União Ibérica: Trabalho Realizado Por: Bernardo Trindade Porto Nº5 8ºB Disciplina de História

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UNIÃO IBÉRICA

Trabalho realizado por:


Bernardo Trindade Porto Nº5 8ºB
Disciplina de História
INTRODUÇÃO:

Com este trabalho pretendo abordar o tema da União Ibérica que consiste no nome que é
dado ao período em que Portugal e Espanha se tornaram uma união governada pelo mesmo
rei. Essa união política durou de 1580 a 1640 e foi causada pela crise na sucessão do reino
de Portugal. Neste período, o rei Filipe II da Espanha tornou-se, ao mesmo tempo, o rei
Filipe I de Portugal e governou os dois territórios como se fossem apenas um. Tentarei ficar
a conhecer melhor este período da história, bem como a Dinastia Filipina e a Restauração da
Independência.
UNIÃO IBÉRICA

DESCENDENTES DE D. MANUEL I

Do primeiro casamento de D. Manuel com Isabel de Aragão nasceu, a 30 de setembro de


1497, Miguel da Paz.

No seu segundo casamento com Maria de Aragão ocorrido a 30 de outubro de 1500,


nasceram dez filhos: João III de Portugal; Isabel de Portugal; Beatriz de Portugal; Luís Duque
de Beja; Fernando Duque da Guarda; Afonso de Portugal; Maria de Portugal; Cardeal
Henrique I de Portugal; Duarte Duque de Guimarães e, por fim, António de Portugal.
Do seu terceiro casamento com Leonor da Áustria a 16 de julho de 1518, nasceram mais
dois descendentes: Carlos de Portugal e Maria de Portugal Duquesa de Viseu.

MORTE DE D. SEBASTIÃO E A SUCESSÃO AO TRONO


D. Sebastião era filho de D. João Manuel Príncipe de Portugal e de Joana de Áustria. Seus
avós paternos eram o rei de Portugal D. João III e a rainha D. Catarina. Seus avós maternos
eram o imperador Carlos V e a Isabel de Portugal, Isabel era irmã de João III, e Carlos V era
irmão de Catarina. No dia 4 de agosto de 1578 D. Sebastião morre com 24 anos em Alcácer-
Quibir. Em 1580 João IV fica com o lugar de D. Sebastião.
GOVERNAÇÃO FILIPINA
FILIPE I DE PORTUGAL E II DE ESPANHA
A dinastia filipina ou dinastia de Habsburgo foi a dinastia que reinou em Portugal durante o período de
união entre este país e a Espanha, ou seja, em que o Rei de Espanha era simultaneamente o Rei de
Portugal.

Os três reis da dinastia filipina pertenciam à Casa de Habsburgo e governaram em Portugal entre 1580 e 1
de dezembro de 1640. Foram eles:

 Filipe I de Portugal e II de Espanha - 1580-1598;


 Filipe II de Portugal e III de Espanha - 1598-1621;
 Filipe III de Portugal e IV de Espanha -1621-1640.

Filipe chegou a Lisboa e foi aceite como Rei Filipe I pelas cortes em Tomar. Garantiu a
autonomia Portuguesa, por considerar a união como uma união pessoal, da mesma forma
que tinham feito Isabel e Fernando com Castela e Aragão. Indicavam apenas Portugueses
para a administração, convocavam as cortes com frequência, e era acompanhado por um
conselho Português em Madrid. Filipe I, nasceu em 1527 e era filho de Carlos V e de Isabel
de Portugal. O seu primeiro casamento ocorreu a 13 de Novembro de 1593 com D. Maria
Manuela de Portugal, filha de D. João III e de D. Catarina. Casou depois em 1554 com Maria
Túdor, rainha de Inglaterra que veio a falecer em 1558. Mais tarde casou com Isabel filha do
rei de França e de Catarina de Médicis que morre em 1568. Volta a casar com Ana de
Áustria ilha de Maximiliano II. Ana de Áustria morre em 1580. Filipe I morre em 1598
D. Filipe I determinou a preparação de uma expedição que conquistasse a Inglaterra.
Mandou-se preparar um exército de 35.000 homens de infantaria e cavalaria que seriam
transportados de Dunquerque, no Canal da Mancha, por uma frota de embarcações de
fundo chato, que deveriam ser escoltadas e protegidas por uma poderosa esquadra à qual
se deu o nome de Invencível Armada. Lisboa, pela sua estratégica colocação e a sua
capacidade de abrigo, foi escolhida para reunir esta famosa frota.

FILIPE II DE PORTUGAL E III DE ESPANHA


Filipe II era também rei de Portugal em função da União Dinástica Ibérica, pelo que alguns
dos navios utilizados faziam parte da frota portuguesa. Um dos principais esquadrões de
batalha era chamado de "Esquadra Portugal", tendo alguns dos melhores galeões de guerra
do mundo. Grande parte dos pilotos, marinheiros e soldados da Invencível Armada eram
portugueses, apesar de serem comandados por espanhóis. Tal facto gerou controvérsia na
altura, dado que os portugueses, ainda pouco acostumados com as consequências da união
dinástica com o Império Espanhol, não se sentiam à vontade a combater em navios do seu
país e serem comandados por espanhóis.

Os ressentimentos dos Portugueses contra o governo Espanhol aumentaram pela falha


desses reis em visitar Portugal, e indicarem Espanhóis para os assuntos Portugueses, e a
diminuição do comércio consequente das guerras estrangeiras da Espanha, e no aumento
dos impostos para pagar essas mesmas guerras.

FILIPE III DE PORTUGAL E IV DE ESPANHA

O golpe final, foi o plano de Conde Duque de Olivares (1640), de usar tropas portuguesas
contra os Catalães que estavam igualmente descontentes. Duas revoltas Portuguesas, em
1634 e 1637, não chegaram a ter proporções perigosas, mas em 1640 o poder militar
Espanhol ficou reduzido pela guerra com a França e a revolta na Catalunha. O ministro
Francês, Cardeal de Richelieu, tinha agentes em Lisboa, e encontrou um líder em João II,
duque de Bragança, neto da duquesa Catarina (sobrinha de João III), cujas reclamações ao
trono tinham sido vencidas em 1580 por Filipe II de Espanha.

Aproveitando-se da vantagem da falta de popularidade do governador, Margarida de


Saboia, Duquesa de Mântua e do seu secretário de estado Miguel de Vasconcelos, os líderes
do partido da independência conduziram uma revolução nacionalista em 1 de Dezembro de
1640. Vasconcelos foi praticamente a única vítima; as guarnições espanholas saíram para
Espanha; e em 15 de Dezembro de 1640 o duque de Bragança foi coroado rei como D. João
IV (1640-56). D. Filipe III (IV da Espanha) casou com D. Isabel de Bourbon, filha do rei da
França. Depois de viúvo, não sendo já rei de Portugal, casou em segundas núpcias com D.
Maria Ana da Áustria.
RESTAURAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA

Restauração da Independência é o nome que se dá ao golpe de estado revolucionário


ocorrido a 1 de dezembro de 1640, chefiado por um grupo designado de “Os Quarenta
Conjurados” e que se alastrou por todo o reino pela revolta dos portugueses contra a
tentativa da anulação da independência do Reino de Portugal pela governação da dinastia
filipina castelhana.

A Restauração da Independência ou Restauração de Portugal foi um processo histórico que


procurou a autonomia portuguesa após sessenta anos de União Ibérica. A União entre as
coroas não teve aprovação homogénea de ambos os lados desde o seu início. Em Portugal,
houve uma grande rejeição popular, ao mesmo tempo que havia o interesse de alguns
grupos da nobreza, do clero, da burguesia e dos comerciantes por uma economia mais
estável e um exército mais forte. Em Espanha, existia a preocupação com um poder tirano,
com seus negócios e domínios. Os primeiros descontentamentos de Portugal com esta
União, tiveram início com a ascensão de Filipe II ao trono, tendo como argumento a sua
ilegitimidade consanguínea e o não cumprimento de algumas cláusulas do acordo feito
perante as Cortes de Tomar em 1581. A Restauração teve apoio de nobres e aristocratas,
que se vinham organizando desde 1638 contra as políticas de descentralização e
neutralização, administradas pelo duque de Olivares. O novo rei não foi aclamado como o
esperado e ainda teve que encarar a desconfiança do povo, que aguardava o retorno do rei
encoberto que os libertaria do julgo espanhol. Foi o messianismo Bragantino que acabou por
ser utilizado para legitimar a ascensão de D. João IV, baseado na lealdade dos nobres e na
dinastia que descendia de D. Manuel. Acompanhado do surgimento do nacionalismo na
figura do Quinto Império, buscava relacionar as glórias do passado e vitórias do futuro. No
meio dessas divergências internas, D. João IV tentou traçar uma política externa de alianças
com os países inimigos da Espanha. Neste período, o confronto entre espanhóis e
portugueses para a manutenção do poder estendia-se pelos domínios que ambos possuíam
no ultramar, assim como outras disputas conhecidas como: Guerra Luso-Holandesa
encerrada em 1663, e a Guerra dos Trinta Anos encerrada em 1648. A monarquia dual da
dinastia filipina terminou com o Tratado de Lisboa em 1668.

CONCLUSÃO:
A união ibérica foi a época em que Portugal e Espanha tornaram-se uma união
governada pelos mesmos reis. E essa união durou de 1580 a 1640 que foi causada
pela crise na sucessão do reino em Portugal.

WEBGRAFIA
http://historia-portugal.blogspot.com/2008/02/dinastia-filipina-1580-1640.html
https://www.wikipedia.org

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