CM2 - Fisiopatologia Da COVID-19
CM2 - Fisiopatologia Da COVID-19
CM2 - Fisiopatologia Da COVID-19
Pontos principais
• Os pacientes com COVID-19 podem ser divididos em três grupos, seguindo o modelo de Casadevall
e Pirofsky:
o Em geral, para os pacientes que terão manifestações graves, há uma modificação da posição
na curva, da esquerda para direita (seta), conforme há o aumento do dano.
▪ CCL2, IFN-a2 tiveram maiores valores preditivos de letalidade, IL-6, IL-5 (Th2), TGF-a
(Th17) tiveram valores preditivos menores.
Dano viral direto: parece ser modesto. Influenza causa mais dano aos pneumócitos que a COVID-19.
• Promove lise celular provocada pela replicação viral, que leva a alteração das funções do epitélio
respiratório, exsudatos e alterações de trocas gasosas.
• Hipóteses
Coagulopatia e endotelialite
• Dano endotelial direto (endotélio tem ECA2) → inflamação → redução da fibrinólise e produção de
trombina.
o Aumento da expressão de vWF (que pode ter relação com os pacientes de sangue A).
• Os loci com variações mais associados a formas graves são receptores do sistema imune e ABO.
Pulmão
• O padrão parece ser de dano alveolar difuso com exsudato inflamatório (pneumonite viral comum
nos casos mais leves).
• A infeção inicial ocorre em células do trato respiratório superior que expressam ECA2. Progride para
infecção dos pneumócitos tipo II (que expressam ECA2). As formas graves de doença estão
envolvidas com a ruptura da barreira epitélio-endotélio, deposição de complemento, hiperinflamação
e trombogênese.
Rins
Coração
• Desbalanço metabólico → perfusão ruim (IC, sobretudo em pacientes com HAS ou DAC prévia)
• Sobrecarga adrenérgica
• Fenômenos tromboembólicos
Sistema endócrino
• Fenômenos tromboembólicos
• Neuroinflamação
o Podem entrar por propioceptores entéricos ou pelo endotélio, lesando as tight junctions
o Dano neuronal direto por toxicidade imunomediada (mediada por citocinas que ativam a
micróglia).
o A maioria das células que sofreram morte celular não estavam infectadas com COVID-19 e
somente 15% das células infectadas morreram.
o As mortes eram mais comuns nas regiões com alta concentração de SARS-CoV-2, indicando
que o vírus pode provocar a morte direta de neurônios, como também provocar a morte de
neurônios não infectados vizinhos.
o O uso de anticorpos anti-ACE2 inibe a infecção viral, assim como o LCR de pacientes,
indicando resposta humoral.
• Em ratos que expressavam ACE2 humano, a infecção foi viável, mudou a vasculatura cerebral e teve
maior mortalidade, independente da infecção respiratória.
• Aumento da síntese de ácido hialurônico + perda de líquido para dentro dos alvéolos induzida pela
bradicinina → formação de um hidrogel que dificulta a troca gasosa.