Propedêutica Módulo I e II

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💜Propedêutica estomatológica 1

# AULA 1: Física das radiações: Radiação é a transmissão de energia através do


espaço e matéria. Radiações são ondas eletromagnéticas ou partículas que se
propagam com uma determinada velocidade;
- Contêm energia, carga elétrica e magnética.
♡Lembrando um pouco da física: Nós sabemos que uma onda
eletromagnética é formada por: um campo magnético (azul) e um campo
elétrico (vermelho) perpendicular a ele, que se propagam na mesma direção.

- Como qualquer onda, essa também apresenta um comprimento de onda,


representada pela letra grega 𝛌, que é a distância entre duas cristas.
- Sabe-se ainda que o comprimento de onda é inversamente proporcional à
frequência. Portanto, quanto maior o comprimento de onda, menor a
frequência e consequentemente menor o poder de penetração;
- Por outro lado, quanto menor o comprimento de onda, maior a frequência
e o poder de penetração, que é o caso do raio x, por exemplo.
🔍Histórico: Linha do tempo da descoberta do raio x.

Sir William Crookes estudou os raios


catódicos (elétrons acelerados) e
constatou que eles se deslocavam em
linha reta e provocavam aquecimento e
fosforescência em certas substâncias.

♡Esse tubo apresentava formato de ampola de vidro, com dois eletrodos e suas
extremidades que, quando acionado por uma determinada energia, existia uma
diferença de potencial que aceleravam os raios catódicos.
♡Como ocorreu? Wilhelm Conrad utilizou uma bobina de indução, que é um
transformador de energia, um tubo de Crookes, além de uma cartolina preta
envolvendo-o. Adjacente ao tubo, nós tínhamos uma tela de cianeto de bário e
dois eletrodos do tubo que já foram citados anteriormente.

→Na íntegra: “Utilizando um tubo de Crookes coberto com um cartão negro e


excitado por uma bobina de indução, trabalhava com raios catódicos. Seu
laboratório de experimentos encontrava-se completamente escuro, e uma luz
muito fraca apareceu, proveniente da tela de cianeto de bário. A fluorescência
era visível até 2 metros de distância e desconhecendo sua origem, denominou-a
“raios X”.”
♡A utilização dos raios x na odontologia foi quase imediatamente feita após a
sua descoberta, Frederic Otto utilizou-a 14 dias após o feito.
- Dentistas como o Dr. Kells contribuíram bastante no aperfeiçoamento do
uso da radiografia na profissão.

📚Natureza do átomo: Matéria: Toda manifestação física que possui massa,


ocupa espaço, tem inércia e exerce força.

→O átomo é a menor partícula da matéria, a sua


estrutura consiste de um núcleo e uma eletrosfera. No
núcleo nós temos os nêutrons e prótons e na eletrosfera
nós temos os elétrons.
📌Natureza da radiação: Pode ser corpuscular, quando se tratar de uma
partícula, como também eletromagnética, se estivermos falando de uma onda.
♡Corpuscular: Consiste em partículas atômicas e subatômicas eletricamente
carregadas movendo-se em alta velocidade.
- Partículas alfa, beta e raios catódicos;

♡Eletromagnética: Aqui falamos em onda, dentre elas, raios gama, raios x, raio
ultravioleta, infravermelho, luz visível, microondas e ondas de rádio.
- Raio x: é o movimento de energia através do espaço na forma de ondas,
decorrente de um campo magnético e outro elétrico.

📙Produção de raios x: Dentro do cabeçote, parte do aparelho radiográfico


intraoral, nós teremos o tubo de raio x.
→Nesse tubo, nós temos dois eletrodos (parecido com aquele do tubo de
Crookes), sendo um desses negativo (cátodo) e outro positivo (ânodo).
- Cátodo: polo negativo;
- Ânodo: polo positivo, onde fica o alvo ideal.
❓Como se dá a formação de raio x no aparelho radiográfico intraoral? A
formação do raio x acontece no cabeçote (parte do aparelho radiográfico), lá,
nós temos um tubo de raio x contendo dois eletrodos, um positivo (ânodo) e
outro negativo (cátodo).
- Desse modo, sabe-se que no polo negativo nós temos o refletor côncavo
de molibdênio e um filamento de tungstênio. Já no ânodo, polo positivo,
nós temos a área focal de tungstênio (alvo ideal) incrustada em uma haste
de cobre com uma angulação de 20° (diminuir a penumbra da imagem).
- Desse modo, mediante um transformador de baixa tensão, ligado apenas
ao polo negativo (cátodo), nós teremos o aquecimento do filamento de
tungstênio, que formará uma nuvem de elétrons, fazendo o que
chamamos de emissão termo-iônica.
- Em continuidade, liga-se um transformador de alta tensão nos dois polos,
de modo que ele, por uma diferença de potencial, acelere esses elétrons e
faça-os se chocarem na área focal para interagirem com o alvo de
tungstênio e formarem, finalmente, um feixe de raio x.

♡Fonte de energia (transformadores): de baixa e alta tensão.


- Baixa tensão: é ligado somente ao cátodo e possui função de aquecer o
filamento de tungstênio de tal modo que os elétrons das camadas mais
externas se desloquem e formem uma nuvem de elétrons importantes na
produção de raio x. Assim, chamamos isso de emissão termo-iônica.
- Alta tensão: ele é ligado nos dois eletrodos,ou seja, tanto ao cátodo como
ao ânodo, isso porque quando ele for acionado ele vai gerar uma
diferença de potencial entre esses dois eletrodos e essa ddp é importante
porque ela vai acelerar os elétrons (a nuvem de elétrons que foi formada)
para se chocarem na área focal.
→Quando esses raios catódicos interagirem com o alvo de tungstênio, eles vão
se chocar, havendo a produção do feixe de raio x que sai pela janelinha.

♡ Radiação X é uma radiação eletromagnética que se forma quando elétrons são


acelerados por uma alta voltagem (ddp) e freados bruscamente contra um
anteparo. Podem ser produzidos raios X por meio de dois processos.
- Radiação de Bremsstrahlung (frenagem): desvio e colisão;
- Característica.
→Radiação de Bremsstrahlung (frenagem): desvio:
- Consideramos na imagem um átomo de tungstênio que está lá no alvo,
área focal. O elétron acelerado vem e, por ter uma carga negativa ele vai
passar próximo ao núcleo e ser levemente atraído, uma vez que o núcleo
tem uma carga positiva, tendo sua trajetória alterada;

Assim, ele elétron acelerado vai ser desacelerado, ou


seja, houve uma perda de energia, que foi dissipada
justamente em forma de fóton de baixa intensidade,
um fóton de raio X.

→Radiação de Bremsstrahlung (frenagem):


colisão: O elétron acelerado que veio do cátodo vai
se chocar diretamente com meu núcleo e perder toda
sua energia, deixar de existir e essa energia ela é
perdida na forma de fóton de máxima intensidade,
fóton de raio x.

→Característica: O elétron acelerado vai se chocar com um elétron da


eletrosfera da camada mais interna (K, menos energética) que vai ser ejetado e
nesse lugar que o elétron foi ejetado vai existir uma vacância, um espaço.

- Esse espaço deixa o elétron muito instável, e como tudo na natureza, a


tendência é se estabilizar, então vão ocorrer transformações nesse átomo
para que ele se torne mais estável.

Assim, essa vacância vai ser preenchida por um


elétron da camada mais externa (L), que vai saltar para
preencher esse espaço; Acontece que esse elétron da
camada mais externa é mais energético, e para ele
conseguir saltar para esse espaço, ele precisa perder
uma certa quantidade de energia;
- Portanto, para saltar e preencher a vacância, o elétron da camada L perde
energia na forma de fóton de radiação característica, fóton de raio X.
📘Interação dos raios x com a matéria: 3 formas.
1. Espalhamento coerente: raio x sai do aparelho radiográfico, interage com o
elétron do átomo do paciente, como a energia do fóton é menor que a energia de
ligação do paciente, esse elétron sofre apenas uma vibração e seu fóton continua em
outra direção.
2. Absorção fotoelétrica: nessa, o fóton possui energia maior ou igual a energia
de ligação do elétron, então toda energia do fóton é absorvida pelo paciente
nesse tipo de interação. Resumindo, toda a energia daqui é suficiente para ejetar
o elétron, mas não provoca “fog” (velamento).
3. Espalhamento comptom: aqui, a energia do fóton é maior que a energia de
ligação do elétron. Então o fóton incidente chega, vai interagir com os elétrons
das camadas mais externas, ejetar o elétron e continuar pois ele possui muita
energia (continua em forma de fóton defletido com intensidade reduzida).
→Como ele continua, agora em outro sentido, ele acaba chegando no filme
radiográfico. Portanto, ele passa do paciente e chega no filme radiográfico, por
isso ele acaba provocando o fog (velamento), que é esse escurecimento
indesejado (sensibilização do filme).

💜Propriedades dos raios x: São 10, sendo elas:


➔ Propagam-se em linha reta; ➔ Pode penetrar corpos opacos;
➔ Possui a mesma velocidade da ➔ Não sofrem reflexão e
luz no vácuo; refração;
➔ É divergente e invisível; ➔ Produz ionização nos sistema
➔ Não é desviada por campo biológicos;
elétrico nem magnético; ➔ Produzem fluorescência e
➔ Pode sensibilizar filmes fosforescência em várias
fotográficos; substâncias.

♡O aparelho de raio x em intraoral possui variações de aparência, complexidade


e custo. O que nós estamos estudando possui 2 tipos de base: a fixa e a móvel,
sendo a fixa mais confiável e mais recomendada de ser usada.
- Dentre os componentes do aparelho de raio x intraoral, nós temos o tubo
de vidro (ou tubo de raio x) com o filamento de tungstênio, bloco de
cobre, o alvo e o refletor côncavo de molibdênio.
- Temos ainda o transformador de alta tensão e baixa tensão, o envoltório
de chumbo, o filtro de alumínio colimador e o dispositivo localizador.
- Além disso, outros componentes importantes são o interruptor de liga e
desliga com a luz de aviso. O marcador de tempo, que pode ser eletrônico
de impulso, o mecânico. Kv e miliamperagem fixos e avisos luminosos e
sinais sonoros.
#AULA 2: Radiobiologia e radioproteção: Possuem radiações por fontes
naturais e artificiais, internas e externas. Assim, as fontes naturais são (80%):
- Radiação interna: K40 dos músculos, C14, radônio e iodo radioativo;
- Radiação externa: Radiação cósmica, solar e elementos radioativos.
↪Fontes artificiais (20%) de radiação: Reatores nucleares, radioisótopos
artificiais (Estrôncio 90, Césio 137), produtos industriais e tubos de raio X.

♡Com relação aos efeitos, eles podem ocorrer de duas formas: direto e indireto:
- Efeito direto: Interfere diretamente na fisiologia celular;
- Efeito indireto: Onde vai ocorrer primeiro a radiólise da água (quebra da
molécula de água) com formação de radicais livres (hidroxila e
hidrogênio) que são altamente instáveis e que combinam entre si ou com
macromoléculas do organismo e formar toxinas, prejudicando o
funcionamento do organismo.
♡Sabe-se que algumas células são mais sensíveis/frágeis a ação da radiação
ionizante. Desse modo, o postulado Bergonié & Tribondeau ainda hoje é
verdadeiro, ele só não se aplica a duas células: os linfócitos e os ovócitos.

📚Fatores que influenciam os efeitos biológicos: Radiação e organismo.


📘Período de latência das radiolesões: Diz respeito ao tempo transcorrido
entre a irradiação e manifestação clínica do dano.
- Quando existe uma irradiação, às vezes, para a gente observar um efeito
biológico, o período de latência pode ser curto (efeitos imediatos) ou
longo (efeitos tardios).
♡Efeitos biológicos das radiações ionizantes:
- Somáticos: Esse efeito é observado no corpo que foi exposto a radiação e
ele não é passado para outras gerações futuras.
- Genéticos: Já esse efeito não é percebido no corpo que foi exposto a
radiação, mas é passado para outras gerações posteriores.
- Determinísticos: Está diretamente relacionado à “dose dependente”, ou
seja, quanto maior a dose, maior o efeito determinístico.
- Estocásticos: Efeito em decorrência da estocagem, acumulação da
radiação (efeito estocástico), maior período de latência.

→A cárie por irradiação não acontece pelo efeito direto da radiação no dente.
Na verdade, ela ocorre indiretamente, devido a diminuição da quantidade de
saliva, reduzindo o ph (e atrapalhar o processo DES-RE) além de reduzir a
capacidade de tamponamento que essa saliva exerce.

↪Eritema em radiodiagnóstico odontológico:


- Considera dose de eritema (aspecto avermelhado): 250 R;
- O aparelho de raio X intra oral produz 1R /segundo;
- Exposição radiografia periapical- média 0,5 segundos;
- Seriam necessárias 500 exposições para causar um eritema no paciente.
💢Radioproteção: possui 4 pilares.
- Princípio da justificação: Qualquer atividade envolvendo exposição
deve ser justificada em relação a outras alternativas e produzir um
benefício líquido para a sociedade;
- Princípio da otimização (ALARA): A exposição deve ser realizada com
doses tão baixas quanto razoavelmente exequíveis (possíveis);
- Limitação de dose individual: A exposição de indivíduos, resultante da
combinação de todas as práticas relevantes, deve estar sujeita a limites de
doses (supervisionar doses que se é submetido);
- Prevenção de acidentes: No projeto de equipamentos e das instalações
deve-se minimizar a probabilidade de ocorrência de acidentes.
♡ Portaria 453/98 da Secretaria de Vigilância Sanitária:
- “Diretrizes de Proteção Radiológica em Radiodiagnóstico Médico e
Odontológico”.

💌Normas de proteção: Abarca paciente, acompanhante, profissional de


população vizinha.

→Para aparelhos que operam com


tensão inferior a 70 Kvp (filtração de
1,5 mm de Al). Superior a 70 Kvp
(filtração total de 2,5 mm de Al.

→A duração da exposição deve ser a


mínima possível. O botão disparador
deve ser do tipo que permita
interromper o disparo e a emissão dos
raios x deve ser indicada por um sinal sonoro e luminoso. O colimador presente
também nesse aparelho, reduz o campo de exposição aproveitando os feixes
menos divergentes. Deve-se haver uma distância, foco-pele, se a tensão for
menor que 60 kvp, a distância mínima é de 18 cm. Se a tensão for maior do que
o de 70 Kvp, a distância mínima é de 24 cm.
😁Profissional: em relação à proteção do paciente.
- Critério na solicitação dos exames;
- Utilização de filmes de maior sensibilidade;
- Bom desempenho da técnica;
- Cuidados no processamento radiográfico.

♡Proteção do acompanhante: Acompanhar o paciente deve ser uma atividade


voluntária, o acompanhante não deve desenvolver regularmente essa atividade e
para realizá-la, é obrigatório a utilização de vestimenta de proteção.
- Se de algum modo o paciente não conseguir segurar, fazer a manutenção
correta do filme radiográfico, pede-se para que o seu acompanhante faça
essa atividade, estando ele, obviamente, com a correta vestimenta de
proteção (colete de chumbo).
# AULA 3: Filmes e processamento radiográfico:
♡Quando o feixe remanescente interage com o filme radiográfico, a gente vai
poder obter uma imagem latente, que vai ser passada por um processamento
radiográfico, para que a gente possa finalmente enxergar a imagem radiográfica.

📚Classificação dos filmes radiográficos:


1. Quanto a utilização: Filme dosimétrico: para profissionais que são
expostos a radiação.
Filmes intrabucais: posicionadas no interior da
cavidade bucal para exposição radiográfica;
Filmes extrabucais: se localizam fora da boca.

→Tanto os filmes intra e extrabucais possuem uma constituição semelhante.


- Então todo filme tem uma base, uma camada adesiva (dois lados), uma
camada de emulsão (onde ficam os sais sensíveis a exposição em raio X),
uma camada protetora e, por fim, a embalagem.

✅Base: de plástico, poliéster;


- Tem 0,2 mm de espessura;
- Ela é translúcida, podendo ser verde ou azul;
- Detém de flexibilidade.
✅Depois dessa base tem-se uma camada adesiva.
✅Em continuidade, há as camadas de emulsão (dos dois lados). Essa camada
de emulsão seria a parte sensível à exposição dos raios x, ela é feita de um
material gelatinoso e não gelatinoso (matriz) e sais halogenados de prata (parte
sensível aos raios X).

Essa matriz feita de material gelatinoso e não


gelatinoso possui uma característica de se
intumescer (inchar) quando mergulhada na
solução processadora, isso porque ela é porosa, o
que permite que as soluções químicas que estão
ali na processamento radiográfico penetrem no
seu interior e tenham contato com os cristais.
✅Em seguida, temos uma camada protetora que também é feita de gelatina e
ela vai recobrir a emulsão para protegê-la de dobras, arranhões e contaminação.
✅Ao final, o filme vai vir dentro de uma embalagem.
♡Constituição do filme intrabucal:

Embalagem plástico: veda o filme e protege


contra umidade.
Papel preto: protege o filme com relação a luz;
Lâmina de chumbo: para localização;
Película radiográfica: filme.

♡Constituição do filme extrabucal: Observe que o filme da marca T-MAT tem


sais halogenados de prata maiores que o convencional. Além disso, o filme
convencional contém cristais globosos e os da T-MAT, além de serem maiores,
eles são retos/tabulares, isso aumenta a superfície de contato do feixe de raio x
com o cristal, ou seja, torna o filme mais sensível à exposição de raio x.

O fato de um filme ser sensível é uma


característica positiva, isso porque quanto
mais sensível ele for, menor a dose de
radiação que eu vou utilizar nessa
exposição radiográfica. Desse modo, um
filme sensível é benéfico ao paciente,
pois eu não estou expondo-o a uma
quantidade tão alta de radiação.

✓Para os filmes extrabucais serem sensibilizados, eles precisam ser colocados


dentro de chassi/cassete, que nada mais é do que uma caixa rígida metálica que
a gente abre e coloca o filme extrabucal dentro e fecha.
✓Em cada lado do chassi nós temos uma placa intensificadora.
- Esses filmes extrabucais em vez de serem sensíveis apenas ao raios x,
eles também são sensíveis a luz (mais, inclusive), por isso eles devem ser
colocados dentro dessa caixa;

- Então essa placa funciona da seguinte maneira: ao ser sensibilizada por


um feixe de raio x, essa placa intensificadora, quando recebeu um fóton
de raio x, ela vai emitir uma grande quantidade de luz, e essa luz, junto
com o raio x (um pouco) é que vai sensibilizar o filme extrabucal.

✓Placas intensificadoras: Quanto maior a sensibilidade de um sistema, menor


o nível de detalhamento da imagem radiográfica.
- Para que essa placa intensificadora (écran) emita aquela grande
quantidade de luz ao interagir com o raio x, ela vai ter uma camada de
fósforo (dos dois lados), que são sais.

- Quanto maior esses sais, menor a quantidade raio x que eu preciso e


maior vai ser a quantidade de luz. Isso faz com que esse sistema fique
mais sensível, ou seja, menor a dose de radiação será preciso;
- Porém, quanto maior a sensibilidade, menor vai ser o detalhe da minha
imagem radiográfica, isso funciona tanto para placas intensificadoras
quanto para o filme radiográfico.
⬆Tamanho dos cristais ⬆Sensibilidade ⬇Dose de radiação ⬇Detalhamento
⬇Tamanho dos cristais ⬇Sensibilidade ⬆Dose de radiação ⬆Detalhamento
2. Quanto ao tamanho: Filmes intrabucais (no screen), filmes diretos:
- São chamados de diretos pois eles são expostos diretamente a radiação,
ou seja, não há nenhuma caixa, como na extrabucal, que “interrompa” a
passagem da radiação. A radiação é colocada diretamente no paciente.

➔ Filmes periapicais: 1.1-Odontopediátrico e 1.2-Padrão (adulto).


➔ Filmes interproximais:Vários tamanhos (pouco usual).
➔ Filmes oclusais: paciente segura-o ao morder (oclusão).

✓ Filmes extrabucais (screen), filmes indiretos:

São chamados de indiretos pois eles não se


expõem diretamente ao feixe de raio x, eles são
colocados dentro de um chassi e expostos tanto
ao raio x quanto, principalmente, a luz, que é
emitida pela placa intensificadora.
3. Quanto a quantidade: filme simples e duplo.
- Simples: uma película dentro da embalagem. Uma imagem radiográfica;
- Duplo: duas películas dentro da embalagem. Duas imagens radiográficas.
4. Quanto à sensibilidade: Em roentgen recíproco R* (inverso do roentgen).
- Roentgen: unidade de medida de exposição à radiação;

- Os filmes podem ser menos sensíveis: grupo A e mais sensíveis: grupo F.


- O tamanho do cristal é inversamente proporcional ao detalhe.

♡Armazenamento dos filmes radiográficos: Se atentar, pois eles são sensíveis:

Calor;
Umidade;
Químicos;
Raio x.

📌Imagem latente: Quando a gente faz a exposição radiográfica, parte do feixe


vai ser absorvido pelo paciente e parte do feixe vai passar pelo paciente e vai
sensibilizar o filme. Na íntegra:
- “Nem toda a radiação X que penetra no objeto o atravessa: alguns são
absorvidos pelo paciente e aqueles que conseguem ultrapassá-lo formam
a imagem radiográfica”.
- O que vai sensibilizar o filme é o feixe de raio X remanescente.
- Então os cristais de sais de prata existentes na emulsão de um filme
modificam-se quando absorvem raios X. O conjunto destas partículas de
prata é denominado de imagem latente (não é visível).
- Portanto, imagem latente nada mais é do que sais de prata modificados.

⏰Processamento radiográfico: Etapas requeridas para converter a imagem


latente (sais de prata modificados) em imagem permanente e visível.
IMAGEM LATENTE ⇨ IMAGEM VISÍVEL
➔ Revelação: serve para transformar íons de prata em
prata metálica. Então os íons sensibilizados pelo feixe de raio
x serão transformados em prata metálica.
- Composição: Dois redutores, o elon (redutor rápido) e
a hidroquinona (redutor lento), além de carbonato de sódio/
hidróxido de sódio para expansão e amolecimento da matriz
e também manter o meio alcalino;
- Além disso, nós vamos ter ainda o brometo/iodeto de
potássio, que é um agente restringente importante para
restringir a revelação apenas aos sais de prata sensibilizados,
não revelando aqueles não sensibilizados;

- Temos também o sulfito de sódio, tanto no revelador como no fixador, ele é agente
antioxidante, ele previne o envelhecimento da solução em contato com o oxigênio. E
no meio das duas soluções (revelador e fixador) vai ter a água destilada (solvente).
➔ Lavagem intermediária: Depois da revelação, a gente vai ter uma lavagem
intermediária, que serve para remover o excesso de revelador ou neutralizar sua
ação. Ela pode ser composta por uma solução interruptora (ácido acético e água)
ou água corrente (30 segundos).
- O tempo insuficiente de lavagem pode deixar a imagem amarelada/marrom!
➔ Fixação: Aqui a gente vai remover os cristais de prata que não foram
sensibilizados pelos raios X. Composição: Hipossulfito de sódio, que elimina os
cristais de prata não expostos. Ácido acético, que inibe a ação do revelador
(alcalino) e propicia a acidez necessária.
Além disso, vai ter cloreto de
alumínio/alúmen de potássio, que
contrai e endurece a emulsão.
Temos também sulfito de sódio, um
agente oxidante para prevenir o
envelhecimento do fixador. E o
solvente dos dois, a água destilada.
➔ Lavagem final: vai remover da emulsão qualquer substância adquirida durante
o processamento radiográfico.
Vão ser eliminados: resquícios de
revelador, fixador e etc. Essa lavagem
final é composta por água, que pode
ser corrente ou parada.

➔ Secagem: As radiografias devem secar a uma temperatura ambiente ou em


secadoras apropriadas. Características:
- Ambiente sem poeira;
- O ar não deve ser dirigido diretamente para as radiografias.
➔ Montagem: Procedimento cujo objetivo é organizar as radiografias em cartelas
de acordo com as regiões anatômicas.

📞Soluções processadoras: Tipos:


- Encontradas no comércio: soluções prontas e líquido concentrado.

♡Revelador: Básico (ph inicial de 12)


→Inicialmente incolor, mas depois de
muito processar os filmes, observa-se
uma mudança de coloração e ph dessas
soluções (degradação e exaustão);
→O revelador vai ficar marrom escuro,
o ph vai estar em 10 (menos alcalino).
♡Fixador: Ácido (ph inicial de 4).
→A solução vai ficar branco leitoso e o ph vai estar em 5,5.

💛Métodos de processamento: Nós possuímos 2 tipos de processamento: o


processamento manual e o processamento automático. O processamento manual
utiliza o método de temperatura/tempo e o método visual/inspecional.
- No processo manual nós temos as etapas de processamento de: revelação,
lavagem intermediária, fixação, lavagem final e secagem. Já no
automático, perde-se a etapa de lavagem intermediária. Então nós temos
somente revelação, fixação, lavagem final e secagem.

💙Câmara escura: Local adequado para realização das etapas do


processamento radiográfico. Tem-se 3 tipos: portátil, quadro escuro e labirinto.
# AULA 4: Fatores que interferem na imagem radiográfica:
♡Fatores de formação da imagem: Fator energético, geométrico, objeto, filme,
processamento e véu ou “fog”.

📙Fator energético: são os fatores relacionados com a fonte produtora de raios x.


1. Miliamperagem: 7 a 10 mA. A Miliamperagem é a corrente elétrica que,
passando pelo tubo de raio x, vai aquecer o filamento de tungstênio do cátodo,
produzindo uma nuvem de elétrons.
2. Tempo de exposição: É o grau de escurecimento de uma radiografia (mA x Te);
- O tempo de exposição está relacionado diretamente à densidade da
imagem. Quanto mais tempo exposto, maior a densidade (mais escuro),
quanto menos tempo exposto, menor a densidade (menos escuro).
- Desse modo, todos os valores são diretamente proporcionais. Assim,
quanto menor a miliamperagem e exposição ao raio x, menor será a
minha densidade, ou seja, menor será o meu escurecimento;
- Por outro lado, quanto maior a miliamperagem e exposição ao raio x,
maior será minha densidade e mais escurecida será a imagem.
- Lembrando que as etapas de processamento também influenciam nessa
densidade, exemplo disso seria a etapa de revelação, se você deixar a
radiografia por pouquíssimo tempo no revelador, você vai observar uma
na baixa densidade da radiografia.
3. Quilovoltagem (Kv): provoca a aceleração dos elétrons (60 a 70 Kvp).
- Quanto maior a Kv, maior a energia cinética dos elétrons, menor o
comprimento de onda e consequentemente maior o poder de penetração;
- Por outro lado, quanto menor a Kv, menor a energia cinética, maior o
comprimento de onda e consequente menor poder de penetração.

♡Contraste radiográfico: É a graduação das diferentes densidades da radiografia


em suas diferentes áreas. São os vários tons de cinza de uma imagem
radiográfica.
→Imagens radiopacas: São imagens de estruturas que barram a radiação,
aparecem claras (brancas) na radiografia. Geralmente nesse tipo de imagem
radiopaca vemos ossos, isso acontece porque o número. Eles barram a radiação.
→Imagens radiolúcidas: São imagens de estruturas que atenuam pouco os
raios x aparecem escuras (pretas) nas radiografias. Isso acontece porque o que
vemos em preto são tecidos formados por células muito radiossensíveis, que não
conseguem barrar totalmente a radiografia.

Baixo contraste ou escala longa: menor


diferença entre o preto e branco (maior
quilovoltagem)

Alto contraste ou escala curta: maior


diferença entre preto e branco (menor
quilovoltagem)

❓Se aumentar a quilovoltagem, o contraste aumenta ou diminui? Diminui.


Quando aumentamos o contraste, o fecho de raio x fica mais penetrante,
conseguindo formar imagens de estruturas que antes, com a quilovoltagem mais
baixa, o feixe de radiação não conseguia passar. Dessa forma, quanto maior
quilovoltagem, mais tons de cinzas, referentes à estruturas distintas irão
aparecer na imagem.
- Portanto, são valores inversamente proporcionais, quanto maior a
quilovoltagem, menor o contraste e quanto menor a quilovoltagem, maior
o contraste.

📗Fator geométrico: São os efeitos relacionados com a posição da fonte


produtora de raios x, do objeto e da superfície de registro.
1. Distância foco-filme: é a distância da área focal do filme (ânodo) até o filme.
Quanto mais afastada estiver a fonte de raio x do objeto radiografado, menos
intensa e penetrante será a radiação.
2. Distância objeto-filme: distância da área radiografada até o filme.
- Quanto mais próximo o objeto estiver do filme, mais fiel será a imagem,
aproximando-se do tamanho do objeto.

3. Tamanho da área focal: É a região do ânodo onde os elétrons atingem para a


produção de raio x. Quanto maior o tamanho da área focal, menor será a
penumbra e, consequentemente, a imagem apresentará mais detalhes, ou seja,
maior nitidez.

4. Efeito Benson: Princípio do foco linear


- O objeto deverá estar paralelo à superfície de registro. A não observância
deste princípio resulta em distorção da imagem.
- O mesmo objeto pode determinar diferentes formas radiográficas,
dependendo da relação entre ele e a película radiográfica.
- Os raio x centrais podem ser perpendiculares ao objeto e filme, falhas
neste princípio poderão acarretar em encurtamento ou alongamento das
imagens radiográficas.

5. Angulação do paciente: Princípio de Cieszynski: O fast de raio x deve


incidir perpendicularmente a bissetriz do ângulo, formado entre o longo
eixo do dente.
- O aparelho de raio x objeto e filme deverão permanecer estacionários no
momento de obtenção das radiografias para evitar possíveis distorções.
- Na radiografia panorâmica, a fonte de raio X e o filme sofrerão rotação,
enquanto o paciente permanece estacionário.
6. Angulação do feixe:
- Perpendicular ao dente: alongamento;
- Perpendicular ao filme: encurtamento.

📘Fator objeto: A constituição do objeto é muito importante, pois dela


dependerá absorção dos raios x.
1. Número atômico: De acordo com o número atômico dos elementos dos tecidos,
haverá maior ou menor absorção. Os tecidos moles são constituídos de
elementos de baixo número atômico, então pouco absorvem o raio x. Já os
tecidos duros, como os ossos, são constituídos de elementos de maior número
atômico, então possuem maior poder de absorção do raio x.

2. Densidade física: refere-se a massa sobre volume, e quanto mais denso for o
corpo, maior será o seu poder de penetração.
3. Espessura: quanto mais denso, maior a absorção dos raios x.

📕 Fator filme: a dupla emulsão minimiza a quantidade de dose de radiação no


paciente, mas diminui o detalhe.
- Quanto maior o tamanho dos cristais de prata do filme, menor será o
tempo de exposição necessário. Entretanto, menor será o detalhamento!
📓Fator processamento:
1. Tipo de processamento;
2. Soluções processadoras;
3. Instalações adequadas.

📚Fator véu ou “fog”: É uma densidade extra, indesejável, sobreposta a


densidade básica de uma película. A grande fonte produtora do véu é a radiação
secundária. Radiação secundária é uma radiação espalhada resultante da
interação do feixe primário com a matéria.

✅Uma radiografia ideal deve apresentar:


- Máximo detalhe;
- Mínima distorção;
- Densidade média;
- Contraste médio.
# AULA 5: Técnicas radiográficas periapicais
💜Propedêutica estomatológica 1
# AULA 1: Anatomia radiográfica dentomaxilomandibular: A imagem radiográfica é
uma representação em duas dimensões de um objeto tridimensional, ou seja, temos uma
ausência de profundidade (principal limitação).
- Nós temos uma visualização dos diferentes planos radiográficos em um único
plano, por isso a gente tem a sobreposição de estruturas.
📓Estruturas do órgão dental:
→Esmalte;
→Dentina;
→Cemento;
→Cavidade pulpar.

♡Esmalte: Tecido mais mineralizado do dente. Trata-se de uma imagem radiopaca bem
definida, recobrindo toda a coroa do dente e vai se adelgaçando à proporção que se
aproxima da margem cervical, onde termina.
♡Dentina: Menos radiopaca que o esmalte, pelo qual é recoberta e protegida.

♡Cemento: Apresenta-se como uma estrutura delgada (muito fina), tornando-se, por isto,
radiograficamente impossível de ser diferenciado da dentina (cemento saudável).
Conseguimos identificar cemento radiograficamente quando nele houver uma alteração.
♡Cavidade pulpar: Imagem radiolúcida ocupando o centro do dente e se estendendo da
porção coronária ao ápice do mesmo. Divide-se em câmara pulpar e conduto radicular. Sua
topografia varia segundo o dente a que pertence.

🌚Estruturas de suporte:
→Lâmina dura;
→Crista alveolar:
→Osso esponjoso;
→Ligamento periodontal.
✓Lâmina dura: Fina linha radiopaca que circunda um dente implantado no alvéolo, sofre
variações de acordo com a morfologia da raiz dentária, a qual contorna perifericamente.
Continua-se sem interrupção para formar a crista alveolar.
✓Crista alveolar: Linha radiopaca que representa a margem gengival do processo
alveolar.

✓Espaço periodontal: Corresponde ao espaço ocupado pelo periodonto.


Radiograficamente, é visto como uma delgada linha radiolúcida contornando a raiz em
toda a sua periferia. Fica entre o dente e a lâmina dura (também muito fino).
✓Osso esponjoso: A distribuição arquitetônica do osso, forma e tamanhos das trabéculas
são extremamente variáveis. Radiograficamente, o mais frequente é o aspecto da estrutura
trabecular, radiopaca, delimitando os espaços medulares radiolúcidos.

🦷Anatomia radiográfica maxilo-mandibular:


1. Fossas nasais: Imagens radiolúcidas, simetricamente dispostas, acima dos ápices
radiculares dos incisivos.
- Septo nasal: densa linha radiopaca que separa as fossas nasais (D e E);
- Conchas nasais inferiores: correspondem a imagem radiopaca que ocupa ⅓
inferior das fossas nasais.

2. Sombra do ápice nasal: A sobreposição da sombra do ápice nasal sobre o rebordo


alveolar na região dos incisivos centrais, aumenta a radiopacidade da região.
3. Espinha nasal anterior: Pequena área radiopaca em forma de “V”, localizada na linha
mediana abaixo do septo nasal. O bordo inferior das fossas nasais aparece como uma
linha radiopaca contínua à espinha nasal anterior.

4. Canais incisivos: Duas linhas radiolúcidas limitadas por linhas radiopacas que parte
do forame incisivo e termina em uma foramina no assoalho da cavidade nasal (um
canal do lado direito e um do lado esquerdo do septo nasal).

5. Forame incisivo: Área radiolúcida em forma de “pêra” ou “coração”, projetada entre


as raízes dos incisivos centrais, na linha mediana. Corresponde à terminação bucal do
canal incisivo.

6. Sutura intermaxilar: Linha radiolúcida muito fina limitada por duas bordas
radiopacas, que se localiza na linha mediana, entre dois incisivos centrais. Identificada
especialmente em pessoas jovens (aberta nessa fase da vida).
7. Fosseta mirtiforme: Área radiolúcida localizada entre o incisivo lateral e canino
superior. Corresponde a uma área de depressão óssea (na imagem, entre o 12 e o 13).

8. Seio maxilar: Maior dos seios paranasais, é uma cavidade preenchida por ar e
revestida por mucosa. Assim, aparece em radiografias como uma área radiolúcida.
- Margeando a área radiolúcida, encontra-se uma tênue linha radiopaca de osso
cortical, que representa os limites inferior (assoalho do seio maxilar), anterior
(parede anterior do seio) e posterior (parede posterior do seio maxilar).
- Em algumas radiografias da região de canino superior, a parede anterior do seio
maxilar e o assoalho da fossa nasal podem estar em íntima relação, formando
uma imagem em forma de “y”, denominada Y Invertido de Ennis.

→Ocasionalmente, os seios maxilares podem aparecer


“divididos” por finas linhas radiopacas denominadas
septos ou tabiques sinusais. As lojas ou cavidades
formadas pelos septos são denominadas divertículos
sinusais.
9. Hâmulo pterigóideo;
10. 10. Tuberosidade da maxila (túber):
Limite posterior do processo alveolar.
Radiograficamente encontra-se limitado
por uma linha radiopaca que representa
a união das corticais vestibular e
palatina.
11.Processo coronóide da mandíbula: Área radiopaca triangular superposta à região do
túber da maxila ou logo abaixo deste. Pode ser observada devido à abertura exagerada da
cavidade bucal quando da tomada radiográfica.

12.Processo zigomático da maxila/ Osso zigomático: O processo zigomático da maxila


aparece como uma espessa linha radiopaca em forma de “U” ou “V” na região dos ápices
de 1° e 2° molares. O osso zigomático aparece como uma imagem de menor
radiopacidade que continua-se do processo zigomático.

13.Linha oblíqua externa: Continuação da borda anterior do ramo ascendente da


mandíbula, cruza a superfície externa do corpo mandibular. Radiograficamente, é uma
faixa radiopaca que cruza transversalmente o corpo de mandíbula e altura do ⅓ médio
das raízes dos molares.
14.Linha milo-hióidea: Linha radiopaca que se estende da região do 3° molar para região
de pré-molar, num trajeto inferior. Serve de inserção para o músculo milo-hióideo.

15.Fóvea submandibular: Representa uma depressão óssea na região lingual da mandíbula


que aloja a glândula submandibular. Apresenta-se como uma área radiolúcida irregular
abaixo dos ápices radiculares dos molares. É mais evidente quando à linha milo-hióidea
limita-o superiormente.

16.Canal mandibular: Aparece nas radiografias da região posterior, abaixo das raízes dos
molares e pré-molares como uma linha radiolúcida espessa delimitada por dias tênues
linhas radiopacas (bodas superior e inferior do canal mandibular). Aloja o nervo alveolar
inferior e estende-se desde o forame mandibular até o forame mentual.

17.Base da mandíbula: Linha radiopaca espessa na região inferior.


18.Forame mentual: Aparece em algumas radiografias da região de pré-molares inferiores
como uma área radiolúcida arredondada na altura ou sobreposta ao ápice do 1°
pré-molar, do 2° pré-molar ou entre eles.

19.Tubérculos geni (espinhas genianas): Aparecem em radiografias periapicais como uma


área radiopaca irregular abaixo dos incisivos centrais. São pontos de inserção dos
músculos gênio-hióideo e genioglosso.

20.Foramina lingual: No centro da área radiopaca corresponde aos tubérculo deni, na linha
mediana, logo abaixo ao ápice dos incisivos centrais inferiores, é comum a presença de
uma pequena área radiolúcida arredondada que corresponde a foramina lingual.

21.Protuberância mentual: Área de reforço ósseo que pode ser observada desde a região
de pré-molares, mas nas radiografias de incisivos toma sua forma típica de linhas
radiopacas bilaterais que se fusionam na linha mediana, apresentando uma forma
triangular, cuja base corresponde à borda inferior da mandíbula.
22. 22. Canais nutrientes: Linhas radiolúcidas muito finas que
correspondem aos trajetos intra-ósseos das arteríolas ou veias. Podem
ser vistos em qualquer região da maxila e mandíbula, mas são
observados com mais frequência em radiografias de incisivos
inferiores (muito presentes em pacientes que estão passando por uma
perda óssea).
# AULA 2: Técnica interproximal e oclusal.
📘Técnica interproximal: Foi idealizada por Rapper em 1925, é chamada de bite
(morder) wing (asa) pois utilizava-se um papelote para mordida que lembrava uma asa, por
isso o nome “asa de mordida”. Chama-se essa técnica de interproximal justamente porque
ela tem o objetivo de avaliar simultaneamente as faces interproximais dos dentes
superiores e inferiores para obter a imagem nítida da:
- Coroa dental, câmara pulpar e crista óssea alveolar.
- Nós visualizamos as faces interproximais com mais nitidez nesta técnica do que na
periapical (mas a periapical não deixa de visualizar faces interproximais).

♡Angulação vertical: Utilizamos o filme na vertical quando temos um paciente que


apresenta uma perda óssea de média a avançada e, com esse filme na vertical, a gente
possui maior chance de observar esse osso remanescente desse paciente.
💙Técnica interproximal sem posicionadores: sobre a posição da cabeça do paciente, nós
vamos considerar o plano sagital mediano, que vai estar perpendicular ao solo, como
também o plano de Camper, que vai do Tragus (orelha) até a asa do nariz.

→Posicionamento do filme: O levantamento interproximal padrão possui 4 exposições:


duas exposições para pré-molares do lado direito e esquerdo e as outras duas para molares
do lado direito e esquerdo.

→Área de incidência: Para os pré-molares, a gente vai ter uma área de incidência que seria
correspondente ao feixe tocar perpendicular a face vestibular do segundo pré-molar. Para os
molares segue-se a mesma regra, o feixe vai tocar perpendicularmente à face vestibular do
segundo molar.

♡Angulação horizontal: se a angulação não for feita da maneira correta, eu terei


sobreposição de imagem e não conseguirei ver nitidamente as faces interproximais, não
conseguindo realizar um dos principais objetivos da técnica que é a avaliação das faces
interproximais dos dentes posteriores.
💡Indicações: Avaliação de restaurações;
- Diagnóstico ou detecção de cáries (o radiográfico antecede o diagnóstico clínico);
- Acompanhamento da progressão de cáries;
- Avaliação da situação periodontal (crista óssea alveolar).
📗Técnica oclusal: Pode permitir a visualização da maxila ou mandíbula, tendo muita
utilização em observação de dentes supranumerários ou dentes inclusos.

♡Visualização de cálculos salivares: Outra indicação da técnica oclusal é a visualização de


cálculos salivares. E que seriam esses sais? São advindos principalmente da glândula
submandibular, esses cálculos ocorrem quando os ductos da glândula possuem uma certa
tortuosidade e quando a saliva passa, começa a se acumular sais nessas tortuosidades, de
modo que esses sais vão se juntando e formando um cálculo (sialólito).

♡Visualização de cistos;
♡Complementar radiografias periapicais;
♡Visualização de grandes lesões;
♡Visualização de lesões lábio-palatais (pacientes fissurados);
♡Controle da disjunção palatina;
♡Controles cirúrgicos.
📙Técnicas oclusais para maxila: Total e parcial (incisivos, caninos, pré-molares, molares e túber).

📕Técnicas oclusais para mandíbula: Total, parcial (lado direito ou esquerdo) e sínfise.
# AULA 3: Métodos de localização radiográfica: O exame radiográfico apesar de ter
inegável importância na elaboração do diagnóstico, apresenta algumas limitações. Isso
acontece devido a radiografia apresentar uma imagem bidimensional (largura e altura) de
uma estrutura que é tridimensional, ou seja, apresenta largura, altura e profundidade.
- Para contornar isso, diversos pesquisadores desenvolveram técnicas radiográficas
para modificar e acrescentar pequenos detalhes às radiografias.
- Um outro aspecto importante a ser considerado nos exames radiográficos é o
problema da sobreposição das imagens radiográficas de estruturas contíguas. Ao
executarmos um exame radiográfico de rotina, poderemos nos deparar com a
sobreposição, o que trará sérios problemas no tocante à interpretação.
📚Nós temos 5 tipos de métodos:
- Método de Clark (mandíbula);
- Método de Miller Winter (mandíbula);
- Método de Donovan (mandíbula);
- Método de Parma (mandíbula);
- Método de Le Master (maxila).
📗Método de Clark: Conhecido também como princípio da Paralaxe, deslocamento
horizontal do tubo ou do deslizamento. Esse método consiste em substituirmos o
observador pelo tubo de raio X; os objetos seriam as entidades a serem radiografadas e o
anteparo o filme radiográfico.
→Clark, ao propor a sua metodologia, baseou-se na aplicação do princípio da paralaxe:
- Ao examinarmos 2 objetos semelhantes que se encontram em linha reta
sobrepostos, o objeto mais próximo até certo ponto encobrirá o mais distante;
- Ao examinarmos estes 2 objetos sobrepostos em linha reta, se o observador
deslocar-se para a direita ou para a esquerda, notará que um dos referidos objetos
deslocar-se-á em direção contrária àquela realizada pelo observador e o outro
acompanhará a direção do desvio executado.
- Ou seja, o objeto que estiver mais próximo do observador, ele vai se deslocar em
direção contrária a esse deslocamento feito por ele. Já o objeto mais distante do
observador vai se deslocar no mesmo sentido que ele.

☑Resumindo: O objeto que está perto se desloca em direção contrária ao observador. E o


objeto que está mais longe, acompanha o movimento do observador.
- É utilizado o filme periapical;
- É necessário, no mínimo, duas películas.
→Indicações: O método de Clark é de grande valia na localização radiográfica de dentes
não irrompidos, cuja frequência é bastante grande no campo da cirurgia. Além disso, ele
também é indicado em tratamentos endodônticos, na localização de condutos radiculares.

- Dentes não irrompidos;


- Condutos radiculares;
- Corpos estranhos;
- Anomalias.

☑Aplicando-se o princípio da Paralaxe, teremos o seguinte raciocínio: Nesta incidência


radiográfica, para a região dos dentes incisivo lateral e caninos superiores, podemos
observar a imagem radiográfica do dente canino não irrompido, sobreposta à porção
radicular do dente incisivo lateral superior.

💭Imagine uma lesão intra óssea no elemento 11. Para melhor interpretação, eu preciso
saber se a lesão está pela vestibular ou pela palatina, então eu tenho que executar essa
técnica para descobrir onde ela está. Assim, ao realizá-la e perceber que a minha lesão está
indo no sentido do cabeçote, é porque essa lesão está por trás, pela palatina ou lingual.

☑Nessa primeira imagem, nós vemos um odontoma


(tumor) impedindo a erupção do dente 21,
sobrepondo-se às imagens dos dentes 61 e 22 (à
esquerda). Na segunda radiografia (à direita) o tubo de
raio X foi deslocado para distal (distorradial), nós
vemos que o odontoma agora está sobrepondo apenas
do dente 61. Portanto, conclui-se que o tumor
(odontoma) está mais a frente, para vestibular porque, ao deslocarmos o cabeçote para
distal, ele não acompanhou o movimento e saiu de perto do dente 22, ou seja, foi para o
sentido contrário, caracterizando justamente o princípio da paralaxe, onde a estrutura que
está mais a frente é aquela que vai em sentido contrário ao deslocamento do observador.

📕Método de Miller-Winter: Também chamado de técnica do ângulo reto ou da dupla


incidência. Foi originalmente idealizado para localizar dentes não irrompidos da região
dos molares inferiores. Entretanto, ele pode ser utilizado em outras regiões.
- Indicado para localização do terceiro molar inferior;
- Duas incidências: uma periapical convencional e outra oclusal;
- Duas incidências em que os raios são perpendiculares entre si.

☑Aqui, na incidência periapical eu tenho uma visão mésio-distal do dente (altura e


largura), e na incidência oclusão eu tenho uma visão vestíbulo-lingual do dente. Eu realizo

📘
as duas incidências justamente para aumentar o detalhamento da radiografia.
Método de Donovan: Nos dentes não irrompidos, quando apresentam localização mais
posterior, a colocação do filme no exame oclusal será dificultada e o resultado radiográfico
não incluirá a região radicular, restringindo assim a aplicação da metodologia
Miller-Winter. Assim, esse método Donovan vem solucionar este problema.
- Pode ser chamado de modificação da técnica de Miller-Winter;
- Terceiros molares que estão muito no ramo da mandíbula (muito posterior);
- Indicado quando a técnica de Miller-Winter não visualizar todo o terceiro molar.
=

→A autora sugere o posicionamento do filme sobre o ramo ascendente da mandíbula,


abrangendo a área trigonorretromolar, e com auxílio do dedo indicador, o paciente mantém
a borda do filme apoiada na superfície do segundo molar inferior ou do rebordo alveolar,
quando este estiver ausente.

📙Método de Parma: Utilizado quando a radiografia periapical não mostra as raízes por
completo dos terceiros molares. Aqui, foi modificada apenas a posição do filme (alterei a
angulação da película), o que resolveu o problema.

- Esse método é indicado quando a radiografia periapical convencional não registra


o terceiro molar por completo;

📒
- O tempo de exposição é o mesmo.
Método de Le Master: Diferente as outras que são utilizadas na mandíbula, esse método
é utilizado na maxila. Seu objetivo é remover algumas sobreposições da região do terço
médio da face, como o arco zigomático e o seio maxilar, elas impedem que eu veja a
porção radicular do dente. Para isso, eu utilizo essa técnica radiográfica.
- É empregado principalmente quando a técnica radiográfica periapical da bissetriz é
utilizada no exame da região dos dentes molares superiores, onde ocorre com
grande frequência a superposição da imagem radiográfica do processo zigomático
da maxila com aquela correspondente à região apical desses dentes;
- A técnica consiste na colocação de um rolete de algodão, fixado ao filme
radiográfico, o que vem melhorar as condições de paralelismo entre o longo eixo
do filme radiográfico e o dente a ser radiografado (consequentemente diminuímos
a angulação vertical empregada).

❗REVISÃO ANATOMIA

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