Chlamydia
pneumoniae, Legionella pneumophila, Mycoplasma pneumoniae e Neisseria
gonorrhoeae;
boa atividade sobre Toxoplasma gondii.
Administração e dosagem:
dose inicial de 500 mg no 1o dia, seguido de 250 mg/dia por mais 4 dias;
em micobactérias atípicas 500 mg por 20 a 30 dias;
no tratamento da uretrite e cervicite é usada em dose única de 1g;
não é realizado ajuste na insuficiência renal.
AN02FREV001/REV 4.0
217
Uso em crianças: 10 mg/kg/dia por via oral por três dias para amigdalites e
infecções de pele. Em pneumonias e otites deve ser usada por cinco dias.
Indicação:
é efetivo contra Moxarella catarrhalis, Chlamydia trachomatis, Chlamydia
pneumoniae, Legionella pneumophila, Mycoplasma pneumoniae;
atividade moderada na Neisseria gonorrhoeae;
melhor atividade que a eritrocimina sobre Streptococcus e
Staphylococcus;
usada principalmente em infecções respiratórias, pele e tecidos moles,
sinusite;
bons resultados nas infecções ocasionadas por micobactérias em
paciente com HIV.
Administração e dosagem:
via oral 250-500 mg de 12 em 12 horas por sete dias;
nas infecções por micobactérias em pacientes com HIV utilizar 100 mg
VO a cada 12 horas por três a seis semanas;
via intravenosa.
Uso em crianças: Via oral: 15 mg/kg/dia com dose dividida de 12/12 horas
AN02FREV001/REV 4.0
218
TABELA 57- PRINCIPAIS ANTIMICROBIANOS, DOSES
E VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Dose
Antimicrobiano Posologia Via
Unitária
Penicilinas
Cefalosporinas
Fluoroquinolonas
Carbapenems
AN02FREV001/REV 4.0
219
Imipenem 0,5g 8x8 / 6x6 IV/IM
Monobactam
Glicopeptídeos
Aminoglicosídeos
Macrolídeos
Lincosamidas
Tetraciclinas
Imidazólicos
AN02FREV001/REV 4.0
220
Metronidazol 0,4g 8x8 VO
Miscelânea
22 CANDIDÍASE ORAL
AN02FREV001/REV 4.0
221
FIGURA 77- CÂNDIDA ALBICANS
AN02FREV001/REV 4.0
222
Nos indivíduos imunodeprimidos, a infecção pode ser grande, cobrindo a
maior parte da superfície da boca e da língua. Além disso, pode se alastrar para o
esôfago, produzindo esofagite por cândida, resultando em dificuldade e dor para
engolir. Finalmente, a infecção pode se alastrar por todo o corpo.
A incidência de candidíase oral em adultos cresceu dramaticamente com a
disseminação da AIDS. Pessoas infectadas pelo HIV são de alto risco para a
candidíase oral, que pode, frequentemente, ser um dos primeiros sinais de infecção
por HIV.
Observação: nas mulheres, a vulvovaginite por cândida persistente e
recorrente pode ser um sinal de infecção por HIV.
Cifras exatas quanto à incidência de candidíase oral em adultos não estão
disponíveis, mas acredita-se que a incidência tenha dobrado na última década. A
extensão da infecção candidiásica também é mais frequente, incluindo a candidíase
disseminada (por todo o corpo). A taxa de mortalidade da candidíase disseminada
pode atingir os 70%.
Complicações:
candidíase disseminada ;
esofagite por cândida;
meningite por cândida;
endocardite por cândida;
endoftalmite por cândida;
artrite por cândida.
AN02FREV001/REV 4.0
223
FIGURA 79 - CANDIDÍASE
AN02FREV001/REV 4.0
224
Estes medicamentos são aplicados diretamente na lesão oral ou utilizados
como colutórios. As infecções resistentes, ou cuja disseminação já tenha ocorrido,
são tratadas com medicação intravenosa, como:
Anfotericina B;
Cetoconazol (ou outros agentes estreitamente relacionados).
22.2.1 Nistatina
Suspensão ou tabletes, 500 mil a 1 milhão UI, três a cinco vezes ao dia,
durante 14 dias, uso tópico. Em crianças, utiliza-se a suspensão oral na dose de 1
ml a 2 ml, três vezes ao dia, durante cinco a sete dias ou até a cura completa.
22.2.2 Cetoconazol
AN02FREV001/REV 4.0
225
22.2.3 Aftas
FIGURA 80 - AFTA
AN02FREV001/REV 4.0
226
22.2.3.1 Causas, incidência e fatores de risco
AN02FREV001/REV 4.0
227
22.2.3.2 Tratamento
AN02FREV001/REV 4.0
228
magnésia pode ser aplicada sobre a afta, três a quatro vezes ao dia. Esse
tratamento alivia a dor e ajuda na cicatrização.
As úlceras gangrenosas normalmente apresentam cicatrização espontânea.
Geralmente a dor diminui em três ou quatro dias. Os outros sintomas desaparecem
em 10 a 14 dias.
Complicações:
infecções bacterianas secundárias (celulite, angina de Ludwig) (rara);
câncer oral (o câncer não é uma complicação, mas pode ser a causa de
úlceras que duram mais de duas semanas. Portanto, qualquer úlcera que
durar mais de duas semanas deve ser avaliado por um médico);
afta oral ou outras infecções causadas por cândida podem surgir após o
uso de antibióticos normalmente utilizados no tratamento de úlceras
gangrenosas.
Novas perspectivas
FIM DO MÓDULO IV
AN02FREV001/REV 4.0
229
CURSO DE
FARMACOLOGIA APLICADA À
ODONTOLOGIA
MÓDULO V
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do
mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são
dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
AN02FREV001/REV 4.0
230
MÓDULO V
FIGURA 81 - ÚLCERAS
AN02FREV001/REV 4.0
231
Uma úlcera péptica pode ocorrer em vários lugares:
estômago (chamada úlcera gástrica);
duodeno (chamada úlcera duodenal);
esôfago (chamada úlcera esofágica);
em um divertículo de Meckel.
As úlceras duodenais raramente poderão progredir para uma neoplasia.
AN02FREV001/REV 4.0
232
TABELA 60 - DIAGRAMA DAS CAUSAS DA ÚLCERA PÉPTICA
AN02FREV001/REV 4.0
233
As principais causas das úlceras pépticas são:
infecção crônica com a bactéria Helicobacter pylori;
dietas inadequadas;
stress;
álcool;
tabaco;
fatores genéticos ;
uso regular de alguns fármacos como os AINEs.***
AN02FREV001/REV 4.0
234
23.1.1 Progressão e sintomas
AN02FREV001/REV 4.0
235
FIGURA 84 - ÚLCERA DUODENAL
AN02FREV001/REV 4.0
236
FIGURA 85 - CONTROLE DA SECREÇÃO ÁCIDA NO ESTÔMAGO
AN02FREV001/REV 4.0
237
Os redutores da acidez gástrica têm indicação nos casos de dispepsia
funcional tipo úlcera. Incluem:
antiácidos;
bloqueadores dos receptores H2 da histamina;
inibidores da bomba de prótons (IBP).
Os antiácidos são medicamentos muito antigos utilizados para tratar este
grupo de pacientes. Os mais usados nos dias atuais incluem a associação de
hidróxidos de magnésio e de alumínio. A posologia varia de acordo com o antiácido
utilizado. Deve ser ministrado cerca de uma ou duas horas após as refeições ou
quando o paciente se queixar de queimação epigástrica ou retroesternal. Possuem
eficácia limitada.
AN02FREV001/REV 4.0
238
FIGURA 87 - BLOQUEADORES DOS RECEPTORES H2
AN02FREV001/REV 4.0
239
TABELA 62 - EFEITOS ADVERSOS DOS ANTI-H2
AN02FREV001/REV 4.0
240
23.1.5 Precauções ao uso de ranitidina
AN02FREV001/REV 4.0
241
TABELA 63 - OMEPRAZOL E PANTOPRAZOL POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO
Fármaco Nome Comercial Dose Recomendada
Omeprazol 20 mg ao dia
Pacientes refratários
a outros tratamentos: 40 mg ao
dia (tomada única)
Síndrome de Zollinger-
Ellison: 60 mg ao dia, em
tomada única.
Posologias superiores
a 80 mg/dia devem ser
administradas em 2 tomadas
diárias
Pantoprazol Pantozol, Zurcal 40mg/dia pela manhã
AN02FREV001/REV 4.0
242
São reações adversas dos IBP:
náuseas, vômitos;
gastrenterite, obstipação, flatulência, diarreia transitória;
cefaleia, tontura, sonolência, insônia, fraqueza, dor muscular;
houve relatos isolados de ginecomastia, leucopenia, trombocitopenia,
angiodema, febre e distúrbios visuais.
AN02FREV001/REV 4.0
243
De uma maneira geral, as medicações, em seus bulários, seguem o
chamado "paciente típico", que seria o indivíduo de 30 anos, 75 kg a 80 kg, macho
da espécie urbano, ocidental e saudável.
Mas, pacientes especiais, quem são?
São aqueles que fogem ao estereótipo citado acima e que tantas dúvidas
trazem ao ser necessário a prescrição de um medicamento. São crianças, as
gestantes e lactantes, os hiperglicêmicos, os cardiopatas, os hipertensos, os
chamados pacientes neurológicos, os pacientes em uso de anticoagulantes, os
pacientes geriátricos e os pacientes etílicos. Existem muitas outras patologias que
deveriam ser listadas, mas estas situações acima relacionadas são as de maior
incidência, e, logo, de maior importância clínica.
Para esses pacientes serão abordadas as drogas de uso mais frequente,
tais como: os anestésicos locais, analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos.
Entretanto, vale ressaltar que para o uso de qualquer medicação, ou de sua
prescrição, é necessária uma completa anamnese do paciente. Toda e qualquer
informação que o paciente (ou seu acompanhante) possa nos fornecer sobre seu
estado de saúde podem ser vitais para se evitar complicações. Aliado a isto, um
exame clínico bem executado. Ao utilizarmos anestésicos locais, sempre devemos
perguntar ao paciente se ele já fez uso daquele tipo de anestésico.
Preferencialmente, utiliza-se o agente associado a um vasoconstrictor, pois a
associação reduz a dosagem de aplicação, diminuindo o risco de toxicidade do
agente anestésico.
24.1 CRIANÇAS
FIGURA 89 - CRIANÇAS
AN02FREV001/REV 4.0
244
As crianças são consideradas "especiais" por dois motivos:
o biológico – relacionado a pouca massa e sistemas orgânicos imaturos;
o psicológico – pois a manipulação de uma criança é algo muito
precioso, delicado e vulnerável.
A Posologia Pediátrica varia com a idade, com o peso e com o "bom senso"
do profissional. Normalmente, encontramos no bulário, as especificações: U.I./kg
peso/dia, ou mg/kg peso/dia ou ainda gotas (gts)/kg peso/dia. Cuidado ao fazer as
conversões de medida. Mediante o resultado, repare se é dose/dia ou dose/dose. Ao
obter dose/dia, não se esqueça de dividir o total pelo número de tomadas prescrito.
Por exemplo, 400 mg/ dia, de seis em seis horas. É só dividir 400 por quatro, pois o
dia (24 horas) tem quatro períodos de seis horas. Muito cuidado com este pequeno e
GRANDE detalhe.
Nestes termos, um item fundamental é conhecer o peso da criança. Isto nem
sempre é possível, pois uma balança não faz parte do equipamento do consultório
clínico e, às vezes, a mãe não nos oferece esta informação. O que fazer? Existem
maneiras de se conseguir o peso ou posologia aproximados de uma criança:
1) Eu não sei o peso, mas sei a idade
Siga a fórmula a seguir
AN02FREV001/REV 4.0
245
Exemplo: Qual a posologia pediátrica para uma criança de 12 kg de peso de
uma penicilina cuja dose adulta é 500 mg 6/6 hs?
AN02FREV001/REV 4.0
246
= 5 mg.)
Antiinflamatórios
Diclofenaco Cataflan gts e supositórios; Gotas: 1 gota/ Kg peso/
Não utilizar em Biofenac gts.; Diclofen gts dose 8/8 h (máximo de 35
crianças com menos gts.) - (1 gota = 0,5 mg)
de 1 ano Supositórios: uma unidade
de 12,5 mg 12/12 h.
Antibióticos:
Infecções leves:
Fenoximetilpenicilina (Pen-ve-oral 500.000 UI e Menores de 12 anos:
ou Penicilina V sol. 400.000 UI; Meracilina 25.000 a 90.000 UI/ Kg
500.000 UI; Penicilina V peso/ dia (doses de 6/6 h.)
500.000 UI) (por no mínimo 5 dias)
Cuidado na posologia
acima, após as contas,
você obterá a dose DIÁRIA.
Para obter a posologia por
dose, dividido o total por
quatro, pois a
Fenoximetilpenicilina deve
ser administrada de 6 em 6
horas.
+ de 12 anos: posologia
adulta: 500.000 UI 6/6 h;
Solução: 5 ml = 400.000 UI
Infecções moderadas:
AN02FREV001/REV 4.0
247
Infecções graves:
Cefalosporinas Keflex, Ceclor, Cefalecin, Solução: 15 a 25 mg/ Kg
todas sol. 125 e 250 mg.) peso/ dia de 8/8 h.
Alergia à Penicilina:
FIGURA 91 - GESTANTE
AN02FREV001/REV 4.0
248
medica-se também o feto. O mesmo se aplica às lactantes, pois no leite são
encontrados traços de fármacos administrados à mulher, os quais serão absorvidos
pela criança.
Um princípio deve ser obedecido quanto à prescrição de drogas às
gestantes ou lactantes, usar a menor dose efetiva, pelo menor tempo possível, além
de orientar a paciente sobre sua condição.
AN02FREV001/REV 4.0
249
24.3 PACIENTES HIPERGLICÊMICOS (DIABETES)
FIGURA 92 – DIABETES
AN02FREV001/REV 4.0
250
TABELA 66 - RECOMENDAÇÕES PARA PACIENTES DIABÉTICOS
Anestésicos Locais:
1ª. Escolha: Prilocaína com vasoconstrictor
Evitar o uso de vasoconstrictores derivados de adrenalina
Analgésicos:
1ª Escolha: Paracetamol
2ª. escolha: Dipirona
OBS.: Cuidado no uso da Dipirona, pois são discretos
hiperglicemiantes
- NÃO utilizar ácido acetil salicílico, pois além de aumentar o
metabolismo e ser hiperglicemiantes, atua em sinergia com a insulina,
podendo, nos pacientes insulinodependentes, provocar um choque
hipoglicêmico.
Antiinflamatórios:
Diclofenaco
Antibióticos:
Mesmas posologias e indicações para pacientes gestantes.
Lembre-se: o diabético se contamina mais facilmente
Usar posologia de ataque e de manutenção por tempos maiores.
Não subestimar qualquer problema infeccioso
Controle da glicemia
Não se esquecer de que a boca é um meio CONTAMINADO
Contate sempre o Clínico Geral ou o Endocrinologista do paciente
FONTE: Arquivo pessoal do autor.
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24.4 CARDIOPATAS e/ou HIPERTENSOS
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vasoconstritor. A dor, ansiedade e o medo sofrido pelo paciente levam a
uma liberação de adrenalina endógena em quantidade muito maior que a
contida em um tubete anestésico. Portanto, é necessário que tenhamos uma
anestesia efetiva suprimindo totalmente a dor e evitando uma tensão maior
no paciente com disfunção cardiocirculatória.
TABELA 67 - RECOMEDAÇÕES
Anestésicos Locais:
1ª. Escolha: Prilocaína com vasoconstrictor (Citanest, Citocaína,
Biopressin)
Analgésicos:
Todos podem ser usados, devendo ser prescritos baseados na
anamnese do paciente. Cuidado se o paciente faz uso de anticoagulantes.
Neste caso, evitar o uso de Ácido acetil salicílico. E lembre-se: evite a DOR em
seu paciente.
Anti-inflamatórios:
1ª. Escolha: Benzidamina (Benflogin, Benzitrat, Eridamin 50 mg)-50 mg
de 6/6 h
2ª. Escolha: Ácido Mefenâmico: (Ponstan 500) - 500 mg de 8/8 h
OBS.: Evitar Diclofenacos, Piroxicams e Corticóides, pois geram
retenção hídrica e podem aumentar a pressão arterial do paciente.
Antibióticos:
De acordo com a gravidade da infecção, utilizar os já indicados, sem
complicações pela cardiopatia. Lembre-se da prevenção da Endocardite
bacteriana! O uso do antibiótico em um Cardiopata deve ser bem efetivo,
mantendo níveis plasmáticos por sete dias no mínimo ou utilizando as doses de
ataque já descritas. Em caso de dúvidas, contate o Cardiologista.
FONTE: Arquivo pessoal do autor.
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24.5 PACIENTES EPILÉPTICOS e NEUROLÓGICOS
FIGURA 94 - NEURÔNIO
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TABELA 68 - RECOMENDAÇÕES
Anestésicos Locais:
1ª. Escolha: Prilocaína com vasoconstrictor. Evitar anestésicos que
utilizem a adrenalina ou seus derivados.
Analgésicos:
Todos podem ser usados. Apenas evite os analgésicos com cafeína ou codeína.
Antiinflamatórios:
Sem restrições. Observe apenas as restrições clínicas do paciente.
Antibióticos:
Uso conforme a contaminação ou condição clínica. Sem restrições.
Lembre-se: Você deve incutir CONFIANÇA no seu paciente.
Contate sempre o especialista sobre a compensação do paciente em seu quadro
neurológico.
FONTE: Arquivo pessoal do autor.
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TABELA 69 - RECOMENDAÇÕES
Anestésicos Locais:
1ª. Escolha: Prilocaína com vasoconstrictor. Evitar derivados de adrenalina!
Analgésicos:
1ª. Escolha: Paracetamol
2ª. Escolha: Dipirona
OBS.: Evitar o ácido acetilsalicílico, pois o mesmo é antiagregante
plaquetário, podendo interferir na fisiologia deste tipo de paciente.
Anti-inflamatórios:
1ª. Escolha: Benzidamina (Benflogin, Benzitrat, Eridamin 50 mg).
OBS.: evitar diclofenaco e piroxicam, pois são discretos antiagregantes,
como o AAS.
Antibióticos:
Uso conforme o caso, com posologia a mais cuidadosa e fiel possível.
Geralmente, este tipo de paciente é extremamente consciente e cooperativo, no que
tange à medicação.
FONTE: Arquivo pessoal do autor.
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TABELA 70 - RECOMENDAÇÕES
Anestésicos Locais:
1ª Escolha: Prilocaína com vasoconstrictor
Evitar os derivados de adrenalina. Usar de boa técnica. Evitar anestesia por
"inundação".
Analgésicos:
1ª. Escolha: Dipirona (Novalgina, Magnopyrol, Anador, em doses normais
adultas.)
2ª. Escolha: Salicilatos (AAS, Aspirina)
3ª. Escolha: Paracetamol (Tylenol, Dôrico)
Anti-inflamatórios:
1ª. Escolha: Benzidamina (Benflogin, Benzitrat, Eridamin 50 mg. Em doses
normais adultas)
2a Escolha: Meios físicos: frio local por 2 h/calor local após 24 h
OBS.: Evitar anti-inflamatórios mais potentes, pela sobrecarga hepática.
Antibióticos:
Liberados de acordo com a patologia e o paciente.
Manter o paciente bem hidratado, observando a excreção renal.
FONTE: Arquivo pessoal do autor.
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TABELA 71 - RECOMENDAÇÕES
Anestésicos Locais:
1ª. Escolha: Prilocaína com vasoconstrictor (Citanest, Citocaína, Biopressin)
OBS.: evitar derivados de adrenalina. Os pacientes etílicos geralmente têm
uma potencialização anestésica difícil.
Analgésicos:
1a Escolha: Dipirona (Novalgina, Anador, Magnopyrol, etc., em doses
normais adultas).
2ª. Escolha: Paracetamol (Tylenol, Dôrico em doses adultas normais).
Evitar AAS: gastroirritante.
Anti-inflamatórios:
1ª. Escolha: Benzidamina (Benflogin, Benzitrat, Eridamin 50 mg).
Evitar Diclofenaco, Piroxicam, Nimesulide e Corticóides, pela sobrecarga
hepática e riscos de danos a mucosa gástrica.
Antibióticos:
Uso conforme a patologia e o paciente, cuidando sobremaneira da
hidratação do paciente.
FONTE: Arquivo pessoal do autor.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Habib. Anti-inflamatórios hormonais: glicocorticoides. São Paulo: Einstein, 2008; 6
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HARVEY, R. A.; CHAMPE, P. C. Farmacologia ilustrada. 3. ed. Porto Alegre:
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HEINZ, L.; MOHR, K.; ZIEGLER, A.; BIEGER, D. Color Atlas of Pharmacology.. 2
ed. Nova York, Estados Unidos da América: Thieme, 2000.
LADD, L. A.; CHANG, D. H. T.; WILSON, K.; COPELAND, S.; PLUMMER, J. L.;
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SANTOS, José Cabral dos; RUMEL, Davi. Emergência médica na prática
odontológica no Estado de Santa Catarina: ocorrência, equipamentos e drogas,
conhecimento e treinamento dos cirurgiões-dentistas. In: Ciência & Saúde Coletiva,
11(1):183-190,ABRASCO, 2006.
FIM DO CURSO
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