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Tipos de Insulina

Quase toda insulina comercializada atualmente é conhecida como insulina humana. Desenvolvida
por cientistas em laboratório, a partir da tecnologia de DNA recombinante, ela se assemelha muito
com o hormônio produzido pelo pâncreas.

Hoje em dia, a insulina exógena também é encontrada com variados tipos de ação, de acordo com
seu tempo de atuação no organismo.

A insulina usada por portadores de diabetes não pode ser tomada em pílulas ou cápsulas, pois os
sucos digestivos presentes no estômago interferem em sua eficácia. Com o avanço das pesquisas
na área, essa realidade talvez seja viável no futuro, mas, no momento, a única maneira de
consumir insulina é injetando-a diretamente no tecido subcutâneo.

Embora haja outros métodos disponíveis, a maioria dos pacientes injeta a insulina com seringas ou
canetas de insulina, instrumentos especialmente voltados ao tratamento.

A insulina é uma hormona capaz de facilitar a entrada de glicose nas


células hepáticas, como de favorecer a glicogénese (armazenar a
glicose no fígado sob a forma de glicogénio).

Onde é produzida a insulina?


O pâncreas é o órgão da diabetes por excelência e é ele que produz a insulina. O pâncreas é uma
glândula, o que significa que tem a capacidade de produzir várias substâncias que vão, depois, ter
efeitos em inúmeras funções corporais. Numa das suas porções, o pâncreas produz substâncias,
como as hormonas, que vão depois entrar na corrente sanguínea e ser levadas para os locais onde
realizam as suas funções.

1 - Uma dessas hormonas é a insulina, produzida por um grupo de células chamados de ilhéus de Langerhans (que devem o
seu nome ao homónimo médico alemão que os descobriu no século XIX). Nos ilhéus existem vários tipos de células: as
células beta são a fonte da insulina.
Estrutura da pró-insulina humana, a molécula precursora da insulina.

O peptídeo que conecta a amina terminal (NH2-) da cadeia A no carboxilo terminal (-COOH) da
cadeia B é chamado de peptídeo de conexão (peptídeo C). A pró-insulina é convertida em insulina e
peptídeo C e essas duas moléculas são carregadas juntas nos grânulos secretores. Quando a célula
beta é estimulada, o peptídeo C e a insulina são secretados em proporções equimolares. Assim, os
níveis de peptídeo C refletem a capacidade funcional das células beta.

Na diabetes, existe uma


desregulação na produção de
insulina, pelo que um dos
tratamentos disponíveis é o uso
da mesma e existem diferentes
tipos de insulina.

Unidades de insulina
A insulina identificada com U-100 significa que existem 100 unidades de insulina por mililitro de
líquido no frasco.

Independentemente da insulina usada e do método de aplicação adotado, o paciente deve sempre


respeitar o número de unidades prescrito pelo médico. O auxílio de um farmacêutico ou do próprio
especialista que acompanha o paciente é fundamental para determinar a dosagem apropriada

As seringas de insulina U-100 têm tampa


laranja
Insulina basal e bolus
O pâncreas fabrica dois tipos de insulina:

• Gotas contínuas, conhecidas como insulina basal, que permanecem em níveis baixos no
sangue o tempo todo

• Grandes quantidades de insulina, chamadas de bolus, que são liberadas quando há aumento
de açúcar no sangue, geralmente após as refeições

As insulinas de ação rápida encontradas nas farmácias proporcionam ação semelhante à bolus,
necessária após as refeições. Já as injeções de insulina de ação intermediária e lenta imitam o
fornecimento basal natural do corpo.

Enquanto os portadores de diabetes tipo 1 precisam de um programa terapêutico que liberte tanto a
insulina basal quanto a bolus, o tratamento voltado ao diabetes tipo 2 é variável:

• Alguns diabéticos tipo 2 só precisam de injeções de insulina basal, já que o pâncreas ainda
fornece insulina necessária para as refeições. Nestes casos, uma aplicação diária, antes de
dormir, costuma ser suficiente.

• Alguns diabéticos tipo 2 necessitam de insulina basal e bolus, com objetivo de controlar a
glicemia em diferentes momentos do dia.

• Alguns diabéticos tipo 2 não precisam de injeções de insulina. Hipoglicemiantes orais aliados
à alimentação saudável e prática regular de exercício físico conseguem chegar a um bom
controle glicêmico.

Categorias e Desempenhos das Insulinas


As tabelas abaixo descrevem as características dos diferentes tipos de insulina existentes. Algumas
definições rápidas para melhor compreensão são:

Início da ação: velocidade com que a insulina começa a trabalhar após a injeção

Pico: é a hora em que a insulina atinge o ponto máximo em termos de redução de glicemia

Duração: o tempo em que a insulina age no organismo


Insulina de ação ultra-rápida
Início da ação 5 a 15 minutos

Pico 30 a 60 minutos

Duração 3 a 5 horas

Informações Pode ser injetada imediatamente antes de uma refeição ou, em alguns casos,
adicionais depois de uma refeição.

Aproxima-se da quantidade apropriada do bolus naturalmente fornecido pelo


corpo.

Deixa a corrente sanguínea rapidamente, minimizando o risco de hipoglicemia


durante várias horas após a refeição.

Tem aparência límpida.

Insulina de ação rápida


Início da ação 30 minutos

Pico 2 a 3 horas

Duração 3 a 6 horas

Informações adicionais Devem ser injetadas de 30 a 45 minutos antes das refeições.

Tem aparência límpida.

Insulina de ação intermediária


Início da ação 2 a 4 horas

Pico 4 a 12 horas

Duração 12 a 18 horas

Informações adicionais Tem aspecto turvo.


Insulina de ação lenta

Início da ação 1 a 2 horas (detemir)


1 hora (glargina)

Pico 6 a 8 horas (detemir)


praticamente sem pico (glargina)

Duração 6 a 23 horas dependendo da doase (detemir)


24 horas (glargina)

Informações adicionais Aparência límpida.

Disponível somente com prescrição médica.

Não pode ser misturada na mesma seringa com qualquer


outro tipo de insulina.

Insulina pré-misturada
O programa de tratamento personalizado pode incluir mais de um tipo de insulina, usados em
diferentes momentos do dia, na mesma hora, ou até na mesma injeção.

Atualmente, o mercado farmacêutico disponibiliza algumas opções pré-misturadas da hormona:

Início da ação 30 minutos

Pico 2 a 4 horas

Duração 22 a 24 horas

Informações Útil para pessoas que têm dificuldade para elaborar a insulina em
adicionais dois frascos diferentes.

Útil para aqueles que têm baixa visão ou destreza.

Se a mistura de insulina que o tratamento exige não estiver disponível como uma pré-mistura, o
diabético precisará fazer a própria combinação, ajustando as doses de todas as insulinas.
Apresentações farmacêuticas disponíveis

2 - Frascos 10 ml -100 U/ml

- Solução injectável em cartucho de vidro com 3 ml - 300 UI

3 - Solução injectável em canetas pré-cheias de 3 ml - 100 UI/ml

(Solostar, Kwikpen, Flexpen)

Video: "Como se administra a insulina?"


https://youtu.be/AusjOiaTC0E

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