O documento descreve um seminário sobre imunologia clínica. Contém 5 perguntas e respostas sobre diversos tópicos da imunologia como formação de anticorpos, lúpus eritematoso sistêmico, miastenia gravis, reações de hipersensibilidade e a diferença entre anafilaxia e angioedema.
O documento descreve um seminário sobre imunologia clínica. Contém 5 perguntas e respostas sobre diversos tópicos da imunologia como formação de anticorpos, lúpus eritematoso sistêmico, miastenia gravis, reações de hipersensibilidade e a diferença entre anafilaxia e angioedema.
O documento descreve um seminário sobre imunologia clínica. Contém 5 perguntas e respostas sobre diversos tópicos da imunologia como formação de anticorpos, lúpus eritematoso sistêmico, miastenia gravis, reações de hipersensibilidade e a diferença entre anafilaxia e angioedema.
O documento descreve um seminário sobre imunologia clínica. Contém 5 perguntas e respostas sobre diversos tópicos da imunologia como formação de anticorpos, lúpus eritematoso sistêmico, miastenia gravis, reações de hipersensibilidade e a diferença entre anafilaxia e angioedema.
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FACULDADE DE MEDICINA DE CAMPOS
FUNDAÇÃO BENEDITO PEREIRA NUNES
PRIMEIRO SEMINÁRIO Imunologia Clínica
01)Explicar o processo de formação dos anticorpos, citando cada um deles e o local
onde são produzidos.
Formação dos Anticorpos pelos Plasmócitos.
Antes da exposição a antígeno específico, os clones dos lin- fócitos B permanecem inativos no tecido linfoide. Com a chegada de antígeno estranho, os macrófagos no tecido linfoide fagocitam o antígeno e o apresentam para os lin- fócitos B adjacentes. Os linfócitos B específicos para antígeno imediatamente se dilatam, tomando a aparência de linfoblastos. Alguns dos linfoblastos se diferenciam ainda mais para formar plasmablastos, que são precursores dos plasmó- citos. A seguir, o plasmócito maduro passa a produzir anticorpos de gamaglobulina, em velocidade extremamente rápida. Por sua vez, esses anti- corpos são secretados para a linfa e levados para o sangue circulante. Esse processo continua durante dias ou sema- nas, até que ocorram exaustão e morte do plasmócito. 02) O que é Síndrome antifosfolipídica no Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES)? A Síndrome antifosfolipídica no LES é uma condição adquirida, sistêmica, caracterizada por tromboses recorrentes no sistema arterial, venoso ou ambos, podendo ser primária ou secundária, esta última mais associada ao lúpus eritematoso sistêmico. São marcadores sorológicos da síndrome antifosfolipídica, os anticorpos anticoagulante lúpico e anticardiolipina. O critério diagnóstico primário inclui trombose arterial ou venosa e morte fetal recorrente. Cerca de 41% dos pacientes apresentam lesões cutâneas como primeiro sinal da síndrome, que também pode provocar livedo reticular, ulcerações cutâneas, vasculite livedóide, entre outras manifestações. Seu controle consiste principalmente no tratamento e profilaxia da trombose com anticoagulantes e antiagregantes plaquetários.
03)Explique a requisição dos exames sorológicos mais importantes no diagnóstico
do LES e as principais alterações laboratoriais encontradas nessa doença. Para o diagnóstico do LES, o exame laboratorial FAN (Fator anti núcleo) confirma a presença de doença auto imune porém ele é um exame não específico. Caso o resultado for positivo associado a clínica do paciente, há indícios de 99% de probabilidade de confirmação diagnóstica. Se o FAN der negativo, exclui a presença da doença. Se houver uma negativa do FAN, com sintomas clínicos, o médico pode solicitar outros exames adicionais como Anti DNA e Anti SM, que são marcadores específicos do LES. As principais alterações laboratoriais dessa doença são: Anemia hemolítica Coombs positiva; leucopenia,linfocitopenia, trombocitopenia.
4)Explique a gênese na Miastenia Gravis. Qual seria a vantagem de pesquisar
laboratorialmente os auto-anticorpos anti-AChR nessa doença? A MG é uma doença autoimune cuja fisiopatologia se baseia no bloqueio e aceleração da degradação do número de receptores nicotínicos musculares da placa motora presentes na membrana pós-sináptica e mediados pelo neurotransmissor acetilcolina. Esse bloqueio ocorre por auto anticorpos antiacetilcolina que estimulam a liberação de citocinas e células inflamatórias que anulam a expressão de tais receptores degradando-os. A vantagem da pesquisa laboratorial de auto-anticorpos de anti-AChR na Miastenia Gravis ocorre pela possibilidade em quantificar e especificar os 3 tipos de auto anticorpos, sendo eles o de ligação, modulação e bloqueio, este último com ligação irreversível aos receptores indicando uma condição severa da doença. Portanto, o exame permite definir se o perfil da doença é leve, moderado , severo, ocular ou generalizado tornando-o uma ferramenta diagnóstica importante.
05)Diferencie anafilaxia de angiodema. Explique os mecanismos de reações de
hipersensibilidade de Gell e Coombs e quais tipos podem resultar em anafilaxia alérgica. A Anafilaxia é uma síndrome com conjunto de sintomas multifatoriais como prurido, hipotensão, náuseas, edema de glote sendo este, um sintoma potencialmente fatal. Pode ser permeada por mecanismos imunológicos ou de sensibilidade, mediado por IGE, desencadeando uma produção maciça de histamina pelos mastócitos, onde ocorre vasodilatação e intensificando o quadro alérgico. Já a angioedema é um inchaço que ocorre nas camadas mais profundas da pele por extravasamento de líquido dos vasos sanguíneos. Esse edema habitualmente afeta áreas que possuem um tecido mais “frouxo”, que seja mais passível de se distender, como a pele da face, os lábios, as pálpebras e as mucosas das vias
aéreas, incluindo faringe, laringe e úvula.A histamina e a bradicinina são os
mediadores inflamatórios mais associados ao surgimento do angioedema. O primeiro está relacionado a processos alérgicos e o segundo aos angioedemas hereditário, adquirido ou relacionado aos inibidores da ECA. Na maioria dos casos, os episódios de angioedema surgem de forma isolada, sem outras manifestações clínicas associadas. O paciente não sente mais nada além do edema localizado. Porém, nos angioedemas de origem alérgica, o paciente também pode desenvolver um quadro de urticária e/ou anafilaxia.
São classificados em quatro tipos, que será estabelecido pelo tipo de resposta imune e o mecanismo efetor que irá ocorrer.
Hipersensibilidade tipo I: ou imediata, ocorre quando uma resposta IgE é
dirigida contra antígenos inócuos, como pólen, ácaro da poeira doméstica ou pêlo de animais. A liberação resultante de mediadores farmacológicos, tais como a histamina, por mastócitos sensibilizados por IgE, produz uma reação inflamatóra aguda com sintomas como asma e rinite. Hipersensibilidade tipo II: ou citotóxica anticorpo-dependente, ocorre quando o anticorpo liga-se a um antígeno próprio nas células do indivíduo ou a um antígeno estranho e conduz à fagocitose, atividade de células exterminadoras ou lise mediada por complemento. Ex: reações transfusionais, principalmente reações aos eritrócitos (sintomas: febre, hipotensão, lombalgia, sensação de compressão torácica, náusea e vômito); doença hemolítica do recém nascido, anemias hemolíticas auto- imunes. Hipersensibilidade do tipo 3: anticorpos (IgM ou IgG) contra antígenos solúveis (ex: do nosso plasma sanguíneo) que formam imunocomplexos que podem se depositar em vasos sanguíneos e tecidos, causando inflamação e lesão tecidual. Hipersensibilidade do tipo 4: são reações dos linfócitos T geralmente contra antígenos próprios nos tecidos.
Portanto, as do tipo I,II e III podem causar anafilaxia alérgica.