Lei Complementar 288 2022 Aracatuba SP
Lei Complementar 288 2022 Aracatuba SP
Lei Complementar 288 2022 Aracatuba SP
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta Lei Complementar reorganiza o Estatuto, Plano de Carreira e Remuneração dos
Profissionais da Educação Básica do Município de Araçatuba, integrantes do Quadro do
Magistério Público e integrantes do Quadro de Apoio à Educação, nos termos das disposições
constitucionais e legais vigentes.
XII - vencimento: a retribuição pecuniária básica, fixada por meio de lei e paga
mensalmente ao servidor público pelo exercício de seu cargo ou função;
XVI - lotação: local sede do órgão público onde o servidor vier a ser nomeado, no caso da
educação é a Secretaria Municipal de Educação;
XVIII - servidor estável: é o servidor que foi aprovado no estágio probatório no cargo que
ocupa;
XIX - campo de atuação: delimita-se pela área específica onde opera profissionalmente o
servidor, considerando as atribuições do seu respectivo cargo;
XX - escola de campo: aquela situada em área rural, conforme definida pela Fundação
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE ou aquela situada em área urbana desde
que atenda predominantemente as populações de campo.
CAPÍTULO II
DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
Seção I
Do Quadro do Magistério Público
Art. 5º Para efeito desta Lei Complementar, integram a carreira do Quadro do Magistério
Art. 6º O Quadro do Magistério Público é constituído das seguintes classes, nos termos do
Anexo I, que faz parte integrante desta Lei Complementar:
I - Classes de Docentes:
a) Diretor de Escola;
b) Supervisor de Ensino;
c) Coordenador Pedagógico;
d) Orientador Pedagógico de Educação Básica;
e) Orientador Pedagógico de Educação Especial;
f) Orientador Pedagógico de Arte;
g) Orientador Pedagógico de Educação Física;
h) Orientador Pedagógico de Língua Estrangeira Moderna - Inglês;
i) Orientador Pedagógico Educacional de Planejamento e Administração.
§ 3º A descrição das atribuições, bem como os requisitos para provimento dos cargos do
Quadro do Magistério Público são as descritas nos Anexos VI, VII e IX desta Lei
Complementar.
Seção II
Do Quadro de Serviços e Apoio à Educação
Art. 7º Para efeito desta Lei Complementar, integram o Quadro de Apoio à Educação os
servidores com atribuições relacionadas às atividades-meio de apoio técnico, administrativo ou
operacional, necessárias ao funcionamento das escolas e do sistema do ensino e é composto
pelas seguintes classes de cargos públicos, nos termos do Anexo II, que faz parte integrante
II - Secretário de Escola;
IV - Agente Escolar;
V - Psicólogo Educacional;
§ 3º A descrição das atribuições, bem como os requisitos para provimento dos cargos do
Quadro de Apoio à Educação são as descritas nos Anexos VIII e X desta Lei Complementar.
Seção III
Do Campo de Atuação
I - Classes de Docentes:
Seção IV
Das Formas de Provimento
Art. 11.Para fins de provimento, o número de servidores lotados nas unidades escolares e/ou
na Secretaria Municipal de Educação obedecerá aos seguintes critérios:
a) unidades escolares de educação infantil, com no mínimo 100 (cem) alunos, haverá o
provimento de: 01 (um) cargo de Oficial Administrativo Escolar;
b) unidades escolares de ensino fundamental, com no mínimo 100 (cem) alunos, haverá
o provimento de: 01 (um) cargo de secretário de escola;
c) em unidades escolares com número de alunos entre 501 (quinhentos e um) e 799
(setecentos e noventa e nove) alunos haverá o provimento de:
d) em unidades escolares com número de alunos entre 800 (oitocentos) e 1000 (um mil)
alunos haverá o provimento de:
e) em unidades escolares com número de alunos superior a 1000 (um mil) alunos haverá
o provimento de:
Educação;
a) 01 (um) cargo para atuação em unidades escolares com no mínimo 200 (duzentos)
alunos;
b) 02 (dois) cargos para atuação em unidades escolares com no mínimo 500 (quinhentos)
alunos;
c) 02 (dois) cargos para atuação em unidades escolares, com mais de 350 (trezentos e
cinquenta) alunos, que atendem a educação infantil e o ensino fundamental conjuntamente;
§ 1º A quantidade de alunos a que se refere este artigo deverá ser comprovada através
de relatório da plataforma on-line disponibilizada pela Secretaria da Educação do Estado de
São Paulo e/ou de documentação específica determinada pela Secretaria Municipal de
Educação.
§ 3º O número de cargos a que se refere este artigo poderão ser ampliados ou reduzidos
em proporção à ampliação ou redução da rede municipal de ensino na modalidade específica,
comprovadas através de relatório da plataforma on-line disponibilizada pela Secretaria da
Educação do Estado de São Paulo e ou de documentação específica determinada pela
Secretaria Municipal de Educação.
§ 4º Para a unidade escolar de educação infantil que na data de vigência desta Lei
possua Secretário de Escola no exercício de suas atribuições, a referida função somente será
eliminada da aludida escola em caso de remoção, aposentadoria, exoneração ou demissão,
falecimento do servidor ou caso deixe de contar com o número mínimo de 250 (duzentos e
cinquenta) alunos.
Seção V
Do Estágio Probatório
Art. 12. Após o provimento do cargo em caráter efetivo, o servidor será submetido a estágio
probatório pelo período de 3 (três) anos de efetivo exercício, durante o qual serão avaliadas
sua aptidão e sua capacidade para o desempenho das atribuições do cargo.
Art. 13. A avaliação de desempenho para fins de estágio probatório será regulamentada por
decreto do Chefe do Poder Executivo Municipal, observadas as disposições constantes da Lei
Municipal nº 3.774/1992 e alterações posteriores.
Art. 14. Para o estágio probatório só se conta o tempo de nomeação efetiva na mesma
administração, não sendo computável o tempo de serviço prestado em outra entidade estatal,
nem o período de exercício de função pública a título temporário.
Seção VI
Do Concurso Público Para Ingresso
Art. 16.A investidura nos cargos efetivos que compõem o Quadro do Magistério Público e do
Quadro de Apoio à Educação far-se-á através de aprovação prévia em concurso público de
provas ou provas e títulos, nos termos do artigo 9.º desta Lei Complementar.
Art. 17.O prazo de validade do concurso público será de até 2 (dois) anos, a contar da data
de sua homologação, podendo ser prorrogado por uma vez, por até igual período.
Seção VII
Dos Requisitos
Art. 19. Os requisitos para o provimento dos cargos efetivos que compõem o Quadro do
Magistério Público e o Quadro de Apoio à Educação ficam estabelecidos em conformidade
com os Anexos IX e X desta Lei Complementar.
Art. 20. Para os cargos com exigência de qualificação em nível superior, serão considerados
tão somente os cursos realizados em instituições de ensino superior reconhecidos pelo
Ministério da Educação.
Seção VIII
Da Contratação Temporária
Art. 21. Para atender à necessidade temporária de excepcional interesse público, visando a
continuidade da prestação do serviço público educacional de caráter essencial, nos termos do
artigo 37, inciso IX, da Constituição Federal, e Lei Municipal nº 7.557, de 3 de julho de 2013 ou
outra que sucedê-la, contratar-se-á pessoal, por tempo determinado, para as funções dos
integrantes do Quadro do Magistério Público Municipal e Quadro de Apoio à Educação.
IV - para ministrar aulas decorrentes de cargos vagos ou que ainda não tenham sido
criados;
V - para ministrar aulas cujo número seja insuficiente para completar a jornada mínima de
trabalho do cargo docente;
Art. 22.O servidor contratado por prazo determinado não integrará o Quadro do Magistério
Público ou Quadro de Apoio à Educação efetivo, conforme o caso, e seu vencimento
corresponderá ao número de horas que trabalhar, sendo fixado com base no nível inicial da
classe.
III - a contratação será feita pelo prazo estritamente necessário para atender as
hipóteses elencadas no art. 21 desta Lei Complementar, podendo ser prorrogada nos termos
da legislação municipal aplicável.
Art. 24. O contratado para o exercício das funções temporárias deverá ficar à disposição da
rede municipal de ensino e exercerá as atividades nas unidades escolares que a compõem, a
critério exclusivo da administração pública municipal.
Art. 25. Fica vedado ao servidor contratado por prazo determinado o desempenho de
qualquer atividade diferenciada das funções previstas nesta Lei Complementar.
Art. 26. Fica vedada, para atender necessidade temporária, a contratação de ocupante de
cargo efetivo da rede municipal de ensino que esteja em gozo de licença ou afastamentos
previstos na legislação vigente.
Art. 27.A contratação temporária será precedida de processo seletivo simplificado, na forma
estabelecida em regulamento.
Seção IX
Da Jornada de Trabalho Das Classes de Docentes
Art. 28.Os servidores das classes de docentes do Quadro do Magistério Público cumprirão as
seguintes jornadas semanais de trabalho:
§ 3º As HTPC devem ser realizadas dentro da unidade escolar onde se encontra a sede
do servidor, mas podem ser realizadas em outro local, quando convocado/determinado pela
Secretaria Municipal de Educação, podendo inclusive, neste caso, ser em dia e horário
diferente do estipulado, desde que se respeite o horário de trabalho dos docentes que
acumulam cargos públicos; as HTPI devem ser cumpridas na(s) unidade(s) escolar(es) onde o
servidor tem aulas atribuídas e as HTFC devem ser realizadas em local determinado pela
Secretaria Municipal de Educação.
§ 4º As horas de trabalho pedagógico coletivo com os pares na escola - HTPC devem ser
realizadas com todos os docentes com sede na unidade escolar e destinam-se à discussão,
acompanhamento e avaliação da proposta pedagógica da escola; à formação de grupos de
estudo para preparação de aulas e compartilhamento das melhores práticas pedagógicas; ao
debate e organização do processo educativo na unidade escolar; ao estudo e discussão de
temas relevantes para o aprimoramento do trabalho pedagógico; à reunião de pais e mestres
e à formação continuada dos profissionais.
HTFC, devendo cumprir a jornada integral de trabalho no cargo ou função que estiverem
exercendo.
Art. 29. O ingresso do docente far-se-á sempre na jornada de trabalho a que se refere o
artigo 28 desta Lei Complementar, podendo ser ampliada anualmente, por ocasião da
atribuição de classes e aulas, mediante manifestação do servidor e desde que existam aulas
livres.
§ 1º A ampliação a que se refere o caput deste artigo ocorrerá apenas durante o ano
letivo para o qual se der, devendo o servidor manifestar a intenção de novamente ampliar sua
jornada no ato de inscrição para atribuição de classes e aulas, anualmente.
§ 4º A ampliação de jornada de trabalho não gera direito adquirido e poderá ser reduzida
de ofício pela administração municipal, quando houver redução do número de classes ou
aulas.
Art. 30. Ocorrendo redução de classes e/ou aulas em virtude de alteração da organização
curricular ou diminuição do número de classes, o docente ocupante de função temporária será
dispensado e o docente ocupante de cargo efetivo de Professor de Educação Básica II - PEB
II, deverá completar a jornada a que estiver sujeito em qualquer unidade escolar do Município,
mediante exercício da docência de habilitação própria do cargo ou de disciplinas afins para as
quais estiver legalmente habilitado e observadas as seguintes regras de preferência:
§ 4º Caso não possa ser aplicado o disposto no parágrafo anterior, o docente deverá
cumprir em horário e local designado pela Secretaria Municipal de Educação, tantas horas de
atividades necessárias para atingir a jornada semanal de trabalho obrigatória e reduzida.
Parágrafo único. Aplicar-se-á aos servidores a que se trata a presente Lei, as disposições
constantes do artigo 172 e seguintes e demais aplicáveis da Lei Municipal nº 3.774, de 28 de
setembro de 1992.
Seção X
Da Carga Suplementar de Trabalho Docente
Art. 32.Os titulares de cargo docente poderão exercer carga suplementar de trabalho,
observando-se o interesse público.
Art. 33. Poderão ser atribuídas aos ocupantes de cargo docente, a título de carga
suplementar, horas semanais para:
II - ampliação de jornada.
Art. 34. As vantagens a que fazem jus os servidores do Quadro do Magistério Público
incidirão sobre o valor correspondente da carga suplementar de trabalho docente.
§ 1º Quanto ao décimo terceiro salário, também será observada a média das horas de
carga suplementar exercidas durante o ano letivo.
II - em dias de feriado;
Seção XI
Da Jornada de Trabalho Das Classes de Suporte Pedagógico
Art. 36.A jornada de trabalho dos integrantes das classes de suporte pedagógico fica fixada
em 40 (quarenta) horas semanais, destinadas ao cumprimento de suas atividades específicas.
Parágrafo único. Os integrantes das classes de suporte pedagógico não fazem jus ao
horário de trabalho pedagógico.
Seção XII
Art. 37.Os servidores que compõe o Quadro de Apoio à Educação cumprirão as seguintes
jornadas de trabalho:
§ 3º Os servidores que compõe o Quadro de Apoio à Educação não fazem jus ao horário
de trabalho pedagógico.
Seção XIII
Do Acúmulo de Cargos, Empregos ou Funções
Art. 38. Poderá haver acúmulo de cargos, empregos e funções públicas nas hipóteses
permitidas pela Constituição Federal, em seu artigo 37, inciso XVI, desde que se verifique o
cumprimento dos seguintes requisitos:
I - compatibilidade de horários;
CAPÍTULO III
DA CARREIRA DO QUADRO DO MAGISTÉRIO E DO QUADRO DE APOIO
Seção I
Da Carreira
§ 3º A progressão funcional por tempo de serviço prevista no inciso III deste artigo
corresponde à mesma progressão funcional a que se refere o artigo 46, inciso II, da Lei
Complementar nº 204, de 22 de dezembro de 2009, não se tratando de vantagem funcional
diversa.
2009.
Seção II
Da Remuneração
Art. 41. A revisão geral anual dos integrantes do Quadro do Magistério e do Quadro de Apoio
à Educação será feita na mesma data da revisão dos demais servidores e sem distinção de
índices, nos termos do art. 37, inciso X, da Constituição Federal.
§ 2º A revisão geral anual a que se refere o caput deste artigo não é cumulativa com
eventuais reajustes concedidos nos termos da Lei Federal nº 11.738/2008 ou outra que venha
sucedê-la.
Art. 42. Fica o Poder Executivo autorizado a atualizar por decreto o vencimento dos
servidores do Quadro do Magistério Público se o referido vencimento ficar abaixo do valor do
piso profissional nacional do magistério público de educação básica, estabelecido pela Lei
Federal nº 11.738/2008.
§ 1º A atualização a que se refere o caput deste artigo poderá ser realizada pelo Poder
Executivo após a divulgação do valor do piso salarial pelo governo federal em cada exercício
financeiro.
§ 2º A correção a que se refere o caput ficará restrita aos graus e faixas dos cargos
docentes que apresentarem valor inferior ao estabelecido para o piso profissional nacional do
Art. 43.Quando houver resíduo resultante do não atingimento do mínimo de 70% (setenta por
cento) dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e da
Valorização dos Profissionais da Educação para pagamento da remuneração dos profissionais
da educação básica, observar-se-á as disposições constantes do artigo 26, § 2.º, da Lei
Federal nº 14.113/2020 ou outra que vier sucedê-la.
Seção III
Do Enquadramento Dos Integrantes do Quadro do Magistério e do Quadro de Apoio à
Educação
Art. 44. O enquadramento será feito pela movimentação vertical e horizontal, da classe de
docentes, de suporte pedagógico e de serviços de apoio à educação, considerando os graus e
faixas de vencimento existentes nas tabelas de vencimento, de acordo com cada nível de
formação do servidor, conforme os Anexos III, IV e V desta Lei Complementar.
Subseção I
Da Progressão Funcional Pela Via Acadêmica
Art. 45. A progressão funcional pela via acadêmica será concretizada por meio de
enquadramento em nível de formação superior ao que o mesmo se encontra, observando seu
campo de atuação, dispensados quaisquer interstícios de tempo, na seguinte conformidade:
III - mediante curso de pós-graduação, lato sensu, no campo de atuação, com duração
mínima de 360 (trezentos e sessenta) horas, realizado por instituição de ensino de nível
superior, oficial ou credenciada conforme legislação, será enquadrado, automaticamente, no
§ 2º O servidor será enquadrado no mesmo número de faixa e grau a que estava, mas
dentro do nível de formação da titulação utilizada para a progressão funcional pela via
acadêmica, nos termos dos Anexos III, IV e V desta Lei Complementar:
§ 5º A progressão funcional pela via acadêmica de cada cargo, entre cada classe, limitar-
se-á aos níveis de formação contidos na tabela elaborada para o respectivo cargo, constante
dos Anexos III, IV e V integrantes desta Lei Complementar.
§ 6º Para fazer jus à progressão funcional pela via acadêmica o servidor deverá
apresentar requerimento à Secretaria Municipal de Educação, instruído com a documentação
necessária, no período compreendido entre o dia 1.º ao dia 10 do mês de março, com
exceção da previsão constante do § 9.º deste artigo, e a progressão será concedida com a
mudança de nível de formação após análise da municipalidade, que terá o prazo de 30 (trinta)
dias para apreciação pela concessão ou não, sendo que os efeitos pecuniários terão início em
março no caso de deferimento.
§ 8º A progressão funcional pela via acadêmica tem por objetivo reconhecer a formação
do servidor no respectivo campo de atuação, como um dos fatores relevantes para a melhoria
de seu desempenho e para o aprimoramento da qualidade do ensino público municipal.
§ 9º O primeiro pedido de progressão funcional pela via acadêmica poderá ser realizado
a qualquer momento pelo servidor sem a observância do prazo estabelecido no § 6.º deste
artigo, desde que sua posse no cargo público ocorra em data posterior ao dia 10 de março, e
protocole requerimento com a documentação necessária.
Subseção II
Da Progressão Funcional Por Capacitação
Art. 46. A progressão funcional por capacitação tem por finalidade reconhecer a dedicação do
profissional da educação básica de carreira em estar sempre se atualizando, aprimorando
seus conhecimentos com o objetivo de melhorar a qualidade do ensino e da aprendizagem e
será realizada a cada 4 (quatro) anos.
Art. 47.Terá direito à progressão funcional por capacitação, desde que em cursos específicos
do campo de atuação, observado o interstício de 4 (quatro) anos entre cada progressão por
capacitação, sem desconsiderar a progressão por capacitação que se deu com base na Lei
Complementar nº 204, de 22 de dezembro de 2009:
§ 1º O servidor que realizar os cursos previstos nos incisos deste artigo e que não tenha
faltas injustificadas durante o período de 4 (quatro) anos terá garantida a sua progressão
funcional por capacitação.
§ 5º O servidor que atender ao disposto neste artigo passará da faixa que estiver para a
faixa imediatamente posterior, dentro do respectivo nível de formação.
Art. 48.O enquadramento será feito pela movimentação vertical das classes dos profissionais
da educação básica, considerando as faixas do nível de formação e grau de referência dos
seus vencimentos.
§ 1º As progressões funcionais por capacitação poderão ser requeridas pelo servidor, por
escrito, acompanhada da documentação pertinente, diretamente à Secretaria Municipal de
Educação no período compreendido entre o dia 10 ao dia 20 do mês de agosto.
Art. 49.Para fins de progressão funcional pela via acadêmica ou por capacitação, a área de
atuação delimita-se por parâmetros específicos, na seguinte conformidade:
a) pelas áreas curriculares que integram a formação acadêmica do docente que rege
classes de educação infantil, de anos iniciais do ensino fundamental, de educação de jovens e
adultos e de educação especial;
b) pela área curricular que integra a disciplina constituinte da formação acadêmica do
docente que rege classes de ensino fundamental nos anos finais do ensino fundamental ou na
educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental, quando se optar pela presença do
professor portador de habilitação específica;
II - para os integrantes das classes de suporte pedagógico: pela natureza das atividades
inerentes às funções de cada uma delas, considerando-se o conteúdo do curso realizado e
sua relação direta com as atribuições do cargo titularizado pelo servidor;
III - para os integrantes do Quadro de Apoio à Educação: pela natureza das atividades
inerentes às funções de cada um dos cargos, considerando-se o conteúdo do curso realizado
e sua relação direta com as atribuições do cargo titularizado pelo servidor, inclusive,
conteúdos pedagógicos relacionados à educação infantil e ensino fundamental.
Parágrafo único. Para fins de delimitação do campo de atuação de que trata este artigo,
considerar-se-ão acrescidas às áreas curriculares de Linguagens e Códigos, Ciências da
Natureza e Matemática, e Ciências Humanas, com suas respectivas tecnologias, as temáticas
de aprofundamento e enriquecimento curricular que tenham por objeto:
Seção IV
Da Progressão Por Tempo de Serviço
Art. 50.Para fins de progressão funcional por tempo de serviço dos servidores a que se refere
esta Lei Complementar, deverão ser cumpridos interstícios mínimos de 2 (dois) anos,
computados sempre o tempo de efetivo exercício.
pedagógico;
III - de cargo efetivo do quadro de apoio à educação para outro cargo efetivo do quadro
de apoio à educação ou para as classes de docentes;
Art. 52.A contagem de tempo para efeito de progressão por capacitação será realizada em
conformidade com o previsto na Lei Complementar nº 87/2001.
CAPÍTULO IV
DAS VANTAGENS DA CARREIRA DO QUADRO DO MAGISTÉRIO E DO QUADRO DE
APOIO À EDUCAÇÃO
Seção I
Disposições Gerais
Art. 53.São vantagens dos integrantes do Quadro do Magistério Público e dos integrantes do
Quadro de Apoio à Educação, além de outras instituídas pela legislação vigente aplicável a
todos os servidores públicos municipais:
IV - ajuda de custo;
V - diárias;
IX - auxílio alimentação;
X - plano de saúde;
Parágrafo único. O adicional por tempo de serviço e a sexta parte incidirão sobre o valor
correspondente à jornada de trabalho.
Seção II
Do Adicional de Transporte
Art. 54. Fará jus ao adicional de transporte, que corresponderá a 15% (quinze por cento)
sobre o valor do salário base de enquadramento do servidor, os seguintes titulares de cargo
efetivo:
I - Diretor de Escola;
IX - Psicólogo Educacional;
XI - Fonoaudiólogo Educacional;
§ 2º O adicional de transporte a que se refere o caput não será devido quando o servidor
a que se referem os incisos deste artigo utilizarem veículo oficial da Secretaria Municipal de
Educação ou da Prefeitura Municipal, exceto para:
§ 3º Os servidores a que se referem os incisos II a XIII do caput deste artigo e que não
tenham interesse pelo adicional de transporte deverão manifestar por escrito através de
declaração ou outro documento similar, junto à Secretaria Municipal de Educação no mês de
dezembro.
Seção III
Da Gratificação Pelo Trabalho Noturno
§ 1º A gratificação pelo trabalho noturno será de 20% (vinte por cento), calculado sobre o
enquadramento do servidor na tabela de vencimento, sobre as horas efetivamente trabalhadas
no período noturno.
§ 2º Considera-se trabalho noturno para efeito desta Lei Complementar, aquele realizado
no período compreendido entre as 22:00 (vinte e duas) horas de um dia às 05:00 (cinco)
horas do dia seguinte.
CAPÍTULO V
DOS AFASTAMENTOS
Art. 56.Além de outras hipóteses previstas no Estatuto dos Servidores Públicos Municipais de
Araçatuba, os integrantes do Quadro do Magistério Público e os integrantes do Quadro de
Apoio à Educação poderão ser afastados do exercício do cargo, respeitado o interesse da
administração municipal para:
II - exercer cargo vago ou substituir ocupante de cargo quando este estiver afastado,
desde que habilitado;
§ 1º Com relação ao afastamento previsto no inciso III o mesmo será concedido sem
prejuízo de vencimentos e das demais vantagens do cargo para 5 (cinco) profissionais efetivos
e estáveis da educação básica que tenham sido aprovados em processo seletivo específico
em seu campo de atuação, observando os seguintes critérios:
III - havendo número maior que 5 (cinco) pessoas com comprovada aprovação no curso,
haverá sorteio público na sede da Secretaria Municipal de Educação;
§ 6º O afastamento previsto no inciso III do caput deste artigo e § 4.º deste artigo só
serão permitidos aos servidores que estejam matriculados em cursos reconhecidos pelo
Conselho Nacional de Educação - CNE/MEC.
§ 8º Ao término do afastamento concedido nos termos do inciso III do caput deste artigo
e § 4.º deste artigo, o servidor retornará ao trabalho junto à Secretaria Municipal de Educação
e deverá permanecer, no mínimo, por igual período ao do afastamento, inclusive para
solicitação de um novo afastamento de qualquer natureza.
§ 9º Nos casos dos afastamentos previstos no inciso III do caput deste artigo, haverá
ressarcimento aos cofres públicos quando:
Art. 57. Aplicar-se-á aos servidores, no que couber, as disposições relativas a outros
afastamentos, previstos na legislação municipal vigente.
Seção I
Da Reabilitação Profissional e da Readaptação
Art. 58. O servidor incapacitado parcial ou totalmente para o exercício das atribuições
próprias de seu cargo será submetido à reabilitação profissional de acordo com as normas
estabelecidas na Lei Municipal nº 3.774/1992 ou outra que vier a sucedê-la.
IV - não farão jus às progressões funcionais via acadêmica e por capacitação previstas
nesta Lei, exceto se a readaptação ocorrer em atribuições laborativas constantes dos quadros
de servidores a que se refere a presente Lei;
V - não farão jus ao horário de trabalho pedagógico, devendo desempenhar sua jornada
de trabalho completa nos termos do artigo 28, § 8.º, desta Lei Complementar;
VII - o readaptado não pode, sob qualquer pretexto, negar-se a se submeter à inspeção
médica periódica, que será realizada mediante convocação feita pela Administração Municipal
ou pelo órgão previdenciário.
Seção II
Da Disponibilidade/adido e do Aproveitamento Dos
III - quando o docente estável que por qualquer motivo ficar sem classe e/ou jornada de
aula ou o titular de cargo de Diretor de Escola e Coordenador Pedagógico que ficar sem sede
de exercício.
§ 2º Constituirá falta grave, sujeita às penalidades legais, a recusa por parte do servidor
em disponibilidade/adido em exercer as atividades para as quais for regularmente designado.
CAPÍTULO VI
DA SUBSTITUIÇÃO
Art. 65.A substituição do cargo de Diretor de Escola será realizada pelo Coordenador
Pedagógico da mesma unidade escolar.
II - em caráter cumulativo;
Art. 67.A contratação por tempo determinado de docentes para substituições será feita por
meio de processo seletivo cuja validade será de 1 (um) ano, contado da data da homologação,
podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período, a critério da Secretaria Municipal de
Educação.
Art. 69. Os servidores do Quadro de Apoio à Educação poderão ser substituídos por
servidores contratados por tempo determinado, em função pública temporária, caso
necessário, e atendido o interesse público.
CAPÍTULO VII
DA ATRIBUIÇÃO E DA REMOÇÃO
Seção I
Da Atribuição
Art. 70. Para fins de escolha de turno de trabalho na atribuição anual de classes ou aulas na
unidade escolar, os docentes do mesmo campo de atuação das classes ou das aulas a serem
atribuídas serão classificados de acordo com os títulos e tempo de serviço.
§ 2º Por atribuição entenda-se o ato pelo qual a administração pública municipal, por
meio da Secretaria Municipal de Educação determina as classes, turmas ou aulas em que o
Seção II
Da Remoção
Art. 71.A remoção dos servidores a que se refere esta Lei Complementar processar-se-á por
permuta ou por concurso de tempo de serviço e títulos.
§ 2º A remoção por permuta, proposta entre dois servidores ocupantes do mesmo cargo
será realizada mediante anuência das partes e da Secretaria Municipal de Educação, sendo
devidamente registrada em termo próprio e deverá ser requerida pelos interessados no
período compreendido entre o encerramento do ano letivo e antes do início do ano letivo
subsequente.
II - faltar até 3 (três) anos para completar o tempo necessário para aposentadoria;
§ 8º A fixação de sede definitiva aos servidores a que se refere o § 7.º dar-se-á apenas
após a conclusão do concurso de remoção dos demais servidores a que se refere o § 5.º
deste artigo.
CAPÍTULO VIII
DAS FÉRIAS E DO RECESSO ESCOLAR
Art. 72.Os titulares de cargo do Quadro do Magistério Público farão jus ao período de férias e
recesso escolar de acordo com as disposições constantes desta Lei Complementar.
§ 1º O servidor a que se refere o caput somente fará jus ao período de recesso escolar
após transcorrido 1 (um) ano de efetivo exercício público no cargo que é titular.
II - recesso escolar:
a) 30 (trinta) dias de férias por ano a serem usufruídas de acordo com o interesse e
necessidade da administração municipal; e,
b) 10 (dez) dias, preferencialmente, de 22 a 31 de dezembro, ou escalonados pelo
superior imediato desde que não comprometa os trabalhos educacionais da rede municipal de
ensino.
a) 30 (trinta) dias de férias sendo no mínimo 20 (vinte) dias no mês de janeiro e o restante
em um bloco único no decorrer do ano letivo; e,
b) recesso escolar:
Art. 73.Os servidores do Quadro de Apoio à Educação, em exercício nas unidades escolares,
além do direito de 30 (trinta) dias de férias anuais, a serem usufruídas preferencialmente nos
meses de janeiro, julho ou dezembro, terão direito a um recesso anual de 10 (dez) dias,
preferencialmente do dia 22 a 31 de dezembro, ou escalonados pela direção da escola.
§ 2º O servidor a que se refere o caput somente fará jus ao período de recesso escolar
após transcorrido 1 (um) ano de efetivo exercício público no cargo que é titular.
CAPÍTULO IX
DOS DEVERES, DOS DIREITOS E DAS PROIBIÇÕES
Seção I
Dos Deveres
XV - zelar pela defesa dos direitos profissionais e pela reputação dos educadores;
XVII - tratar com cortesia, urbanidade e com equidade a todos os alunos, pais,
funcionários e servidores;
XXVI - participar das horas de trabalho pedagógico de acordo com a previsão constante
nesta Lei Complementar, bem como atender a todas as convocações e reuniões de cunho
didático-pedagógicas determinadas pela Secretaria Municipal de Educação;
Parágrafo único. É vedado ao servidor público de que trata esta Lei Complementar:
II - faltar com o respeito aos alunos, aos pais e aos demais servidores e desacatar as
autoridades constituídas;
III - impedir que o aluno participe das atividades escolares em razão de qualquer carência
material;
V - fazer o uso durante sua jornada de trabalho de aparelho celular ou qualquer outro
equipamento eletrônico, salvo expressa autorização da administração pública.
Art. 76. Ocorrendo quaisquer das infrações previstas neste artigo será instaurado processo
administrativo disciplinar, respeitado o contraditório e a ampla defesa, aplicando-se as regras,
procedimento e penas previstas na legislação municipal vigente.
Seção II
Dos Direitos
Art. 77.Os servidores do Quadro do Magistério e do Quadro de Apoio à Educação farão jus
aos direitos específicos elencados neste artigo, além de outros previstos na legislação
municipal:
VII - participar das deliberações que afetam o cotidiano e as funções da unidade escolar
e do desenvolvimento eficiente do processo educacional, dentro de uma gestão democrática
participativa;
CAPÍTULO X
DA VACÂNCIA DE CARGOS OU DE FUNÇÕES TEMPORÁRIAS
Art. 78. A vacância de cargos dos integrantes do Quadro do Magistério Público e dos
integrantes do Quadro de Apoio à Educação ocorrerá nas hipóteses de exoneração, dispensa,
aposentadoria e falecimento, ou outras estabelecidas na legislação vigente.
CAPÍTULO XI
DO REGIME PREVIDENCIÁRIO
Art. 80.Os servidores abrangidos por esta Lei Complementar serão filiados ao Regime Geral
da Previdência Oficial, tutelado pelo Instituto Nacional de Seguro Social.
Art. 81.A aposentadoria dos servidores a que se refere esta Lei Complementar dar-se-á nos
termos da Constituição Federal do Brasil e de acordo com a legislação federal aplicável.
Art. 82. Os benefícios de aposentadoria e pensão correrão por conta do Instituto Nacional de
Seguro Social, complementados pelos cofres públicos do Município, nos exatos termos do
Estatuto dos Funcionários Públicos do Município de Araçatuba ou outra lei que sucedê-la.
CAPÍTULO XII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 84. Os cargos de Educador Adjunto de Creche e Educador Adjunto Infantil com jornada
de trabalho semanal de 30 (trinta) e 40 (quarenta) horas, conforme o caso, permanecem em
extinção na vacância de acordo com as disposições constantes do artigo 86 da Lei
Complementar nº 204/2009.
Art. 85. A jornada de trabalho semanal do cargo docente em extinção na vacância de Tradutor
e Intérprete de Libras pertencente ao Quadro do Magistério, fica estabelecida da seguinte
forma: 30 (trinta) horas semanais, sendo 26 (vinte e seis) horas em atividades com alunos e 4
(quatro) horas de trabalho pedagógico, das quais 2 (duas) horas em atividades de trabalho
pedagógico coletivo com os pares e 2 (duas) horas cumpridas em local determinado pela
Secretaria Municipal de Educação.
Art. 86.O município deverá assegurar, no próprio sistema ou em colaboração com os demais
sistemas de ensino, a oferta de programas permanentes e regulares de formação continuada
para aperfeiçoamento profissional.
Art. 88. Aos integrantes das classes de docentes que optarem pela redução de jornada a que
se refere o artigo 215 da Lei Municipal nº 3.774/1992, aplicar-se-á exclusivamente nas horas
de trabalho pedagógico.
Art. 89. Aplica-se subsidiariamente aos servidores abrangidos por esta Lei Complementar,
naquilo que com a presente não conflitar, as disposições constantes da legislação municipal
vigente.
Parágrafo único. As designações serão efetuadas por ato do Chefe do Poder Executivo,
observadas as indicações de cada segmento.
Art. 93.As despesas decorrentes da execução da presente Lei Complementar correrão por
conta de dotação própria consignada em orçamento, suplementada, se necessário.
Art. 94. Esta Lei Complementar entrará em vigor em 1.º de janeiro de 2023, revogadas as
disposições em contrário, especialmente a Lei Complementar nº 204, de 22 de dezembro de
2009.
Publicada e arquivada pela Assessoria de Apoio, Controle e Elaboração dos Atos Oficiais do
Gabinete do Prefeito, nesta data.
Download do documento