Aula 5 - APET
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ICMS e ALÍQUOTAS
10. Alíquotas
10.1. Alíquotas internas e interestaduais;
10.2. Resolução do Senado 13/2012;
10.3. Diferencial de alíquotas;
10.4. Análise do Protocolo ICMS nº 21/2011;
10.5. Emenda Constitucional nº 87/2015;
10.6. Aplicação do diferencial de alíquotas nas atividades de construção civil.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
BASE DE CÁLCULO
DO ICMS
❑ REFORMA TRIBUTÁRIA
➢ ICMS COMBUSTÍVEIS
Bernard Schwartz
SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO
❑ Constituição Federal
❑ Decretos
❑ Portarias
❑ Quantas Tributárias?
D{[Cm(v.c).Ce.Ct]→[Cp(Sa.Sp).Cq(bc.al)]}
BASE DE CÁLCULO
DO ICMS
BASE DE CÁLCULO E A REGRA – MATRIZ DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA
Cm(v.c).Ce.Ct]→
HIPÓTESE
Cm: Critério Material
V: Verbo
C: Complemento
[Cp(Sa.Sp).Cq(bc.al)
CONSEQUENTE
CRITÉRIO QUANTITATIVO
I. Medir as proporções reais do fato - os fatos precisam ser mensuráveis, dessa forma a base de cálculo possibilita
que se verifique a grandeza efetiva do acontecimento. Permitindo ao legislador meios para fixação de índices
avaliativo como: valor venal, o peso, altura e etc.
II. Compor a específica determinação da dívida – essa função da base de cálculo juntamente com a exposta
anteriormente possibilita a determinação do quatum da prestação. Inicialmente estabelece-se a escolha de uma
perspectiva dimensível para a estipulação da importância correspondente ao tributo. Posteriormente deve-se
apontar que fator deverá unir-se a essa perspectiva para a determinação do quantum da prestação a qual poderá
ser exigida pelo sujeito ativo.
III. Confirmar, infirmar ou afirmar o verdadeiro critério material da descrição contida no antecedente da norma – a
nossa experiência no âmbito do aspecto tributário nos possibilita afirmar que por vezes o legislador ao criar um
determinado tributo acaba por não fazer observações a preceitos constitucionais e infra legais na composição dos
elementos tributários. Nesse aspecto a base de cálculo desempenha importante papel na verificação da
constitucionalidade dos tributos. A base de cálculo nessa função atua de formar a confirmar, informar ou afirmar o
verdadeiro critério material da hipótese tributária.
ALÍQUOTA
ALÍQUOTA
BASE DE CÁLCULO
DO ICMS
FORMAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO – EXCLUSÃO DOS TRIBUTOS
A exclusão da base de cálculo do PIS/COFINS refere-se O ICMS-ST, que, embora seja devido pela apelante na
apenas ao ICMS efetivamente pago condição de contribuinte de direito (substituído), é retido na
entrada pelo fornecedor na condição de responsável
tributário (substituto), também deve ser excluído da base de
cálculo das contribuições
(RE n. 574.706/PR - Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA. Julgamento: 15/03/2017 Órgão Julgador:
Tribunal Pleno)
1. EXCLUSÃO ICMS BASE DE CÁLCULO PIS/COFINS
(RE 574706 ED, Relator(a): CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, julgado em 13/05/2021, PROCESSO
ELETRÔNICO DJe-160 DIVULG 10-08-2021 PUBLIC 12-08-2021)
Necessidade de
Medida Judicial
permanece?
• Retificação Obrigação
Acessória
• Reabertura de prazo
decadencial
1. EXCLUSÃO ICMS BASE DE CÁLCULO PIS/COFINS
Novo manual da EFD-Contribuições editado pela Receita Federal admite a exclusão no próprio
campo xml das Notas Fiscais:
1. EXCLUSÃO ICMS BASE DE CÁLCULO PIS/COFINS
▪ Efetivação: Creditamento – Exclusão – Perd – Comp- 170 A – Regime Monofásico - Notificações RFB.
▪ Legitimidade do substituto e do substituído tributário para exclusão do ICMS-ST: a) Definição das Cortes
Superiores; b) Posição da Receita Federal do Brasil através da Solução de Consulta COSIT nº 104/2017.
170 – A: uma questão de afastamento ou
adequação de interpretação?
1. EXCLUSÃO ICMS BASE DE CÁLCULO PIS/COFINS
▪ RPA x Outorgado: a tese abrange ambos regimes? Modifica o valor a ser excluído?
▪ Decisões em juízo de Retratação: como ficam as ações com pedidos genéricos? E as que
possuíam o pedido de abatimento do valor pago?
1. EXCLUSÃO ICMS BASE DE CÁLCULO PIS/COFINS
▪ Receita Federal: Instrução Normativa 10/21: Equipe de auditoria de créditos judiciais pelo prazo de 12
meses:
Trata-se de uma equipe nacional de auditoria. Esse grupo vai concentrar as fiscalizações dos valores obtidos
pelos contribuintes com as ações judiciais. Em 2020, as empresas utilizaram R$ 63,6 bilhões em créditos ficais
decorrentes de disputas na Justiça - 174% a mais que no ano anterior. O forte crescimento está relacionado à
chamada “tese do século”.
Esse procedimento serve para confirmar “a certeza e a liquidez” do crédito. Só que quando utilizado trava as
compensações. A empresa pode ter o crédito habilitado, mas não poderá utilizá-lo para pagar tributos. Esse
“congelamento” ocorre durante todo o período de fiscalização, inicialmente previsto para 120 dias, mas sem
limites para prorrogação.
1. EXCLUSÃO ICMS BASE DE CÁLCULO PIS/COFINS
Sendo o ST: i) a inclusão do ST no sistema via Emenda Constitucional; ii) considerado mero regime de
arrecadação de tributo já existente julgado inclusive a sua constitucionalidade pelo STF em 1999; iii)
havendo a discussão do direito ressarcimento no STF referente a diferença da base de cálculo
presumida x praticada;
Qual a razão de se considerar a exclusão do ICMS/ST da base de cálculo PIS/COFINS como matéria
infraconstitucional?
1.2 EXCLUSÃO ICMS/ST BASE DE CÁLCULO PIS/COFINS
▪ Primeira Turma: não conheceu do apelo do contribuinte pela ausência de enfrentamento específico da legislação
federal suscitada na peça recursal.
TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015.
APLICABILIDADE. EXCLUSÃO DO ICMS-ST DA BASE DE CÁLCULO DO PIS/COFINS. RE 574.706/PR. TEMA 69 DE REPERCUSSÃO
GERAL. ALEGAÇÃO GENÉRICA DE OFENSA A DISPOSITIVO DE LEI FEDERAL. DEFICIÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. INCIDÊNCIA,
POR ANALOGIA, DA SÚMULA N. 284/STF.VIOLAÇÃO AOS ARTS. 102, § 3º, 195, I, b, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA.
IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE EM SEDE DE RECURSO ESPECIAL. COMPETÊNCIA DO STF. ACÓRDÃO RECORRIDO ASSENTADO
EM FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL. IMPOSSIBILIDADE DE REVISÃO EM SEDE DE RECURSO ESPECIAL. ARGUMENTOS
INSUFICIENTES PARA DESCONSTITUIR A DECISÃO ATACADA. APLICAÇÃO DE MULTA. ART. 1.021, § 4º, DO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL DE 2015. DESCABIMENTO. (...) (AgInt no Resp 1926462/RS, Rel. Ministra REGINA HELENA COSTA, PRIMEIRA
TURMA, julgado em 16/08/2021, Dje 18/08/2021)
1.2 EXCLUSÃO ICMS/ST BASE DE CÁLCULO PIS/COFINS
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. MANDADO DE
SEGURANÇA. ICMS-ST RELATIVO ÀS OPERAÇÕES EM QUE A IMPETRANTE FIGURA COMO SUBSTITUÍDA TRIBUTÁRIA.
IMPOSSIBILIDADE DE EXCLUSÃO, PELA CONTRIBUINTE SUBSTITUÍDA, DO ICMS-ST DA BASE DE CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃO
AO PIS E DA COFINS. ACÓRDÃO RECORRIDO EM CONSONÂNCIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO STJ. AGRAVO INTERNO
IMPROVIDO. (...) Não há formalmente qualquer parcela recebida pelo substituído a título de ICMS a ser repassada ao
Estado, já que os valores já o foram repassados previamente pelo substituto, havendo apenas a repercussão econômica
desse repasse (que pode ou não existir) e que não legitima o pleito (já que o substituto pode ou não aumentar o valor da
mercadoria para pagar o ICMS-ST). À toda evidência, o ICMS-ST não pode ser excluído da base de cálculo das
contribuições ao PIS/PASEP e COFINS devidos pelo substituído simplesmente porque jamais esteve formalmente
incluído nessa mesma base de cálculo. É da natureza de todos os tributos a repercussão econômica. (...) (AgInt no AgInt
no Resp 1898511/SC, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA, julgado em 09/08/2021, Dje 16/08/2021)
1.2 EXCLUSÃO ICMS/ST BASE DE CÁLCULO PIS/COFINS
“36. Diante do exposto, conclui-se que o valor do ICMS auferido pela pessoa jurídica na condição de
substituto tributário pode ser excluído da base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, tanto
no regime de apuração cumulativa quanto no regime de apuração não cumulativa, desde que destacado em
nota fiscal.”
1.2 EXCLUSÃO ICMS/ST BASE DE CÁLCULO PIS/COFINS
CONCLUSÃO:
A exclusão do ICMS-ST da base de cálculo das contribuições ao PIS e à COFINS pode ser
realizada quando o contribuinte atender cumulativamente aos dois requisitos:
ii) Somente é permitida nos casos o valor for destacado na Nota Fiscal.
1.2 EXCLUSÃO ICMS/ST BASE DE CÁLCULO PIS/COFINS
Sustenta-se que o PIS e a COFINS não poderiam integrar a sua própria base pois estes tributos são
ônus fiscal e não faturamento do contribuinte. Na consecução das atividades habituais, empresas
promovem o recolhimento de diversos tributos, dentre eles, as contribuições PIS e COFINS, que
incidem sobre a receita ou faturamento, consoante art. 195, ‘b’, da Constituição Federal e arts. 1º da
Lei 10.833/2003 e 2º da Lei 9.718/1998. Ocorre que referidas contribuições têm sido cobradas pela
Fazenda Nacional a partir de base de cálculo equivocada, a qual inclui o valor das próprias
contribuições, em evidente contradição com a base econômica prevista pela legislação aplicável.
Isso porque o faturamento, conforme expressamente previsto pela Lei nº 9.718/98, representa as
receitas decorrentes da venda de produtos ou prestação de serviços, de modo que o PIS e a
COFINS, por não estarem incluídos nesse conceito, não podem compor a base de incidência. Em
síntese, necessária a exclusão das próprias contribuições PIS e COFINS da base de cálculo, por não
configurarem faturamento, reconhecendo-se a inconstitucionalidade a ilegalidade do art. 12, § 1º,
III, e § 5º do Decreto 1.598/77, com a redação dada pelo art. 2º da Lei 12.973/14, que determina a
inclusão de ditos valores na base econômica do PIS e da COFINS.
1.3 EXCLUSÃO PIS/COFINS DA PRÓPRIA BASE DE CÁLCULO
“Ante o exposto, concedo a segurança pleiteada, resolvendo o mérito da demanda, nos termos do art. 487, inciso I,
do CPC/2015, para o fim de: (a) reconhecer o direito líquido e certo da impetrante de efetuar a apuração e o
apuração de débitos do PIS e da Cofins sem incluir em suas bases de cálculo as próprias contribuições; (b) declarar
a inconstitucionalidade e a ilegalidade da determinação de inclusão, na base de cálculo da contribuição ao PIS e da
Cofins, dos valores das próprias contribuições devidos pelas impetrante, por afronta ao art. 195, I, “b”, da CF/88,
decretando-se, por controle difuso, a inconstitucionalidade do art. 12, § 1º, III e § 5º, do Decreto nº 1.598/77, com a
redação dada pelo art. 2º, da Lei nº 12.973/14, ou seja dando a estes mesmos dispositivos interpretação conforme a
Constituição Federal, a fim de que seja entendido que o PIS e a Cofins não integram a receita bruta e, portanto, não
devem compor a base de cálculo do PIS e da Cofins, tanto antes quanto após a vigência da Lei nº 12.973/14; (c)
ordenar à Autoridade Coatora que se abstenha de penalizar as impetrante ou impor-lhe restrição, em razão do
reconhecimento definitivo do direito de excluir o valor do PIS e da Cofins da base de cálculo das próprias
contribuições; (d) declarar a existência do direito ao ressarcimento, por compensação (Súmula n. 271 do STJ), de
valores eventualmente recolhidos indevidamente no período não prescrito (últimos cinco anos anteriores à data de
ajuizamento da ação), a serem apurados perante a Receita Federal, administrativamente, nos termos da
fundamentação.
(Justiça Federal – TRF 4 - 1ª Vara Federal de Novo Hamburgo - MANDADO DE SEGURANÇA Nº 5016294-
16.2017.4.04.7108/RS - NÓRTON LUÍS BENITES, Juiz Federal – 0/05/2018)”
1.3 EXCLUSÃO PIS/COFINS DA PRÓPRIA BASE DE CÁLCULO
1.4 EXCLUSÃO DO ISSQN DA BASE DE CÁLCULO PIS/COFINS
(Justiça Federal. 6ª Vara Federal Cível de Vitória. Tribunal Regional Federal da 2ª Região.
MANDADO DE SEGURANÇA Nº 5016729-26.2018.4.02.5001/ES. CRISTIANE CONDE
CHMATALIK, Juíza Federal – 25/02/2019)
1.4 EXCLUSÃO DO ISSQN DA BASE DE CÁLCULO PIS/COFINS
1.5 EXCLUSÃO DO ICMS DA BASE DE CÁLCULO DA CPRB
O caso em análise pelo STJ envolveria benefício Sistemática aplicável analogicamente pelo
fiscal. Na prática, o contribuinte pode optar entre a julgamento do RE n. 574.706/PR.
tributação pela folha de salários e a incidente sobre a
receita bruta.
Possibilidade de reabertura da
discussão?
1.7 EXCLUSÃO DO ICMS DA PRÓPRIA BASE
(ARE 897254 AgR, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Segunda Turma, julgado em 27/10/2015, PROCESSO
ELETRÔNICO DJe-250 DIVULG 11-12-2015 PUBLIC 14-12-2015)
1.8 EXCLUSÃO DO ICMS DA BASE DE CÁLCULO DO IRPJ E CSLL – NA
APURAÇÃO DO LUCRO PRESUMIDO
A unificação do entendimento será feita por meio do julgamento dos REsps 1.767.631, 1.772.634, e
1.772.470 pela 1ª Seção do Superior Tribunal de Justiça. No STJ apenas a 2ª Turma analisou o
assunto, decidindo reiteradamente de forma desfavorável aos contribuintes. A 1ª Turma, por sua
vez, não possui precedentes sobre tema.
RE 1.258.842. O Supremo Tribunal Federal, por maioria, reconheceu a inexistência de repercussão geral da questão,
por não se tratar de matéria constitucional.
Exclusão ICMS/ST
base de cálculo AgInt no REsp 1885048/RS: STJ entendeu não ser possível a exclusão do ICMS-ST da bc PIS e COFINS: “O ICMS-ST não
PIS/COFINS pode ser excluído da base de cálculo das contribuições ao PIS/PASEP e COFINS devidos pelo substituído simplesmente
porque jamais esteve formalmente incluído nessa mesma base de cálculo”.
Exclusão RE 1.233.096: O Tribunal, por unanimidade, reputou constitucional a questão. O Tribunal, por unanimidade,
PIS/COFINS da reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada.
própria base de
Aguardando julgamento.
cálculo
Exclusão ISSQN da RE 592.616. Início de Julgamento: o Ministro Celso de Mello, Relator e único a proferir voto até o momento
base de cálculo entende que, por não se incorporar ao patrimônio do contribuinte, o valor arrecadado com o imposto municipal
PIS/COFINS não pode integrar a base de cálculo do PIS e da Cofins.
Aguardando finalização do julgamento.
RE 1.187.264. O Supremo Tribunal Federal reconheceu a repercussão geral do tema.
Exclusão ICMS da Em 24/02/2021 decidiu o STF: O Tribunal, por maioria, apreciando o tema 1048 da repercussão geral, negou
CPRB provimento ao recurso extraordinário, nos termos do voto do Ministro Alexandre de Moraes, Redator para o acórdão,
vencidos os Ministros Marco Aurélio (Relator), Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Rosa Weber. Foi fixada a
seguinte tese: “É constitucional a inclusão do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS na base de
cálculo da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta - CPRB". Plenário, Sessão Virtual de 12.2.2021 a
23.2.2021.
TESE SITUAÇÃO ATUAL
RE 1.285.845. O Supremo Tribunal Federal reconheceu a repercussão geral do tema.
Em 21/06/2021 decidiu o STF: O Tribunal, por maioria, apreciando o tema 1.135 da repercussão geral,
negou provimento ao recurso extraordinário, nos termos do voto do Ministro Alexandre de Moraes,
Exclusão do
Redator para o acórdão, vencidos os Ministros Marco Aurélio (Relator), Rosa Weber e Cármen Lúcia. Foi
ISS da CPRB
fixada a seguinte tese: “É constitucional a inclusão do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza -
ISS na base de cálculo da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta – CPRB".
Exclusão do
ICMS da
RE 212.209. O Plenário do Supremo Tribunal Federal, por maioria de votos, jurisprudência firmada
própria base
em 1999, no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 212209, no sentido de que é constitucional
de cálculo
a inclusão do valor do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre
Prestação de Serviços de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) na sua
própria base de cálculo.
Exclusão do
IRPJ e CSLL –
REsp 1.767.631, 1.772.634 e 1.772.470: A 1ª Seção do Superior Tribunal de Justiça julgará a
na apuração
possibilidade de inclusão de valores do ICMS nas bases de cálculo do Imposto de Renda de Pessoa
do lucro
Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), quando apurados pela
presumido
sistemática do lucro presumido.
Aguardando julgamento
CRIMINALIZAÇÃO: DECLARADO E NÃO PAGO
“50. A falta de recolhimento intencional e reiterada do ICMS não prejudica, porém, apenas o
erário, mas também afeta a livre concorrência. Empresas que deixam sistematicamente de
recolher o ICMS colocam-se, ilicitamente, em uma situação de enorme vantagem
competitiva em relação a seus competidores. São verdadeiros free riders, que se beneficiam
duplamente: ao se apropriar do valor do ICMS e ao usufruir dos serviços públicos bancados
pelos demais contribuintes. A prática produz, então, um efeito cascata, em que aqueles que
deixam de recolher o imposto acabam por pressionar os concorrentes a seguir o mesmo
caminho, e assim sucessivamente. Para se ter ideia da dimensão o problema, conforme
informação da Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul, 40% dos impostos não recolhidos
naquele Estado são devidos por devedores contumazes.” (RHC 163.334/SC)
FORMAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO –
DEMAIS DISCUSSÕES JUDICIAIS
BASE DE CÁLCULO
DO ICMS
DEMAIS DISCUSSÕES JUDICIAIS: Exclusão dos Encargos Financeiros
e da Taxa de Administração do Cartão Crédito e Débito PIS/COFINS
❑A questão chegou ao Supremo Tribunal Federal que no dia 02.02.2019, pelo seu
Plenário, reputou a questão constitucional reconhecendo a repercussão geral no RE
1.049.811.
DEMAIS DISCUSSÕES JUDICIAIS: Exclusão dos Encargos Financeiros
e da Taxa de Administração do Cartão Crédito e Débito PIS/COFINS
DEMAIS DISCUSSÕES JUDICIAIS: Exclusão dos Encargos Financeiros
e da Taxa de Administração do Cartão Crédito e Débito PIS/COFINS
TRIBUTÁRIO. ICMS. ENERGIA ELÉTRICA. DEMANDA DE POTÊNCIA. NÃO INCIDÊNCIA SOBRE TARIFA CALCULADA COM BASE
EM DEMANDA CONTRATADA E NÃO UTILIZADA. INCIDÊNCIA SOBRE TARIFA CALCULADA COM BASE NA DEMANDA DE
POTÊNCIA ELÉTRICA EFETIVAMENTE UTILIZADA.
1. A jurisprudência assentada pelo STJ, a partir do julgamento do REsp 222.810/MG (1ª Turma, Min. José Delgado, DJ de
15.05.2000), é no sentido de que "o ICMS não é imposto incidente sobre tráfico jurídico, não sendo cobrado, por não
haver incidência, pelo fato de celebração de contratos", razão pela qual, no que se refere à contratação de demanda de
potência elétrica, "a só formalização desse tipo de contrato de compra ou fornecimento futuro de energia elétrica não
caracteriza circulação de mercadoria". Afirma-se, assim, que "o ICMS deve incidir sobre o valor da energia elétrica
efetivamente consumida, isto é, a que for entregue ao consumidor, a que tenha saído da linha de transmissão e entrado
no estabelecimento da empresa".
2. Na linha dessa jurisprudência, é certo que "não há hipótese de incidência do ICMS sobre o valor do contrato referente à
garantia de demanda reservada de potência". Todavia, nessa mesma linha jurisprudencial, também é certo afirmar, a
contrario sensu, que há hipótese de incidência de ICMS sobre a demanda de potência elétrica efetivamente utilizada pelo
consumidor.
3. Assim, para efeito de base de cálculo de ICMS (tributo cujo fato gerador supõe o efetivo consumo de energia), o valor da
tarifa a ser levado em conta é o correspondente à demanda de potência efetivamente utilizada no período de faturamento,
como tal considerada a demanda medida, segundo os métodos de medição a que se refere o art. 2º, XII, da Resolução
ANEEL 456/2000, independentemente de ser ela menor, igual ou maior que a demanda contratada.
4. No caso, o pedido deve ser acolhido em parte, para reconhecer indevida a incidência do ICMS sobre o valor
correspondente à demanda de potência elétrica contratada mas não utilizada.
5. Recurso especial parcialmente provido. Acórdão sujeito ao regime do art. 543-C do CPC e da Resolução STJ 08/08.
(REsp 960.476/SC, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 11/03/2009, DJe 13/05/2009)
DEMAIS DISCUSSÕES JUDICIAIS: ENERGIA ELÉTRICA
RECURSO ESPECIAL. REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. ART. 543-C CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. CONCESSÃO DE
SERVIÇO PÚBLICO. ENERGIA ELÉTRICA. INCIDÊNCIA DO ICMS SOBRE A DEMANDA "CONTRATADA E NÃO UTILIZADA".
LEGITIMIDADE DO CONSUMIDOR PARA PROPOR AÇÃO DECLARATÓRIA C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO.
- Diante do que dispõe a legislação que disciplina as concessões de serviço público e da peculiar relação envolvendo o
Estado-concedente, a concessionária e o consumidor, esse último tem legitimidade para propor ação declaratória c/c
repetição de indébito na qual se busca afastar, no tocante ao fornecimento de energia elétrica, a incidência do ICMS
sobre a demanda contratada e não utilizada.
- O acórdão proferido no REsp 903.394/AL (repetitivo), da Primeira Seção, Ministro Luiz Fux, DJe de 26.4.2010, dizendo
respeito a distribuidores de bebidas, não se aplica ao casos de fornecimento de energia elétrica.
Recurso especial improvido. Acórdão proferido sob o rito do art.
543-C do Código de Processo Civil.
(REsp 1299303/SC, Rel. Ministro CESAR ASFOR ROCHA, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 08/08/2012, DJe 14/08/2012)
DEMAIS DISCUSSÕES JUDICIAIS: ENERGIA ELÉTRICA
DEMAIS DISCUSSÕES JUDICIAIS: ENERGIA ELÉTRICA
TUST e TUSD
TUST e TUSD
TUST e TUSD
Modulação de
efeitos a partir do
exercício financeiro
de 2024, ressalvando
as ações ajuizadas
até a data do início
do julgamento do
mérito (5/2/21)
DEMAIS DISCUSSÕES JUDICIAIS: SERVIÇOS DE TRANSPORTE
MATERIALIDADE: PRESTAR
BASE DE CÁLCULO?
SERVIÇO DE TRANSPORTE
DEMAIS DISCUSSÕES JUDICIAIS: SERVIÇOS DE TRANSPORTE
Divulga orientação a respeito da possibilidade de se mencionar, em separado, o correspondente valor do "Pedágio" para os fins
de atender ao disposto no artigo 285, inciso I, e seu § 3º, item 1, do Regulamento do ICMS, como também no caso de
subcontratação de serviço de transporte de que tratam os seus artigos 4º, inciso III, e 196.
O Coordenador da Administração Tributária, em face de dúvidas surgidas quanto à possibilidade de se mencionar, em separado,
na Nota Fiscal referente a operação com mercadoria, o correspondente valor do "Pedágio" integrante do valor da prestação de
serviço de transporte intermunicipal ou interestadual realizada por transportador autônomo, com início em território paulista,
em que o tomador do serviço, contribuinte do imposto neste Estado, seja o responsável pelo pagamento do ICMS devido nessa
prestação, na conformidade do disposto no artigo 285, inciso I, do Regulamento do ICMS, comunica que o mencionado
tomador do serviço poderá, para os fins da citada norma regulamentar, especialmente para atender ao que determina o seu §
3º, item 1, desmembrar do valor da prestação o referente a "pedágio", sem prejuízo da inclusão deste valor ao preço total do
frete, como manda a legislação, para o efeito de calcular o ICMS então devido. Comunica, também, que no modelo oficial do
Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas - CTRC (modelo 8) já há campo específico para se consignar o valor referente
a "pedágio", hipótese esta aplicável, por exemplo, quando uma empresa transportadora paulista (contratante) efetuar
subcontratação do serviço de transporte, nos termos do inciso III do artigo 4º do RICMS, com o transportador autônomo
(contratado), uma vez que neste caso há que se obedecer as disposições do artigo 196 deste mesmo regulamento, momento
em que a empresa de transporte contratante emitirá o competente CTRC, cuja 2ª via servirá para acobertar a prestação a ser
realizada pelo subcontratado (autônomo).
DEMAIS DISCUSSÕES JUDICIAIS: SERVIÇOS DE TRANSPORTE
II - o valor correspondente a:
BONIFICAÇÃO CONDICIONADA E
INCONDICIONADA
BASE DE CÁLCULO CUSTOS DE PRODUÇÃO NÃO PODEM SER EXCLUÍDOS DO CÁLCULO DO ICMS
▪ Não há, no texto legal, qualquer referência às hipóteses em que uma forma de
cálculo deve ser utilizada em detrimento da outra, embora cada uma delas
resulte em um efeito financeiro diferente.
TRIBUTÁRIO. ICMS. REDUÇÃO DE BASE DE CÁLCULO. ISENÇÃO PARCIAL. ESTORNO PROPORCIONAL DO CRÉDITO.
JURISPRUDÊNCIA DO STF. MULTA. LEI SUPERVENIENTE. RETROATIVIDADE BENIGNA. 1. O benefício fiscal de redução da base
de cálculo equivale à isenção parcial, sendo devido o estorno proporcional do crédito de ICMS, nos termos do art. 155, §
2º, II, "b", da CF, não havendo falar em ofensa ao princípio da não-cumulatividade. Precedentes do STF. 2. Os convênios do
ICMS têm a função de uniformizar, em âmbito nacional, a concessão de isenções, incentivos e benefícios fiscais pelos Estados
(art. 155, § 2°, XII, "g", da CF/1988). Em última análise, trata-se de instrumento que busca conferir tratamento federal
uniforme em matéria de ICMS, como forma de evitar a denominada guerra fiscal. 3. Nos termos da cláusula primeira, § 1°, do
Convênio ICMS 128/1994, ficam os Estados e o Distrito Federal autorizados a não exigir a anulação proporcional do crédito
prevista no inciso II do artigo 32 do Anexo Único do Convênio ICM 66/88, de 14 de dezembro de 1988, nas operações de que
trata o caput desta cláusula. 4. A teleologia do instituto e a própria literalidade da norma revelam que a hipótese é de mera
autorização, de modo que não há obstáculo a que a legislação estadual impeça o aproveitamento integral do crédito. 5. O
art. 106, II, "c", do CTN, estabelece que a lei tributária deve retroagir quando cominar penalidade menos severa que a
prevista na lei vigente ao tempo da sua prática, razão pela qual há que ser reduzida a sanção, nos termos do superveniente
Decreto 27.487/2004. 6. Recurso Ordinário parcialmente provido. (STJ. Relator: Ministro Herman Benjamin, RMS n.
39.554/CE – DJE 10/05/2013)
DEMAIS DISCUSSÕES JUDICIAIS: IPI. INSUMOS OU MATÉRIAS PRIMAS
TRIBUTADOS. SAÍDA ISENTA OU SUJEITA À ALÍQUOTA ZERO.
BASE DE CÁLCULO
DO ICMS
BASE DE CÁLCULO DAS MULTAS
BASE DE CÁLCULO DAS MULTAS
BASE DE CÁLCULO
DO ICMS
A L Í Q U O TA
b-) uma fração, percentual ou não, da base de cálculo ( que neste caso será
representada por quantia monetária)”
Carvalho. Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. Ed. 21º. Saraiva. Pág. 366.
RESOLUÇÃO Nº 13 DE 2012.
Estabelece alíquotas do Imposto sobre • Ocorre que esse tratamento diferenciado mais benéfico do
Operações Relativas à Circulação de que o dispensado por outros Estados para importação
Mercadorias e sobre Prestação de realizada era concedido sem a devida aprovação unânime do
Serviços de Transporte Interestadual e CONFAZ desencadeando a chamada GUERRA DOS PORTOS.
Intermunicipal e de Comunicação
(ICMS), nas operações interestaduais
• Em decorrência do princípio da não cumulatividade os Estados
com bens e mercadorias importados do
exterior. destinatários da mercadoria devem reconhecer o crédito de
ICMS devido na operação anterior.
INCONSTITUCIONALIDADES
❑ O que Estabelece
❑ Estados Signatários
❑ Considerações – Justificativas
❑ Implicações Jurídicas
Protocolo 21/2011
❑ Considerações - Justificativas
considerando que a sistemática atual do comércio mundial permite a aquisição de mercadorias e bens de
forma remota;
considerando que o aumento dessa modalidade de comércio, de forma não presencial, especialmente as
compras por meio da internet, telemarketing e showroom, deslocou as operações comerciais com
consumidor final, não contribuintes de ICMS, para vertente diferente daquela que ocorria predominante
quando da promulgação da Constituição Federal de 1988;
Protocolo 21/2011
❑ Considerações - Justificativas
considerando que o imposto incidente sobre as operações de que trata este protocolo é imposto sobre
o consumo, cuja repartição tributária deve observar esta natureza do ICMS, que a Carta Magna na sua
essência assegurou às unidades federadas onde ocorre o consumo da mercadoria ou bem;
Evolução do Comércio
Eletrônico
Protocolo 21/2011
Fonte ebit – www.e-commerce.org.br Não considera vendas de automóveis, passagens aéreas e leilões on-line.
O e-commerce brasileiro em 2020
E-commerce no País •O e-commerce já é responsável por 8,48% do total de
sites na internet brasileira. Essa fatia não passava de 2,65%
há cinco anos.
•88,77% dos sites de e-commerce no Brasil recebem até 10
mil visitas mensais. Outros 8,73% são grandes sites, com
mais de meio milhão de visitas mensais. Os 2,5% restantes
estão na faixa intermediária: recebem entre 10 mil e meio
milhão de visitas por mês.
•76,55% dos e-commerces oferecem até dez produtos em
seus sites; 12,17% oferecem de 11 a 100 produtos;
enquanto 11,28% apresentam mais de uma centena de
produtos.
•São Paulo segue sendo o estado que concentra a maioria
dos e-commerces no Brasil (58,95%). Em segundo lugar,
está o Rio de Janeiro, com 6,93%, e Minas Gerais, com
6,2%.
•76,67% das ofertas de produtos nos e-commerces
brasileiros custam menos de R$ 100; 10,31% delas se
situam entre R$ 100,01 e R$ 500; em seguida, há a faixa
dos produtos acima de R$ 1 mil, com participação de
10,07%.
•A faixa de preços com a menor participação, 2,95%, é a
das ofertas entre R$ 500,01 e R$ 1 mil (*).
Fonte Expansão do e-commerce chega a 40% ao •“A acessibilidade nos e-commerces aumentou 200%
ano após pandemia (ecommercebrasil.com.br) porque antes era quase inexistente, mas ainda está bem
longe do ideal”, critica Rodrigues.
Protocolo 21/2011
❑Implicações Jurídicas
❑Implicações Jurídicas
▪ Contudo o Protocolo 21/2011 estabelece que mesmo nas hipóteses em que a aquisição é realizada por
consumidor final, o ICMS deve ser repartido entre o Estado em que se encontra situado o
estabelecimento remetente e o Estado destinatário do bem ou mercadoria.
Protocolo 21/2011
❑Implicações Jurídicas
▪ Dessa forma, ao autorizar o Estado de destino exigir a diferença por ele estabelecida como
devida, não e está compartilhando receita entre Estado de origem e a unidade federada de
destino, mas admitindo uma nova incidência não prevista constitucionalmente.
❑Implicações Jurídicas
▪ Nesse sentido o referido protocolo institui o instituto da substituição tributária para frente.
Ocorre que esse instituto pode ser utilizado nas hipóteses em que as operações
interestaduais que se pretende submeter a esse regime sejam passíveis de tributação, o que
não é o caso das aquisições realizadas de forma não presencial por pessoas que não são
contribuintes do ICMS (consumidor final). Em suma o adquirente não pode, nessas
operações, ser substituído, posto que não é contribuinte do ICMS
Protocolo 21/2011
❑Implicações Jurídicas
▪ A inovação trazida pelo protocolo 21/2011 é incompatível com a nossa Carta Magna, pois
além de chocar-se coma regra estabelecida no art. 155, §2º, VII e VIII, ofende o pacto
federativo, na medida em que a alteração pactuada vincula os Estados não signatários e
repercute na receita desses Estados que não concordaram com essa modificação.
▪ O protocolo acaba por implantar uma sistemática que limita indevidamente a atuação
empresarial, na medida que se exige, nas operações interestaduais oriundas de Estados
não signatários do protocolo, um tributo na entrada do Estado destinatário da mercadoria
ou bem, não previsto na Constituição Federal o que acarreta violação ao princípio da livre
concorrência e iniciativa (art. 170, IV e parágrafo único da Constituição Federal).
Protocolo 21/2011
❑Implicações Jurídicas
Outro princípio constitucional não observado pelo conteúdo normativo do Protocolo 21/2011 é
o que assegura a livre circulação de bens e pessoas (art. 150 V da Carta Magna de 1988).
Protocolo 21/2011
❑Implicações Jurídicas
(RE 680089 RG, Relator(a): Min. LUIZ FUX, julgado em 15/11/2012, PROCESSO
ELETRÔNICO DJe-241 DIVULG 07-12-2012 PUBLIC 10-12-2012 )
Protocolo 21/2011
❑Implicações Jurídicas
❑Implicações Jurídicas:
É inconstitucional a cobrança de ICMS pelo Estado de destino, com fundamento no Protocolo ICMS21/2011 do Conselho Nacional de Política
Fazendária - Confaz, nas operações interestaduais de venda de mercadoria a consumidor final realizadas de forma não presencial. Com base
nesse entendimento, o Plenário negou provimento a recurso extraordinário em que se discutia a constitucionalidade do
mencionado protocolo, que dispõe sobre a exigência de parcela do ICMS pelo estado-membro destinatário da mercadoria ou bem devida na
operação interestadual em que o consumidor final adquire mercadoria ou bem de forma não presencial por meio de internet, “telemarketing”
ou “showroom”. Julgou, ainda, procedentes os pedidos formulados em ações diretas para declarar a inconstitucionalidade desse
mesmo protocolo. O Tribunal frisou que, no julgamento da ADI 4.565 MC/PI (DJe de 27.6.2011), fora assentado que, nas operações
interestaduais cuja mercadoria fosse destinada a consumidor final não contribuinte, apenas o estado-membro de origem cobraria o tributo,
com a aplicação da alíquota interna. Realçou que regime tributário diverso configuraria bitributação. Mencionou que os signatários
do Protocolo teriam invadido a competência das unidades federadas de origem, que constitucionalmente seriam os sujeitos ativos da relação
tributária quando da venda de bens ou serviços a consumidor final não contribuinte localizado em outra unidade da Federação. Asseverou que
essa hipótese ofenderia o princípio do não confisco, bem como o do tráfego de pessoas e bens (CF, art. 150, V). Consignou que
o Protocolo impugnado, ao determinar que o estabelecimento remetente fosse o responsável pela retenção e recolhimento do ICMS em favor
da unidade federada destinatária, vulnerara a exigência de lei em sentido formal e complementar (CF, art. 155, § 2º, XII, b) para instituir uma
nova modalidade de substituição tributária. Em seguida, a Corte, por maioria, deliberou modular os efeitos da declaração de
inconstitucionalidade do aludido Protocolo a partir do deferimento da concessão da medida liminar, ressalvadas as ações já ajuizadas. Vencido
o Ministro Marco Aurélio, que não modulava. ADI 4628/DF, rel. Min. Luiz Fux, 17.9.2014. (ADI-4628).
Protocolo 21/2011
❑Implicações Jurídicas:
Considerações
▪ Contudo é imperioso que se reconheça que alteração dessa natureza precisa ser
necessariamente por via LEGAL adequada. Destarte, Protocolo não é o veículo idôneo
para tratar de competência tributária tal modificação seria possível via Emenda
Constitucional, nem a Lei Complementar pode modificar a repartição da imposição
estabelecida no texto constitucional.
Proposta de Emenda a Constituição 197/2012
Ementa
▪ Altera o § 2º do art. 155 da Constituição Federal, para modificar a sistemática de cobrança
do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação incidente sobre as
operações e prestações realizadas de forma não presencial e que destinem bens e
serviços a consumidor final localizado em outro Estado.
▪ Segundo a nova regra, além da alíquota interna será usada a interestadual, e a diferença
entre elas será gradualmente direcionada ao estado de destino do bem ou serviço:
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre
Decisão: O Tribunal, por maioria, apreciando o tema 1.093 da repercussão geral, deu provimento ao
recurso extraordinário, assentando a invalidade "da cobrança, em operação interestadual
envolvendo mercadoria destinada a consumidor final não contribuinte, do diferencial de alíquota do
ICMS, na forma do Convênio nº 93/2015, ausente lei complementar disciplinadora", vencidos os
Ministros Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Luiz Fux
(Presidente). Em seguida, por maioria, foi fixada a seguinte tese: "A cobrança do diferencial de
alíquota alusivo ao ICMS, conforme introduzido pela Emenda Constitucional nº 87/2015, pressupõe
edição de lei complementar veiculando normas gerais", vencido o Ministro Alexandre de Moraes.
Por fim, o Tribunal, por maioria, modulou os efeitos da declaração de inconstitucionalidade das
cláusulas primeira, segunda, terceira, sexta e nona do convênio questionado para que a decisão
produza efeitos, quanto à cláusula nona, desde a data da concessão da medida cautelar nos autos
da ADI nº 5.464/DF e, quanto às cláusulas primeira, segunda, terceira e sexta, a partir do exercício
financeiro seguinte à conclusão deste julgamento (2022), aplicando-se a mesma solução em relação
às respectivas leis dos estados e do Distrito Federal, para as quais a decisão produzirá efeitos a
partir do exercício financeiro seguinte à conclusão deste julgamento (2022), exceto no que diz
respeito às normas legais que versarem sobre a cláusula nona do Convênio ICMS nº 93/2015, cujos
efeitos retroagem à data da concessão da medida cautelar nos autos da ADI nº 5.464/DF. Ficam
ressalvadas da proposta de modulação as ações judiciais em curso. Vencidos, nesse ponto, o
Ministro Edson Fachin, que aderia à proposta original de modulação dos efeitos, e o Ministro Marco
Aurélio (Relator), que não modulava os efeitos da decisão. Redigirá o acórdão o Ministro Dias Toffoli.
Plenário, 24.02.2021 (Sessão realizada por videoconferência - Resolução 672/2020/STF).
LEI 17.470/ 13.12.2021 – DIFAL EM SÃO PAULO
Artigo 2º - Ficam acrescentados, com a redação que segue, os dispositivos adiante indicados à Lei n.º
6.374, de 1º de março de 1989:
I - os incisos XVII e XVIII ao artigo 2º:
(...)
XVIII - na saída de bem ou mercadoria de estabelecimento de contribuinte, destinado a consumidor final
não contribuinte do imposto, domiciliado ou estabelecido em outro Estado ou no Distrito Federal."
II - o § 2º ao artigo 7º, passando o atual parágrafo único a denominar-se § 1º:
"§ 2º - É ainda contribuinte do imposto nas operações ou prestações que destinem mercadorias, bens e
serviços a consumidor final domiciliado ou estabelecido em outro Estado ou no Distrito Federal, em
relação à diferença entre a alíquota interna do Estado de destino ou do Distrito Federal e a alíquota
interestadual:
1 - o destinatário da mercadoria, bem ou serviço, na hipótese de ser contribuinte do imposto;
2 - o remetente da mercadoria ou bem ou o prestador de serviço, na hipótese de o destinatário não ser
contribuinte do imposto."
(grifos acrescidos)
Artigo 4º - Esta lei entra em vigor em 90 (noventa) dias a contar da data de sua publicação, observado o
disposto no art. 150, inciso III, alínea "b", da Constituição Federal.
LEI COMPLEMENTAR 190/05.01.2022 – FUNDAMENTO DE VALIDADE DO DIFAL
NACIONAL
Art. 1º A Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996 (Lei Kandir), passa a vigorar com as
seguintes alterações:
"Art. 4º ..................................................................................
§ 1º ........................................................................................
§ 2º É ainda contribuinte do imposto nas operações ou prestações que destinem mercadorias, bens e
serviços a consumidor final domiciliado ou estabelecido em outro Estado, em relação à diferença entre a
alíquota interna do Estado de destino e a alíquota interestadual:
I - o destinatário da mercadoria, bem ou serviço, na hipótese de contribuinte do imposto;
II - o remetente da mercadoria ou bem ou o prestador de serviço, na hipótese de o destinatário não ser
contribuinte do imposto."
Art. 3º Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação, observado, quanto à produção
de efeitos, o disposto na alínea "c" do inciso III do caput do art. 150 da Constituição Federal.
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei
que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
PROBLEMÁTICA: A PARTIR DE QUANDO A COBRANÇA É VÁLIDA?
Artigo 4º - Esta lei entra em vigor em 90 (noventa) dias a Art. 3º Esta Lei Complementar entra em vigor na data de
contar da data de sua publicação, observado o disposto sua publicação, observado, quanto à produção de
no art. 150, inciso III, alínea "b", da Constituição Federal. efeitos, o disposto na alínea "c" do inciso III do caput do
art. 150 da Constituição Federal.
PROBLEMÁTICA: A PARTIR DE QUANDO A COBRANÇA É VÁLIDA?
QUESTÕES?
1. As empresas de construção civil (em regra, contribuintes do ISS), ao adquirirem, em outros Estados,
materiais a serem empregados como insumos nas obras que executam, não podem ser compelidas ao
recolhimento de diferencial de alíquota de ICMS cobrada pelo Estado destinatário (Precedentes do
Supremo Tribunal Federal: (...)
2. É que as empresas de construção civil, quando adquirem bens necessários ao desenvolvimento de sua
atividade-fim, não são contribuintes do ICMS. Conseqüentemente, "há de se qualificar a construção civil
como atividade de pertinência exclusiva a serviços, pelo que 'as pessoas (naturais ou jurídicas) que
promoverem a sua execução sujeitar-se-ão exclusivamente à incidência de ISS, em razão de que quaisquer
bens necessários a essa atividade (como máquinas, equipamentos, ativo fixo, materiais, peças, etc.) não
devem ser tipificados como mercadorias sujeitas a tributo estadual' (José Eduardo Soares de Melo, in
'Construção Civil - ISS ou ICMS?', in RDT 69, pg. 253, Malheiros)." (EREsp 149.946/MS).
3. Recurso especial desprovido. Acórdão submetido ao regime do artigo 543-C, do CPC, e da Resolução STJ
08/2008.
(REsp 1135489/AL, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 09/12/2009, DJe 01/02/2010)
DIFERENCIAL DE ALÍQUOTA NA CONSTRUÇÃO CIVIL