Trabalho ERAC UP - V6

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A∴R∴L∴S∴ UNIVERSITÁRIA PANAMERICANA, Nº 3324

OR∴ FOZ DO IGUAÇU – PARANÁ

A INICIAÇÃO MAÇÔNICA E SEU IMPACTO NA VIDA PROFANA

TRABALHO DO ERAC 2022

AUTORES:

Alessandro Luiz Chichoski A∴M∴


Hugo Michelini Junior, A∴M∴
Igor Vinícius Mussoi de Lima, A∴M∴
Jamel Tarabain A∴M∴
Sandro Lopes Ebbing A∴M∴

VENERÁVEL MESTRE: Claudio Henrique Lopes Lisboa, M∴I∴


1º VIGILANTE: Marcelo dos Santos, M∴M∴
2º VIGILANTE: Michel José Sena de Souza, M∴M∴

Rito Brasileiro

Foz do Iguaçu, 03 de agosto de 2022


A INICIAÇÃO MAÇÔNICA E SEU IMPACTO NA VIDA PROFANA

1. INTRODUÇÃO

Este Trabalho tem por objetivo resgatar a experiência da iniciação


maçônica (rito Brasileiro) e descrever seus reflexos vivenciados na vida profana
durante os primeiros meses de lapidação da pedra bruta.

De forma vinculada a esta temática, neste trabalho, apresenta-se o


resultado de uma pesquisa realizada no âmbito maçônico com 60 entrevistados
no oriente de Foz do Iguaçu, a qual teve por objetivo registrar e identificar as
impressões da maioria dos iniciados quanto ao processo de iniciação.

2. A INICIAÇÃO

Como contextualização teórica é possível definir que a iniciação


maçônica, pode significar a morte do corpo “material” do candidato, no sentido
de transformação e regeneração, para renascer com atributos novos, sem deixar
de ser o eu que era antes. Transformado pela iniciação, seus hábitos mudam,
os seus gostos, a sua linguagem e até o seu caráter progridem. Morrer, como
disse Victor Hugo, “não é morrer, mas simplesmente mudar-se”. Numa frase, o
candidato profano morre para renascer Maçom, sendo sempre, no entanto, o
mesmo indivíduo, porém transformado pela iniciação maçônica.

Com esta contextualização e justamente por se tratar de uma ordem


iniciática, na maçonaria existe um grande destaque para o processo de Iniciação,
o qual é tido por muitos como a mais marcante de todas as experiências
maçônicas. Esta afirmação foi revalidada em nossa pesquisa, pois conforme a
Pergunta 1, 64% dos entrevistados, consideram a iniciação como sendo o
momento mais impactante da vida maçônica.
Pergunta 1. Qual o momento mais impactante em sua experiência
maçônica?

Outros Elevação Exaltação Iniciação

0
9.40%

26.40%

64%

Por todo o contexto, durante o processo de iniciação o neófito é tomado


por um sentimento muito particular que lhe remete a uma experiência única. Sua
cultura, crenças, valores profanos se fundem em momentos de ansiedade e
expectativa e imaginação sobre o que seria a verdade sobre a ordem que estaria
prestes a conhecer.

A cerimônia onde o candidato é recebido tem importância tamanha que


muitas vezes escapa do olhar mais desatento, mas nitidamente visa despertar o
espírito do profano à estudar e considerar o encontro com a verdade que em
breve lhe será apresentada (LAVAGNINI, 2008).

O contexto em que se está inserido, cria uma diversidade de


pensamentos e reflexões que influenciam a experiência tanto antes, quanto
durante e depois do processo iniciático.

2.1 O CONVITE

A ansiedade e dúvidas mais específicas sobre a ordem começam


imediatamente após o convite feito pelo padrinho, que faz refletir sobre o que
seria esta organização e de que forma isto poderia agregar valor a sua vida.
Há muita informação disponível na internet, útil mas também inútil, e o
misticismo da ordem alimenta opiniões e crenças populares que fazem com que
o imaginário do profano a respeito do convite e do que lhe espera, seja algo
muito impactante para decisão a ser tomada.

O interesse e a resposta é algo muito pessoal, mas presumindo que seja


positiva, logo na sequência se iniciam outras etapas ainda mais curiosas que
fazem o profano, desenvolver diversas ideias sobre a seriedade e o formalismo
da ordem.

A etapa de preenchimento da proposta e a busca por documentos que


comprovem sua idoneidade e passado ilibado, demonstram o critério de seleção
e trazem a certeza de que se está unindo a outros de boa índole.

2.2 A SINDICÂNCIA

Transcorrido certo tempo, onde até a ansiedade já havia diminuído,


aparece então o agendamento da sindicância, onde pessoas até então
desconhecidas, realizam uma amigável visita a sua casa, com o nítido objetivo
de conhecer detalhes de sua vida, que vão além da documentação apresentada.
Nesta ocasião, com sua família presente, é possível esclarecer dúvidas de
ambos e conversar diretamente sobre seus interesses em integrar a ordem, além
de poder especular detalhes diretamente com pessoas iniciadas e experientes,
conhecendo um pouco mais sobre como seria a rotina após o ingresso na ordem.

Após a visita resta a preocupação de como teria sido a impressão dos


sindicantes e de como seriam as demais etapas deste processo. Em algum
tempo vem a resposta, que ocasionalmente vem acompanhada de uma
expectativa de data para a cerimônia de iniciação.

Nossa pesquisa demonstra que mesmo com grande literatura e material


disponível sobre o assunto, a grande maioria foi surpreendida pela cerimônia de
iniciação, visto que conforme a Pergunta 2, aproximadamente 95% dos iniciados
não tinham ideia alguma de como seria a cerimônia de iniciação.
Pergunta 2. Tinha alguma ideia de como seria a cerimônia?

Sim Não

5.70%

94.30%

Meados a data da iniciação a expectativa já toma conta do profano, pois


após tantas etapas, tem-se a certeza de que se trata de algo muito sério, mas
ainda não se tem a clareza do que lhe espera durante e tampouco depois da
iniciação.

2.3 AS PRELIMINARES

Na semana da tão esperada data, desconhecidos fazem contato, sem


se identificar e solicitam coisas incomuns, demonstrando conhecimento a
respeito do processo em andamento. A certeza de estar prestes a fazer parte de
algo especial, faz com que os pedidos sejam atendidos sem questionamentos.

Na noite imediatamente anterior à iniciação e conforme orientação dos


“desconhecidos”, todos os preparativos já estão prontos, assim como os
cuidados com a alimentação, sono e descanso. Todo este contexto alimenta
ainda mais a ansiedade do que estaria por vir e as horas de sono são
substituídas por pensamentos sobre quão certa estaria a decisão de participar
disso tudo, e do que ainda estaria por vir.

Chegada a hora combinada, os até então desconhecidos, muito bem


trajados se fazem presentes e gentilmente lhe colocam uma venda, retirando-lhe
o sentido da visão. Esta ação removendo um dos principais sentidos aumenta
ainda mais a ansiedade e as incertezas. Os sons e o senso de direção guiam na
busca por entender e se posicionar frente ao que estaria ocorrendo no entorno.

Após chegar até o local da iniciação e aguardar vendado por tempo


considerável, a imaginação já toma conta e cria mil e uma fantasias. Onde
estaria? Como seria o ambiente? Quem estaria presente? Qual seria o próximo
passo?

O suspense é quebrado quando alguém lhe conduz até um espaço


distinto, onde a venda lhe é retirada e é possível ver um dos participantes do
ritual, anunciado como irmão terrível, usando um capuz preto, que lhe orienta a
sentar, ler e preencher formulários, autorizações e um testamento. O clima é
aterrorizante, pois presentes neste espaço estão símbolos, velas, frases e
elementos que remetem a morte. O fértil imaginário testa a coragem, pois
nitidamente se pode concluir que se está sendo conduzido ao caminho da morte.

Reflexões são apresentadas, assim como a oportunidade de abandonar


o processo caso não exista a certeza de sua vontade. Vencida esta etapa o
assustador irmão terrível retorna para novamente lhe vendar e trazer de volta à
escuridão, onde as reflexões sobre tudo que acaba de acontecer seguem mais
presentes do que antes, aumentando ainda mais a expectativa pelo que estaria
por vir.

A sensação angustiante da espera finalmente cessa no momento em


que se iniciam os trabalhos ritualísticos que dão início à sessão de iniciação.

2.4 A CERIMÔNIA

Dado início aos trabalhos da iniciação, ainda vendado o profano é


conduzido durante uma série de aparentes desafios, onde na escuridão, o medo
o imaginário transforma os sons, vozes, toques e demais sensações em uma
experiência sensorial única.

Nesta etapa o candidato instintivamente se concentra em seu interior em


momentos de reflexão intensa e inevitável, onde pensamentos vinculados ao
presente, passado e futuro ocorrem de forma simultânea e involuntária. Sem o
sentido da visão todos os demais instintos são naturalmente aguçados, criando
percepções diferentes e únicas daquele momento.

Todo o contexto envolvido é cheio de percepções indiretas, iniciando


pela experiência vivenciada na câmara das reflexões, onde o candidato é isolado
do mundo profano e colocado em um ambiente com símbolos mortuários, com
suposta referência de sua preparação para a iniciação como um novo maçom
(DA CAMINO, 2001). Neste local, tem-se a certeza de que ali é a transição da
vida profana para vida Maçônica, onde lhe são inicialmente apresentados
elementos, símbolos e alegorias presentes na Ordem e que irão preparar o
iniciante para essa nova vida.

Com todas as demais formalidades do ritual de iniciação, como etapas


intercaladas, frases ensaiadas e proferidas, é quase impossível acompanhar e
compreender todo o processo, porém as demais etapas nitidamente se associam
a desafios em um caminho tortuoso de provações e conquistas, formados pelas
viagens a que se é submetido.

Ser conduzido por alguém que o chama de irmão e serve de guia durante
todo o processo lhe traz a segurança necessária para vencer os desafios
impostos. Com exceção de poucas vozes que se pode reconhecer o incerto e o
duvidoso é substituído gradativamente por uma sensação de confiança.

Esta confiança é necessária para que se possa tomar do doce que se


torna amargo, sem ter a mínima noção do que fosse, assim como superar a
incongruência de repetir juramentos, sem a exata noção do que representam.

Por fim, no momento mais impactante de todo o processo, finalmente se


tem o alívio de voltar a enxergar ao receber a luz, onde se tem a incrível
sensação de após tantas horas poder identificar com clareza onde esteve por
todo este tempo.

Ao contrário do que se imaginava, trata-se de um local iluminado, onde


se tem a grata surpresa de estar cercado por pessoas boas, algumas conhecidas
e outras até então desconhecidas, que lhe recebem com sorrisos, porém com
espadas apontadas em sua direção, presenciando a transformação do candidato
em neófito, renascendo para uma nova vida.
A pesquisa realizada demonstra que existem diversas opiniões sobre a
relevância de todos estas etapas da iniciação, havendo um destaque importante
para o momento em que se recebe a Luz, como pode ser observado na resposta
à Pergunta 3. que destaca com aproximadamente 43% esta etapa da iniciação.

Pergunta 3. Qual foi o momento mais marcante da sua iniciação?

A Luz 43.40%

As Viagens 13.20%

A Camara das Reflexões 30.20%

A expectativa Inicial 13.20%

0.00% 5.00% 10.00%15.00%20.00%25.00%30.00%35.00%40.00%45.00%50.00%

Após todas estas etapas e dando sequência a ritualística da


iniciação, ocorrem as primeiras instruções de aprendiz, onde ainda confuso pela
experiência que acaba de ser vivida, tem-se a certeza de ter participado
ativamente de algo grandioso, mesmo sem ter entendido o contexto completo.

2.5 OS DIAS SEGUINTES

Os dias seguintes à cerimônia de iniciação são dias de descobertas,


onde ao mesmo tempo que se procura entender a experiência vivida, também é
possível experimentar a ansiedade para entender o que está por vir.

As primeiras sessões, a leitura dos materiais disponibilizados e


acompanhamento do ritual, trazem alguns esclarecimentos e ainda mais
dúvidas.

Os símbolos presentes em loja, os cargos e funções desempenhados


pelos irmãos mais experientes que muitas vezes remetem a uma meticulosa
encenação, assim como as alegorias, histórias e fábulas associadas as lições
recebidas, são todos elementos que contribuem para a sensação de estar
participando de um ritual, onde a finalidade ainda não foi explicitamente
apresentada.

Aos poucos todo este processo e elementos começam a fazer parte da


rotina, sendo possível entender a organização da entidade, a existência de
múltiplos ritos, a ritualística, o significado dos símbolos, o valor dos debates e as
lições que são repassadas de maneira singular.

Com um conhecimento mínimo, já possível entender que o segredo


iniciático consiste nesta experiência pessoal, da mesma forma que as
sensações, a percepção dos símbolos e do rito, ocorrem através de um processo
interno e pessoal, que está diretamente ligado ao desbastar a pedra bruta sendo
o aprendiz maçom, ao mesmo tempo, matéria prima e ferramenta, assim como
o produto de seu próprio trabalho.

Os dias seguintes, podem ser vistos como um caminho a ser trilhado na


busca pelo aperfeiçoamento moral, onde cada indivíduo serve de seu próprio
modelo a ser permanentemente ajustado, através de reflexões, atitudes e
adequações de conduta permanentes.

3 REFLEXOS NA VIDA PROFANA

A experiência iniciática é de fato algo que gera muito impacto na vida


dos envolvidos. A grande maioria dos respondentes de nossa pesquisa informou
que em função da iniciação, houve impactos “imediatos” na vida profana,
conforme pode ser visto no resultado da Pergunta 4.

Pergunta 4. Você acredita que a cerimônia de iniciação gerou impacto


imediato na sua vida profana?
Sim Não

15.10%

84.90%

Cada iniciado, vive e compreende a experiência da iniciação com maior


ou menor profundidade, de acordo com seus conceitos prévios, expectativas,
estado de espírito e consciência. Deste mesmo modo o impacto do que foi vivido
na vida profana, depende de fatores muito particulares de cada um.

Em nossa pesquisa, foi possível observar que a maioria dos irmãos


respondentes, considera que a iniciação maçônica gerou grande impacto em sua
vida profana, porém, este não é um consenso.

Pergunta 5. Em relação a sua iniciação o quanto considera que ela


impactou na sua vida profana?

Pouco Muito Indiferente

11.30% 9.40%

79.20%
Como se trata de algo muito particular, decidiu-se aqui comentar apenas
a experiência dos aprendizes que escrevem o presente trabalho. Neste caso, o
consenso foi de que o principal impacto vem associado às descobertas e como
elas influenciaram a forma de ver a ordem e o mundo.

A capacidade de entender os símbolos que sempre se fizeram


presentes ao nosso redor e através deles refletir sobre os valores e o significado
que trazem para situações corriqueiras.

A possibilidade de poder contar nos desafios do dia a dia, com


verdadeiros irmãos, os quais podem ser identificados na mesma sociedade
profana, não somente através de toques e palavras, mas assinaturas, postura,
gestos ou comportamentos.

O fato de não apenas entender na prática o que seria a ordem maçônica


(que até então era tida como algo secreto), mas também poder fazer parte deste
seleto grupo que por nobres valores se guiam em direção de uma sociedade
melhor.

Estar com o espírito aberto e preparado para continuar a estudar e


encontrar a verdade, nas coisas mínimas e nas confidências com outros irmãos,
sabendo que a transformação em um novo ser é real, bastando entender que o
despojar não é simplesmente simbólico, deve ser material, a fim de morrer como
profano e renascer como aprendiz maçom, buscando evolução pessoal e
espiritual, se transformando em um ser humano melhor, para família, sociedade
e os irmãos maçons.

É muito cedo para dimensionar impactos, porém de fato as etapas


experimentadas até o momento já tiveram sua parcela de contribuição para um
resultado positivo na vida profana de cada um de nós.

4 EXPECTATIVAS PARA OS PRÓXIMOS GRAUS


De fato, os primeiros meses como maçom foram meses de expectativas,
descobertas, realizações, frustrações e principalmente de muita dedicação.

Ao observar o processo hierárquico e de evolução dentro da maçonaria,


sua separação em graus e categorias, presume-se que este será um caminho
de descobertas, onde deve ocorrer naturalmente e conforme dedicação dos
iniciados, o acesso ao conhecimento sobre a ordem e a ascensão na instituição.

Os trabalhos maçônicos podem ser vistos como oportunidade de


aperfeiçoamento pessoal, filosófico ou espiritual ou ainda como fórum para tratar
valores éticos, humanos, laicos e até mesmo especulação esotérica ou de
tradições milenares.

Apesar de não ser ciência, nem história e nem religião, é uma sociedade
que envolve tudo isso, além de valores humanos, investigação da verdade,
exame da moral e a prática de virtudes.

Deste modo, por todo este contexto e por conta da percepção de que
existe muito mais a ser descoberto, praticado e desenvolvido, é que se tem a
melhor das expectativas para os próximos graus que se anunciam, fazendo
desta jornada um processo de melhoria contínua em cada um de nós.

5 CONCLUSÃO
Este trabalho foi principalmente uma oportunidade de registrar a
experiência vivida durante a iniciação, realizar um paralelo e refletir sobre os
seus impactos na vida profana. Com a realização da pesquisa, foi possível
também estender a percepção a outros irmãos, reafirmando os pontos
convergentes e conhecendo pontos de vistas distintos.

Por ser esta uma abordagem diferente da simples reprodução de


literatura maçônica, amplamente disponível, acredita-se que agregue valor aos
leitores, principalmente sobre o aspecto de reflexão sobre esta tão valiosa
experiência que todo maçom vivenciou logo no início de sua jornada.

6 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
RITUAL do Aprendiz-Maçom - Rito Brasileiro – 2009
BÉDARRIDE, ARMAND. Desbastando a Pedra Bruta. Juiz de Fora: Instituto
Maria, 1988.
DA CAMINO, Rizzardo. Aprendizado Maçônico. São Paulo - SP: Livraria
Maçônica Paulo Fuchs, 2001.
D´ELIA JUNIOR, Raymundo. Maçonaria 100 instruções de Aprendiz. São
Paulo: Madras, 2019.
LAVAGNINI, Aldo. Manual do Aprendiz Maçom - A Maçonaria revelada. Porto
Velho - RO, 2008.
ROCHA, Luiz Gonzaga da. Iniciação e vida Maçônica. Portugal, 2019.
disponível em: https://www.freemason.pt/iniciacao-vida-maconica/: acesso em
22 de jun. 2022.

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