Métodos Matemáticos - Aula 03
Métodos Matemáticos - Aula 03
Métodos Matemáticos - Aula 03
Aula 03
1
Equações Diferenciais Ordinárias
Lineares de Segunda Ordem
• As equações diferenciais ordinárias (EDOs)
podem ser divididas em duas grandes classes, as
EDOs lineares e as não-lineares.
• Enquanto as EDOs não-lineares de segunda
ordem (e de ordem superior) são geralmente
difíceis de resolver, as EDOs lineares são muito
simples, porque várias propriedades de suas
soluções podem ser caracterizadas de uma
maneira geral, e existem métodos padronizados
de resolver essas equações.
2
EDOs Lineares de Segunda Ordem
• As EDOs lineares de segunda ordem são as mais
importantes, por causas de suas aplicações à
engenharia.
• Sua teoria é típica daquelas de todas as EDOs
lineares, embora suas fórmulas sejam mais
simples que no caso das equações de ordem
superior.
• Inclui aqui, a obtenção de soluções gerais e
particulares, estas últimas estando em conexão
com os problemas de valor inicial.
3
EDOs Lineares Homogêneas de
Segunda Ordem
• Essas equações têm importantes aplicações
em engenharia, especialmente em vibrações
mecânicas e elétricas, bem como no
movimento ondulatório, na condução de calor
e em outras partes da física.
• Uma EDO de segunda ordem é chamada de
linear quando ela pode ser escrita na forma
y´´+p(x)y´+q(x)y=r(x) e é não-linear caso não
possa ser escrita dessa forma.
4
EDOs Lineares Homogêneas de
Segunda Ordem
• A característica distintiva dessa equação é que
ela é linear em y e em suas derivadas,
enquanto as funções p, q e r podem ser
quaisquer funções dadas de x.
• Se a equação começar com, digamos, f(x)y´´,
devemos então dividi-la por f(x) para obtemos
a forma-padrão com y´´ como o primeiro
termo, o que é prático de se fazer.
5
EDOs Lineares Homogêneas de
Segunda Ordem
• Se r(x)0 (ou seja, r(x)=0 para todo x considerado,
dizemos que r(x) é identicamente nulo), e então a
EDO se reduz a y´´+p(x)y´+q(x)y=0 e é chamada
de homogênea.
• Caso r(x)0, então a EDO é chamada de não-
homogênea. Por exemplo, uma EDO linear não-
homogênea é y´´+25y=e-xcos(x), e uma EDO linear
homogênea é xy´´+y´+xy=0, na forma padrão
y´´+(1/x)y´+y=0.
• Um exemplo de uma EDO não-linear é y´´y+y´2=0.
6
EDOs Lineares Homogêneas de
Segunda Ordem
• As funções p e q são chamadas de coeficientes
das EDOs.
• As soluções são definidas de modo similar ao das
EDOs de primeira ordem. Uma função y=h(x) é
chamada de solução de uma EDO (linear ou não)
de segunda ordem em algum intervalo aberto I se
h for definida e duas vezes derivável ao longo de
todo o intervalo, e for tal que a EDO torna-se uma
identidade quando substituímos a incógnita y por
h, a derivada y´ por h´ e a derivada segunda y´´
por h´´.
7
EDOs Lineares Homogêneas
• As EDOs lineares possuem uma rica estrutura de
solução. Para as equações homogêneas, a
espinha dorsal dessa estrutura é o princípio da
superposição, ou princípio da linearidade, que diz
ser possível obter soluções adicionais a partir de
soluções dadas através de sua soma ou de sua
multiplicação por constantes quaisquer.
• Naturalmente, isso é uma grande vantagem das
EDOs lineares homogêneas.
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EDOs Lineares Homogêneas. Exemplo:
• As funções y=cos(x) e y=sen(x) são soluções da
EDO linear homogênea y´´+y=0. para todo x.
Verifiquemos isso por derivação e substituição.
Fazendo (cos x)´´=-cos x; logo
10
EDOs Lineares Homogêneas
• Teorema Fundamental das EDOs Homogêneas
• Para uma EDO linear homogênea, uma combinação linear
qualquer de duas soluções num intervalo aberto I é também
uma solução em I. Em particular, para uma dada equação, as
somas e as multiplicações por constantes dessa solução são
também soluções.
11
Problema de Valor Inicial
• Para uma EDO linear homogênea de segunda
ordem, um problema de valor inicial consiste
em y´´+p(x)y´+q(x)y=0 e em duas condições
iniciais y(x0)=K0 e y´(x0)=K1.
• Essas condições prescrevem valores dados K0
e K1 da solução e de sua derivada primeira
(correspondente à inclinação de sua curva) no
mesmo valor dado x=x0 no intervalo
considerado.
12
Problema de Valor Inicial
• As condições iniciais são usadas para
determinar as duas constantes arbitrárias c1 e
c2 de uma solução geral y=c1y1+c2y2 da EDO.
• Aqui y1 e y2 são soluções adequadas da EDO.
Isto resulta numa solução única, que passa
pelo ponto (x0,K0) com K1 sendo a direção
tangente (inclinação) nesse ponto. Esta
solução é chamada de solução particular da
EDO.
13
Problema de Valor Inicial. Exemplo:
• Resolva o problema de valor inicial:
15
Problema de Valor Inicial. Exemplo:
• Nossa escolha de y1 e y2 foi geral o suficiente para satisfazer a
ambas as condições iniciais. Tomemos agora duas soluções
proporcionais y1=cos(x) e y2=k cos(x), de modo que
y1/y2=1/k=const. Podemos então escrever y=c1y1+c2y2 no
forma
• onde
• Assim, não conseguimos mais satisfazer as duas condições
iniciais com apenas uma constante arbitrária C.
Conseqüentemente, ao definirmos o conceito de solução
geral, precisamos excluir os casos de proporcionalidade. E, ao
mesmo tempo, vemos o motivo da importância do conceito
de solução geral em conexão com os problemas de valor
inicial.
16
Solução Geral, Base, Solução
Particular
• Uma solução geral de uma EDO
y´´+p(x)y´+q(x)y=0 num intervalo aberto I é
uma solução y=c1y1+c2y2 em que y1 e y2 são
soluções da EDO que não sejam proporcionais
entre si, e c1 e c2 são constantes arbitrárias.
Dizemos que essas funções y1 e y2 constituem
uma base (ou um sistema fundamental) de
soluções da EDO em I.
• Obtém-se uma solução particular da EDO em I
atribuindo-se valores específicos a c1 e c2 . 17
Base
• Também às vezes é preciso restringir c1 e c2 a algum
intervalo, a fim de evitar o surgimento de expressões
complexas na solução. Além disso, conforme
usualmente fazemos, dizemos que y1 e y2 são
proporcionais em I para todo x em I se (a) y1 =k y2 ou
(b) y2 = l y1 onde k e l são números, que podem ou
não ser nulos. (Note que (a) implica (b) se e somente
se k0.)
• Com efeito, podemos reformular nossa definição de
uma base utilizando um conceito de importância
geral, a saber, o de que duas funções y1 e y2 são
chamadas de linearmente independentes num
intervalo I onde elas são definidas, se
k1y1(x)+k2y2(x)=0 em todo I implica k1=0 e k2=0. 18
Base
• E y1 e y2 são chamadas de linearmente
dependentes em I se k1y1(x)+k2y2(x)=0
também se verificar para algumas constantes
k1, k2 não sendo ambas iguais a zero. Então, se
k10 ou k20, podemos fazer a divisão e ver
que y1 e y2 são proporcionais entre si, ou seja,
• ou
21
Base. Exemplo:
• Verifique por substituição que y1=ex e y2=e-x são soluções da
EDO y´´-y=0. Então resolva o problema de valor inicial
23
Redução de Ordem. Exemplo:
• Encontre uma base de soluções da EDO
24
Redução de Ordem. Exemplo:
• Essa EDO é de primeira ordem em v=u´, a saber (x2-x)v´+(x-
2)v=0. Separando as variáveis e integrando, temos
31
Exemplo de Raízes Complexas
• Resolva o problema de valor inicial
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Exemplo de Raízes Complexas
• A figura mostra y e as curvas de e-0,2x e –e-0,2x
(linha pontilhada), entre as quais oscila a
curva y. Essas vibrações amortecidas (com x=t
sendo o tempo) têm importantes aplicações
em mecânica e eletricidade.
33
Operadores Diferenciais
• O cálculo operacional refere-se à técnica e à
aplicação de operadores. Neste caso,
chamamos de operador um processo que
transforma uma função em outra. Portanto, o
cálculo diferencial envolve um operador, que é
o operador diferencial D, responsável por
transformar uma função (diferenciável) em
sua respectiva derivada. Em notação de
operadores, escrevemos
34
Operadores Diferenciais
• Similarmente, para as derivadas de ordem superior,
escrevemos D2y=D(Dy)=y´´, e assim por diante. Por exemplo, D
sen = cos, D2 sen = - sen etc.
• Para uma EDO linear homogênea y´´+ay´+by=0 com
coeficientes constantes, podemos agora apresentar o
operador diferencial de segunda ordem
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Operadores Diferenciais
• Fatoração, Solução de uma EDO
• Fatore P(D)=D2-3D-40I e resolva P(D)y=0.
• Solução. D2-3D-40I=(D-8I)(D+5I) porque I2=I. Agora (D-8I)y=y´-
8y=0 possui a solução y1=e8x. Similarmente, a solução de
(D+5I)y=0 é y2=e-5x. Isso constitui uma base de P(D)y=0 num
intervalo qualquer. Fatorando, obtemos a EDO, conforme o
esperado,
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Oscilações Livres
Sistema Massa-Mola
• Podemos obter o movimento do corpo, seu deslocamento y(t)
como função do tempo pela segunda lei de Newton F=my´´
onde y´´=d2y/dt2 e a força (F) é a resultante de todas as forças
atuando sobre o corpo.
38
Oscilações Livres
Sistema Massa-Mola
• Escolhemos aqui como positiva a direção para baixo, o que
nos faz considerar as forças para baixo como sendo positivas e
as forças para cima como sendo negativas.
• Primeiro, a mola é deixada no seu comprimento normal, após
o que penduramos nela o corpo. Isso faz a mola se esticar de
certa distância s0. Isso provoca o surgimento de uma força F0
para baixo sobre a mola e uma reação F0 para cima sobre o
corpo.
• Experimentos nos mostram que F0 é proporcional à elongação
s0, o que pode ser escrito como F0=-ks0 (lei de Hooke), k(>0) é
chamada de constante elástica (ou de constante elástica da
mola). O sinal negativo indica que F0 aponta para cima em
nossa direção negativa. 39
Oscilações Livres
Sistema Massa-Mola
• A elongação s0 é tal que F0 na mola se equilibra com o peso
W=mg do corpo (onde g=980 cm/s2 é a aceleração da
gravidade). Portanto F0+W=-ks0+mg=0.
• Essas forças não afetam o movimento. A mola e o corpo estão
novamente em repouso. Isto é chamado de equilíbrio estático
do sistema.
• Medimos o deslocamento y(t) do corpo a partir desse ponto
de equilíbrio como sendo a origem y=0, com a direção
positiva para baixo e a negativa para cima.
• A partir da posição y=0, puxamos o corpo para baixo. Isso
provoca uma nova elongação na mola de uma certa distância
y>0. Pela lei de Hooke, isso provoca uma força para cima F1=-
ky. Força chamada de restauradora. (Tenda restaurar y=0). 40
Sistema Não-amortecido
• Caso F1 seja a única força no sistema que causa movimento,
temos: my´´+ky=0. Que tem como solução geral:
42
Sistema Amortecido
• Pela fórmula usual para obtenção de raízes numa equação
quadrática chegamos aos valores:
44
Caso II : Amortecimento Crítico
• Solução:
45
Caso III : Subamortecimento
• Solução:
46
Exemplo: Sistema Massa-Mola
• Estudar o movimento de um sistema massa-
mola com uma esfera de ferro de peso W=98N
que estica uma mola a distância de 1,09 m, se
puxarmos a esfera mais 16 cm e a deixamos
começar a se movimentar com uma
velocidade inicial nula. Usar
(a) c=100kg/s (b) c=60kg/s (c) c=10kg/s
47
Exemplo: Sistema Massa-Mola
• Solução: Pela lei de Hooke W=1,09k, portanto
k=98/1,09=90N/m. A massa é m=W/g=98/9,8=10 kg.
• Para o caso (a) a EDO fica
• Solução Geral
• Solução Particular
48
Exemplo: Sistema Massa-Mola
• Caso (b) c=60 ao invés de 100:
• EDO: 10y´´+60y´+90y=0, y(0)=0,16 e y´(0)=0
• Solução Geral:
• Solução Particular:
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Exemplo: Sistema Massa-Mola
• Caso (c) c=10 ao invés de 60:
• EDO: 10y´´+10y´+90y=0, y(0)=0,16 e y´(0)=0
• Solução Geral:
• Solução Particular:
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Equação de Euler-Cauchy
• As equações de Euler-Cauchy são EDOs da forma
x2y´´+axy´+by=0 sendo dadas as constantes a e b e a
incógnitas y(x). Substituímos y=xm e suas derivadas y´=mxm-1 e
y´´=m(m-1)xm-2. Isso nos dá
51
Equação de Euler-Cauchy
• Caso I. Se as raízes m1 e m2 são reais e
diferentes, então as soluções são
• e
• Elas são linearmente independentes, visto que
seu quociente não é constante. Logo, elas
constituem uma base de solução para todo x
para o qual elas sejam reais. A solução geral
correspondente para todos esses valores de x
é
52
Equação de Euler-Cauchy
• Exemplo: Resolva a equação de Euler-Cauchy
53
Equação de Euler-Cauchy
• Caso II. Se a equação auxiliar m2+(a-1)m+b=0 possui uma raiz
dupla m1=(1-a)/2 se somente se (1-a)2-4b=0. A equação de
Euler-Cauchy então possui a forma
55
Equação de Euler-Cauchy
• Caso III. O caso das raízes complexas será mostrado com um
exemplo que explica a derivação de soluções reais a partir de
soluções complexas.
• Exemplo: Resolva a equação de Euler-Cauchy
56
Equação de Euler-Cauchy
• Caso III:
• Somamos as duas fórmulas anteriores, de modo que o seno é
eliminado, e dividimos o resultado por 2. Então, subtraímos a
segunda fórmula da primeira, de modo que o cosseno
também é eliminado, e dividimos o resultado por 2i. Isso nos
dá, respectivamente:
• e
• Pelo princípio da superposição, estas são soluções da equação
de Euler-Cauchy. Uma vez que seu quociente, cot(4 ln x), não
é constante, essas solução são linearmente independentes.
Logo, elas constituem uma base de soluções e a solução geral
real correspondente é, para todo x positivo,
57
Equação de Euler-Cauchy
• A figura mostra curvas-solução típicas para três casos
discutidos:
58
Existência e Unicidade de Soluções
• Discutiremos a teoria geral das EDOs lineares homogêneas
y´´+p(x)y´+q(x)y=0 com coeficientes p e q contínuos, porém
arbitrários. Isso terá relação com a existência e a forma da
solução geral , bem como a unidade da solução dos
problemas de valor inicial consistindo em um conjunto
determinado por uma EDO e duas condições iniciais y(x0)=K0 e
y´(x0)=K1 com valores dados de x0, K0 e K1.
• Os dois principais resultados são:
– Estabelecer que um problema de valor inicial desse tipo tem sempre
solução que é única, e
– O qual uma solução geral y=c1y1+c2y2 inclui todas as soluções.
• Em decorrência disso, as EDOs lineares desse tipo não
possuem soluções singulares (soluções que não se podem
obter a partir de uma solução geral).
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Existência e Unicidade de Soluções
• Teorema da Existência e Unicidade dps
Problemas de Valor Inicial
• Se p(x) e q(x) são funções contínuas de algum
intervalo aberto I e x0 pertence a I, então o
problema de valor inicial consistindo em
y´´+p(x)y´+q(x)y=0 e y(x0)=K0 e y´(x0)=K1 possui
uma solução única y(x) no Intervalo I.
60
Existência e Unicidade de Soluções
• Lembremos que uma solução geral num intervalo aberto I é
obtida a partir de uma base y1, y2 em I, ou seja, a partir de um
par de soluções linearmente independentes em I. Dizemos
que y1, y2 são linearmente independentes em I se a equação
k1y1(x)+k2y2(x)=0 em I implica k1=0 e k2=0.
• E dizemos que y1, y2 são linearmente dependentes em I se
essa equação também se verificar para constantes k1, k2, não
podendo ser ambas nulas. Nesse caso, e apenas nesse caso, y1
e y2 são proporcionais em I, ou seja (a) y1=k y2 ou (b) y2= l y1
para todo x em I.
61
Existência e Unicidade de Soluções
• Dependência e Independência Linear das Soluções
• Consideremos que a EDO y´´+p(x)y´+q(x)y=0 tenha
coeficientes contínuos p(x) e q(x) num intervalo aberto I.
Então, duas soluções y1 e y2 em I são linearmente dependente
em I se e somente se seu wronskiano
63
Existência e Unicidade de Soluções
• Exemplo: As funções y1=cos x e y2=sen x
são soluções y´´+2y=0. Seu wronskiano é
65
EDOs Não-Homogêneas
• Passamos agora as EDOs lineares não-
homogêneas y´´+p(x)y´+q(x)y=r(x) onde
r(x)0.
• Veremos que a uma solução geral é a soma de
um a solução geral da EDO homogênea
correspondente y´´+p(x)y´+q(x)y=0 com uma
solução particular de y´´+p(x)y´+q(x)y=r(x).
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EDOs Não-Homogêneas
• Solução Geral, Solução Particular
• Uma solução geral da EDO não-homogênea
y´´+p(x)y´+q(x)y=r(x) num intervalo I é uma solução da forma
y(x)=yh(x)+yp(x);
aqui yh(x)=c1y1+c2y2 é uma solução geral da EDO homogênea
y´´+p(x)y´+q(x)y=0 em I e yp é uma solução qualquer em I sem
conter qualquer constante arbitrária.
• Uma solução particular em I é uma solução obtida a partir de
y(x)=yh(x)+yp(x), atribuindo-se valores específicos às
constantes arbitrárias c1 e c2 em yh.
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EDOs Não-Homogêneas
• Relações entre as Soluções de y´´+p(x)y´+q(x)y=r(x) e de
y´´+p(x)y´+q(x)y=0
• Seja L(y) o lado esquerdo de y´´+p(x)y´+q(x)y=r(x) .
• (a) A soma de uma solução y de y´´+p(x)y´+q(x)y=r(x) em
algum intervalo aberto I e uma solução ŷ de
y´´+p(x)y´+q(x)y=0 em I é uma solução de y´´+p(x)y´+q(x)y=r(x)
em I. Em particular, y(x)=yh(x)+yp(x) é uma solução de
y´´+p(x)y´+q(x)y=r(x) em I.
L[y+ŷ]=L(y)+L(ŷ)=r+0=r.
• (b) A diferença entre essas duas soluções de
y´´+p(x)y´+q(x)y=r(x) em I é uma solução de
y´´+p(x)y´+q(x)y=0 em I.
Para quaisquer soluções de y e y* de y´´+p(x)y´+q(x)y=r(x) em
I, temos L[y-y*]=L[y]-L[y*]=r-r=0
68
EDOs Não-Homogêneas
• Uma Solução Geral de uma EDO Inclui Todas
as Soluções
• Se os coeficientes p(x), q(x) e a função r(x) em
y´´+p(x)y´+q(x)y=r(x) são contínuos no mesmo
intervalo aberto I, então toda solução em I é
obtida atribuindo-se valores adequados às
constantes arbitrárias c1 e c2 numa solução
geral y(x)=yh(x)+yp(x) em I.
69
EDOs Não-Homogêneas
• Método dos Coeficientes a Determinar
• Para resolvermos a EDO não homogênea ou um problema de
valor inicial, temos que resolver a EDO homogênea e
encontrar uma solução qualquer yp da não-homogênea, de
modo a obtemos uma solução geral.
• O método dos coeficientes a determinar é adequado às EDOs
lineares com coeficientes constantes a e b: y´´+ay´+by=r(x)
quando r(x) for uma função exponencial, uma potência de x,
um potência de x, um seno ou um cosseno, ou somas ou
produtos dessas funções. Essas funções possuem derivadas
similares à própria função r(x), o que nos possibilita ter uma
idéia. Escolhemos uma forma para yp que seja similar a r(x),
porém com coeficientes desconhecidos, que serão
determinados substituindo yp e suas derivadas na EDO. 70
Método dos Coeficientes a
Determinar
• A tabela mostra a escolha de yp para as formas
de r(x) de importância prática.
71
Método dos Coeficientes a
Determinar
• Regras de Escolha para o Método dos Coeficientes a
Determinar
• (a) Regra Básica. Se r(x) for uma das funções na primeira
coluna da tabela, escolha yp na mesma linha e obtenha seus
coeficientes a determinar substituindo yp e suas derivadas em
y´´+ay´+by=r(x).
• (b) Regra da Modificação. Se um termo que você escolher
para yp vier a ser uma solução da EDO homogênea
correspondente, multiplique a função que você escolheu para
yp por x (ou por x2 se essa solução corresponder a uma raiz
dupla da equação característica da EDO homogênea).
• (c) Regra da Soma. Se r(x) for uma soma de funções na
primeira coluna da tabela, faça yp ser a soma das funções nas
linhas correspondentes da segunda coluna. 72
Aplicação da Regra Básica (a)
• Exemplo: Resolva o problema de valor inicial
73
Aplicação da Regra Básica (a)
• Etapa 3: Solução do problema de valor inicial. Fazendo x=0 e
usando a primeira condição inicial, temos y(0)=A-0,002=0,
uma vez A=0,002. Por derivação e com base na segunda
condição inicial
74
Aplicação Regra de Modificação (b)
• Exemplo: Resolva o problema de valor inicial
77
Aplicação da Regra da Soma (c)
• Exemplo: Resolva o problema de valor inicial
79
Aplicação da Regra da Soma (c)
• Etapa 3. Solução do problema de valor inicial. De y na
primeira condição inicial, y(0)=A+0,16=0,16; logo A=0. A
diferenciação nos fornece
80
Estabilidade
• Se (e somente se) todas as raízes da equação
característica da EDO homogênea y´´+ay+by=0 forem
negativas ou tiverem uma parte real negativa, então
uma solução geral yh dessa EDO vai a 0 à medida que
x→, de modo que a solução transiente y=yh+yp se
aproxima da solução de regime permanente yp.
• Nesse caso, a EDO não-homogênea e o sistema de
natureza física ou outro modelado pela EDO são
chamados de estáveis; caso contrário, chamam-se
instáveis.
• Por exemplo, a EDO do exemplo (a) é instável.
81
Modelagem: Oscilação Forçadas
• No nosso sistema massa-mola até agora, tratava-se de
movimentos livres, ou seja, movimentos ocorrendo na
ausência de forças externas; portanto, eles eram causados
somente por forças internas, de dentro do sistema.
• Estenderemos agora nosso modelo, com a inclusão de uma
força externa, que chamaremos de r(t), no lado direito da
equação. Então, temos: my´´+cy´+ky=r(t).
82
Modelagem: Oscilação Forçadas
• Mecanicamente, isso significa que, a cada instante t, a
resultante das forças internas está em equilíbrio com r(t). O
movimento resultante é chamado de movimento forçado com
uma função de força r(t), que também é conhecida como
input ou força motriz, ao passo que a solução a ser obtida é
chamada de output ou resposta dos sistema à força motriz.
• De interesse especial são as forças periódicas externas, e
consideraremos uma força motriz da forma
84
Modelagem: Oscilação Forçadas
• Determina se então os coeficientes desconhecidos a e b:
• Se fizemos temos:
87
Caso 1: Oscilações Não-
amortecidas Forçadas. Ressonância
• No caso da ressonância, a EDO não-homogênea torna-se
• Obtemos
90
Caso 2. Oscilações Amortecidas
Forçadas
• Se o amortecimento do sistema massa-mola não for
desprezivelmente pequeno, temos c>0 e um termo de
amortecimento cy´ em my´´+cy´+ky=r(t). Então, a solução
geral yh da EDO homogênea se aproxima de zero à medida
que t tende ao infinito. Na prática, ela é igual a zero após um
tempo suficientemente longo. Portanto, a solução transiente,
dada por y=yh+yp aproxima-se da solução de regime
permanente yp. Isso prova o seguinte.
• Solução de Regime Permanente. Após um tempo
suficientemente longo, a saída de um sistema vibratório
amortecido submetido a uma força motriz puramente
senoidal será praticamente igual a uma oscilação harmônica
cuja freqüência é igual à da entrada.
91
Caso 2. Oscilações Amortecidas
Forçadas
• Enquanto no caso não-amortecido a amplitude de yp tende ao
infinito à medida que se aproxima de 0, isso não ocorrerá
quando houver amortecimento, caso em que a amplitude
será sempre infinita. Porém, ela pode ter um máximo para
algum valor de , dependendo da constante de
amortecimento c.
• Isso é o que se chama de ressonância prática, que é de grande
importância, visto que, se c não for muito grande, então uma
certa intensidade de entrada pode excitar as oscilações de
modo forte o suficiente para danificar ou mesmo destruir o
sistema. Casos assim já ocorreram, quando a ressonância era
um fenômeno menos conhecido. Máquinas e automóveis são
sistemas mecânicos vibratórios que podem sobre o efeito da
ressonância. (Cuidados devem ser tomados). 92
Caso 2. Oscilações Amortecidas
Forçadas
• Para estudar a amplitude de yp como função de w,
escrevemos yp(t)=a cost + b sen t na forma de
yp(t)=C*cos(t-). C* é chamada de amplitude de yp e é o
ângulo de fase ou defasagem, devido ao fato de que ele mede
a defasagem da saída em relação à entrada. Logo essas
grandezas são
94
Caso 2. Oscilações Amortecidas
Forçadas
• Se c for menor c2<2mk, então a equação tem uma solução
real =máx, onde
95
Caso 2. Oscilações Amortecidas
Forçadas
• Substituindo, obtemos
96
Caso 2. Oscilações Amortecidas
Forçadas
• A figura mostra o ângulo de fase (a defasagem
da saída em relação à entrada), que é menor
que /2 quando <0 e maior que /2 para
>0.
97
Modelagem: Circuitos Elétricos
• Dado um circuito RLC.
• ou
98
Modelagem: Circuitos Elétricos
• Resolvendo a EDO para Corrente. Uma solução geral é a soma
I=Ih+Ip. Primeiro, encontramos o valor de Ip pelo método dos
coeficientes a determinar. Substituímos
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Modelagem: Circuitos Elétricos
• Para resolver esse sistema para a e b, primeiro introduzimos
uma combinação de L e C, chamada de reatância
• Resolvendo:
• Onde: 100
Modelagem: Circuitos Elétricos
• A quantidade é chamada de impedância. Nossa
fórmula mostra que a impedância é igual à razão E0/I0. Isso é
algo análogo à razão E/I=R (lei de Ohm).
• Uma solução geral da equação homogênea corresponde é
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Analogia entre as Grandezas
Elétricas e Mecânicas
• Sistemas inteiramente diferentes, de natureza física ou outras,
podem ter o mesmo modelo matemático. Exemplo: circuitos
RLC e o sistema massa-mola:
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Solução por Variação de
Parâmetros
• Na EDOs lineares não-homogêneas y´´+p(x)y´+q(x)y=r(x), para
obtemos yp quando r(x) não for uma função muito
complicada, freqüentemente utilizamos o método dos
coeficientes a determinar.
• Entretanto, desde que esse método se restringe a funções r(x)
cujas derivadas têm uma forma similar à própria r(x), é
desejável haver um método válido para EDOs mais gerais, que
obteremos agora, e que se chama método da variação dos
parâmetros, creditado a Lagrange. Aqui p,q,r podem ser
variáveis (funções dadas de x), porém supomos que sejam
funções contínuas em algum intervalo aberto I.
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Solução por Variação de
Parâmetros
• O método de Lagrange fornece uma solução particular yp em I
na forma
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Solução por Variação de
•
Parâmetros.
Resolva a EDO não-homogênea
Exemplo:
• Solução: Uma base de soluções da EDO homogênea num
intervalo qualquer é y1=cos(x), y2=sen(x). Isso fornece o
wronskiano
• Escolhendo com zero as constantes de integração, obtemos a
solução particular da EDO dada
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Solução por Variação de
Parâmetros. Exemplo:
• De yp
e da solução geral yh=c1y1+c2y2 da EDO
homogênea, obtemos a resposta
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Fim.
Muito Obrigado.
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