Garantias Do Sistema Financeiro Nacional Parte I
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BANCÁRIOS
Garantias do Sistema Financeiro
Nacional – Parte I
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Garantias do Sistema Financeiro Nacional – Parte I
Sumário
Leonardo Deitos
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Garantias do Sistema Financeiro Nacional – Parte I
Leonardo Deitos
Professor, com tantas matérias para estudar, devo mesmo dedicar tempo para estudar
assuntos como: “aval”, “fiança”, “penhor”?
A resposta é SIM, não poderia ser diferente, não pode negligenciar nenhuma matéria. Mes-
mo que fosse somente uma questão cobrando estes conhecimentos, ainda assim, faria muita
diferença no resultado.
São inúmeros os casos de concurseiros(as) que, pela diferença de uma questão, assumem
o cargo dos sonhos. O próximo pode ser você! Feitas estas considerações preliminares, pas-
saremos a proposta do curso.
Metodologia Utilizada
A ideia é de que este curso seja o único material que você utilize na preparação para o con-
curso, desse modo, foi elaborado com a preocupação de não deixar nenhuma lacuna.
Analisaremos cada tópico dos assuntos tratados, comentando todos os aspectos relevan-
tes para o estudo. Utilizaremos mapas mentais sempre forem mais eficientes para a com-
preensão do dispositivo legal, tendo em vista que criam “memória visual” e representam um
estímulo cerebral diferente durante o estudo. Ao final de cada aula, estarão as questões co-
mentadas que vão preparar você para enfrentar a banca.
Avaliação da Aula
Querido(a) aluno(a), quero pedir-te uma gentileza rápida e fácil, peço que você avalie o con-
teúdo desta aula. Caso você tenha gostado da forma pela qual apresentei os conteúdos, avalie
positivamente, sua opinião é muito importante!
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Entretanto, se você não gostou da aula, envie sua crítica e/ou sugestão, ficarei grato em
saber a sua opinião e poder, com ela, melhorar.
Na última página da aula há um botão que direcionará para a página de avaliação.
Suporte
Quando estudamos um conteúdo novo, dúvidas podem surgir, mas você não pode levá-las
para a prova.
Por isso, sempre que você sentir necessidade, utilize o FÓRUM DE DÚVIDAS para mandar a
sua pergunta, terei grande satisfação em respondê-lo o mais breve possível.
Vamos ao estudo!
Seja imparável!
#SouGran!
Introdução
As atividades do Sistema Financeiro Nacional possuem o objetivo de gerar lucro, para isso,
oferecem serviços, linhas de créditos, financiamentos, entre outros.
Nesse aspecto, as instituições financeiras buscam formas de prevenir contra perda de di-
nheiro decorrentes de inadimplência.
Portanto, a rentabilidade do negócio depende das garantias, tendo em vista que diminuem
os riscos de inadimplência e do famoso “calote”. As garantias servem para que o credor tenha
confiança de que não ficará no prejuízo.
Perceba que as garantias são obrigações acessórias, tendo em vista que só existem por-
que há, também, uma outra obrigação (principal).
Por exemplo: a fiança existe para assegurar o cumprimento de uma outra obrigação.
Garantias
Existem dois grupos de garantias são elas: As garantias reais e as garantias pessoais.
Garantias Fidejussórias: são aquelas que se manifestam quando uma pessoa (um tercei-
ro), representa a garantia, isto é, nas garantias fidejussórias alguém se obriga a pagar o débito
se o devedor não o fizer.
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• fiança:
− fiança bancária.
Garantias Reais: ocorrem quando um bem serve como garantia do débito, de modo que, se
o devedor não pagar, o bem dado em garantia poderá ser alienado para realizar o pagamento
da dívida.
São garantias reais:
• penhor;
• hipoteca
• alienação fiduciária.
Aval
O aval é uma garantia pessoal, na qual alguém se compromete, perante o credor, em reali-
zar o pagamento de um título de crédito, caso o devedor não cumpra.
Destaca-se que essa forma de garantia somente é admitida em títulos de crédito, nunca
em outro instrumento.
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Os títulos de crédito inominados são tratados pelo Código Civil do artigo 887 ao artigo
926.
Os títulos de créditos nominados ou típicos estão previstos em leis especiais.
Os principais títulos de créditos típicos são:
– cheque (Lei n. 7.357/1985);
– nota promissória (Decreto n. 57.663/1966);
– letra de câmbio (Decreto n. 57.663/1966);
– duplicatas (Lei n. 5.474/1968).
Art. 897. O pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma determinada,
pode ser garantido por aval.
Parágrafo único. É vedado o aval parcial.
No artigo 897 do CC, encontramos o fundamento legal do Aval. Perceba que (como já
mencionamos) o aval é uma garantia aplicável aos títulos de crédito. Mas, além disso, quero
chamar sua atenção para a impossibilidade de se firmar aval parcial.
Veja que, conforme o parágrafo único do artigo 897, CC, é proibido o aval parcial. Portanto,
o avalista serve de garantia do valor total dado título de crédito.
Exemplo: imagine que Marcos dirige-se a Mateus, solicitando que este seja avalista em um
determinado título de crédito no valor de R$1.000,00 (um mil reais).
Mateus pode aceitar ser avalista somente ao valor correspondente a R$ 500,00 (quinhentos
reais)?
A resposta é não! Pois o aval parcial é proibido.
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Artigo 30. O pagamento de uma letra pode ser no todo ou em parte garantido por aval. Está garantia
é dada por um terceiro ou mesmo por um signatário da letra.
Além disso, a Lei n. 7.357/1985 que tipifica o cheque, também permite o aval parcial, veja:
Lei n. 7.357/1985
Art. 29 O pagamento do cheque pode ser garantido, no todo ou em parte, por aval prestado por ter-
ceiro, exceto o sacado, ou mesmo por signatário do título.
Desse modo, poderá haver aval parcial nas notas promissórias, nas letras de câmbio e
nos cheques.
Assim, temos que:
• Regra: somente é válido o aval total, aval parcial é proibido.
• Exceção: é permitido aval parcial nas notas promissória, nas letras de câmbio e nos
cheques.
Professor, diante dessa aparente divergência legal, como faço para responder na prova?
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a) Errada. O aval parcial é proibido pelo Código Civil. Conforme artigo 897, parágrafo único.
Como a questão perguntou de forma genérica, deve-se considerar a regra geral.
b) Errada. A primeira parte está correta, o C.C. veda o aval parcial, conforme argumentado no
comentário da alternativa anterior. Porém, o C.C. não revogou a Lei Uniforme.
c) Certa. Conforme já argumentado, o aval parcial é vedado. O endosso não foi objeto de nossa
aula, mas para não te deixar sem o fundamento legal, veja no Código Civil, o artigo 912, pará-
grafo único, que dispõe:
Para que o aval seja válido, basta que o avalista assine o título, a assinatura poderá ser
colocada em qualquer dos lados do título, ou seja, o avalista poderá assinar no verso do título
ou no anverso (parte da frente).
Veja:
Código Civil:
Art. 898. O aval deve ser dado no verso ou no anverso do próprio título.
§ 1º Para a validade do aval, dado no anverso do título, é suficiente a simples assinatura do avalista.
§ 2º Considera-se não escrito o aval cancelado.
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No artigo 898, § 1º, vê-se a previsão de que se o aval for dado na parte da frente do título a
simples assinatura do avalista já é suficiente para concretizar a garantia (aval).
Perceba que o Código Civil não menciona os requisitos para a concretização do aval dado
no verso, somente menciona que é possível.
Pergunto: o aval dado no verso do título possui algum requisito a mais, além da assinatura
do avalista?
Sim, caso o aval seja firmado no verso do título é necessário que seja mencionado expres-
samente que aquela assinatura está sendo inserida no título com o objetivo de dar aval. Isso
para que não ocorra dubiedade ou confusão acerca da finalidade da assinatura firmada no
título, por exemplo, para não confundir com endosso.
Já que este requisito não está previsto no Código Civil, qual a previsão legal?
Artigo 31. O aval é escrito na própria letra ou folha anexa. Exprime-se pelas palavras “bom para aval”
ou por qualquer fórmula equivalente; e assinado pelo dador do aval.
Art. 30 O aval é lançado no cheque ou na folha de alongamento. Exprime-se pelas palavras ‘’por
aval’’, ou fórmula equivalente, com a assinatura do avalista. Considera-se como resultante da sim-
ples assinatura do avalista, aposta no anverso do cheque, salvo quando se tratar da assinatura do
emitente.
Parágrafo único. O aval deve indicar o avalizado. Na falta de indicação, considera-se avalizado o
emitente.
Perceba que a lei do cheque é mais clara ao definir a forma. Se a assinatura for no anverso
(na parte da frente) basta a assinatura. Caso a assinatura do avalista esteja no verso, deverá
conter a expressão “por aval” ou expressão equivalente.
Assim, analisando o que dispõe o Código Civil e a legislação especial, podemos afirmar que:
• Assinatura do avalista no anverso do título: somente a assinatura já é suficiente para
concretizar o aval.
• Assinatura do avalista no verso de cheques, notas promissórias e letras de câmbio: a
assinatura deverá estar acompanhada de expressão indicativa de aval.
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A resposta correta somente pode ser a alternativa a, pois está de acordo com o artigo 898, §
1º, do CC, que assim dispõe: Para a validade do aval, dado no anverso do título, é suficiente a
simples assinatura do avalista. Todas as outras alternativas estão incorretas.
Em caso de dúvida, veja as considerações feitas no comentário da questão anterior.
Letra a.
A resposta somente pode ser a alternativa b, tendo em vista que está de acordo com o artigo
898, § 1º, do CC, que assim dispõe: Para a validade do aval, dado no anverso do título, é sufi-
ciente a simples assinatura do avalista.
Letra b.
Art. 899. O avalista equipara-se àquele cujo nome indicar; na falta de indicação, ao emitente ou
devedor final.
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§ 1º Pagando o título, tem o avalista ação de regresso contra o seu avalizado e demais coobrigados
anteriores.
§ 2º Subsiste a responsabilidade do avalista, ainda que nula a obrigação daquele a quem se equipa-
ra, a menos que a nulidade decorra de vício de forma.
Analisando o caput do artigo 899, temos que “O avalista se equipara àquele cujo nome
indicar”, ou seja, trata-se de uma obrigação solidária.
O avalista assume obrigação solidária!
Veja como isso já foi cobrado em concursos:
Art. 899. O avalista equipara-se (responsabilidade solidária) àquele cujo nome indicar; na falta de
indicação, ao emitente ou devedor final.
d) Errada. Como a alternativa cobrou de forma genérica, deve-se considerar o disposto no
Código Civil, no artigo 1.647, III. Importante: considere o entendimento do STJ (exposto na
aula) quando a questão especificar, ou quando fizer distinção entre título de crédito nominado
e inominado.
e) Errada. Conforme artigo 1.647, III, somente o regime de separação total de bens dispensa
outorga. Assim, no regime de separação parcial é necessária a autorização do cônjuge. Aten-
ção para a Jurisprudência do STJ (apresentada na aula).
Letra c.
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• Aval em preto: contém o nome de quem está sendo garantido pelo aval. Ao ver o título,
sei exatamente quem é avalista e quem é o avalizado.
Exemplo:
Avalista: Jéssica – devedora solidária do título.
Avalizado: Marcos – devedor do título.
• Aval em branco: não há identificação de quem está sendo garantido pelo aval, neste
caso, o avalizado será o emitente.
Exemplo:
Avalista: José – devedor solitário do título.
Avalizado: não está expresso. Devo ver quem é o emitente do título para, então, saber quem
está sendo avalizado.
Pergunta: Caso o credor venha a cobrar o título de crédito em âmbito judicial, seja por ação
executiva ou não (por exemplo: ação monitória), deve-se buscar a realização do pagamento
primeiramente pelo devedor e, somente em caso de insucesso, buscar os bens do avalista?
Não! Vimos que, conforme o artigo 899, caput, do Código Civil, o avalista se equipara ao
avalizado (devedor solidário), portanto, pode cobrar de qualquer um deles, ou de ambos. Ava-
lista e avalizado são devedores!
Desse modo, o avalista não é protegido pelo benefício de ordem, podendo ser executado de
imediato, ainda que o emitente do título devedor (avalizado) tenha bens passíveis de execução.
Obs.: Benefício de ordem: ocorre na fiança, é o direito que o fiador possui de exigir que antes
da cobrança atingir seu patrimônio, atinja o patrimônio do devedor principal. Guarde
essa informação, veremos mais quando tratarmos da fiança!
Com a leitura do artigo 899, § 1º, do Código Civil (visto anteriormente), podemos observar
que o avalista tem direito de regresso contra o avalizado, o que isso significa?
Significa que, caso o avalista tenha que pagar, poderá cobrar o valor correspondente do ava-
lizado por meio de uma ação judicial, essa ação judicial recebe o nome de “ação de regresso”.
O que acontece se houverem vários coobrigados (devedores) mas foi o avalista que teve
que pagar o título?
Nesse caso, o avalista poderá propor ação de regresso contra todos os coobrigados.
Leia novamente o § 2º do artigo 899 do Código Civil:
§ 2º Subsiste a responsabilidade do avalista, ainda que nula a obrigação daquele a quem se equipa-
ra, a menos que a nulidade decorra de vício de forma.
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A nulidade formal no próprio título anula, também, o aval. Mas, a nulidade do negócio jurídico
não anula o aval.
Obs.: Esta aula não é sobre títulos de crédito, mas para que você compreenda o porquê de
haver essa autonomia, veja:
Os títulos de crédito servem para circular no mercado, se permanecesse vinculado ao
negócio jurídico que justificou sua emissão não serviriam para circular, pois não gera-
riam confiança aos adquirentes.
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Art. 900. O aval posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos do anteriormente dado.
Assim, podemos concluir que o aval pode ser firmado a qualquer tempo. Mesmo que o aval
seja firmado após o vencimento do título produzirá os mesmos efeitos do aval realizado antes
do vencimento.
O aval pode implicar em consequências patrimoniais, tendo em vista que a obrigação exis-
tente no título poderá ser cobrada do avalista.
Será que, de acordo com o nosso ordenamento jurídico, é necessária a autorização do
cônjuge para prestar aval?
É isso que vamos analisar!
A autorização do cônjuge é chamada de:
• Outorga uxória: quando a autorização é concedida por uma Mulher.
• Outorga marital: quando a autorização é concedida por um Homem.
Conforme o Código Civil a autorização do cônjuge é necessária para prestar aval (salvo
regime de separação absoluta de bens), cabendo ao Juiz suprir a falta nos casos de impossi-
bilidade ou de ausência de justificativa. Veja:
Código Civil:
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do
outro, exceto no regime da separação absoluta:
(...)
III – prestar fiança ou aval;
(..)
Art. 1.648. Cabe ao juiz, nos casos do artigo antecedente, suprir a outorga, quando um dos cônju-
ges a denegue sem motivo justo, ou lhe seja impossível concedê-la.
Mesmo diante dessa disposição legal, preciso adverti-lo de que há importante jurisprudên-
cia do STJ sobre o tema.
Conforme o STJ, não é necessária a autorização do cônjuge para prestar aval em “títulos
de créditos típicos”.
O Superior Tribunal de Justiça entende que a exigência de autorização do cônjuge, para
prestar aval, deve ser interpretada de forma razoável e restritiva, pois, do contrário, pode des-
caracterizar o aval como instituto cambiário.
Desse modo, o STJ firmou entendimento de que a autorização exigida pelo artigo 1.647, III,
do C.C., somente é aplicada aos títulos de crédito inominados.
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Obs.: O que são títulos de crédito inominados? São aqueles que, por não terem lei específica
regulamentando, são regidos pelo Código Civil (artigo 887 – 926).
Portanto, aos títulos de crédito nominados, também chamados de títulos de crédito típicos,
não precisa haver autorização do cônjuge para prestar aval.
Por qual motivo os títulos de crédito típicos não precisam da autorização exigida pelo arti-
go 1.647, III, do C.C.?
Não precisam da autorização, pois são regidos por leis especiais, por isso, seguem o que
a lei especial determina.
Exemplos de títulos de créditos nominados: Letra de câmbio, nota promissória, cheque, dupli-
cata, cédulas e notas de crédito.
Deve ser observado, ainda, que na ausência de autorização do cônjuge para firmar aval, sua
meação no patrimônio do casal deve ser preservada, não podendo ser atingida pela execução.
Outra questão que foi resolvida pelo STJ foi sobre a possibilidade de se firmar aval em
cédula de crédito rural.
O questionamento surgiu em razão do que dispõe o artigo 60 do Decreto-lei n. 167/1967, veja:
Art. 60. Aplicam-se à cédula de crédito rural, à nota promissória rural e à duplicata rural, no que fo-
rem cabíveis, as normas de direito cambial, inclusive quanto a aval, dispensado, porém, o protesto
para assegurar o direito de regresso contra endossantes e seus avalistas.
§ 1º O endossatário ou o portador de Nota Promissória Rural ou Duplicata Rural não tem direito de
regresso contra o primeiro endossante e seus avalistas.
§ 2º É nulo o aval dado em Nota Promissória Rural ou Duplicata Rural, salvo quando dado pelas
pessoas físicas participantes da empresa emitente ou por outras pessoas jurídicas.
§ 3º Também são nulas quaisquer outras garantias, reais ou pessoais, salvo quando prestadas
pelas pessoas físicas participantes da empresa emitente, por esta ou por outras pessoas jurídicas.
§ 4º Às transações realizadas entre produtores rurais e entre estes e suas cooperativas não se apli-
cam as disposições dos parágrafos anteriores.
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Obs.: Jurisprudência:
STJ: 4º Turma – REsp. 1.315.702-MS (info 559).
STJ: 1º Turma REsp 1.483.853-MS (info 552)
Portanto:
• não cabe aval para Nota Promissória Rural.
− (Fundamento: Decreto-lei n. 167/1967, artigo 60, §§ 2º e 3º).
• Não cabe aval para Duplicata Rural.
− (Fundamento: Decreto-lei n. 167/1967, artigo 60, §§ 2º e 3º).
• Cabe aval para Cédula de Crédito Rural.
− (Fundamento: STJ: REsp 1.315.702-MS (info 559) e STJ: REsp 1.483.853-MS (info
552).
STF – Súmula n. 189: Avais em branco e superpostos consideram-se simultâneos e não sucessivos.
Explicação da súmula: para explicar essa súmula é preciso que você saiba os seguintes
conceitos:
• Aval em branco: é aquele que não identifica quem está sendo garantido pelo aval, neste
caso, o avalizado será o emitente do título de crédito.
• Aval simultâneo: quando um título é garantido por vários avalistas, todos os avalistas
garantem um mesmo avalizado.
• Aval sucessivo: quando um título é garantido por vários avalistas, porém um avalista
garante outro avalista.
• Avais superpostos: vários avalistas garantindo um título, exigindo-se uma “ordem” de
cobrança, exemplo: o primeiro avalista a ser cobrado é o José, o segundo é o João, o
terceiro Marcelo, assim por diante.
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a) Errada. Trouxe uma redação semelhante, mas errônea, da Súmula n. 189 do STF: avais em
branco e superpostos consideram-se simultâneos e não sucessivos.
b) Errada. No aval, não há benefício de ordem.
c) Certa. Lembre-se de que na nota promissória, letra de câmbio e cheque, admite-se aval par-
cial.
d) Errada. Não foi tema da nossa aula títulos de crédito nem endosso, a banco considerou a
alternativa incorreta.
Letra c.
STF – Súmula n. 600. Cabe ação executiva contra o emitente e seus avalistas, ainda que
não apresentado o cheque ao sacado no prazo legal, desde que não prescrita a ação
cambiária.
Caso o beneficiário não apresente o cheque perante o banco (sacado) no prazo legal, ainda
assim poderá entrar com ação de execução contra o emitente e avalistas. Desde que a ação
judicial não esteja prescrita.
Porém, não será possível executar o endossante do cheque. Isso só seria possível se o
cheque fosse apresentado para pagamento dentro do prazo legal. Se ele foi apresentado após
o prazo, o beneficiário perde o direito de executar os codevedores, mas poderá continuar exe-
cutando o emitente do cheque e seus avalistas.
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Fiança
A fiança é uma garantia, firmada por um terceiro, nos contratos. Por meio da fiança, o fiador
se compromete em satisfazer a dívida caso o devedor não o faça. Trata-se, portanto, de um
contrato acessório!
Desse modo, deve existir um contrato principal, decorrente de um negócio jurídico, e, pa-
ralelo a este, há o contrato de fiança (contrato acessório), portanto, o fiador representa um
reforço em favor do credor do contrato principal.
A fiança é garantia de cumprimento de um contrato, mas podemos afirmar que ela própria
é um contrato, veja o que dispõe o artigo 818 do Código Civil:
Art. 818. Pelo contrato de fiança, uma pessoa garante satisfazer ao credor uma obrigação assumi-
da pelo devedor, caso este não a cumpra.
O contrato de fiança não possui grandes formalidades, no entanto, exige-se que seja escri-
to, logo, não existe fiança firmada por meio de contrato verbal, isso porque a própria lei exige
que seja escrito. Veja:
Art. 819. A fiança dar-se-á por escrito, e não admite interpretação extensiva.
Art. 820. Pode-se estipular a fiança, ainda que sem consentimento do devedor ou contra a sua von-
tade.
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Código Civil
Art. 825. Quando alguém houver de oferecer fiador, o credor não pode ser obrigado a aceitá-lo se
não for pessoa idônea, domiciliada no município onde tenha de prestar a fiança, e não possua bens
suficientes para cumprir a obrigação.
O fiador representa uma garantia de pagamento, portanto, é importante para o credor que
o fiador seja pessoa idônea, confiável e com patrimônio suficiente para suportar a garantia.
Se você fosse credor em um contrato, aceitaria como fiador alguém que é réu em várias
execuções, inscrito nos órgãos de proteção ao crédito e sem patrimônio algum?
Lembre-se de que a figura do fiador possui a finalidade de dar tranquilidade ao credor, uma
garantia de pagamento, por esse motivo, o credor não pode ser obrigado a aceitar, como fiador,
pessoa indicada pelo devedor.
Professor, e se o credor aceita como fiador alguém que, em momento posterior, torna-se
insolvente ou incapaz?
Art. 826. Se o fiador se tornar insolvente ou incapaz, poderá o credor exigir que seja substituído.
A resposta é simples: O credor poderá exigir que o fiador seja substituído, ou seja, poderá
exigir outro fiador, alguém que seja capaz de garantir o pagamento da dívida.
Leia, agora, o artigo 822 do C.C.:
Art. 822. Não sendo limitada, a fiança compreenderá todos os acessórios da dívida principal, inclu-
sive as despesas judiciais, desde a citação do fiador.
Veja que, nos termos do artigo 822, a fiança ilimitada compreende a integralidade da dívida,
todos os acessórios (inclusive despesas judiciais).
E a fiança limitada?
A fiança limitada é parcial, o fiador poderá obrigar-se somente em parte da obrigação.
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Art. 830. Cada fiador pode fixar no contrato a parte da dívida que toma sob sua responsabilidade,
caso em que não será por mais obrigado.
Conforme o artigo 830 fica claro que, ao contrário do aval, a fiança pode ser parcial, ou seja,
o fiador pode garantir o valor total do débito ou somente parcela deste.
Código Civil:
Art. 823. A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em condições
menos onerosas, e, quando exceder o valor da dívida, ou for mais onerosa que ela, não valerá senão
até ao limite da obrigação afiançada.
Tratando-se de fiança parcial, a garantia firmada pelo fiador está limitada ao que se con-
vencionou no contrato de fiança.
Exemplo: se o contrato principal for de R$ 100.000,00 (cem mil reais), posso ser fiador de par-
cela desse valor, ou seja, posso afiançar R$ 40.000,00 (quarenta mil reais).
A fiança limitada pode decorrer de lei ou de contrato de fiança. Assim, tem-se que o fiador
não poderá ser obrigado a pagar valor maior do que foi firmado no contrato de fiança. Deve,
portanto, responder tão somente até o limite da garantia por ele assumida.
Por esse motivo, afasta-se a responsabilização em relação aos acessórios da dívida princi-
pal e aos honorários advocatícios, estes deverão ser cobrados apenas do devedor afiançado.
Isso porque, por se tratar de contrato benéfico, os termos relativos à fiança devem ser inter-
pretados de forma restritiva (conforme artigo 819 C.C.), motivo pelo qual, nos casos em que a
fiança é limitada, a responsabilidade do fiador não pode superar os limites fixados.
No exemplo mencionado, o fiador não terá obrigação de pagar o que superar a quantia de
R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), mesmo que esse valor maior decorra de custas processuais
e honorários advocatícios.
Efeitos da Fiança
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Benefício de ordem é a prerrogativa que o fiador possui de exigir que primeiro sirvam para
o pagamento da dívida os bens do devedor, somente em caso de impossibilidade ou insufici-
ência é que poderão atingir os bens do fiador.
Para ser simples e prático:
• Primeiro passo: busca-se o adimplemento da dívida pela alienação dos bens do devedor.
Caso o devedor não possua bens penhoráveis ou estes forem insuficientes para a quitação
do débito, busca-se o “segundo passo”.
• Segundo passo: busca-se os bens do fiador para quitação do débito.
Nem sempre, existem algumas situações que podem impedir a alegação de benefício de
ordem, você sabe quais são?
São três as situações que impedem a alegação de benefício de ordem, são elas:
• Primeira situação: não poderá usufruir do “benefício de ordem” o fiador que renunciou
expressamente.
Destaque: a renúncia ao “benefício de ordem” deve ocorrer de forma expressa, não cabe,
portanto, renúncia tácita de benefício de ordem.
• Segunda situação: o fiador não poderá invocar o benefício de ordem se, de alguma for-
ma, se obrigou como principal pagador ou se tornou devedor solidário da dívida.
• Terceira situação: caso o devedor seja insolvente ou tenha sido declarado falido, não faz
sentido a alegação de “benefício de ordem”. Neste caso, o fiador poderá ser imediata-
mente acionado para quitar o débito que se obrigou por meio da fiança.
Art. 827. O fiador demandado pelo pagamento da dívida tem direito a exigir, até a contestação da
lide, que sejam primeiro executados os bens do devedor.
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Parágrafo único. O fiador que alegar o benefício de ordem, a que se refere este artigo, deve nomear
bens do devedor, sitos no mesmo município, livres e desembargados, quantos bastem para solver
o débito.
Art. 828. Não aproveita este benefício ao fiador:
I – se ele o renunciou expressamente;
II – se se obrigou como principal pagador, ou devedor solidário;
III – se o devedor for insolvente, ou falido.
Art. 829. A fiança conjuntamente prestada a um só débito por mais de uma pessoa importa o com-
promisso de solidariedade entre elas, se declaradamente não se reservarem o benefício de divisão.
Parágrafo único. Estipulado este benefício, cada fiador responde unicamente pela parte que, em
proporção, lhe couber no pagamento.
Mas, professor, o artigo 829 do C.C. fala em responsabilidade solidária, por quê?
Repare que o artigo 829 refere-se a uma situação bastante específica. Dispõe sobre a res-
ponsabilidade existente entre vários fiadores de uma única dívida.
No caso de uma dívida, garantida por vários fiadores, a rega é que todos os fiadores são
solidários entre si, portanto, se o devedor não cumprir a obrigação contratual, qualquer dos
fiadores poderá ser acionado para efetuar o pagamento devido.
Destaca-se que, por se tratar de responsabilidade solidária, não há benefício de ordem
entre os fiadores.
Além disso, a cobrança pode recair sobre todos os fiadores, somente um ou alguns, isso
por conta da responsabilidade solidária.
A responsabilidade solidária entre fiadores é a regra! Mas pode haver exceção.
Se houver disposição contratual estabelecendo fianças parciais, cada fiador responderá
apenas pela parte que se obrigou.
Exemplo: imagine que no contrato principal o devedor tenha se obrigado a pagar o valor de R$
100.000,00 (cem mil reais) em razão de um negócio jurídico.
De forma acessória a este contrato, firmou-se fiança, nesta fiança habilitaram-se dez fiadores
e ficou estabelecido que cada um deles responsabiliza-se pelo pagamento de uma quota no
valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais).
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Neste exemplo, cada fiador responderá somente pela quota que se obrigou, ou seja, R$
10.000,00 (dez mil reais).
Art. 830. Cada fiador pode fixar no contrato a parte da dívida que toma sob sua responsabilidade,
caso em que não será por mais obrigado.
Outro efeito da fiança está expresso no artigo 831 do Código Civil, veja:
Art. 831. O fiador que pagar integralmente a dívida fica sub-rogado nos direitos do credor; mas só
poderá demandar a cada um dos outros fiadores pela respectiva quota.
Parágrafo único. A parte do fiador insolvente distribuir-se-á pelos outros.
Significa dizer que, o fiador que pagar integralmente a dívida passa a ter os direitos ante-
riormente pertencentes ao credor. Explico melhor.
No contrato principal figuram: “credor” e “devedor”. Caso o fiador pague a integralidade da
dívida para o credor ocorre sub-rogação dos direitos do credor, ou seja, o fiador passa a ter
direito de receber do devedor o valor pago.
O fiador substitui o credor.
E se existirem vários fiadores?
Nesse caso, o fiador que pagou a integralidade da dívida poderá exigir dos demais fiadores
o rateio do valor total. Assim, ocorre a divisão do valor pelo número de fiador, para saber o valor
da quota de cada um, sendo este valor pago ao fiador que, anteriormente, efetuou o pagamen-
to da dívida.
Fica excluído do rateio o fiador insolvente, de modo que a parte que lhe competia é distri-
buída entre os demais.
Portanto, o fiador fica sub-rogado nos direitos do credor. Além da sub-rogação, o credor
recebe mais alguma coisa?
Veja o que estabelecem os artigos 832 e 833:
Art. 832. O devedor responde também perante o fiador por todas as perdas e danos que este pagar,
e pelos que sofrer em razão da fiança.
Art. 833. O fiador tem direito aos juros do desembolso pela taxa estipulada na obrigação principal,
e, não havendo taxa convencionada, aos juros legais da mora.
Desse modo, o fiador tem direito de cobrar do devedor o que tiver pagado ao credor, a título
de “perdas e danos” e “juros”.
A responsabilidade pelo pagamento de juros ocorre independente dos juros serem legais
ou convencionais.
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Nesse aspecto, observe que, quanto mais tempo o credor demorar para promover a co-
brança do devedor, maior será o valor dos juros e das perdas e danos.
O aumento do valor de juros e perdas e danos interessa para o fiador?
Sim, tendo em vista que, conforme o caso, poderá ser responsável pelo pagamento.
O fiador poderá tomar alguma atitude para cessar o acréscimo decorrente de juros?
Veja o que dispõe o artigo 834 do Código Civil:
Art. 834. Quando o credor, sem justa causa, demorar a execução iniciada contra o devedor, poderá
o fiador promover-lhe o andamento.
Assim, caso o credor não inicie a execução, poderá o fiador iniciar. Essa disposição serve
de defesa para o fiador, pois o credor, sentindo-se tranquilo com um fiador abastado, pode dei-
xar o tempo passar porque sabe que os juros calculados em âmbito judicial são mais alto do
que o rendimento do dinheiro em algumas aplicações populares (exemplo: Poupança).
Portanto, para evitar prejuízo desproporcional ao fiador, o Código Civil deu-lhe legitimidade
para iniciar o processo de execução no caso de demora sem justa causa por parte do credor.
Veja o que dispõe o artigo 835 do Código Civil:
Art. 835. O fiador poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo, sempre
que lhe convier, ficando obrigado por todos os efeitos da fiança, durante sessenta dias após a noti-
ficação do credor.
A fiança estabelecida sem limitação de tempo poderá ser encerrada por iniciativa do pró-
prio fiador, porém, a fiança permanecerá válida por 60 dias.
Veja o que dispõe o artigo 836 do Código Civil:
Art. 836. A obrigação do fiador passa aos herdeiros; mas a responsabilidade da fiança se limita ao
tempo decorrido até a morte do fiador, e não pode ultrapassar as forças da herança.
A regra é que a obrigação decorrente de fiança é transmissível aos herdeiros, essa disposi-
ção é importante para dar maior confiabilidade à garantia.
Porém, deve-se observar que o alcance da fiança é limitado à data do falecimento do fiador,
portanto, no caso de uma obrigação crescente, o acréscimo terá termo no dia exato do óbito.
Outro ponto importante é a limitação quantitativa, o valor exigido a título de fiança jamais
poderá ser superior ao valor do patrimônio transferido por motivo de herança. Evitando-se,
assim, que o patrimônio do herdeiro seja atingido por uma garantia que foi firmada por ou-
tra pessoa.
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Outorga do Cônjuge
Código Civil:
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do
outro, exceto no regime da separação absoluta:
(...)
III – prestar fiança ou aval;
(..)
Art. 1.648. Cabe ao juiz, nos casos do artigo antecedente, suprir a outorga, quando um dos cônju-
ges a denegue sem motivo justo, ou lhe seja impossível concedê-la.
Quando estudamos o aval, já vimos que se trata da outorga uxória ou marital, lembra?
Destaca-se, ainda, que caso haja recusa injustificada ou impossibilidade, cabe ao magis-
trado suprir a outorga.
Agora, leia o teor da Súmula n. 332 do STJ:
STJ – Súmula n. 332: A fiança prestada sem autorização de um dos cônjuges implica a
ineficácia total da garantia.
Não! O STJ entende que a Súmula n. 332 (STJ) não se aplica em caso de união estável,
portanto, a fiança não depende de outorga do companheiro(a).
Mesmo que a união estável esteja formalizada por escritura pública, será válida a fiança
prestada sem a outorga do outro.
Além disso, existe, ainda, outra situação em que não há aplicabilidade da Súmula n. 332
segundo o STJ.
Não se aplica a Súmula n. 332, caso o fiador omita seu estado civil (casado), prestando a
fiança sem a outorga para depois arguir a nulidade da fiança por meio da invocação da Súmula
n. 332 do STJ.
Assim, temos que, conforme a jurisprudência pacífica do STJ, a fiança prestada sem au-
torização de um dos cônjuges implica a ineficácia total da garantia (Súmula n. 332), porém,
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esta regra não se aplica no caso de o fiador emitir declaração falsa, ocultando seu estado
civil casado.
O STJ reconheceu a má-fé do fiador, que omitiu seu estado civil para, em momento poste-
rior, alegar nulidade da garantia.
Da Extinção da Fiança
Veja o que estabelece o artigo 838 do Código Civil, a respeito da extinção da fiança:
a) Errada. Não faz sentido que o fiador requeira prazo para continuar sendo fiador, além disso,
não há essa previsão na lei.
b) Certa, está de acordo com o artigo 838, I, do Código Civil, veja:
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Art. 838. O fiador, ainda que solidário, ficará desobrigado:
I – se, sem consentimento seu, o credor conceder moratória ao devedor; (...)
c) Errada. Em primeiro lugar: a manutenção da responsabilidade pela dívida somente ocorre
quando a fiança for prestada sem prazo determinado. Já que a alternativa menciona que houve
prorrogação de prazo, significa que algum prazo há, portanto, não é aplicável o artigo 835 do
CC. Em segundo: caso houvesse aplicabilidade do artigo 835, o prazo é de 60 dias, e não seis
meses. Veja:
Art. 835. O fiador poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo, sempre
que lhe convier, ficando obrigado por todos os efeitos da fiança, durante sessenta dias após a noti-
ficação do credor.
d) Errada. Essa decisão não cabe ao credor, veja o artigo 838, I, do Código Civil, no comentário
da alternativa b.
e) Errada. Não cabe pedir anulação do contrato, apenas exonera-se da obrigação de fiador,
conforme artigo 838, I, do Código Civil.
Letra b.
Fiança Bancária
A fiança bancária nada mais é do que um contrato de fiança em que o fiador é um banco.
Portanto, o Banco é fiador e pagará a dívida do devedor para o credor.
Quem não quer um Banco como fiador de uma obrigação que seja credor?
Por produzir alto grau de confiança e tranquilidade ao credor, as fianças bancárias são vis-
tas com grande respeitabilidade no mercado.
Destaca-se que a fiança bancária por ser um contrato de fiança é contrato acessório, sub-
sidiário, podendo ser parcial ou total. Ou seja, igual uma fiança comum!
As partes da fiança bancária são:
• Fiador: instituição financeira.
• Afiançado: devedor da relação principal que contratou fiança bancária.
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Na fiança bancária o banco é fiador de uma relação jurídica autônoma, desse modo, a fiança
bancária reduz os riscos de inadimplência entre empresa afiançada e sua contraparte (Credor
da relação jurídica principal).
Desse modo, fica claro que a alterativa correta só pode ser a alternativa d.
Letra d.
Art. 1º Facultar a prestação de garantias por parte dos bancos múltiplos, bancos comerciais, ban-
cos de investimento, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, finan-
ciamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, companhias hipotecárias e cooperati-
vas de crédito.
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A Resolução CMN n. 2.844, de 2001, que em seu artigo 1º, estabelece como limite máximo
de exposição por cliente o correspondente a 25% (vinte e cinco por cento) do Patrimônio de
Referência (PR).
A Lei n. 8.666/1993, que trata sobre licitações (ainda em vigor), ao exigir garantia nas con-
tratações de obras, serviços compras, expressa quais garantias serão aceitas pela Administra-
ção, dentre elas está inclusa a fiança bancária.
Art. 56. A critério da autoridade competente, em cada caso, e desde que prevista no instrumento
convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e com-
pras.
§ 1º Caberá ao contratado optar por uma das seguintes modalidades de garantia:
I – caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública, devendo estes ter sido emitidos sob a forma
escritural, mediante registro em sistema centralizado de liquidação e de custódia autorizado pelo
Banco Central do Brasil e avaliados pelos seus valores econômicos, conforme definido pelo Minis-
tério da Fazenda;
II – seguro-garantia;
III – fiança bancária.
A fiança bancária está sujeita a cobrança de tarifas e taxas, mas não está sujeita a cobrança
de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Querido(a) aluno(a), para finalizar essa parte da aula, quero comentar esta questão:
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Garantias do Sistema Financeiro Nacional – Parte I
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Qual a resposta correta? A banca considerou a alternativa b como gabarito, porém, respeitosa-
mente, discordamos.
Qual o fundamento para a alternativa b ser considerada correta?
A norma do Banco Central que previa vedação de fiança bancária em moeda estrangeira é a
Circular n. 29 do BACEN. Veja:
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RESUMO
As garantias do sistema financeiro nacional são divididas em dois grupos:
• Garantias pessoais ou fidejussórias: ocorrem quando a garantia é firmada por uma pes-
soa, de modo que, se o devedor não pagar, a pessoa que se obrigou pela garantia pagará.
− São pessoais as seguintes garantias:
◦ aval;
◦ fiança;
◦ fiança bancária.
• Garantias reais: ocorrem quando um bem é dado em garantia.
− São reais as seguintes garantias:
◦ hipoteca;
◦ penhor;
◦ alienação fiduciária.
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• Para que o aval seja válido, basta que o avalista assine o título, a assinatura poderá ser
colocada em qualquer dos lados do título, ou seja, o avalista poderá assinar no verso do
título ou no anverso (parte da frente).
− Caso o aval seja firmado no verso do título é necessário que seja mencionado expres-
samente que aquela assinatura está sendo inserida no título com o objetivo de dar
aval. Isso para que não ocorra dubiedade ou confusão acerca da finalidade da assina-
tura firmada no título, por exemplo, para não confundir com endosso.
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STF – Súmula n. 600: Cabe ação executiva contra o emitente e seus avalistas, ainda que
não apresentado o cheque ao sacado no prazo legal, desde que não prescrita a ação
cambiária.
Fiança
• A fiança é uma garantia pessoal, é celebrada mediante contrato.
• O contrato de fiança é acessório ao contrato principal.
• No contrato de fiança o fiador obriga-se perante o credor da obrigação principal. O deve-
dor não faz parte do contrato de fiança.
• A fiança dar-se-á por escrito, e não admite interpretação extensiva.
• Se o fiador se tornar insolvente ou incapaz, poderá o credor exigir que seja substituído.
• Admite-se fiança parcial.
• Na fiança ocorre o que se chama de “benefício de ordem”.
• O fiador não poderá alegar benefício de ordem nos seguintes casos:
− se ele o renunciou expressamente;
− se se obrigou como principal pagador, ou devedor solidário;
− se o devedor for insolvente ou falido.
• O fiador poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo, sem-
pre que lhe convier, ficando obrigado por todos os efeitos da fiança, durante sessenta
dias após a notificação do credor.
• A obrigação do fiador passa aos herdeiros; mas a responsabilidade da fiança se limita
ao tempo decorrido até a morte do fiador, e não pode ultrapassar as forças da herança.
STJ – Súmula n. 332: A fiança prestada sem autorização de um dos cônjuges implica a
ineficácia total da garantia.
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• O STJ entende que a Súmula n. 332 (STJ) não se aplica em caso de união estável, por-
tanto, a fiança não depende de outorga do companheiro(a).
• Não se aplica a Súmula n. 332 do STJ, caso o fiador omita seu estado civil (casado),
prestando a fiança sem a outorga para depois arguir a nulidade da fiança por meio da
invocação da Súmula n. 332 do STJ. Neste caso, foi reconhecida a má-fé do fiador.
• Extingue-se a fiança:
− se, sem consentimento seu, o credor conceder moratória ao devedor.
− Se, por fato do credor, for impossível a sub-rogação nos seus direitos e preferências.
− Se o credor, em pagamento da dívida, aceitar amigavelmente do devedor objeto di-
verso do que este era obrigado a lhe dar, ainda que depois venha a perdê-lo por
evicção.
Fiança Bancária
• A fiança bancária é o mesmo instituto que a fiança comum, porém, tem-se como fiador,
uma instituição bancária.
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QUESTÕES DE CONCURSO
009. (FGV/2018/BANESTES/ASSISTENTE SECURITÁRIO – BANESTES CORRETORA) Du-
rante a prestação de fiança bancária deve ser verificada a documentação apresentada pelo
fiador, especialmente se este for casado, porque:
a) é proibida a prestação de fiança por pessoa casada, ainda que com autorização do cônjuge,
exceto no regime da separação absoluta de bens;
b) se o fiador se divorciar dentro do prazo de vigência do contrato garantido, ficará desobrigado
da fiança;
c) se o fiador casado for sócio de sociedade empresária, não poderá prestar fiança;
d) nenhum dos cônjuges pode prestar fiança, sem autorização do outro, exceto no regime da
separação absoluta de bens;
e) o fiador casado não poderá renunciar ao benefício de ordem, salvo no regime da separação
absoluta de bens.
a) Errada. Não é proibido, mas precisa de autorização, veja comentário da alternativa d.
b) Errada. Não há correspondência da alternativa com a lei.
c) Errada. Não há correspondência da alternativa com a lei.
d) Certa. Está de acordo com o que dispõe o artigo 1.647, III, do Código Civil, veja:
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do
outro, exceto no regime da separação absoluta:
III – prestar fiança ou aval;
Além disso, encontra fundamento, também, na Súmula n. 332 STJ, veja:
A fiança prestada sem autorização de um dos cônjuges implica ineficácia total da garan-
tia.
e) Errada. O fato de ser casado não impede de renunciar o benefício de ordem, a fiança serve
para ser garantia, se o fiador que renunciar o benefício de ordem a garantia afiançada fica ain-
da mais consistente.
Letra d.
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c) A obrigação do avalista se mantém, mesmo no caso de a obrigação que ele garantiu ser
nula, exceto se essa nulidade for decorrente de vício de forma.
d) Uma vez riscado o aceite antes da restituição da letra de câmbio, o sacado se desincumbe
da obrigação, mesmo se tiver comunicado o aceite, por outra forma, a um dos signatários
do título.
A alternativa c está de acordo com o artigo 899, § 2º, do Código Civil, veja:
Art. 899. § 2º Subsiste a responsabilidade do avalista, ainda que nula a obrigação daquele a quem
se equipara, a menos que a nulidade decorra de vício de forma.
As demais alternativas não foram objeto da nossa aula, mas vou citar o fundamento.
a) Errada. Os títulos causais são aqueles que guardam vínculo com a causa que lhes deu ori-
gem, desse modo, são emitidos se ocorrer o fato que a lei elegeu como uma possível causa
para ele. Transmissíveis por endosso. Duplicatas e cédula de crédito industrial são títulos cau-
sais, mas a letra de câmbio não é.
b) Errada. Veja o artigo 910, § 2º, do Código Civil:
Art. 29. Se o sacado, antes da restituição da letra, riscar o aceite que tiver dado, tal aceite é consi-
derado como recusado. Salvo prova em contrário, a anulação do aceite considera-se feita antes da
restituição da letra.
Portanto, se comunicou o aceite de outra fora, estará obrigado.
Letra c.
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e) responderá pelo pagamento solidariamente com Alfredo, desde que esse celebre simultane-
amente contrato de fiança com o Banco X.
a) Errada. O avalista não é o único responsável pelo pagamento, mas contraí obrigação solidá-
ria de promover a quitação do débito.
b) Errada. Responderá solidariamente.
c) Certa. A responsabilidade é solidária, portanto, tanto devedor quanto avalista, podem ser
cobrados pela dívida.
d) Errada. O aval foi prestado em razão de dívida, da qual um banco é credor, totalmente válido.
e) Errada. O aval e a fiança são garantias pessoais, não faz sentido celebrá-las simultaneamen-
te.
Letra c.
A alienação fiduciária é uma garantia real, as garantias fidejussórias são as garantias pessoais,
são elas: aval, fiança e fiança bancária.
Errado.
O aval é garantia pessoa, produz responsabilidade solidária e somente pode ser firmado nos
títulos de crédito.
Certo.
O aval é uma obrigação solidária, de modo que o avalista não poderá alegar benefício de ordem.
Errado.
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O STJ firmou entendimento de que somente é necessário autorização do cônjuge para prestar
aval nos títulos de crédito inominados, pois, estes são regidos pelo Código Civil. Já os títulos
de crédito nominados, ou típicos, são regidos por leis especiais, portanto, não se submetem a
esta exigência prevista no Código Civil.
Errado.
Essa é uma providência que deve ser tomada pelo credor, e não pelo devedor.
Errado.
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A fiança bancária é o mesmo instituto que a fiança comum, porém, tem-se como fiador, uma
instituição bancária.
Errado.
A fiança bancária está sujeita a cobrança de tarifas e taxas, mas não está sujeita a cobrança
de IOF (imposto sobre operações financeiras).
Errado.
O aval pode ser dado, tanto no verso, quanto no anverso. Veja o que dispõe o artigo 898 do
Código Civil:
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Art. 898. O aval deve ser dado no verso ou no anverso do próprio título.
Errado.
Está de acordo com o que dispõe o artigo 898, § 1º, do Código Civil.
Certo.
Está de acordo com o que dispõe o artigo 898, § 2º, do Código Civil.
Certo.
Está de acordo com o que dispõe o artigo 899, § 1º, do Código Civil.
Certo.
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Subsiste a responsabilidade do avalista, ainda que nula a obrigação daquele a quem se equipa-
ra, a menos que a nulidade decorra de vício de forma.
Está de acordo com o que dispõe o artigo 899, § 2º, do Código Civil.
Certo.
Art. 900. O aval posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos do anteriormente dado.
Errado.
Fica desonerado se agiu de boa-fé, nos termos do artigo 901 do Código Civil, veja:
Art. 901. Fica validamente desonerado o devedor que paga título de crédito ao legítimo portador, no
vencimento, sem oposição, salvo se agiu de má-fé.
Errado.
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Não confunda pagamento parcial com aval parcial. O que é vedado é o aval parcial. Além disso,
a questão está de acordo com o artigo 902, § 1º, do Código Civil, veja:
Está de acordo com o que dispõe o artigo 902, § 2º, do Código Civil.
Certo.
Não admite interpretação extensiva, veja o que dispõe o artigo 819 do Código Civil:
Art. 819. A fiança dar-se-á por escrito, e não admite interpretação extensiva.
Errado.
Está de acordo com o que dispõe o artigo 820 do Código Civil, veja:
Art. 820. Pode-se estipular a fiança, ainda que sem consentimento do devedor ou contra a sua von-
tade.
Certo.
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Art. 821. As dívidas futuras podem ser objeto de fiança; mas o fiador, neste caso, não será deman-
dado senão depois que se fizer certa e líquida a obrigação do principal devedor.
Errado.
Art. 822. Não sendo limitada, a fiança compreenderá todos os acessórios da dívida principal, inclu-
sive as despesas judiciais, desde a citação do fiador.
Certo.
Art. 825. Quando alguém houver de oferecer fiador, o credor não pode ser obrigado a aceitá-lo se
não for pessoa idônea, domiciliada no município onde tenha de prestar a fiança, e não possua bens
suficientes para cumprir a obrigação.
Errado.
Está de acordo com o que dispõe o artigo 827 do Código Civil, veja:
Art. 827. O fiador demandado pelo pagamento da dívida tem direito a exigir, até a contestação da
lide, que sejam primeiro executados os bens do devedor.
Certo.
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Caso o fiador renuncie o direito ao benefício de ordem, não mais poderá alegá-lo, nos termos
do artigo 828, I, do Código Civil, veja:
Está de acordo com o que dispõe o artigo 829 do Código Civil, veja:
Art. 829. A fiança conjuntamente prestada a um só débito por mais de uma pessoa importa o com-
promisso de solidariedade entre elas, se declaradamente não se reservarem o benefício de divisão.
Certo.
Está de acordo com o que dispõe o artigo 830 do Código Civil, veja:
Art. 830. Cada fiador pode fixar no contrato a parte da dívida que toma sob sua responsabilidade,
caso em que não será por mais obrigado.
Certo.
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Art. 832. O devedor responde também perante o fiador por todas as perdas e danos que este pagar,
e pelos que sofrer em razão da fiança.
Errado.
Está de acordo com o que dispõe o artigo 833 do Código Civil, veja:
Art. 833. O fiador tem direito aos juros do desembolso pela taxa estipulada na obrigação principal,
e, não havendo taxa convencionada, aos juros legais da mora.
Certo.
Está de acordo com o que dispõe o artigo 834 do Código Civil, veja:
Art. 834. Quando o credor, sem justa causa, demorar a execução iniciada contra o devedor, poderá
o fiador promover-lhe o andamento.
Certo.
Na verdade, a obrigação perdura por sessenta dias após a notificação, nos termos do artigo
835 do Código Civil, veja:
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Art. 835. O fiador poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo, sempre
que lhe convier, ficando obrigado por todos os efeitos da fiança, durante sessenta dias após a noti-
ficação do credor.
Errado.
Art. 836. A obrigação do fiador passa aos herdeiros; mas a responsabilidade da fiança se limita ao
tempo decorrido até a morte do fiador, e não pode ultrapassar as forças da herança.
Certo.
Art. 837. O fiador pode opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais, e as extintivas da obriga-
ção que competem ao devedor principal, se não provierem simplesmente de incapacidade pessoal,
salvo o caso do mútuo feito a pessoa menor.
Certo.
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Está de acordo com o que dispõe o artigo 839 do Código Civil, veja:
Art. 839. Se for invocado o benefício da excussão e o devedor, retardando-se a execução, cair em
insolvência, ficará exonerado o fiador que o invocou, se provar que os bens por ele indicados eram,
ao tempo da penhora, suficientes para a solução da dívida afiançada.
Certo.
Está de acordo com o que dispõe o artigo 838, II, do Código Civil, veja:
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GABARITO
1. c 18. C 35. C
2. a 19. E 36. E
3. b 20. E 37. C
4. c 21. E 38. E
5. c 22. E 39. C
6. b 23. E 40. E
7. d 24. C 41. C
8. b 25. C 42. C
9. d 26. C 43. E
10. c 27. C 44. C
11. c 28. C 45. C
12. E 29. E 46. E
13. C 30. E 47. C
14. E 31. C 48. C
15. E 32. C 49. C
16. E 33. C 50. C
17. C 34. E 51. C
Leonardo Deitos
Professor de cursos preparatórios para concursos públicos. Aprovado em diversos concursos, entre eles:
Técnico Judiciário do TJ/SC e Agente de Polícia da Polícia Civil de Santa Catarina.
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