Aula 20 - Revisão Dos Principais Assuntos para Av2

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PORTUGUÊS INSTRUMENTAL

RESUMO DOS PRINCIPAIS ASSUNTOS PARA AV2

FIGURAS DE LINGUAGEM
Figuras de Linguagem, também chamadas de figuras de estilo, são recursos estilísticos
usados para dar maior ênfase à comunicação e torná-la mais bonita.
As figuras de linguagem são recursos linguísticos a que os autores recorrem para tornar
a linguagem mais rica e expressiva. Esses recursos revelam a sensibilidade de quem os
utiliza, traduzindo particularidades estilísticas do emissor da linguagem. As figuras de
linguagem exprimem também o pensamento de modo original e criativo, exploram o
sentido não literal das palavras, realçam sonoridade de vocábulos e frases e até mesmo,
organizam orações, afastando-a, de algum modo, de uma estrutura gramatical padrão, a
fim de dar destaque a algum de seus elementos. As figuras de linguagem costumam ser
classificadas em figuras de som, figuras de construção e figuras de palavras ou
semânticas.

Metáfora
A metáfora representa uma comparação de palavras com significados diferentes e cujo
termo comparativo fica subentendido na frase.

Exemplo: A vida é uma nuvem que voa. (A vida é como uma nuvem que voa.)
Uso da metáfora em "meu amor é uma caravana de rosas vagando num deserto inefável"

Comparação

Chamada de comparação explícita, ao contrário da metáfora, neste caso são utilizados


conectivos de comparação (como, assim, tal qual).

Exemplo: Seus olhos são como jabuticabas.

Uso da comparação por meio do conectivo "como": "o amor é como uma flor" e "o amor é
como o motor do carro"

Metonímia

A metonímia é a transposição de significados considerando parte pelo todo, autor pela


obra. Exemplo: Costumava ler Shakespeare. (Costumava ler as obras de Shakespeare.
Uso da metonímia que substitui o vocábulo boi por "cabeças de gado"

Catacrese
A catacrese representa o emprego impróprio de uma palavra por não existir outra mais
específica.

Exemplo: Embarcou há pouco no avião.


Embarcar é colocar-se a bordo de um barco, mas como não há um termo específico para o
avião, embarcar é o utilizado.

O uso da expressão "bala perdida" é utilizada por não ter outra mais específica

Sinestesia
A sinestesia acontece pela associação de sensações por órgãos de sentidos diferentes.

Exemplo: Com aquele olhos frios, disse que não gostava mais da namorada.
A frieza está associada ao tato e não à visão.
Na tirinha, a expressão "olhar frio" é um exemplo de sinestesia

Perífrase
A perífrase, também chamada de antonomásia, é a substituição de uma ou mais palavras
por outra que a identifique.

Exemplo: O rugido do rei das selvas é ouvido a uma distância de 8 quilômetros. (O rugido
do leão é ouvido a uma distância de 8 quilômetros.)

Na charge acima, a "Terra da Garoa" substitui "cidade de São Paulo"

FIGURAS DE PENSAMENTO

As figuras de pensamento têm como função dar ênfase às ideias e pensamentos através
da expressão. Geralmente, quando estamos nos comunicando com outras pessoas ou
contando sobre um fato importante, queremos passar o máximo de informações e detalhes
para que elas estejam ambientadas.

Só que em alguns casos, somente descrever o que aconteceu não é suficiente. É preciso
criar metáforas e utilizar exemplos que muitas vezes estão fora de contexto ou da realidade
para que a pessoa que está ouvindo possa entender o que aquela experiência significou.
É justamente nesse campo, conhecido como semântica, onde há relação entre o literal e o
figurado, que estão as figuras de pensamento. Junto às figuras de palavras ou semânticas,
figuras de construção ou sintaxe e as figuras de som ou harmonia, ela faz parte das figuras
de linguagem.
As figuras de pensamento geralmente possuem um sentido simbólico, conotativo.

Hipérbole

A hipérbole é uma expressão intencionalmente exagerada para realçar alguma ideia. Isso
significa que todas as vezes que nos referimos a algo de modo exagerado criamos uma
hipérbole.

Observe os exemplos:
 Quase morri de susto.
 Ajudarei minha família eternamente.

A hipérbole corresponde ao exagero intencional na expressão.

Exemplo: Quase morri de estudar.

A expressão "morrendo de inveja" é uma hipérbole.

Eufemismo

O eufemismo consiste na substituição de palavras ou expressões desagradáveis,


impactantes e/ou fortes por outras menos agressivas. Recorremos
ao eufemismo quando necessitamos informar uma notícia desagradável ou impactante.
Quando utilizamos esse recurso de linguagem, estamos suavizando a ideia original e é
utilizado para suavizar o discurso.

Exemplo: Entregou a alma a Deus.


Acima, a frase informa a morte de alguém.
Na charge acima, a explicação de fofoqueira é usada para suavizar o discurso

Ironia

A ironia é um recurso de linguagem que gera efeitos de sentido opostos às palavras e/ou
expressões daqueles que utilizamos habitualmente. Isso significa que, quando utilizamos a
ironia, estamos dizendo o contrário do sentido denotativo sentido, satirizando alguma ideia
com o objetivo de ridicularizar ou criticar. Assim, a ironia deve ser muito bem construída,
pois, caso contrário, o emissor pode não ser bem compreendido. Essa figura de
linguagem é bastante utilizada em diferentes tipos e gêneros discursivos textuais, como nos
textos publicitários e literários.

Observe os exemplos:
 “Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado de nossa miséria.” (Personagem
'Brás Cubas', no romance Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), de Machado de
Assis.)
 Vinícius é muito inteligente. Foi reprovado pela terceira vez!

A ironia é a representação do contrário daquilo que se afirma.

Exemplo: É tão inteligente que não acerta nada.

Nota-se o uso da ironia, uma vez que o personagem está zangado com a pessoa e utilizou
o termo "inteligente" de maneira irônica.

Personificação

Consiste na atribuição de características humanas a outros animais e/ou objetos


inanimados.
Observe os exemplos:
 O tempo voa.
 O vento grita e eu me calo.
 O passarinho cantou a manhã toda.

A personificação ou prosopopeia é a atribuição de qualidades e sentimentos humanos aos


seres irracionais.

Exemplo: O jardim olhava as crianças sem dizer nada.

A personificação é expressa na última parte do quadrinho onde o Zé Lelé afirma que o


espelho está olhando ele. Assim, utilizou-se uma caraterística dos seres vivos (olhar) em
um ser inanimado (o espelho).

A coesão referencial e sequencial criam vínculos entre as palavras, orações e as partes


de um texto, contribuindo para a coerência interna e para a progressão temática e
textual.

Coesão referencial

A coesão referencial é responsável por criar um sistema de relações entre as


palavras e expressões dentro de um texto, permitindo que o leitor identifique
os termos aos quais se referem. O termo que indica a entidade ou situação a que o
falante se refere é chamado de referente.

Exemplo:
 Ana Elisabete gritou. Ela fica apavorada quando fica sozinha, apesar de ser
uma menina calma e inteligente.

Nesse exemplo, o termo referente é Ana Elisabete. Todas as vezes que


o referente precisa ser retomado no texto, podemos utilizar outras palavras para que os
leitores possam retornar e recuperar a ideia.

É bastante frequente o uso de figuras de construção/sintaxe para a coesão


referencial, como as anáforas, catáforas, elipses e as correferências não
anafóricas (contiguidades, reiterações).

Coesão sequencial

A coesão sequencial é responsável por criar as condições para a progressão textual.


De maneira geral, as flexões de tempo e de modo dos verbos e as conjunções são
os mecanismos responsáveis pela coesão sequencial nos textos.

Os mecanismos de coesão sequencial são utilizados para que as partes e as


informações do texto possam ser articuladas e relacionadas. Além da progressão das
partes do texto, os mecanismos de coesão sequencial contribuem para
o desenvolvimento do recorte temático. Dessa forma, o autor do texto evita falta de
coesão, garantindo boa articulação entre as ideias, informações e argumentos no
interior do texto e, principalmente, a coerência textual.

18 Passos para uma Anotação de Enfermagem Perfeita

A anotação de enfermagem faz parte do dia a dia do enfermeiro e deve ser levada a sério.

É um instrumento de extrema importância para a sistematização da assistência de


enfermagem, garantir a boa comunicação com equipe de saúde e os cuidados com o
paciente.

Mas, afinal o que é uma anotação de enfermagem?

A anotação de enfermagem é um registro de informações relativas ao


paciente organizado cronologicamente de modo a reproduzir a ordem de acontecimentos
dos fatos.
Ela permite identificar a evolução do paciente, detectar alterações, acompanhar a
assistência prestada e avaliar os cuidados prescritos.

Com ela também é possível comparar a resposta do paciente ao cuidado prestado,


fundamental para o desenvolvimento da Assistência de Enfermagem, o que assegura a
continuidade da assistência.

Agora, que você já sabe o que é uma anotação de enfermagem e a importância deste
instrumento para a enfermagem, vamos seguir com os Passos para uma Anotação de
Enfermagem Perfeita.

O COFEN (Conselho Federal de Enfermagem) elaborou um guia de recomendações com


o objetivo de nortear enfermeiros para a prática de anotações de enfermagem.

1- Devem ser precedidas de data e hora, conter assinatura e identificação do


profissional com o número do Coren, conforme consta nas Resoluções Cofen
191/2009 e 448/2013 em seu art. 6º, ao final de cada registro:
a) O uso do carimbo pelos profissionais da Enfermagem é facultativo.

2. Observar e anotar como o paciente chegou:


a) Procedência do paciente (residência, pronto – socorro, transferência de outra instituição
ou outro setor intra-hospitalar);
b) Acompanhante (familiar, vizinho, amigo, profissional de saúde);
c) Condições de locomoção (deambulando, com auxílio, cadeira de rodas, maca, etc.);

3. Observar e anotar as condições gerais do paciente:


a) Nível de consciência;
b) Humor e atitude;
c) Higiene pessoal;
d) Estado nutricional;
e) Coloração da pele;
f) Dispositivos em uso. Ex.: Jelco, sondas, curativos.
g) Queixas do paciente (tudo o que ele refere, dados informados pela família ou
responsável);

4. Anotar orientações efetuadas ao paciente e familiares.


Ex.: Jejum, coleta de exames, inserção venosa, etc.;

5. Dados do Exame Físico;

6. Cuidados realizados;

7. Intercorrências;

8. Efetuar as anotações imediatamente após a prestação do cuidado;

9. Não devem conter rasuras, entrelinhas, linhas em branco ou espaços;

10. Não é permitido escrever a lápis ou utilizar corretivo líquido;


11. Devem ser legíveis, completas, claras, concisas, objetivas,pontuais e cronológicas;

12. Conter sempre observações efetuadas, cuidados prestados, sejam eles os já


padronizados, de rotina e específicos;

13. Constar as respostas do paciente diante dos cuidados prescritos pelo enfermeiro,
intercorrências, sinais e sintomas observados;

14. Devem ser registradas após o cuidado prestado, orientação fornecida ou


informação obtida;

15. Devem priorizar a descrição de características, como tamanho mensurado (cm, mm,
etc.), quantidade (ml, l, etc.), coloração e forma;

16. Não conter termos que deem conotação de valor (bem, mal, muito, pouco, etc.);

17. Conter apenas abreviaturas previstas em literatura;

18. Devem ser referentes aos dados simples, que não requeiram maior
aprofundamento científico.

A FORMAÇÃO DAS PALAVRAS

Palavras Primitivas e Derivadas


Antes de mais nada, vale ressaltar dois conceitos importantes para o estudo de formação
das palavras.

Os vocábulos “primitivos” são as palavras que originam outras. Já as palavras


“derivadas” são aquelas que surgem a partir das palavras primitivas

Exemplos:
 dente (primitiva) e dentista (derivada)
 mar (primitiva) e marítimo (derivada)
 sol (primitiva) e solar (derivada)

A derivação e a composição são os dois processos que servem de base na formação de


palavras. Eles são classificados da seguinte forma:

Processo de derivação - prefixal, sufixal, parassintética, imprópria e regressiva.


Processo de composição - justaposição e aglutinação.
A diferença entre derivação e composição está no modo como eles formam as palavras.

Processos de derivação

Derivação prefixal - as palavras são formadas pelo acréscimo de prefixos (elemento que
vem antes do radical, por exemplo: anti-, des-, -in, -re, sub-).
Exemplos de derivação prefixal:

 anti-inflamatório (anti + inflamatório)


 desleal (des + leal)
 incapaz (in + capaz)
 ressalvar (re + salvar)
 subgerente (sub + gerente)

Derivação sufixal (sufixação) - as palavras são formadas pelo acréscimo de sufixos


(elemento que vem depois do radical, por exemplo: -ada, -agem, -ar, - mente, - ista).
Exemplos de derivação sufixal:

 martelada (martel + ada)


 folhagem ( folh + agem)
 entrevistar (entrev + istar)
 simplesmente (simples + mente)
 dentista (dent + ista)

Derivação parassintética (parassíntese) - as palavras são formadas pelo acréscimo de


prefixos (por exemplo: a-, en- es-) e de sufixos (por exemplo: -ecer, -ar, -oar) no mesmo
processo. Isso quer dizer que para haver parassíntese deve ser acrescentado à palavra os
dois, um prefixo e também um sufixo.
Exemplos de derivação parassintética:

 amanhecer (a + manh + ecer)


 entardecer (en + tar + ecer)
 esquentar (es + quent + ar)
 abençoar (a + benç + ar)
 empobrecer (em + pobr + ecer)

Processos de composição

Composição por justaposição - as palavras são formadas pela união de dois ou mais
radicais, sem apresentar alterações nos seus sons, ou seja, sem alterações fonéticas.
Exemplos de composição por justaposição:

 cachorro-quente (cachorro + quente)


 pé-de-meia (pé + de + meia)
 passatempo (passa + tempo)
 guarda-chuva (guarda + chuva)
 pontapé (ponta + pé)

Composição por Aglutinação

Neste processo, as palavras se associam com retirada de letras ou sílabas. Dessa


forma, há também alteração fonética (na pronúncia).

Exemplos de palavras formadas por aglutinação:

 hidrelétrica (hidro + elétrica)


 cabisbaixo (cabeça + baixo)
 pernilongo (perna + longo)

Boa leitura e bons estudos!


PROFESSORA: LILIANE NEVES

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