Atividade de Consolidação de Conhecimentos

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Curso Profissional de Técnico de Gestão

Gestão – Módulo 15 A
Ano letivo 2022/2023
12ºH

Atividade de consolidação de conhecimentos

1. Diz em que consiste um projeto de investimento.

Um projeto é um conjunto de atividades coordenadas e interrelacionadas que visam cumprir com um


fim específico. Em geral, é estabelecido um período de tempo (um prazo) e um orçamento para o
cumprimento desse fim, pelo que um projeto é um plano ou um programa.
Um investimento por outro lado é a colocação de capital para obter lucros/rendimentos futuros.

2. Indica as etapas para a elaboração de um projeto de investimento.

Passo 1-Identificação
Passo 2-Preparação
Passo 3-Análise
Passo 4-Decisão
Passo 5-Execução
Passo 6-Funcionamento e controlo

3. Define sucintamente cada uma delas.

-Passo 1-Identificação
Antes da elaboração do projeto de investimento em si impõe-se proceder a todo um trabalho de
análise de conjuntura, visando a formalização de ideias concretas acerca de quais são os projetos
prioritários ao desenvolvimento do país ou região em que se enquadra o projeto.
 
-Passo 2-Preparação
Uma vez identificada a área de atividade mais vantajosa e o tipo de negócio específico em que se
pretende investir, avança-se com a preparação do respetivo projeto. Esta segunda fase diz
respeito aos estudos a levar a cabo para que os projetos a realizar satisfaçam os requisitos
necessários, permitindo que os mesmos sejam analisados e se torne rentável a sua realização.
 
-Passo 3-Análise
Esta etapa é a que vai permitir a tomada de decisão final. Para isso existem 2 óticas de análise
conhecidas:
Análise Financeira- a análise da rentabilidade nesta ótica tem em vista, em função das condições
atuais e futuras, verificar se os capitais investidos são remunerados e reembolsados de modo
que as receitas geradas superem as despesas realizadas num período mais ou menos longo de
tempo.
Análise Económica- este tipo de análise, também chamada análise social ou análise custo-
benefício, difere da análise financeira na medida em que os dados não são tratados a preços de
mercado, mas sim a preços de mercado corrigidos de todas as distorções que alteram o seu valor
real. Estas distorções são, por exemplo:
-Controlo de preços;
-Os incentivos às exportações;
Assim a análise económica de um projeto de investimento processa-se através da comparação
entre as receitas e as despesas corrigidas. É necessário ter em conta as repercussões que a
realização de um projeto tem nos outros setores da economia nacional, medidos a preços de
referência. Essas repercussões são difíceis de calcular, utilizando-se para o efeito a matriz das
relações intraindustriais, ou na ausência desta, inquéritos aos agentes económicos que mais
diretamente estão relacionados com a realização do projeto.
Com este tipo de análise pretende-se verificar não só a viabilidade técnica e financeira do
projeto, mas também qual o seu contributo para a economia nacional.
 
-Passo 4-Decisão
Esta quarta fase é a da tomada de decisão, isto é, o momento de aceitar ou rejeitar o projeto de
acordo com o nível de satisfação das perspetivas da entidade promotora alcançado.
Na eventualidade de o projeto ser rejeitado, o mesmo poderá ser reconsiderado, promovendo-se
novos estudos para a sua concretização. Se for aceite passa-se à fase seguinte.
 
-Passo 5-Execução
Chegados a este ponto, é altura de se proceder à revisão dos estudos técnicos e financeiros
efetuados, do calendário de realização de projetos, etc. Com isto pretende-se, por um lado,
aprofundar detalhadamente as operações a realizar, e, por outro lado, e tendo em linha de conta
o período de tempo decorrido entre a primeira e quarta etapa.
Neste ponto serão então desencadeadas as ações necessárias para pôr em funcionamento o
projeto, por exemplo:
-Construção civil
-Montagem de equipamentos

-Passo 6-Funcionamento e controlo


Consiste na verificação do bom cumprimento do calendário de realização dos investimentos, na
análise dos desvios de funcionamento e na implementação das respetivas ações corretivas.

4. Distingue custos variáveis de custos fixos e de custos semi-variáveis. Exemplifica.

Custos variáveis-são aqueles que variam diretamente com a quantidade produzida ou vendida,
na mesma proporção (exemplo matérias primas, água, energia elétrica, etc).

Custos fixos-são os gastos que permanecem constantes, independente de aumentos ou


diminuições na quantidade produzida e vendida. Os custos fixos fazem parte da estrutura do
negócio (exemplo renda, seguros, etc.).

Custos semi-variáveis -são exemplo deste tipo de gastos, o consumo de energia elétrica numa
empresa que fabrica pão e cujos serviços de apoio, para funcionarem, independentemente de
produzirem ou não, necessitam de consumir energia elétrica
Exemplo da iluminação dos escritórios ou para os computadores de serviço-este consumo tem
uma natureza fixa, todavia quando fabrica o pão, para o cozer, fazem-no, com recurso a um
forno elétrico (esta é a parte variável do gasto).

5. Diz em que consiste o ponto crítico das vendas.

Ponto morto (ponto crítico) das vendas-corresponde ao montante de vendas que permite que a
empresa não tenha lucro nem prejuízo. A partir dessa quantidade, a empresa passa a ter lucro.

6. Diz em que consiste a margem de segurança, como se calcula e como se interpreta.

Margem de segurança-indicador de risco que indica o nível de vendas que a empresa pode descer
até atingir o ponto crítico. Exprime o distanciamento do nível de atividade alcançado pela empresa
relativamente ao ponto crítico. Quando a MS for elevada, significa que o risco do negócio é menor e
quando for reduzida, o risco será maior.
 
MS=V-V* ou MS=Q-Q*
 
Q-Quantidades vendidas
Q*-Ponto crítico das vendas em quantidade
V-Valor das vendas
V*-Ponto crítico total em valor

7. Define cash flow global.

Cash Flow é o movimento de entrada e saída de dinheiro de uma empresa. O dinheiro recebido
significa entradas e o dinheiro gasto significa saídas. O fluxo de caixa determina a capacidade da
empresa para gerar lucros e para fazer face a todos os seus pagamentos.

8. Caracteriza o cash flow operacional, o cash flow por atividades de investimento e o


cash flow por atividades de financiamento.

-Cash Flow operacional-é o fluxo de caixa que entra e saí da empresa em relação à sua atividade
empresarial.
-Cash Flow por atividades de investimento-é aquele que é recebido ou gasto conforme os
investimentos da empresa.
-Cash Flow das atividades de financiamento-é o dinheiro recebido da emissão de ações ou da
dívida menos o dinheiro pago como dividendos e a recompra de dívidas.

9. Indica e diz como se calculam os cashs flows associados ao projeto.

Cash flow de investimento= + Investimento em capital fixo+ Fundo de Maneio- Valor residual
do investimento
Cash flow de exploração= +Resultado do período+ Amortizações e reintegrações do exercício+
Provisões do exercício+ Encargos Financeiros
Cash flow líquido= Cash flow de exploração- Cash flow de investimento

10. Explica em que consiste o princípio da atualização.

No âmbito da avaliação de projetos de investimento, o procedimento mais comum respeita á


valorização de fluxos gerados no futuro no momento atual, e a designada Atualização.
Atualizar significa descontar um fluxo futuro a uma determinada Taxa de Atualização (TA), que
reflita o custo de oportunidade ou, de outra forma, o rendimento exigido pelo investidor pelo
facto de ter de aguardar pelo tal momento futuro para receber esse montante em causa. A TA
influencia a aceitação ou rejeição dos projetos de investimento. Um projeto deve ser financiado
por Capitais Próprios e Alheios, por isso, a TA deve ser no mínimo, igual ao custo ponderado dos
capitais investidos no projeto.

11. Diz em que consiste o período de vida útil.

Esta variável é extremamente importante, pois as conclusões de um estudo de avaliação de um


projeto podem ser completamente diferentes conforme o seu valor.
Período durante o qual a empresa pode esperar estar em produção e, portanto, gerar tanto
proveitos como custos para a empresa.
 
12. Aponta três diferentes tipos de vida útil.

-Vida física de um investimento ou vida económica, cujo valor resulta de um cálculo de


compromisso entre custos crescentes de manutenção e valores decrescentes de revenda;
-Vida tecnológica de um investimento, cujo valor depende do momento em que uma nova
tecnologia (proporcionando menores custos e melhor qualidade) venha substituir a existente,
tornando-a obsoleta;
-Vida do produto, cujo valor depende do momento em que o produto fabricado na sequência do
investimento realizado, se torna obsoleto e provoca a inutilidade dos ativos pagos com aquele
investimento.

13. Dá uma noção de VAL.

Este indicador é o mais fiável. O VAL baseia-se na atualização dos cash flows verificados durante
o período de vida do projeto a uma dada taxa de referência i.
Informando-nos acerca do montante de capital que tem de ser aplicado hoje, de forma a
proporcionar receitas e despesas futuras.

14. Expõe o critério de decisão com base no VAL.

-Se o VAL for superior a 0, o projeto cobrirá tanto o investimento inicial como a renumeração
mínima exigida pelo investidor, gerando ainda um excedente financeiro. Estaremos perante um
projeto economicamente viável.

15. Aponta insuficiências do VAL.

-O Val não nos dá uma ideia relativa da rendabilidade do projeto;


-Sabemos apenas se o investimento é recuperado mas não sabemos se isso demora muito ou
pouco(…)

16. Dá uma noção de valor residual.

Valor residual é o valor de um bem que sofre depreciação ao final da sua vida útil.

17. Dá uma noção de TIR.

A TIR é outro método usado na avaliação de projetos. Representa a taxa máxima de rendibilidade
do projeto. A TIR é calculada para um VPL que seja igual a zero, onde o investimento não dá lucro
nem prejuízo.

18. Expõe o critério que compara os resultados da TIR com os do VAL.

Uma vez obtida a TIR, compara-se com a taxa de atualização. Um projeto só é elegível quando se
verifica TIR>TA.
A TIR menor que a TA implica que o VAL é menor que 0(zero)- significa que o investimento não é
economicamente atrativo. Entre vários investimentos, o melhor será aquele que tiver a maior TIR
19. Aponta insuficiências da TIR.

A TIR não nos diz quanto à rentabilidade absoluta dos projetos, pelo que deverá ser analisada
conjuntamente com outras medidas, nomeadamente o VAL.

20. Dá uma noção de PRI ou payback.

Este critério consiste no apuramento do tempo necessário para que as receitas geradas e
acumuladas (cash flows) recuperem as despesas em investimento realizadas e acumuladas
durante o período de vida do projeto.

21. Aponta insuficiências do ou payback.

-Isoladamente não permite tomar decisões sobre a viabilidade do investimento;


-Tem em conta apenas o período de tempo até ao momento em que se dá a recuperação dos
investimentos, esquecendo os cash flows posteriores (…)

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