Roteiro - Aula 1

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Semana Desvendando o Apocalipse

Aula 1: Linhas e interpretação do Apocalipse

Júlio Miranda

www.desvendandooapocalipse.com.br
E disse-me: Não seles as palavras da profecia deste livro; porque
próximo está o tempo. Apocalipse 22:10
O livro de apocalipse trás luz as profecias de toda a bíblia e apócrifos
como os livros de Enoque por exemplo.
A melhor maneira de entender as profecias do livro da revelação é
ler e estudar toda a bíblia de Gênesis a Judas: os profetas, os salmos,
as festas de Israel, O Tabernáculo, As profecias que Cristo diz nos
Evangelhos, como por exemplo Mateus 24 entre outras, as cartas
paulinas, e os livros de Enoque
E isso é devido que o apocalipse é uma coletânea, uma compilação,
uma coleção de profecias de toda a bíblia
ele dá um desfecho, ampliando as profecias, trazendo mais detalhes
e mostra seu cumprimento total e final. O apocalipse é um resumo de
toda a bíblia e de toda a história humana e do cosmos de modo geral.
Então é um erro tentar entender o livro de apocalipse
desconsiderando o restante da bíblia, pois seria como assistir um
filme pelo final.
Por exemplo: Dn 8:10 com apoc 12:4
E se engrandeceu até contra o exército do céu; e a alguns do
exército, e das estrelas, lançou por terra, e os pisou.

Daniel 8:10
E a sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu, e
lançou-as sobre a terra; e o dragão parou diante da mulher que
havia de dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe tragasse
Os 4 cavalheiros do apocalipse, o antiCristo, as trombetas, os selos,
o Armagedon, a grande tribulação, os 144.000 a marca da besta, o
selo de Deus (que é o contra ponto da marca de Deus e pouca
ênfase é feita nessa marca ou selo de Deus), a árvore da vida, a
batalha do Armagedon, a ressurreição, o arrebatamento, a volta de
Cristo, o reino eterno, tudo isso é mencionado pelos profetas.
O livro de apocalipse possui elementos simbólicos e se ele já tivesse
sido todo decodificado não haveria interesse das pessoas em estuda-
lo. O livro é atual para cada geração desde a atual, as passadas e
para as futuras (atemporalidade). Na medida que os acontecimentos
tiverem seus desdobramentos, o livro fica mais claro.
O apocalipse tem uma questão atemporal, transcultural, de
abrangência mundial, com eventos: espirituais, geológicos,
climáticos, eletromagnéticos, astronômicos, cosmológicos e multi
dimensionais.
Por exemplo sobre a atemporalidade os nossos antepassados
tiveram dentro da cultura deles, do contexto, do mundo que viveram,
de ocorrências históricas, que de certa forma eles experimentaram
um tipo de apocalipse.
Como por exemplo no êxodo faraó = anticristo
Falso profeta=Janes e Jambres
Grande tribulação escravidão, infanticídio do sexo masculino,
Grande babilônia essa religião de mistérios = religião politeísta
egípcia com sua ciência e tecnologia. E Moisés foi instruído em toda
a ciência dos egípcios; e era poderoso em suas palavras e obras.
Atos 7:22
Arrebatamento: saída do povo atravessando o mar
Selos, trombetas, taças = pragas do Egito
Armagedon = o exército de faraó perseguindo os israelitas e se
afogando no mar
Mas não apenas em êxodo, mas cada geração passou eventos de
magnitudes diferenciadas, mas com os mesmos padrões ao longo da
história.
Impérios egípcios, assírio, babilônico, medo persa- grego, romano,
Roma
Césares = anticristo
Falso profeta = papa
Grande tribulação arenas com leões, inquisição, empalamento,
torturas.
Grande babilônia essa religião de mistérios = igreja católica romana
Selos, trombetas, taças = Queda do império invasões bárbaras etc...
O livro foi, é e será importante para todas as pessoas de todos os
tempos (eons)
Pessoas que viveram em regiões remotas da terra fora do oriente
médio e da Europa, ou seja do dos impérios descritos em Daniel;
também passaram por esses mesmos padrões. O que denota o
caráter universal de espaço e tempo dos padrões.
Os eventos do apocalipse não serão apenas no oriente médio, mas
num contexto mundial. Alguns até dizem que em outras regiões do
mundo terá pouca ação e acontecimentos por não serem o palco
principal e dizem isso por não entenderem a atemporalidade e
abrangência
O livro é uma revelação, uma visão de futuro, pois o termo apocalipse
vem do grego “apokalupsis” e significa revelar, descobrir, trazer à
tona, descortinar, o nome do livro no inglês é melhor para o
entendimento do que no português, que manteve a base do termo
em grego, e, portanto, em inglês já nos dá a ideia central do livro:
book of revelation. Isso mostra o caráter futurista no que tange as
profecias, pois revelar o que já se passou não é revelação profética,
ainda que o livro trás uma explicação e maior entendimento em
questões do passado, como por exemplo na prisão de satanás
descritas no apocalipse 20, os mil anos que não são a mesma
contagem de tempo nossa aqui, inclusive a própria árvore da vida é
a responsável pela contagem de tempo de todas as outras
dimensões. Ela tem a questão dos 12 meses. Também explica a
questão pretérita do capitulo 12 na queda de seres (1/3) para a terra.
Se você interpretar o livro tudo no ontem as peças do quebra cabeça
não se encaixarão, assim como se interpretar tudo ao longo do tempo
focando no hoje, ou jogando tudo ou boa parte para o futuro, por
causa do fator supra temporal.
Essa atemporalidade do livro é devido aos selos, que são viagens no
tempo e isso porque Jesus morreu e ressuscitou e Cristo desatou os
selos. Até antes de João os selos não estavam desatados e Cristo
possui a chave de Davi o poder do tempo Ele é o Alfa e o Ômega, o
principio e o fim, e neste mundo o tempo não é linear, mas cíclico e
as coisas não são como cópias que ocorrem de modo exato, mas os
padrões se repetem. É como um teatro que se muda o figurino, os
atores, mas a peça encenada é a mesma com poucas variantes,
variantes essas que são maiores e constantes na forma e não na
essência, onde essa última possui um padrão cíclico.
O apocalipse em algumas pequenas coisas que estão fechadas e
não foram abertas e são segredos de Deus e isso é bom porque traz
expectativa e surpresas, mas claro surpresas harmônicas e não
dissonantes com todo o contexto do livro E, quando os sete trovões
acabaram de emitir as suas vozes, eu ia escrever; mas ouvi uma
voz do céu, que me dizia: Sela o que os sete trovões emitiram, e
não o escrevas.
Apocalipse 10:4

A Maneira correta de enxergar esse livro tão enigmático, tão


simbólico e ao mesmo tempo tão literal, pois o apocalipse tramita
entre o literal e o simbólico, o ontem, o hoje e o amanhã. Ele é 100%
simbólico e 100% literal, devido a sua atemporalidade. Símbolos são
representativos ao longo do tempo, ainda que se mude a cultura e
os conceitos, onde a força do passar do tempo faça perder muito
conhecimento, ainda assim símbolos são como chaves reservas que
abrem portas de sabedoria e resgatam os conceitos originais. Vemos
por exemplo a maçonaria usar símbolos muitos desses milenares
para guardar certos conhecimentos. Em resumo, símbolos são
guardiões de conhecimentos ao longo das eras.
O apocalipse é cíclico, escrito numa dimensão fora da nossa e no
tempo fora do cronos. João esteve arrebatado em espírito, esteve
fora da nossa realidade, fora dos padrões que regem as leis da física
deste mundo, fora do tempo e fora do espaço que compreendemos
e interagimos, em outras palavras João viajou em portais
dimensionais e viajou no tempo, para o passado e para o futuro.
Tanto que o livro tem a sua questão fractal e tem cumprimentos
parciais micro regionais geralmente no passado e terá cumprimentos
macro, mundiais e plenos no futuro.
Por exemplo o anticristo já veio na questão micro regional, faraó,
césar, Nabucodonosor, etc... que futuramente estaremos abordando,
mas ele voltará em um futuro. Podemos traçar uma analogia com o
filme “O Exterminador do Futuro” que é um ser que faz um looping
temporal viajando para o passado e o futuro. Esse retorno do
anticristo será o cumprimento total e a última cabeça da besta.
Podemos fazer uma analogia comparativa com o evangelho de Cristo
que no início foi micro regional em Israel, fenícia, mas depois com o
passar do tempo os apóstolos e a igreja fizeram o evangelho teve
uma expansão mundial e no futuro até os anjos anunciarão o
evangelho nos tempos finais, fora as duas testemunhas.
Notem que o apocalipse é como uma espiral, que começou fechada
restrita como um ponto e à medida que o tempo passa a espiral vai
se abrindo expandindo e tomando proporções e abrangência maiores
no espaço-tempo.
Hoje nós podemos ter um vislumbre maior dos eventos apocalípticos
do que há 20 anos atras . O conhecimento tem muito se multiplicado.
A questão da internet ajudou muito nisso. Um dos eventos chave
podemos dizer é o 11 de setembro de 2001 que faz parte da agenda
e das profecias. Outro questão essencial para termos uma visão mais
acurada não apenas do livro do apocalipse, mas de toda a bíblia em
si é o que ocorreu nos últimos 7-8 anos a nível mundial que é o
resgate da real cosmologia deste mundo, eu estou falando de Terra
Plana, imaginem como decifrar os eventos geológicos, climáticos,
elétricos e cósmicos sem o entendimento original que a bíblia foi
escrita? Seria como tentar fazer funcionar um carro elétrico com óleo
diesel. Inclusive quem desconhece ou rejeita o modelo Terra Plana
notem que, ou fogem de dar uma interpretação sobre os eventos
cósmicos/astronômicos, ou quando dão negam a literalidade das
profecias interpretando como se fosse apenas algo
alegórico/simbólico como por exemplo: E as estrelas cairão do céu,
e as forças que estão nos céus serão abaladas. Marcos 13:25
E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira
lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte.
Apocalipse 6:13
Se a pessoa ignora, ou rejeita a visão terraplanista essa terá
problemas insolúveis sobre esses eventos e profecias. E se você me
perguntar é possível aprender algo com quem desconhece a visão
cosmológica planista? Em partes, as interpretações espirituais e
associativas podem estar ok, mas não as cósmicas. Há pessoas fiéis
e de coração sincero que apenas desconhecem Terra Plana, mas
que nas outras interpretações revelam coisas corretas.
Questões cosmológicas que anteriormente não se chegava ao
correto entendimento, entendam sempre tiveram algumas
interpretações, mas que hoje com novos conhecimentos, esses
eventos são melhor elucidados. Cito aqui a inversão magnética que
está em quase todo o livro do apocalipse e o universo elétrico. Os
povos antigos testemunharam isso e do modo deles, na concepção
deles; eles entendiam que era algo elétrico e cosmológico. O sistema
roubou esse entendimento reinterpretando incorretamente e
mudando a visão cosmológica e isso fez perder a essência do
conceito. Hoje está tendo um resgate de conhecimento.
Vamos falar sobre a estrutura do livro de apocalipse. Ele foi escrito
numa Prólise analéptica que é uma interrupção de uma sequência
cronológica com o objetivo de narrar eventos ocorridos
anteriormente, ou seja, apocalipse é narrado em ciclos, em módulos
até porque João escreveu em outra dimensão e é um erro ler e querer
interpretar o livro de apocalipse como uma sequência cronológica. O
livro parte de um ponto. Vamos chamar aqui de ponto 1, então se
desenvolvem certos eventos. Chamaremos de pontos 2 e 3 e ,
depois a narrativa faz uma pausa, volta no ponto 1 novamente para
trazer mais detalhes jogando mais luz nesses eventos, como uma
visão por um ângulo diferente um novo prisma, mas prestem muita
atenção, se trata do mesmo evento, e depois o texto transcorre para
os pontos 4, 5, e 6. Depois pausa novamente, volta para os pontos 2
e 3 e dá mais informações. Por isso vemos certos termos e eventos
como se tivessem repetindo, onde alguns erroneamente interpretam
como se fosse um outro evento, mas que na verdade é o mesmo
evento. Essa interpretação errada trouxe inúmeros problemas no
encaixe das profecias e sequencias dos eventos daí vieram erros
como dois arrebatamentos, dois armagedons, milênio literal aqui
neste mundo, três ressurreições, dois eventos cósmicos, etc...Vale
lembrar que se você apenas considerar a sequência dos capítulos
como uma sequência cronológica isso irá trazer eventos que são já
finais para uma sequência mais recente e tira a harmonização dos
eventos como por exemplo:
E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira
lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte.
E o céu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os montes
e ilhas foram removidos dos seus lugares.

Apocalipse 6:13,14
E os reis da terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os
poderosos, e todo o servo, e todo o livre, se esconderam nas
cavernas e nas rochas das montanhas;
E diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-
nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do
Cordeiro;
Porque é vindo o grande dia da sua ira; e quem poderá subsistir?

Apocalipse 6:15-17
Aqui já é o culminar dos dias finais a inversão magnética em sua fase
final, ou vocês ainda acham que sem campo magnético, com as
estrelas caídas, sem o firmamento que já foi retirado, aquilo que
Pedro fala: os elementos ardendo em fogo (plasma), o firmamento
passando como fumaça, os montes e ilhas derretidos como cera, um
terremoto de proporções nunca antes visto na história humana, ainda
alguma coisa sobreviva a isso? Como encaixar os eventos dos outros
capítulos? Pois aqui é apenas o capítulo 6 e teria que ainda existir
vida e pessoas para dar lugar aos demais eventos que virão nos
próximos capítulos.
Outra questão importante é: Não se deve entender como uma
sequencia cronológica os 7 selos, para depois vir as 7 trombetas e
somente depois as 7 taças. Pois há uma intercalação principalmente
entre trombetas e taças, e futuramente veremos isso e poderemos
fazer associações de uma ligação entre uma trombeta e no mesmo
tempo ocorrendo um derramar de uma taça. Sintetizando não
precisam ocorrer todas as trombetas para que se inicie a primeira
taça e isso se deve a questão atemporal do livro.
Então vemos que o apocalipse apresenta os eventos não em ordem
cronológica, mas em flashback como os filmes de Holywood que
interrompem a sequencia do filme para voltar no tempo numa
sequencia ocorrida no passado para dar encaixe a algo que ocorrerá
no futuro.
Assim como foi nos dias de Noé já mostra esses padrões
antediluvianos que retornarão.
Olhe esse texto: O que é, já foi; e o que há de ser, também já foi; e
Deus pede conta do que passou. Eclesiastes 3:15
Apocalipse capítulo 13 fala da grande tribulação, mas o 17 também,
onde dá maiores informações. É uma estrutura com dois tipos de
visão e prismas: uma in loco micro, isolada, focada específica e outra
panorâmica, geral, macro, abrangente, como que vista de cima.
Um exemplo pense na tragédia de Brumadinho ou Mariana onde
você estaria em loco, em solo, no local da tragedia, você teria uma
visão e descreveria isso, agora você toma um helicóptero e sobrevoa
o mesmo local vendo de cima você tem uma visão panorâmica geral
do mesmo evento e terá outras concepções sobre o mesmo evento.
Assim o livro de apocalipse trata o mesmo evento por prismas
diferentes.
Mas não só o apocalipse tem essa estrutura, embora ele tenha isso
muito mais latente. Notem por exemplo o livro de Genesis que do
capítulo 1 e verso 1 até 2:4 relata a criação, mas a partir do verso 5
do capítulo 2 em diante traz uma Revelação detalhada do mesmo
evento. E que evento é esse? A criação! É o mesmo evento. Agora
se você entender aquilo como algo separado e em sequência
cronológica, você pode interpretar como duas criações, e pasmem
tem alguns que interpretam assim por falta de entender a estrutura
do texto.
Por isso nunca gloriemos em nós mesmos e devemos honrar as
revelações dadas a homens do passado, pois ainda que limitadas as
visões, elas somam e acrescentam. Notem que essas revelações são
e devem ser harmônicas com a essência do livro.
A revelação de Deus é porcionada por todo o corpo de Cristo e não
apenas em um indivíduo, embora um indivíduo possa receber algo a
mais, mas que soma com o todo anterior.
Dito tudo isso, montar toda a sequencia dos eventos do apocalipse é
uma tarefa muito difícil. Há sim muitas coisas que por associação
podemos ver uma ligação sequencial, mas outros eventos
permanecem sem um encaixe temporal. O que possui sequência,
dando exemplos aqui são: A batalha final do Armagedon que é a
mesma de Gogue e Magogue, onde ocorrerá ao fim da grande
tribulação e não ao fim de um milênio, pois milênio é descanso,
shabat e não haviam guerras no shabat. O milênio como o sistema
diz mil anos literais não ocorrerá. Como Jesus reinaria aqui neste
mundo trazendo o shabat, o reino, sabendo que após mil anos teria
que lutar numa grande guerra contra satanás? Como Jesus poderia
trazer um reino de paz se o maior inimigo que é o dragão ainda
deveria ser combatido? Há uma questão temporal diferente em
relação a esses mil anos que não corresponde ao nosso tempo e isso
aponta para a consumação da morte e ressurreição de Cristo na cruz
que amarrou o valente. Outro acontecimento que possui uma
sequencia correta é o arrebatamento baseado no apocalipse e nas
festas israelitas.
Vamos aos Métodos de interpretação
Nenhum método é em si plenamente eficaz principalmente de forma
isolada. Esse é o erro do sistema religioso. Eles adotam uma dessas
intepretações, isso quando não retiram ou acrescentam algo pessoal
nas profecias. Ao adotar aquela interpretação, eles não possuem
todas as peças do quebra cabeças, mas dizem que só eles possuem
a verdadeira interpretação e que as outras são heresias. A grande
confusão que é colocada por várias muitas pessoas, onde cada um
fala uma coisa diferente e parece que sempre falta algo. O
conhecimento foi fragmentado pelo sistema religioso comandado
pela semente da serpente. De modo que todas as interpretações
possuem erros, mas também acertos. Somando todas as linhas
interpretativas e acrescentando, mais outras que ainda vou dizer, e
filtrando os erros chegamos a um panorama micro e macro em
consonância com a visão revelada a João. Essa semana é um
chamado para nos desvincularmos das interpretações equivocadas
do sistema religioso.
São 4 visões ou linhas de interpretação
O livro de apocalipse é de mais difícil interpretação do Novo
Testamento. Os leitores originais provavelmente entenderam a sua
mensagem aplicada para os seus dias sem muita dificuldades, porém
nos séculos subsequentes surgiram 4 escolas de interpretação desse
livro.
A Preterista palavra que vem do latim preter = passado
A Historicista=história. Aponta para o tempo no presente, ou seja, o
apocalipse está em curso ao longo do tempo.
A Futurista= futuro
A Idealista = campo das ideias, aponta padrões e possui o viés
atemporal.
Vamos nos aprofundarmos em cada uma dessas.
Preterista
Todos os acontecimentos do apocalipse já ocorreram até o ano 70
d.C. Surgiu no ano de 1614 d.C. e existem várias linhas dentro do
preterismo. De modo geral entendem que a maior parte do
apocalipse já teria se cumprido, faltando apenas a segunda vinda de
Cristo, a ressurreição dos mortos e o julgamento final.
Tem a vertente radical chamada de hiper preterismo e essa aqui é
uma heresia, onde tudo teria se cumprido em 70 d.C. na destruição
de Jerusalém e na queda do império romano. Nega a segunda vinda
de Cristo e a literalidade da ressurreição e arrebatamento futuros
Notem que a divergência das linhas preteristas está na totalidade ou
não do cumprimento do livro. Identificam a besta como o império
romano da época, o falso profeta os sacerdotes que instituíam o culto
ao imperador e a grande babilônia como Roma ou a Jerusalém
apostata que rejeitou o messias e foi destruída.

Visão historicista
Surge em 1.100 d.C. não era a visão da igreja primitiva; adotada por
Lutero e Calvino. Diz que todo o apocalipse está ocorrendo desde o
nascimento de Cristo ou desde a ressurreição de Cristo até os dias
finais e ao final acontecerá a volta de Cristo.
Algumas linhas historicistas negam que ocorrerá duas ressurreições
dizendo que haverá apenas uma, onde santos e ímpios ressuscitarão
em um único evento, O julgamento final e o estado eterno seriam
estabelecidos. Ocorre o arrebatamento e a ressurreição de todos
juntos, assim essa linha desconsidera a primeira ressureição.
Negam eventos cósmicos e geológicos, pois os interpretam como
simbólicos e já ocorridos em épocas passadas em eventos históricos
associados a reinos, reis, imperadores, centrado apenas na Europa.
Distorcem os eventos fazendo sacrifício da verdade ao forçar uma
suposta correlação do que apocalipse trás com algum evento
histórico.
A visão historicista possui um viés sionista, onde em geral e
erroneamente interpreta a restauração do reino de Israel em 1948
como parte das profecias, sendo que isso foi um teatro para a
construção da grande prostituta, a Jerusalém de baixo, a escrava, a
Jerusalém terrena.
E também possui uma visão baseada na geopolítica, baseado
apenas em questões materialistas deste mundo.
Muitas coisas estão associadas a essa interpretação com a doutrina
maçônica ao dizer que os ideais de fraternidade, igualdade e
liberdade foram uma das sentenças de Deus contra o reino da besta.
Sendo que isso o iluminismo, o deísmo e as revoluções foram
arquitetados e colocados em prática pela maçonaria.
A explicação que eles dão é no máximo um cumprimento regional,
parcial, jamais algo pleno e total, que ocorrerá quando? No futuro.
Por exemplo: E o número dos exércitos dos cavaleiros era de
duzentos milhões; e ouvi o número deles. Apocalipse 9:16
Esses 200 milhões alguns interpretam como um exército chinês, ou
indiano vindo do leste do Eufrates, visto que apenas essas duas
nações hoje teriam condições populacionais para ter um exército com
esse número de soldados, mas se essa visão estivesse certa, coisa
que não está, porque teria que ser um exército de uma nação só?
Porque não um exército multinacional, uma coalisão de várias
nações? Mas o modo certo de interpretar esses 200 milhões é como
entidades espirituais, seres angelicais, miríades de miríades, ou seja
duas miríades que está em acordo com Enoque e com a bíblia em
geral. E olhei, e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos
animais, e dos anciãos; e era o número deles milhões de milhões, e
milhares de milhares, Apocalipse 5:11
Eles colocam esses 200 milhões que seriam os soldados do império
turco otomano ao longo de quase 400 anos, outro sacrifício da
verdade.
Tomando o exemplo da interpretação historicista sobre esses 200
milhões é como que você que trabalha fichado ou que tem seu
negócio próprio, fosse a um banco solicitar um empréstimo e o
gerente te perguntasse quanto você tem disponível em conta e você
dissesse que tem 200 milhões, mas que são referentes a 30 anos de
trabalho seu ao longo do tempo e que hoje você só tem 10.000 e os
outros 199 milhões 990 mil você já teria gastado e investido no
passado. Pergunto o que importa para os destinatários que
receberam o livro de João saberem desse número 200 milhões sendo
que esse montante seria supostamente apenas uma somatória ao
longo de eras? Como eles saberiam qual império chegaria a esse
número de 200 milhões. Eles teriam que fazer um senso em cada
exército do mundo ao longo das eras para ver de qual império seriam
esses 200 milhões? E no caso de impérios multiétnicos que nações
ou províncias que se rebelam e se desassociam desses impérios?
Contar ou não o exército dessas províncias e nações?
Também a visão historicista não explica quando o firmamento se
enrolou como um rolo de pergaminho apoc. 6:12-17
A explicação historicista diz: Quando um grande fato ocorre na
história, a Bíblia o compara do Dia do Senhor. Eis alguns exemplos:
As estrelas do céu e as suas constelações não mostrarão a sua luz.
O sol nascente escurecerá, e a lua não fará brilhar a sua luz. Isaías
13:10
Isso aconteceu em 539 a.C, mas não literalmente no que se referem
aos fenômenos celestes.
4ª Trombeta: Invasão dos hérulos, comandados por Odoacro, ao
Império Romano Ocidental – quando os homens se tornaram
bárbaros:
E o quarto anjo tocou a sua trombeta, e foi ferida a terça parte do sol,
e a terça parte da lua, e a terça parte das estrelas; para que a terça
parte deles se escurecesse, e a terça parte do dia não brilhasse, e
semelhantemente a noite. Apocalipse 8:12
A luz, em linguagem profética, tem sentido de sabedoria,
conhecimento, cultura, justiça, santidade, moralidade, etc. Quando o
sol, a lua, e as estrelas perdem o brilho é porque houve uma
regressão cultural, moral e espiritual do homem; e quando ganham
brilho mais intenso é porque a humanidade aumentou seu
conhecimento, sua cultura e sua sabedoria.
Aqui, igualmente, os fenômenos celestes não foram literais.
"Por isso farei o céu tremer; e a terra se moverá do seu lugar diante
da ira do Senhor dos Exércitos, no dia do furor da sua ira." Isaías
13:13
SELO – (Apocalipse 6:12-17) - Um Grande Tremor na Terra: Revela
um período de consternação, revolução e instabilidades no mundo.
E a adoção do Cristianismo pelo Império Romano.
A conversão de Constantino ao Cristianismo é tida como uma das
revoluções mais importante da História. Roma passou a ter uma nova
vestimenta: agora religiosa cristã. Na verdade, a cristianização de
Roma feita no quarto século, foi uma saída eficiente para manter a
unidade política do próprio Império.
O grandes problemas da visão historicista é negar que esses eventos
ocorrerão no futuro, entre eles a grande tribulação, as trombetas, as
taças, a manifestação do anticristo, por exemplo eles entendem que
5 taças já foram derramadas e negam a parte geológica e
cosmológica, além de que mantêm a visão sionista e geopolítica e
negligenciarem que o livro narra eventos no céu e na terra algo
multidimensional e eles distorcem isso colocando apenas um cenário
terreno.
Método futurista
A partir do capítulo 4 todos os eventos ocorrerão no futuro (aqui há
um erro), pois as 7 igrejas que estudaremos mais tarde possui uma
aplicação atemporal ao longo das eras.
A visão da igreja primitiva como Justino Mártir, Irineu de Lyon,
Hipólito entre outros, era a futurista, onde o apocalipse é um
prenuncio não desdobrado, uma profecia que ocorrerá rapidamente
onde a grande tribulação e arrebatamento ainda estão por vir.
A partir do século 19 surge o dispensacionalismo que adotou o
método futurista e fazem uma completa distinção entre Israel e a
igreja onde a igreja primitiva não fazia essa distinção, mas entendiam
como as duas casas de Israel
A Idealista ela não leva em conta o tempo não ligado a métodos e
eventos históricos e usam o método espiritual e simbólico onde tudo
seria espiritualizado se literal ou não isso não precisa ser respondido,
possui a vantagem de identificar tipologias, e padrões e vê na
atemporalidade do livro uma base.
A idealista vê as profecias como sendo apenas uma alegoria sobre
os conflitos entre o bem e o mal, da igreja contra as forças malignas.
Sendo assim nada ocorreria de modo realmente de modo literal,
histórico, mas inteiramente de maneira espiritual e não precisaria se
preocupar com sequencias de eventos.
Desas 4 linhas surgirão entendimentos como:
Amilenismo
Pós milenismo
Pré milenismmo ou quiliasmo
Pré tribulacionismo
Midi ou meso tribulacionismo
Pós tribulacionismo
Agora eu quero fazer uma pergunta para reflexão: Quem de vocês
ouviu no sistema religioso que haviam essas 4 linhas interpretativas
sobre o apocalipse? Eles dificilmente falam sobre isso e quando
falam é de maneira rasa e enfatizam apenas a visão que seguem.
Hoje com o advento da internet está mais fácil estudarmos essas
linhas antigamente era apenas por compra de livros, ou estudos em
instituições religiosas que adotam as visões.
Agora vamos detalhar outras linhas além dessas 4:
Associação
A quinta visão de interpretação a associativa, comparando textos e
profecias por toda a bíblia. Jeremias, Isaias, Ezequiel, Daniel, Joel,
Zacarias, salmos, Mateus 24,25, tessalonicenses, são alguns dos
exemplos de textos e profecias
Cosmológica e elétrica
99% do cosmo é plasma por isso a associação. A sexta visão
interpretativa de apocalipse é em relação a eventos cósmicos onde
se aplica um estudo do mundo antediluviano, na arqueoastronomia,
nas antigas culturas e civilizações, no real formato e funcionamento
da terra que é plana, estacionária, revestida pelo firmamento, e
funciona por eletromagnetismo, recentemente o estudo daquilo que
é chamado de apocalipse de plasma e da inversão magnética e do
universo elétrico, que decodificou pinturas rupestres e símbolos
como eventos celestes com envolvimento do plasma e suas fases.
Por exemplo terremotos estão ligados ao alinhamento de estrelas
errantes e a ligação como num circuito, ou baterias ligadas em série
isso libera energia eletromagnética que desencadeia terremotos. As
taças são fases do plasma em colunas moldadas pelo campo
magnético no céu semelhante aos experimentos de David La Point e
Anthony Perrat. Eu já falei muito disso em 4 vídeos no canal que são
os pilares e colunas da Terra e os 3 documentários sobre a inversão
magnética.
Tudo isso trouxe um novo olhar ao livro de apocalipse e sobre as
mitologias, como um descortinar dos eventos. Também um estudo
da verdadeira astrologia como por exemplo:
O lobo e o cordeiro se apascentarão juntos, e o leão comerá palha
como o boi; e pó será a comida da serpente. Não farão mal nem
dano algum em todo o meu santo monte, diz o Senhor.

Isaías 65:25
O texto diz sobre constelações famílias celestiais que não vão mais
haver conflitos, rebeliões como ocorreu no céu anteriormente e a paz
e justiça reinarão no reino de Deus.
Vemos aqui signos leão e o cordeiro(áries), constelação do lobo, boi
(touro) e serpentário = anjos caídos tendo pó como comida da
serpente = a destruição desse mundo, dessa terra.
E a sétima visão que na verdade não pode ser considerada como
interpretativa, mas que elucida algumas coisas são as revelações ,
os insights que Deus dá a cada um sobre determinadas passagens.
Considerações finais sobre o livro de apocalipse
Quem rejeita o livro de apocalipse , porque sim há correntes
principalmente gnósticas entre outras que assim o fazem, rejeita toda
a bíblia, pois como eu disse antes o livro do apocalipse é uma
coletânea de profecias de toda a bíblia e um dos motivos que tais
grupos ou pessoas fazem ao rejeitar o livro do apocalipse é uma
visão materialista por não aceitarem que este mundo terá um fim e
passará pelo fogo e a justiça divina o galardão aos santos e a
condenação aos ímpios.
Em suma apocalipse trás mudanças radicais e muitos não gostam de
mudanças e preferem o status quo ou buscam em outras literaturas
apócrifas geralmente gnósticas outros desfechos onde se compactua
e tolera valores morais e éticos que divergem das leis de Deus. Em
resumo não aceitam que Deus trará o justo juízo e retribuição tanto
aos santos quantos aos ímpios.
Não devemos ser temerosos quanto ao livro e seus desdobramentos
nos eventos, pois para os santos representam a redenção e a
herança do reino eterno.
A Ira não é para a noiva de Cristo. Assim como os Israelitas viram a
ruína do Egito estando dentro do Egito onde esse foi destruído pelas
pragas, mas os israelitas foram protegidos, assim a noiva de Cristo
passará por isso e uma parte selará a sua fé com a morte (Esmirna)
e outra será protegida (Filadélfia).

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