Operação de Processos Químicos e de Equipamentos - Volume III – Equipamentos

Industriais

Tanques
A armazenagem de produtos na indústria química e petroquímica é necessária por vários
fatores, tais como:

A) Manter a matéria prima em condições ideais para utilização e manuseio no processo.

B) Estocar o produto acabado.
C) Regular estoque, etc.
D) Normas
ASME: (The American Society Mechanical Engineers) ;
API : (American Petroleum Institute (API – 650 - 12A - 12 B - 12D, etc.));
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas ( P – NB – 89 ));
A. W. W. A (The American Water Works Association);
ANSI (The American Iron and Steel Institute);
ASTM (The American Society Testing for Materials);
NFPA(National Fire Protection Association)

Os tanques na realidade são equipamentos de caldeiraria pesada, são construídos numa

ampla faixa de capacidade, desde 100 barris (16 m3) até aproximadamente 1.200.000 barris
(192.000 m3).

Tanques atmosféricos

A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) considera como tanques atmosféricos,

os que operam à pressão atmosférica até o máximo de 3,5cm de coluna de água. Os
tanques atmosféricos trabalham com pressão próxima à atmosférica, comunicando-se
diretamente com o ambiente por meio de aberturas de ventilação ou de medição.

Tanques Atmosféricos de Teto Fixo.

São tipos de tanques recomendados para líquidos voláteis, construídos de chapas de aço
carbono, unidas por processo de soldagem. Seu formato e cilíndrico com teto cônico e fundo
com declividade em torno de 1%. Dependendo do diâmetro, o tanque poderá possuir
estrutura metálica interna para sustentação do teto.

SENAI 167
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Quando utilizados para armazenagem de líquidos viscosos, como: óleo combustível n0 6,

asfalto, etc., são pintados em cor preta para melhor absorver o calor solar.

Para líquidos voláteis e de baixa viscosidade, como: combustível n0 4, querosene, etc., são
pintados em cor branca ou cores claras para refletir ao máximo o calor, reduzindo as perdas
por evaporação.

Dependendo da forma de teto fixo, podemos distinguir as seguintes variações construtivas:

a) Teto Cônico (Cone roof);
b) Teto Domo (Dome roof);
c) Teto Gomos (Umbrella roof).

Observação:
Por razões de ordem econômica algumas indústrias utilizam os tanques atmosféricos em
dimensões menores para líquidos mais voláteis.

168 SENAI
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Tanque Atmosférico de Teto Flutuante

São recomendados para armazenar líquidos mais voláteis como; petróleo; querosene,
diesel, solventes, etc.

Teoricamente não apresentam perdas por evaporação, mas, por razões econômicas, só se
justificam a partir de um determinado volume. São pintados de branco ou cores claras para
refletir ao máximo a luz solar. Os tetos flutuantes apresentam os seguintes principais tipos
construtivos:

a) Teto flutuante simples (single deck or pan-type floating roof);

b) Teto flutuante com pontões (pontoon floating-roof);
C) Teto flutuante duplo (double-deck floating-roof).

Acessórios para Tanques de Teto Flutuante

Acessórios de Fundo

 Dreno Simples;
 Dreno da bacia.

SENAI 169
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Acessórios do Costado

 Conexões para produto, vapor, drenagem de água de chuva do teto flutuante;

 Boca de visita
 Portas de limpeza, podendo ser aparafusadas ou soldadas;
 Plataformas, passadiços e escadas que podem ser do tipo helicoidal à 45o ou do tipo
marinheiro com guarda corpo;
 Câmaras de espuma para combate a incêndio; sprinklers;
 Indicadores de níveis;
 Misturadores mecânicos ou de jato;
 Anéis de contraventamento: externamente para manter a circularidade quando
sujeitos a esforços provocados por ventos.

Acessórios do teto

 Bocas de visitas para acesso aos compartimentos;

 Bocas de visitas para acesso ao interior do tanque;
 Drenos de Teto: são utilizados para impedir acumulo de água de chuva sobre o teto.
 Um exemplo de dreno de teto e a mangueira flexível ou tubulação metálica
articulada, este tipo e ligado com uma conexão e uma válvula no costado do tanque,
deve ser previstos meios para evitar esmagamento pelas pernas de sustentação do
teto.
 Esta válvula poderá permanecer aberta ou ser aberta periodicamente, a intervalos
regulares, por ocasião de chuvas.

170 SENAI
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 Respiros, em função do produto armazenado, poderá ser equipado com respiros

abertos ou automáticos para pressão e vácuo.
 Estes respiros poderão ou não possuir corta-chamas, que é um conjunto de chapas
corrugadas que permite, quando frias, a passagem do vapor.
 Caso haja aparecimento de chamas, o calor as deformam e provocam a obstrução à
passagem do vapor.
 Escotilha de medição e tirada de amostra;
 Guarda corpo junto aos acessórios do Teto;
 Escada móvel, para permitir fácil acesso ao teto, com ajuste automático a qualquer
posição do teto, além de possuir corrimãos nos dois lados.

Figura mostra o acesso ao topo do tanque

 Dispositivo de Centragem e Guia do Teto, para impedir sua rotação.
 Pernas de sustentação.

Sistema de Selagem e Respiro no Selo.

O sistema de selagem do teto flutuante poderá ser de dois tipos:

I) Metálico:
 Com contra peso;
 Com mola.
II) Não metálico:
 Bolsa de espuma;
 Bolsa de líquido.

SENAI 171
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O sistema de selagem não-metálico apresenta as seguintes vantagens e desvantagens em

relação ao sistema metálico:

Vantagens:
I- Menores perdas de produto e consequentemente maior segurança contra incêndio;
II- Menor atrito interno no costado;
Desvantagens:
I- Mais caro;
II- Menor durabilidade do selo;
III- Apresenta possibilidade de estrangulamento;

Observação:

Os tanques de teto flutuante devem possuir drenos de fundo idênticos aos de teto fixo.

Drenagens

A presença de água nos tanques pode ocorrer pela decantação da água presente em
emulsão ou por infiltração através do selo do teto flutuante. A água sendo mais densa que o
petróleo e seus derivados, tende a se acumular no fundo do tanque e pode representar um
grande volume.

172 SENAI
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O envio de água acidentalmente para as unidades de processamento pode acarretar sérios

acidentes e causar danos aos equipamentos. Pode provocar a perda das especificações de
um produto ou mesmo a parada de emergência da unidade.

Além dos problemas de processo, a presença da água nos tanques pode acarretar o
desenvolvimento de colônias de micro-organismos na interface água/hidrocarbonetos. Estes
micro-organismos alimentam-se dos hidrocarbonetos, transformando-os em produtos de
odor desagradável e com características ácidas e corrosivas.

Além disso, eles transmitem ao óleo a propriedade de reter pequenas gotas de água,
formando uma borra. De aspecto marrom escuro e corrosiva acarretando entupimento em
tubulações, telas, filtros e bombas.

As colônias de microrganismos se estiverem presentes no querosene de aviação podem

chegar aos tanques de combustíveis dos aviões causando problemas de corrosão e
entupimento nos filtros e equipamentos.

 A drenagem nos tanques de armazenagem é muito importante, para evitar o

desenvolvimento de colônias de micro-organismos.

 A drenagem é uma das operações que o operador mais executa na área de

transferência e estocagem. É de extrema importância o cuidado do operador ao
executar tal operação.

SENAI 173
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 As drenagens exigem acompanhamento permanente do operador e devem ser

interrompidas caso o mesmo necessite ausentar-se, mesmo que por um período
curto de tempo;
 Antes de iniciar qualquer drenagem, o operador deve ter pleno conhecimento da
natureza do produto a ser drenado. Deve-se saber se os produtos são voláteis,
quentes, viscosos, emulsionados; se estiverem contaminados com H2S; e saber os
teores de benzeno; amônia,
 etc.;
 Uma atenção especial deve ser dada para drenos que possam esguichar o produto
da drenagem sobre outros equipamentos (bombas; plataformas; passadiços;
escadas; corredores de passagem de pessoas, etc;) e para aqueles que possam
espalhar o produto por grandes áreas. Isso poderia colocar em risco outras
operações executadas longe do local de drenagem;
 A drenagem torna-se mais difícil o quanto mais próxima for a densidade do entre o
produto e a água. A vazão de drenagem não pode ser muita lata, pois a velocidade
do líquido provoca vórtice interno, acarretando arraste de produto. Para facilitar este
tipo de drenagem os tanques são equipados com dispositivo dreno-sifão com chapa
quebra-vórtice;
 Durante as drenagens deve ser evitado ao máximo o envio de produto para o
sistema de esgoto oleoso e, em hipótese alguma, deve-se drenar os produtos muito
viscosos, pois podem obstruir o sistema de drenagem.

Suportes de Teto:

Servem para manter o teto a uma determinada distância do fundo do tanque, onde são
apoiados sobre chapas; são resistentes os suficientes para suportar o peso da extremidade.

174 SENAI
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Sistema de proteção de incêndio

"Vents" ou Respiros de Teto:

São utilizados para escoamento do ar quando o tanque está recebendo fluído. Retirado o ar,
o teto flutua e o "vent" fecha-se automaticamente. De modo análogo ao da operação de
esvaziamento, o "vent" abre-se automaticamente pouco antes do teto repousar sobre os
suportes, evitando a formação de vácuo sob o teto.

SENAI 175
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Os diâmetros ou aberturas dos "vents" devem ser calculados em função da velocidade de

enchimento e esvaziamento e do volume do mesmo .

Sistema de combate a incêndio com “sprinkler” espuma

Tanques de pressão

São recipientes hermeticamente fechados e sob pressão, nos quais, o líquido é mantido em
equilíbrio. São utilizados para armazenagem de líquidos cujos pontos de ebulição estão
abaixo da temperatura ambiente normal, tais como, gás liquefeito de petróleo, propano,
butano, butadieno, amônia, etc.,

São conhecidos como vasos de pressão e seus formatos são cilíndricos (horizontais ou
verticais) ou esféricos como os da figura acima e abaixo.

176 SENAI
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Devido à alta pressão, esses tanques são dotados de válvulas de segurança para dar vazão
a uma determinada quantidade de gases, se a pressão subir além do valor limite na qual a
mesma foi calibrada.

Esses tanques nunca deverão operar totalmente cheios, pois um aumento de temperatura,
provoca um aumento de volume do líquido, que automaticamente é aliviado pela válvula de
segurança.

Tanques com Isolamento

Tanques Criogênicos Gases Liquefeitos

São tanques que armazenam produtos a temperaturas muito baixas. São tanques especiais
de formato cilíndrico e com isolamento.
Temperaturas de alguns líquidos à pressão atmosférica normal:
 Oxigênio → -183 °C
 Nitrogênio → -196 °C
 Cloro → -35 °C
 Metano → -161 °C
 Etileno →-104 °C
 Amônia →-33 °C
 Propileno → -50 °C

Alguns tanques são construídos até com paredes duplas, a estrutura do tanque em si
compreende um tanque dentro do outro, como o espaço entre eles preenchido com
isolamento especial.

Usam-se três tipos de isolamento térmico nesses tanques:

I) Lã mineral no espaço entre os tetos;
II) Perlita expandida no espaço anular formado pelas paredes;
III) Lã de vidro utilizada na instalação do fundo do tanque.

SENAI 177
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A pressão do fluido armazenado atua na parede do tanque externo, pois o tanque interno
não é hermético. O teto suspenso do tanque interno possui "vents" para equalização de
pressões.

Como medida de segurança, o espaço entre os dois tanques deve ser mantido a uma
pressão positiva pouco acima da pressão atmosférica, a fim de evitar da nos ao tanque
externo.

Para garantir esta pressão, é injetado nitrogênio no espaço entre os tanques. Com a
finalidade de evitar o congelamento da umidade do solo onde se assenta o tanque, em
alguns casos se se introduz vapor a baixa pressão na fundação, mantendo-a acima de 0 °C.

Tanques Isolados com Serpentina de Aquecimento

É utilizada em tanques onde o produto armazenado deve ser mantido em temperatura

controlada, ou para produtos viscosos com tendência a endurecer ou cristalizar.

178 SENAI
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Uma das aplicações da serpentina de aquecimento e em tanques de óleo combustível,

asfalto, betume, solução de nitrato de amônio, solução de uréia, etc.

Na figura 11, vemos um tanque de armazenamento de óleo combustível, e as tubulações de

vapor de aquecimento. Nesse caso muitos tanques deste tipo não apresentam isolamento,
porém são pintados de preto.

Tanques Enterrados

São tanques utilizados para águas servidas, lodo, esgoto, combustíveis, etc. Para
combustíveis devem seguir a norma NR 20 e NR10.

Líquidos inflamáveis.

Para efeito desta Norma Regulamentadora, fica definido "Líquido inflamável" como todo
aquele que possua ponto de fulgor inferior a 70 ºC (setenta graus Celsius) e pressão de
vapor que não exceda 2,8 kgf/cm2 absoluta a 37,7º C.

SENAI 179
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Líquido combustível de classe I, quando o líquido inflamável tem o ponto de fulgor abaixo de
37,7 ºC.
Líquido combustível de classe II, quando o líquido inflamável tem o ponto de fulgor superior
a 37,7 ºC e inferior a 70º C.
Líquido combustível de classe III, quando o líquido inflamável tem o ponto de fulgor igual ou
superior 70º C e inferior a 93,3 ºC.

Define-se líquido "instável" ou "líquido reativo" quando um líquido na sua forma pura,
comercial, como produzido (e ou) transportado se polimerize, decomponha, condense,
violentamente ou que se torne auto-reativo sob condições de choques, pressão ou
temperatura.

Os tanques de armazenamento de líquidos inflamáveis são constituídos de aço ou

concretos, a menos que a característica do líquido requeira material especial, segundo
normas técnicas oficiais vigentes no país.

Os tanques fabricados com aço e pintados com pixe. De acordo com as regras da ABNT, a
partir de agora, haverá uma troca gradual dos tanques antigos por modelos novos, feitos
com aço e cobertos com resina, reforçados com fibras de vidro.

Esse modelo, além de ser anticorrosivo dura em média 30 anos, deve possuir uma abertura
que permitirá a inspeção interna. Além disso, é recomendada a proteção anódica para evitar
corrosão.

180 SENAI
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Tanques elevados

São tanques construídos principalmente para armazenamento de água (na grande maioria
dos casos utiliza a força de gravidade para abastecimento), óleos lubrificantes para
lubrificação por gravidade.

Tanques de Teto Móvel

No seu interior existe uma câmara de vapor cuja pressão é responsável pela movimentação
do teto.

Na posição superior do teto abres-se um respiro, impedindo que o mesmo continue a subir.

SENAI 181
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Há necessidade de um sistema de selagem entre o costado e o teto, podendo ser de dois

tipos:

 Selagem líquida;
 Selagem seca.

Um exemplo típico de tanques de teto móvel é o “gasômetro”, ver figura acima.

Materiais de construção de tanques

A grande maioria dos tanques é construída em aço carbono. Porém é utilizado aço inox.

Exemplo.
AISI 304L para armazenagem de ácido nítrico; AISI 316L para ácido fosfórico, etc., alumínio
(armazenamento de ácido nítrico concentrado 98%), fibra de vidro (para fertilizantes),
cimento (para água potável).

Em alguns casos para baratear os custos é utilizado tanque de aço carbono revestido
internamente com tijolos antiácidos, ou borracha ou fibra, etc. Por exemplo, para
armazenamento de ácido fosfórico é utilizado tanque em aço carbono revestido com
borracha.

Acessórios de Tanques

Os tanques de armazenagem apresentam uma série de acessórios importantes para o

controle de processo, segurança (pessoal, operacional, contra riscos de incêndio, corrosão,
etc.)

Indicadores, Controladores e visores de Nível

Existem no mercado vários tipos de indicadores e controladores de nível de tanques, que

dependem das condições do líquido armazenado ou controlado, tais como: líquidos
viscosos, voláteis, corrosivos, com sólidos em suspensão, etc.

182 SENAI
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Além destes acessórios, existem outros, como: d/p cell (célula de pressão diferencial), tubo
borbulhador, indicador externo com régua graduada, etc.

SENAI 183
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Determinação do Volume do Líquido

A medição do volume de um líquido em um tanque de armazenagem pode ser determinada

tanto por medições manuais como automáticas. Para medições manuais, utilizamos uma
trena de aço graduada em milímetros. Dois métodos são utilizados para medição manual:

a) Medição direta:
Este método determina a distância entre o fundo do tanque e a superfície do líquido. Neste
caso determina-se o espaço cheio.

b) Medição indireta:
Este método determina a distância entre a superfície do líquido e o topo do tanque ou altura
de referência. Neste caso determina-se o espaço vazio.

184 SENAI
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Nesse caso, devemos subtrair a parte do prumo que penetrar no líquido, pois o zero da
trena corresponde à ponta do prumo. Este método é ideal para medição de volume de
produtos viscosos ou quando o líquido apresenta materiais em suspensão, como ácido
fosfórico, lamas, lodos, etc.

Veja exemplo na figura.

 Altura total do tanque: 12.500 mm (12,5m)
 Altura da trena: 4.500 mm (4,5m)
 Altura do prumo: 170 mm (0,17m)
 Medida líquida da trena: 4.500 – 170 = 4.330 mm (4,33m)
 Altura do nível do líquido: 12.500 – 4.330 = 8.170 mm (8,17 m).

Essas medições manuais utilizando trena são usadas para conferir e verificar medições
automáticas ou para medir líquidos envolvidos em transações de vendas e derivados
quando a medição dos instrumentos instalados nas linhas não pode ser executada.

As leituras automáticas são realizadas através dos medidores citados acima. Muitos destes
medidores indicam e controlam o nível dos tanques e transmitem os sinais para a casa de
controle onde são visualizados e registrados.

Para medição do volume de produto no tanque a partir da altura do líquido, são utilizadas
tabelas especiais chamadas “tabelas de arqueação”. Construídas individualmente para cada
tanque, essas tabelas compensam eventuais irregularidades no formato cilíndrico do tanque.

As medições corretas garantem a fidelidade dos volumes recebidos e expedidos, o que

envolve o faturamento das indústrias. È de suma importância a correta medição dos
produtos movimentados, uma vez que estão envolvidos interesses financeiros.

Válvulas de Segurança e "Vents" ou Respiros

Válvula de Segurança Pressão/Vácuo

O enchimento de um tanque provoca descolamento de ar e vapores que são forçados a sair

para dar lugar ao fluído que entra.

De forma análoga, ao se esvaziar o tanque há arraste de ar por sucção para o seu interior,
criando-se uma leve pressão negativa (vácuo).

SENAI 185
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A pressão baixa excessiva (ou de vácuo) pode ser criada pela expansão térmica (e pela
contração).

Os excessos na pressão ou de vácuo podem também causar deformação permanente ao

tanque ou desequilibrar um sistema da recuperação do vapor. A válvula de segurança é
instalada no topo do tanque de armazenamento. No caso de gases inflamáveis o alívio é
direcionado para um sistema de chama “flare”.

Se estas operações forem muito rápidas, existe a possibilidade de o tanque danificar-se por
efeito de deformação, devido às diferenças de pressão.

Sabemos também que as diferenças de temperatura entre o calor do dia e o sereno da noite
provocam dilatação e contração dos líquidos e, consequentemente, um diferencial de
pressão.

Para atenuar os efeitos de movimentação do líquido, os tanques atmosféricos possuem

aberturas de ventilação. O tipo e as dimensões dessas aberturas são projetados em função
do líquido armazenado e da velocidade de escoamento do mesmo.

As válvulas de segurança e alívio os mais diversos desenhos e formatos. Para tanques que
armazenam líquidos a alta pressão apresentam outros desenhos conforme figuras.

186 SENAI
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5.3.2 "Vents" simples

As aberturas de ventilação são também conhecidas como "vents" ou respiros ver figuras. O
"vent", ou respiro simples, é basicamente um tubo reto ou recurvado a 180o, com uma tela
ou capuz na extremidade da descarga para evitar a entrada de corpos estranhos. A abertura
de descarga deverá estar próxima à borda ou do lado de fora do tanque (figuras 1 e 2).

"Vents" de Conservação

Este tipo de "vent" tem a função de conservar os produtos armazenados, reduzindo as

perdas por evaporação. A pressão do tanque é equilibrada por um peso que se levanta
quando a pressão ultrapassa certo limite.

Essa pressão é de valor baixo, pois os tanques atmosféricos operam com pressões da
ordem de 2,2cm a 8,8cm de coluna de água para pressão e vácuo (figura 3).

A figura 3 mostra um tipo de "vent" de conservação representado por uma válvula de

pressão e vácuo. O funcionamento é simples e opera do seguinte modo; a pressão interna
do tanque é aplicada sob o peso que regula a pressão e sobre o peso regulador do vácuo.

Quando a força resultante da pressão ou vácuo exceder um ou outro, o peso respectivo

levanta-se e a pressão ou o vácuo são aliviados, protegendo a estrutura do tanque.

SENAI 187
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Boca de Visita

Utilizada para permitir acesso ao interior do tanque para limpeza e inspeção. O diâmetro de
abertura da boca de visita varia com os diâmetros dos tanques. São colocadas no costado
ou no teto do tanque.

Escadas

Escada Lateral

Utilizada para ter-se acesso ao teto do tanque para fazer-se medição e serviço de
manutenção. Pode apresentar vários formatos de construção:
 Helicoidal: acompanha o contorno do tanque.
 Normal: montada sobre pilastras e passadiço.
 Vertical : montada paralela a parede do tanque no sentido vertical, é também
conhecida como escada de marinheiro.

Observações
A) Todas as escadas deverão possuir proteções para segurança do operador;
B) As escadas sobre pilastras e helicoidal devem ter corrimão lateral e, no caso da escada
vertical deve, possuir guarda-corpo.

188 SENAI
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Lavadores de gases

No caso de tanques que armazenam líquidos voláteis, como por exemplo, ácido nítrico,
amônia, ácido clorídrico, há necessidade de um sistema de lavagem com absorção de
vapores e gases.

Ver figura 9

Misturadores

Alguns tanques são equipados com misturadores para garantir a homogeneidade dos
produtos armazenados, evitar sedimentações, melhorar o rendimento de reações, etc.

SENAI 189
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Os misturadores são muito empregados na indústria alimentícia, de papel e celulose,

unidades de ácido fosfórico, tratamento de efluentes, etc.

Existem vários tipos de misturadores. Exemplo: tipo ejetor, turbina, pás helicoidais, pás
retas, borbulhadores, propulsor a jato, etc. (fig.10)

Observação

A operação de um agitador é regulada por um controlador de nível que desliga e liga o motor
do misturador automaticamente.

Drenos de Fundo

São colocados no ponto mais baixo do tanque, aproveitando a declividade do mesmo,

possibilitando assim a drenagem total do produto (fig. 12).

190 SENAI
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Dreno Sifonado

É uma linha de drenagem em formato de sifão, com a extremidade interna mergulhada ao

nível da caixa de drenagem, para permitir o esvaziamento total do tanque em caso de
limpeza.

Tubo Articulado

Muitas vezes os produtos utilizados no processo apresentam contaminações; se houver

diferença acentuada na sua densidade, os produtos formarão duas ou mais fases líquidas.

O tubo articulado permitirá a retirada do produto com densidade diferente, ou produto que se
queira retirar do tanque. O tubo pode ser elevado ou abaixado até a altura desejada de
sucção.

Observações:
A) É evidente que, para a retirada do produto I, o bocal do tubo será posicionado acima do
nível do produto II.
B) Válvulas colocadas em pontos estratégicos do tanque, também resolvem este tipo de
problema.

Outros Instrumentos

Além dos instrumentos acima mencionados fazem parte também indicadora e registradores
de pressão e temperatura, válvulas redutoras de pressão, indicadores de fluxo, decímetros,
etc.

SENAI 191
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Válvulas de Fechamento Rápido

São indispensáveis para fechar rapidamente uma linha de descarga ou mangueira de

carregamento. Essas válvulas deverão ser acionadas a distância, pneumática ou
hidraulicamente, facilitando a operarão das mesmas em caso de incêndio.

Considerações

Conexão de aterramento

Protege o tanque contra descargas elétricas atmosféricas e dissipa as cargas eletrostáticas

que podem constituir riscos de explosão e incêndio. É um eletrodo de cobre ou um tubo
galvanizado de aproximadamente 2,50m de comprimento.

A resistência entre o eletrodo e o solo não deve ultrapassar o valor de 250 ohms e deve ser
verificado periodicamente. A ligação entre o tubo e o tanque é feita por um condutor de
cobre, preso por parafuso ao costado do tanque ou boca de visita.

Bacias de Contenção

Tanques de armazenamento de produtos considerados inflamáveis, corrosivos, devem

possuir bacias de contenção que devem ser dimensionadas para reter o produto em casos
de grandes vazamentos.

Os cálculos das capacidades destas bacias são normalizados. Por exemplo, quando se
tratar de tanque individual, a capacidade da bacia deve ser igual à do tanque.

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Sistemas de Tocha “Flare”

A tocha que fica constantemente acesa e é chamada de flare. O flare é um dos sistemas de
segurança das tubulações e equipamentos que manuseiam gás e líquidos combustíveis.

Na ponta do flare há normalmente quatro maçaricos que ficam permanentemente acesos,

que garante a existência da chama no flare. A queima dos gases no flare garante dupla
segurança para a empresa e a comunidade: os gases não são jogados na atmosfera e a
queima garante que estes gases não fiquem parados nas tubulações, o que poderia
provocar acidentes.

Assim como a intensidade da tocha, o barulho do flare também depende da quantidade de

gás queimado. Quanto mais gás, maior o barulho. Algumas vezes, ocorrem perturbações no
processo de produção, com a necessidade de enviar mais gases para a tocha, o que causa
o aumento do fogo.

Proteção Catódica

A proteção catódica (PC) é a aplicação da corrente direta para inverter a tendência natural
para que os metais retornem a sua condição natural como óxidos metálicos (oxidação).

A PC impede que o processo da corrosão ocorra. A corrosão ocorre na presença de

umidade, nos tanques de armazenamento, é importante, ambiental e economicamente,
SENAI 193
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proteger fundos do tanque da corrosão. A área sob o fundo do tanque pode tornar-se úmida
em decorrência da umidade da terra, da condensação do sob o tanque, precipitações
pluviais ou de vazamento do próprio tanque.

Por exemplo: para proteger um tanque de aço carbono, a experiência mostrou que um
sistema corretamente projetado e instalado do ânodo da fita do zinco no espaço intersticial
entre fundos dos tanques novos e velhos é muito eficaz em fornecer a proteção catódica.
Hoje este sistema tem sido reconhecido na indústria como um método eficaz e eficiente
tanto no aspecto custo como no controle da corrosão.

Teste Hidrostático

Os tanques como qualquer vaso de pressão devem ser submetidos a testes hidrostáticos. A
pressão de teste é uma vez e meio maior que a pressão de operação corrigido o efeito da
temperatura:

Pteste = 1,5 . Poperação

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