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I

ntr
odução

“Al iter aturai nf ant il,bebi dadesdeonasci ment oem dosessabi ament e
mi nist radas, ger aumasaudáv el dependênci aquedáàcr i
ançaeao
adol escent eaf or çaeoengenhonecessár i
ospar ar ealizar em al eitur ado
mundo, basei ndispensáv el aosseuspr ojectosdev i
da. ”(Vel osoeRi scado,
2002, p.29)Apr of essor aIsabel Rosado, professor adeEducaçãoPr é-
escol ar ,
frisouosegui nt e"Enquant odocent edaeducaçãopr é-escol ar
ent endoserconsensual queal i
ter at
ur apar ai nfânciaassume, desde
temposr emot os, um papel deel ev adai mpor tânci apar aascr i
anças,
mani f estando- senãosónaaqui siçãoedesenv olviment odal i
nguagem,
dossaber es, dasemoções, mast ambém aoní veldai magi nação" .Vi gotsky
(1991.p.39)di zia- nosque“ aapr endizagem escol arnuncapar tedozer o.
Todaaapr endi zagem dacr iançanaescol at em umapr é-história”.Éna
famí li
aeant esdest a, dent rodoút eroqueacr iançaent raem pr imei ro
cont act ocom ossons, com a“ músi caeoaf ect o”daspal avras.Quando
nasce, conheceedi stinguej áossons, av ozdamãeéum del es( e
post er i
orment eadosf ami liaresmai spr óximos)eomai si mpor t
ant eéque
ael esseassoci at ambém oaf ect oeapr otecção.Énossaconv icçãoque
atrav ésdosl ivrosascr iançassonham, emoci onam- se, conf or t
am- se,
apr endem et ornam- sef uturosl ei t
ores.Acr editamos, ainda, seral eitura
um dosi nst rument ospr i
vilegiadospar adesper t
arei ncent i
varhábi tosde
l
eitur aef or marl ei tor escompet ent es.Vel osoeRi scado( 2002, p.29)di zem
-nosque“ nãohápedagogi adal eituraquenãopassepel apedagogi ados
afect os, eamarl eréor equi sitopr i
mei r
opar af ormarcr iançasl eit
or as,
emoci onal ment ei ntel i
gent esei magi nat i
vament ei ntervent iv
as. ”Hoj e
sabemosqueasact i
v i
dadesl údi casf eitascom pr azer ,baseadasna
l
iter atur apar aai nf ânci a, est ãoassoci adasaodesenv ol vi
ment oe
apr of undament ododi ál ogoent reol i
vroeacr iança( Soar es,2008) .Assim,
com essascont ribui çõest eór icassobr eal i
teratur ainfant il
,apr az-nos
desenv olv eronossot rabal hosobr eosgéner osl i
teráriosut i
li
zadosna
i
nf ânci a.
For
masnat
urai
sdal
it
erat
ura

SegundoJuanCer ver
a(1991, p.64),“seaconcepçãodosgéner os
l
iter
ári
osapar ececomplexaedi fí
cildedef i
nirnaliteraturaem ger al,mais
complicadoédet er
miná-l
osnal it
eraturapar aai nfância”.Assim, a
aceit
açãodoesquemabási cot r
adicional quedi vi
deal i
teratur
aem t r
ês
gruposdisti
ntos–épicaounar rati
va, l
ír
icaedr amát ica–queent endidos
porunscomogéner osnaturai
s,porout roscomof ormasnat urais,deve
servi
r-
noscomopont odepar ti
datant onal it
er at
uracanóni cacomona
l
iter
aturaparaainfânci
a.Por t
anto,oquedesi gna-seporgéner oliter
ário,
podeserdadocomof ormanat uraldeLi teratura.I
st oimpl i
cadi zerque: O
génerolit
erár
ionãoénadamai squeumaf ormadeLi t
eratura.

Destafeit
a,nâosepodefalardel
iter
aturaver
dadei
ramenteinfanti
l,
sem
consi
derarasfor
masnaturaisdotextoinf
anti
l
.Asformasnat urai
sdotext
o
i
nfant
il
,sãoconheci
das,asquaissão:Épicoounarr
ati
vo;Lír
ico; e
Dramáti
co.

Anar
rat
iva

Énanar r
ativaquepodemosencont raramai orquant idadedet ext os
destinadosàscr i
anças, sendoocont oaf ormamai sdivulgada.Est es
caracteri
zamseporser em r elatospoucoext ensos, com “um reduzi do
elencodeper sonagens, um esquemat empor al r
estri
to,umaacçãosi mples
oupoucassepar adaseumauni dadet écni cadet om”( ReiseLopes, 1987,
p.75) .Nanov ela,adimensãot ext ual émai sampl aquenocont o, com uma
plurali
dadedeper sonagens, girandoaacçãoouacçõesem t ornodel as.O
romanceéent r
et odos, ot extonar r
ativ oqueapr esentamai orext ensão,
podendocont arahi stór i
adeumaper sonagem oudeumaf amí lianum
esquemat empor alalar gadoporv ezesav áriasger ações.Conv ém r efer
ir
quenoâmbi t
odanar rat i
vat emosai ndaoscont ostradici
onais, mui tos
delescom or igem nat ransmi ssãoor al, assumi ndoum i mpor t
ant epapel no
desenv ol
viment odamemór iacol ectivaenat ransmi ssãodev al oreseos
cont osdeaut or,“porv ezesqual if
icadost ambém comot r
adicionai s,mas
quenav erdadesãopr oduçõesor iginai s,aindaque, aqui eacolá, possam
tersi
doinf l
uenciadaspel omar avi
l
hosopopul ar,osseust emas, mot i
vose
personagensmai smoder nos”(Gomes2006, p.6) .Noscontos
contempor âneos,adi v
ersidadeestil
í
sticaéumaconst ante,
sendo
abordadosassunt osact uaiscomoecol ogia,problemassoci ais,
aescol a,
o
mundodaf antasia,rel
açõesf amil
iar
es, pr
oblemasdoquot i
diano,ondeo
humordámui tasv ezesum car i
zespecialaot exto,atr
aindoacr iançapela
sequênciadeacont eci
ment osqueodesenr ol
ardahi stóri
apr oporcionae
apresentando-secomof actorimportanteparaaadesãodest aaot exto
l
iter
ário(Veloso,2006).

Al
ír
ica

RuiVel oso( 2006, p.31)r eferequeot extolírico“ encont ranacr i


ançaum
destinatárioat ent o,capazdev iveraf ect i
vament eossent iment osdo
emissore, com i sso, decompr eenderosseusest adosdeal ma” .Asr imas
i
nfant i
scar acterizam- seporum r eforçodopoderdecomuni caçãosonor a,
oquer esultanumamenorat ençãoaosi gnificadodaspal avr asenuma
maiori ncidênci anoef eitodej ogodassonor idadesconst ruí daspel o
poema.“ Qual quercr i
ança, paraapr enderaf al artem deouv ir;hav er áal go
maisencant adordoqueamagi adapal av r
aquesupor t
aal engal engaoua
hi
stór i
acont ada? ”lembr a-nosRui Veloso( 2001, p.2) ,i
ndoaoencont r oda
nossaopi nião, acrescent aque“ ocont actopr ecocecom ol i
v roinf ant i
l e
com al it
er aturaéport odosr econheci docomof undament al nopr ocesso
deensi no-apr endizagem.Popul açõeságr af assempr esouber am como
eraimpor tant epar aosmai snov oscant ar-
lhescançõesdeembal ar ,brincar
com asr i
masi nfantis”( Veloso, 2001, p.2),nãoesquecendoospr ov ér bios,
asfór mulasencant at órias,ost rav a-l
ínguas, ascant igaseasadi v
inhas.
Também Agui areSi l
va( 1983)nasua“ TeoriadaLi teratur
a” ,car act erizaa
poesiacomoot extol iterári
oquesepar t
icular izapel ofact odenel ese
actuali
zar em nor mas, regraseconv ençõesr egul adaspel ocódi gomét rico
epelai nterdependênci asemi oticament er elev ant equenel esev er i
f i
ca,
entreest ecódi goet odosoout roscódi gosdopol icódigol i
ter ári
o, em
parti
cularocódi gof óni co-rit
mi co.Al ém dest escódi gos, apoesi aassent a
nadimensãodapal avraedaemoção.
Adr
amát
ica/
oteat
ro

Ot ext odr amát i


coéaquel eque, ent retodasasf or masnat uraisda
l
iterat ur aadqui reumamai orcompl exidade, umav ezquei mpl icaqueos
seusi nt erv enient essej am i ntroduzi dosnum si st emadesi gnos
organi zadosdenat urezav erbal (li
nguí st i
coseacúst i
cos)enãov erbal
(vi
suai s, musi cai seci néticos) .Aof alar mosdegéner odr amát icocomo
formanat ur al dal iteraturapodemosaf irmarquenosest amosar eferi
ra
um t ext o,quepel assuascar act eríst i
cas, sedest inapr i
ncipal ment eà
represent açãot eat ral
.Aocont ráriodot extoépi coedot ext olíri
co,asua
relaçãocom opúbl iconãosedáat ravésdal eitur amassi m at ravésda
medi açãodosper sonagens/ at oresquet ransf ormam acomposi çãoescr it
a
numaacçãodi al ogada.Noent ant o, háquedi sti
ngui rot ext odr amát i
co
par acr iançasescr itopordr amat ur gospr ofissionai sdadr amat i
zaçãof eit
a
naescol aouat édaexpr essãodr amát i
cacr iadapel acriançanoseu
quot idi ano.Nest esent i
dot emosdeconcor darcom JuanCer vera(1991, p.
67) ,quandonosdi zque“ adr amat izaçãocomopont odepar ti
daepont e
com ot eatr oé, sem dúv i
da, umadasf ormasmai sest imulant ese
mot iv ador as” .Acr iança, pornat ur eza, gostadebr incaraof az-decont a,de
i
mi taredef ingir.Par aalém docar áct erlúdicoedopr azerquesepossa
retir
ardeumadr amat i
zação, éest a, sem dúv i
da, umaact i
vidadequeaj uda
acr iançaacr escer ,acompr eenderomundoeadqui r
irconheci ment os
acer cadosout r
os.Par aest eaut or, enanossaopi nião, outradas
act i
vidadesqueassumem gr andedi mensãol údi co- cri
ativaéacanção
“mi mada”que, segundoel e“ v i
v i
ficaapoesi aeadi mensãoact ivapel asua
facili
dadepar aadr amat i
zaçãoeadança”( Cer ver a,1991, p.67) ,
ent r
oncandodest emodononossoent ender ,asduasf ormasnat ur
aisda
l
iterat ur a( lí
ricaedr amát ica)queacompanham acr i
ançadesdeosseus
primei rosanosdev i
da.

CONTEXTOANGOLANO
Aliteratur
ainfanti
l Angol ana,deacor dor el
atoshi stóri
cos,sur gi
unosanos70.Manuel Rui
Mont eirofoiopioneirodal it
eraturai nfanti
langolanacom aobr ainf
antili
ntit
ulada"Acai xa",em
1977.ApesardeManuel Rui t
ermai orapariçãoanár ea,conta-sequeapr i
mei r
aobr ainfantil
antesdai ndependênci adeAngol a, f
oi "Asav enturasdeNgunga" ,dePenel aSant ana( Pepetela)
,
edit
adapel apr i
mei rav ezem 1972.Est aobr aesteveEscondi daporserescr i
taem um cl i
made
guer r
a.Em 1986, realizou-seopr i
mei r
ocolóqui sobr eli
ter
atur ai
nfanti
langol ana.Ogr ande
assunt odessecol óqui o,eraot i
podel i
vrosaof ereceràscr ianças.Deu-seênf aseaosl i
vrosque
ret
ratassem sobr eacul turaet r
adi çãoangol anaeaf ri
canademodoger al.Rui Mont ei
ro,mais
umav ez,est
ev enaf rent edaact ividade.Aindanessaépoca, com oemer girdaguer racivil
,
continuaram-seaempr eenderesf orçosnosent i
dodeseef ectuarproduçõesi nfanti
s.Um dos
nomesadest acaréodeMar i
aEugéni aNet o,autoradaobr a"Amont anhadosol ",em 1989.

Estessãoosaut oresquesedestacaram naf


aseembri
onári
adalit
erat
urainf
ant
il
.Anosmai
s
tarde,com oadventodapaz,
surgiram,nomercado,
novosautor
es,com umagamadeobras
l
iterár
iasinf
anti
s.Nomescomo:

KanguimboAnanás,Dar
iodeMel
o,Cr
emi
l
daLi
ma,
Zai
daDáskal
os,
Oct
avi
anoCor
rei
a,Gabr
iel
a
Antunes,
Rosal
inaPombal.

Quantoàsf
ormasli
terár
ias,
essesaut
oreseoutr
os, usam dast
rêsci
tadas,
tendomai
or
dest
aqueanarr
ati
va,quemuitoseuti
l
izanoscontos.

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