Administração Direta

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Administração Direta e Indireta

Matéria: Direito Administrativo


Professor: Jonatas Albino do Nascimento
Direito Administrativo - Teoria e Questões comentadas
Professor Jonatas Albino do Nascimento

APRESENTAÇÃO

Olá, pessoal!
É com imensa satisfação que lançamos o curso de Noções de Direito
Administrativo - DPE AM (Administração) – Teoria e Questões no
Exponencial Concursos.
Vamos nos apresentar!
Meu nome é Jonatas Albino, sou Agente Fiscal de Rendas do Estado de
São Paulo (ICMS/SP), professor do Exponencial Concursos e de cursinhos
preparatórios presenciais em Marília, São Paulo.
Caso esse seja nosso primeiro contato, faço uma breve apresentação
sobre a mim para que nos conheçamos melhor.
Minha vida de concurseiro começou logo cedo, quando decidi que queria
ser Oficial de carreira do Exército Brasileiro. Era o ano de 2005 e morava em
Boa Vista-RR. Por não ter confiança nos cursos preparatórios lá disponíveis,
encarei a preparação por conta própria por meio de uma boa bibliografia e
muitas horas de estudos. A receita era boa e o resultado apareceu: 14º
colocado para a Escola Preparatória de Cadetes do Exército, 1º colocado no
vestibular para Ciências da Computação na UFRR e 1º colocado para a Escola
de Especialistas da Aeronáutica.
Passados aproximadamente 8 anos no Exército Brasileiro, já como 1º
tenente, decidi que queria uma carreira diferente, apontando meus esforços
para a área fiscal. Mais uma vez, agora pela impossibilidade de conciliar aulas
presenciais com a rotina exaustiva na caserna, optei pela tática já antes
utilizada: bom material e muitas horas de estudo. O resultado veio
relativamente rápido: após um ano e meio de preparação fui aprovado para o
concurso para a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, vulgarmente
conhecido como ICMS-SP, onde estou até hoje, mais precisamente na cidade
de Marília, como dito anteriormente.
Vamos fazer uma passagem pela metodologia do curso!
O curso será composto por 06 aulas (contando com a demonstrativa),
cuja divulgação obedecerá ao cronograma da página 4. A estrutura das aulas
será assim:
Teoria
Caro aluno, o melhor material para concursos não é o mais extenso, mas
o que te faça aprender corretamente e de forma rápida. Vale lembrar que o
foco é passar na prova e não se formar em direito, ok? Com esse foco, nosso
curso será extremamente objetivo, ensinando tudo o que você precisa

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saber, sem doutrinas e divagações desnecessárias. A ideia é valorizar o seu


tempo.
Por isso, vamos apresentar diversos esquemas, fluxogramas, tabelas
comparativas, pequenos resumos, sublinhados, entre outras ferramentas para
potencializar seu aprendizado.
Aqui vamos explicar uma coisa: vamos preparar o curso de forma que
os destaques, as cores, os negritos e os sublinhados sirvam para que vocês
possam fazer uma leitura dinâmica de forma que seja suficiente para resgatar
o conhecimento do assunto objeto da leitura, permitindo as revisões mais
rápidas após a leitura inicial do curso.
Questões
Nosso curso é focado na FCC, portando faremos muitas questões da
banca. Para aqueles que optem por um complemento, no material também
teremos questões ESAF, a título de complemento.
Procuraremos também extrair o máximo de conhecimento de cada
questão resolvida, assinalando o item incorreto.
Aqui gostaria de detalhar alguns pontos importantes:
 Iremos colocar questões também na parte teórica para quebrar um
pouco o ritmo, aumentar a dinâmica do estudo e também para ajudar
na fixação do conteúdo.
 Vamos colocar as questões com o gabarito no final sem os comentários
para facilitar no treinamento.
 Quando tivermos algum assunto que ainda não foi cobrado em provas
anteriores (ou que tenha sido pouco cobrado) criaremos algumas
questões no estilo da banca para que vocês não sejam pegos
desprevenidos.
Nos comentários iniciais das aulas vamos conversar com vocês dando
várias dicas, principalmente sobre técnicas de estudo. E para iniciar, lá vai a
dica inicial: planejamento!
Por isso, principalmente se você ainda está conhecendo o “mundo dos
concursos”, considere ser conduzido por um dos coachs do Exponencial.

Aproveito para convidar você para


curtir minha página no Instagram, por onde
mantenho contato com meus alunos.

Prof_Jonatas_Albino

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Aula Conteúdo
00 Administração direta, indireta e fundacional.

01 Atos administrativos.

02 Contratos Administrativos.

Licitação – Parte 1:
Licitações e Contratos administrativos (Lei nº 8.666/1993 atualizada):
03
Conceito, finalidade, princípios, objeto, obrigatoriedade, dispensa,
inexigibilidade e vedações.

Licitação – Parte 2:
Modalidades, procedimentos, anulação e revogação, sanções, pregão
04
presencial, sistema de registro de preços.
Decreto nº 3.555/2000 (atualizado).Lei nº 10.520/2002.

05 Pregão Eletrônico.

*Confira o cronograma de liberação das aulas no site do


Exponencial Concursos, na página do curso.

Durante o curso, estabeleceremos contato por meio do Fórum, onde


serão trabalhadas as dúvidas.
Vamos em frente!

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ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Sumário
1 – Organização da Administração Pública................................................................... 6

1.1 – Características Gerais da Administração Pública .............................................................. 6


1.2 – Manifestação do Estado por meio dos agentes públicos .................................................. 9
1.3 – Órgãos Públicos ............................................................................................................... 11
1.3.1 – Classificação dos órgãos Públicos ................................................................................. 13
1.3.1.1 – De acordo com a Posição Estatal............................................................................... 13
1.3.1.2 – De acordo com a Estrutura........................................................................................ 15
1.3.1.3 – De acordo com a Atuação Funcional ......................................................................... 16
1.3.1.4 – Quanto à composição dos órgãos ............................................................................. 16
1.3.2 - Criação de Órgãos Públicos e Organização da APU ...................................................... 19
1.4 – Descentralização x Desconcentração .............................................................................. 21
2 – Administração Pública Direta ............................................................................... 25
3 – Administração Pública Indireta (API) .................................................................. 25

3.1 – Características Gerais ...................................................................................................... 25


3.2 – Autarquias ....................................................................................................................... 26
3.3 – Fundações Públicas ......................................................................................................... 30
3.4 – Empresas Públicas ........................................................................................................... 34
3.5 – Sociedade de Economia Mista ........................................................................................ 38
4 – Questões Comentadas .......................................................................................... 41

4.1 – FCC ....................................................................................................................................... 41


4.2 – ESAF ..................................................................................................................................... 68
5 – Lista de exercícios................................................................................................ 88

5.1 – FCC ....................................................................................................................................... 88


5.2 – ESAF ................................................................................................................................... 103
6 – Gabarito 115
7 – Referencial Bibliográfico .................................................................................... 117

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1 – Organização da Administração Pública

1.1 – Características Gerais da Administração Pública

Vejamos alguns conceitos relevantes aplicáveis à Administração Pública


(APU): Responsabilidade Civil Objetiva, Imunidade Tributária Recíproca,
Contrato de Gestão e Precatórios.

Responsabilidade Civil Objetiva


Grande parte da APU está submetida à responsabilidade civil objetiva do
Estado, de acordo com a CF/88 (Constituição Federal de 1988):
“art 37 (...) § 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as
de direito privado prestadoras de serviços públicos
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa.”

Por esse princípio, todos os entes de direito público (inclusive os da


Administração Pública Indireta, a partir de agora também chamada de API)
respondem pelos danos que seus agentes causarem.
Este conceito de responsabilidade objetiva está associado ao fato de ser
independente de dolo (no mínimo assumir o risco de causar o dano) e culpa
(negligência, imprudência e imperícia). Caso dependesse de dolo/culpa
estaríamo diante responsabilidade subjetiva, que predomina no direito
privado. O termo objetivo nos remete a resultado, ignorando, a intenção do
agente responsabilizado.
Notem que:
 Esse princípio se aplica também às pessoas jurídicas de direito
privado prestadoras de serviços públicos. Aqui estão incluídos os
particulares delegatários e entidades da administração indireta de
direito privado.
 É utilizado o conceito de “agente”. Este é um conceito amplo que,
conforme explicado anteriormente, engloba todos aqueles que
desempenham função pública. A palavra “causarem” também é relevante,
pois tal tipo de responsabilidade somente se aplica aos prejuízos oriundos de
ações e não de omissões dos agentes públicos.

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Agente Público => Podemos definir agentes públicos como sendo


aqueles que exercem uma função pública, seja de forma
remunerada ou gratuita, permanente ou temporária. Notem que se
trata de um conceito amplo, segundo o qual até particulares em
colaboração com o Estado estão contidos. Agentes públicos são o gênero
e os servidores públicos são uma das espécies. Veremos as demais
classes na aula referente aos servidores públicos.

 No artigo emprega-se o termo “nessa qualidade” ao se referir aos


agentes. Isso significa que só há responsabilidade do Estado quando o
agente está atuando no exercício da função pública.

PJ de direito público
ou
PJ direito privado
prestadora de
serviços públicos
Responsabilidade
civil objetiva do
Estado

Ações dos agentes

(PJ = pessoa jurídica)

Imunidade Tributária Recíproca


Segundo a CF/88, temos a seguinte vedação:
“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios:
(...)
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; (...)”

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Este princípio é restrito aos impostos sobre o patrimônio, renda e


serviços e tem como um de seus principais objetivos assegurar o pacto
federativo.
Isso ocorre para impedir a influência da alteração da carga de tributária
de um ente no patrimônio ou finanças de outro, o que poderia representar
uma grande ameaça ao pacto federativo, segundo o qual os entes são
autônomos, não podendo um interferir de forma relevante no funcionamento
do outro.
Para que os entes políticos (União, Estados, Municípios e DF) gozem de
verdadeira autonomia é necessário que tenham capacidade financeira para
implementar seus projetos e arcar com suas despesas. Logo, um ente não
pode indiscriminadamente impactar a situação financeira do outro por meio da
cobrança de impostos.1

Contrato de Gestão
O contrato de gestão ou acordo programa tem previsão constitucional
(CF, 37, §8º) como vemos abaixo:
“§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos
órgãos e entidades da administração direta e indireta
poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre
seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a
fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade,
cabendo à lei dispor sobre:
I - o prazo de duração do contrato;
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho,
direitos, obrigações e Responsabilidade dos dirigentes;
III - a remuneração do pessoal.”

Como se percebe, os órgão e entidades da APU estão contemplados com


a possibilidade de celebração do contrato de gestão. A ideia é dar maior
autonomia aos órgão e entidades da APU e, em troca, obter ganhos de
produtividade e eficiência por parte do setor público.
A celebração de contratos de gestão com o setor privado também
é possível, com as entidades chamadas de organizações sociais (que serão

1
A abordagem da Imunidade Tributária adotada no nosso curso é focada no Direito Administrativo. O
aprofundamento de tal questão é matéria do Direito Tributário e foge do objetivo do nosso curso.

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abordadas futuramente). Por ora, devemos saber que nesse caso o que ocorre
é a restrição de autonomia dessas entidades.

01. (ESAF - SEFAZ CE/2007) A autonomia gerencial,


financeira e orçamentária dos órgãos e entidades da Administração direta e
indireta poderá ser ampliada mediante
a) termo de parceria.
b) protocolo de intenções.
c) contrato de gestão.
d) convênio.
e) consórcio.
Comentários:
Questão simples para fixar o conceito do parágrafo anterior.
Gabarito: C.

Precatórios
Neste momento, nos basta saber que o pagamento das dívidas do
Governo está previsto na CF/88 (art. 100). A redação do caput é a seguinte:
“Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas
Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença
judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de
apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos,
proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações
orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.”

O que você precisa saber é que são englobadas, por esse instituto,
todas as pessoas jurídicas de direito público da Administração Pública.

1.2 – Manifestação do Estado por meio dos agentes públicos

Estudamos na aula passada que a Administração Pública é responsável por


implementar (executar) as políticas públicas definidas pelo Estado. Ocorre que
tal tarefa é realizada por meio dos agentes públicos (servidores, particulares

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delegatários, empregados públicos e outros). Assim, alguns questionamentos


surgiram:
 A vontade desses agentes se confunde com a vontade do próprio
Estado?
 Qual seria a relação entre os agentes públicos e o Estado?
 Como justificar juridicamente que um agente, ao executar uma
determinada atividade, estará agindo apenas buscando exercer a
vontade do Estado?
 No caso da verificação de alguma irregularidade, quem deverá ser
responsabilizado? O agente ou o Estado?
Para responder esses e outros questionamentos, foram desenvolvidas as
teorias abaixo:
 Teoria do Mandato: o agente público representará o Estado por
meio de um mandato. O mandato é um instituto do Direito Civil no qual o
mandante (que no nosso caso seria o próprio Estado), por meio de uma
procuração, outorgaria poderes a outros (agentes públicos) para a realização
de determinados atos, de acordo com suas competências. Esta teoria não é
mais aceita, pois não seria possível a responsabilização do Estado pelos
atos cometidos pelos seus agentes (a responsabilidade recairia sobre o
mandatário – agente público – que atuou além das suas atribuições, por
exemplo). Além disso, não é explicado como o Estado (que não tem vontade
própria) poderia outorgador poderes aos agentes públicos.

 Teoria da representação: o Estado seria equiparado a um


incapaz, logo não teria condições de atuar diretamente sem a
participação de terceiros. Estes terceiros seriam os agentes públicos. Tal
teoria também não é aceita, pois o Estado como incapaz não poderia
outorgar poderes aos agentes públicos. Assim, como a Teoria do Mandato, não
seria possível responsabilizar o Estado pelas condutas de seus agentes por
ausência de capacidade daquele (Estado).

 Teoria do Órgão: É a teoria aceita atualmente. O Estado se


manifesta por meio dos órgãos que compõem a Administração Pública. Os
órgãos, por sua vez, exercem suas atribuições por meio do agente
público, cuja atuação é tida como sendo do próprio órgão. Assim, os atos
praticados pelos agentes públicos seriam imputados ao próprio órgão
(imputação volitiva). No caso da ocorrência de irregularidades por parte dos
agentes, tal conduta é atribuída ao próprio órgão e, por conseguinte, ao

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Estado, que responderá por eventuais danos causados. Esta


responsabilidade é na modalidade do risco objetivo. Cabe ao Estado ação
regressiva contra o agente que der causa ao dano, se este tiver agido com
dolo ou culpa.

Teoria do Órgão

Responsabilidade Atualmente
Imputação Volitiva
objetiva aceita

Funcionário de Fato X Usurpador de Função


Funcionário de fato é o agente público irregularmente investido
(mas ainda assim investido) em uma função pública. Situação em
que poderá ser responsabilizada a Administração, pois há vínculo entre
o indivíduo e o ente estatal em questão.
Não é aceito pela doutrina a imputação ao Estado de atos
praticados pelos chamados usurpadores de função, pessoas sem
nenhum vínculo com a Administração que venham a prejudicar os
cidadãos.
Exemplo: Um Analista do Banco Central que tenha sido nomeado sem
o ensino superior, em que pese a exigência para o cargo, é um
funcionário de fato (irregularmente investido) e por isso seus atos
serão imputados à União. Já uma pessoa que se apresenta em uma
empresa como servidor, mas que na verdade não tem nenhum vínculo
com a Administração, não irá gerar nenhum ônus para o Estado.

1.3 – Órgãos Públicos

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Para realizar sua finalidade, a Administração Pública precisa praticar


diversos tipos de atos, como a concessão de uma licença, uma fiscalização na
sede de uma empresa, a nomeação de servidores públicos, a realização de
uma licitação e muitos outros atos.
Devido a grande variedade de ações realizadas pela Administração
Pública, esta procura definir setores que cuidarão de áreas específicas de
atuação. Esta separação funcional (especialização) é realizada
geralmente através da criação de órgãos, o que é chamado de
desconcentração administrativa.
Segundo a definição do mestre Hely Lopes Meirelles, órgãos são:
“centros de competência instituidos para o desempenho de
funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é
imputada à pessoa jurídica a que pertente.”.

Percebe-se que a definição acima emprega a Teoria do Órgão,


explicada anteriormente.
Órgãos são, portanto, “compartimentos” dentro da própria
Administração Pública com funções específicas definidas. É importante
entendermos que o órgão é parte integrante da entidade que o criou, NÃO
tendo personalidade jurídica. Essa entidade que cria tais centros de
competência pode ser tanto um ente político (União, Estados, DF e Municípios)
quanto uma entidade da Administração Pública Indireta.
Quando, por exemplo, um contribuinte discorda de algum ato da Receita
Federal, ele pode questioná-la no Judiciário. Caso o faça, o pólo passivo será
ocupado pela União, entidade política com personalidade jurídica, e não a
Receita Federal, órgão do Ministério da Fazenda. A Receita Federal e o próprio
Ministério da Fazenda não têm personalidade jurídica para responder por tais
atos.
Outra consequência da ausência de personalidade jurídica dos órgãos é
que os bens efetivamente empregados no desempenho de suas atividades
continuam pertencendo ao ente ao qual pertente o órgão.
Deve-se salientar que é reconhecido no direito pátrio a
prerrogativa de certos órgãos atuarem no Judiciário na defesa de suas
competências. Esta característica é restrita aos órgãos de estatura
constitucional que, obviamente, têm maior independência.
Um órgão pode ter sua atuação restrita tanto em termos funcionais (que
papel irá desempenhar) quanto em termos geográficos (onde irá atuar). Os
órgãos que atuam em todo o território nacional são chamados de

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órgãos centrais enquanto que aqueles que exercem suas atribuições


apenas em parte do território nacional são chamados de órgãos locais.
Cabe salientar a possibilidade descrita no tópico anterior dos órgãos
públicos terem maior autonomia por meio da celebração de contratos
de gestão. Sofre severas críticas da doutrina tal possibilidade, uma vez que o
órgão não tem personalidade jurídica, logo não teria (a princípio) capacidade
para celebrar contrato com a própria Administração Pública (da qual faz
parte). De qualquer forma, por expressa previsão constitucional, devemos
entender que hoje isso é possível.
Podemos citar como exemplos de órgãos públicos a Secretaria da
Receita Federal e a Polícia Federal.

02. (ESAF - Ag Exec (CVM)/2010) São características dos


órgãos públicos, exceto:
a) integrarem a estrutura de uma entidade política, ou administrativa.
b) serem desprovidos de personalidade jurídica.
c) poderem firmar contrato de gestão, nos termos do art. 37, § 8º da
Constituição Federal.
d) resultarem da descentralização.
e) não possuírem patrimônio próprio.
Comentário:
A criação de órgão é feita por meio do instituto da desconcentração e não da
descentralização (que será explicada nos próximos tópicos). Todos os demais
itens foram explicados e fazem parte das características dos órgãos públicos.
Gabarito: D.

1.3.1 – Classificação dos órgãos Públicos

Os órgãos podem ser classificados de diversas formas. Estudaremos as


principais.

1.3.1.1 – De acordo com a Posição Estatal

 Órgão Independentes ou Primários


Esses órgãos têm sua competência originada da própria CF
(Constituição Federal da República Federativa do Brasil). Não estão
subordinados a nenhum outro órgão. Isso não quer dizer que estejam

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livres de controle. Toda a Administração Pública está submetida ao controle


realizados pelos órgãos de controle, como o Ministério Público, Controladoria
Geral do União e Tribunal de Contas da União. Como exemplos, podemos citar
o Supremo Tribunal Federal, o Senado Federal, a Presidência da República e
as Governadorias dos Estados.

 Órgãos Autônomos
Estes órgãos estão situados logo abaixo dos órgãos independentes,
sendo submetidos ao controle hierárquico por parte desses últimos.
Possuem autonomia administrativa, financeira e técnica. Geralmente
têm funções diretivas. Exemplos: Ministérios e Secretárias de Fazenda dos
Estados.

 Órgãos Superiores
Atuam principalmente nas áreas de direção, controle e decisão, não
tendo, entretanto, autonomia administrativa e financeira. Estão sujeitos
ao controle realizado pelos níveis acima especificados. Como exemplos
podemos citar as Inspetorias e Delegacias da Receita Federal.

 Órgãos Subalternos
Têm baixo nível de autonomia, sem poder decisório e com funções de
mera execução. Como exemplos, podemos citar as seções de material.

ÓRGÃOS INDEPENDENTES
ÓRGÃOS AUTÔNOMOS

ÓRGÃO SUPERIORES

ÓRGÃOS SUBALTERNOS

03. (ESAF - DNIT/2013) Quanto à sua posição estatal, o


órgão que possui atribuições de direção, controle e decisão, mas que sempre
está sujeito ao controle hierárquico de uma chefia mais alta, não tem
autonomia administrativa nem financeira, denomina-se:
a) órgão subalterno.
b) órgão autônomo.
c) órgão singular.

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d) órgão independente.
e) órgão superior.
Comentários:
Questão simples, mas que pode pegar o candidato no detalhe. A resposta é a
letra E, mas vamos quebrar o texto para tirar o máxino de revisão:
“Quanto à sua posição estatal”  Estamos falando da classificação entre
independente, autônomo, superior e subalterno. Letra C descartada.
“Possui atribuições de direção controle e decisão”  Obviamente não são os
órgãos subalternos. Letra A descartada.
“sempre está sujeito ao controle hierárquico de uma chefia mais alta”  Como
verificamos os órgãos independentes estão no topo da pirâmide e não se
submetem ao controle de nenhum outro órgão. Letra D descartada.
“não tem autonomia administrativa nem financeira”  Os órgãos autônomos,
apesar de estarem abaixo dos independentes, continuam tendo autonomia
administrativa e financeira. Letra B descartada.
Gabarito: E.

1.3.1.2 – De acordo com a Estrutura

 Órgãos Simples ou Unitários


São formados por um único centro de competência, não sendo
subdividos em outros órgãos.
 Órgãos Compostos
Internamente são dividos em outros órgãos. Notem que um órgão
composto é formado por outros órgãos compostos e simples. Os últimos
órgãos da cadeia são sempre simples. Prestem atenção no desenho abaixo,

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ÓRGÃO COMPOSTO

ÓRGÃO COMPOSTO ÓRGÃO SIMPLES

ÓRGÃO SIMPLES ÓRGÃO SIMPLES

1.3.1.3 – De acordo com a Atuação Funcional

 Órgãos Singulares ou Unipessoais


São aqueles que têm apenas um agente público responsável pela
tomada de decisões. Notem que tal órgão pode ter diversos agentes, mas
somente um define o que deverá ocorrer. Como exemplo podemos citar a
Presidência da República.

 Órgãos Colegiados ou Pluripessoais


As decisões são tomadas por um conjunto de servidores, sendo a
decisão tomada por meioria. Um exemplo é o Tribunal de Contas da União.

1.3.1.4 – Quanto à composição dos órgãos

 Singulares
Composto por um único agente público. Como exemplo podemos citar
a Presidência da República.

 Colegiados
Composto por vários agentes. Por exemplo a Delegacia da Receita
Federal de Manaus.

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Em resumo, temos:

Classificação dos órgãos


Competência originada da própria CF;
Independentes Não estão subordinados a nenhum outro
órgão.
Situados logo abaixo dos órgãos
independentes, sendo submetidos ao
controle hierárquico por parte desses
últimos;
Autônomos
Posição Estatal
Possuem autonomia administrativa,
financeira e técnica.
Principalmente nas áreas de direção,
Superiores controle e decisão, não tendo entretanto
autonomia administrativa e financeira.
Têm baixo nível de autonomia, sem
Subalternos poder decisório e com funções de mera
execução
Simples ou Um único centro de competência, não
Unitários sendo subdivido em outros órgãos
Estrutura
Internamente são divididos em outros
Compostos órgãos (são formados por outros órgãos
compostos e simples)
Singulares ou Apenas um agente público responsável
Unipessoais pela tomada de decisões
Atuação
Funcional Colegiados ou Decisões são tomadas por um conjunto de
Pluripessoais servidores
Composição Singulares Um único agente público
Estatal
Colegiados Vários agentes

04. (ESAF - Ag Exec - CVM/2010) Ao final de cada uma


das alternativas da coluna I insira o número constante da coluna II que
contemple a correspondência mais adequada. Após, assinale a opção que
apresenta a sequência correta para a coluna I.
Coluna I Coluna II
( ) São órgãos constituídos (1) Órgãos simples

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por um só centro de (2) Órgãos compostos


competência. Não (3) Órgãos singulares
são subdivididos em (4) Órgãos colegiados
sua estrutura interna,
integrando-se em órgãos
maiores.
( ) São também denominados
unipessoais, são órgãos
em que a atuação ou as
decisões são atribuições
de um único agente.
( ) Reúnem em sua
estrutura diversos
órgãos, como resultado
da desconcentração
administrativa.
( ) São caracterizados por
atuarem e decidirem
mediante obrigatória
manifestação conjunta de
seus membros.
a) 1, 2, 3, 4
b) 1, 3, 2, 4
c) 3, 2, 1, 4
d) 3, 1, 4, 2
e) 4, 3, 2, 1
Comentários: Excelente questão de revisão. Vamos comentar a parte
relevante de cada item, em ordem:
( )”... um só centro de competência (...). Não são subdivididos em sua
estrutura interna ...” Descrição clara de órgão simples. 1
( ) “...unipessoais, ...atuação ou as decisões são atribuições de um único
agente” Só faltou saber que o sinônimo de unipessoais é singular. 3.
Notem que só ai já dá pra dizer que é letra B... numa situação de prova o
candidato tem que ficar de olho nisso... Mas vamos comentar os demais itens.
( ) “Reúnem em sua estrutura diversos órgãos, como resultado da
desconcentração administrativa.” Na mesma estrutura diversos órgãos - >
composto. 2

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( ) “São caracterizados por atuarem e decidirem mediante obrigtória


manifestação conjunta de seus membros. “ Órgão colegiado. 4.
Gabarito: B.

05. (CESPE/2013/TRT – 17ª Região (ES)/Analista


Judiciário – Oficial de Justiça Avaliador)
Considere que a União, mediante decreto, crie uma secretaria vinculada ao
Ministério dos Esportes, com prazo de extinção definido e com competência
para atuar nos grandes eventos esportivos que ocorrerão no Brasil nos
próximos anos. Com base nessa situação hipotética, julgue os itens
subsequentes.
A referida secretaria será considerada um órgão simples, em razão de seu
caráter transitório.
Comentários.
Os órgãos podem ser classificados de diversas formas, quanto à posição
estatal, estrutura, atuação funcional ou composição estatal.
Quanto à Estrutura a classificação é a seguinte:

Simples ou Um único centro de competência, não sendo


Unitários subdivido em outros órgãos.

Compostos Internamente são divididos em outros órgãos (são


formados por outros órgãos compostos e simples)

Não há nenhuma classificação quanto ao prazo de existência do órgão!


Gabarito: Errado.

1.3.2 - Criação de Órgãos Públicos e Organização da APU

A criação e extinção de Ministérios (que também é um órgão) e


órgãos públicos é de competência do Congresso Nacional (CF, 48, XI)2 e

2
Onde se está (CF, 48, XI) devemos ler: Constituição Federal, artigo 48, inciso XI.

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depende de lei cuja iniciativa é de competência privativa do Presidente


(CF, 61, §1º, II,” e”).
“Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da
República, não exigida está para o especificado nos arts. 49, 51 e 52,
dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente
sobre:
(...)
XI – criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração
pública; (...)”

Essa regra de iniciativa, obviamente, só se aplica aos órgãos do


Poder Executivo. Não seria pertinente, por exemplo, o chefe do executivo
iniciar o processo de criação de um órgão do Judiciário.

Criação de Órgãos e Competência do Congresso Nacional


entidades da APU
(Poder Executivo)
Lei de iniciativa do chefe do Executivo

Segundo jurisprudência do STF (ADI 3.254, rel. min. Ellen Gracie, j.


16-11-2005, P, DJ de 2-12-2005), por simetria o mesmo vale para os
demais entes da federação. Assim, a criação/extinção de órgãos estaduais
depende de lei de iniciativa dos governadores, chefes do Poder Executivo
estadual.
O chefe do executivo pode, alternativamente, organizar o
funcionamento da Administração Pública por meio de decretos
autônomos. Nesse caso, tal alteração não pode contemplar a
criação/extinção de órgão públicos nem o aumento de despesas (CF,
84, VI, “a”).

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Decretos Autônomos. Esse tipo de decreto está previsto no artigo


84, inciso VI da CF. Por tal instituto, o chefe do executivo pode
dispor sem necessidade de lei sobre os seguintes assuntos:
 Organização da APU (desde que sem a criação/extinção
de órgãos públicos nem aumento de despesas)
 Extinção de funções ou cargos públicos quando vagos.

06. (ESAF - AFC – CGU /2006) Assinale, entre as hipóteses


abaixo, aquela que corresponde à competência legislativa do Congresso
Nacional, prevista na Constituição Federal, sobre a organização administrativa
do Poder Executivo.
a) Criação, extinção e atribuições de órgãos da Administração Pública.
b) Criação e extinção de Ministérios e órgãos da Administração Pública.
c) Criação e extinção de órgãos da Administração Direta.
d) Criação, extinção e atribuições de Ministérios, órgãos e entidades da
Administração Pública.
e) Criação e extinção de órgãos e entidades da Administração Direta e
Indireta.
Comentários: Vamos comentar cada item:
(a) Errado. Prever as atribuições dos órgãos da APU não é competência
do Congresso.
(b) Correto. Descrição literal do art. 48, XI da CF.
(c) Errado. Não é o que está previsto na CF. Aqui é colocado uma
competência mais restrita (Administração Direta), o que torna o item
errado.
(d) Errado. Novamente definição de atribuições não é competência do
Congresso, nem engloba as entidades (que têm personalidade
jurídica) da Administração Pública.
(e) Errado. Não é competência do Congresso a criação/extinção de
entidades da Administração Pública Indireta.
Gabarito: B.

1.4 – Descentralização x Desconcentração

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Como vimos, a Administração Pública estabelece (cria) centros de


competências despersonalizados chamados de órgãos, com atribuições
próprias para realizar determinadas funções. Este processo de criação de
órgão dentro de uma pessoa jurídica chama-se desconcentração
administrativa.
Caso uma pessoa jurídica opte por não criar nenhum órgão e
realizar todas atividades diretamente, estaremos diante da concentração
administrativa.
Percebam que nos dois casos a pessoa jurídica responsável
continua sendo a mesma, ocorrendo apenas a divisão de tarefas
(especialização) com intuito de alcançar maior eficiência na gestão da
coisa pública. Os órgãos ficam subordinados ao órgão superior que os
controla, configurando o chamado controle hierárquico.
Há casos, entretanto, em que é importante que esses centros de
competências tenham maior autonomia, podendo inclusive responder por
danos eventualmente causados por seus agentes. Para que isso ocorra, tais
entidades precisam ter personalidade jurídica.
É por meio da descentralização que a Administração Pública
transfere parte de suas atribuições a outras entidades.
Quando a Administração Pública cria entidades personalizadas (com
capacidade processual) para executar determinadas atividades com maior
autonomia, estamos diante da descentralização por outorga (ou por
serviço). Essas entidades continuam integrando a APU, mas fazem parte da
Administração Pública Indireta (API). Para isso, é necessária a edição de
uma lei. Nessa modalidade, a Administração Pública transfere a titularidade
e execução da atividade.
Alternativamente, a Administração pode transferir certas atribuições
para o setor privado. Nesse caso, estamos diante da descentralização por
delegação (ou por colaboração). Esta delegação é realizada por um
contrato (no caso de concessão ou permissão de serviço público) ou ato
unilateral (autorização de serviços públicos). Aqui há a transferência apenas
da execução da atividade.
Temos também a descentralização territorial ou geográfica, na
qual é criado um território federal que, conforme jurisprudência, tem
natureza de autarquia territorial.

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Criação de
Outorga
Entidades da API

Descentralização Delegação Atribuição à


Administrativa empresa privada

Descentralização Criação de
Geográfica Território Federal

Quando a Administração Pública desempenha suas atribuições sem a


criação de outras pessoas jurídicas, dizemos que ocorre a centralização
administrativa.

novos entes têm


Criação de porsonalidade
Entidades da jurídica e
Descentralização autonomia
Adm Pub
Indireta administrativa
Entes
Políticos
Não têm
Criação de
Desconcentração personalidade
órgão
jurídica nem
autonomia

Notem que uma entidade da Administração Indireta pode também


criar órgão dentro de sua estrutura, realizando a chamada
desconcentração administrativa. Além disso, pode realizar todas as atividades
sem a criação de órgão, quando estará executando suas atribuições de forma
concentrada.
O Decreto-Lei nº 200, de 25 de Fevereiro de 1967 (que estabelece
diretrizes para a Reforma Administrativa) detalha como é a estrutura básica
da Administração Pública em âmbito federal.
“Art. 4° A Administração Federal compreende:

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I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços


integrados na estrutura administrativa da Presidência da
República e dos Ministérios.
II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes
categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica
própria:
a) Autarquias;
b) Empresas Públicas;
c) Sociedades de Economia Mista.
d) fundações públicas.
Parágrafo único. As entidades compreendidas na Administração
Indireta vinculam-se ao Ministério em cuja área de competência
estiver enquadrada sua principal atividade.”

Esta estrutura foi mantida para os demais entes federativos.

Autarquias

Fundações Públicas
Administração
Indireta
Empresas Públicas

Administração
Pública Sociedades de Economia Mista

Administração Orgãos das pessoas políticas


Direta (U, E, DF, M)

Devemos salientar que também ocorre descentralização quando a


Administração Pública delega atividades aos particulares.

07. (CESPE/2014/TJ-CE/Técnico Judiciário – Área


Administrativa/ADAPTADA)

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Acerca da administração pública direta e indireta, centralizada e


descentralizada, julgue o item a seguir.
Em virtude do princípio da separação dos poderes, a administração pública
direta é exercida exclusivamente pelo Poder Executivo, o qual é incumbido da
atividade administrativa em geral.
Comentários:
O Decreto-Lei nº 200/67 dispõe sobre a organização do Poder Executivo
Federal. Como sabemos, todos os entes federados e os poderes têm órgãos
administrativos e, em consequência disso, exercem atividades administrativas.
Gabarito: Errado.

2 – Administração Pública Direta

A Adminisração Pública Direta corresponde a todos os órgão e agentes


que compõem as pessoas políticas (entes federados) do nosso país: União,
Estados, Distrito Federal e Municípios.

3 – Administração Pública Indireta (API)

3.1 – Características Gerais

A Administração Pública Indireta tem como papel desempenhar funções


que a Administração Pública Direta teria mais dificuldade para realizar, por
requerer certa autonomia da entidade.
O conceito de descentralização está diretamente ligado à reforma
do Estado e à ideia de uma Administração Pública menos burocrática e
mais eficiente - Administração Gerencial.
As entidades da API (Administração Pública Indireta) gozam de
autonomia administrativa. Tais entidades continuam fazendo parte do
ministério que as criou, sem estarem subordinadas a esse. Dizemos que o
controle realizado pelos Ministérios sobre a API é um controle
finalístico (de desempenho), ou seja, se os objetivos definidos para aquela
entidade estão sendo devidamente alcançados. Há vinculação, para fins
finalísticos, sem presença de relação hierárquica.
Notem que todas as entidades da API possuem personalidade
jurídica (diferentemente dos órgãos) sendo, portanto, sujeitos de direitos e
obrigações. Esta personalidade pode tanto ser de direito público (autarquias

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e fundações) quanto privado (empresas públicas, sociedade de economia


mista e fundações).
As entidades da API não possuem autonomia política, pois não têm
capacidade legislativa plena, ou seja, não podem definir leis (em sentido
estrito). A ideia é: A Administração Pública cria uma entidade da API para
executar certas atividades com maior autonomia. Essa entidade, apesar de
não estar subordinada ao ministério que a criou, está vinculada ao objetivo
para o qual foi criada, não podendo por vontade própria (por meio de leis)
alterar seus objetivos. Por isso, dizemos que tais entidade possuem
autonomia administrativa, mas não política. São chamadas de entidades
administrativas.
A criação de tais entidades tem previsão constitucional, como é
mostrado abaixo.
“Art. 37. (...)
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de
economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar,
neste último caso, definir as áreas de sua atuação;”

Criação Autarquias

Lei
Específica Fundações Públicas

Autorização de
Empresas Públicas
criação

Sociedades de Economia Mista

3.2 – Autarquias

As autarquias são pessoas jurídicas administrativas de direito


público pertencentes a Administração Pública Indireta. Seu objetivo é
executar com maior autonomia atividades típicas de Estado, como a
fiscalização de setores da economia. Não é permitido que essas entidades
atuem diretamente no setor econômico como agente empresarial.

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Como dito anteriormente, estão submetidas ao controle finalístico


realizado pelo Ministério que lhes deu origem.
É interessante observar o que dispõe o Decreto-Lei nº 200/1967 (que
estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa) sobre as autarquias:
“Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:
I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com
personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para
executar atividades típicas da Administração Pública, que
requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão
administrativa e financeira descentralizada.”

Possuem patrimônio próprio para realizar suas atividades e seus bens


são bens públicos para todos os efeitos legais.
A CF/88 detalha mais o item acima definindo que a sua criação
depende de lei específica (CF, 37, XIX). É pacífico na doutrina que a
personalidade jurídica das autarquias tem início com a vigência da lei
que a instituiu, não sendo necessário nenhum outro ato, como a inscrição na
junta comercial.
Devido ao princípio da simetria das formas, a extinção das autarquias
deve ser realizada também por meio de lei específica.
Tais leis (tanto de criação quanto de extinção) são de iniciativa
privativa do chefe do executivo (CF/88, 61, §1º, II, “e”):
“Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a
qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado
Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao
Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-
Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta
Constituição.
§ 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
(...)
II - disponham sobre:
(...)
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública,
observado o disposto no art. 84, VI;”

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Observem que a CF/88 fala em “Presidente” (e não chefe do executivo)


e em “Ministérios e órgãos” (e não entidades da API). Ocorre que já é pacífico
na doutrina que esses dispositivos se aplicam a todos os Chefes do Poder
Executivo (no caso de quem cria) e às entidades da API (no caso dos entes a
serem criados).
Como exemplos de autarquias podemos citar o BACEN, INSS, SUSEP,
CADE e CVM.
Por atuar predominantemente em atividade típicas do Estado, as
autarquias possuem prerrogativas do Estado como:
 Submetem-se ao regime jurídico de direito público, no qual a Autarquia
se encontra em posição superior à do particular (relação verticalizada).
 Seus atos, via de regram atuam com o uso do poder de império.
 Seus bens são bens públicos e por isso gozam de certas
prerrogativas como a impenhorabilidade (não podem ser penhorados),
imprescritibilidade (não se sujeitam ao instituto da usucapião) e
inalienabilidade (não podem ser alienados).
 O pagamento de suas dívidas obedece ao regime de precatórios
previsto no art. 100 da CF.
 Possui prerrogativas típicas de Estado como a possibilide de usar
cláusulas exorbitantes nos seus contratos administrativos.
 Seus servidores devem ser contratados por concurso público.
 Estão sujeitas ao regime de licitação.
 Seus agentes são servidores públicos submetidos ao regime
estatutário.
 Seus litígios são julgados na Justiça Federal (no caso de
autarquias federais). Há, entretanto, situações específicas que essa regra
pode ser excepcionada, como no caso de um litígio envolvendo acidentes de
trabalho de um funcionário regido pela CLT que, de acordo com a própria
CF/88, deve ser julgado na Justiça do Trabalho.
 Privilégios processuais – também aplicados aos entes políticos, que
são:
- prazo em dobro para todas as manifestações processuais;
- desnecessidade de depósito prévio das despesas processuais;
- prescrição quinquenal para seus direitos e ações contra elas; e
- duplo grau de jurisdição obrigatório (remessa obrigatória) quando a
primeira sentença for contra a Administração.

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A remessa obrigatória está prevista no novo CPC no artigo 496, onde


constam limites e exceções nos quais vale apena dar uma olhada:
“Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo
efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença:
(...)
§ 3o Não se aplica o disposto neste artigo quando a condenação ou o
proveito econômico obtido na causa for de valor certo e líquido inferior
a:
I - 1.000 (mil) salários-mínimos para a União e as respectivas
autarquias e fundações de direito público;
II - 500 (quinhentos) salários-mínimos para os Estados, o Distrito
Federal, as respectivas autarquias e fundações de direito público e os
Municípios que constituam capitais dos Estados;
III - 100 (cem) salários-mínimos para todos os demais Municípios e
respectivas autarquias e fundações de direito público.
§ 4o Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença
estiver fundada em:
I - súmula de tribunal superior;
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior
Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas
repetitivas ou de assunção de competência;
IV - entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no
âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em
manifestação, parecer ou súmula administrativa.”

 Estão sujeitas à responsabilidade civil objetiva.


 De acordo com o §2º do artigo 150 da CF/88 a imunidade tributária
recíproca é extensiva às autarquias, porém restrita às suas finalidades
essenciais ou às delas decorrentes.
 Por aplicarem recursos públicos, estão sujeitos ao controle dos
órgãos com essa finalidade, como o realizado pelo TCU (Tribunal de
Contas da União), na esfera federal, pelos TCEs (Tribunais de Contas
Estaduais) na esfera estadual e pelo Poder Legislativo.
As autarquias podem ter maior autonomia administrativa, financeira e
gerencial, atuando em regimes especias. São as Agências Executivas e

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Agências Reguladoras, que serão estudadas na nossa próxima aula. As


Autarquias que não têm tal tratamento atuam sob regime ordinário ou
comum.

Criadas por Lei Estatutários


Específica Servidores

Concurso Público

Patrimônio próprio - bens


Autarquias Personalidade de públicos
Federais direito público
Sujeita ao regime de
pagamento por precatórios

Justiça Federal

Responsabilidade Civil
Objetiva (regra)

08. (CESPE/2014/TJ-DF/Titular de Serviços de Notas e


de Registros /ADAPTADA)
Acerca da administração pública, julgue o item subsequente.
Embora as autarquias sejam pessoas jurídicas de direito público, elas
sujeitam-se à falência e não gozam de privilégios tributários.
Comentários:
Por ser uma pessoa jurídica de direito público ela não se sujeita à falência.
Além disso, por atuar predominantemente em atividade típicas do Estado, as
autarquias possuem prerrogativas do Estado como a imunidade tributária
recíproca (§2º do artigo 150 da CF), restrita às suas finalidades essenciais ou
às delas decorrentes.
Gabarito: Errado.

3.3 – Fundações Públicas

As fundações públicas têm por objetivo realizar, de forma


descentralizada, atividades de interesse público de cunho social. Não têm

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finalidade lucrativa, sendo um conceito originado no direito civil, onde são


conhecidas também como sendo um patrimônio personalizado.
 Elementos:
 Criação inicial por meio de doação patrimonial do instituidor.
 Tem como objeto o exercício de atividades de interesse social.
 Ausência de finalidade lucrativa.
A função do Ministério Público de zelar pelas fundações, prevista no
Código Civil, não se aplica às fundações públicas da API.
Um bom exemplo de fundação pública é o IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística).
Podem ser criadas de duas formas:
 Por lei específica. Nesse caso caso as fundação públicas são espécies
de autarquias (“fundação autárquica”) e, portanto, gozam das
mesmas características descritas no tópico anterior, salvo por terem
uma atividade direcionada para o interesse social. Nesse caso, têm
personalidade de direito público e passam a existir a partir da
vigência da lei instituidora.
 Por escritura pública. Nessa situação, a criação da fundação pública é
autorizada por lei específica e sua existência tem início no
momento em que sua escritura de constituição é registrada no
Cartório de Registro de Civil de Pessoas Jurídicas. Possui personalidade
jurídica de direito privado.

Vejamos o que diz o decreto-lei da reforma gerencial federal:


“IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade
jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude
de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades
que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito
público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido
pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado
por recursos da União e de outras fontes.”

Sei o que vocês estão pensando: “Mas você acabou de falar que as
fundações podem ter personalidade jurídica tanto de direito público quanto de
direito privado?”. Esse é o entendimento doutrinário e jurisprudencial (STF).
Temos que saber que o Decreto-Lei tem essa redação e então uma afirmativa
do tipo “segundo o Decreto-Lei nº 200/67, as fundações públicas têm

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personalidade jurídica de direito privado...” deve ser considerada correta.


Temos que estar preparados para o caso de o examinador cobrar o
entendimento literal do Decreto-Lei, mas também é possível que a cobrança
seja mais abrangente.
As fundações públicas devem ter sua área de atuação definida em lei
complementar (CF, 37, XIX).
Se tiver personalidade jurídica de direito privado teremos as seguintes
características:
 Criação/Extinção ocorre com a inscrição dos atos constitutivos.
 Sua criação é autorizada por lei específica.
 Em regra, pratica atos de direito privado sem poder de império.
 Se submetem ao regime de licitação (Lei 8.666/90).
 Seus bens não gozam das prerrogativas dos bens públicos – são tidos
como bens privados.
 Como todos os entes da API, fazem parte do ente político que as criou e
se submetem ao controle finalístico (vinculação).
 Seus agentes são celetistas (regidos pela CLT).
 Foro para litígios judiciais: Essa questão não é consensual na doutrina e
jurisprudência, existindo autores de renome que advogam em ambos os
sentidos. Recomendo que caso surja uma questão sobre esse item seja
adotado o posicionamento de que as fundações públicas de direito
privado federal tem foro na Justiça Federal, salvo os casos sujeitos à
Justiça especializada.
 De acordo com o §2º do artigo 150 da CF/88, a imunidade tributária
recíproca é extensiva às fundações públicas, independentemente
do regime, restrita às suas finalidades essenciais ou às delas
decorrentes
 Por aplicarem recursos públicos, estão sujeitos ao controle realizado
pelo TCU (Tribunal de Contas da União) na esfera federal, pelos TCEs
(Tribunais de Contas Estaduais) na esfera estadual e pelo Poder
Legislativo.

Importante ainda algumas inovações trazidas pelo Novo CPC:


 Prazos em dobro para manifestações processuais, conforme artigo 183
do NCPC;

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 Duplo grau de jurisdição obrigatório, em obediência ao artigo 496,


também do NCPC; e
 Ausência de obrigatoriedade de adiantamento de custas processuais por
manifestações realizadas pelo MP, Defensoria ou Fazenda Pública (artigo
91 do NCPC).

Criadas por lei específica

de Direito Público

Espécie de autarquias
Fundações
Públicas
Criação autorizada por Lei
específica
de Direito
Privado Adquire personalidade
Área de atuação jurídica com inscrição
definida em Lei dos atos constitutivos
Complementar

09. (CESPE/2015/FUB/Administrador)
A respeito da administração direta e indireta, julgue o item a seguir.
As fundações públicas, tanto as de direito público quanto as de direito privado,
são necessariamente criadas por lei, devendo estar o patrimônio delas
vinculado a um fim específico.
Comentários:
Segundo o inciso XIX do artigo 37 da CF/88: somente por lei
específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à
lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;

O CESPE alterou o gabarito da questão de Certo (preliminar) para Errado


(definitivo) com a seguinte justificativa: "Há possibilidade de fundações serem
criadas por decreto".
Assim, as fundações podem ser criadas de duas formas:

 Por lei específica. Nesse caso as fundações públicas


são espécies de autarquias (“fundação autárquica”) e, portanto,

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gozam das mesmas características destas, salvo por terem


uma atividade direcionada para o interesse social. Nesse caso têm
personalidade de direito público e passam a existir a partir
da vigência da lei instituidora.
 Por escritura pública. Já nessa situação a criação da fundação pública
é autorizada por lei específica e sua existência tem início no
momento em que sua escritura de constituição é registrada no
Cartório de Registro de Civil de Pessoas Jurídicas. Possui personalidade
jurídica de direito privado. Para o CESPE, também podem ser criadas
por decreto, após autorização por lei específica, e passam a existir a
partir da vigência do decreto.
Gabarito: Errado.

3.4 – Empresas Públicas

As Empresas Públicas são entidades da API que podem atuar tanto na


prestação de serviços públicos quanto na exploração de atividades
econômicas.
Têm invariavelmente personalidade jurídica de direito privado e
capital 100% público. Apesar disso, nada impede que mais de um ente
Federado participe da constituição de uma empresa pública.
Quando dizemos que uma entidade está sujeita ao regime jurídico
de direito privado, significa que, em que pese fazer parte da Administração,
não atuará com verticalidade em relação ao particular (estará em “pé de
igualdade”). No entanto, ainda assim estará sujeita aos controles atinentes à
Administração.
Outro ponto importante é que essas entidades (assim como as
Sociedades de Economia Mista) são regidas predominantemente pelas
regras de direito privado, havendo situações nas quais deve ser aplicado o
direito público. Por isso, também é dito que são regidas por um regime
híbrido (predomina o direito privado, mas também é aplicado o direito
público).
Além disso, os princípios que regem a APU (que estudaremos em
aulas futuras) são também aplicáveis às estatais, uma vez que essas
compõem a Administração Pública.
Podem adotar qualquer tipo societário (Sociedade Anônima,
Limitada, etc.). Segundo a Constituição Federal, temos os seguintes
dispositivos de maior relevância:

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“Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a


exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será
permitida quando necessária aos imperativos da segurança
nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em
lei. (...)”

Perceba que a CF/88 deixou à iniciativa privada a condução da atividade


empresarial no país de forma geral. Apenas em setores estratégicos, como o
setor de energia, ainda vemos uma participação relevante do Estado.
“Art. 173 (...)
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da
sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem
atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou
de prestação de serviços, dispondo sobre:
I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela
sociedade;
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas,
inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais,
trabalhistas e tributários;
III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e
alienações, observados os princípios da administração pública;
IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de
administração e fiscal, com a participação de acionistas
minoritários;
V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a
responsabilidade dos Administradores."

O estatuto acima citado é a Lei nº 13.303/2016, Lei das Estatais, que


foge ao objetivo da presente aula.
“Art. 173 (...)§ 2º - As empresas públicas e as sociedades de economia
mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às
do setor privado.”
As estatais não podem ter acesso a benefícios estranhos ao setor
privado. Isso se dá pelo claro desequilíbrio que seria causado no mercado.
Imagine, por exemplo, a Caixa Econômica Federal, exemplo de empresa
pública (cuja autorização para instituição foi concedida pelo Decreto-Lei
759/69), explorando a atividade bancária sem incidência de quaisquer

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tributos. Seria claro o desequilíbrio, pois os particulares que exploram essa


atividade não teriam condições de competir com o preço oferecido pela
empresa em questão.
Segundo o Decreto-Lei, da reforma administrativa no âmbito federal:
“II - Empresa Pública - a entidade dotada de personalidade
jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital
exclusivo da União, criado por lei para a exploração de
atividade econômica que o Governo seja levado a exercer por
força de contingência ou de conveniência administrativa, podendo
revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito.”

O Governo faz uso dessa entidade quando o setor privado não tem
interesse ou recursos para atuar numa dada área que é tida como
estratégica para o Estado. A Caixa Econômica Federal, conforme já citado, é
um excelente exemplo pois, além de atuar como banco privado, tem um papel
importantíssimo no setor habitacional do país.
Sua criação depende de lei específica autorizativa, mas só adquire
personalidade jurídica no momento da inscrição de seus atos constitutivos
na junta comercial ou no cartório de pessoas jurídicas (como qualquer outra
empresa do setor privado).
A criação de subsidiárias e a participação em empresas privadas
depende em cada caso de prévia autorização legislativa (CF/88, 37, XX).
Ocorre que, segundo o STF, a própria lei que autorizou a criação da
entidade pode prever antecipadamente a criação de subsidiárias.
Vamos fazer uma passagem pelas características das empresas
públicas.
 Personalidade jurídica de direito privado.
 Capital 100% Público.
 Agentes públicos são empregados regidos pela CLT e, portanto, não
adquirem estabilidade no serviço público, ainda que atuem em empresa
prestadora de serviço público.
 Não podem gozar de privilégios não extensíveis às empresas
privadas (CF/88, 173, §2º ).
 Apesar de não estar previsto expressamente na CF/88, o STF entende
que quando atuam na prestação de serviços públicos a
imunidade tributária recíproca é também aplicável às empresas
públicas.

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 Sujeitas ao princípio da responsabilidade objetiva do Estado quando


tiver como objeto a prestação se serviços públicos.
 Submetem-se ao controle de desempenho (finalístico).
 Seus funcionários são empregados públicos concursados (salvo os
cargos em comissão de livre nomeação e exoneração).
 Devem obsevar os ditames da Lei das Estatais.
 Foro competente da Justiça Federal (para as EPs federais),
ressalvados os casos afeitos a áreas específicas (Justiça do Trabalho,
Justiça Eleitorial, etc).
 Por aplicarem recursos públicos, estão sujeitas ao controle realizado
pelo TCU (Tribunal de Contas da União) na esfera federal, pelos TCEs
(Tribunais de Contas Estaduais) na esfera estadual e pelo Poder
Legislativo.
 Seus bens não são bens públicos – são bens privados.

Celetistas
Agentes
Concurso Público

Empresas
Patrimônio próprio - Bens Privados
Públicas

Personalidade Capital 100% Público


de direito
Criação é privado Justiça Federal
autorizada
por Lei
Responsabilidade Civil Objetiva
Específica
quando presta serviço público

Com relação ao último item, são válidas algumas observações. Segundo a


doutrina majoritária, somente os bens das pessoas jurídicas de direito público
são bens públicos.
Um detalhe importante é que, quando os bens estão sendo empregados
na prestação de serviços públicos (dizemos afetados), estes bens gozam
de certas prerrogativas dos bens públicos, como a inalienabilidade. Estas

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características não alteram a natureza dos bens (que continuam sendo bens
privados) e só duram enquanto tais bens permanecem afetados à prestação
de serviços públicos.

3.5 – Sociedade de Economia Mista

São bastante semelhantes às empresas públicas, de forma que,


para facilitar o aprendizado, iremos explicar as diferenças.
Sua forma societária é a de Sociedade Anônima (S/A), sendo
formada tanto por capital público quanto privado. O detalhe importante é
saber que a maior parte do capital votante deve obrigatoriamente
pertencer ao setor público.
Seu foro para julgamento de litígios é a Justiça Estadual (regra).
Deve-se salientar que a Súmula 517 do STF determina que, quando a União
intervier como assistente ou oponente, a competência será deslocada para a
Justiça Federal.
Vejamos como o Decreto-lei 200/1967 define as sociedades de
economia mista:
“III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de
personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a
exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade
anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua
maioria à União ou a entidade da Administração Indireta.”
Suas características Gerais são:
 Personalidade jurídica de direito privado.
 Sempre Sociedade Anônima.
 Capital público e privado.
 Criação autorizada por lei específica.
 Início da personalidade pela inscrição dos seus atos constitutivos.
 Não podem gozar de privilégios não extensíveis às empresas privadas
(CF, 173, §2º ).
 Apesar de não estar previsto expressamente na CF/88, o STF entende
que, quando atuam na prestação de serviços públicos, a
imunidade tributária recíproca é também aplicável às sociedades
de economia mista.

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 Sujeitas ao princípio da responsabilidade objetiva do Estado quando


tiverem como objeto a prestação de serviços públicos.
 Submetem-se ao controle de desempenho (finalístico).
 Seus funcionários são empregados públicos concursados (salvo os
cargos em comissão de livre nomeação e exoneração).
 Seus agentes públicos são empregados regidos pela CLT e, portanto,
não adquirem estabilidade no serviço público, ainda que atuem em
empresa prestadora de serviço público.
 Devem obsevar os ditames da Lei das Estatais.
 Foro competente é a Justiça Estadual, ressalvados os casos afeitos à
áreas específicas (Justiça do Trabalho, Justiça Eleitorial, etc) e quando a
União intervier como assistente ou oponente, já que a competência será
deslocada para a Justiça Federal.
 Por aplicarem recursos públicos, estão sujeitos ao controle realizado
pelo TCU (Tribunal de Contas da União) na esfera federal, pelos TCEs
(Tribunais de Contas Estaduais) na esfera estadual e pelo Poder
Legislativo.
 Seus bens não gozam das prerrogativas dos bens públicos
(imprescritibilidade, impenhorabilidade, inalienabilidade).

Celetistas
Agentes
Concurso Público

Sociedades de Patrimônio próprio - bens Privados


Economia Mista

Capital votante é
Personalidade majoritariamente Público
de direito
privado -
Sempre S.A. Justiça Estadual
Criação é
autorizada por
Lei Específica
Responsabilidade Civil Objetiva
quando presta serviço público

Da mesma forma que nas empresas públicas, o regime jurídico aplicado é


híbrido, havendo predomínio do direito privado. Mas continuam existindo
situações nas quais deve ser adotado o regime jurídico de direito público,

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como no caso das licitações e concurso público obrigatório para os seus


agentes.

Sociedade de Economia Mista


Empresa Pública Federal
Federal

• Foro Justiça Federal • Foro Justiça Estadual


• Capital Totalmente Público • Capital Votante
• Qualquer Tipo Societário Majoritariamente Público
• Sempre S/A

10. (CESPE/2014/TJ-CE/Técnico Judiciário – Área


Administrativa/ADAPTADA)
Acerca da administração pública direta e indireta, centralizada e
descentralizada, julgue o item a seguir.
A criação de empresa pública e de sociedade de economia mista depende de
autorização legislativa, porém, o mesmo não ocorre às suas subsidiárias.
Comentários:
De acordo com o artigo 37 da Constituição Federal de 1988:
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de
fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de
sua atuação;
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de
subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como
a participação de qualquer delas em empresa privada;

Gabarito: Errado.

Por hoje é isso, pessoal. Não se esqueçam de exercitarem fazem


preferencialmente todos os exercícios abaixo listados. Apenas ler a teoria tem
pouca eficiência para o aprendizado se não houver prática. Qualquer dúvida,
faça o envio por meio do Forum.

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4 – Questões Comentadas

4.1 – FCC

1. (FCC / Analista Judiciário / TRE-PR / 2017)


Uma autarquia pode:
a) contratar empregados celetistas sem concurso público para provimento de
funções em seus quadros, hipótese em que não gozarão de estabilidade e
garantia de demissão precedida de processo administrativo disciplinar.
b) alienar bens de sua propriedade, desde que de natureza comum, por meio
de pregão, vedada a modalidade eletrônica quando for necessária a prestação
de garantia.
c) contratar bens e serviços por meio de regime jurídico de direito privado
quando se tratar de sua atividade fim e estiver sujeita a mercado
concorrencial.
d) ser titular e executar serviços públicos essenciais quando assim lhe for
atribuído pela lei que a criou e que disciplina sua atuação, inclusive para fins
de disciplinar o exercício dos poderes típicos da Administração pública.
e) participar do capital social ou ser acionista de empresas estatais da mesma
esfera de governo, independentemente do que preveja a lei que a criou, bem
como de seu escopo de atuação, tendo em vista que também integram a
Administração indireta e, como tal, sujeitam-se ao mesmo regime jurídico e
finalidade mediata.
Comentários.
A alternativa correta é a letra D, pois as autarquias são entidades que podem
ser dotadas do poder público para atividades de restrição a direitos, desde que
haja previsão legal para tal atuação.
A alternativa A é incorreta, pois as autarquias se sujeitam à regra de
realização de concursos públicos.
A alternativa B é incorreta, pois os bens das autarquias são bens públicos,
devendo a eventual a alienação obedecer às regras que essa condição impõe.
A alternativa C é incorreta. As autarquias não são entidades voltadas à
atuação no mercado, estando sujeitas à Lei de Licitações.
A alternativa E é incorreta, pois a atuação da autarquia deve ser pautada pela
finalidade constante da lei que a criou.
Gabarito 1. D.

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2. (FCC / Analista Judiciário Área Judiciária / TRE-PR / 2017)


No que se refere aos entes que integram a Administração pública indireta e o
controle externo a que estão sujeitos,
a) todos se submetem ao controle exercido pelos Tribunais de Contas, mas os
dirigentes das autarquias e fundações sujeitam-se também pessoalmente à
imposição de multa, o que não se aplica aos dirigentes de pessoas jurídicas de
direito privado.
b) as empresas públicas sujeitam-se integralmente ao mesmo nível e
extensão de controle que as autarquias, o que não se aplica às sociedades de
economia mista, que se sujeitam apenas a controle finalístico de resultados
pelos órgãos de controle externo.
c) somente o Judiciário pode analisar integralmente os atos e negócios
realizados pelas pessoas jurídicas, restando o exame da conduta dos
administradores aos Tribunais de Contas.
d) seus dirigentes não se sujeitam a responsabilização pessoal ou sanção
individualizada perante os Tribunais de Contas ou Poder Judiciário,
possibilidade restrita aos gestores da Administração direta.
e) seus dirigentes podem ser sancionados pelos Tribunais de Contas, com
imposição de multa, caso infrinjam dispositivo normativo que assim comine,
independentemente da imputação de responsabilidade e consequências às
pessoas jurídicas que representam.
Comentários.
A alternativa E está correta, pois a administração indireta está sujeita ao
controle realizado pelos Tribunais de Contas.
CF/88. Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta,
quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e
renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante
controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com
o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por
dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta,
incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público
federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra
irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;
A alternativa A é incorreta, pois não há a escusa aos dirigentes de pessoas
jurídicas de direito privado conforme lá citado.

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A alternativa B é incorreta, conforme o artigo 70 acima. Ainda, o controle


finalístico é realizado pelo órgão da administração direta ao qual a entidade
está subordinada.
A alternativa C é incorreta, pois na CF/88 traz a inafastabilidade de jurisdição.
Art. 5º (...)
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a
direito;
A alternativa D também é incorreta em face dos artigos 70 e 71 acima, pois
não há restrição do controle dos Tribunais de Contas à administração direta.
Gabarito 2. E.

3. (FCC / Técnico Judiciário - Área Administrativa / TRT21 / 2017)


Diferem os órgãos públicos dos entes integrantes da Administração indireta:
a) no que concerne à necessidade de realização de licitação, obrigatória
apenas para a Administração direta e para os entes da Administração indireta
dotados de personalidade jurídica de direito público.
b) quanto ao regime jurídico contratual, tendo em vista que os contratos
firmados pelos entes da Administração indireta submetem-se ao regime
jurídico privado.
c) no que se refere à personalidade jurídica, tendo em vista que somente os
entes que integram a Administração pública indireta são dotados de
personalidade jurídica própria.
d) no que se refere ao regime jurídico de seus servidores, sendo obrigatória
prévia submissão a concurso público de provas e de provas e títulos para os
servidores públicos da Administração direta.
e) quanto ao trâmite de processos administrativos, tendo em vista que os
princípios que regem a Administração pública somente incidem quando se
trata dos processos administrativos relativos à Administração direta.
Comentários.
A alternativa correta é a letra C. As entidades da API (Administração Pública
Indireta) gozam de autonomia administrativa. Tais entidades continuam
fazendo parte do ministério que as criou, sem estarem subordinadas a esse.
Dizemos que o controle realizado pelos Ministérios sobre a API é um
controle finalístico (de desempenho), ou seja, se os objetivos definidos para
aquela entidade estão sendo devidamente alcançados. Há vinculação, para fins
finalísticos, sem presença de relação hierárquica.

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Notem que todas as entidades da API possuem personalidade jurídica


(diferentemente dos órgãos) sendo, portanto, sujeitos de direitos e
obrigações. Esta personalidade pode tanto ser de direito público (autarquias
e fundações) quanto privado (empresas públicas, sociedade de economia
mista e fundações).
A alternativa A é incorreta, pois a obrigatoriedade de licitar abarca toda a
administração.
Art. 37 (...)
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços,
compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública
que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas
que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da
proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de
qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento
das obrigações.
A alternativa B é incorreta, pois os contratos firmados por toda administração,
quando administrativos, se submetem à Lei de Licitações.
A alternativa D é incorreta, pois toda a administração se sujeita à regra de
realização de concurso público para a contratação de pessoal.
A alternativa E está incorreta, pois toda a administração se sujeita à Lei nº
9.784/99, lei de processo administrativo federal.
Gabarito 3. C.

4. (FCC / Técnico Judiciário - Área Administrativa / TRE-SP / 2017)


O controle exercido pela Administração direta sobre a Administração indireta
denomina-se:
a) poder de tutela e permite a substituição de atos praticados pelos entes que
integram a Administração indireta que não estejam condizentes com o
ordenamento jurídico.
b) poder de revisão dos atos, decorrente da análise de mérito do resultado,
bem como em relação aos estatutos ou legislação que criaram os entes que
integram a Administração indireta.
c) controle finalístico, pois a Administração direta constitui a instância final de
apreciação, para fins de aprovação ou homologação, dos atos e recursos
praticados e interpostos no âmbito da Administração indireta.

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d) poder de tutela, que não pressupõe hierarquia, mas apenas controle


finalístico, que analisa a aderência da atuação dos entes que integram a
Administração indireta aos atos ou leis que os constituíram.
e) poder de autotutela, tendo em vista que a Administração indireta integra a
Administração direta e, como tal, compreende a revisão dos atos praticados
pelos entes que a compõem quando não guardarem fundamento com o escopo
institucional previsto em seus atos constitutivos.
Comentários.
A alternativa correta é a letra D. As entidades da API (Administração Pública
Indireta) gozam de autonomia administrativa. Tais entidades continuam
fazendo parte do ministério que as criou, sem estarem subordinadas a esse.
Dizemos que o controle realizado pelos Ministérios sobre a API é um
controle finalístico (de desempenho), ou seja, se os objetivos definidos para
aquela entidade estão sendo devidamente alcançados. Há vinculação, para fins
finalísticos, sem presença de relação hierárquica.
As demais alternativas estão incorretas em face da ausência de hierarquia
entre a administração direta e indireta. A substituição de atos ou sua
apreciação a título de revisão se baseiam no poder hierárquico. Como não há
hierarquia entre administração direta e indireta essa revisão é inviável.
Gabarito 4. D.

5. (FCC / Defensor Público / DPE-ES / 2016)


O regime jurídico constitucional e legal vigente aplicável às entidades da
administração indireta dispõe que
a) os servidores das fundações criadas pelo Poder Público sempre se vinculam
ao regime geral de previdência social.
b) a remuneração dos empregados das empresas estatais que se dediquem à
atividade econômica em sentido estrito não está sujeita ao teto remuneratório
constitucional.
c) as associações públicas não são consideradas entidades da administração
indireta, em razão de seu regime especial.
d) aos dirigentes das agências executivas é assegurado o desempenho de
mandato fixo, durante o qual não podem ser exonerados, senão por motivo
justo, apurado mediante processo administrativo em que estejam assegurados
a ampla defesa e o contraditório.
e) estão sujeitos ao regime jurídico único os servidores da administração
pública direta, das autarquias e fundações públicas.

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Comentários.
A alternativa correta é a letra E, que traz questão sedimentada em
jurisprudência do STF.
A alternativa A é incorreta. As fundações de direito público, também
conhecidas como fundações autárquicas, tem seu pessoal empregado sob
regime estatutário, tendo, em regra, RPPS.
A alternativa B é incorreta. Caso existam aportes de recursos públicos para
pagamento de pessoal e custeio em geral, haverá a imposição ao teto
constitucional.
A alternativa C é incorreta, pois os consórcios públicos de direito público são
entidades da administração indireta.
A alternativa D é incorreta, pois essa restrição é aplicável às Agências
Reguladoras.
Gabarito 5. E.

6. (FCC / Auditor Fiscal da Receita Municipal / Prefeitura de


Teresina – PI / 2016)
Empresa pública municipal dependente, sujeita a regime de direito privado,
pretende contratar novos empregados, para ocuparem postos que não sejam
em comissão. Para tanto, é lícito que adote como providência contratar novos
empregados,
a) mediante concurso público, oferecendo-lhes remuneração mensal jamais
superior ao subsídio mensal do Prefeito.
b) mediante concurso público, oferecendo-lhes remuneração mensal superior
ao subsídio mensal do Prefeito.
c) sem concurso público, oferecendo-lhes remuneração mensal superior ao
subsídio mensal do Prefeito.
d) sem concurso público, oferecendo-lhes remuneração mensal jamais
superior ao subsídio mensal do Prefeito.
e) mediante concurso público, oferecendo-lhes remuneração mensal jamais
superior ao subsídio mensal do Prefeito, exceto se a empresa em questão for
uma exploradora de atividade econômica de comercialização de bens e
serviços.
Comentários.

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A alternativa correta é a letra A. Conforme regramento do teto do


funcionalismo previsto no artigo 37, XI, os servidores municipais terão como
regra o subsídio do prefeito municipal como teto constitucional.
Art. 37 (...)
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e
empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos
membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes
políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos
cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer
outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos
Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos
Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o
subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos
Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio
dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e
vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos
Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário,
aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e
aos Defensores Públicos.
Gabarito 6. A.

7. (FCC / Técnico de Nível Superior / Prefeitura de Teresina /


2016)

Pessoa jurídica de direito privado, constituída sob a forma da legislação


brasileira, com parte do capital pertencente a entes públicos, na condição de
detentores do controle, prestadora de serviço público, sujeita a regime
licitatório para contratação das atividades meio, descreve uma

a) sociedade de economia mista.

b) autarquia.

c) fundação.

d) empresa pública.

e) autarquia especial.

Comentários.

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A alternativa correta é a letra A, que corresponde às características do


enunciado. Importante lembrar que a Lei das Estatais traz disposições
específicas para licitações realizadas por essas entidades quando exploradoras
de atividades econômicas.
Gabarito 7. A.

8. (FCC/Julgador Administrativo Tributário do Tesouro


Estadual/SEFAZ-PE/2015)
A modernização da Administração pública implementada nos anos 1990 ao
influxo do modelo gerencial envolveu a introdução de alterações
constitucionais e legais com o escopo de aumentar a autonomia de algumas
entidades da Administração indireta, objetivando dar maior efetividade à sua
atuação. Como exemplo desse movimento incluem-se as agências executivas,
que correspondem a
a) autarquias criadas com regime especial, que atuam na regulação de setores
específicos.
b) organizações do terceiro setor que atuam em colaboração com a
Administração.
c) entidades privadas sem fins lucrativos que celebram contratos de gestão
com a Administração pública.
d) instituições públicas ou privadas que firmam termos de parceria para a
execução de serviços públicos não exclusivos.
e) fundações ou autarquias que recebem essa qualificação e passam a se
submeter a um regime jurídico especial.
Comentários.
A alternativa correta é a letra E, a figura das Agências Executivas,
regulamentada pelo decreto 2487/98, cujo foco foi conceder maior autonomia
às entidades de direito público da Administração Pública Indireta em troca de
uma gestão por resultados mais efetiva.
Art. 1º As autarquias e as fundações integrantes da Administração Pública
Federal poderão, observadas as diretrizes do Plano Diretor da Reforma do
Aparelho do Estado, ser qualificadas como Agências Executivas.
§ 1º A qualificação de autarquia ou fundação como Agência Executiva poderá
ser conferida mediante iniciativa do Ministério supervisor, com anuência do
Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado, que verificará o
cumprimento, pela entidade candidata à qualificação, dos seguintes requisitos:
a) ter celebrado contrato de gestão com o respectivo Ministério supervisor;

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b) ter plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional,


voltado para a melhoria da qualidade da gestão e para a redução de custos, já
concluído ou em andamento.
§ 2º O ato de qualificação como Agência Executiva dar-se-á mediante decreto.
§ 3º Fica assegurada a manutenção da qualificação como Agência Executiva,
desde que o contrato de gestão seja sucessivamente renovado e que o plano
estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional tenha
prosseguimento ininterrupto, até a sua conclusão.
§ 4º O A desqualificação de autarquia ou fundação como Agência Executiva
dar-se-á mediante decreto, por iniciativa do Ministério supervisor, com
anuência do Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado, sempre
que houver descumprimento do disposto no parágrafo anterior.
Temos também referência na Lei nº 9.649/98:
Art. 51. O Poder Executivo poderá qualificar como Agência Executiva a
autarquia ou fundação que tenha cumprido os seguintes requisitos:
I - ter um plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento
institucional em andamento;
II - ter celebrado Contrato de Gestão com o respectivo Ministério supervisor.
§ 1º A qualificação como Agência Executiva será feita em ato do Presidente da
República.
Demais alternativas:
a) Incorreta, pois trata-se de Agências reguladoras. As agências reguladoras
são autarquias sob regime especial que têm como funções fiscalizar, controlar
e regulamentar determinados setores, nos quais os serviços públicos ou a
exploração de bens públicos tenham sido delegados a particulares.
b) Incorreta, pois diz respeito ao terceiro setor, que é o meio termo entre o
Estado (primeiro setor) e a iniciativa privada (segundo setor). O terceiro setor
é o setor público não estatal, pois não pertence à APU. São as entidades de
direito privado sem fins lucrativos e que atuam na realização de atividades
sociais e públicas.
c) Incorreta, pois a alternativa trata das Organizações Socias - OS, que são
pessoas jurídicas de Direito privado não pertencentes à Administração Pública
que desempenham, em parceria com o Estado, serviços sociais não exclusivos
do setor estatal e que têm grande importância para o sociedade.
d) Incorreta, aqui a alternativa trata das Organizações da Sociedade Civil -
OSCIP, que apresentam várias semelhanças com as OS. São entidades de

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direito privado, sem fins lucrativos, que prestam serviços sociais não
exclusivos do Estado.
e) Gabarito.
Gabarito 8. E.

9. (FCC/Auditor Fiscal da Fazenda Estadual/SEFAZ-PI/2015)


Considere as seguintes afirmações sobre Administração Direta e Indireta:
I. Autarquias são pessoas jurídicas de direito público, que desempenham
serviço público descentralizado, com capacidade de auto-administração.
II. Sociedades de economia mista submetem-se ao regime jurídico de direito
público e têm por objeto, exclusivamente, o exercício de atividade econômica
em regime de competição no mercado.
III. Empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado que podem
desempenhar apenas serviços públicos ou atividade econômica em regime de
monopólio.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II.
b) I.
c) I e III.
d) II e III.
e) III.
Comentários.
A resposta correta é a alternativa B, que apresenta apenas a I. como correta.
Demais alternativas:
I. Correta, pois apresenta corretamente algumas características das
autarquias.
II. Incorreta, pois as sociedades de economia mista submetem-se ao regime
de direito privado e tem por objeto não apenas a exploração de atividade
econômica, mas também a prestação de serviços públicos.
III. Incorreta, pois as empresas públicas podem prestar serviços públicos
como também explorar atividade econômica e essa atividade não precisa ser
feita em regime de monopólio.
Gabarito 9. B.

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10. (FCC / Analista Previdenciário / MANAUSPREV / 2015)

Um Município amazonense está providenciando reestruturação administrativa,


buscando conferir mais agilidade à sua gestão, bem como otimizar as
atividades e funcionalidades disponibilizadas aos administrados. Nesse passo,
pretende extinguir algumas secretarias municipais e fundir outras para
enxugar as despesas administrativas e estruturais, já que há claro propósito
de reduzir o desempenho direto de atividades a cargo da Administração.
Ainda, pretende encaminhar proposta à Câmara de Vereadores para obter
autorização para criação de empresas estatais. Considerando o modelo
pretendido, tem-se que

a) a criação de pessoas jurídicas integrantes da Administração municipal é


expressão do modelo de desconcentração administrativa.

b) a extinção de secretarias municipais depende de autorização legislativa,


posto que se pretende extinguir ente integrante da Administração indireta.

c) o modelo proposto é expressão da aplicação do princípio da eficiência, que


prevê a obrigatoriedade de extinção de secretarias e órgãos.

d) a reestruturação ora promovida é condizente com o modelo de


descentralização administrativa, em que atividades são transferidas para
pessoas jurídicas integrantes da Administração indireta.

e) a conduta da Administração municipal é regular, visto que a criação de


órgãos depende de autorização legislativa, razão pela qual a instituição de
empresas estatais depende da adoção dessa formalidade.

Comentários.

A alternativa correta é a letra D. A criação de entidades da administração


indireta ocorre por meio da descentralização administrativa, por meio da qual
se procura a especialização nas atividades envolvidas e aumento da eficiência
dos gastos públicos.

A alternativa A é incorreta pelo que foi acima exposto.

A alternativa B é incorreta, pois secretarias fazem parte da administração


direta. Ainda, a autorização é necessária com base na aplicação do que dispõe
a CF/88, aplicado por paralelismo aos estados e municípios.

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Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da


República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor
sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre:

XI – criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública;

A incorreção da alternativa C é afirmar a obrigatoriedade de extinção de


secretarias e órgãos.

A alternativa E está incorreta por tratar empresas estatais como órgãos,


quando na verdade são entidades da administração indireta.
Gabarito 10. D.

11. (FCC / Analista Previdenciário / MANAUSPREV / 2015)

Determinado ente federado optou por organizar sua estrutura administrativa


criando pessoas jurídicas para a execução de algumas competências e
atividades cuja realização direta não se mostrava mais produtiva e eficiente.
Essas pessoas jurídicas podem ser de diversas naturezas, com características
e regime jurídico distintos. A criação de entes de determinada natureza enseja
consequências inafastáveis, podendo-se mencionar que

a) empresas estatais submetem-se a regime jurídico de direito público


quando prestadoras de serviço público e ao regime jurídico de direito privado
quando exploradoras de atividade econômica.

b) autarquias podem exercer poder de polícia limitado, restrito às atividades


fiscalizatórias, sendo-lhes vedada a execução material de suas próprias
decisões, porque desprovidas de competência sancionatória.

c) fundações sujeitam-se à regra da obrigatoriedade de concurso público,


sendo o único ente que integra a Administração indireta e é desprovido de
personalidade jurídica própria.

d) autarquias submetem-se à regra que obriga a realização de concurso


público, bem como a obrigatoriedade de licitação.

e) sociedades de economia mista, prestadoras de serviço público e


exploradoras de atividade econômica, não se submetem à obrigatoriedade de
licitação para aquisição de bens e materiais de consumo, bem como para
contratação de obras de construção ou reforma.

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Comentários.

A alternativa correta é a letra D. Dentre os dispositivos que podem ser


trazidos para justificativa, destaco os que seguem:

CF/88. Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos


Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá
aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência e, também, ao seguinte:

II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação


prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo
com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em
lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de
livre nomeação e exoneração;

Lei nº 8.666/93. Art. 1o Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e
contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de
publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da


administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações
públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais
entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito
Federal e Municípios.

A alternativa A está incorreta, pois uma empresa estatal exploradora de


atividade econômica estará sujeita predominantemente a regime jurídico de
direito privado. Não totalmente, sendo esse o erro da questão.

A alternativa B é incorreta, pois as autarquias são o tipo de entidade da


administração indireta mais apropriado à atividade fiscalizatória, não existindo
a limitação constante da alternativa.

A alternativa C é incorreta, pois todos os entes da administração indireta


possuem personalidade jurídica própria.

A alternativa E é incorreta. Há obrigatoriedade de licitação para os entes da


administração indireta, como vimos acima. Ademais, há disposições próprias
para compras por sociedades de economia mista exploradoras de atividades
econômicas. Elas constam na Lei das Estatais.
Gabarito 11. D.

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12. (FCC / Analista Judiciário / TRE-SE / 2015)

Considere:

I. Secretarias Municipais.

II. Postos de Saúde.

III. Delegacias de Polícia.

IV. Ministérios.

V. Delegacias Regionais da Receita Federal.

Quanto à esfera de ação, classificam-se os órgãos públicos em centrais e


locais. NÃO constitui exemplo de órgãos públicos locais o que se afirma
APENAS em

a) II e III.

b) I e IV.

c) IV.

d) II e V.

e) I, III e V.

Comentários.

A alternativa correta é a letra B. A classificação da atuação do órgão como


central ou local leva em conta o ente que ele integra. Portanto, a secretaria é
central, pois a referência é o município ou estado.
Gabarito 12. B.

13. (FCC / Juiz Substituto / TJ-SE / 2015)

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As autarquias, empresas públicas e sociedades de economia mista integram a


Administração pública Indireta, expressando organização administrativa
descentralizada. Esse aspecto interfere:

a) na definição do regime de compras e contratações, posto que a


Administração Indireta não está obrigada a licitar sempre que esse
procedimento acarretar prejuízo ou desvantagem à competição com a
iniciativa privada.

b) no limite do controle externo exercido pela Administração central, que fica


adstrita a tutela finalística e de atendimento das finalidades institucionais dos
entes.

c) no controle exercido pelo Poder Judiciário, que não pode adentrar os


aspectos de conveniência e oportunidade dos atos e negócios praticados pelos
entes, diversamente do que ocorre com os órgãos da Administração Direta.

d) na responsabilidade extracontratual dos entes, que se impõe sob a


modalidade subjetiva não prescindindo da demonstração de culpa de seus
agentes para reparação dos danos que estes causarem a terceiros.

e) no regime de seus bens, que remanescem protegidos sob o regime jurídico


de direito público, a fim de preservar a participação do erário público na
constituição do patrimônio daqueles entes.

Comentários.

A alternativa correta é a letra B. Os entes da administração direta têm


vinculação com a administração indireta para controle finalístico, não existindo
subordinação.

A alternativa A é incorreta, pois os entes da Administração Indireta se


subordinam à Lei de Licitações.

A alternativa C está incorreta. O controle dos atos administrativos pelo Poder


Judiciário segue a mesma dinâmica para toda a Administração. O controle de
atos discricionários se dará em relação à legalidade e legitimidade.

A alternativa D é incorreta, pois a culpa do Estado é objetiva, havendo análise


da culpabilidade do agente apenas para fins de ação de regresso.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da


União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos

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princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência


e, também, ao seguinte:

§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras


de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa.

A alternativa E é incorreta. Os bens de empresas estatais, fundações públicas


de direito privado e sociedades de economia mista não são bens públicos,
exceção feita aos que estiverem envolvidos em prestação de serviço público.
Gabarito 13. B.

14. (FCC / Analista Judiciário / TRE-PB / 2015)

A organização administrativa, quando constituída por entes com personalidade


jurídica própria como as autarquias, tem como característica principal:

a) a submissão de todas as decisões finais de mérito desse ente a recurso


hierárquico, como forma de expressão do poder de tutela do ente federado
que o criou.

b) o controle político exercido pelo ente federado que cria o ente


descentralizado, o que exige submissão das decisões negociais à direção
política daquela Administração, previamente ou ad referendum.

c) disporem de autonomia administrativa, com base na lei que as cria, o que


reduz as chances de ingerência da Administração central no processo de
tomada de decisão do ente, restringindo o controle ao exame da atuação, que
deve estar afeta às finalidades institucionais.

d) a mitigação da incidência do regime jurídico de direito público, admitindo-


se seja excepcionado o regime licitatório para as chamadas atividades meio,
que não estão afetas à finalidade institucional do ente.

e) a autoadministração com exercício de competências próprias, o que limita


o poder de controle do ente federado que as criou, com exceção da
contratação de pessoal, cujo concurso deve ser realizado na esfera da
Administração direta.

Comentários.

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A alternativa correta é a letra C. Haverá apenas vinculação para controle


finalístico entre o ente da Administração Indireta criado e a respectiva
estrutura da Administração Direta.

As alternativas A e B estão incorretas pelo que foi acima exposto.

A alternativa D é incorreta, pois as entidades da administração indireta devem


licitar.

Lei nº 8.666/93. Art. 1o Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e
contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de
publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da


administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações
públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais
entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito
Federal e Municípios.

A alternativa E está incorreta, pois não existe a exceção citada.

Gabarito 14. C.

15. (FCC / Auxiliar da Fiscalização Financeira / TCE-SP / 2015)

O conceito de Administração pública pode ser estabelecido a partir do critério


objetivo ou subjetivo. Conforme esclarece Maria Sylvia Zanella di Pietro, pode-
se definir Administração Pública, em sentido subjetivo, como o conjunto de
órgãos e pessoas jurídicas aos quais a lei atribui o exercício da função
administrativa do Estado. Nesse contexto, a atividade de organização da
Administração pública pode compreender a

a) extinção de órgãos públicos, como medida de reorganização administrativa


e redução de custos, por ato do Chefe do Executivo.

b) criação de órgãos públicos, independentemente de lei, como expressão da


desconcentração administrativa.

c) instituição, por lei específica, de empresa pública, como expressão da


desconcentração por serviços.

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d) extinção de cargos públicos, quando vagos, por ato do Chefe do Executivo,


como medida de organização e funcionamento da Administração.

e) delegação de serviço público a sociedade de economia mista, como


expressão de desconcentração funcional.

Comentários.

A alternativa correta é a letra D. É o que está previsto no artigo 84 da CF/88.

Art. 84,CF. Compete privativamente ao Presidente da República:

VI – dispor, mediante decreto, sobre:

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar


aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

As alternativas A e B contrariam o disposto na alínea a) acima.

A alternativa C é incorreta, pois a criação de empresa pública é autorizada por


lei, sendo, ainda, descentralização por serviços.

A alternativa E está incorreta, pois traz caso de descentralização.

Gabarito 15. D.

16. (FCC / Engenheiro Eletrônico ou mecatrônico / DPE-RR / 2015)

As competências na Administração pública podem ser atribuídas para órgãos


públicos e para entidades administrativas, por meio do que doutrinariamente
se denomina, respectivamente, desconcentração e descentralização.
Considerando a natureza jurídica dos órgãos e entidades,

a) as autarquias, as empresas públicas e as sociedades de economia mista


são espécies de órgãos públicos, excluindo-se dessa categorização os
consórcios públicos, em razão do princípio da especialidade.

b) os órgãos são partes integrantes da estrutura da Administração pública


direta e da Administração pública indireta, possuindo personalidade jurídica

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própria e capacidade processual, ao contrário das entidades, que possuem


personalidade jurídica própria, mas não possuem capacidade processual.

c) os órgãos são partes integrantes da estrutura da Administração pública


direta e da Administração pública indireta, não possuindo personalidade
jurídica própria, ao contrário das entidades, que possuem personalidade
jurídica própria, distinta das pessoas que lhes deram vida.

d) por serem os órgãos despersonalizados, ao contrário das entidades, não


mantém relações institucionais entre si, tampouco com terceiros, em razão do
princípio da capacidade específica.

e) as autarquias, as empresas públicas e as sociedades de economia mista


são espécies de entidades, excluindo-se dessa categorização as fundações
públicas, que são espécies de órgãos, com capacidade de autoadministração
exercida com independência em relação ao poder central.

Comentários.

A alternativa correta é a letra C. Correto enunciado sobre a administração


direta e indireta.

A alternativa A é incorreta, pois cita entidades da administração indireta como


órgãos.

A alternativa B é incorreta, pois os órgãos não possuem personalidade jurídica


própria ou capacidade processual.

A alternativa D e incorreta, pois há relação entre os órgãos de uma mesma


estrutura, podendo também existem com terceiros na sua área de atuação.

A alternativa E é incorreta, pois as fundações públicas têm personalidade


jurídica própria.

Gabarito 16. C.
17. (FCC / Técnico Judiciário / TRT3 / 2015)
O Estado de Minas Gerais, assim como os demais Estados-Membros e também
os Municípios, detêm competência legislativa própria que não decorre da União
Federal, nem a ela se subordina, mas encontra seu fundamento na própria
Constituição Federal. Trata-se da denominada
a) descentralização funcional.
b) descentralização administrativa.

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c) desconcentração.
d) descentralização política.
e) descentralização por colaboração.
Comentários.
A alternativa correta é a letra D. A descentralização política, típica de Estados
federados, confere autonomia (não soberania) a vários entes federativos. No
exemplo é citada a competência legislativa dos entes federativos, pautada
diretamente na Constituição Federal e não subordinada à União.
Gabarito 17. D.

18. (FCC / Analista Judiciário / TRT9 / 2015)


Representa mecanismo de “descentralização por serviços" das atividades da
Administração pública a criação de
a) empresa pública, em que parcela da atividade do poder central é repassado
a ente despersonalizado, para que o exerça em regime de direito privado e
com autonomia orçamentária financeira em relação ao poder central.
b) autarquia, em que parcela da atividade do poder central é repassada a ente
personalizado, para que o exerça em regime de direito privado e, em razão
desse regime, sem autonomia em relação ao poder central.
c) empresa pública, em que parcela da atividade do poder central é repassada
a ente personalizado, para que o exerça em regime de direito público e, em
razão da configuração empresarial, sem autonomia em relação ao poder
central.
d) autarquia, em que parcela da atividade do poder central é repassada a ente
despersonalizado, para que o exerça em regime de direito público e, em razão
desse regime, sem autonomia em relação ao poder central.
e) autarquia, em que parcela da atividade do poder central é repassada a ente
personalizado, para que o exerça em regime de direito público e com
autonomia financeira e administrativa.
Comentários.
A alternativa correta é a letra E. É trazida situação em que de fato ocorre
descentralização. No caso, a criação de uma autarquia, sendo trazidas suas
características corretamente na questão.
A alternativa A é incorreta, pois há criação de ente com personalidade própria
e autonomia patrimonial.

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A alternativa B peca ao afirmar que a autarquia será submetida a regime de


direito privado.
A alternativa C está incorreta, pois a empresa pública é pessoa jurídica de
direito privado e autônoma em relação ao poder central.
A alternativa D é incorreta, pois a autarquia tem personalidade própria e
autônoma em relação ao poder central.
Gabarito 18. E.

19. (FCC / Técnico Judiciário / TJ-AP / 2014)

As autarquias possuem personalidade jurídica própria, autonomia financeira e


autoadministração. Partindo dessa premissa, é correto afirmar que

a) o ente instituidor mantém em relação à autarquia poder hierárquico e


poder disciplinar, em razão do controle de tutela.

b) a despeito de assumirem obrigações em nome próprio por ser sujeito de


direitos, é o ente instituidor quem responde por seus atos.

c) não se submetem ao controle de tutela do ente instituidor, para conformá-


las aos cumprimento dos objetivos públicos em razão dos quais foram criadas

d) seus recursos e patrimônio, independentemente da origem, configuram


recursos e patrimônio do ente instituidor

e) têm liberdade para gerir seus quadros funcionais sem interferências


indevidas do ente instituidor.

Comentários.

A alternativa correta é a letra E. O afirmado é a decorrência da


autoadministração de que são dotadas essas entidades. A relação com o ente
instituidor será de vinculação para controle finalístico, inexistindo
subordinação.

A alternativa A e C são incorretas, pelo motivo exposto anteriormente (vínculo


para controle finalístico).

A alternativa B é incorreta, pois a autarquia é sujeito de direitos e obrigações.

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A alternativa D é incorreta, pois terão recursos e patrimônios próprios.


Gabarito 19. E.

20. (FCC / Técnico Judiciário / TJ-AP / 2014)

A Administração pública, por lei, criou autarquia atribuindo-lhe competência


para prestar serviço público de saneamento básico. Para preenchimento dos
cargos públicos efetivos criados poderá:

a) realizar concurso público ou, diante da justificativa, pautada na situação de


emergência, contratar empregados diretamente pelo prazo de 5 anos.

b) prover os cargos por livre nomeação, desde que haja a edição de ato
regulamentar autorizador.

c) prover os cargos por meio de concurso público de provas ou de provas e


títulos, de acordo com a natureza e complexibilidade do cargo, na forma
prevista em lei.

d) realizar processo de seleção, desde que para contratação de empregados


públicos, por prazo não superior a 5 anos.

e) justificar a impossibilidade de realizar concurso público e transformar os


empregados de fundação governamental em servidores públicos da autarquia
recém instituída.

Comentários.

A alternativa correta é a letra C, em obediência ao artigo 37, II, CF/88.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes


da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência
e, também, ao seguinte:

II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação


prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo
com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em
lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de
livre nomeação e exoneração;
Gabarito 20. C.

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21. (FCC / Analista Legislativo / AL-PB / 2013)

Os órgãos públicos, quanto à posição estatal, classificam- se em


independentes, autônomos, superiores e subalternos. Desta feita, as
Secretarias de Estado e as Casas Legislativas são classificadas,
respectivamente, em órgãos públicos:

a) superiores e superiores.

b) independentes e autônomos.

c) independentes e superiores.

d) superiores e autônomos.

e) autônomos e independentes.

Comentários.

A alternativa correta é a letra E. Vejamos o motivo:

Independestes: têm suas atribuições ligadas ao exercício do Poder Político,


não estando hierarquicamente subordinados a nenhuns outros.

Autônomos: se situam hierarquicamente logo abaixo dos órgãos


independentes, estando submetido ao controle hierárquico deles.
Normalmente têm função diretiva.
Gabarito 21. E.

22. (FCC / Analista Judiciário / TRT1 / 2013)

A Administração pública editou um decreto organizando o segmento imobiliário


de sua administração. A medida é

a) constitucional, desde que não tenha implicado em criação de órgão ou


aumento de despesa.

b) inconstitucional, tendo em vista que a autonomia da administração pública


para tanto estaria restrita a extinção de cargos vagos.

Professor Jonatas Albino do Nascimento 63 de 117


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c) constitucional, desde que tenha havido autorização legislativa e que não


tenha implicado extinção de cargos, ainda que vagos.

d) inconstitucional, na medida em que o executivo não possui competência


para edição de decretos autônomos em decorrência de seu poder
regulamentar, nem para organizar a administração pública.

e) inconstitucional, tendo em vista que a organização da administração deve


ser promovida por meio de lei.

Comentários.

A alternativa correta e a letra A. A organização da Administração Pública se dá


por meio do exercício do Poder Hierárquico. A limitação citada em relação à
vedação de normas que tragam aumento de despesas reflete comando do
artigo 84, VI, CF/88.

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:

VI – dispor, mediante decreto, sobre:

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não


implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos
públicos;

As demais alternativas são incorretas com base nos comandos trazidos pelo
dispositivo acima transcrito.
Gabarito 22. A.

23. (FCC/Auditor Fiscal do Município/Prefeitura de São Paulo -


SP/2012)
Determinada sociedade de economia mista municipal pretende ampliar sua
autonomia gerencial, orçamentária e financeira. De acordo com a Constituição
Federal, para tal finalidade, os administradores da entidade poderão
a) firmar contrato de gestão com o poder público, tendo por objeto a fixação
de metas de desempenho.
b) solicitar a qualificação da empresa como agência executiva, mediante a
apresentação de plano de metas e indicadores de desempenho.
c) celebrar contrato de gestão com o poder público, passando a empresa a
obter a qualificação de Organização Social - OS.

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d) celebrar contrato de programa com o poder público, para a execução de


serviços públicos em regime de competição com a iniciativa privada.
e) consorciar-se com entidade qualificada como Organização Social - OS,
mediante a celebração de contrato de gestão, com a fixação de metas de
desempenho.
Comentários.
A alternativa correta é a letra A, de acordo com a previsão da Constituição
Federal:
Art. 37. (...)
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades
da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a
ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por
objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo
à lei dispor sobre:
I - o prazo de duração do contrato;
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e
responsabilidade dos dirigentes;
III - a remuneração do pessoal.
Com previsão também na Lei Complementar 101 de 2000:
Art. 47. A empresa controlada que firmar contrato de gestão em que se
estabeleçam objetivos e metas de desempenho, na forma da lei, disporá de
autonomia gerencial, orçamentária e financeira, sem prejuízo do disposto no
inciso II do § 5º do art. 165 da Constituição.
As demais alternativas estão incorretas, pois não estão de acordo com as leis
mencionadas no enunciado.
Gabarito 23. A.

24. (FCC / Defensor Público / DPE-PR / 2012)


A estrutura administrativa do Estado compreende a administração pública
direta e indireta. Sobre o tema, examine as afirmações abaixo.
I. A administração direta é constituída pela União, Estados, Municípios e
Distrito Federal, todos dotados de autonomia política, administrativa e
financeira.

II. Estados e Municípios não são dotados de soberania e não têm competência
legislativa para instituir sua própria administração indireta.

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III. As autarquias e as fundações de direito público são pessoas jurídicas de


direito público que compõem a administração indireta.
IV. As empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, dotadas de
patrimônio próprio.
V. A criação de sociedade de economia mista depende de lei específica
autorizadora e o seu quadro social é constituído por pessoas jurídicas de
direito público.
Estão corretas APENAS as afirmações
a) I e III.
b) II, IV e V.
c) I e II.
d) I, III e IV.
e) III e V.
Comentários.
A alternativa correta é a letra D. Vejamos a análise de cada item.
Item I. Correto. A afirmativa nos traz o conceito de administração direta,
formada pelos entes federados.
Item II. Incorreto. Os Estados e Municípios têm competência para instituir
suas respectivas administrações indiretas.
Item III. Correto. Afirmativa correta a respeito de entes da administração
indireta.
Item IV. Correto. Informações acertadas sobre empresas públicas, ente da
administração indireta.
Item V. Incorreto. Haverá participação de capital privado na sociedade de
economia mista.
Gabarito 24. D.

25. (FCC / Analista de Tecnologia da Informação / MPE-RN / 2010)

As duas formas básicas de organização e atuação administrativas adotadas


pelo Estado no desempenho de suas atribuições, denominam-se:

a) vinculação e desvinculação.

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b) centralização e descentralização.

c) concentração e desconcentração.

d) concentração e descentralização.

e) centralização e desvinculação.

Comentários.

A alternativa correta é a letra B, que se refere à centralização e


descentralização, que, de acordo com o caso, fará com que a entidade seja
componente da administração direta ou indireta.

Interessante, porém, entendermos a razão de a letra C não estar correta. Na


minha humilde opinião, o enunciado poderia ter sido um pouco mais completo,
pois da forma que está disposto deixou uma pequena margem dúvidas, pois a
concentração e desconcentração também são formas de organização.

Porém, analisando o enunciado no detalhe, vemos que ele cita “duas formas
básicas”. Em termos estruturais, os conceitos de centralização e
descentralização se referem a mudanças estruturais mais estruturais e menos,
digamos, “detalhistas”. Por isso tidas como básicas no contexto da questão.
A Adminisração Pública Direta corresponde a todos os órgão e agentes que
compõem as pessoas políticas (entes federados) do nosso país: União,
Estados, Distrito Federal e Municípios.

A Administração Pública Indireta tem como papel desempenhar funções que a


Administração Pública Direta teria mais dificuldade para realizar, por requerer
certa autonomia da entidade.
Gabarito 25. B.

26. (FCC / Técnico Judiciário / TRE-AC / 2010)

O dever do Administrador Público de prestar contas

a) aplica-se a todos os órgãos e entidades públicas, exceto aos Tribunais de


Contas por serem os órgãos encarregados da tomada de contas dos
administradores.

b) aplica-se apenas aos agentes responsáveis por dinheiro público.

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c) não alcança os particulares, mesmo que estes recebam subvenções


estatais.

d) não se aplica aos convênios celebrados entre a União e os Municípios, por


se tratar de acordo entre entidades estatais.

e) é imposto a qualquer agente que seja responsável pela gestão e


conservação de bens públicos.

Comentários.
A alternativa correta é a E, com base nos dispositivos constitucionais abaixo
transcritos:
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta,
quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e
renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante
controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica,
pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou
administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União
responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza
pecuniária.
(...)
Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que
couber, à organização, composição e fiscalização dos Tribunais de
Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e
Conselhos de Contas dos Municípios.
Parágrafo único. As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de
Contas respectivos, que serão integrados por sete Conselheiros.

As demais alternativas encontram-se em dissonância com o conteúdo


apresentado nos dispositivos acima transcritos.
Gabarito 26. E.
4.2 – ESAF

27. (ESAF - Anata MTUR/2014)


Acerca dos Órgãos Públicos, assinale a opção correta.

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a) A teoria da representação é a tese atualmente adotada pela doutrina


brasileira para legitimar a atuação do agente público em nome da pessoa
jurídica administrativa.
b) Órgão pode integrar a estrutura de uma pessoa jurídica da Administração
Indireta.
c) Órgão público possui personalidade jurídica.
d) A criação de um órgão público exemplifica a prática de descentralização
administrativa.
e) Não há possibilidade de hierarquia entre órgãos públicos.
Comentários:
(a) Falso. A teoria atualmente aceita sobre a forma como o Estado se
manifesta através de seus agentes é a teoria do órgão e não da representação
(b) Verdadeiro. Os órgãos podem integrar tanto a APD quanto a API
(c) Falso. O órgão não possui personalidade jurídica.
(d) Falso. A criação de um órgão público exemplifica a prática de
desconcentração administrativa. Descentralização é a criação de entidade
personalizadas da Administração Indireta
(e) Falso. Como vimos temos sim hierarquia (independente, autônomos,
superiores e subalternos).
Gabarito 27. Certo.

28. (ESAF - DNIT/2013)


Quanto à sua posição estatal, o órgão que possui atribuições de direção,
controle e decisão, mas que sempre está sujeito ao controle hierárquico de
uma chefia mais alta, não tem autonomia administrativa nem financeira,
denomina-se:
a) órgão subalterno.
b) órgão autônomo.
c) órgão singular.
d) órgão independente.
e) órgão superior.
Comentários:
Questão simples mas que pode pegar o candidato no detalhe. A resposta é a
letra E, mas vamos quebrar o texto para tirar o máxino de revisão:

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“Quanto à sua posição estatal”  Estamos falando da classificação entre


independente, autônomo, superior e subalterno. Letra C descartada.
“Possui atribuições de direção controle e decisão”  Obviamente não são os
órgãos subalternos. Letra A descartada.
“sempre está sujeito ao controle hierárquico de uma chefia mais alta”  Como
verificamos os órgão independente estão no topo da pirâmide e não se
submetem ao controle de nenhum outro órgão. Letra D descartada.
“não tem autonomia administrativa nem financeira”  Os órgãos autônomos
apesar de estarem abaixo dos independentes continuam tendo autonomia
administrativa e financeira. Letra B descartada.
Gabarito 28. Certo.

29. (ESAF - Ana Sist. - Informática e Redes/2012)


Nos termos de nossa Constituição Federal e de acordo com a jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal, depende de autorização em lei específica:
a) a instituição das empresas públicas, das sociedades de economia mista e de
fundações, apenas.
b) a instituição das empresas públicas e das sociedades de economia mista,
apenas.
c) a instituição das autarquias, das empresas públicas, das sociedades de
economia mista e de fundações, apenas.
d) a participação de entidades da Administração indireta em empresa privada,
bem assim a instituição das autarquias, empresas públicas, sociedades de
economia mista, fundações e subsidiárias das estatais.
e) a participação de entidades da Administração indireta em empresa privada,
bem assim a instituição das empresas públicas, sociedades de economia
mista, fundações e subsidiárias das estatais.
Comentários:
(a) Verdadeiro. Segundo a CF: “Art. 37. (...) XIX – somente por lei
específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa
pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;”
(b) Falso. Conforme descrito acima também estão também englobadas as
fundações públicas.
(c) Falso. As autarquias são criadas e não utorizadas por lei específica

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(d) Falso. Como vimos as autarquias não são autorizadas, mas sim criadas
por lei específica.
(e) Falso. A CF não fala em lei específica para a criação de subsidiárias nem
na participação das entidades da API em empresas privadas
Gabarito 29. Certo.

30. (ESAF – ATRFB /2012)


Quanto às autarquias no modelo da organização administrativa brasileira, é
incorreto afirmar que
a) possuem personalidade jurídica.
b) são subordinadas hierarquicamente ao seu órgão supervisor.
c) são criadas por lei.
d) compõem a administração pública indireta.
e) podem ser federais, estaduais, distritais e municipais.
Comentários: Como já falamos as autarquias não tem subordinação mas sim
vinculação ao seu órgão (Ministério) que lhe deu origem
Gabarito 30. Certo.

31. (ESAF – ATRFB - 2012)


Não compõe a Administração Pública Federal Direta
a) a Secretaria da Receita Federal do Brasil.
b) a Presidência da República.
c) o Tribunal Regional Eleitoral.
d) o Ministério dos Esportes.
e) a Caixa Econômica Federal.
Comentários:
A CEF é uma entidade da API e não da APD.
Gabarito 31. Certo.

32. (ESAF - ATA MF/2012)


Acerca da organização do Estado e da Administração, analise as afirmativas
abaixo, diagnosticando se são verdadeiras(V) ou falsas(F).
Ao final, assinale a opção que apresente a sequência correta.

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( ) Entidades administrativas são as pessoas jurídicas que integram a


Administração Pública formal brasileira, sem dispor de autonomia política.
( ) Uma entidade administrativa recebe suas competências da lei que a cria ou
autoriza a sua criação. Tais competências podem ser de mera execução de leis
e excepcionalmente legislativas strito sensu.
( ) As entidades administrativas não são hierarquicamente subordinadas à
pessoa política instituidora.
( ) Entidades administrativas são pessoas jurídicas que compõem a
administração direta.
a) V, V, V, F
b) V, F, V, F
c) F, V, V, F
d) V, F, F, V
e) V, V, F, V
Comentários:
(I) Verdadeiro. Entidades adminsitrativas são as entidades da API. As
únicas entidades que possuem autonomia política são os entes federados.
(II) Falso. Somente os entes políticos possuem competência política, logo
nenhuma outra entidade possui competência legislativa plena.
(III) Verdadeiro.
(IV) Falso. Compõem a API
Gabarito 32. Certo.

33. (ESAF - Pref. RJ/2010)


Assinale a opção em que consta hipótese que não é aplicável simultaneamente
à autarquia e à empresa pública.
a) Observância do princípio do concurso público.
b) Natureza pública dos bens da entidade.
c) Componente da Administração Pública Indireta.
d) Portadora de personalidade jurídica.
e) Obediência à Constituição Federal.
Comentários:

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(a) Verdadeiro. Todas as entidades da API se submetem ao princípio do


concurso público.
(b) Falso. Os bens das empresas públicas (mesmo das prestadoras de
serviços públicos) são bens privados.
(c) Verdadeiro. Dispensa comentários.
(d) Verdadeiro. Todas as entidades da API têm personalidade jurídica.
(e) Verdadeiro. Já imaginou uma entidade que não obedece a questão.
Qual o gabarito? Inicialmente a banca colocou letra A (que entendo ser o
correto), mas depois dos recursos anulou a questão, infelizmente sem motivá-
la. Acredito que seja a ideia de que os bens públicos afetados das empresas
públicas também teriam natureza de direito público, posição que entendemos
ser minoritária na doutrina.
Gabarito 33. Certo.

34. (ESAF – SUSEP - Controle e Fiscalização/2010)


A SUSEP é uma autarquia, atua na regulação da atividade de seguros (entre
outras), e está sob supervisão do Ministério da Fazenda. Logo, é incorreto
dizer que ela:
a) é integrante da chamada Administração Indireta.
b) tem personalidade jurídica própria, de direito público.
c) está hierarquicamente subordinada a tal Ministério.
d) executa atividade típica da Administração Pública.
e) tem patrimônio próprio.
Comentários:
Como é falado na própria questão a SUSEP é uma autarquiva, logo é
integrande da API, tem PJ de direito público, executa atividades típicas da APU
e tem patrimônio próprio. O controle realizados pelos ministérios sobre suas
autarquias é um controle finalístico, de desempenho, e não hierárquico.
Gabarito 34. Certo.

35. (ESAF – SUSEP - Controle e Fiscalização/2010)


Para que uma autarquia tenha existência regular, há a necessidade de
observância dos seguintes procedimentos:
a) criação diretamente por lei, com inscrição de seu ato constitutivo na
serventia registral pertinente.

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b) criação diretamente por lei, sem necessidade de qualquer inscrição em


serventias registrais.
c) criação autorizada em lei, com inscrição de seu ato constitutivo na serventia
registral pertinente.
d) criação autorizada em lei, sem necessidade de qualquer inscrição em
serventias registrais.
e) criação diretamente por lei, ou respectiva autorização legal para sua
criação, sendo necessária a inscrição de seu ato constitutivo em serventias
registrais, apenas nesta última hipótese.
Comentários:
Para ter início a personalidade da autarquia basta a publicação e vigência de
lei específica.
Gabarito 35. Certo.

36. (ESAF – SUSEP - Administração e Finanças/2010)


Em nossos dias, embora sequer sejam citadas(os) pelo Decreto-Lei n.
200/1967, também integram a administração indireta as(os):
a) Organizações Sociais de Interesse Público.
b) Organizações Não-Governamentais sem fins lucrativos.
c) Organizações Sociais.
d) Consórcios Públicos com personalidade jurídica de direito público.
e) Parceiros Público-Privados sem fins lucrativos.
Comentários:
Realmente os consórcios públicos não são citados pelo Decreto-lei 200/1967,
mas fazem sim parte da API com natureza de autarquia ou empresa pública, a
depender dos regimes adotados.
Gabarito 36. Certo.

37. (ESAF - Ag Exec - CVM) /2010)


São regras de direito público que obrigam às empresas estatais federais a
despeito de sua natureza jurídica de direito privado, exceto:
a) contratação de empregados por meio de concurso público.
b) submissão aos princípios gerais da Administração Pública.

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c) proibição de demissão dos seus empregados em razão da estabilidade que


lhes protege.
d) autorização legal para sua instituição.
e) sujeição à fiscalização do Tribunal de Contas da União.
Comentários:
(a) Verdadeiro. Os empregados das estatais são contratados por concurso
público
(b) Verdadeiro. Por fazerem parte da APU, as estatais estão sim submetidas
aos princípios gerais da APU.
(c) Falso. Veremos isso com mais detalhes na aula referente aos agentes
públicos, mas apenas os servidores públicos, agentes regidos pelo regime
estatutário, adquirem estabilidade. Os funcionários públicos, empregados
regidos pela CLT não adquirem estabilidade.
(d) Verdadeiro. Vimos que a criação de empresa pública depende de lei
autorizativa
(e) Verdadeiro. Por utilizarem recursos públicos estão submetidas ao
controle do TCU.
Gabarito 37. Certo.

38. (ESAF - Ag Exec - CVM) /2010)


Assinale a opção que contemple regras aplicáveis tanto às pessoas jurídicas de
direito público, quanto às pessoas jurídicas de direito privado pertencentes à
Administração Pública, independentemente de seu objeto social.
a) Regime jurídico único para os seus servidores.
b) Inalienabilidade e impenhorabilidade de seus bens.
c) Prerrogativas processuais e de foro.
d) Concurso público e licitação.
e) Responsabilização pela teoria objetiva.
Comentários:
(a) Falso. O regime jurídico só se aplica as entidades de direito público.
(b) Falso. Apenas os bens das entidades de direito público gozam de tais
prerrogativas
(c) Falso. Como vimos as sociedades anônimas não gozam de prerrogativa
de foro.

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(d) Verdadeiro. Os entes da APU devem se submeter às regras de licitação


e concurso público
(e) Falso. As estatais que não prestam serviços públicos não têm
responsabilidade objetiva.
Gabarito 38. Certo.

39. (ESAF – CVM - Arquivologia/2010)


São características comuns às empresas públicas e às sociedades de economia
mista, exceto:
a) estão sujeitas ao controle finalístico do ente da administração direta que as
instituiu.
b) podem ser exploradoras de atividades econômicas ou prestadoras de
serviços públicos.
c) criação autorizada por lei específica.
d) na composição do capital social, exige-se a participação majoritária do
poder público.
e) embora possuam personalidade jurídica de direito privado, o regime de
direito privado a elas aplicável é parcialmente modificado por normas de
direito público.
Comentários:
(a) Verdadeiro. Todas as entidades da API estão submetidas ao controle
finalístico
(b) Verdadeiro. Serviços públicos e atividades econômicas são os focos das
estatais.
(c) Verdadeiro. Todas as entidades da API de direito privado têm sua
autorização de criação realizada por lei específica
(d) Falso. Isso só se aplica às sociedades de economia mista. As empresas
públicas têm que ter 100% do seu capital público
(e) Verdadeiro. O regime jurídico predominante é o privado, mas também
se aplica em certo caso o regime jurídico de direito público.
Gabarito 39. Certo.

40. (ESAF - Pref. RJ /2010)


Não é considerada entidade da Administração Pública Indireta:
a) a autarquia.

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b) a sociedade de economia mista.


c) o órgão público.
d) a fundação pública.
e) a empresa pública.
Comentários:
Conforme vimos o órgão não tem personalidade jurídica e não pode ser
considerado uma entidade.
Gabarito 40. Certo.

41. (ESAF - Pref. RJ/2010)


Assinale a opção na qual consta entidade da Administração Pública Indireta.
a) Órgão público
b) Autarquia
c) Serviço Social Autônomo
d) Ministério
e) Polícia militar
Comentários.
Questão muito fácil.
Gabarito 41. Certo.

42. (ESAF - AFT/2010)


Tendo por base a organização administrativa brasileira, classifique as
descrições abaixo como sendo fenômenos: (1) de descentralização; ou (2) de
desconcentração. Após, assinale a opção correta.
( ) Criação da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
para prestar serviços oficiais de estatística, geologia e cartografia de âmbito
nacional;
( ) Criação de delegacia regional do trabalho a ser instalada em
municipalidade recém emancipada e em franco desenvolvimento industrial e
no setor de serviços;
( ) Concessão de serviço público para a exploração do serviço de manutenção
e conservação de estradas;
( ) Criação de novo território federal.

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a) 2/ 1 / 2 / 1
b) 1/ 2 / 2 / 1
c) 2/ 2 / 1 / 1
d) 1/ 2 / 1 / 1
e) 1/ 2 / 1 / 2
Comentários:
(I) Criação de Fundação -> Entidade da API - > Descentralização 1
(II) Criação de delegacia -> criação de órgão -> Desconcentração 2
(III) Concessão de serviço público - > Descentralização por delegação 1
(IV) Criação de novo território -> Descentralização Geográfica 1
Gabarito 42. Certo.

43. (ESAF - Ag Exec (CVM)/2010)


São características dos órgãos públicos, exceto:
a) integrarem a estrutura de uma entidade política, ou administrativa.
b) serem desprovidos de personalidade jurídica.
c) poderem firmar contrato de gestão, nos termos do art. 37, § 8º da
Constituição Federal.
d) resultarem da descentralização.
e) não possuírem patrimônio próprio.
Comentário:
A criação de órgão é feita por meio do instituto da desconcentração e não da
descentralização (que será explicada nos próximos tópicos). Todos os demais
itens foram explicados e fazem parte das características dos órgãos públicos.
Gabarito 43. D.

44. (ESAF - Ag Exec - CVM/2010)


Ao final de cada uma das alternativas da coluna I insira o número constante
da coluna II que contemple a correspondência mais adequada. Após, assinale
a opção que apresenta a sequência correta para a coluna I.
Coluna I Coluna II
( ) São órgãos constituídos (1) Órgãos simples
por um só centro de (2) Órgãos compostos

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competência. Não (3) Órgãos singulares


são subdivididos em (4) Órgãos colegiados
sua estrutura interna,
integrando-se em órgãos
maiores.
( ) São também denominados
unipessoais, são órgãos
em que a atuação ou as
decisões são atribuições
de um único agente.
( ) Reúnem em sua
estrutura diversos
órgãos, como resultado
da desconcentração
administrativa.
( ) São caracterizados por
atuarem e decidirem
mediante obrigatória
manifestação conjunta de
seus membros.
a) 1, 2, 3, 4
b) 1, 3, 2, 4
c) 3, 2, 1, 4
d) 3, 1, 4, 2
e) 4, 3, 2, 1
Comentários:
Excelente questão de revisão. Vamos comentar a parte relevante de cada
item, em ordem:
( )”... um só centro de competência(...)Não são subdivididos em sua estrutura
interna ...” Descrição clara de órgão simples. 1
( ) “...unipessoais, ...atuação ou as decisões são atribuições de um único
agente” Só faltou saber que o sinônimo de unipessoais é singular. 3.
Notem que só ai já dá pra dizer que é letra B... numa situação de prova o
candidato tem que ficar de olho nisso... Mas vamos comentar os demais itens.
( ) “Reúnem em sua estrutura diversos órgãos, como resultado da
desconcentração administrativa.” Na mesma estrutura diversos órgãos - >
composto. 2

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( ) “São caracterizados por atuarem e decidirem mediante obrigtória


manifestação conjunta de seus membros. “ Órgão colegiado. 4.
Gabarito 44. Certo.

45. (ESAF - AFRFB/2009)


Quanto à organização administrativa brasileira, analise as assertivas abaixo e
assinale a opção correta.
I. A administração pública federal brasileira indireta é composta por
autarquias, fundações, sociedades de economia mista, empresas públicas e
entidades paraestatais.
II. Diferentemente das pessoas jurídicas de direito privado, as entidades da
administração pública indireta de personalidade jurídica de direito público são
criadas por lei específica.
III. Em regra, a execução judicial contra o Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA enquanto autarquia
federal está sujeita ao regime de precatórios previsto no art. 100 da
Constituição Federal, respeitadas as exceções.
IV. A Caixa Econômica Federal enquanto empresa pública é exemplo do que se
passou a chamar, pela doutrina do direito administrativo, de desconcentração
da atividade estatal.
V. O Instituto Nacional do Seguro Social - INSS enquanto autarquia vinculada
ao Ministério da Previdência Social está subordinada à sua hierarquia e à sua
supervisão.
a) Apenas os itens I e II estão corretos.
b) Apenas os itens II e III estão corretos.
c) Apenas os itens III e IV estão corretos.
d) Apenas os itens IV e V estão corretos.
e) Apenas os itens II e V estão corretos.
Comentários:
Analisando os itens:
(I) Falso. Pessoal, as entidades paraestatais ainda serão explicadas, mas de
pronto pelo próprio nome sabemos que não fazem parte da APU
(II) Verdadeiro. As entidades de direito público são as autarquias e
fundações públicas de direito público(espécies de autarquias) e são criadas por
lei específica.

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(III) Verdadeiro. Os bens das autarquias são tidos como bens públicos e por
isso suas dívidas seguem o rito de pagamento dos precatórios. O item fala de
exceções que a própria CF preve e cujo estudo foge do nosso interesse para o
estudo do Direito Administrativo. Notem que na prova vocë já poderia parar
aqui, pois só há um item que se enquadra (F,V, V...) Letra B. Lembrem-se
tempo é muito importante nas provas da ESAF.
(IV) Falso. A CEF é uma empresa pública e por isso exemplo de
descentralização adminsitrativa. Desconcentração é criação de órgãos. O
examinados adora confundir esses conceitos.
(V) Falso. Não há hierarquia, apenas vinculação.
Gabarito 45. Certo.

46. (ESAF - AFC – STN - Contábil-Financeira/2008)


O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal são, respectivamente,
sociedade de economia mista e empresa pública, cujos capitais votantes
majoritários pertencem à União. Quanto a estas espécies de instituições,
analise os itens a seguir e marque com V se a assertiva for verdadeira e com F
se for falsa. Ao final, assinale a opção correspondente.
( ) A constituição de sociedades de economia mista e de empresas públicas
decorre de um processo de descentralização do Estado que passa a exercer
certas atividades por intermédio de outras entidades.
( ) Apesar de serem constituídas como pessoas jurídicas de direito privado, as
sociedades de economia mista e as empresas públicas estão submetidas
hierarquicamente à pessoa política da federação que as tenha criado.
( ) Somente por lei específica podem ser criadas sociedades de economia
mista e empresas públicas, bem como necessária autorização legislativa, em
cada caso, para a criação de suas subsidiárias.
( ) As empresas públicas e as sociedades de economia mista exploradoras de
atividade econômica sujeitam-se ao regime próprio das empresas privadas,
inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e
tributários.
( ) Quanto ao regime de compras, as empresas públicas e as sociedades de
economia mista sujeitam-se aos princípios da administração pública e devem
observar procedimento licitatório.
a) V, V, F, V, F
b) V, F, F, V, V
c) F, F, V, F, V

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d) F, V, V, F, F
e) V, F, F, V, V
Comentários:
(a) Verdadeiro. Descentralização é a criação de entidades da API
(b) Falso. Como vimos não há hierarquia entre as entidades da API e os
Ministérios que as criou, e sim vinculação.
(c) Falso. Quem é criada por lei específica é a autarquia. As EP e SEM são
autorizadas por lei específica
(d) Verdadeiro. Realmente é o que é dito da CF, entretanto sabemos que há
situações que não é bem assim. Quando as entidades da API prestam serviços
públicos, como os correios, o STF já decidiu que se aplica, por exemplo, a
Imunidade Tributária Recíproca. Temos que entender o que o examinado quer
cobrar. No caso o foco é a regra geral da CF.
(e) Verdadeiro. Todas as entidades da API devem obedecer aos princípios
da APU.
Notem que o gabarito é a letra B.... ou seria letra E? A banca não anulou a
questão....
Gabarito 46. Certo.

47. (ESAF - AFRE CE/2007)


Assinale a opção que contemple o ponto de distinção entre a empresa pública
e a sociedade de economia mista.
a) Natureza jurídica.
b) Atuação na ordem econômica.
c) Regime do pessoal.
d) Natureza do patrimônio.
e) Formação do capital social
Comentários:
Pessoal, como vimos uma das principais diferenças entre a empresa pública e
a sociedade de economia mista é exatamente a composição do capital, para a
primeira 100% público enquanto que para a segunda apenas majoritariamente
público, levando em conta o capital votante.
Gabarito 47. Certo.

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48. (ESAF - Proc DF/2007)


Analise os itens a seguir:
I. Desconcentração é a distribuição de competências de uma para outra
pessoa, física ou jurídica;
II. A Constituição Federal de 1988 dispõe que a área de atuação da empresa
pública deverá ser definida por lei complementar;
III. A Constituição Federal de 1988 dispõe que somente por lei específica
poderá ser criada autarquia e fundação;
IV. As autarquias e fundações dependerão de autorização legislativa para
criarem suas subsidiárias, conforme disposto na Constituição Federal, não
sendo atingidas por essa exigência constitucional as sociedades de economia
mista e as empresas públicas;
V. Compete à Justiça Federal julgar as causas comuns em que é parte a
sociedade de economia mista no plano federal.
A quantidade de itens incorretos é igual a:
a) 1
b) 4
c) 3
d) 2
e) 5
Comentários:
Vamos riscar os itens incorretos para facilitar.
(I) Falso. Desconcentração (Descentralização) é a distribuição de
competências de uma para outra pessoa, física ou jurídica;
(II) Falso. A Constituição Federal de 1988 dispõe que a área de atuação da
empresa (fundação) pública deverá ser definida por lei complementar,
(III) Falso. A Constituição Federal de 1988 dispõe que somente por lei
específica poderá ser criada autarquia e fundação;
(IV) Falso. As autarquias e fundações dependerão de autorização legislativa
para criarem suas subsidiárias, conforme disposto na Constituição Federal, não
sendo atingidas por essa exigência constitucional as sociedades de economia
mista e as empresas públicas;
(V) Falso. Compete à Justiça Federal (Estadual) julgar as causas comuns em
que é parte a sociedade de economia mista no plano federal.
Gabarito 48. Certo.

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49. (ESAF - SEFAZ CE/2007)


A autonomia gerencial, financeira e orçamentária dos órgãos e entidades da
Administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante
a) termo de parceria.
b) protocolo de intenções.
c) contrato de gestão.
d) convênio.
e) consórcio.
Comentários:
Questão simples para fixar o conceito do parágrafo anterior.
Gabarito 49. Certo.

50. (ESAF - ATRFB/2006)


As sociedades de economia mista, constituídas com capitais predominantes do
Estado, são pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da Administração
Pública Indireta, são regidas pelas normas comuns aplicáveis às empresas
particulares, estando fora do âmbito de incidência do Direito Administrativo.
a) Correta esta assertiva.
b) Incorreta a assertiva, porque elas são pessoas jurídicas de direito público.
c) Incorreta a assertiva, porque eles são de regime híbrido, sujeitando-se ao
direito privado e, em muitos aspectos, ao direito público.
d) Incorreta a assertiva, porque seus capitais são predominantes privados.
e) Incorreta a assertiva, porque elas são de regime público, regidas
exclusivamente pelo Direito Administrativo.
Comentários:
Vamos avaliar cada item.
(a) Falso. Como as sociedades de economia mista fazem parte da API são
sim objeto de estudo do direito administrativo
(b) Falso. São PJ de direito privado.
(c) Verdadeiro. Como vimos, tanto as empresas públicas como as
sociedades de economia mista são regidas predominantemente pelo direito

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privado, mas há situação onde vigora o direito público, daí dizer que o regime
é híbrido
(d) Falso. Seu capital é prodominantemente público
(e) Falso. Não são de regime público
Gabarito 50. Certo.

51. (ESAF - AFT/2006)


A doutrina sempre considerou muito complexa a figura das fundações no
âmbito da Administração Pública brasileira. Em verdade, foi constante, ao
longo dos anos, a evolução dessa espécie organizacional.
No atual estágio, assinale o conceito correto a respeito das diversas categorias
dessa entidade.
a) A fundação pública de direito público tem natureza autárquica e integra a
Administração Pública Direta.
b) A fundação de apoio às instituições federais de ensino superior tem
natureza de direito privado e integra a Administração Pública Indireta.
c) A fundação pública de direito privado vincula-se ao regime jurídico-
administrativo e integra a Administração Pública Indireta.
d) A fundação previdenciária tem personalidade jurídica de direito público e
vincula-se ao regime jurídico administrativo.
e) A fundação pública de direito privado equipara-se, em sua natureza
jurídica, à sociedade de economia mista.
Comentários:
(a) Falso. As fundações de direito público fazem parte da API e não da APD.
A APU – Administração Pública da União – engloba a administração direta e
indireta.
(b) Falso. As fundações de apoio não fazem parte da iniciativa privada.
Vemos isso com mais detalhes na próxima aula
(c) Falso. As fundações de direito privado vinculam-se ao regime da
Administração e não ao regime jurídico-administrativo, restrito às entidades
de direito público.
(d) Falso. As fundações previdenciárias (entidades de previdência privada)
são regidas pelo direito privado, logo não estão englobadas pelo regime
jurídico-administrativo.

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(e) Correto. As Fundações públicas de direito privado são semelhantes às


empresas públicas e sociedades de economia mista.
Gabarito 51. Certo.

52. (ESAF - ATRFB /2006)


A entidade da Administração Indireta, que se conceitua como sendo uma
pessoa jurídica de direito público, criada por força de lei, com capacidade
exclusivamente administrativa, tendo por substrato um patrimônio
personalizado, gerido pelos seus próprios órgãos e destinado a uma finalidade
específica, de interesse público, é a
a) autarquia.
b) fundação pública.
c) empresa pública.
d) sociedade de economia mista.
e) agência reguladora.
Comentários:
Pelo fato da questão falar em “pessoa jurídica de direito público” eliminamos
as letras c e d. Agëncia reguladora tem características que não são colocadas
na questão, como a celebração de contrato de gestão. Eliminamos portanto a
letra e. Para definir entre a letra a (autarquia) e b (fundação pública) temos
que analisar dois trechos do texto
 Patrimônio personalizado. Essa é a definição clássica de fundação
pública – patrimônio personalizado
 Finalidade específica de interesse pública. As autarquias desempenham
principalmente atividades típicas de Estado. Atividades de interesse público
são características das fundações públicas.
Gabarito 52. Certo.

53. (ESAF - AFC - CGU /2006)


Banco Central do Brasil é
a) um órgão autônomo da Administração Direita Federal.
b) um órgão do Ministério da Fazenda.
c) um órgão subordinado à Presidência da República.
d) uma entidade da Administração Indireta Federal.

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e) uma instituição financeira, sem personalidade jurídica própria, integrante


do Conselho Monetário Nacional
Comentários:
O Banco Central é uma autarquia, logo pertence a API federal.
Gabarito 53. Certo.

54. (ESAF – SUSEP - Controle e Fiscalização/2006)


As autarquias e empresas públicas se equivalem, estruturalmente, no sentido
de que elas são
a) pessoas jurídicas de direito público.
b) pessoas jurídicas de direito privado.
c) órgãos da Administração Direta.
d) entidades da Administração Indireta.
e) serviços sociais autônomos.
Comentários:
Vamos comentar cada item.
(a) Falso. As empresas públicas têm PJ de direito privado
(b) Falso. As autarquias têm PJ de direito público
(c) Falso. São entidades e não órgãos
(d) Verdadeiro.
(e) Falso. Ainda estudaremos os serviços sociais autônomos, mas eles não
têm nada a ver com as autarquias.
Gabarito 54. Certo.

55. (ESAF - AFC – CGU /2006)


Assinale, entre as hipóteses abaixo, aquela que corresponde à competência
legislativa do Congresso Nacional, prevista na Constituição Federal, sobre a
organização administrativa do Poder Executivo.
a) Criação, extinção e atribuições de órgãos da Administração Pública.
b) Criação e extinção de Ministérios e órgãos da Administração Pública.
c) Criação e extinção de órgãos da Administração Direta.

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d) Criação, extinção e atribuições de Ministérios, órgãos e entidades da


Administração Pública.
e) Criação e extinção de órgãos e entidades da Administração Direta e
Indireta.
Comentários:
Vamos comentar cada item:
(a) Errado. Prever as atribuições dos órgãos da APU não é competência do
Congresso.
(b) Correto. Descrição literal do art. 48, XI da CF
(c) Errado. Não é o que está previsto na CF. Aqui é colocada uma
competência mais restrita (Administração Direta), o que torna o item errado.
(d) Errado. Novamente definição de atribuições não é competência do
Congresso, nem engloba as entidades (que têm personalidade jurídica) da APU
(e) Errado. Não é competência do Congresso a criação/extinção de
entidades da Administração Pública Indireta.
Gabarito 55. Certo.

5 – Lista de exercícios

5.1 – FCC

1. (FCC / Analista Judiciário / TRE-PR / 2017)


Uma autarquia pode:

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a) contratar empregados celetistas sem concurso público para provimento de


funções em seus quadros, hipótese em que não gozarão de estabilidade e
garantia de demissão precedida de processo administrativo disciplinar.
b) alienar bens de sua propriedade, desde que de natureza comum, por meio
de pregão, vedada a modalidade eletrônica quando for necessária a prestação
de garantia.
c) contratar bens e serviços por meio de regime jurídico de direito privado
quando se tratar de sua atividade fim e estiver sujeita a mercado
concorrencial.
d) ser titular e executar serviços públicos essenciais quando assim lhe for
atribuído pela lei que a criou e que disciplina sua atuação, inclusive para fins
de disciplinar o exercício dos poderes típicos da Administração pública.
e) participar do capital social ou ser acionista de empresas estatais da mesma
esfera de governo, independentemente do que preveja a lei que a criou, bem
como de seu escopo de atuação, tendo em vista que também integram a
Administração indireta e, como tal, sujeitam-se ao mesmo regime jurídico e
finalidade mediata.

2. (FCC / Analista Judiciário Área Judiciária / TRE-PR / 2017)


No que se refere aos entes que integram a Administração pública indireta e o
controle externo a que estão sujeitos,
a) todos se submetem ao controle exercido pelos Tribunais de Contas, mas os
dirigentes das autarquias e fundações sujeitam-se também pessoalmente à
imposição de multa, o que não se aplica aos dirigentes de pessoas jurídicas de
direito privado.
b) as empresas públicas sujeitam-se integralmente ao mesmo nível e
extensão de controle que as autarquias, o que não se aplica às sociedades de
economia mista, que se sujeitam apenas a controle finalístico de resultados
pelos órgãos de controle externo.
c) somente o Judiciário pode analisar integralmente os atos e negócios
realizados pelas pessoas jurídicas, restando o exame da conduta dos
administradores aos Tribunais de Contas.
d) seus dirigentes não se sujeitam a responsabilização pessoal ou sanção
individualizada perante os Tribunais de Contas ou Poder Judiciário,
possibilidade restrita aos gestores da Administração direta.
e) seus dirigentes podem ser sancionados pelos Tribunais de Contas, com
imposição de multa, caso infrinjam dispositivo normativo que assim comine,

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independentemente da imputação de responsabilidade e consequências às


pessoas jurídicas que representam.

3. (FCC / Técnico Judiciário - Área Administrativa / TRT21 / 2017)


Diferem os órgãos públicos dos entes integrantes da Administração indireta:
a) no que concerne à necessidade de realização de licitação, obrigatória
apenas para a Administração direta e para os entes da Administração indireta
dotados de personalidade jurídica de direito público.
b) quanto ao regime jurídico contratual, tendo em vista que os contratos
firmados pelos entes da Administração indireta submetem-se ao regime
jurídico privado.
c) no que se refere à personalidade jurídica, tendo em vista que somente os
entes que integram a Administração pública indireta são dotados de
personalidade jurídica própria.
d) no que se refere ao regime jurídico de seus servidores, sendo obrigatória
prévia submissão a concurso público de provas e de provas e títulos para os
servidores públicos da Administração direta.
e) quanto ao trâmite de processos administrativos, tendo em vista que os
princípios que regem a Administração pública somente incidem quando se
trata dos processos administrativos relativos à Administração direta.

4. (FCC / Técnico Judiciário - Área Administrativa / TRE-SP / 2017)


O controle exercido pela Administração direta sobre a Administração indireta
denomina-se:
a) poder de tutela e permite a substituição de atos praticados pelos entes que
integram a Administração indireta que não estejam condizentes com o
ordenamento jurídico.
b) poder de revisão dos atos, decorrente da análise de mérito do resultado,
bem como em relação aos estatutos ou legislação que criaram os entes que
integram a Administração indireta.
c) controle finalístico, pois a Administração direta constitui a instância final de
apreciação, para fins de aprovação ou homologação, dos atos e recursos
praticados e interpostos no âmbito da Administração indireta.
d) poder de tutela, que não pressupõe hierarquia, mas apenas controle
finalístico, que analisa a aderência da atuação dos entes que integram a
Administração indireta aos atos ou leis que os constituíram.

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e) poder de autotutela, tendo em vista que a Administração indireta integra a


Administração direta e, como tal, compreende a revisão dos atos praticados
pelos entes que a compõem quando não guardarem fundamento com o escopo
institucional previsto em seus atos constitutivos.

5. (FCC / Defensor Público / DPE-ES / 2016)


O regime jurídico constitucional e legal vigente aplicável às entidades da
administração indireta dispõe que
a) os servidores das fundações criadas pelo Poder Público sempre se vinculam
ao regime geral de previdência social.
b) a remuneração dos empregados das empresas estatais que se dediquem à
atividade econômica em sentido estrito não está sujeita ao teto remuneratório
constitucional.
c) as associações públicas não são consideradas entidades da administração
indireta, em razão de seu regime especial.
d) aos dirigentes das agências executivas é assegurado o desempenho de
mandato fixo, durante o qual não podem ser exonerados, senão por motivo
justo, apurado mediante processo administrativo em que estejam assegurados
a ampla defesa e o contraditório.
e) estão sujeitos ao regime jurídico único os servidores da administração
pública direta, das autarquias e fundações públicas.

6. (FCC / Auditor Fiscal da Receita Municipal / Prefeitura de


Teresina – PI / 2016)
Empresa pública municipal dependente, sujeita a regime de direito privado,
pretende contratar novos empregados, para ocuparem postos que não sejam
em comissão. Para tanto, é lícito que adote como providência contratar novos
empregados,
a) mediante concurso público, oferecendo-lhes remuneração mensal jamais
superior ao subsídio mensal do Prefeito.
b) mediante concurso público, oferecendo-lhes remuneração mensal superior
ao subsídio mensal do Prefeito.
c) sem concurso público, oferecendo-lhes remuneração mensal superior ao
subsídio mensal do Prefeito.
d) sem concurso público, oferecendo-lhes remuneração mensal jamais
superior ao subsídio mensal do Prefeito.

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e) mediante concurso público, oferecendo-lhes remuneração mensal jamais


superior ao subsídio mensal do Prefeito, exceto se a empresa em questão for
uma exploradora de atividade econômica de comercialização de bens e
serviços.

7. (FCC / Técnico de Nível Superior / Prefeitura de Teresina /


2016)

Pessoa jurídica de direito privado, constituída sob a forma da legislação


brasileira, com parte do capital pertencente a entes públicos, na condição de
detentores do controle, prestadora de serviço público, sujeita a regime
licitatório para contratação das atividades meio, descreve uma

a) sociedade de economia mista.

b) autarquia.

c) fundação.

d) empresa pública.

e) autarquia especial.

8. (FCC/Julgador Administrativo Tributário do Tesouro


Estadual/SEFAZ-PE/2015)
A modernização da Administração pública implementada nos anos 1990 ao
influxo do modelo gerencial envolveu a introdução de alterações
constitucionais e legais com o escopo de aumentar a autonomia de algumas
entidades da Administração indireta, objetivando dar maior efetividade à sua
atuação. Como exemplo desse movimento incluem-se as agências executivas,
que correspondem a
a) autarquias criadas com regime especial, que atuam na regulação de setores
específicos.
b) organizações do terceiro setor que atuam em colaboração com a
Administração.
c) entidades privadas sem fins lucrativos que celebram contratos de gestão
com a Administração pública.
d) instituições públicas ou privadas que firmam termos de parceria para a
execução de serviços públicos não exclusivos.

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e) fundações ou autarquias que recebem essa qualificação e passam a se


submeter a um regime jurídico especial.

9. (FCC/Auditor Fiscal da Fazenda Estadual/SEFAZ-PI/2015)


Considere as seguintes afirmações sobre Administração Direta e Indireta:
I. Autarquias são pessoas jurídicas de direito público, que desempenham
serviço público descentralizado, com capacidade de auto-administração.
II. Sociedades de economia mista submetem-se ao regime jurídico de direito
público e têm por objeto, exclusivamente, o exercício de atividade econômica
em regime de competição no mercado.
III. Empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado que podem
desempenhar apenas serviços públicos ou atividade econômica em regime de
monopólio.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II.
b) I.
c) I e III.
d) II e III.
e) III.

10. (FCC / Analista Previdenciário / MANAUSPREV / 2015)

Um Município amazonense está providenciando reestruturação administrativa,


buscando conferir mais agilidade à sua gestão, bem como otimizar as
atividades e funcionalidades disponibilizadas aos administrados. Nesse passo,
pretende extinguir algumas secretarias municipais e fundir outras para
enxugar as despesas administrativas e estruturais, já que há claro propósito
de reduzir o desempenho direto de atividades a cargo da Administração.
Ainda, pretende encaminhar proposta à Câmara de Vereadores para obter
autorização para criação de empresas estatais. Considerando o modelo
pretendido, tem-se que

a) a criação de pessoas jurídicas integrantes da Administração municipal é


expressão do modelo de desconcentração administrativa.

b) a extinção de secretarias municipais depende de autorização legislativa,


posto que se pretende extinguir ente integrante da Administração indireta.

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c) o modelo proposto é expressão da aplicação do princípio da eficiência, que


prevê a obrigatoriedade de extinção de secretarias e órgãos.

d) a reestruturação ora promovida é condizente com o modelo de


descentralização administrativa, em que atividades são transferidas para
pessoas jurídicas integrantes da Administração indireta.

e) a conduta da Administração municipal é regular, visto que a criação de


órgãos depende de autorização legislativa, razão pela qual a instituição de
empresas estatais depende da adoção dessa formalidade.

11. (FCC / Analista Previdenciário / MANAUSPREV / 2015)

Determinado ente federado optou por organizar sua estrutura administrativa


criando pessoas jurídicas para a execução de algumas competências e
atividades cuja realização direta não se mostrava mais produtiva e eficiente.
Essas pessoas jurídicas podem ser de diversas naturezas, com características
e regime jurídico distintos. A criação de entes de determinada natureza enseja
consequências inafastáveis, podendo-se mencionar que

a) empresas estatais submetem-se a regime jurídico de direito público


quando prestadoras de serviço público e ao regime jurídico de direito privado
quando exploradoras de atividade econômica.

b) autarquias podem exercer poder de polícia limitado, restrito às atividades


fiscalizatórias, sendo-lhes vedada a execução material de suas próprias
decisões, porque desprovidas de competência sancionatória.

c) fundações sujeitam-se à regra da obrigatoriedade de concurso público,


sendo o único ente que integra a Administração indireta e é desprovido de
personalidade jurídica própria.

d) autarquias submetem-se à regra que obriga a realização de concurso


público, bem como a obrigatoriedade de licitação.

e) sociedades de economia mista, prestadoras de serviço público e


exploradoras de atividade econômica, não se submetem à obrigatoriedade de
licitação para aquisição de bens e materiais de consumo, bem como para
contratação de obras de construção ou reforma.

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12. (FCC / Analista Judiciário / TRE-SE / 2015)

Considere:

I. Secretarias Municipais.

II. Postos de Saúde.

III. Delegacias de Polícia.

IV. Ministérios.

V. Delegacias Regionais da Receita Federal.

Quanto à esfera de ação, classificam-se os órgãos públicos em centrais e


locais. NÃO constitui exemplo de órgãos públicos locais o que se afirma
APENAS em

a) II e III.

b) I e IV.

c) IV.

d) II e V.

e) I, III e V.

13. (FCC / Juiz Substituto / TJ-SE / 2015)

As autarquias, empresas públicas e sociedades de economia mista integram a


Administração pública Indireta, expressando organização administrativa
descentralizada. Esse aspecto interfere:

a) na definição do regime de compras e contratações, posto que a


Administração Indireta não está obrigada a licitar sempre que esse
procedimento acarretar prejuízo ou desvantagem à competição com a
iniciativa privada.

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b) no limite do controle externo exercido pela Administração central, que fica


adstrita a tutela finalística e de atendimento das finalidades institucionais dos
entes.

c) no controle exercido pelo Poder Judiciário, que não pode adentrar os


aspectos de conveniência e oportunidade dos atos e negócios praticados pelos
entes, diversamente do que ocorre com os órgãos da Administração Direta.

d) na responsabilidade extracontratual dos entes, que se impõe sob a


modalidade subjetiva não prescindindo da demonstração de culpa de seus
agentes para reparação dos danos que estes causarem a terceiros.

e) no regime de seus bens, que remanescem protegidos sob o regime jurídico


de direito público, a fim de preservar a participação do erário público na
constituição do patrimônio daqueles entes.

14. (FCC / Analista Judiciário / TRE-PB / 2015)

A organização administrativa, quando constituída por entes com personalidade


jurídica própria como as autarquias, tem como característica principal:

a) a submissão de todas as decisões finais de mérito desse ente a recurso


hierárquico, como forma de expressão do poder de tutela do ente federado
que o criou.

b) o controle político exercido pelo ente federado que cria o ente


descentralizado, o que exige submissão das decisões negociais à direção
política daquela Administração, previamente ou ad referendum.

c) disporem de autonomia administrativa, com base na lei que as cria, o que


reduz as chances de ingerência da Administração central no processo de
tomada de decisão do ente, restringindo o controle ao exame da atuação, que
deve estar afeta às finalidades institucionais.

d) a mitigação da incidência do regime jurídico de direito público, admitindo-


se seja excepcionado o regime licitatório para as chamadas atividades meio,
que não estão afetas à finalidade institucional do ente.

e) a autoadministração com exercício de competências próprias, o que limita


o poder de controle do ente federado que as criou, com exceção da

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contratação de pessoal, cujo concurso deve ser realizado na esfera da


Administração direta.

15. (FCC / Auxiliar da Fiscalização Financeira / TCE-SP / 2015)

O conceito de Administração pública pode ser estabelecido a partir do critério


objetivo ou subjetivo. Conforme esclarece Maria Sylvia Zanella di Pietro, pode-
se definir Administração Pública, em sentido subjetivo, como o conjunto de
órgãos e pessoas jurídicas aos quais a lei atribui o exercício da função
administrativa do Estado. Nesse contexto, a atividade de organização da
Administração pública pode compreender a

a) extinção de órgãos públicos, como medida de reorganização administrativa


e redução de custos, por ato do Chefe do Executivo.

b) criação de órgãos públicos, independentemente de lei, como expressão da


desconcentração administrativa.

c) instituição, por lei específica, de empresa pública, como expressão da


desconcentração por serviços.

d) extinção de cargos públicos, quando vagos, por ato do Chefe do Executivo,


como medida de organização e funcionamento da Administração.

e) delegação de serviço público a sociedade de economia mista, como


expressão de desconcentração funcional.

16. (FCC / Engenheiro Eletrônico ou mecatrônico / DPE-RR / 2015)

As competências na Administração pública podem ser atribuídas para órgãos


públicos e para entidades administrativas, por meio do que doutrinariamente
se denomina, respectivamente, desconcentração e descentralização.
Considerando a natureza jurídica dos órgãos e entidades,

a) as autarquias, as empresas públicas e as sociedades de economia mista


são espécies de órgãos públicos, excluindo-se dessa categorização os
consórcios públicos, em razão do princípio da especialidade.

b) os órgãos são partes integrantes da estrutura da Administração pública


direta e da Administração pública indireta, possuindo personalidade jurídica

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própria e capacidade processual, ao contrário das entidades, que possuem


personalidade jurídica própria, mas não possuem capacidade processual.

c) os órgãos são partes integrantes da estrutura da Administração pública


direta e da Administração pública indireta, não possuindo personalidade
jurídica própria, ao contrário das entidades, que possuem personalidade
jurídica própria, distinta das pessoas que lhes deram vida.

d) por serem os órgãos despersonalizados, ao contrário das entidades, não


mantém relações institucionais entre si, tampouco com terceiros, em razão do
princípio da capacidade específica.

e) as autarquias, as empresas públicas e as sociedades de economia mista


são espécies de entidades, excluindo-se dessa categorização as fundações
públicas, que são espécies de órgãos, com capacidade de autoadministração
exercida com independência em relação ao poder central.

17. (FCC / Técnico Judiciário / TRT3 / 2015)


O Estado de Minas Gerais, assim como os demais Estados-Membros e também
os Municípios, detêm competência legislativa própria que não decorre da União
Federal, nem a ela se subordina, mas encontra seu fundamento na própria
Constituição Federal. Trata-se da denominada
a) descentralização funcional.
b) descentralização administrativa.
c) desconcentração.
d) descentralização política.
e) descentralização por colaboração.

18. (FCC / Analista Judiciário / TRT9 / 2015)


Representa mecanismo de “descentralização por serviços" das atividades da
Administração pública a criação de
a) empresa pública, em que parcela da atividade do poder central é repassado
a ente despersonalizado, para que o exerça em regime de direito privado e
com autonomia orçamentária financeira em relação ao poder central.
b) autarquia, em que parcela da atividade do poder central é repassada a ente
personalizado, para que o exerça em regime de direito privado e, em razão
desse regime, sem autonomia em relação ao poder central.

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c) empresa pública, em que parcela da atividade do poder central é repassada


a ente personalizado, para que o exerça em regime de direito público e, em
razão da configuração empresarial, sem autonomia em relação ao poder
central.
d) autarquia, em que parcela da atividade do poder central é repassada a ente
despersonalizado, para que o exerça em regime de direito público e, em razão
desse regime, sem autonomia em relação ao poder central.
e) autarquia, em que parcela da atividade do poder central é repassada a ente
personalizado, para que o exerça em regime de direito público e com
autonomia financeira e administrativa.

19. (FCC / Técnico Judiciário / TJ-AP / 2014)

As autarquias possuem personalidade jurídica própria, autonomia financeira e


autoadministração. Partindo dessa premissa, é correto afirmar que

a) o ente instituidor mantém em relação à autarquia poder hierárquico e


poder disciplinar, em razão do controle de tutela.

b) a despeito de assumirem obrigações em nome próprio por ser sujeito de


direitos, é o ente instituidor quem responde por seus atos.

c) não se submetem ao controle de tutela do ente instituidor, para conformá-


las aos cumprimento dos objetivos públicos em razão dos quais foram criadas

d) seus recursos e patrimônio, independentemente da origem, configuram


recursos e patrimônio do ente instituidor

e) têm liberdade para gerir seus quadros funcionais sem interferências


indevidas do ente instituidor.

20. (FCC / Técnico Judiciário / TJ-AP / 2014)

A Administração pública, por lei, criou autarquia atribuindo-lhe competência


para prestar serviço público de saneamento básico. Para preenchimento dos
cargos públicos efetivos criados poderá:

a) realizar concurso público ou, diante da justificativa, pautada na situação de


emergência, contratar empregados diretamente pelo prazo de 5 anos.

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b) prover os cargos por livre nomeação, desde que haja a edição de ato
regulamentar autorizador.

c) prover os cargos por meio de concurso público de provas ou de provas e


títulos, de acordo com a natureza e complexibilidade do cargo, na forma
prevista em lei.

d) realizar processo de seleção, desde que para contratação de empregados


públicos, por prazo não superior a 5 anos.

e) justificar a impossibilidade de realizar concurso público e transformar os


empregados de fundação governamental em servidores públicos da autarquia
recém instituída.

21. (FCC / Analista Legislativo / AL-PB / 2013)

Os órgãos públicos, quanto à posição estatal, classificam- se em


independentes, autônomos, superiores e subalternos. Desta feita, as
Secretarias de Estado e as Casas Legislativas são classificadas,
respectivamente, em órgãos públicos:

a) superiores e superiores.

b) independentes e autônomos.

c) independentes e superiores.

d) superiores e autônomos.

e) autônomos e independentes.

22. (FCC / Analista Judiciário / TRT1 / 2013)

A Administração pública editou um decreto organizando o segmento imobiliário


de sua administração. A medida é

a) constitucional, desde que não tenha implicado em criação de órgão ou


aumento de despesa.

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b) inconstitucional, tendo em vista que a autonomia da administração pública


para tanto estaria restrita a extinção de cargos vagos.

c) constitucional, desde que tenha havido autorização legislativa e que não


tenha implicado extinção de cargos, ainda que vagos.

d) inconstitucional, na medida em que o executivo não possui competência


para edição de decretos autônomos em decorrência de seu poder
regulamentar, nem para organizar a administração pública.

e) inconstitucional, tendo em vista que a organização da administração deve


ser promovida por meio de lei.

23. (FCC/Auditor Fiscal do Município/Prefeitura de São Paulo -


SP/2012)
Determinada sociedade de economia mista municipal pretende ampliar sua
autonomia gerencial, orçamentária e financeira. De acordo com a Constituição
Federal, para tal finalidade, os administradores da entidade poderão
a) firmar contrato de gestão com o poder público, tendo por objeto a fixação
de metas de desempenho.
b) solicitar a qualificação da empresa como agência executiva, mediante a
apresentação de plano de metas e indicadores de desempenho.
c) celebrar contrato de gestão com o poder público, passando a empresa a
obter a qualificação de Organização Social - OS.
d) celebrar contrato de programa com o poder público, para a execução de
serviços públicos em regime de competição com a iniciativa privada.
e) consorciar-se com entidade qualificada como Organização Social - OS,
mediante a celebração de contrato de gestão, com a fixação de metas de
desempenho.

24. (FCC / Defensor Público / DPE-PR / 2012)


A estrutura administrativa do Estado compreende a administração pública
direta e indireta. Sobre o tema, examine as afirmações abaixo.
I. A administração direta é constituída pela União, Estados, Municípios e
Distrito Federal, todos dotados de autonomia política, administrativa e
financeira.

II. Estados e Municípios não são dotados de soberania e não têm competência

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legislativa para instituir sua própria administração indireta.

III. As autarquias e as fundações de direito público são pessoas jurídicas de


direito público que compõem a administração indireta.
IV. As empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, dotadas de
patrimônio próprio.
V. A criação de sociedade de economia mista depende de lei específica
autorizadora e o seu quadro social é constituído por pessoas jurídicas de
direito público.
Estão corretas APENAS as afirmações
a) I e III.
b) II, IV e V.
c) I e II.
d) I, III e IV.
e) III e V.

25. (FCC / Analista de Tecnologia da Informação / MPE-RN / 2010)

As duas formas básicas de organização e atuação administrativas adotadas


pelo Estado no desempenho de suas atribuições, denominam-se:

a) vinculação e desvinculação.

b) centralização e descentralização.

c) concentração e desconcentração.

d) concentração e descentralização.

e) centralização e desvinculação.

26. (FCC / Técnico Judiciário / TRE-AC / 2010)

O dever do Administrador Público de prestar contas

a) aplica-se a todos os órgãos e entidades públicas, exceto aos Tribunais de


Contas por serem os órgãos encarregados da tomada de contas dos
administradores.

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b) aplica-se apenas aos agentes responsáveis por dinheiro público.

c) não alcança os particulares, mesmo que estes recebam subvenções


estatais.

d) não se aplica aos convênios celebrados entre a União e os Municípios, por


se tratar de acordo entre entidades estatais.

e) é imposto a qualquer agente que seja responsável pela gestão e


conservação de bens públicos.

5.2 – ESAF

27. (ESAF - Anata MTUR/2014)


Acerca dos Órgãos Públicos, assinale a opção correta.
a) A teoria da representação é a tese atualmente adotada pela doutrina
brasileira para legitimar a atuação do agente público em nome da pessoa
jurídica administrativa.
b) Órgão pode integrar a estrutura de uma pessoa jurídica da Administração
Indireta.
c) Órgão público possui personalidade jurídica.
d) A criação de um órgão público exemplifica a prática de descentralização
administrativa.
e) Não há possibilidade de hierarquia entre órgãos públicos.

28. (ESAF - DNIT/2013)


Quanto à sua posição estatal, o órgão que possui atribuições de direção,
controle e decisão, mas que sempre está sujeito ao controle hierárquico de
uma chefia mais alta, não tem autonomia administrativa nem financeira,
denomina-se:
a) órgão subalterno.
b) órgão autônomo.
c) órgão singular.
d) órgão independente.
e) órgão superior.

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29. (ESAF - Ana Sist. - Informática e Redes/2012)


Nos termos de nossa Constituição Federal e de acordo com a jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal, depende de autorização em lei específica:
a) a instituição das empresas públicas, das sociedades de economia mista e de
fundações, apenas.
b) a instituição das empresas públicas e das sociedades de economia mista,
apenas.
c) a instituição das autarquias, das empresas públicas, das sociedades de
economia mista e de fundações, apenas.
d) a participação de entidades da Administração indireta em empresa privada,
bem assim a instituição das autarquias, empresas públicas, sociedades de
economia mista, fundações e subsidiárias das estatais.
e) a participação de entidades da Administração indireta em empresa privada,
bem assim a instituição das empresas públicas, sociedades de economia
mista, fundações e subsidiárias das estatais.

30. (ESAF – ATRFB /2012)


Quanto às autarquias no modelo da organização administrativa brasileira, é
incorreto afirmar que
a) possuem personalidade jurídica.
b) são subordinadas hierarquicamente ao seu órgão supervisor.
c) são criadas por lei.
d) compõem a administração pública indireta.
e) podem ser federais, estaduais, distritais e municipais.

31. (ESAF – ATRFB - 2012)


Não compõe a Administração Pública Federal Direta
a) a Secretaria da Receita Federal do Brasil.
b) a Presidência da República.
c) o Tribunal Regional Eleitoral.
d) o Ministério dos Esportes.
e) a Caixa Econômica Federal.

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32. (ESAF - ATA MF/2012)


Acerca da organização do Estado e da Administração, analise as afirmativas
abaixo, diagnosticando se são verdadeiras(V) ou falsas(F).
Ao final, assinale a opção que apresente a sequência correta.
( ) Entidades administrativas são as pessoas jurídicas que integram a
Administração Pública formal brasileira, sem dispor de autonomia política.
( ) Uma entidade administrativa recebe suas competências da lei que a cria ou
autoriza a sua criação. Tais competências podem ser de mera execução de leis
e excepcionalmente legislativas strito sensu.
( ) As entidades administrativas não são hierarquicamente subordinadas à
pessoa política instituidora.
( ) Entidades administrativas são pessoas jurídicas que compõem a
administração direta.
a) V, V, V, F
b) V, F, V, F
c) F, V, V, F
d) V, F, F, V
e) V, V, F, V

33. (ESAF - Pref. RJ/2010)


Assinale a opção em que consta hipótese que não é aplicável simultaneamente
à autarquia e à empresa pública.
a) Observância do princípio do concurso público.
b) Natureza pública dos bens da entidade.
c) Componente da Administração Pública Indireta.
d) Portadora de personalidade jurídica.
e) Obediência à Constituição Federal.

34. (ESAF – SUSEP - Controle e Fiscalização/2010)


A SUSEP é uma autarquia, atua na regulação da atividade de seguros (entre
outras), e está sob supervisão do Ministério da Fazenda. Logo, é incorreto
dizer que ela:
a) é integrante da chamada Administração Indireta.

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b) tem personalidade jurídica própria, de direito público.


c) está hierarquicamente subordinada a tal Ministério.
d) executa atividade típica da Administração Pública.
e) tem patrimônio próprio.

35. (ESAF – SUSEP - Controle e Fiscalização/2010)


Para que uma autarquia tenha existência regular, há a necessidade de
observância dos seguintes procedimentos:
a) criação diretamente por lei, com inscrição de seu ato constitutivo na
serventia registral pertinente.
b) criação diretamente por lei, sem necessidade de qualquer inscrição em
serventias registrais.
c) criação autorizada em lei, com inscrição de seu ato constitutivo na serventia
registral pertinente.
d) criação autorizada em lei, sem necessidade de qualquer inscrição em
serventias registrais.
e) criação diretamente por lei, ou respectiva autorização legal para sua
criação, sendo necessária a inscrição de seu ato constitutivo em serventias
registrais, apenas nesta última hipótese.

36. (ESAF – SUSEP - Administração e Finanças/2010)


Em nossos dias, embora sequer sejam citadas(os) pelo Decreto-Lei n.
200/1967, também integram a administração indireta as(os):
a) Organizações Sociais de Interesse Público.
b) Organizações Não-Governamentais sem fins lucrativos.
c) Organizações Sociais.
d) Consórcios Públicos com personalidade jurídica de direito público.
e) Parceiros Público-Privados sem fins lucrativos.

37. (ESAF - Ag Exec - CVM) /2010)


São regras de direito público que obrigam às empresas estatais federais a
despeito de sua natureza jurídica de direito privado, exceto:
a) contratação de empregados por meio de concurso público.

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b) submissão aos princípios gerais da Administração Pública.


c) proibição de demissão dos seus empregados em razão da estabilidade que
lhes protege.
d) autorização legal para sua instituição.
e) sujeição à fiscalização do Tribunal de Contas da União.

38. (ESAF - Ag Exec - CVM) /2010)


Assinale a opção que contemple regras aplicáveis tanto às pessoas jurídicas de
direito público, quanto às pessoas jurídicas de direito privado pertencentes à
Administração Pública, independentemente de seu objeto social.
a) Regime jurídico único para os seus servidores.
b) Inalienabilidade e impenhorabilidade de seus bens.
c) Prerrogativas processuais e de foro.
d) Concurso público e licitação.
e) Responsabilização pela teoria objetiva.

39. (ESAF – CVM - Arquivologia/2010)


São características comuns às empresas públicas e às sociedades de economia
mista, exceto:
a) estão sujeitas ao controle finalístico do ente da administração direta que as
instituiu.
b) podem ser exploradoras de atividades econômicas ou prestadoras de
serviços públicos.
c) criação autorizada por lei específica.
d) na composição do capital social, exige-se a participação majoritária do
poder público.
e) embora possuam personalidade jurídica de direito privado, o regime de
direito privado a elas aplicável é parcialmente modificado por normas de
direito público.

40. (ESAF - Pref. RJ /2010)


Não é considerada entidade da Administração Pública Indireta:
a) a autarquia.
b) a sociedade de economia mista.

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c) o órgão público.
d) a fundação pública.
e) a empresa pública.

41. (ESAF - Pref. RJ/2010)


Assinale a opção na qual consta entidade da Administração Pública Indireta.
a) Órgão público
b) Autarquia
c) Serviço Social Autônomo
d) Ministério
e) Polícia militar

42. (ESAF - AFT/2010)


Tendo por base a organização administrativa brasileira, classifique as
descrições abaixo como sendo fenômenos: (1) de descentralização; ou (2) de
desconcentração. Após, assinale a opção correta.
( ) Criação da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
para prestar serviços oficiais de estatística, geologia e cartografia de âmbito
nacional;
( ) Criação de delegacia regional do trabalho a ser instalada em
municipalidade recém emancipada e em franco desenvolvimento industrial e
no setor de serviços;
( ) Concessão de serviço público para a exploração do serviço de manutenção
e conservação de estradas;
( ) Criação de novo território federal.
a) 2/ 1 / 2 / 1
b) 1/ 2 / 2 / 1
c) 2/ 2 / 1 / 1
d) 1/ 2 / 1 / 1
e) 1/ 2 / 1 / 2

43. (ESAF - Ag Exec (CVM)/2010)


São características dos órgãos públicos, exceto:

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a) integrarem a estrutura de uma entidade política, ou administrativa.


b) serem desprovidos de personalidade jurídica.
c) poderem firmar contrato de gestão, nos termos do art. 37, § 8º da
Constituição Federal.
d) resultarem da descentralização.
e) não possuírem patrimônio próprio.

44. (ESAF - AFC – CGU /2006)


Assinale, entre as hipóteses abaixo, aquela que corresponde à competência
legislativa do Congresso Nacional, prevista na Constituição Federal, sobre a
organização administrativa do Poder Executivo.
a) Criação, extinção e atribuições de órgãos da Administração Pública.
b) Criação e extinção de Ministérios e órgãos da Administração Pública.
c) Criação e extinção de órgãos da Administração Direta.
d) Criação, extinção e atribuições de Ministérios, órgãos e entidades da
Administração Pública.
e) Criação e extinção de órgãos e entidades da Administração Direta e
Indireta.

45. (ESAF - AFRFB/2009)


Quanto à organização administrativa brasileira, analise as assertivas abaixo e
assinale a opção correta.
I. A administração pública federal brasileira indireta é composta por
autarquias, fundações, sociedades de economia mista, empresas públicas e
entidades paraestatais.
II. Diferentemente das pessoas jurídicas de direito privado, as entidades da
administração pública indireta de personalidade jurídica de direito público são
criadas por lei específica.
III. Em regra, a execução judicial contra o Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA enquanto autarquia
federal está sujeita ao regime de precatórios previsto no art. 100 da
Constituição Federal, respeitadas as exceções.
IV. A Caixa Econômica Federal enquanto empresa pública é exemplo do que se
passou a chamar, pela doutrina do direito administrativo, de desconcentração
da atividade estatal.

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V. O Instituto Nacional do Seguro Social - INSS enquanto autarquia vinculada


ao Ministério da Previdência Social está subordinada à sua hierarquia e à sua
supervisão.
a) Apenas os itens I e II estão corretos.
b) Apenas os itens II e III estão corretos.
c) Apenas os itens III e IV estão corretos.
d) Apenas os itens IV e V estão corretos.
e) Apenas os itens II e V estão corretos.

46. (ESAF - AFC – STN - Contábil-Financeira/2008)


O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal são, respectivamente,
sociedade de economia mista e empresa pública, cujos capitais votantes
majoritários pertencem à União. Quanto a estas espécies de instituições,
analise os itens a seguir e marque com V se a assertiva for verdadeira e com F
se for falsa. Ao final, assinale a opção correspondente.
( ) A constituição de sociedades de economia mista e de empresas públicas
decorre de um processo de descentralização do Estado que passa a exercer
certas atividades por intermédio de outras entidades.
( ) Apesar de serem constituídas como pessoas jurídicas de direito privado, as
sociedades de economia mista e as empresas públicas estão submetidas
hierarquicamente à pessoa política da federação que as tenha criado.
( ) Somente por lei específica podem ser criadas sociedades de economia
mista e empresas públicas, bem como necessária autorização legislativa, em
cada caso, para a criação de suas subsidiárias.
( ) As empresas públicas e as sociedades de economia mista exploradoras de
atividade econômica sujeitam-se ao regime próprio das empresas privadas,
inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e
tributários.
( ) Quanto ao regime de compras, as empresas públicas e as sociedades de
economia mista sujeitam-se aos princípios da administração pública e devem
observar procedimento licitatório.
a) V, V, F, V, F
b) V, F, F, V, V
c) F, F, V, F, V
d) F, V, V, F, F
e) V, F, F, V, V

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47. (ESAF - AFRE CE/2007)


Assinale a opção que contemple o ponto de distinção entre a empresa pública
e a sociedade de economia mista.
a) Natureza jurídica.
b) Atuação na ordem econômica.
c) Regime do pessoal.
d) Natureza do patrimônio.
e) Formação do capital social

48. (ESAF - Proc DF/2007)


Analise os itens a seguir:
I. Desconcentração é a distribuição de competências de uma para outra
pessoa, física ou jurídica;
II. A Constituição Federal de 1988 dispõe que a área de atuação da empresa
pública deverá ser definida por lei complementar;
III. A Constituição Federal de 1988 dispõe que somente por lei específica
poderá ser criada autarquia e fundação;
IV. As autarquias e fundações dependerão de autorização legislativa para
criarem suas subsidiárias, conforme disposto na Constituição Federal, não
sendo atingidas por essa exigência constitucional as sociedades de economia
mista e as empresas públicas;
V. Compete à Justiça Federal julgar as causas comuns em que é parte a
sociedade de economia mista no plano federal.
A quantidade de itens incorretos é igual a:
a) 1
b) 4
c) 3
d) 2
e) 5

49. (ESAF - SEFAZ CE/2007)

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A autonomia gerencial, financeira e orçamentária dos órgãos e entidades da


Administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante
a) termo de parceria.
b) protocolo de intenções.
c) contrato de gestão.
d) convênio.
e) consórcio.

50. (ESAF - ATRFB/2006)


As sociedades de economia mista, constituídas com capitais predominantes do
Estado, são pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da Administração
Pública Indireta, são regidas pelas normas comuns aplicáveis às empresas
particulares, estando fora do âmbito de incidência do Direito Administrativo.
a) Correta esta assertiva.
b) Incorreta a assertiva, porque elas são pessoas jurídicas de direito público.
c) Incorreta a assertiva, porque eles são de regime híbrido, sujeitando-se ao
direito privado e, em muitos aspectos, ao direito público.
d) Incorreta a assertiva, porque seus capitais são predominantes privados.
e) Incorreta a assertiva, porque elas são de regime público, regidas
exclusivamente pelo Direito Administrativo.

51. (ESAF - AFT/2006)


A doutrina sempre considerou muito complexa a figura das fundações no
âmbito da Administração Pública brasileira. Em verdade, foi constante, ao
longo dos anos, a evolução dessa espécie organizacional.
No atual estágio, assinale o conceito correto a respeito das diversas categorias
dessa entidade.
a) A fundação pública de direito público tem natureza autárquica e integra a
Administração Pública Direta.
b) A fundação de apoio às instituições federais de ensino superior tem
natureza de direito privado e integra a Administração Pública Indireta.
c) A fundação pública de direito privado vincula-se ao regime jurídico-
administrativo e integra a Administração Pública Indireta.

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d) A fundação previdenciária tem personalidade jurídica de direito público e


vincula-se ao regime jurídico administrativo.
e) A fundação pública de direito privado equipara-se, em sua natureza
jurídica, à sociedade de economia mista.

52. (ESAF - ATRFB /2006)


A entidade da Administração Indireta, que se conceitua como sendo uma
pessoa jurídica de direito público, criada por força de lei, com capacidade
exclusivamente administrativa, tendo por substrato um patrimônio
personalizado, gerido pelos seus próprios órgãos e destinado a uma finalidade
específica, de interesse público, é a
a) autarquia.
b) fundação pública.
c) empresa pública.
d) sociedade de economia mista.
e) agência reguladora.

53. (ESAF - AFC - CGU /2006)


Banco Central do Brasil é
a) um órgão autônomo da Administração Direita Federal.
b) um órgão do Ministério da Fazenda.
c) um órgão subordinado à Presidência da República.
d) uma entidade da Administração Indireta Federal.
e) uma instituição financeira, sem personalidade jurídica própria, integrante
do Conselho Monetário Nacional

54. (ESAF – SUSEP - Controle e Fiscalização/2006)


As autarquias e empresas públicas se equivalem, estruturalmente, no sentido
de que elas são
a) pessoas jurídicas de direito público.
b) pessoas jurídicas de direito privado.
c) órgãos da Administração Direta.
d) entidades da Administração Indireta.

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e) serviços sociais autônomos.

55. (ESAF - Ag Exec - CVM/2010)


Ao final de cada uma das alternativas da coluna I insira o número constante
da coluna II que contemple a correspondência mais adequada. Após, assinale
a opção que apresenta a sequência correta para a coluna I.
Coluna I Coluna II
( ) São órgãos constituídos (1) Órgãos simples
por um só centro de (2) Órgãos compostos
competência. Não (3) Órgãos singulares
são subdivididos em (4) Órgãos colegiados
sua estrutura interna,
integrando-se em órgãos
maiores.
( ) São também denominados
unipessoais, são órgãos
em que a atuação ou as
decisões são atribuições
de um único agente.
( ) Reúnem em sua
estrutura diversos
órgãos, como resultado
da desconcentração
administrativa.
( ) São caracterizados por
atuarem e decidirem
mediante obrigatória
manifestação conjunta de
seus membros.
a) 1, 2, 3, 4
b) 1, 3, 2, 4
c) 3, 2, 1, 4
d) 3, 1, 4, 2
e) 4, 3, 2, 1

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6 – Gabarito

Gabarito 1. D............................................................................................................ 41
Gabarito 2. E. ........................................................................................................... 43
Gabarito 3. C. ........................................................................................................... 44
Gabarito 4. D............................................................................................................ 45
Gabarito 5. E. ........................................................................................................... 46
Gabarito 6. A. ........................................................................................................... 47
Gabarito 7. A. ........................................................................................................... 48
Gabarito 8. E. ........................................................................................................... 50
Gabarito 9. B. ........................................................................................................... 50
Gabarito 10. D............................................................................................................ 52
Gabarito 11. D............................................................................................................ 53
Gabarito 12. B. ........................................................................................................... 54
Gabarito 13. B. ........................................................................................................... 56
Gabarito 14. C. ........................................................................................................... 57
Gabarito 15. D............................................................................................................ 58
Gabarito 16. C. ........................................................................................................... 59
Gabarito 17. D............................................................................................................ 60
Gabarito 18. E. ........................................................................................................... 61
Gabarito 19. E. ........................................................................................................... 62
Gabarito 20. C. ........................................................................................................... 62
Gabarito 21. E. ........................................................................................................... 63
Gabarito 22. A. ........................................................................................................... 64
Gabarito 23. A. ........................................................................................................... 65
Gabarito 24. D............................................................................................................ 66
Gabarito 25. B. ........................................................................................................... 67
Gabarito 26. E. ........................................................................................................... 68
Gabarito 27. Certo. .................................................................................................... 69
Gabarito 28. Certo. .................................................................................................... 70
Gabarito 29. Certo. .................................................................................................... 71
Gabarito 30. Certo. .................................................................................................... 71
Gabarito 31. Certo. .................................................................................................... 71
Gabarito 32. Certo. .................................................................................................... 72
Gabarito 33. Certo. .................................................................................................... 73
Gabarito 34. Certo. .................................................................................................... 73
Gabarito 35. Certo. .................................................................................................... 74

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Gabarito 36. Certo. .................................................................................................... 74


Gabarito 37. Certo. .................................................................................................... 75
Gabarito 38. Certo. .................................................................................................... 76
Gabarito 39. Certo. .................................................................................................... 76
Gabarito 40. Certo. .................................................................................................... 77
Gabarito 41. Certo. .................................................................................................... 77
Gabarito 42. Certo. .................................................................................................... 78
Gabarito 43. D............................................................................................................ 78
Gabarito 44. Certo. .................................................................................................... 80
Gabarito 45. Certo. .................................................................................................... 81
Gabarito 46. Certo. .................................................................................................... 82
Gabarito 47. Certo. .................................................................................................... 82
Gabarito 48. Certo. .................................................................................................... 83
Gabarito 49. Certo. .................................................................................................... 84
Gabarito 50. Certo. .................................................................................................... 85
Gabarito 51. Certo. .................................................................................................... 86
Gabarito 52. Certo. .................................................................................................... 86
Gabarito 53. Certo. .................................................................................................... 87
Gabarito 54. Certo. .................................................................................................... 87
Gabarito 55. Certo. .................................................................................................... 88

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7 – Referencial Bibliográfico

Alexandrino, M. Paulo, V. Direito Administrativo Descomplicado. 22ª ed. São


Paulo: Editora Método, 2014.
Bandeira de Melo, C. A. Curso de Direito Administrativo. 27ª ed. São Paulo:
Malheiros, 2010.
Di Pietro, M. S. Z. Direito Administrativo. 22ª ed. São Paulo: Editora Atlas,
2009.
Alexandre, Ricardo. Deus, João de. Direito Administrativo Esquematizado. São
Paulo: Editora Método, 2014.
Meirelles, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 22.ed. São Paulo, RT,
1997
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.
Brasília, DF, Senado, 1998.
Decreto-Lei nº 200, de 25 de Fevereiro de 1967

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