Manual de Mentoria GA - Iniciativa Ester

FORMANDO
A ESTER
DOS DIAS ATUAIS
UM MANUAL DE TREINAMENTO DE LIDERANÇA DA GLOBAL ADVANCE
PARA MULHERES
CONNIE
PARKER
Prefácio

"Querida amiga,
Você foi chamada para grandes propósitos!
A Global Advance põe em suas mãos este recurso para edificar a sua fé e ajudá-la a impactar outras para Cristo.
Muitas que farão uso deste material vivem em culturas onde as mulheres frequentemente são mal tratadas. Queremos que saiba
que Deus tem pensamentos mais altos sobre você. Você foi criada à sua imagem. Ele ama você e deseja que use sua vida para fazer
a diferença.
Assim como Ester, você é chamada para um tempo como este. Não é um acidente que viva durante este período da história no
lugar onde Deus colocou você. Ele quer usar você para impactar a outros para Seus propósitos. Nossa oração é que você seja
encorajada e equipada para influenciar outras mulheres para o bem.
Você é importante nos planos de Deus para sua família, sua comunidade, sua nação e para o mundo!
Comissionada de todo o coração,"
Jonathan Shibley, Presidente – Global Advance
Whitney Daugherty, Coordinadora – Iniciativa Ester

* Todos os direitos autorais reservados a Global Advance.
[email protected]

Introdução 04
Quem eu sou
1. Minha Identidade em Cristo 05
2. Andando no Espírito 12
3. Mapeando Minha Vida 16
4. Lidando com meu Passado 22
Meus relacionamentos
5. Nutrindo meu Relacionamento com Deus 27
6. Líder Servo 36
7. Valores, Prioridades, Equilíbrio 41
8. Comunicação, Personalidades, Relacionamentos 47
Minha liderança
9. Liderando onde Deus lhe Colocou 54
10. Trabalho em Equipe – A Chave para a Liderança 58
11. Chamada para Seguir 65
12. Refletindo, celebrando, comissionando 71
13. Bibliografia 74
Seção II 75
Lição 1: Mentoria – Um relacionamento 76
Lição 2: Começando a Construção da Comunidade 80
Lição 3: Mediando um Pequeno Grupo 84
Lição 4: Lidando com Dificuldades 88
Seção III 93
Anexo 1: Formulário de Informações 94
Anexo 2: Formulário “Conhecendo Você” 96
Anexo 3: Formulário Candidatura/Indicação 98
Introdução
“E Jesus veio e disse-lhes: "Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. portanto ide,
fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito
Santo, ensinando-as a observar tudo o que vos tenho ordenado. E eis que eu estou
convosco sempre, até o fim dos tempos” (Mateus 28: 18-20).
Estas são as últimas instruções de Jesus aos seus discípulos, enquanto ele ainda estava aqui na
terra, é o coração deste estudo. Você notou que Ele não pediu aos Seus perplexos seguidores
para levar as pessoas à salvação e prometer-lhes um lar no céu? Eles foram convidados a "fazei
discípulos de todas as nações, ensinando-os a observar tudo o que vos prescrevi", um desafio
muito maior!
"Fazer discípulos" nos obriga a abrir nossas vidas e nos doar sem reservas à tarefa de liderar e
amar os outros, encorajando-os a buscar um relacionamento diário pessoal com o Criador do
Universo, o Salvador de nossas almas.
Tem sido a minha alegria e privilégio de escrever este livreto para você, compartilhando minha
jornada pessoal de liderança. Algumas das lições eu aprendi por observação e instrução de
muitos líderes capazes, que encontrei ao longo do caminho. Alguns eu li em livros ou ouvi em
seminários e sermões e apliquei no meu trabalho, e alguns que eu aprendi através dos meus
próprios sucessos e fracassos. Admito que os princípios são básicos e não cobrem todo o
assunto, mas eu lhes deixo material de referência adicional na seção “Para um estudo
aprofundado", caso um tópico em particular parece confuso ou seja de particular interesse ou
relevância para você.
Eu escrevi essas lições especificamente para aqueles que desejam “material de formação em
liderança bíblica para as mulheres”. Os exemplos e experiências são da perspectiva de uma
mulher. Se você é mulher cristã na liderança, que está empenhada em desenvolver a próxima
geração de líderes para o Reino de Deus, eu a encorajo a usar as lições como um guia para doze
sessões de treinamento de liderança. Se você é uma mulher que está apenas começando a sua
jornada de liderança, em espírito de oração, busque outros que tem a mesma visão e juntos
procurem um líder-mentor que irá compartilhar sua experiência e sabedoria com você.
Minha esperança é que você faça este estudo "em comunhão", com cada indivíduo lendo e
refletindo sobre o material antes da reunião on-line ou presencial para compartilhar
pensamentos, experiências, sabedoria e encorajando uns aos outros.
A liderança pode ser uma experiência de humildade. Se você não pensa em si mesmo como um
"líder nato", você está no caminho certo; quem fez não foi Moisés, Gideão ou Davi, mas foi Deus
que os escolheu para levar milhares. A boa notícia é que Deus não está nos pedindo para fazer
discípulos que vão nos seguir, mas discípulos que devemos levar a seguir Jesus, Ele que é
"(conosco) sempre ", que tem" toda a autoridade no céu e na terra!"
Que Sua sabedoria e presença guie a todos nós, à medida que procuramos segui-Lo!
02
FORMANDO A ESTER DOS DIAS ATUAIS
Uma das primeiras regras de liderança é estabelecer quem você é e aonde você está indo. Sem
isso, você e todos que te seguem estarão condenados a vaguear sem rumo, sem realizar nada.
Como cristãos nossa identidade em Cristo é clara. Centenas de versos bíblicos descrevem quem
Deus diz que nós somos. Nós somos o sal da Terra, a luz do mundo, embaixadores de Cristo, Seu
corpo, sacerdócio real, nação santa. Mas quem Deus diz que eu sou? Como ele me vê? Eu sei
que “nasci de novo” (João 3:3). Isso muda minha identidade? Se sim, como? Ou como não? Paulo
menciona as respostas para essas questões com muito poder em Efésios, uma carta escrita para
os “santos... fiéis em Cristo Jesus”. Isso nos inclui!
1. Eu sou abençoada:
“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com todas as
bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo”. Efésios 1:3
A palavra “abençoada” é a palavra grega “eulogeo” (pense “elogio”) significando “falar

bem de alguém”. Eu abençoo (“falar bem de Deus”) quem tem me abençoado (“falado
bem de mim”). Quão surpreendente é isto, que o Deus que poderosamente criou o
mundo e o universo à existência a partir do nada, tem falado sobre “toda bênção
espiritual” para minha vida em Cristo? Quando eu estive desencorajado ou machucado
ou sentia que eu não tinha nada para dar, Ele falou bem de mim, me exaltou e me
abençoou com toda bênção espiritual. No velho testamento, pais proferiam bênçãos às
suas crianças. Lembra da história de Jacó abençoando seus netos no Egito e a bênção de
Davi para Salomão? Há poder criador na bênção, e Deus, nosso Pai, tem dispensado sua
bênção criadora sobre nós, transmitindo a nós, toda bênção espiritual. Pense sobre o que
isso significa!
2. Eu sou escolhida:
“porque Deus nos escolheu nEle antes da criação do mundo, para sermos santos e
irrepreensíveis em sua presença”. Efésios 1:4a.
O próprio Deus me escolheu. Não importa o que alguém pensou ou falou, eu não sou
um acidente, uma reflexão tardia ou um erro. Até se meus pais expressaram
desapontamento porque eu não era um menino, Deus me escolheu para ser fêmea, uma
mulher segundo o seu coração. E não foi uma decisão de última hora. Eu fui escolhida
antes da fundação do mundo. Ele me teceu no ventre da minha mãe (Salmos 139:13). A
palavra Grega para “escolher” é “eklegomai” o que significa “escolher para ele mesmo,
eleger”. Ele me elegeu e me reconheceu como Seu próprio. No mercado, quando
estamos selecionando frutas, nós escolhemos a melhor, a excelente, a pura, nem sempre
pelo que elas já são, mas pelo potencial que nós vemos nelas e um propósito específico
em mente. Sermos escolhidos por Deus não deve nunca ser um motivo de orgulho para
nós porque Deus escolhe os tolos e os fracos aos olhos do mundo (1 Coríntios 1:27). Mas
isso deve nos inspirar com esperança e encorajamento, e nos levar aos nossos joelhos
reconhecendo que nós somos dependentes dEle (2 Coríntios12:9).
6
3. Eu sou amada:
“Em amor nos predestinou” Efésios 1:4b, 5.
Centenas de versículos bíblicos descrevem o amor profundo e infinito de Deus por cada
um de seus filhos, mas nenhum mais poderosamente que Romanos 8:38- 39 “Pois
estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o
presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem
qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está
em Cristo Jesus, nosso Senhor”.
E a passagem de Romanos 5:7-8 “Dificilmente haverá alguém que morra por um justo,
embora pelo homem bom talvez alguém tenha coragem de morrer. Mas Deus
demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos
pecadores”.
Alguns de nós podem nunca ter conhecido o amor de um pai terreno e então o amor
de Deus pode parecer um sonho impossível, e ainda assim, no profundo do nosso
espírito nós o desejamos. Um amor que é forte, incondicional, compassivo, bondoso,
generoso, perdoador e gentil. Ele oferece isso e muito mais. Alguns de nós pode ter
experimentado feridas emocionais profundas e pode estar se perguntando: “Se Deus
me ama e Ele é tão poderoso, por que Ele deixou isto acontecer”? Ele quer que nós
saibamos que no meio da dor Ele estava lá, e Seu coração estava quebrantado com o
nosso. Ele nos convida a correr para Ele e abraçar Seu amor e poder curador. Outros
como eu, podem ter conhecido o amor de um pai bondoso e gracioso. Então é fácil
acreditar em um pai celestial sábio e perdoador. Eu o imaginava como meu pai a quem
eu idolatrava. Mas eu nunca esquecerei o dia quando eu estava com saudades de casa
e Deus falou ao meu coração: “Eu quero ser seu Pai”. Foi como se tivessem caído
escamas dos meus olhos, e imediatamente Ele se tornou minha sempre presente fonte
de força, abrigo e verdade. Eu nunca olhei para trás. Se você anseia saber que Deus o
Pai ama você incondicionalmente, peça a Ele para revelar essa verdade ao seu coração,
e então comece a procurar por Ele em lugares inesperados do seu dia.
4. Eu sou adotada:
“Ele nos predestinou para adoção como filhos através de Jesus Cristo, de acordo com o
propósito da sua vontade” Efésios 1:5.
Não apenas Deus me escolheu, me abençoou, me amou, mas Ele me adotou em sua
família e me deu herança (João 1:12; Efésios 1:11; Gálatas 4:6-7)! Que privilégio
maravilhoso ser parte da família de Deus, encontrar minhas irmãs e irmãos por todo o
mundo. Nós podemos não falar a mesma língua ou compartilhar a mesma cultura, mas
nós temos Um Pai, Um Salvador e Um Espírito, e isso nos une em amor e cuidado um pelo
outro.
5. Eu sou aceita:
7
“para o louvor da sua gloriosa graça, pela qual o amado nos aceitou” Efésios 1:6.
A palavra “aceitou” é a palavra grega “charitoo” que significa “achou encantador, teve
prazer em”. A única outra vez que essa palavra grega especifica é usada no Novo
Testamento é em Lucas 1:28 quando o anjo saúda Maria como “a agraciada”. Deus me acha
agradável aos olhos do Amado. Ele tem prazer em mim. Ele me aceitou. Ele fala que eu sou
agraciada, favorecida. Mulheres amam passar tempo com sua família e amigos. Nós
amamos ouvir as histórias dos outros e compartilhar a nossa própria. Relacionamentos são
importantes para nós como mulheres; eles nos dão energia e impulsionam nossos
espíritos. Rejeição é duplamente difícil para nós; as feridas vão a fundo. Quão maravilhoso
saber que o Rei dos Reis nos ama e nos aceita como somos. Ele nunca nos abandonará ou
se esconderá de nós. Ele nos pede para vir à sala do Seu trono corajosamente (Hebreus
4:16). Quando eu oro, eu imagino uma sala de ouro linda com Deus sentado alto e elevado.
Ao me aproximar da porta, Sua face ilumina com prazer e Ele me recebe não apenas na Sua
presença como uma súplica penitente para um favor, mas Ele também abre Seus braços
para que eu corra para o Pai e receba Seu abraço caloroso. Eu sou “aceita”, “agraciada,
favorecida” e “Seu encanto”.
6. Eu sou resgatada:
“NEle nós temos redenção através do seu sangue”Efésios 1:7a.
A palavra grega para redenção é “apolytrosis”. O significado da raiz da palavra “solto”

ou “aberto” é usado para descrever “liberando aqueles em prisão”, abrindo coisas que
estão fechadas, e destruindo paredes. No livro de Rute, o conceito de redenção é
claramente retratado. Nos dias de Rute, quando a família estava em ruina, “O parente
mais próximo era responsável em assuntos familiares [no caso dela Boaz]... deve
resgatarasvidasoucoisasdafamíliaquetenhamcaídoemcativeiro”(Kittel,1964,p.330). Na
queda, nós fomos vendidos em escravidão ao pecado; nos tornamos escravos do pecado
(1 Coríntios 15:22; Romanos 6:16-22). Mas Deus, através do sangue de Jesus, pagou o
preço da redenção para nos libertar do poder do pecado. Ele destruiu as paredes da
prisão do pecado que nos mantinham limitados e nos tornou a Sua família (Romanos
6:18). A história de Rute é a nossa história. Jesus, nosso Boaz, nosso parente-resgatador,
pagou o preço pela nossa redenção, pelo nosso relacionamento restaurado com nosso
Pai Celestial.
7. Eu sou perdoada:
“NEle nós temos o perdão dos pecados, de acordo com as riquezas da graça de Deus”
Efésios 1:7b.
Meu passado foi perdoado! Todo ele! Eu sou feita santa e justa aos olhos de Deus. “Ele
8
me vestiu com as vestes da salvação e pôs sobre mim o manto da justiça” (Isaías 61:10).
“Eu me revesti do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em verdadeira justiça
e santidade” (Efésios 4:24). Como Abraão, eu “acreditei em Deus, e isso foi creditado a
mim como justiça” (Romanos 4:3). Então eu posso me identificar com Davi dizendo,
“Abençoado é aquele que tem suas transgressões perdoadas e seus pecados apagados.
Abençoado é o homem o qual o Senhor não atribui culpa e em quem não há hipocrisia”
(Salmos 32:1,2). “Transgressão” é a palavra hebraica “pesa” que significa “pecado
rebelde,” (“Eu sei que era errado e eu decidi fazer de qualquer forma.”). Até esses pecados
Deus perdoa. Davi experimentou isso; ele saberia. Deus também perdoa todos os meus
outros “pecados” (“chataa”) que eu cometi e a “iniquidade” ou “depravação (“avon”) do
meu coração também. A penalidade pelo meu pecado foi paga pelo sangue de Jesus e eu
tenho certeza que “Se [eu] confessar [meus] pecados, ele é fiel e justo para perdoar [meus]
pecados e limpar [me] de toda injustiça” (1 João 1:9). Não tem nada que eu possa fazer
para ganhar perdão. “Pela graça você foi salvo pela fé. E isso não vem de vocês, é dom de
Deus, não por obras, para que ninguém se glorie” (Efésios2:8, 9).
8. Eu estou sentada com Ele em lugares celestiais:
“nos ressuscitou com Cristo e com Ele nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo
Jesus” Efésios 2:6.
Diante do seu julgamento diante do sumo sacerdote, Jesus deu esse testemunho, “mas
de agora em diante o Filho do homem estará assentado a direita do Deus todo poderoso”
(Lucas 22:69).Jesus sabia onde Ele estaria indo e Ele nos levou com Ele. Quais as
implicações disso? Em Cristo nos foi dado autoridade sobre o inimigo. Agora nós temos a
responsabilidade de exercitar a autoridade em nome de Jesus.
9. Eu sou chamada:
“Que vocês possam saber qual é a esperança para a qual ele os chamou, as riquezas da
gloriosa herança dEle nos santos” Efésios 1:18.
Eu fui chamada por Ele para viver com esperança!
9
Para memorizar
• 1 João 3:2 “Amado, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que
havemos de ser, mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a
ele, pois o veremos como ele é”.
• Efésios1:3-6“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou
com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo. Porque Deus nos
escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua
presença. Em amor nos predestinou para sermos adotados como filhos, por meio de
Jesus Cristo, conforme o bom propósito da sua vontade, para o louvor da sua gloriosa
graça, a qual nos deu gratuitamente no Amado”.
Verdade fundamental
Eu sou abençoada. Eu sou escolhida. Eu sou amada. Eu sou adotada. Eu sou aceita.
Eu sou resgatada. Eu sou perdoada. Eu estou sentada com Ele em lugares celestiais.
Eu sou chamada.
Sua responsabilidade
1. Escolha três verdades desta lista que tenham mais significado para você agora. Como o
entendimento mais profundo dessas verdades mudará como você pensa sobre você
mesma, o jeito que você pensa sobre Deus, e a maneira que você pensa sobre as pessoas
mais importantes em sua vida?
a.
b.
c.
2. Quais dessas verdades é mais difícil para você acreditar? Qual passo você poderia dar
amanhã para aumentar sua aceitação dessa verdade sobre você mesma? Pode ser simples,
como orar diariamente para Deus revelar e confirmar a verdade ao seu coração, ou pode
ser decidindo fazer um estudo bíblico focado no que a Palavra de Deus diz sobre isto, ou
algum outro passo que Deus coloque no seu coração pessoalmente.
3. Quais dessas verdades é mais fácil para você aceitar, e por que você acha que é esse o
caso? Teve alguma vez que um verso bíblico, ou um estudo bíblico, uma experiência
pessoal, ou revelação de Deus, ou alguma outra coisa confirmou essa verdade ao seu
coração?
10
Para um estudo mais aprofundado (Títulos em tradução livre)
Ele me ama, de Wayne Jacobsen (Jacobsen, 2000) - He Loves Me
Deus que acredita, de Beth Moore (Moore, 2004) Believing God
A bênção por Smalley e Trent (Smalley & Trent, 1986) – The blessing
11
O NOVO EU: Corpo, Alma e Espírito

Deus criou cada um de nós com três partes distintas, mas integradas – espírito, alma e corpo (1
Tessalonicenses 5:23). Se nós pensamos na alma como sendo a nossa mente, vontade e
emoções, e nosso espírito como sendo o centro do nosso ser, aqui está um jeito fácil para ver
isso:
Quando eu me tornei cristã, foi meu espírito que foi feito novo (2 Coríntios 5:17). Meu corpo
ficou o mesmo, não ganhando ou perdendo peso, nem mudando a cor do cabelo, e minha alma
(mente, vontade, emoções) não foram mudadas. Se eu não era um bom matemático antes de
me tornar cristã, eu provavelmente não fiquei melhor depois. Se eu era teimosa antes de me
tornar cristã, eu provavelmente continuei igualmente teimosa depois. E se eu sofri trauma
emocional antes de eu me tornar cristã, é bem provável que os efeitos pós-emocionais ainda
permaneçam. Então o que se tornou novo? Meu espírito! Na salvação Deus instalou um
dispositivo de comunicações dentro de mim – em meu espírito. Romanos 8:14 diz que como um
filho de Deus, eu sou guiado pelo Espírito de Deus. Como isso acontece? Seu Espírito comunica
com meu espírito, frequentemente com uma voz suave (1 Reis 19:11,12). Mas mesmo se meu
espírito quer seguir o que Deus me fala para fazer, minha mente, vontade, emoções e corpo não
desistem das suas posições de controles em luta.
Renovando Minha Mente

Eu devo começar o processo de renovação da minha mente (Romanos 12:2) lendo e meditando
na Palavra de Deus e em oração estudar para compreender Seu caráter e Seus propósitos. Eu
também posso encorajar meu espírito a crescer mais forte orando, cantando no espírito (Judas
20). Quão mais forte meu espírito cresce, o mais ele ganha domínio sobre minha alma (mente,
vontade e emoções) e meu corpo. Enquanto a Palavra de Deus renova minha mente, esta
também começa a se conformar ao Espírito de Deus (João15:3).
Mas a boa e a má notícia é que a mente é renovada por qualquer coisa que a alimente. Se eu a
alimento com pensamentos de Deus e com a Palavra de Deus, ela será renovada por Deus. Se
eu continuo a alimentá-la com lixo, televisão, livros, filmes, música, revistas, conversas
indecentes, etc., a renovação da minha mente vai ser um processo demorado e cansativo.
Além de controlar o que entra na minha mente, eu devo aprender a permitir meu espírito a
controlar meus pensamentos. Filipenses 4:8 diz “tudo que for verdadeiro, tudo que for nobre,
tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama,
13
se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas.” Infelizmente, quando
temos pensamentos negativos, nós eventualmente falamos palavras negativas, e isso leva a
ações negativas (Provérbios 23:7). A espiral descendente é inevitável e nossos piores medos vêm
sobre nós (Provérbios10:24).
Como uma jovem mãe com duas crianças em idade pré-escolar eu lutei nessa área. Sem ter
consciência, durante a troca de fraldas e narizes escorrendo, eu me encontrava pensando
negativamente sobre pessoas e circunstâncias da minha vida. Eu não podia acreditar o quão
rápido meus pensamentos podiam ir para baixo. Um dia eu me imaginei presa no final de uma
pista de esqui com um longo e difícil caminho de volta até o topo do morro, eu me lembro de
ter feito uma oração: “Deus, se você me ajudar a tomar consciência do pensamento negativo
quando eu estiver no topo do morro, vai ser mais fácil para mim parar de deslizar para baixo”.
Eu comecei meu dia com essa oração e Deus foi fiel para me dar consciência dos pensamentos
em meu espírito. “Não vai lá”. Nesse momento eu descobri que se eu começasse a recitar a
Palavra, ou cantar um louvor, ou colocar música de adoração isto levantaria meu espírito de
volta ao que era “puro e simples”.
Nós não precisamos nos sentir condenados quando temos pensamentos negativos, mas nós
precisamos nos arrepender. Pensamento negativo é pecado porque é contrário a Palavra de
Deus (Filipenses 4:8). Peça ao Espírito Santo para te mostrar cada vez que você comece a pensar
negativamente (João 16:7,8). Não tente ganhar a batalha da mente sozinha.
Ele está lá para te ajudar. Peça a Ele para te ajudar e prossiga. Comece a clamar Filipenses 1:6
“Aquele que começou boa obra em mim é fiel para completa-la”. Eu posso aprender a ter uma
atitude positiva em relação a minha vida.
Submetendo Minha Vontade e Emoções
Não apenas minha mente precisou que ser renovada, mas minha vontade também teve que ser
ensinada a submeter-se ao Espírito de Deus. Paulo coloca dessa forma, “Eu fui crucificado com
Cristo. Já não sou eu que vivo, mas Cristo vive em mim. E a vida que eu agora vivo na carne eu
vivo por fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” (Gálatas 2:20). Todos os dias,
minha vontade deve ser “crucificada” para que assim eu possa começar a escolher os caminhos
de Deus. É tudo sobre como fazê-lo Senhor de todas áreas da minha vida, incluindo meu pensar.
Minhas emoções também devem estar de acordo com o Espírito de Deus que agora vive dentro
de mim. Num capítulo posterior nós aprenderemos como lidar com feridas emocionais do nosso
passado, mas por enquanto vamos apenas olhar as simples questões que todo novo cristão
pergunta. Eu sei que eu devo “me alegrar sempre” (Fl. 4:4; 1 Ts. 5:16), e eu li sobre cristãos que
vivem dessa maneira, mas como eu aprendo a fazer isso? Efésios 5:20 tem o segredo.
“Dando graças sempre e por tudo ao Deus o Pai em nome do nosso Senhor Jesus Cristo”.Corrie
Ten Boom conta a história de que aprendeu a ser grata a Deus pelas pulgas no campo de
concentração na segunda guerra mundial, quando sua irmã a lembrou que aquelas pulgas
mantinham os guardas longe. Quando eu aprendo a viver com um coração verdadeiramente
grato e ser grato até por desafios difíceis na minha vida, eu libero alegria e paz no profundo do
meu espírito, eu estou confiando a Deus minhas circunstâncias, sabendo que Ele prometeu que
todas as coisas seriam para o meu bem, mesmo que eu consiga ver agora ou não (Romanos
8:28). Quando as coisas não vão do modo que eu esperava e eu fiz tudo que eu podia, eu escolho
acreditar que Deus tem um plano melhor e começo a olhar com boa expectativa nas coisas onde
Ele está atuando. Quando eu libero o controle da situação para Deus ao invés de tentar moldar
as circunstâncias para se encaixarem no meu plano, eu estou submetendo minha vontade a dEle.
Eu vejo que quanto mais eu permito alegria e paz encherem meu espírito, mais eu fluo com o
Espírito de Deus e mais esperançoso eu fico sobre coisas boas vindo até em circunstâncias muito
difíceis. É essa a esperança que Hebreus 6:19 fala, ela é a “âncora da alma, firme e segura”. Num
mundo caótico, confuso e sempre em mudança, eu preciso de uma âncora para minha alma.
14
E ainda que o Senhor espere [com expectativa, cuidado e veemência] o momento de ser
bondoso com vocês e ainda que Ele se levante, Ele terá misericórdia e mostrará compaixão, pois
o Senhor é Deus de justiça. “Abençoados (felizes, fortunados, invejados) são todos os que nEle
[seriamente] esperam. Quem espera, e procura, e deseja a Ele por Sua vitória, Seu favor, Seu
amor, Sua paz, Sua alegria, e Sua incomparável companhia”. (Isaias30:18)
Para memorizar
• 2 Coríntios 5:17 “Entretanto, se alguém está em Cristo, ele é uma nova criatura. As coisas
velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”.
Judas 20 “Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé,
•
orando no Espírito Santo”.
Romanos 12:2 “Não se amoldem ao padrão desse mundo, mas transformem-se pela
•
renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar qual seja a boa,
agradável e perfeita vontade de Deus”.
Gálatas 5:16 “Por isso digo, vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos
•
da carne”.
Verdade Fundamental
Andar no Espírito envolve disciplina diária do corpo, renovação da mente, cura do

emocional, e submissão da vontade. Parece desafiador e legalista, mas na realidade é
libertador, leve,efontedevida,porqueérealizadonãoporesforçopróprio,massubmetendoa
vida ao Espírito em cada momento.
1. Quais áreas da sua vida (corpo, mente, vontade, emoções) você acha mais desafiador
ceder ao controle do Espírito Santo? Gaste algum tempo pensando e orando sobre o porquê
e escreva seus pensamentos.
2. Qual o passo que você pode tomar para ter alguma vitória nessa área?
Para um estudo mais aprofundado(Títulos em tradução livre)

Seminário “Rio de Cura” – Cleansing Stream Ministries” (Ministries, 1999)
Atitude
Vencedora de John Maxwell (Maxwell, 1993) The Winning Attitude
Campo de Batalha da Mente de Joyce Meyer (Meyer, 1995)-Battlefield of the Mind
15
Durante meus anos de ministério eu tenho ouvido histórias da vida de centenas de filhas de
Deus. Minhas conclusões não são resultado de um estudo científico, mas eu posso fazer três
observações gerais:
1. Enquanto muitas dessas mulheres foram criadas em casas com pais descrentes e
raramente foram à igreja, a maioria delas reconheceram, mesmo para surpresa
delas próprias, que até quando crianças pequenas, elas foram atraídas para oração
e a crença em Deus.
2. Aproximadamente metade das mulheres que compartilharam suas histórias comigo
foram vítimas de abuso sexual ou verbal quando crianças. Muitas delas nunca
tinham compartilhado essa experiência com alguém, mas pareciam achar libertador
falar sobre isso em um ambiente “seguro”.
3. Há poder, sabedoria, encorajamento e força em falar, ouvir e refletir nas lições
aprendidas das histórias das nossas vidas.
Essa lição destina-se a te guiar através do processo de refletir na sua “jornada espiritual”. O
propósito é pôr em prática a reflexão em oração aos eventos e experiências da sua vida para dar
uma perspectiva nova de quem você é e como Deus está te preparando e equipando para o que
Ele está chamando você a fazer na sua jornada de liderança daqui por diante.
Minha Herança
Prepare uma “árvore genealógica” que liste os nomes e relacionamentos dos membros da
família que tiveram uma influência positiva na sua vida. Não inclua data de nascimento ou óbito
ou nomes de quem você não conhece. O objetivo não é criar uma genealogia, mas sim um
registro da influência da família na sua vida. Do lado de cada nome liste o parentesco e a
influência positiva que eles tiveram na sua vida. Aqui está um exemplo:
Mary Ann Munday: mãe

• Exemplo de alegria em servir outros.
• Demonstrou humildade, como superar adversidade.
Você pode ter parentes que você nunca conheceu, ainda assim eles tomaram decisões que
impactaram sua vida positivamente. Talvez eles tomaram uma decisão de tornar-se um
imigrante em outro país ou começar um negócio que mudou o rumo da vida da família.
Este trabalho de Deus na sua vida é sua herança, entretanto os eventos podem ter ocorrido antes
que você nascesse.
A história da Minha Vida
Pense sobre a sua vida em uma linha de crescimento de cinco em cinco anos, desde seu
nascimento até o presente. Numa folha de papel separada ou num caderno, para cada período
de cinco anos, liste as coisas mais significantes que aconteceram na sua vida, as pessoas que
influenciaram você e os lugares que você experimentou. Adicione uma sentença curta sobre o
porquê eles são importantes.
17
Especificamente pense sobre:
1. Dificuldades – eventos dolorosos, pessoas ou experiências.

2. Alegrias – experiências de grande alegria ou contentamento.
3. Influências – pessoas que te inspiraram – mentores, pais, amigos chegados,
professores, líderes que você conheceu ou mesmo pessoas que você leu sobre.
4. Deus – coisas que você acredita que foi a “mão de Deus” na sua vida
Por exemplo: 0 a 5 anos:

Pessoas:
1. Mãe:
2. Pai:
3. Irmã(s):
4. Irmão(s):
Lugares:
1. Casa
2. Casa dos avós
3. Igreja
Eventos:
1. Nascimento do irmão ou irmã
2. Começando a escola
3. Família mudando
Coisa favorita para fazer:
1. Ajudar minha mãe em casa
2. Entreter convidados
3. Ajudar meus professores na sala de aula
Faça isso para cada etapa de cinco anos da sua vida: idades 6-10, idades 11-15, etc.
Com essas informações, vamos construir um gráfico. No eixo inferior coloque as etapas de cinco
em cinco anos. No eixo vertical, atribua notas de 0 a 10, traçando três linhas de cores ou texturas
diferentes para demonstrar 1. as circunstâncias da história da sua vida, 2. os “altos e baixos” da
sua vida emocional, e 3. os “altos e baixos” da sua vida espiritual (sua caminhada com Deus).
Adicione uma palavra ou duas para descrever o evento/pessoa/lugar que mais influenciaram
seus pensamentos na sua avaliação.
A História da Minha Vida
10
9
8
7
6 Circunstâncias
5
Emocional
4
Espiritual
3
2
1
0
0 a 5 anos 6 a 10 anos 11 a 15 anos 16 a 20 anos 21 a 25 anos 26 a 30 anos 31 a 35 anos
18
Meu Chamado, Dons e Paixões
Enquanto você reflete na sua herança e nas histórias da sua vida, selecione três “histórias” dos
eventos ou situações quando você se sentiu mais realizado e com mais energia, períodos em
que você sentiu que você estava exatamente onde Deus queria que você estivesse, fazendo o
que você foi criado para fazer. Pode ser um incidente específico, ou pode ser um período em
que você estava envolvido numa atividade que o desafiava, e ainda assim você conseguiu
completá-la com sucesso. Use o espaço abaixo para fazer uma breve descrição de cada uma
dessas “histórias” com detalhes que você pode se lembrar. Enquanto você escreve, responda as
seguintes questões:
a. Como eu comecei a fazer isso?

b. O que eu fiz?
c. Como eu terminei isso?
d. Como eu sei que eu fiz isso bem?
e. O que eu mais gostei sobre isso?
História1:
História2:
História 3:
Nesse momento compartilhe suas histórias com uma amiga confiável, adicionando cor e
detalhes como eles vêm à mente, descrevendo o que você fez e como você fez, ao invés do
porquê. Apenas lembre de você fazendo isso e descreva por que você achou essa experiência
tão gratificante. O trabalho da sua amiga é ouvir e anotar as ações que você compartilhou e o
porquê de você ter achado gratificante, e também qualquer pista sobre onde você estava ou
com quem você estava.
Você e sua amiga podem então procurar qualquer similaridade nas histórias.
19
Resumo:
Quando você estiver sozinho, reflita em oração nas suas histórias, sua herança e suas
experiências passadas, e peça a Deus para te dar discernimento sobre o que você aprendeu
sobre você mesma, o chamado dEle e o propósito através deste exercício. Qual sua paixão
agora? Que dons/experiências você deve ter que poderiam ser usados no ministério nesta área?
Alguns dons podem ter estado dormentes e pode haver experiências pelas quais você ainda tem
que achar significado, mas de algum modo você acredita que “a história está incompleta” e que
o propósito de Deus ainda vai ser revelado.
Para mim pessoalmente, enquanto eu trabalhei nesse exercício, eu descobri que eu tinha uma
paixão por “mulheres e negócios”. Não muito depois disso, eu me aposentei da minha posição
de Diretora do Ministério de Mulheres e na idade de 65 anos embarquei num programa de MBA
numa escola que enfatiza teologia e negócios. Sua experiência pode levá-la a uma mudança de
vida menos dramática, mas nunca duvide da habilidade de Deus para intervir na sua vida e
direcionar sua trajetória nos Seus caminhos!
Para memorizar
• Salmos 139:13-16 “Pois tu formaste os meus rins; entreteceste-me no ventre de minha mãe.
Eu te louvarei, porque de um modo tão admirável e maravilhoso fui formado; maravilhosas
são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem. Os meus ossos não te foram
encobertos, quando no oculto fui formado, e esmeradamente tecido nas profundezas da
terra. Os teus olhos viram a minha substância ainda informe, e no teu livro foram escritos
os dias, sim, todos os dias que foram ordenados para mim, quando ainda não havia nem um
deles”.
• Salmos37:23-24“ConfirmadospeloSenhorsãoospassosdohomememcujo caminho ele se
deleita. Ainda que caia, não ficará prostrado, pois o Senhor lhe segura a mão”.
20
Verdade fundamental
Deus tem estado com você, desde o ventre da sua mãe, durante tempos de crises e tempos
de alegria, se você esteve ciente da sua presença ou não; nada pode separar-lhe do Seu
amor.
1. Quais dons você suspeita que Deus te deu, mas ainda estão dormentes e podem ser
descobertos para os propósitos do Seu Reino?
2. Qual o passo que você pode tomar agora ou dentro dos próximos 5 anos para “descobrir”
aquele dom, para trazê-lo à superfície onde ele pode ser desenvolvido?
Para um estudo mais aprofundado (Títulos em tradução livre)
Qual é o seu dom? -What is Your Giftedness? (Hendricks, 2013)
Descobrindo seu dom -Discovering Your Giftedness (Bock, 2015)
Descubra Seus Pontos Fortes 2.0 - StrengthsFinder 2.0 de Tom Rath (Rath, 2014)
Seus dons espirituais - Your Spiritual Gifts de Peter Wagner (Wagner, 1994)
Descubra seus dons espirituais de Deus -Discover Your God-Given Gifts de Don & Katie Fortune
(Fortune & Fortune, 1987)
Análise Gratuita de Dons Espirituais - Free Spiritual Gifts Analysis (Gilbert, 2015)
21
Agora que você gastou um tempo pensando sobre sua herança e também sobre sua jornada de
vida pessoal, é hora de pensar como aquelas pessoas, lugares e eventos continuam a moldar a
sua vida, seus relacionamentos e seu ministério ainda hoje. A sabedoria, as ideias e as bênçãos
que outros derramaram sobre você estão fluindo agora e abençoando outros. Como as
experiências negativas e sofrimentos impactaram seus relacionamentos? Talvez algumas delas
fizeram de você uma amiga e conselheira mais compassiva e cuidadosa (2 Timóteo 2:2). Apenas
você pode dizer se isto fez você melhor ou mais amarga. A questão é o que você pode fazer para
maximizar o impacto positivo e minimizar o impacto negativo do seu passado nos seus anos à
frente.
Refletindo nos sucessos
Tire alguns minutos para brevemente refletir nas “alegrias” de sua vida, aqueles momentos que
você sentiu como se estivesse fazendo o que Deus a criou para fazer e você viu Sua mão de
bênção. Em que você está pensando? Tem um sentimento de orgulho no que você foi capaz de
completar? Um desejo para retornar àquele lugar? Um pouco de tristeza ou medo que talvez
seus “dias de glória” poderiam estar terminados e tudo vai piorar daqui para frente? Quais lições
podem ser aprendidas com seus sucessos? Eu tenho várias que vêm à minha mente. Deus pode
revelar outras que são mais pessoais a você, mas aqui estão algumas que Ele tem me ensinado.
Quando eu trabalho duro e experimento um sucesso significante é fácil escorregar e ter um
espírito orgulhoso. Talvez eu tenha sido esperta o suficiente para não me gabar do meu sucesso
diante de outros, mas lá no fundo, no meu coração não havia um certo autorreconhecimento?
Orgulho é uma armadilha especialmente perigosa para líderes. Ninguém ensina melhor essa
lição do que Nabucodonosor, o qual, depois de sentir aquela sensação de realização, recebeu
uma visão de aviso, e então humilhação profunda. Respeite essa advertência: “Ele é capaz de
humilhar aqueles que andam na soberba” (Daniel4:30-37).
Há vezes que reconhecemos prontamente o “trabalho de Deus” no nosso sucesso – uma
oportunidade se abre milagrosamente (ou fecha), uma voz mansa e delicada do Espírito que nos
guia a uma difícil, mas inesperada, decisão sábia, um “encontro divino” numa conversa casual.
Mas quando nós trabalhamos horas duras e longas e afinal alcançamos o alvo, e as pessoas em
volta de nós estão parabenizando nossa realização, é fácil esquecer daquele que nos deu olhos
para ver, ouvidos para ouvir, um cérebro para pensar, oportunidades educacionais para
aprender e pais amorosos que cuidaram de nós na infância. É fácil pensar que fomos vitoriosos
por causa dos nossos próprios esforços, e falhar em expressar nossa gratidão a Ele, e aqueles
que nos ajudaram na jornada. Enquanto você refletir nas suas “alegrias”, expresse sua gratidão
a Deus. Se você nunca fez isso, considere escrever um cartão ou e-mail de agradecimento para
aqueles que fizeram diferença em sua vida.
Se você estiver sentindo tristeza ou medo de que “o melhor já passou”, Salmos 139:16 diz que
no “teu livro todas estas coisas foram escritas; quando nem ainda uma delas havia ainda”.
Enquanto tiver fôlego no seu corpo, Deus tem trabalho para você fazer para expandir Seu reino.
A questão é se você vai tirar seus olhos do passado o suficiente para buscar a visão dEle para
seu futuro. A. R. Bernard, no seu sermão bem conhecido “Sua Visão é Seu Futuro” adverte: “Um
homem sem visão é um homem sem futuro e um homem sem futuro sempre volta ao seu
passado”. Pedro liderou os outros discípulos de volta a pescar depois da morte de Jesus, Noemi
retornou a Israel depois de seu marido e filhos terem morrido, e Adão teria retornado ao Éden
se Deus não tivesse o impedido de fazer isso. Se você costuma viver no passado, uma boa
pergunta a fazer é se você perdeu a visão do futuro que Deus planejou para você (Jeremias
29:11).
23
Curando as feridas emocionais

Todos nós experimentamos temporadas nas nossas vidas em que parece que o nosso mundo
desabou sobre nós inesperadamente. Por exemplo, a perda repentina de um ente querido, o
diagnóstico de um médico, a perda de um emprego, uma crise financeira, a rebelião de um
adolescente, a traição de um amigo, um relacionamento quebrado, ou qualquer outro evento
que você registrou pessoalmente e acredita que contribuiu para seus “tempos difíceis”. O
trauma emocional que sofremos durante aqueles tempos pode permanecer no fundo do nosso
espírito por anos, apenas para ressurgir dolorosamente quando menos esperamos, provocando
explosões emocionais de raiva, medo, rejeição, abandono, frustração, pânico, vergonha, culpa
ou outras emoções que impactam nossas decisões e nossos relacionamentos atuais. A questão
é, se não recebemos cura emocional instantânea na salvação, como podemos encontrá-la? Isso
é possível?
Deixe-me assegurar-lhe, Jesus é o Curador, não só da dor física, mas também da angústia
emocional. Ele é o reparador de corações partidos. Ele pode, milagrosamente, curar essas
feridas instantaneamente, ou mais tipicamente Sua cura pode vir como “descascar uma cebola
suavemente”, uma camada de cada vez, enquanto cada uma delas é submetida ao Seu toque
amoroso. Pela minha experiência, há muitos paralelos entre as feridas físicas e emocionais e os
tipos de cura que cada uma exige. Um arranhão superficial requer muito menos atenção,
cuidado e tempo do que a cicatrização da ferida de uma cirurgia abdominal. O primeiro pode
exigir uma avaliação rápida, a aplicação de pomada, um curativo, e algum tempo. Da mesma
forma algumas feridas emocionais superficiais - uma palavra rude, uma resposta com raiva, um
descuido - resultará em uma picada de imediato, mas uma avaliação rápida, uma palavra de
desculpas e uma reafirmação de amor e respeito é a resposta adequada. O assunto é
rapidamente curado e facilmente esquecido. Provérbios 19:11 sabiamente sugere: “A sabedoria
do homem lhe dá paciência; sua glória é ignorar as ofensas”. Mas as feridas mais profundas não
são tão facilmente tratadas - a traição de um amigo próximo, o engano de um conselheiro de
confiança, um compromisso quebrado, uma disputa não resolvida que leva a palavras fortes ou
uma injustiça. Estas podem exigir uma atenção adicional. Se não tratadas, estas feridas
emocionais, assim como ferimentos físicos não tratados podem "apodrecer" e tornarem-se
"infectadas" de uma maneira que afeta o resto do corpo. Uma ferida emocional infecciona
quando nós continuamente "tiramos a casca", meditando sobre o mal feito, sem oração,
procurando resolver o problema, ou permitindo a amargura a enraizar-se dentro do coração
(Hebreus 12:15). Nós nos justificamos, alegando que somente queremos que a "verdade" e a
"justiça" prevaleçam, mas em nossos corações há uma ferida aberta expelindo o veneno em
todo o nosso coração e relacionamentos. Apenas no verdadeiro perdão existe cura e liberdade.
A escritura é muito clara. O perdão não é opcional para um cristão. Em Mateus 6:15 Jesus disse,
“Se você não perdoar os outros pelas ofensas deles, também vosso Pai não vos perdoará pelas
vossas ofensas”. O perdão não significa que o que a pessoa disse ou fez não foi doloroso ou que
é aceitável para eles fazerem novamente. E o perdão não significa necessariamente que temos
um relacionamento restaurado com essa pessoa. Se eles se recusam a reconhecer o erro e são
suscetíveis a nos prejudicar novamente, ainda podemos perdoá-los, mas amá-los à distância. O
perdão é a nossa escolha, de modo que o veneno de não perdoar não destrói nossos outros
relacionamentos nem nos liga emocionalmente à pessoa que nos feriu. Então, como podemos
reconhecer se temos verdadeiramente perdoado uma mágoa passada? Quando o incidente não
mais impacta nossas decisões atuais, sabemos que estamos livres do seu poder sobre nós.
Lembre-se que o perdão é sempre um processo e não um evento único.
Há também feridas emocionais muito profundas como uma "cirurgia abdominal" que vêm como
resultado de um trauma, abuso ou outros tipos de violência que tenha sido experimentado
pessoalmente, quer como vítima ou como testemunha. Jesus é o que cura os corações.
Nenhuma situação é muito difícil para o Seu toque suave e amoroso. Assim como as feridas
físicas, as emocionais são frequentemente muito profundas e visíveis exteriormente - uma série
de relacionamentos quebrados, um semblante irritado e um discurso amargo, medos e
24
inseguranças que impedem o crescimento. Da mesma forma como Ele faz com feridas físicas,
Jesus cura as feridas emocionais de dentro para fora.
Como podemos saber se temos feridas emocionais do nosso passado que exigem ação da nossa
parte para que experimentemos a liberdade? Muitas de nós já experimentamos momentos em
que alguém tenha dito ou feito alguma coisa, e reagimos de uma forma que mesmo nós, no calor
do momento, reconhecemos que é desproporcional à situação. O que provoca isso?
Frequentemente, é uma ferida emocional não cicatrizada que o inimigo está usando como isca
para atrair-nos em sua armadilha do pensamento negativo, muitas vezes uma mentira que
chegamos a acreditar durante um momento difícil. A mentira, em seguida, nos mantém
emocionalmente em cativeiro até que a verdade nos liberte (João 8:32).
Em seu excelente livro "Verdadeiramente Livre" (título original: “Trully Free”), Robert Morris
sugere três perguntas de diagnóstico que podemos fazer para determinar se estamos sendo
mantidos em cativeiro pelos acontecimentos do nosso passado:
1. Iniqüidade continua: pecado habitual que parece que não podemos vencer;
2. Doença permanente: doenças e lesões prolongadas e repetidas que parecem
desproporcionais àqueles que estão a nossa volta;
3. Influência contínua como resultado de experiências ocultas (incluindo
horóscopos, cartas de tarô, placa Ouija , etc. ).
(Livro “Verdadeiramente Livre”, Morris, 2015, pp. 25-37).
Que ações podemos tomar para experimentar a cura emocional e libertação?

* Nota: você pode procurar um(a) amigo(a) espiritualmente maduro, de confiança, para estar
presente e orar com você enquanto você segue estes passos.
1. Vá em silêncio diante de seu Pai Celestial e reconheça sua necessidade de ajuda e cura.
2. Peça ao Espírito Santo para ajudá-la a visualizar a raiz de sua ferida. Ele pode trazer um
incidente de seu passado em sua mente, ou talvez a voz tranqüila e suave do Seu Espírito vai
falar com o seu coração. Você pode se surpreender com o que você receber, mas confie na Sua
direção.
3. Pergunte a Ele se há qualquer coisa que Ele quer que você saiba sobre essa situação e
revele quaisquer mentiras que têm acreditado como resultado disso. Tudo o que é contraditório
à Palavra de Deus é uma mentira do inimigo. Por exemplo, “Ninguém me ama” é uma mentira
do inimigo. “Eu tenho que cuidar de mim mesma. Ninguém mais vai fazer isso por mim”. Outra
mentira do inimigo.
4. Arrependa-se e peça a Deus para perdoá-la. Acreditar numa mentira do inimigo é um
pecado. Pode haver outros pecados que você cometeu que estão conectados ao evento
também. Por exemplo, participação em ocultismo é pecado e envolver-se em comportamentos
viciosos também é pecado.
5. Pergunte a Deus se há alguém cujo perdão é preciso buscar e seja obediente ao que Ele
lhe diz para fazer. Reter o perdão em seu coração é pecado.
Não esqueça de agradecer a Deus pelo Seu perdão e pelo Seu poder curador.
25
Se os tempos difíceis são tão desafiadores e podem ter um impacto negativo sobre nossas vidas,
por que um Deus amoroso não nos poupa desta dor e luta? A maioria de nós pode atestar o fato
de que foi durante esses tempos de crises que crescemos fortes, submetendo a nossa vontade
à Sua e nos apoiando Nele durante este tempo.
Para memorizar
§ João 8:32 “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.
§ 2 Coríntios 10:4-5 “As armas com as quais lutamos não são humanas; ao contrário, são
poderosas em Deus para destruir fortalezas. Destruímos argumentos e toda pretensão
que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento,
para torná-lo obediente a Cristo”.
§ 1 Coríntios 10:13 “Não sobreveio a vocês tentação que não fosse comum aos homens.
E Deus é fiel; Ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar.
Mas quando forem tentados, ele mesmo lhe providenciará um escape, para que o
possam suportar”.
Verdade Fundamental
O desejo de Deus é que sejamos livres da escravidão do nosso passado, para ver Sua
perspectiva através da lente de sua verdade - pecados perdoados, consciência limpa,
feridas cicatrizadas, satanás derrotado, o medo derrotado e o amor restaurado.
Se você se encontra continuamente pedindo perdão a Deus em alguma área de sua vida, passe
algum tempo "à sós" com Ele, pedindo-lhe para mostrar-lhe por que você parece incapaz de ter
vitória sobre essa área em particular. Para mim, foi um pecado de orgulho. Um dia, quando eu
o confessei mais uma vez, senti o Senhor dizer: "Você quer se livrar disso?" Honestamente,
nunca me ocorreu que eu poderia ser livre. Minha reação imediata foi: "Sim".
Pelos próximos quinze minutos eu tive flashes de situações quando eu competi com outros
(minha irmã, amigos, marido) e experimentei orgulho em "ganhar". Então Ele me mostrou como
esse espírito competitivo afetou meus relacionamentos e deixou um espírito de ciúmes que
tinha criado raízes no meu coração. Esse foi o início da minha jornada para a liberdade.
O que Deus quer falar com você?
Para um estudo mais aprofundado:(Títulos em tradução livre)

Theophostic Prayer Ministry de Ed M. Smith (Smith, 2005)
Totalmente Livre -Totally Free de Robert Morris (Morris, 2015)
Rompendo em Liberdade -Breaking Free de Beth Moore (Moore, 1999)
Perdoar e esquecer - Forgiveand Forget de Lewis Smedes (Smedes, 1984)
26
Assim como temos que nos exercitar fisicamente para manter nossa saúde e condição física,
nós também temos que trabalhar nosso espírito para alongar nossos músculos espirituais e
desenvolver habilidades espirituais. Este capítulo cobre brevemente 12 úteis exercícios
espirituais diferentes, que podem ser usados neste propósito. Você não usará os 12 diariamente
ou talvez nem mesmo em todas as fases da sua vida, mas esteja ciente que existem e têm sido
usados por muitos cristãos por séculos. Jesus mesmo foi exemplo de todos eles enquanto esteve
na Terra. Quando você aprende a praticá-los, eles vão lhe ajudar a crescer espiritualmente e
desenvolver um profundo relacionamento com Deus. Eles também irão ajudá-la a manter uma
consciência do reino espiritual que oferece uma perspectiva diferente do mundo físico que
percebemos com nossos sentidos. A boa notícia é que não precisamos ter grandes
conhecimentos teológicos para fazer esses exercícios, tudo que precisamos é um coração
ansioso por Deus (Provérbios 4: 1-2).
A execução desses "exercícios" como se fossem deveres religiosos de um “checklist espiritual"
não é o objetivo. O objetivo é lidar com nossos pecados e nosso egocentrismo. Se tentarmos
enfrentar essas situações usando apenas força de vontade e determinação, nós nos tornaremos
como os fariseus, que tentaram utilizar meios externos para resolver problemas do coração e
eventualmente ficará bem claro que falhamos “pois do que há em abundância no coração, disso
fala a boca”. (Mateus 12:34). Somente Deus pode transformar os corações, mas esses exercícios
vão preparar o solo do nosso coração para receber a semente para que Deus faça Seu trabalho.
Na parábola do Semeador Jesus disse que a semente é a Palavra de Deus e o solo é o coração.
Você pode pensar nessas “disciplinas” como a preparação do solo do nosso coração e então a
semente da Palavra de Deus vai formar raiz e crescer (Gálatas 6:8 e Lucas 8:5-8).“Agora vocês
estão limpos pela palavra que vos tenho falado” (João 15:3).
Parte 1: Disciplinas do Espírito
Adoração Confissão
Oração Meditação
1. Adoração
Jesus disse à mulher no poço que Deus estava sempre procurando pessoas que o adorassem em
espírito e em verdade (João4:23). O que isso significa? Reflita sobre isso por um momento. Para
mim, significa que Ele está procurando por pessoas que cheguem a Ele com amor e simplicidade,
honesta e abertamente, corações nus, sem pretensão ou pecados secretos e sem agendas
ocultas, dando-lhe a honra que a Ele é devida. Além disso, o Salmo 95:6 nos diz: “Ó, vinde,
adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor que nos criou. Independentemente
de saber se estamos fisicamente de joelhos ou não, quando adoramos o Senhor, nosso coração
deve estar em uma atitude de humildade e reverência diante dEle.
Devemos adorá-Lo "no esplendor da santidade", diante do "Escabelo de seus pés", "com as mãos
limpas e coração puro" (Salmo 29:2; 99:5; 24:4).
Nossa adoração voluntário e louvor é o que Deus está procurando, não porque Ele precisa
alimentar seu ego, mas por aquilo que é gerado em nós. À medida que reconhecemos Sua glória
e poder, majestade e santidade, e passamos tempo em Sua presença, nossos problemas e as
circunstâncias ganharão a Sua perspectiva.
O louvor pode ter muitas formas – ouvir uma música de louvor que aquieta, acalma nosso
espírito; estar junto em uma adoração coletiva, cantando em espírito, orando em espírito,
ajoelhando-se, prostrando-se, levantando nossas mãos em sujeição à Ele ou o que quer
27
que faça você entrar espiritualmente em Sua presença. Nossa forma física é menos importante
do que nosso espírito conectado com Seu Espírito em amor, honra e adoração. Venha a Sua
presença com grande expectativa, pronto para dar seu tudo a Ele.
2. Confissão
A verdade central do evangelho é que Jesus morreu por nossos pecados. Ele suportou o castigo
que nós merecíamos, então podemos ter perdão, ser limpos, ter um relacionamento com Deus
e uma vida eterna. Em João 1:9, está escrito: “Se confessarmos os nossos pecados Ele é fiel e
justo para nos perdoar e nos purificar de toda injustiça”.
A realidade é que mesmo depois de “nascermos de novo”, o pecado vem até nós e diariamente
fazemos coisas que ofendem o Santo Espírito. Nós muitas vezes relutamos em confrontar esses
pecados com coisas pequenas, reconhecendo nossas fraquezas e recebendo a graça de Deus
mais uma vez.
Se queremos crescer espiritualmente não podemos ter uma vida não examinada, devemos pedir
a Deus que nos revele especificamente aquelas coisas que pensamos, dissemos ou fizemos que
ofenderam seu coração. Então, ouça sua resposta: “Sonda-me ó Deus e conheces meu coração!
Prova-me e conheces meus pensamentos! Vê se há em mim algum caminho mal e guia-me pelo
caminho eterno” (Salmos 139:23,24).E isso inclui os pecados do seu coração (orgulho, medo,
inveja e ódio), pecados da carne (preguiça, glutonaria, adultério), coisas que você fez ou pensou
que deveria ter feito, mas não fez, palavras, motivações e pensamentos.
Assim que o Espírito Santo for revelando coisas para você, se arrependa e peça perdão. Receba
sua cura e libertação, considere fechar o seu tempo de confissão com o Salmo 51.10: “Cria em
mim oh Deus um coração puro e renova em mim um espírito reto”.
Mantenha essa prática durante o dia para não acumular “pendências” com Deus. Onde ou
quando o Espírito Santo te convencer de seus pecados, arrependa-se imediatamente e procure
seu perdão. E isso não precisa ser uma experiência de busca espiritual, você não precisa dobrar
seus joelhos no meio da rua nem mesmo abaixar sua cabeça. Basta se conectar com Seu Espírito.
Lembre-se que Ele ama você e está ansioso em ter um momento de intimidade com você, te dar
consciência de Sua presença e paz (1 Tessalonicenses 5:17).
É possível haver momentos na sua vida onde o poder do pecado é tão forte ou a dor é tão
profunda que você se sente incapaz de se libertar da amargura ou culpa. Uma das práticas cristãs
antigas era encontrar um cristão confiável e sábio que quisesse ouvir e falar em voz alta palavras
de perdão a Deus (Tiago 5:16).
3. Oração
Deus é Onisciente e Onipotente, então por que preciso orar? Quando oramos, estabelecemos
uma relação pessoal com o Pai. Orar gera mudança. Quanto mais perto estamos de Deus e Sua
santidade, mais vemos necessidade de mudança, para se parecer mais com Cristo. Se
começarmos a pensar os pensamentos de Deus e tirarmos um tempo para fazer perguntas e
ouvir Suas respostas, então ouviremos Sua voz. Se você não está certo do que está ouvindo vem
dEle ou não, pergunte a você mesmo se o que você está ouvindo é consistente com a maneira
com que Deus tem se revelado em Sua palavra. Nós somos capazes de reconhecer a voz de um
amigo ao telefone porque ouvimos sua voz com frequência. Quando alguém cita um amigo
próximo e se conhecemos esse amigo, podemos confirmar se é verdade ou não. Da mesma
maneira, é através da repetição que reconhecemos a voz de Deus. A oração é uma comunicação
de duas vias!! As ovelhas de Deus ouvem a Sua voz. Ele vai falar com você (João10.27).
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Oração é algo que podemos aprender - com Jesus, com amigos que já aprenderam a orar com
eficiência, pela Bíblia (personagens e citações bíblicos), com livros de oração (veja nas sugestões
de leitura) e pela prática.
A oração faz a diferença (Tiago 5:16, 1 Coríntios 3:9). Ore pelos doentes, pelos casamentos, pelo
governo, por pastores e missionários, por membros da sua família e amigos, por proteção ou
mesmo por estranhos, quando Deus mostrar a você.
Três sugestões de modelo para oração:

§ Método 1: O Pai Nosso – medite no modelo e não nas palavras.
§ Método 2: Ações: adoração, confissão, gratidão, súplica (por outros).
§ Método 3: Oração: louvor, arrependimento, perguntas, entrega, expectativa,
recebimento.
4. Meditação
Meditar é simplesmente refletir, pensar, balbuciar. Se você sabe se preocupar, você sabe como
meditar.
No que você deve meditar? As escrituras nos ensinam a meditar na Palavra de Deus, Sua lei, Seu
amor, Seu trabalho, Suas promessas e Suas maravilhas (Josué 1:8; Salmo 48:9; Salmos 77:12;
119:27, 48; 142:5)
Como meditar? Comece separando um lugar e uma hora, onde não haja interrupção. Eu medito
durante minha caminhada matinal. Outras pessoas sentam quietas num quarto de oração ou de
estudo. Peça a Deus para revelar Sua verdade ao seu coração. Se as circunstâncias são difíceis,
pergunte a Deus se há algo que você precisa entender sobre isso. E quando você orar por outras
pessoas, peça a Deus a melhor forma de interceder por eles. Ouça a voz do Espírito Santo ao
invés de tentar solucionar o problema você mesmo.
Quais resultados você espera receber meditando? De acordo com as Escrituras, você deve
esperar a experiência de arrependimento, obediência, sabedoria, nova compreensão sobre o
caráter de Deus, Seu amor, Sua santidade, Seu poder (Salmos 119:97, 101, 102).
Seja paciente com você mesmo enquanto você aprende essa disciplina, isso, se for novidade para
você.
Parte 2: Disciplinas da Alma
Estudo Solitude
Submissão Serviço
5. Estudo
O estudo envolve uma análise da Palavra de Deus para renovar a mente exposta a verdade
(Romanos 12:2, Filipenses 4:8). Ao contrário da meditação, que busca aplicar o que Deus está
falando ao coração, o estudo analisa a Escritura para entender o que ela revela sobre Deus, Seu
caráter, Seus propósitos, e os seus princípios para a vida.
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"Manejar bem a Palavra da verdade" vai exigir esforço concentrado, análise e sabedoria do
Espírito. Ferramentas de estudo abundam na Internet, mas elas devem ser vistas de forma crítica
– são coerentes como resto da Escritura, com a sua compreensão do caráter de Deus e
propósito? Não há atalhos no estudo; isso vai levar tempo e autodisciplina.
Converse com alguém que tenha conhecimento e sabedoria espiritual que você valoriza para
começar. Um bom dicionário Bíblico, uma concordância (para o estudo da língua original) e um
estudo da Bíblia são um excelente começo. Se você tiver acesso à Internet, existem inúmeros
sites que têm materiais de estudo grátis. Alguns estão listados no final deste capítulo. Comece
cada sessão de estudo com a oração e peça ao Espírito Santo para lhe dar visão e sabedoria. Uma
boa técnica é ler uma grande parte das Escrituras de uma só vez e anotar seus pensamentos e
impressões. Em seguida, leia passagens menores com mais cuidado e olhe as referências e
passagens relacionadas. Faça notas em sua Bíblia, destaque ou sublinhe passagens que são
especialmente significativas para você e anote oque aprendeu.
Se há algo que você leu que você não entendeu ou parece inconsistente com algo que você
acredita ser verdade, peça a Deus que lhe dê sabedoria (Tiago 1: 5), consulte os comentários,
dicionários e outros materiais de referência para ver o que outros pensam a respeito. Fale com
um cristão maduro espiritualmente em quem você confia, mas seja cautelosa sobre "novas"
doutrinas. Discuta suas ideias com os outros para ver se elas são consistentes com o restante
das Escrituras.
6. Solitude
Estar isolado é estar sozinho e não ansiando por alguém para conversar. Podemos nos tornar tão
acostumados ao ruído e às conversas que o silêncio e a solidão parecem estranhos e
desconfortáveis. Jesus frequentemente retirou-se das multidões e até mesmo de seus discípulos
para buscar a presença de seu pai e ouvir a Sua voz (Mateus 4:1-11, Lucas 6:12, Mateus 14:13,
23, Marcos 1.35; Marcos 06:31, Lucas 5:16). Estar sozinho não tem que nos fazer sentir solitário.
Podemos aprender a desfrutar de momentos tranquilos e ter um "tempo sozinha" com Nosso
Pai, seja no início da manhã, antes de sair da cama, ou a última coisa que fizer à noite, antes de
adormecer, momentos no trânsito ou esperando na fila, mesmo se retirando para uns dias
tranquilo no "deserto". À medida que acalmarmos nossos corações diante dEle, sem planejar ou
resolver problemas, ou mesmo pensando em conversas anteriores, Ele vai falar palavras de amor
e incentivo aos nossos corações, vai nos dar Sua direção para nossa vida, e compartilhar ideias
com a gente sobre as questões que nos perturbam (Isaías 30:15).
À medida que criamos o hábito de nos isolarmos, vamos encontrar força e paz interior, um
espaço de contentamento e alegria que vai aumentar a nossa sensibilidade para as necessidades
dos outros e compaixão por suador.
7. Submissão
Submissão é ser livre da necessidade de estar no controle e ter o nosso próprio caminho. Isto
não é deixar nossos interesses menos importantes, mas é escolher negar a nossa vontade e
seguir Jesus, acreditando que Seu caminho nos trará maior alegria e satisfação (Marcos 8: 34-
35). Submissão é tanto uma atitude quanto uma ação.
Jesus nos deixou o exemplo, sempre escolhendo viver em submissão a Seu Pai, mesmo quando
isso lhe custou a vida (Filipenses 2:4-7; João 5:30; 08:28; Mateus 26:39). Ele não viveu em
submissão aos fariseus ou às opiniões de pessoas (Marcos 12:14), embora ele tenha vivido sob
a autoridade do governo romano (Marcos 12:16).
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Servos na igreja primitiva foram instruídos a escolher submeter-se a seus senhores, mesmo
aqueles que eram duros (1 Pedro 2:18 -. 21), embora parecesse que não tinham escolha. Como
cristãos, Pedro estava lhes dizendo que tinham uma escolha e eles deveriam escolher submeter-
se àqueles que têm autoridade sobre eles. Paulo instruiu mulheres a submeterem-se a seus
maridos, como ao Senhor (Efésios 5:22, 24). Pedro instruiu seus leitores a submeterem-se aos
governos, embora em uma situação difícil, ele, pessoalmente, escolheu obedecer a Deus antes
que ao homem (1 Pedro 2:13-15; Atos 5:29).
Para praticar a disciplina da submissão, escolha cada dia e cada momento para viver a vida em
submissão a Deus e Sua vontade. Se submeter ao meu marido, a um irracional e exigente chefe
e às autoridades que governam se torna mais simples e mais claro quando eu escolher cada dia
viver em submissão a meu Pai Celestial.
8. Serviço
Praticar a disciplina de uma vida de serviço é diferente do que fazer uma escolha para servir aos
outros. Serviço hipócrita resulta de esforço humano, procura o reconhecimento e apreciação,
escolhe quando e quem servir e é afetado por emoções temporárias. Um serviço divino
verdadeiro decorre da minha relação com o meu Pai, se contenta em estar em secreto, serve a
todos sem levar em conta a posição, e é um estilo de vida, não um evento isolado. Quando
escolhemos servir, ainda estamos no comando; quando escolhemos ser servos, entregamos esse
direito (Mateus 20:26; 23:11; Marcos 10:43).
Jesus foi modelo de uma vida de serviço (Marcos 10:45), e não apenas através da Sua morte na
cruz ou lavando os pés dos discípulos, mas também por tomar tempo para ouvir os corações
daqueles em torno dele e suprir suas necessidades (Lucas 7:1-17; Marcos 5: 1-42). Ele gastou
tempo com os discípulos, comendo com eles, relaxando com eles, ensinando-lhes, respondendo
às suas perguntas, e delegando autoridade a eles, mesmo quando eles estavam longe de serem
perfeitos. Serviu ao menor - às crianças, às mulheres, aos endemoninhados e aos excluídos da
sociedade, sem levar em conta sua própria reputação. Os benefícios de uma vida de verdadeiro
serviço são a humildade, abnegação e aprovação de Deus.
Parte 3: Disciplinas do Corpo
Jejum Simplicidade
Gratidão Generosidade
9. Jejum
A disciplina do jejum é abster-se de alimentos (sólido ou líquido, mas não água) para propósitos
espirituais. Um jejum parcial é aquele que restringe a dieta (Daniel 10:3).
A lei judaica comandou um jejum público uma vez por ano, no Dia da Expiação. No Novo
Testamento não há nenhum comando para jejuar, mas Jesus disse que jejum e oração são atos
de devoção (Mateus 6:1-18.). A decisão de jejuar é tipicamente uma decisão privada, embora
algumas igrejas incentivem períodos comuns de jejum.
O objetivo do jejum é nos ajudar a se concentrar em Deus em obediência a Ele, para revelar
coisas como o orgulho, a gula ou a raiva que nos controlam, para dar clareza na orientação e
poder na intercessão pelas pessoas e nações. Em vez de comer, a intenção é gastar tempo em
oração ou louvor. Quando seu corpo pedir para ser alimentado, use isso como um lembrete para
orar e permitir que o seu espírito aja sobre o seu corpo. Uma sugestão da minha própria
31
experiência é a importância de monitorar as atitudes do seu coração enquanto jejua; é fácil ficar
mal-humorado ou irritado com os outros, em vez de mais santo (Isaías 58:4,6-8).
Em seu livro, “Celebração da Disciplina – o caminho do crescimento espiritual” (“The Celebration
of Discipline”), Richard Foster sugere que aqueles que estão usando esta disciplina pela primeira
vez comecem uma vez por semana, durante algumas semanas, com um jejum de 24 horas parcial
do almoço de um dia para o almoço do dia seguinte, comer frutas, beber suco e quebrar o jejum
com frutas e legumes frescos no almoço do segundo dia. Em seguida, tente um jejum normal de
24 horas e beba muita água. Para jejuns mais longos, é aconselhável ler os conselhos de outros
ou falar com alguém que jejua regularmente.
Alguns personagens bíblicos que jejuaram foram Moisés, Davi, Elias, Daniel, Ana, Paulo e Jesus.
Estudar o que eles fizeram, porquê jejuaram e os resultados deles, seria uma preparação
interessante para este exercício.
10. Simplicidade
Simplicidade significa viver com Deus como o centro de nossas vidas – não posses, não pessoas,
nem atividades, mas o próprio Deus. Quando vivemos com simplicidade nossa fala é verdadeira
e honesta. Nós não estamos preocupados em ganhar status. O que temos disponibilizamos para
os outros, porque nós acreditamos que tudo o que temos é Deus que nos empresta para sermos
mordomos. Posses são coisas boas, e não uma distração (Eclesiastes 6:18-19). Tomamos nossas
decisões de acordo com o que acreditamos que Deus quer que façamos e, como resultado,
estamos livres de sermos controlados por posses, opiniões, medos, egocentrismo, preocupação,
ganância e inveja. Não precisamos necessariamente dar aos pobres todos os nossos bens que já
foram dados a Deus, para serem desfrutados e usados conforme Ele instrui. Nossos filhos não
são extensões de nós mesmos ou cumpridores dos nossos sonhos fracassados, mas são dons de
Deus, para serem alimentados, amados, treinados e liberados para o Seu reino.
A disciplina da simplicidade é "buscar primeiro o reino de Deus e Sua justiça" (Mateus 6: 25-33).
11. Gratidão
Embora gratidão não seja geralmente listado entre as "disciplinas espirituais", há um número
grande de passagens nas escrituras que mencionam gratidão, e estou convencida da sua
importância na nossa saúde espiritual. Temos que dar "graças sempre em tudo" (Efésios 5:20),
para "dar graças em todas as circunstâncias" (1 Tessalonicenses 5:18), e "entrar por suas portas
com ações de graças, e em seus átrios com louvor" (Salmo 100:4). Que melhor maneira de
começar o dia do que agradecendo a Deus por cinco coisas que Ele fez por você no dia anterior?
Pode ser o presente de um membro da família, o canto de um pássaro, uma oração respondida,
saúde, liberdade, proteção, palavras de incentivo de um amigo, uma visão da Sua Palavra, ou a
bondade de um estranho. Durante todo o dia manter uma atitude de ver Deus no trabalho e nas
circunstâncias ou as coisas para as quais você pode ser grato.
Comece a estender a sua gratidão para com aqueles que a rodeiam, membros da família, colegas
de trabalho, vizinhos, comerciantes, pessoal de serviço e aqueles no ministério. Deixe-os saber
com palavras de incentivo ou pequenos presentes que seu trabalho é importante para você e
sua vida está fazendo a diferença na vida dos outros.
Termine o seu dia, quando você for para cama à noite, com um coração grato, agradecendo a
Ele mesmo pelas circunstâncias difíceis que encontrou, aprender a ser "grata nas fraquezas, nas
injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Porque, quando sou fraca, então é
que sou forte" (2 Coríntios 12:10).
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AnnVoskamp em "OneThousandGifts" (“Mil presentes”) desafiou a si mesma a escrever “mil

presentes” pelos quais ela possa ser grata a Deus - uma maneira maravilhosa de desenvolver a
disciplina de manter uma "atitude de gratidão" (Voskamp, 2010).
12. Generosidade
"O Senhor ama ao que dá com alegria" (2 Coríntios 9:7). Alguém já disse que nunca parecemos
tanto com Ele do que quando damos. Faz parte do nosso DNA, porque Ele é nosso Pai e "Deus
amou o mundo de tal maneira que deu Seu filho" (João 3:16).
Normalmente, pensamos logo nas finanças quando falamos sobre a doação, mas um espírito
generoso nos inspira a dar muito além de abrir nossas carteiras. Sim, Deus quer que demos aos
pobres. Deuteronômio 15:11 nos instrui: "Abra a mão ao seu irmão, aos necessitados e aos
pobres em sua terra". Em Ezequiel 16:49, lemos que a acusação de Deus contra Sodoma era sua
incapacidade de cuidar dos pobres.
Mas Deus também quer que sejamos generosos com nosso tempo, nossos talentos, nossas
palavras de incentivo, nossas posses e nossa sabedoria. 1 Timóteo 6:18 resume bem: "Seja
generoso e pronto para compartilhar".
Para memorizar:
• Salmo 119:105 “A tua palavra é lâmpada para os meus pés e luz para o meu caminho”.
• Jeremias 29:13 “Você vai me procurar e me encontrar, quando me procurar de todo o
coração.
Verdade Fundamental
Nunca há uma necessidade de ficar "preso" em seu relacionamento com Deus. Ele está sempre
à espera, pacientemente por você, para buscá-Lo de todo o coração, de formas diferentes, na
maneira de estudar Sua Palavra, passar tempo com Ele em oração, expressar gratidão a Ele,
escrever em seu tempo livre, ou da maneira que Seu Espírito mover você. Aprenda a fazer de
cada dia uma aventura com Ele mostrando-lhe o caminho.
SuaResponsabilidade
1. Considere fazer um estudo bíblico sobre meditação, o que meditar e que resultados
esperamos receber. Em seguida, pratique a meditação espiritual você mesmo e anote o
que aprender. Que segredos você aprendeu que a ajudou a meditar com mais sucesso?
Que obstáculos você tem que superar e como você pretende superá-los?
2. Descreva seu tempo de oração. Quando e onde você ora? Você tem um padrão em sua
oração? Você faz anotações durante ou depois da oração? O que você acha mais difícil
sobre o tempo gasto em oração? Você tem dificuldade de orar em voz alta na frente dos
outros?
3. Considere o que você pode fazer para simplificar a sua vida. Por exemplo, mantenha
33
suas dívidas a um mínimo, elimine a desordem de sua casa, venda ou doe o que você
não usa mais.
4. Quais são alguns métodos de estudo que você encontrou e são úteis?
5. Você tem expectativas por um tempo de solitude ou estar sozinha faz você sentir medo
ou ansiedade? Que medidas tomaria para aprender a apreciar a solidão?
6. Quando é mais difícil para você se submeter a outras pessoas? Você sabe por quê?
Como, sendo cristã, isso se torna mais fácil ou mais difícil para você?
7. Onde você está servindo atualmente? Pergunte a si mesma se você está escolhendo
servir ou escolhendo ser serva. A diferença é a quantidade de controle que você tem.
Para um estudo mais aprofundado:

Celebração da Disciplina – o caminho do crescimento espiritual – Celebration of Discipline de Richard
Foster (Foster, 1988)
Meu coração o Lar de Cristo – My Heart Christ’s Home de Robert Boyd Munger (Munger, 1992)
Intercessão, exercendo com alegria- Intercession, Thrilling and Fulfilling de JoyDawson (Dawson, 1997)
Orações que abrem portas – Prayers That Avail Much de GermaineCopeland (Copeland, 2005)
Segredos da Oração Poderosa -Secrets of Powerful Prayer de HammondandCameneti
(Hammond&Cameneti, 2000)
Mil dons One Thousand Gifts de Ann Voskamp (Voskamp, 2010)
Sites de estudo Bíblico grátis (em inglês):
www.biblegateway.com, www.blueletterbible.com,www.netbible.org , www.e-sword.net ,
www.lovegodgreatly.com
34
Minha jornada de liderança pessoal começou quando eu, como filha de um pastor, comecei a
servir em várias funções na igreja, ajudando no berçário, no ministério das crianças, coral,
jovens, escola dominical, louvor e mesmo na limpeza após jantares na igreja. Servir em várias
funções foi divertido; eu gostava muito de aprender e amava ensinar. A progressão para
posições mais responsáveis durante meus anos de faculdade foi natural. Eu nunca senti
necessidade de ser a "presidente" ou "uma líder importante", mas estava disposta a apoiar a
liderança e servir. Dez anos sendo mãe de dois meninos, me ensinou muito sobre liderar e servir,
mas foi durante meus vinte anos no mundo corporativo, após crescer na hierarquia da empresa
sendo líder de equipe, supervisora e gerente, que meu estilo de liderança surgiu. Eu
definitivamente não era o tipo de gerente tradicional da indústria petrolífera dominada por
homens, mas eu me dei conta de que as pessoas no meu departamento trabalhavam com muito
mais eficácia quando tinham objetivos claros e fiz tudo ao meu alcance para remover os
obstáculos que os impediam de alcançar seus objetivos. Eu me tornei conhecida pelo termo
"Líder Servo", eu teria dado a mim mesma essa descrição, baseada no que eu sabia, mas no
fundo eu sempre me considerei uma “líder de segunda classe", aquela que não nasceu com
habilidades naturais de liderança, mas que aprendeu a desenvolver essa capacidade. Então eu
li o trabalho “Servant Leadership” ("Liderança Servidora") de Robert Greenleaf e fiquei chocada
com as seguintes afirmações:
“O Líder Servo é servo em primeiro lugar...isso começa com o sentimento natural de

primeiro servir. Então, uma “escolha consciente” leva a pessoa a aspirar pela liderança.
Essa pessoa é destacadamente diferente daquela que é líder em primeiro lugar...
A diferença se manifesta no cuidado tomado pelo servo, primeiro em ter certeza de que os
outros estão sendo servidos em suas prioridades e necessidades. O melhor teste é: as
pessoas servidas estão crescendo como pessoas? Enquanto servidas estão se tornando
mais saudáveis, sábias, livres, autônomas e com indícios de se tornarem servos?”
(Greenleaf, 1977, p.27)
O que ele estava dizendo é que eu não era uma líder de segunda classe! Aquele pensamento foi
um momento iluminado para mim. Comecei a entender liderança de uma perspectiva
completamente diferente.
Muitas mulheres, assim como eu, aprendem bem o papel de “servo” e a nos alegrar em assistir
às necessidades dos outros. Deus tem lhe chamado a fazer aquela “escolha consciente” e aspirar
pela liderança? Gostaria de lhe incentivar a dar esse passo de fé. Coloque-se disponível para
liderar um pequeno grupo ou ensinar um estudo bíblico, organizar um evento, ou montar uma
equipe para realizar uma tarefa ou projeto. Se Deus está lhe chamando, Ele irá lhe equipar para
fazê-lo.
Algumas pessoas argumentam que os conceitos de servo e de líder estão em extremos opostos
do espectro. Como alguém pode ser servo e líder ao mesmo tempo? A resposta de Jesus a essa
pergunta encontra-se em Lucas 22:26: “Mas não sereis vós assim; antes o maior entre vós seja
como o menor; e quem governa como quem serve”. Ele não somente confirmou isso com suas
palavras, “Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a
sua vida em resgate de muitos” (Mateus 20:28), mas ele também nos demonstrou durante a sua
vida entre nós.
36
I. Jesus como um LíderServo

Pelas definições atuais, Jesus foi um verdadeiro Líder Servo? “Um Líder Servo procura extrair,
inspirar e desenvolver o que a pessoa tem de melhor dentro de si”.(Spears,1998,p.XII). Ele
certamente seguiu esse padrão! Vejamos abaixo outras características de Líder Servo (Spears,
1998, pp. 4-6):
1. Ouvir: Líderes Servos ouvem atentamente as ideias, as preocupações e os corações de
seus liderados. Jesus ouviu atentamente aqueles que o procuraram, respondendo seus
questionamentos, mesmo quando inconvenientes (João 3:1-21; João 4:7-42).
2. Empatia: Jesus teve compaixão pelos seus liderados (Mateus 9:36; Lucas7:13).
3. Cura: Líderes Servos ajudam a tornar a vida de seus subordinados plena. “Como Deus
ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo bem, e
curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele” (Atos 10:38).
4. Consciência: O Líder Servo tem sua própria “serenidade interior”. Jesus sabia
exatamente quem era e para onde estava indo; Ele não precisava de ninguém para confirmar
isso (João2:24-25).
5. Persuasão: Líderes Servos buscam um consenso em vez de forçar a sua vontade sobre
outros. Jesus sabia que Judas o trairia, mas o permitiu ser discípulo e ter responsabilidade sobre
o dinheiro (Mateus 26:25; João 13:29 e João 17:12).
6. Conceitualização: O Líder Servo consegue balançar a realidade física cotidiana com
ideias além do que se pode enxergar. Jesus frequentemente orava sobre o Reino de Deus. “E
percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas e pregando o evangelho do reino,
e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo” (Mateus4:23).
7. Previsão/Sabedoria: O Líder Servo aplica lições do passado e antecipa as consequências
das decisões. Jesus advertiu os seus discípulos sobre tempos difíceis para si mesmo e para eles.
(Lucas 9:44, 45; Mateus24:1-31).
8. Gerência: Líderes Servos são sábios gerentes de seus próprios recursos, com
comprometimento em servir. Jesus sabiamente gerenciou o seu tempo que, em três anos,
trouxe transformação ao mundo. Ele doou aos pobres, mas ao mesmo tempo permitiu que os
ricos doassem a Ele (João 13:29; Lucas 8:3; Mateus 26:7-12).
9. Compromisso com o crescimento das pessoas: O Líder Servo incentiva o crescimento
pessoal, profissional e espiritual de seus liderados. Jesus pessoalmente investiu seu tempo
ensinando, corrigindo e treinando pacientemente os seus doze discípulos (Mateus 10:1; 11:1;
16:24;20:17).
10. Coletividade: O Líder Servo trabalha para unificar seus seguidores formando uma
equipe coesa. Jesus ensinou seus discípulos a amar e servir uns aos outros. Após sua morte e
ressurreição eles se encontraram unidos em um único propósito: o de pregar o evangelho para
o mundo (João 13:14-16; Mateus 28:19; 20; Atos2:44-47).
Quais outros exemplos de Jesus como Líder Servo vem a sua mente?
II. Liderança servil em prática hoje

1. Ouvir: Tenha um interesse pessoal nas pessoas que você lidera, suas famílias, o que
gostam e o que não gostam, o que faz seus espíritos elevarem-se e o que atormenta seus
corações. Esteja atento ao que eles dizem e o que não dizem. Peça a eles para esclarecer
questões e procure entender suas sugestões e ideias. Paulo colocou desse jeito: “E rogo-vos,
irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós e que presidem sobre vós no Senhor, e vos
37
admoestam; E que os tenhais em grande estima e amor, por causa da sua obra. Tende paz entre
vós” (1 Tessalonicenses5:12-13).
2. Empatia (Compaixão): Faça com que seus liderados compreendam bem, mesmo
quando os seus comportamentos ou palavras forem inaceitáveis, a reconhecer que “magoando
pessoas, ferem-se pessoas”. Aprenda como e quando o perdão é essencial. Demonstre
verdadeira compaixão com aqueles que estão machucados ou estão passando por tempo de
crise. Quando o “Ministério da Presença” for solicitado, apenas sente confortavelmente, em
silêncio e deixe que se lamentem. Como mulheres nos inclinamos a agir, a “fazer algo”, preparar
uma refeição, cuidar das crianças ou limpar a casa, mas o que geralmente é mais importante é
o companheirismo em oração. Isso fará com que a sabedoria e a direção do Espírito Santo
respondam com verdadeira compaixão em cada situação.
3. Cura: Ajude aqueles que você lidera a encontrar sua plenitude física, espiritual, mental
e emocional. Podemos não ter habilidades para trazer cura física aos doentes, mas se estivermos
intimamente ligados ao “Médico dos Médicos”, poderemos interceder em Seu nome. Para
aqueles que estão emocional, espiritual ou mentalmente feridos, o Líder Servo será o canal de
bênção para falar palavras de sabedoria, encorajamento e esperança.
4. Consciência: Em oração reconheça suas próprias fraquezas, deficiências e pecados.
Como um Líder Servo, saiba quem você é, de quem você veio, seus valores, suas prioridades e o
seu chamado. Quando, pelo elogio de outros, a tentação de sentir orgulho de si mesma vier ou
por alguma sombra de verdade faça você sentir-se superior, ou quando estiver cercada somente
por aqueles que concordam com você, permita que a Palavra de Deus e a presença do Espírito
Santo vivifiquem a sua consciência e a tragam de volta à verdade.
5. Persuasão: Persuadir voluntários para que eles fielmente doem seu tempo e talento
para realizar um propósito é muito mais difícil do que persuadir funcionários que você contrata
para desempenhar a mesma função. Voluntários tipicamente necessitam de encorajamento
constante. Eles precisam entender o significado do trabalho que estão fazendo. Aprendi que
aqueles que são inspirados e chamados por Deus para servir, tem um mais alto nível de
comprometimento e longevidade no exercício da função do que aqueles que você tem que
“convencer” para esse trabalho. Por outro, lado se alguém se sente chamado, mas é inadequado
para tal função, encorajamento e persuasão serão essenciais. Exigir cumprimentos de tarefas
não é opção e não funciona com voluntários!
6. Conceitualização: De forma clara e resumida, expresse a visão que Deus tem lhe dado.
Provavelmente isso demandará tempo, trabalho e prática. Essa visão clara irá inspirar ideias
criativas, ânimo e os ajudará em tomadas de decisões.
7. Previsão/Sabedoria: Aplique lições do passado para tomadas de decisões com
sabedoria em situações atuais evitando cair em ciladas e armadilhas. ApliqueTiago1:5, peça a
Deus sabedoria e envolva outros na tomada de decisão para juntos trocarem experiências e
avaliarem perspectivas e alternativas. “Quando não há conselhos os planos se dispersam, mas
havendo muitos conselheiros eles se firmam” (Provérbios 15:22).
8. Gerência: Use todos os recursos disponíveis com sabedoria. Recursos financeiros são
votos de confiança dados por aqueles que contribuíram. Para construir um relacionamento de
credibilidade com os doadores, compartilhe abertamente como os recursos foram usados e
contabilizados. Mantenha uma atitude de respeito no momento das doações, esteja preparado
e organizado. Com sabedoria, se esforce para entender os pontos fortes e fracos de seus
liderados na administração de seus talentos.
9. Compromisso com o crescimento das pessoas: Ajude as pessoas a identificar seus
pontos fortes e fracos e a desenvolver seus dons dando exemplos, ensinando, treinando, e
delegando funções. Treinamento envolve feedback, dê retorno sobre o que eles fizeram bem e
também no que eles podem ser aprimorados. Inspire-os a descobrir seus valores, suas paixões
e o seu chamado. Demonstre suas próprias fraquezas para se manter aprendendo e crescendo,
mesmo que isso mostre suas inabilidades.
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10. Coletividade: A maneira mais poderosa de consolidar a comunidade é ser um modelo

desse amor incondicional, vivendo uma vida transparente de integridade e alegria para com os
outros. Você pode incentivá-los verbalmente a apoiar e ajudar outras pessoas. Não desanime se
você não ver resultados imediatos com a Liderança Servidora. Dentro seu prefácio para o livro
“Pensamentos sobre liderança” ("Insights on leadership"), Stephen Covey compara servo líder
com a árvore de bambu chinês.
Você planta e vê nada mais que um pequeno broto acima do solo por quatro anos. Durante
esses quatro anos a estrutura da raiz está se desenvolvendo profundamente dentro do solo –
você ainda não vê nada. Você trabalha diligentemente durante todo o tempo. No quinto ano, a
árvore de bambu chinês cresce 26 metros. (Spears, 1998, p. XVIII)
Para memorizar
• Marcos 10:45 “Porque o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir, e
para dar a sua vida em resgate por muitos”.
• Mateus25:40“E o Rei lhes responderá: 'Em verdade vos digo quando você fizer isso ao
mais humilde dos meus irmãos, foi a mim que fizeram”.
Verdade Fundamental
O líder servo é primeiro um servo, em seguida, faz uma escolha consciente para liderar.
1. Você se considera um líder servo? Por que, ou por quê não? O que é mais fácil para você:
servir ou liderar?
2. Qual dos dez princípios da liderança servidora você acha mais desafiador e que vem mais
facilmente?
3. Você acha que a liderança servidora não funciona bem em algumas culturas?
Para um estudo mais aprofundado

Líder Servo -Servant Leadership de Robert Greenleaf (Greenleaf, 1977)
Pensamentos sobre liderança - Insights on Leadership de Larry Spears (Spears,1998)
Liderando a partir do coração - Leading From the Heart de Jack Kahl (Kahl & Donelan, 2004)
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Jesus falou sobre a parábola dos talentos em Mateus 25:14-30, e tem sido sempre um pouco
intimidante para mim. Eu reconheci cedo na vida os "talentos" que Deus me deu, mas a pergunta
que me persegue sempre que leio a parábola é: "Deus, o que você espera de mim? Eu não quero
ser o servo que enterrou seu talento". Parecia que em diversas fases da minha vida eu tive
habilidades que eu usei, mas agora estavam adormecidas, ou dons que eu suspeito que Deus
tenha colocado em mim que eu nunca descobri ou desenvolvi. Apenas neste tempo da minha
vida, que eu sinto Deus me pedindo para voltar e pegar algumas das costuras inacabadas para
que Ele possa transformá-las numa tapeçaria concluída. Quais são os talentos e habilidades que
Deus colocou dentro de você que Ele quer que você use para expandir o Seu Reino? Talvez você
esteja se sentindo demasiadamente sobrecarregada, por vezes, com tantas coisas, sendo que
aquelas são apenas tarefas diárias. Eu quero te encorajar a manter seus olhos e seu espírito
aberto para ver o que Deus quer fazer através de você. Esta é uma lição sobre o tempo, sobre
as prioridades e equilíbrio e sobre descobrir o que é verdadeiramente valioso do ponto de vista
de Deus.
I. Conheça seus valores

O que você mais valoriza na vida? O que faz você feliz e lhe preenche? Escreva três ou quatro
coisas, mas sem tornar isso complicado ou falso. Não pense demais ou pergunte aos outros o
que eles acham que deve ser importante para você. Basta ser honesto com você mesma. Isto é
somente para você mesma, um reconhecimento do que você sabe ser verdadeiro em seu
coração. Se você não sabe por onde começar, peça a Deus sabedoria e clareza. Não se preocupe
se você não acertar na primeira vez, ou se você não conseguir terminar na primeira tentativa,
mas mantenha a sua lista em um lugar onde você possa ler, revisar e simplificá-la ao longo do
tempo. Por último, seus valores devem ser declarações simples, claras do que mais importa para
você.
A título de exemplo, aqui está como eu recentemente respondi a essa pergunta:

* meu relacionamento com Deus e minha família;
* a oportunidade de capacitar os outros: amar, ensinar, incentivar, estender a graça de
Deus;
* o meu trabalho desafiador, com metas alcançáveis;
* o livre exercício de honestidade, integridade, justiça, humildade.
Por que escrever os seus valores? Ser capaz de expressá-los claramente vai ajudá-la a tomar
decisões e ajudar no seu comportamento diário.
II. Estabeleça prioridades e viva por elas

Para a maioria dos cristãos adultos as cinco principais prioridades na vida são: Deus, cônjuge,
filhos, trabalho e igreja. Normalmente outras prioridades, como outros membros da família,
amigos, carro, passatempos, educação, etc. caem ainda mais para baixo na lista, mas você pode
ter circunstâncias atenuantes como uma criança pequena ou deficiente ou mesmo um parente
idoso.
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Primeiro: O que significa colocar Deus como prioridade número um na minha vida? Meu
relacionamento com Ele vem em primeiro lugar na minha vida, mas isso não significa que eu
precise negligenciar as minhas responsabilidades familiares ou gastar uma grande parte do meu
dia no meu quarto de oração, mas buscar a Sua vontade diariamente e obedecer Sua Palavra
para que eu possa mais efetivamente ajudar o meu marido, meu pai ou meus filhos, por
exemplo. Resumindo, eu vivo diante dEle e para agradá-Lo.
Segundo: Meu cônjuge é o próximo. O meu compromisso com ele é para toda a vida e os meus
filhos estão por empréstimo de Deus para mim normalmente durante vinte anos ou menos. Se
meus filhos se tornarem segundo ou primeiro lugar, as minhas relações com eles vão se tornar
tensas com um peso que eles não vão conseguirão suportar.
Terceiro: Meu objetivo como mãe é guiar meu filho espiritualmente, financeiramente,
emocionalmente para torná-lo um adulto independente e responsável, que ama e serve a Deus.
"Traze-los na disciplina e admoestação do Senhor" (Efésios 6:4). Eles não são o meu "troféu"
para me dar direito de me vangloriar, nem são prova de minhas excelentes competências
maternais (ou a falta delas). Eles são indivíduos, feitos à imagem de Deus, que fazem suas
próprias escolhas, definem suas próprias prioridades, e através da oração estabelecem a sua
própria relação com o Pai Celestial, a quem eles vão prestar contas.
Quarto e Quinto: Para mim, pessoalmente, o trabalho e a igreja têm sido prioridades
"equilibradas". Às vezes a igreja tem sido uma prioridade mais elevada e em outros momentos
o trabalho tem tido uma maior prioridade, dependendo do meu papel e as responsabilidades
em cada momento particular. No que diz respeito à igreja, eu acredito que não devemos
negligenciar reuniões em grupo, uma vez que Deus nos chamou a viver em comunidade com
aqueles que compartilham nossa fé (Hebreus 10:25). Nosso amor uns pelos outros no corpo de
Cristo e a excelência do nosso trabalho são evidências de nosso discipulado. (João 13:35; 1 Pedro
2:18; Colossenses 3:23).
Pode haver épocas em nossas vidas quando somos forçados por circunstâncias ou guiados pelo
Espírito de Deus para fazer ajustes temporários, mas estas são as diretrizes gerais úteis, que
servem como um ponto de partida para estabelecer nossas prioridades.
A questão mais difícil é que a forma como gastamos nosso tempo reflete nossas prioridades.
Cada dia é um presente de Deus dos quais iremos prestar conta. Você nunca receberá a chance
de ter esse dia novamente. Como nós passamos nosso tempo importa para Ele (Salmo 90:12).
Numerosos livros de negócios foram escritos sugerindo gestão eficaz do tempo e estratégias e
há empresas que se especializam em ferramentas, planilhas e software para ajudá-la a organizar
o seu tempo de forma mais eficiente, mas no final eu percebi que os únicos elementos essenciais
são: alguns princípios básicos, um calendário, um bloco de notas, e um coração sintonizado com
o Espírito Santo.
Exercício:
1. Use um gráfico simples ou um calendário para listar e bloquear horas já programadas
em sua semana. Inclua coisas como comer, dormir, trabalhar, exercícios, tempo
devocional, as atividades da igreja, diárias e tarefas domésticas semanais, compras de
supermercado e quaisquer compromissos semanais ou mensais. Reserve o domingo
como um dia de descanso ou relaxamento com a família, se possível. O espaço em
branco que você deixou é o tempo que você tem para qualquer atividade "extra".
Quando alguém lhe pede para fazer algo para eles ou com eles, ou você decide
"dormir", não há problema. Apenas lembre de fazer isso em seu “tempo em branco”
na semana.
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2. Após isto, gaste algum tempo planejando e organizando criativamente as tarefas do

seu dia a dia, tais como as tarefas domésticas a fim de reduzir o tempo que você
gasta com elas. Há um princípio que diz que um trabalho levará a quantidade de
tempo que você colocar para ele. Ore por sabedoria! E se você já não tiver horas
livres na semana, o que você poderia delegar a outros membros da família? Quais
atividades você pode combinar, simplificar ou eliminar? Todos nós temos "horário
nobre" quando trabalhamos de forma mais eficiente. Para alguns, esse tempo é pela
manhã e para outros pode ser no final do dia ou no meio da noite. Identifique quais
horas que você é mais eficiente e escolha cuidadosamente o que fazer durante esse
tempo. Identifique o "tempo desperdiçado" que consome o seu dia - falta de
organização, interrupções, crises, procrastinação e falta de planejamento.
3. O objetivo deste exercício é criar mais "espaços em branco" para as tarefas que são
críticas ou importantes, mas não urgentes, tarefas que tendemos a adiar
indefinidamente, coisas como ler um livro que alimenta seu espírito, limpar um
armário, tomar café com um amigo. Escolha cuidadosamente como gastar o seu
"espaço em branco" aceitando novas responsabilidades com oração e entendimento
do que você está desistindo de fazer.
Agora você está andando com um propósito (1 Co. 9:24-27).
III. O Ato de Equilíbrio

Uma das questões mais difíceis que as mulheres dizem enfrentar hoje em dia é o ato de levar
uma vida equilibrada, equilibrar responsabilidades no trabalho, em casa e na igreja - tentando
fazer tudo bem e ainda tentando manter todos felizes. Para mim, pessoalmente, a vida tornou-
se muito mais simples e mais equilibrada quando eu percebi que não era nem meu trabalho nem
minha responsabilidade fazer outra pessoa feliz. Que só poderia vir de seu relacionamento com
Deus. Eu poderia fazer refeições mais saudáveis, um lar amoroso, conforto, incentivo, sabedoria
e esperança e não os fazer felizes. Para mim, o equilíbrio veio quando eu entendi que viver a
vida focado em uma pessoa só, não agradando somente a mim mesma ou a outros, mas ao
próprio Deus. Às vezes, isso significava escolher assistir um jogo de futebol do meu filho, em vez
de ir a uma reunião de oração da igreja ou evento do trabalho; em outros momentos significava
preparar uma refeição em família na noite anterior para que eu pudesse viajar no dia seguinte
para um compromisso de trabalho ou acolher em casa um grupo de estudo da Bíblia em vez de
trabalhar até tarde. Cada dia era um ato de equilíbrio, uma aventura. Sim, houve falhas e
desafios ao longo do caminho, mas no final eu pude verdadeiramente dizer que Ele fielmente
guiou os passos da minha viagem - sem arrependimentos.
Houve momentos em que eu cometi erros? Com certeza! Eu aprendi que quando eu me sentia
estressada, quando eu era abrupta com meus filhos ou meus funcionários, quando a minha
mente ainda estava correndo e quando eu estava deitada na cama tentando dormir, era
normalmente porque minhas prioridades estavam fora de alinhamento. Era hora de encontrar
um lugar calmo para a reflexão, arrependimento e reajuste. "Deus, você sabe que há apenas 24
horas no dia. Eu não posso fazer tudo isso. O que estou fazendo que você não me chamou para
fazer? Qual é a coisa mais importante para eu fazer a seguir"? Minha vida estava fora de
equilíbrio, geralmente porque eu tinha permitido as coisas “urgentes” ou as "coisas sem
importância” terem precedência sobre as minhas prioridades e valores.
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Se você está lutando para encontrar o equilíbrio em sua vida, tem se sentido sobrecarregada
com uma longa lista de afazeres no dia, gostaria de encorajá-la a tirar um tempo para buscar ao
Senhor em oração sobre quais mudanças precisam ser feitas em sua vida. Jesus diz: "Meu jugo
é suave e o meu fardo é leve" (Mt. 11:30). Se o seu jugo de responsabilidade é mais do que você
pode suportar, talvez você esteja fazendo mais do que Ele lhe chamou para fazer. Pergunte a
um familiar direto ou conselheiros de confiança. Eles podem ser capazes de oferecer uma nova
perspectiva. Você se sente em uma batalha espiritual guerreando com o inimigo? Você está
buscando status ou posição maior do que o plano de Deus? Você assumiu responsabilidades que
Ele nunca lhe chamou para assumir? Só você e Deus podem responder a essa pergunta; Ele está
esperando que você peça Sua ajuda!
"É a obra que Deus fez através de nós que conta, não o que fazemos por Ele". (Chambers,
1992, p. 30 de agosto)
Para memorizar
• Salmo 90:12 “Ensina-nos a contar os nossos dias a fim de que possamos obter um
coração sábio”.
• Provérbios 24:3, 4 “Com a sabedoria se edifica a casa e com o entendimento ela se
estabelece; pelo conhecimento se encherão as câmaras com todos os bens preciosos e
agradáveis”.
Verdade Fundamental
Conhecer nossos valores e estabelecer nossas prioridades de acordo com a Palavra de Deus
são essenciais para levarmos uma vida equilibrada do ponto de vista de Deus.
Sua Responsabilidade
1. Anote a versão atual dos seus valores e mantenha em um local visível, onde você pode
olhar diariamente e atualizá-lo periodicamente.
2. Há dons e habilidades que você acha que Deus pode querer que você use neste tempo,
mas você nunca os desenvolveu porque não tinha o tempo ou os recursos para fazer?
Se sim, quais são eles? Que medidas podem ser tomadas (começando com a oração)
para abrir as portas?
3. Identifique as coisas que você se arrepende de ter concordado em fazer. Cumpra
aqueles compromissos a curto prazo que são únicos. Comece a trabalhar em espírito de
oração sobre os planos para "aliviar" outros compromissos em sua lista. Você pode
encontrar alguém que faria no seu lugar, ou você pode ter que ter uma conversa coma
pessoa com quem você se comprometeu e tentar gradualmente tirar um pouco desses
compromissos, ou Deus pode lhe dar outra solução criativa. Inicie esse processo de
identificação hoje e ore sobre isso!
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Limites - Margin de Richard Swenson (Swenson & Swenson, 2002)

A vida equilibrada -The Balanced Life de Alan Loy McGinnis (McGinnis, 1997)
Os sete hábitos das pessoas altamente eficazes – The Seven Habits of Highly Effective People de
Steven Covey (Covey, 1989)
Gerenciamento do Tempo de dentro para fora -Time Management from the Inside Out de Julie
Morgenstern (Morgenstern, 2000)
Como ter um coração de Maria em um mundo de Marta -Having a Mary Heart in a Martha World
de Joanna Weaver (Weaver, 2000)
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Nada é mais crucial para uma liderança de sucesso do que comunicar de forma eficaz, e nada é
mais crucial para uma comunicação eficaz do que entender o seu público.
Comunicação envolve mais do que falar, é a linguagem corporal, tom e mais importante, clareza
- certificando-se de que o você diz é o que seu ouvinte ouve. Você pode falar, mas se o ouvinte
não fala a sua língua ou entende o que você está dizendo, você não está comunicando.
Nesta lição vamos também sugerir que não só é a língua do ouvinte que importa, mas também
a sua personalidade. Duas pessoas podem ouvir a mesma mensagem da mesma pessoa, mas
interpretar a mensagem de forma muito diferente dependendo de sua personalidade.
Nós vamos cobrir quatro diferentes tipos de personalidades, ou "temperamentos", que foram
identificadas por Hipócrates há mais de dois mil anos atrás, e continuam a ser basicamente os
mesmos hoje.
Uma compreensão de ambas as habilidades de comunicação e personalidade, são essenciais se
nós vamos construir uma equipe que tem relações significativas com o outro.
1. Comunicação
Como líderes geralmente pensamos que “comunicação” é sobre como podemos, de forma mais
eficaz, mostrar o nosso ponto de vista para aqueles que lideramos. Há poder em um inspirador
discurso eloquente para milhares de pessoas, mas há também um forte poder relacional no
simples ato de ouvir, um a um. Apenas quando ouvimos os nossos ouvintes saberemos se
estamos realmente se comunicando com clareza.
Steven Covey em "Os Sete Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes" enfatiza a importância de
ouvir. Em seu quinto hábito: "Procure primeiro compreender, depois ser compreendido"
(Covey, 1989). Ele ressalta que com frequência, em vez de ouvir outras pessoas, estamos
preparando mentalmente a nossa resposta. Ele sugere que seria muito mais eficaz aos
comunicadores ouvir atentamente o suficiente para reformular o que a outra pessoa disse para
ter a certeza de que os entendia. Por exemplo, poderíamos dizer, "Eu acho que você está
dizendo... Estou te entendendo corretamente?" Quando eu aprendi este princípio eu tive uma
oportunidade imediata para testá-lo com os meus filhos, que, na época, eram adolescentes com
perspectivas e personalidades muito diferentes. Uma noite, quando as emoções começaram a
subir durante uma discussão animada na mesa de jantar, falei a cada um deles para usar a
técnica de Covey. Isso nos levou a uma conversa muito diferente!
Os líderes que promovem novas e desafiadoras ideias podem sempre antecipar retorno- elogios
e críticas. Como você, sendo líder, ouve e responde a ambos os tipos de feedback vai nos mostrar
o seu estilo de liderança. Você pode sorrir e acenar e não dizer nada (e não aprender nada) ou
você pode ouvir com atenção e procurar entender os pensamentos por trás dos comentários.
No caso de elogios, ouvindo você vai melhor entender exatamente o que foi útil, e no caso de
comentários negativos, você pode descobrir que têm um ponto válido! É importante notar que
a pessoa que compartilha feedback negativo lhe oferece um presente; ela pode compartilhar
seus pensamentos com você e lhe dar a oportunidade de esclarecer ou ela pode espalhar a sua
negatividade a seus vinte amigos mais próximos. Sempre receba o feedback, ambos os tipos,
com gratidão e compreensão.
Os líderes são muitas vezes chamados para responder pessoalmente àqueles que conduzem em
tempos de dor ou crise, mas frequentemente recebem pouco ou nenhum treinamento em o que
dizer ou fazer. Não querendo dizer ou fazer a coisa errada, eles muitas vezes evitam a situação
completamente. Uma organização chamada “Ministério Stephen ”fornece excelentes recursos
de formação nesta área e torna a simples sugestão de "o ministério da presença." Só de estar
presente e ouvindo ou sentado calmamente com a pessoa ferida é muito apreciado e um dom
raro. Ouvir é crucial, mas, ao mesmo tempo, eu não quero minimizar a importância de ser capaz
de falar claramente o que Deus colocou em seu coração.
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Aqui estão algumas dicas:
a. Se você quiser um feedback honesto sobre o seu estilo de falar, tente trabalhar
ensinando crianças. Eles vão deixar você saber se você é chato, prolixo ou se falta paixão!
b. Pratique, pratique, pratique! Eu li que Billy Graham costumava pregar em tocos de
árvores. Meu pai me ensinou a praticar na frente de um espelho para que eu pudesse ver
qualquer movimento de mãos ou comportamento que pode ser perturbador.
c. Seja simples! Isso não significa que você não tem que se preparar. Na verdade, você
deve se preparar mais, e condensar o conteúdo de sua mensagem para três ou pelo menos mais
quatro pontos ilustrando bem os pontos importantes.
d. Não se preocupe se você está nervoso. Meu pai, um pastor por quase 70 anos, que
muitas vezes pregou quatro ou cinco vezes por semana, uma vez me disse que toda vez que ele
pregava ele se sentia nervoso. Quando você está confiante em sua própria capacidade e não
reconhece que é dependente da unção do Espírito Santo você está em apuros.
e. Peça ao Senhor para ajudá-lo a ser um canal claro do fluir do Seu amor e verdade,
como um vidro transparente para que Sua luz possa brilhar. Suas emoções no final da sua
mensagem ou a ausência de resposta do seu público não são necessariamente uma boa
indicação de que a mensagem tenha sido claramente comunicada. Um grupo completamente
silencioso de ouvintes pode indicar que a Palavra está sendo semeada, sem distrações. Confie
em Deus para cumprir o Seu propósito e no Espírito Santo para trazer a verdade aos ouvintes.
2. Tipos de personalidades
O objetivo de compreender os tipos de personalidade não é para classificar as pessoas em caixas
de “certo e errado”, mas para entender melhor por que nós respondemos e pensamos, a forma
como fazemos e por que os outros respondem e pensam de modo diferente. À medida que
aprendemos sobre os outros, começamos a reconhecer que o nosso caminho pode não ser a
única maneira certa, e diferentes perspectivas de planejamento e solução de problemas
conduzirá a melhores resultados à medida que trabalharmos ou vivermos juntos.
Existem várias abordagens para classificar tipos de personalidade, mas a maioria sugere quatro
diferentes categorias. Três dos métodos mais comuns para caracterizar personalidades e as
quatro classificações de cada são:
• DISC- dominância, influência, estabilidade, conformidade.
• Hipócrates - colérico, sanguíneo, melancólico, fleumático.
• Cores - Vermelho, Amarelo, Azul, Verde.
Eu listei as classificações na mesma ordem em cada um desses métodos.
A seguir, uma explicação abreviada, eu escolhi usar o estudo de “cores”, principalmente porque
ele era o único que eu encontrei pela primeira vez supervisionando uma Oficina de Tecnologias
de Gestão Inc. Antes de começar, deixe-me acrescentar que a maioria das pessoas são uma
combinação de todos os quatro tipos com diferentes pontos fortes em cada categoria.
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VERMELHO (dominante, colérico) – É dirigido por Objetivos

• Dicas: simples, decisivo, competitivo, disposto a assumir riscos, gosta de estar no
comando, gosta de respostas diretas, ter a liberdade de controle, ter metas.
• Toma decisões por tentativa e erro avaliando os resultados.
• Se você é “vermelho”, cuidado com: tomada de decisões impulsivas, ser muito duro e
exigente, não gostar de ouvir.
• Se comunicando com um “vermelho”: aponte os principais prós e contras de uma decisão
e chegue ao final rapidamente, não se ofenda facilmente.
• Os “vermelhos” lutam com relacionamentos.
• Sugestões: mantenha seu conselho até onde foi pedido, não olhe os outros de cima,
admita suas falhas, seja rápido para pedir desculpas.
AMARELO (influente, sanguíneo) – É dirigido por Relacionamentos

• Dicas: sociável, divertido, carinhoso, se adapta às mudanças rapidamente, gosta de
trabalhar em grupos, são bons contadores de histórias e bons treinadores.
• Toma decisões ouvindo opiniões até chegar a um consenso.
• Se você é “amarelo”, cuidado com: tentar agradar a todos, desorganização, ser facilmente
distraído, exagerar, manipular.
• Se comunicando com um “amarelo”: ajude-os a manter o foco, fale através de seus
problemas, espere confusão, o atraso, o tempo de construção de relacionamento.
• Os “amarelos” lutam em falar demais e serem autocentrados.
• Sugestões: condense seus comentários, não exagere, ouça os outros, trabalhe em
melhorar suas habilidades organizacionais.
AZUL (estabilidade, melancólico) - É dirigido porI nformações

• Dicas: busca absorver informações, gosta de aprender, planejar, desenvolver, avaliar, de
desfrutar de projetos criativos e inovadores, pensando.
• Toma decisões reunindo informações e avaliando todas as opções.
• Se você é “azul”, cuidado com: o excesso de análise de informações, atrasando a tomada
de decisões, e o valorizar a lógica e a razão sobre o espiritual.
• Se comunicando com um “azul”: ajude-os a trabalhar com as alternativas, seja paciente
na tomada de decisões, ouça o seu raciocínio.
• Os “azuis” lutam com a depressão e o perfeccionismo.
• Sugestões: desenvolva uma atitude de gratidão, olhe para os aspectos positivos,
desenvolva misericórdia pelos erros dos outros e de si mesmo, levante sua fé e confie em
Deus.
VERDE (conformidade, fleumático) – É dirigido por Métodos(metodologias)

• Dicas: reservado, cauteloso, detalhista, seguem tradições, políticas e procedimentos,
como direções e instruções.
• Toma decisões obtendo detalhes, definindo problema, marcando dados históricos
(memórias), desenvolvendo métodos, documentando tudo.
• Se você é “verde”, cuidado com: o excesso de controle, subdelegação, ser inflexível e sem
disposição para mudar, e com os riscos de superestimar.
• Se comunicando com um “verde”: incentive a criatividade, expresse confiança neles,
forneça documentação, estrutura e ordem.
• Os “verdes” lutam com a falta de paixão e resistência à mudança.
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• Sugestões: Incentive-os a experimentar coisas novas, para encontrar suas “paixões”, seja
pró ativo na abordagem de questões, se adapte às mudanças.
Outra abordagem muito diferente no entendimento de pessoas é aquela que se originou com
nossos pais no deserto, os cristãos que se retiraram para o deserto no século III, a fim de se
aproximarem de Deus. Esta é a abordagem do Eneagrama. Mais informações podem ser
encontradas on-line; grupos seculares também usam essa abordagem.
3. Relacionamentos
Em seus ensinamentos, Jesus passou um bom tempo falando sobre relacionamentos.
Por que era tão importante para ele? Nossos relacionamentos uns com os outros são um reflexo
do nosso relacionamento com Deus. “Não podemos dizer que amamos a Deus e odiamos nosso
irmão”. (1 João 2:9). Quando perguntado “qual é o grande mandamento?” Jesus respondeu com
dois: "Ame o Senhor, teu Deus, ...e ame o próximo como a ti mesmo " (Mateus 22:36-39).
O Novo Testamento nos dá outras instruções de relacionamento, bem como:
"Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim
como Deus perdoou vocês em Cristo."(Efésios 4:32)
"Não se ponha o sol sobre a vossa ira." (Efésios 4:26)
"Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem.” (Mateus 5:44)
Várias vezes no Novo Testamento somos instruídos a viver em paz com os outros. (Romanos
12:18; 2 Coríntios 13:11, Hebreus 12:14). Mas para algumas pessoas pode ser muito difícil, às
vezes, impossível! Como lidar com pessoas difíceis? Normalmente nós escolhemos uma das três
maneiras - esquivar, atacar ou fazer a paz. A Escritura defende claramente a última.
Seja a situação em que você está pessoalmente lidando, ou você está ajudando a mediar um
conflito entre dois membros do grupo, os princípios básicos são os mesmos.
Começar dando um passo para trás e avaliar o problema. Quando surgem problemas? Olhe para
ameaças comuns e ore por sabedoria e discernimento.
a. Isto é um choque de personalidades, uma diferença de valores, metas e

expectativas, ou talvez apenas um mal-entendido baseado em problemas de comunicação ou
desinformação? Tire um tempo para refletir e orar sobre a situação. Peça a Deus Sua
perspectiva, ideias e tempo. Se o problema é um choque de personalidades, resolver pode levar
a um forte relacionamento complementar que será benéfico para todos. Ex. Paulo e Barnabé.
Se o problema é a diferença de valores ou metas, cada uma deve buscar o Senhor e encontrar a
Sua vontade. Se o problema é falta de comunicação ou desinformação, falar sobre os problemas
geralmente traz clareza e então podemos andar para a luz juntos (1João1:7).
b. E, se for guerra espiritual? Talvez um espírito de divisão no trabalho, ou algum outro

ataque espiritual externo a vocês dois, mentiras semeadas pelo inimigo para criar conflitos e
destruir a obra de Deus. Se for isso, derrube os muros entre vocês com uma conversa aberta e
honesta e orem juntos contra o inimigo (Efésios6:12).
c. Esta quebra de relacionamento é resultado do pecado, seu ou da outra pessoa?

Talvez pecados e mágoas do passado estão nublando o julgamento ou trazendo negativas
respostas emocionais que são desproporcionais a quaisquer palavras ou ações. “De onde vêm
as guerras e pelejas entre vós? Porventura não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos
vossos membros guerreiam?" (Tiago 4:1)?
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O “Ministério Peacemaker” (Ministério Pacificadores) sugere quatro passos bíblicos para a

resolução de conflitos:
I. Glorifique a Deus. Creia que Deus pode usar esse conflito para o bem (Romanos 8:28).
II. Tire a trave do seu próprio olho. (Mateus7:5) Medite em Filipenses4:2-9.
III. Restaure gentilmente. Busque a restauração, não condene. (Mateus 18:15-18).
IV. Vá e se reconcilie. Perdoe como Deus lhe perdoou. (Colossenses 3:12-14).
(Sande, 2014)
Se a outra pessoa reconhece o seu papel no conflito ou não, Deus nos mandou perdoar se
quisermos ser perdoados (Mateus 6:15). Se esta é uma área onde você está lutando, há
sugestões de leitura e sites no final deste capítulo.
Para certos tipos de personalidade, há uma grande tentação para evitar o confronto e apenas
"esperar que tudo vá embora com o tempo". Eu admito que tenho sido uma dessas pessoas.
Mas ao mesmo tempo eu aprendi com a experiência que raramente o problema apenas "vai
embora", geralmente é temporariamente enterrado, apenas para entrar em erupção,
normalmente quando é menos conveniente. Se o problema vem à mente várias vezes e você
começa a evitar a outra pessoa, o problema precisa ser tratado, em espírito de oração, honesta
e respeitosamente de forma direta com a outra pessoa, de preferência pessoalmente.
Para memorizar
• Romanos 12:18 “Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os
homens”.
• Efésios 4:32 “Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos,
perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo”.
Verdade Fundamental
Compreender a diversidade de estilos de comunicação e personalidades é essencial para

construir relacionamentos fortes e fortalecer a comunhão.
1. Qual estilo de personalidade você acha que mais se identifica e cada um dos membros da sua
família? Se você nunca fez um teste de personalidade e tiver acesso à internet, encontre um e
faça o teste (existem muitos grátis).
2. Nas suas próximas conversas tente usar a metodologia de ouvir atentamente e tenha certeza
que entendeu bem antes de responder. Não se surpreenda se você se sentir estranho e
incomodado no início. Como em muitas coisas, você vai se sentir melhor com a prática. Se você
está dando instruções para alguém com quem você está trabalhando, peça para repetir para
você o que eles ouviram. Você pode se surpreender!
52
3. Existe alguém que você evita por causa de um mal-entendido anterior? Tente seguir as "4
regras "do processo de paz, crendo que Deus a está guiando e tem o tempo em Suas mãos.
www.peacemaker.net
www.stephenministries.org
www.enneagram.com
https://discpersonalitytesting.com/free-disc-test/ (teste de personalidade - em inglês)
“O Fator Amizade” - “The Friendship Factor” de Alan Loy McGinnis (McGinnis, 1979)
“Falando a verdade em Amor” - “Speaking the Truth in Love” de Koch &Haugk (Koch &Haugk,
1992)
“Perdoando e Esquecendo” - “Forgiveand Forget” de Lewis Smedes (Smedes, 1984)
“A forma de Deus para gerenciamento de conflitos”- “Managing Conflict God’sWay” de Deborah
Smith Pegues (Pegues, 1997)
“Personalysis” – Management Technologies (Noland, 2015)
“Personality Plus” –Florence Littauer (Littauer, 1986)
“As chaves da Vida” - LifeKeys – Kise, Stark, Hirsh (Kise, Stark, & Hirsh, 1996)
“Os Setes Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes” - The Seven Basic Habits of Highly Effective
People de Stephen R. Covey (Covey, 1989)
53
Poucos de nós nascemos em posições de liderança como o príncipe William da Inglaterra, e

poucos são naturalmente líderes talentosos (embora algumas personalidades "fortes" podem
reivindicar esse título), mas, para a maioria de nós, liderança evolui lentamente,
metodicamente, com sabedoria adquirida pela experiência, reflexão e observação. Então, como
começar esta jornada de liderança? Comece indo na direção de onde Deus a colocou.
Como já mencionado, minhas experiências anteriores com liderança vieram através de
voluntariado, ajudando nas atividades da igreja e com estudantes, normalmente sob a
supervisão de um adulto através de meus anos de adolescência.
As lições de liderança aprendidas durante estes anos foram inestimáveis - como responder às
críticas e à rejeição, a importância da construção de uma equipe, e estabelecer as bases para
uma organização que perdure. Um dos mais importantes papéis de liderança da minha vida veio
nos meus vinte anos quando me tornei mãe.
Mais tarde, mais madura, durante minha carreira corporativa como gerente, lembro-me de dizer
ao meu chefe que "tudo o que eu precisava saber para fazer este trabalho eu aprendi estando
dez anos em casa com meus dois filhos". Não subestime a importância da liderança e as lições
aprendidas cedo na vida. Enquanto você vai se tornando mais intencional em seus papéis de
liderança, eu sugiro que você considere estes quatro princípios.
1. Ter uma visão

O que você está tentando realizar quando você lidera? Você está tentando resolver um
problema, fornecer o foco ou direção, explorar uma oportunidade, ou preencher um vácuo de
liderança (percebido)? A fim de inspirar as pessoas a segui-la, você deve ser capaz de comunicar
claramente a visão que a inspira a liderar. Você pode estar respondendo à divina inspiração, a
sua observação de uma necessidade ou ao convite de alguém em posição de autoridade. Moisés
teve uma visão de libertar os israelitas da escravidão. Infelizmente, seus esforços iniciais
terminaram com ele fugindo para salvar sua vida no deserto por quarenta anos. Não há
problema se suas primeiras experiências de liderança fracassarem. Apenas não desista! John
Maxwell aconselha-nos a "seguir falhando" e aprender com nossos erros (2000).
2. Conheça a si mesmo
Romanos 12: 3 nos encoraja a não pensar de nós mesmos além do que devemos. Mas na
liderança é essencial que conheçamos os nossos pontos fortes e, especialmente, nossas
fraquezas – nossos pontos fortes, para que possamos construir sobre eles, e nossas fraquezas,
para que possamos determinar como vamos compensá-las.
a. Conheça seus pontos fortes – No capítulo 3, falamos sobre nossas paixões e nossos
dons. Esses são ótimos pontos de partida quando pensamos em nossos pontos fortes. As coisas
positivas que as pessoas falam sobre você no trabalho, na igreja, em casa e na comunidade onde
mora, particularmente, aquelas pessoas que a conhecem melhor. Pense em 4 ou 5 coisas que
você gosta de fazer e faz bem. Quando você pensa na posição de liderança que você está
almejando, como você tem demonstrado seus pontos fortes?
b. Conheça seus pontos fracos (suas fraquezas) – Quando você falha? Em geral qual a
razão? Quais são as coisas negativas que as pessoas falam de você? Quais situações você tende
a evitar dentro do possível? Pense em 4 ou 5 pontos fracos que lhe desafiam. Como eles podem
limitar a eficácia de sua liderança em sua situação atual? Como você pode compensar esses
pontos fracos?
c. Conheça a motivação do seu coração – enquanto você pensa sobre “liderar onde Deus
lhe colocou”, qual sua motivação? Estar no controle? Servir as necessidades das pessoas?
Ganhar a atenção ou a afeição das pessoas? Em que lugar estão orgulho, avareza, inveja, e
outros "desejos da carne"? Seja honesta consigo mesma e com Deus.
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Moisés mudou durante seus 40 anos no deserto. Ele não era mais o “Príncipe do Egito”, ele era
agora um pastor de ovelhas. Não era mais um vingador irado, ele se tornou um dócil morador
do deserto. Ao invés de ser um homem que era “poderoso em palavras” (Atos 17:22), ele
descreveu a si mesmo como “pesado de boca e de língua” (Êxodo 4:10). Seus pontos fortes se
tornaram sua fraqueza, mas agora, aos olhos de Deus, ele estava pronto para ser líder.
3. Ouça o chamado deDeus

Os grandes líderes da Bíblia: Abraão, Moisés, Josué, Gideão, Davi, Pedro, Paulo, do Velho e do
Novo testamento, todos tinham uma característica em comum: em certo momento de suas
vidas, eles disseram “sim” ao chamado de Deus. Nenhum deles era necessariamente indivíduos
excepcionais ou notáveis, na verdade muitos deles se consideravam pouco qualificados para a
liderança, e ainda assim, estavam decididos a serem obedientes ao chamado de Deus. Nós talvez
nos sintamos inadequadas quando Deus fala conosco como o fez com Moisés: “O que é isto em
suas mãos”? (Êxodo 4:2). A questão é se vamos estar dispostas a optar por um passo de fé e
obediência, e usar o que temos por Ele. Quando eu era criança, as minhas histórias favoritas
eram: "Sangar tinha uma aguilhada de bois, Davi teve uma funda, Dorcas tinha uma agulha,
Raabe tinha uma corda, Sansão tinha uma queixada de jumento, Arão tinha uma vara, Maria
tinha óleo e todos eles foram usados por Deus."
O que há em suas mãos?
4. Construa uma equipe

Uma das tarefas mais importantes de um início de liderança é construir um time que irá
compartilhar a jornada com você. Como fazer essa seleção? Procure pessoas íntegras,
comprometidas em falar a verdade, mesmo que seja difícil, pessoas que entenderam a visão e
estão ansiosas por vê-la passar, pessoas que são sábias o suficiente para ver armadilhas que
você pode deixar passar, pessoas em cuja força estão em sua área de fraqueza, pessoas com
quem você pode contar e pode confiar em seu julgamento e sua lealdade, pessoas a quem você
está disposta a dar a autoridade para corrigi-la quando você estiver errada, pessoas com quem
você pode compartilhar o seu coração livremente e sabe que vão lhe amar, apesar de suas
deficiências. O número de pessoas próximas a você não tem que ser grande. Depois de uma
noite de oração, Jesus escolheu doze dentre aqueles que o seguiam, mas foi mais próximo de
apenas três. Moisés escolheu apenas seu irmão Arão, a quem ele mal conhecia, mas foi
escolhido por Deus como seu parceiro. Construa sua equipa lentamente e com oração. Esteja
comprometida a amá-los, desenvolvê-los e serví-los, e não apenas usá-los para realizar seus
propósitos. Frequentemente a construção de uma equipe começa com um relacionamento um-
a-um, ouvindo os corações uns dos outros e histórias de vida, e, lentamente, construindo
confiança e segurança.
Onde Deus tem lhe colocado? Ele tem lhe dado a visão do que Ele quer que você realize?
Você tem gasto tempo em Sua presença identificando seus pontos fortes e fracos e examinando
as motivações do seu coração? Ele a chamou e você tem certeza que este é o momento de
atender ao Seu chamado? Deus tem colocado pessoas confiáveis em seu círculo de influências?
56
Para memorizar:
• Romanos 12:3-8 “Porque pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que
não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, conforme
a medida da fé que Deus repartiu a cada um.
Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros
têm a mesma operação, assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo,
mas individualmente somos membros uns dos outros.
De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia,
seja ela segundo a medida da fé;
Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino;
Ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o
que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.”
• I Coríntios 12: 4-11. “Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há

diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.
E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Mas a
manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.
Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo
Espírito, a palavra da ciência;
E a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar;
E a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir
os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas.
Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a
cada um como quer.”
Verdade Fundamental
Se você acredita que Deus a está chamando para ser líder, comece sendo uma seguidora
fiel, comprometida, alegre e uma boa líder que orienta, compartilha informações e delega
responsabilidade e autoridade. Na maioria dos casos, liderança virá naturalmente.
Sua responsabilidade:
1. Observe os líderes em torno de você no trabalho, na igreja, em sua comunidade e em
sua família, e procure alguém que tenha o respeito e o carinho dos que o rodeiam. Se
essa pessoa não existe em seu círculo de influência, comece a ler biografias de bons
líderes que você admira. Anote o que aprender com essas pessoas.
2. Reflita sobre suas experiências passadas como uma líder em casa, na igreja, na escola,
no trabalho, na sua comunidade, em sua família. Você pode ser surpreendido em
quantas experiências de liderança você já teve. O que você aprendeu de cada uma
dessas experiências, com os êxitos e com os fracassos?
57
3. Avalie suas habilidades de liderança nas seguintes categorias:(1 = baixo, 5 = alto)
Confiável 1 2 3 4 5
Justo 1 2 3 4 5
Humilde 1 2 3 4 5
Bom ouvinte 1 2 3 4 5
Mente aberta 1 2 3 4 5
Compassivo 1 2 3 4 5
Sensato 1 2 3 4 5
Criativo 1 2 3 4 5
Visionário 1 2 3 4 5
Flexível, adaptável 1 2 3 4 5
Motiva os outros 1 2 3 4 5
Faz boas,
Decisões oportunas 1 2 3 4 5
4. Considere pedir a um(a) amigo(a) para discutir a sua avaliação com você (ou pedir a
vários para completar anonimamente uma avaliação para você). Para aquelas áreas
onde você classificar 3 ou mais baixo, o que você vai fazer? Quer aumentar sua
pontuação ou rever seus pontos fracos com alguém em sua equipe?

Vontade para liderar -The Will to Lead de Marvin Bower (Bower, 1997)
Liderando do coração - Leading from the Heart de Jack Kahl (Kahl & Donelan, 2004)
58
Conforme vamos estudando as escrituras e o caráter de Deus, nós percebemos que Deus nunca
está interessado em sacrificar o futuro por resultados momentâneos e a curto prazo. Voltando
aos tempos de Abraão, Deus claramente tinha um plano em mostrar Seu amor para o mundo, e
isso envolveu uma aliança com um homem que iria fielmente mostrar sua fé para sua família, e
sua descendência alcançaria todas as nações da Terra (Gênesis 18:18-19). Deus escolheu uma
pequena e estratégica nação como Seu povo. Jesus seguia esse padrão. Ele começou seu
ministério numa comunidade rural bem longe da atmosfera religiosa de Jerusalém com um
grupo indefinido de pescadores, coletores de impostos, e degredados sociais. E ainda assim,
como ele conseguiu desenvolver um time que mudou o mundo e ainda inspira líderes e
seguidores até hoje?
1. Escolha os membros de sua equipe em espírito de oração

No último capítulo, sugeri que você encontrasse sua equipe observando as pessoas pelo seu
caráter. São essas as pessoas em quem você pode confiar? Elas são honestas, trabalhadoras,
corretas, com vontade de aprender, apaixonadas em sua relação com Deus, com espírito de
alegria, fiéis mesmo quando a verdade dói, apoiam sua família, são gentis e respeitadoras com
todos, maduras espiritualmente, sabem perdoar, são responsáveis por suas ações, agradáveis e
amáveis? Essa parece uma lista longa de qualificações impossível de ser alcançada. Mas o alvo
não é a perfeição em cada uma dessas áreas, mas uma avaliação honesta vai ajudar você a saber
onde precisa cuidar para mantê-las fora de situações em que estão propensas a cair.
Conheça-os bem – sua história, seus pontos fortes e suas fraquezas, o que gostam e o que não
gostam, suas habilidades e seus interesses, como se comunicam e quais são seus defeitos, mas
não numa maratona de entrevistas, perceba isso durante o tempo com que o relacionamento
com cada um deles vai desenvolvendo.
Jesus compartilhou seu dia-a-dia com seus discípulos – andando, conversando, comendo e
dormindo com eles e ao mesmo tempo aproveitando todos os momentos de aprendizado para
desafiá-los a crescer e desenvolverem-se como indivíduos, quer fosse nas margens do Mar da
Galileia, num poço em Samaria, ou no pátio do templo em Jerusalém. Sua sala de aula
atravessou o país. Ele também mostrou a eles como poderiam aprofundar o seu relacionamento
com o Pai Celestial por meio da oração e conhecimento da Palavra de Deus escrita.
Em espírito de oração, procure por pessoas cuja personalidade, pontos fortes, fraquezas e
habilidades sejam diferentes da sua. Isso exigirá intencionalidade. Nós somos muito tentados a
escolher aqueles que falam, pensam e agem como nós, pessoas que gostam das mesmas
atividades, têm os mesmos gostos e mesma bagagem cultural. Mas entenda que estamos
construindo uma organização, um “corpo”, e isso implica diversidade. (Efésios4:16).
Talvez você não tenha oportunidade de construir seu time do zero. Talvez você tenha herdado
um time que alguém iniciou, mas o ponto de partida é o mesmo: relacionamento individual.
Lucas 6.12-16 nos diz que Jesus passou a noite em oração antes de escolher os 12 que iriam
acompanhá-Lo. Sem dúvida ele já os estava observando entre as multidões que o acompanhava,
mas ele precisou da sabedoria divina e conhecer seu propósito na seleção final. Não diminua a
importância desta decisão. Estas pessoas serão aqueles com quem você repartirá sua liderança.
Alguns deles, escolhidos por Deus talvez surpreendam vocês. Eu me pergunto se Jesus foi
surpreendido pela escolha de Deus em Judas, e, se foi, quanta fé ele precisou ter para dar a
Judas o controle das finanças.
60
2. Unindo a equipe
não sim
Uma vez que os “blocos” na construção de sua equipe estão no lugar, o verdadeiro trabalho de
construção de um grupo coeso com um propósito comum começa. Isso vai exigir que você, como
líder, seja capaz de articular a visão que Deus lhe deu. Passar essa visão de uma forma que todo
mundo tenha o mesmo entendimento é essencial e desafiador. Você não quer que os membros
de sua equipe sejam como cegos que descrevem um elefante como uma coluna, uma corda, um
galho de árvore, uma ventoinha, uma parede e um cano, dependendo de sua perspectiva.
Quanto mais simples a visão é mostrada, maior a chance dos membros de terem um
entendimento comum e maior a possibilidade de estarem unidos para realizá-la.
Mas simplificar a visão nem sempre é uma tarefa pequena nem pode ser feita levianamente.
Depois de passar sua visão a eles, pergunte o que entenderam. Não presuma que eles tenham
entendido tudo.
O segundo passo é definir como vocês, como uma equipe, vão cumprir a visão. Ao menos que
Deus já tenha relevado todo Seu plano a você, trocar ideias pode ser um excelente exercício de
equipe que vai construir unidade, clareza, entusiasmo e comprometimento. Deixa eu te dar um
exemplo: Sua visão talvez seja criar “uma comunidade de mulheres que amam, encorajam e
ajudam uma a outra em seu caminho com Deus” e a parte de “como fazer” deverá ser através
do estudo da palavra, oração, parceria, louvor e servir uma a outra.
3. Servir um ao outro
Nós nunca parecemos tanto com Jesus quanto quando estamos trabalhando juntos como um só
corpo, em unidade de pensamento, com amor e encorajando um ao outro (João 17.21). Eu
pessoalmente tenho entendido que promover a concorrência entre os membros da equipe
podem produzir resultados de curto prazo, mas no final vai promover inveja, orgulho,
desconfiança e suspeita entre eles, distraindo-os a partir da visão comum da organização. Ao
invés disso, encoraje os membros da sua equipe a ajudar aqueles que têm tido dificuldade,
promovendo amor, unidade e compartilhando aprendizado. Se você tem vários grupos
pequenos, por exemplo, e um grupo está prosperando enquanto o outro está diminuindo,
encoraje o líder da equipe que “prospera” a se encontrar com o líder da equipe menor e
compartilhar ideias. Outra opção é ter reuniões de equipe regulares onde os líderes de cada
equipe compartilham seu sucesso e seus fracassos e trocam ideias de soluções para problemas
que estejam enfrentando. Ao invés de estarem competindo um com o outro, encoraje-os a ter
metas pessoais e para o grupo como um todo, mas essas metas devem estar alinhadas com sua
organização como um todo.
Seja um exemplo de amor e respeito um pelo outro em ações, palavras e pensamentos. Jesus
sempre teve tempo para cada pessoa individualmente, especialmente aqueles que estavam
doentes, morrendo ou emocionalmente machucados. Ele tinha uma impossível missão para
realizar em três anos de ministério, mas ele nunca fugiu ou se escondeu. Seu segredo era ser
diariamente, coerentemente, fielmente obediente ao seu Pai. (João5.19).
61
4. Mantenha uma organização “saudável”
a. Encoraje cada um a aprender e acrescer

Uma das coisas mais importantes que você pode fazer como líder é encorajar o crescimento e
desenvolvimento individual dos membros de sua equipe. Ajudá-los a descobrir o chamado de
Deus em suas vidas implica compartilhar sua vida com eles e isso envolve vulnerabilidade,
honestidade e humildade da sua parte. Ore por eles com fé, ouça cuidadosamente suas
necessidades e sonhos e faça tudo que tiver em seu poder para ajudá-los a ser tudo o que Deus
os tem chamado a ser.
Se eles são confiáveis e responsáveis, confie tarefas a eles que alarguem seu potencial. Jesus
mandou 72 discípulos às cidades onde ele estava indo, com instruções bem específicas sobre o
que pegar, o que falar o que fazer. Eles estavam total e completamente equipados para irem
sozinhos e orarem pelos enfermos e pregar o evangelho? Com certeza eles não eram gigantes
espirituais, como pudemos ver logo depois, mas fortalecidos por Deus eles puderam fazer o que
foram designados a fazer, e eles mesmos ficaram surpresos com o resultado! (Lucas 10:1-20)
Muitas vezes o líder é tentado a mantê-los “debaixo de sua asa” uma vez que foram treinados e
se tornaram parte de sua equipe. Resista a esse impulso! Os libere para fazer o trabalho que
Deus os chamou e deu capacidade para fazerem, e confie que Deus vai levantar outros para
preencher esse espaço vazio. Sem esse “fluxo” sua equipe se tornará como adolescentes
rebeldes, prontos e capacitados, mas sem lugar para aonde ir.
b. Entenda a importância de reuniões de equipe.

Reuniões de equipe devem ter um propósito específico, com amor e ensinamento, criando
oportunidades para todos. Antes da reunião, estabeleça uma ordem com os tópicos que deverão
ser abordados. Comece e termine cada reunião com oração. Organize informações importantes
logo para o início das reuniões onde terá tempo suficiente para discussões e para responder
perguntas. Tente estimar o tempo a ser usado em cada tópico para programar mais ou menos o
tempo estimado da reunião, caso isso seja importante para quem vai participar. Se faz parte
dessa reunião receber relatórios de alguns membros, sugira o tempo estimado que cada um tem
para falar e mostre o que é importante a ser mostrado ali. Talvez seja mais importante mostrar
ali, pontos específicos, mais gerais e depois possa ser feito um relatório mais detalhado por
escrito.
O tempo dessas reuniões de equipe são valiosas, use-o sabiamente para inspiração, mudança
de direção, dar ênfase ou comunicar informações importantes para todos. Palavras de correção
individuais devem ser sempre feitas particularmente. Reuniões de equipe podem também ser
bem valiosas para você como líder perceber algum problema de relacionamento que possa estar
acontecendo entre membros da sua equipe.
Preste atenção a grupos (“panelinhas”) que excluam algum membro da equipe e faça atividades
que os encoraje a resolver as questões entre eles mesmos.
c.Passem tempo juntos

Tenham prazer em estar um com o outro e compartilhar parte de sua vida – dentro do possível.
Pergunte a Deus maneiras de fazer isso: ajudar um ao outro em tarefas domésticas, jantando
fora ou tomando um café juntos. Estes são momentos em que os relacionamentos são
fortalecidos. Relacionamentos interpessoais (amizade) é um importante aspecto em ser uma
equipe. Não perca tempo, aprendam a rir e chorar juntos ouvindo as histórias uns dos outros.
62
d. Esteja alerta
Tenha cuidado com as “pequenas raposinhas que estragam a vinha”, essas irritações e
provocações pessoais podem crescer e apodrecer com o tempo (Cantares de Salomão 2.15).
Cuide disso primeiro com oração e sabedoria. O tempo e a abordagem para resolver isso é
delicado. “Como pendentes de ouro e gargantilhas de ouro fino, assim é o sábio repreensor para
o ouvido atento” (Provérbios 25:12). Se suas palavras serão uma ofensa ou uma joia preciosa
vai depender do tempo. O livro de Provérbios é cheio de pérolas sobre sabedoria nos
relacionamentos. Gaste tempo meditando em um ou dois diariamente e você vai construir um
profundo reservatório pra extrair boas ideias.
5. Evite o esgotamento
Uma das grandes armadilhas do ministério é o esgotamento emocional e espiritual. Se você não
for cuidadoso você pode começar a sentir como se o peso do mundo estivesse em seus ombros
e como se você não conseguisse mais respirar e tudo estivesse caindo ao seu redor. Isso é
orgulho e é uma mentira do inimigo. A palavra de Deus e as pessoas são dEle e não suas. Examine
a vida de Jesus, houve momentos em que Ele se retirou sozinho, momentos em que Ele se
retirou com os seus discípulos, e tempos em que as multidões imploraram por sua atenção e Ele
foi embora. Se houve alguém que sentiu a pressão do tempo, esse foi Jesus, que teve apenas 3
anos para treinar e capacitar 12 homens para mudar o mundo. Ainda assim ele teve tempo para
se preparar, para descansar, para orar, para refletir e para desenvolver um relacionamento
individual com cada um. Deus não tem “plano B”.
Para memorizar
• João 13.35 - “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos
outros”.
• Filipenses2.2-4 - “Completai a minha alegria, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo
amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa. Nada façais por contenda ou por
vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não
atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos
outros”.
Verdade Fundamental
Construir uma equipe, um "corpo" com pessoas diferentes, unidos em propósito e amor um
pelo outro é a essência da verdadeira liderança.
63
1. Se você puder ter um “time dos sonhos” para realizar sua visão, seu chamado, quem
você escolheria e porquê?
2. Quais são os maiores desafios que você vê em uma equipe em que você atualmente faz
parte? Quais são os pontos fortes e fracos dessa equipe? Você pode pensar que essas
são perguntas difíceis, mas são perguntas essenciais para quem quer ser líder.

De bom a melhor - Good to Great de Jim Collins (Collins, 2001)
As 5 disfunções de um time – The Five Dysfunctions of a Team de Patrick Lencioni (Lencioni,
2002)
A quinte disciplina – The Fifth Discipline de Peter Senge (Senge, 2006)
64
“Siga me”. Na costa rochosa do Mar da Galileia, Jesus falou pela primeira vez essas palavras para
dois pescadores que estavam arrumando suas redes. A resposta imediata deles foi largar suas
redes e seguir a Jesus.
Ele ainda diz essas palavras aos seus discípulos hoje em dia. “Não temas, porque eu te remi;
chamei-te pelo teu nome, tu és meu”. (Isaías 43:1). Esse é o seu chamado principal, caminhar
intimamente com o criador do universo que se preocupa com você e com as circunstancias da
sua vida, ouve o seu coração, sabe o número dos fios de cabelo da sua cabeça e diariamente lhe
oferece cuidado, sabedoria e encorajamento. (Lucas 12.7)
Mas, Ele também tem um segundo chamado, mais específico aos propósitos do Reino, um
chamado personalizado pelos dons individuais, personalidade e circunstâncias. Para alguns, o
chamado é tão forte e o serviço tão grande, que vai exigir uma vida inteira para ser concluído.
William Wilberforce, que abordou a questão legislativa da escravatura na Inglaterra teve um
chamado para a vida toda, assim como o apóstolo Paulo.
Minha experiência tem mostrado que para a maioria das mulheres, este segundo chamado varia
nas diferentes fases de sua vida. Para mim particularmente, tive fases bem distintas como
estudante, jovem, esposa, mãe, carreira corporativa, ministério e aposentadoria.
Em cada uma dessas fases, fui chamada para seguir a Jesus, mas para cada lugar para aonde Ele
me guiava, ele me preparava e me envolvia de forma bem diferente. O que eu precisei aprender
é que, para cada novo dia, cada nossa fase, meu foco principal deveria ser “tomar minha cruz e
seguí-Lo” (Marcos 8.34).
Eu não pretendo dizer que eu vivi minha vida sempre ouvindo claramente Seu chamado e
andando sempre em Seus passos. Quando eu era jovem, vivia tentando agradar as pessoas,
achando que, se eu as agradasse estaria agradando a Ele. Mas isso foi se tornando muito difícil
quando percebi que agradando a alguns, desagradava outros. Quando eu finalmente entendi
que precisava viver minha vida somente para agradar a Ele, os nós e as complexidades da vida
diária se tornaram simples, como obedecer Àquele que me chamou para seguí-Lo.
1. O que é o Chamado?
Muitos falam sobre ter um chamado específico ou ter uma “vocação” (derivado do latim
“chamar”), mas não admitem que, se existe um “chamado”, deve haver “quem chama”. Nós
como cristãos entendemos bem essa crença. O livro “O chamado”, define este chamado com “a
verdade de que Deus nos chama a si mesmo de forma tão decisiva que tudo o que somos, tudo
o que fazemos, e tudo o que temos é investido com uma especial devoção e dinamismo vivida
como uma resposta à sua convocação e serviço" (Guinness, 2003, p 4). E isso significa que se eu
estou projetando um software de computador no trabalho, cuidando de uma criança doente em
casa, aconselhando alguém na igreja, ou saindo para jantar com meu marido, eu estou fazendo
isso por aquele que me chamou. "E o que quer que você faça, por palavras ou por obras, faça
em nome do Senhor Jesus, dando graças a Deus Pai por meio dele." (Colossenses 3:17). E se eu
tiver vergonha de levá-lo comigo, melhor que não vá, mas se eu disser algo que eu não deveria
ter dito, e eu sei que Ele me ouviu, e eu preciso pedir imediatamente perdão. Ele disse que nunca
me deixaria então eu sei que ele vê e sabe todas as coisas que eu digo, faço ou penso.
66
Muitas pessoas tem a impressão errada de que um chamado para o Ministério é um chamado
“maior” daquele que tem um chamado para entrar em um negócio, por exemplo. Em minha
vida, tive a experiência de receber os 2 chamados. Como dona de casa e mãe, com meus 2 filhos
na escola elementar, eu senti o chamado de Deus para que eu voltasse para o mundo dos
negócios. Com o consentimento do meu marido, eu amadureci a ideia por 1 mês, e mesmo
estando fora do mercado de trabalho por 10 anos, eu voltei para o mesmo trabalho, na mesma
companhia e posição onde eu estive 10 anos antes. Em três meses, a empresa não estava mais
contratando ninguém, então, Deus falou ao meu coração no momento certo. Fiquei lá por
dezoito anos, e, em seguida, com igual clareza, eu sabia que era hora de ir.
Através da passagem de Tito 2.3-4, eu entendi que Deus estava me chamando para ministrar
com mulheres. Em seis meses a empresa foi vendida e o escritório onde eu trabalhava foi
fechado logo após. Enquanto isso, eu me tornei Diretora do Ministério de Mulheres de nossa
igreja. Da minha experiência pessoal eu posso garantir que o chamado para o ministério não é
mais alto, nem mais “espiritual” nem mais importante do que o chamado para os negócios
(trabalho secular). A questão é se estamos escutando e obedecendo ao Seu chamado.
Então, como descobrir qual o seu chamado? A resposta mais simples é: desenvolver um
relacionamento pessoal com “quem chama”. Despois disso, seja paciente e obediente. Peça a
Ele para te revelar quem você é, como e porquê você é única. Essa é uma pergunta que Ele ama
responder!
2. Impedimentos para seguir a Jesus

Para muitos, a questão não é saber o que Ele quer que você faça, mas como fazê-lo! O que a
impede de seguir a Jesus quando Ele a chama?
a. Algumas pessoas dizem que o que Ele está lhe pedindo para fazer não faz sentido algum,
não tem lógica e não é razoável. Mas Deus é um Deus de ordem, Ele vê além do mundo
físico e o que pode não fazer sentido para nós agora é muitas vezes o resultado de nossa
visão limitada. Deus chamou Abraão, para deixar sua casa e ir para um lugar que Ele
mostraria (Gênesis 12:1). Ele pediu a Gideão para enviar milhares de soldados para casa
e lutar uma batalha contra um vasto exército com apenas três centenas de homens
(Juízes 7.1-25). Jesus permitiu que Lázaro morresse somente para ressuscitá-lo da morte
3 dias depois (João 11:1-43). Deus escolheu um homem que perseguia e matava cristãos
para levar o evangelho aos gentios (Atos 9:15). Ele escolhe os fracos, não os fortes para
realizar seus propósitos (I Coríntios 1:27). E no final, é uma questão de fé. Eu realmente
acredito que Ele está me chamando e que “aquele que completou a boa obra em mim é
fiel para completa-la até o dia de sua volta” (Filipenses 1:6)?
b. Alguém pode achar que aquilo que Ele lhe pede para fazer é muito difícil. Está certo. Há
um custo no discipulado. Nos momentos mais tranquilos, vai lhe custar o direito de
escolher o seu próprio caminho. Em tempos mais difíceis, vai lhe custar tudo, talvez
mesmo sua vida, mas no final, a recompensa eterna vai valer a pena (Hebreus11:6).
c. Como eu vou saber se o que eu estou pensando é uma mensagem de Deus ou apenas
minha imaginação? Um bom teste é perceber que a visão vinda de Deus glorificará Seu
nome e reforçará Seu reino. Suas próprias ideias, em geral, glorificam a você mesmo
(Hebreus11).
67
d. Não sei como ouvir e reconhecer a voz de Deus. Não é mais fácil deixas as circunstâncias
determinarem o que eu devo fazer? Em João 10:27, Jesus diz: “Minhas ovelhas ouvem a
minha voz”. Se você é Sua ovelha, você vai ouvir Sua voz. A questão é
quandovocêvaisercapazdedistinguiravozdEledetodasasvozesqueestãocompetindo por
sua atenção. Como uma criança aprende a reconhecer a voz de sua mãe porque aquela
voz lhe é familiar, nós seremos capazes de aprender a reconhecera voz do nosso Pai
gastando tempo com Ele, lendo Sua palavra e assim poderemos entender Seu caráter e
desenvolver um relacionamento com Ele. Quando nós ouvimos uma voz contraditória à
palavra de Deus, nós sabemos que não é Ele.
“11 Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês", diz o Senhor, "planos
de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um
futuro. 12 Então vocês clamarão a mim, virão orar a mim, e eu os ouvirei. 13 Vocês me
procurarão e me acharão quando me procurarem de todo o coração. 14 Eu me deixarei
ser encontrado por vocês, declara o Senhor...” (Jeremias 29:11-14)
Eu acredito que o chamado de Deus é inequívoco e não pode ser facilmente ignorado. Declare
as Suas promessas que você, sendo Sua ovelha, irá reconhecer Sua voz.
3. Respondendo ao chamado
a. Seguir a Jesus é tanto uma escolha de vida quanto uma decisão diária. Cada manhã eu
devo tomar a decisão de seguí-Lo naquele dia. Eu devo ser agradecido e não haverá
desafio que eu vá enfrentar naquele dia que Ele já não tenha me preparado para lidar
com ele, e peço que me ajude a me manter consciente de Sua presença durante todo o
dia, então eu confio nEle para ir revelando a mim Sua vontade.
b. Seguir o chamado de Jesus e usar os dons que Ele me deu para usar em Seu reino nunca
será cansativo. A tarefa em si pode parecer servil e sem sentido, mas se torna
significante quando eu entendo que estou fazendo por Ele. “E tudo quanto fizerdes,
fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens, sabendo que recebereis
do Senhor o galardão da herança, porque a Cristo, o Senhor, servis” (Colossenses 3:23-
24). Lembro do irmão Lawrence que aprendeu a desfrutar a presença de Deus enquanto
lavava pratos. Se atarefa que estamos fazendo é levar alguém a Cristo, ou fazer as contas
da casa, se for feito em obediência a Ele, todos receberão sua recompensa. A tarefa em
si não faz diferença.
c. Entender o tempo é importante para seguir a Jesus. Quando Jesus nos chama para seguí-
Lo, Ele deve nos dá instruções que quer que obedeçamos imediatamente ou pode estar
nos preparando para seguir instruções que vai nos dar no futuro. Tenha cuidado em não
“supor” que é algo que Ele está lhe pedindo para fazer agora, mas, esperar por Seu
tempo, e, então, agir (João 7:3-10). Muitas vezes eu desejei ser como os filhos de Israel
no deserto tendo a nuvem para guiar durante o dia e a coluna de fogo durante a noite,
isso parece tão claro e fácil. Mas então eu me lembrei de que tenho o Espírito Santo que
me guia e dá direção.
d. Seguir a Jesus não necessariamente significa atender a todas as necessidades e
exigências dos que nos rodeiam. Se nós acharmos que temos essa obrigação, vamos nos
colocar no meio de uma enorme confusão, sempre tentando correr para atender cada
vez um maior número de necessidades. Se respondermos ao chamado, aprendemos a
levar todos os problemas e situações a Deus e a confiar nEle, e entregar a Ele essas
situações das quais somos incapazes de tocar. Se apenas nos preocuparmos em atender
as necessidades, vamos nos machucar quando as pessoas forem ingratas ou não
ouvirem o que dissermos.
e. Quando Jesus nos chama a seguí-Lo, Ele pode ou não nos dar uma visão clara do destino
ou mesmo da jornada, mas Ele vai sempre nos dizer o que fazer, qual o próximo passo.
68
Abraão não sabia seu destino, mas ele sabia o suficiente para começar a jornada,
enquanto Noé já teve instruções bem específicas. Por que isso? “Porque os meus
pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus
caminhos, diz o Senhor. Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim
são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos
mais altos do que o s vossos pensamentos” (Isaías 55:8-9).
f. Quando Jesus nos chama devemos sempre ser gratos pelo privilégio de compartilhar Seu
trabalho. Ele pode simplesmente escolher fazer todo o trabalho sem a minha ajuda,
mesmo assim, Ele nos faz seu parceiro.
g. Seguir Seu chamado é um compromisso de vida. As situações, as circunstâncias e mesmo
os objetivos podem mudar com o tempo, mas não há como se “aposentar” desse
chamado. Madre Teresa estava ensinando em uma escola em Calcutá quando ela
contraiu tuberculose e foi mandada para Darjeeling para descansar e se recuperar.
Enquanto estava no trem indo para lá, ela recebeu um “chamado para trabalhar com os
pobres e viver no meio deles”. Ela descreve esse chamado como uma “ordem”. Foi essa
ordem que a manteve focada em cuidar dos pobres em Calcutá para o resto de sua vida.
( www.ewtn.com- The Early Years).
4. As tentações do chamado
a. Presunção– Alguns que já experimentaram o chamado de Deus podem ter a impressão de
que Deus os escolheu porque eles são mais espirituais, mais santos, ou mais justos do que
outros, mas Paulo diz: “27 Deus escolheu as coisas loucas do mundo para confundir as sábias;
Deus escolheu o que é fraco no mundo para confundir os fortes", e o próprio Paulo disse que
ele era feliz por ser fraco, "para que o poder de Cristo habite em mim" (1 Coríntios 1:27;2
Coríntios 12:9). O orgulho é um pecado perigoso, traz destruição e resistência a Deus (Provérbios
16:18; 1 Pedro 5:5.).
b. Inveja– Quando vemos alguém mais feliz ou fazendo mais sucesso que nós mesmos,
particularmente aqueles que têm dons e chamado similares ao nosso, isso nos deixa triste? Se a
resposta é sim, então a inveja está presente. Provérbios 14:30 nos adverte que “a inveja é
podridão dos ossos”.
c. Ganância– Você faz porque você foi chamado a fazer ou por que vai deixá-lo rico? “Você não
pode servir a Deus e ao dinheiro” (Mateus6:24)
Para memorizar:
• Provérbios 3. 5-6: “Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu
próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as
tuas veredas.”
• Salmos 32. 8: “Instruir-te-ei, e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei
com os meus olhos”.
69
Verdade Fundamental:
Quando Jesus nos chama para seguí-Lo, nós não conhecemos todo o caminho à nossa
frente, mas Ele vai nos mostrar o próximo passo a tomar até o nosso destino final, e isso é
suficiente.
Sua responsabilidade:
1. Qual o seu chamado nesta fase de sua vida?
2. Qual o chamado de Deus pra você hoje?

O Chamado - The Call - Guinness (Guinness, 2003)
Sermões–“Porque estou aqui” (“Why Am I Here?”) deRobertMorriswww.gatewaypeople.com
70
I. Refletindo
Refletindo sobre as lições que tivemos ao longo dessa jornada juntas, quais são as três coisas
que você espera nunca esquecer?
a.
b.
c.
II. Celebrando
Pense sobre as contribuições de outras pessoas no grupo ao longo deste curso. Medite sobre
essas contribuições e peça a Deus para lhe dar uma palavra de encorajamento para cada uma
delas.
1.
2.
3.
4.
5.
72
III. Comissionando
Nossa oração de comissionamento:
“Pai, eu te agradeço porque o conhecimento da Sua palavra nos traz luz. Eu te agradeço por Sua
Palavra que é viva e poderosa. Eu te agradeço, Pai, porque você tem me dado o Espírito de
poder, de amor e de uma mente calma e bem equilibrada com disciplina e autocontrole. Eu tenho
recebido de Ti poder e capacidade. Você tem me qualificado como um ministro e um dispensador
de uma nova aliança (a salvação através de Jesus Cristo).
Quero esquecer as coisas que estão atrás de mim e seguir avançando para as coisas que estão
diante de mim. Estou crucificado com Cristo; Não vivo mais eu, mas Cristo vive em mim. E a
vida que agora eu vivo pela carne, eu vivo pela Fé no filho de Deus, o qual me amou e a si mesmo
se entregou por mim.
Hoje eu escuto a palavra que vem de Deus, eu concordo e me submeto às Suas palavras, Pai, elas
não sairão dos meus olhos porque são vida para mim, cura e saúde para toda a minha carne. Eu
manterei meu coração com toda a diligência, pois dele fluem as fontes de vida.
Hoje eu não vou deixar que a misericórdia, a bondade e a verdade me abandonem. Eu vou
amarrá-las ao meu pescoço e escrever nas tábuas do meu coração. Então, por isso eu vou
encontrar favor, compreensão e alta estima aos olhos de Deus e dos homens.
Hoje meu prazer e meu desejo está na Lei do Senhor e na Sua Lei vou meditar de dia e de noite
e eu serei como árvore plantada junto aos ribeiros de águas, pronto para dar fruto no tempo
certo; cuja folha não cairá e tudo que eu fizer, prosperarei.
E graças a Deus, que sempre me faz triunfar em Cristo! Em Seu nome eu oro, amém”.
(Copeland, 2005, pp. 135, 136)
73
Bibliografia
Bower, M. (1997). The will to lead: running a business with a network of leaders.
Boston, Mass.: Harvard Business School Press.
Collins, J. C. (2001). Good to great: why some companies make the leap--and others
don't (1st ed.). New York, NY: Harper Business.
Copeland, G. (2005). Prayers that avail much (25th anniversary commemorative ed.).
Tulsa, OK: Harrison House.
Guinness, O. (2003). The call: finding and fulfilling the central purpose of your life.
Nashville, Tenn.: W Pub. Group.
Kahl, J., &Donelan, T. (2004). Leading from the heart: choosing to be a servant leader
(1st ed.). Westlake, OH: Jack Kahl and Associates.
Lencioni, P. (2002). The five dysfunctions of a team: a leadership fable (1st ed.). San
Francisco: Jossey-Bass.
Maxwell, J. C. (2000). Failing forward: turning mistakes into stepping-stones for success.
Nashville, TN: Thomas Nelson Publishers.
Senge, P. M. (2006). The fifth discipline: the art and practice of the learning organization
(Rev. and updated. ed.). New York: Doubleday/Currency.
Seção II
Mentorando Ester
Lição 1: Mentoria - Um Relacionamento
Primeiro eu gostaria de agradecer a cada uma de vocês por participarem dos nossos encontros
quinzenais "Formando Ester nos Dias Atuais", nos últimos meses. Vocês têm sido fiéis em vir a cada encontro
com expectativa no coração, prontas para compartilhar seus pensamentos e ideias, e prontas para receber
sabedoria e encorajamento umas da outras. Por isso eu estou verdadeiramente agradecida. Obrigada
também pelo seu feedback. Eu espero que você tenha se sentido à vontade para, de forma aberta e honesta,
compartilhar suas opiniões. Pode haver sugestões adicionais que venham à mente no futuro. Eu valorizo
muito suas considerações e acredito no seu julgamento, e sugestões são bem vindas para revisões futuras.
Cada vez mais nosso mundo está abrindo oportunidades para mulheres exercitarem liderança em
suas nações, seus negócios, suas comunidades e lares, porém para muitas mulheres cristãs no século 21 a
questão é como isso é visto sob uma perspectiva bíblica. Nós temos olhado para alguns princípios bíblicos
básicos de liderança, e temos compartilhado não apenas nossas experiências pessoais, mas também o que
Deus tem nos ensinado ao longo do caminho. O desafio agora é comunicar efetivamente esta informação
para outras mulheres de uma forma que traga transformação para suas vidas e as prepare "afim de que
também estejam habilitadas a ensinar outras" (2 Timóteo 2:2).
Eu acredito que não há uma maneira melhor de fazer isso do que a que Jesus usou com seus
discípulos. Ele os ensinos os princípios divinos em sinagogas, nos montes, nos lares, e até mesmo nos pátios
do Templo, mas Ele também andou ao lado deles enquanto viajavam, compartilhando experiências,
percepções e vivência. Ele demonstrou para eles o que é liderança na prática, permitiu a eles se engajarem
no ministério, e os ajudou a processar o que aprenderam, quando foram bem sucedidos e quando falharam.
Se as “Ester” que nós mentoramos são mulheres de negócio, líderes em suas igrejas, ou mães em seus lares,
elas precisam de suporte, encorajamento, responsabilidade, e sabedoria bíblica de seus pares e daqueles
que vieram antes.
Antes de cada uma das doze sessões nós lemos um breve capítulo sobre um princípio básico de
liderança. Isto era informação, conhecimento. Mas a principal chave para ser uma mulher cristã na liderança
requer transformação do coração, e eu creio que o ensino é mais efetivo quando visto na prática, através
de uma relação de mentoria. Em 1 Coríntios 11:1, Paulo corajosamente diz, "Sede meus imitadores, como
também eu sou de Cristo". Definitivamente eu não sou Paulo, mas eu oro para que em nossos momentos
de conversa vocês tenham sido capazes de captar ao menos um vislumbre do que é liderança cristã na
prática, de forma a ajudar você a ser um modelo para outras.
Nas próximas 4 lições nós veremos o que significa ser uma mentora, como escolher aquelas que
você irá mentorar, os desafios e as alegrias, as armadilhas e as bênçãos, a base teológica e algumas dicas
práticas para um mentorado de sucesso.
Mentoria – Uma Definição

Eu tenho lido várias definições diferentes, mas adaptei uma que acredito ser a que descreve minha
experiência de forma mais clara e simples. Mentoria é um relacionamento no qual uma pessoa ajuda outra
a atingir seu potencial dado por Deus. (Biehl, 1996, p.19).
É tão simples. É um relacionamento. Como mulheres, nós somos seres relacionais; como filhas de
um Deus relacional, nós somos seres relacionais. Nós podemos fazer isso! Mentoria não é difícil ou
complicada, mas requer sabedoria, paciência, e disposição para ouvir.
Uma das minhas analogias favoritas para mentoria é a de escaladores de montanhas, amarrados
juntos com os que vão antes, e com os que vão depois. Nós podemos aprender de ambos, os sucessos e as
falhas daqueles que foram antes de nós, seguindo seus passos bem sucedidos e evitando as armadilhas de
suas falhas. Ao compartilharmos honestamente nossas histórias, nós podemos igualmente ajudar aqueles
que nos seguem. Nós não temos que ser perfeitas, apenas humildes o suficiente para compartilhar com
sinceridade. Nós não precisamos ser grandes comunicadoras, apenas boas ouvintes, para o Espírito Santo
dentro de nós, e para as palavras e corações daquelas que estamos mentorando. “Mentoria é, sobretudo,
discernir e aprender a reconhecer onde Deus já está presente e ativo no coração do outro.” (Anderson &
Reese, 1999, p.28).
Tipos de Mentoras
Ao longo da vida cada uma de nós terá muitos tipos diferentes de pessoas que poderiam ser
descritas como mentores. Alguns foram professores que comunicaram conhecimento e fatos; alguns foram
conselheiros que deram orientações em tempos de crise; outros foram treinadores que nos ensinaram
habilidades e nos encorajaram a continuar tentando; alguns foram pessoas históricas que nós nunca
encontramos pessoalmente, mas cujas vidas admiramos através da leitura. E alguns foram “diretores
espirituais” que proveram orientação espiritual e comprometimento.
Para nossos propósitos, como mentoras das Ester dos dias atuais, penso que nós somos
mais como treinadoras, ensinando habilidades de liderança e encorajando mulheres a exercitar
estes princípios em suas vidas diárias. Nós não somos professoras diante de uma aula e palestras.
Nós não somos psicólogas ou conselheiras, embora possa haver momentos onde Deus nos dê
sabedoria para fazer uma pergunta perspicaz ou compartilhar uma experiência pessoal que possa
ajudar a evitar que alguém caia num poço. Nós não somos conselheiras de carreira, porém nós
podemos ter a oportunidade de conectar alguém à nossa rede de amigos e associados. Nós não
somos sacerdotisas que ouvem confissões e oferecem perdão, embora nós possamos mostrar as
Escrituras que trazem restauração e cura. Nós não somos pastoras que assumem responsabilidade
espiritual e de prestar contas por aquelas em seu rebanho, e nós não somos professoras de estudo
bíblico que lutam com profundas verdades teológicas, embora verdades bíblicas sejam o
fundamento de tudo que ensinamos. Nós somos sábias amigas que ouvem, encorajam, oram, e,
como Deus direcionar, compartilhamos nossas histórias e nossas vidas.
Os Valores das Nossas Mentoras

Nosso objetivo é mentorar mulheres em posições de liderança, ajudá-las a desenvolver suas
habilidades de liderança, e alargar sua rede de encorajamento, sabedoria, e suporte. Pressupomos que,
como mentoras, nós estamos comprometidas a orar, a um relacionamento pessoal com Deus, a estudar
regularmente a Sua Palavra e a capacitar as cristãs.
Nós escolhemos ser líderes servidoras (ensináveis, humildes, boas ouvintes, dispostas a servir com
alegria, e apaixonadas por ajudar nós mesmas e outras a crescer espiritual, mental e emocionalmente), e
nós estamos comprometidas com a sabedoria, honestidade, integridade, transparência, confiança,
responsabilidade, e a construção de uma comunidade.
Cada uma de vocês tem demonstrado estes valores ao longo de sua participação nas últimas
semanas. Agora é hora de levantar outras como você!
O Papel Bíblico das Mentoras

Há vários relacionamentos na Bíblia que poderiam ser descritos como relacionamentos de mentoria.
Jesus mentorou seus discípulos, preparando-os para liderança na tarefa de alcançar o mundo com o
evangelho. Moisés mentorou Josué por muitos anos no deserto, preparando-o para liderar os filhos de Israel
para a Terra Prometida. Eli mentorou Samuel não apenas nas responsabilidades sacerdotais do tabernáculo,
mas também para identificar a voz de Deus. Natã era a única pessoa que poderia confrontar Davi. Noemi
mentorou Rute em sua fé assim como nos costumes de sua terra natal. Mordecaimentorou Ester,
desafiando-a a salvar seu povo quando lhe faltou coragem. Há outros: Elias e Eliseu, Paulo e Timóteo, Priscila
e Áquila com Apolo (Anderson & Reese, 1999). Enquanto você pensa sobre cada uma das mentorias acima,
considere o papel do mentor na vida de seus mentorandos. Quais outros exemplos de mentoria você pode
achar na Bíblia? Quem foram os mentores da sua vida e qual papel desempenharam no seu crescimento?
Identificando Potenciais Mentorandas

Como cada uma de nós pensa em recrutar cinco mulheres no próximo ano, o processo seletivo é
crucial. Ao contrário da maioria dos pequenos grupos, ou células das Igrejas, onde nós tentamos encorajar
o maior número de pessoas que nós podemos para participarem, neste caso, nós estamos buscando
mentorar cinco “Ester”, mulheres atualmente em posição de liderança e influência ou nas quais Deus nos
mostrou que há potencial.
Na introdução acima eu citei uma parte de 2 Timóteo 2:2. O versículo completo afirma “E as coisas
que me ouviu dizer na presença de muitas testemunhas, confie a homens fiéis que sejam também capazes
de ensinar a outros.” A palavra grega traduzida por “homens” é “anthropois” a qual, literalmente, é
“pessoa” ou “ser humano”. Que inclui mulheres! E a palavra traduzida por “fiéis” é “pistos”, a qual pode
também ser traduzida por “confiável”, “crível”, “fiável”. Este é o tipo de mulher que nós estamos
procurando – mulheres que são fiéis, confiáveis, críveis, fiáveis.
Elas não precisam ser perfeitas. Saulo de Tarso não era quando Deus o escolheu, tampouco Abraão,
Moisés, Davi ou Ester. Mas cada um deles tinha um coração em Deus e disposição em ser corajosamente
obediente. No próximo mês ou dois meses, em oração, busque a Deus por mulheres no seu círculo de
influência as quais tenham humildade, espírito ensinável e paixão por seguir Jesus onde quer que Ele as leve.
Elas podem não ser líderes na igreja. Elas podem ser líderes em seus negócios, ou comunidades, ou seus
lares. Elas têm tempo e interesse em participar? Peça a Deus para mostrá-las a você, trazendo-as à sua mente
ao longo do seu dia. Não desconsidere aquelas que você acha que são mais experientes ou sábias do que
você. Esta pessoa pode ter secretamente o desejo de mentorar, mas não dispõe das ferramentas para que
possa tornar isso possível.
Enquanto é sempre divertido encontrar com um grupo de amigos e aprofundar seus próprios
relacionamentos, peça a Deus para alargar seus horizontes e diversificar o grupo – mulheres de outras
igrejas, outras etnias, outras comunidades ou padrões culturais diferentes. Isto alargará seus horizontes!
Apenas garanta que todas as mulheres no grupo possuem a mesma linguagem para comunicação e que as
lições estejam disponíveis nesta língua.
Se o Senhor parece estar falando com você sobre alguém que você não conhece muito bem, peça
que Deus confirme através de um amigo em comum ou uma referência pastoral ou outra fonte confiável. O
formulário com informações/candidatura/indicação no Apêndice podem ser usados para este propósito.
O critério mais importante para seleção das mentorandas é se a pessoa é confiável. Todas as
participantes do seu grupo estarão compartilhando informações confidenciais e é importante que você
esteja apta a dividir esta informação de forma aberta e honesta. As participantes do seu grupo dependem
que você selecione apenas pessoas “de confiança” para participar. Como podemos identificar (e evitar)
pessoas tóxicas na nossa seleção? Procure por aquelas que demonstram os valores listados acima e evite as
que não. Para uma lista mais abrangente, leia “Pessoas de Confiança” (Safe People, Cloud&Townsend, 1995).
Encontrando Potenciais Mentorandas

Mulheres geralmente se preocupam sobre como encontrar e recrutar cinco mulheres com quem
compartilhar os valores de liderança com os quais nós estamos comprometidas – conhecedora da Palavra
de Deus, humilde, ensinável, confiável, com vida de oração, e apaixonada por seguir Jesus onde quer que
Ele a leve. Aqui estão algumas sugestões:
1. Em oração considere as mulheres do seu círculo de influência. Peça a Deus que Ele mostra a você
quem convidar, então peça que Ele prepare os corações para receberem o convite. Em quem você
vê potencial de liderança? Pode ser alguém mais jovem (ou mais velha) do que você. Não se
preocupe se a sua lista parece ter mulheres com várias, origens, culturas, idades, e personalidades.
Deus ama diversidade!
2. Reflita sobre mulheres que você tem encontrado em conferências, eventos comunitários, ou nos
negócios –cujo coração em Deus tem atraído você a elas. Não desconsidere pessoas do seu passado
com quem você não tem tido contato atualmente.
3. Apresente o programa ao seu pastor e pergunte se ele tem sugestões de mulheres que você poderia
contatar para o treinamento bíblico de liderança. Você pode começar com uma conversa para
compartilhar o que você tem aprendido e como isto tem beneficiado seu ministério e entregar o
formulário com informações/candidatura que está no Apêndice 1.
4. Entre em contato com uma líder do Global Advance para sugestões de mulheres que eles poderiam
recomendar: que falam a mesma língua, se não forem do lugar, alguém que poderia participar online
ou pessoalmente nos encontros.
Memorize:
2 Timóteo 2:2 E as coisas que me ouviu dizer na presença de muitas testemunhas, confie a homens fiéis que
sejam também capazes de ensinar a outros. (NVI).
Verdade-chave
Mentoria é um relacionamento no qual uma pessoa ajuda outra a atingir seu potencial
dado por Deus.
1. Faça uma lista de 15 mulheres com as quais você poderia dividir os valores da nossa mentoria.
Lembre-se que elas não precisam ser perfeitas!
2. Ore sobre a sua lista por duas semanas, pedindo a Deus para falar ao seu coração sobre elas e outras
mais que Ele possa trazer à sua mente.
3. Em oração priorize sua lista de pessoas na ordem em que você planeja contatá-las. Comece a orar
por elas, para que Deus prepare seus corações e mostre a você o momento certo do convite.
Para Aprofundar Seus Estudos

Mentor para Vida: Encontrando Propósito Através do Discipulado Intencional (Mentor for Life:
FindingPurposethroughIntentionalDiscipleship. Robinson, 2016)
Paradigmas de Mentoria (MentoringParadigms. Chan, 2008)
Mentoria: Confiança em Encontrar um Mentor e Ser Um. (Mentoring: Confidence in Finding a Mentor
and Being One.Biehl, 1996)
Mentoria Espiritual: Um Guia para Buscar e Dar Direção. (Spiritual Mentoring: A Guide for Seeking and
Giving Direction.Anderson & Reese, 1999)
Lição 2 – Começando a Construção da Comunidade
Para muitas o próximo passo é definitivamente o mais difícil – perguntar às mulheres se elas estão
interessadas em participar. A maioria dos livros de mentoria sugere que, numa relação de mentoria, o
mentorando deve perguntar ao mentor, mas neste caso não podemos nos dar ao luxo de esperar que elas
nos procurem! Se alguém, inesperadamente, perguntar se pode participar, tente determinar se Deus está
falando ao coração dela, ou se ela tem outras motivações.
O Convite Para Participar

Sugiro que comece a pensar (e orar) pelo que você irá dizer. A ordem do conteúdo irá variar de
acordo com a sua personalidade e com a pessoa com quem está falando, mas em algum momento da
conversa você precisará abordar:
1. Propósito do programa – despertar mentoras com o coração em Deus para líderes de mulheres.
2. Sua experiência pessoal – como você se beneficiou com o programa.
3. Conteúdo do curso – uma breve explanação dos tópicos.
4. Formato do curso – 12 encontros de 1,5 horas cada no formato de um pequeno grupo.
5. Tempo empenhado – leitura, discussão e os três anos de compromisso.
6. Data de início e local para os encontros ou seus dias e horários disponíveis.
7. O porquê você as convidou – é apenas por convite.
8. Pergunte se elas têm alguma dúvida.
9. Peça que elas coloquem esse convite em oração e estipule uma data para resposta.
10. Avalie dar a ela uma cópia do formulário com informações/candidatura como uma revisão da
conversa de vocês. Não é essencial que elas completem o formulário, mas pode ser útil no caso de
você não conhecer bem a pessoa.
11. Você também pode oferecer a elas a cópia do material “Formando a Ester dos Dias Atuais” por e-
mail.
12. Ore para que elas ouçam a Deus.
Considerando que um dos valores do nosso mentorado é sua relação pessoal com Deus e sua
habilidade de ouvir e reconhecer a voz dEle, nenhuma persuasão ou manipulação humana é necessária da
nossa parte. O que remove a pressão de sobre nós e deixa o resultado com Deus. Entretanto, nossa
responsabilidade é orar para que elas ouçam a Deus claramente e obedeçam, e que o inimigo não tenha
ponto de apoio ou influência em suas decisões.
Antes do Primeiro Encontro

Quando uma das mulheres que você convidou se comprometer em participar, eu sugiro que você
marque um encontro com ela, online ou pessoalmente, para certificar-se de que ela entendeu o propósito
e conteúdo do programa bem como as expectativas.
Também sugiro que você entregue a ela o formulário “Conhecendo Você...” para que ela possa
completar a fim de “encontrar” as outras participantes do seu grupo antes do primeiro encontro
propriamente dito. O que eu utilizo está no Apêndice 2. Se você já definiu um dia, horário e local para os
encontros não há necessidade de utilizar a página “Arranjando um Horário para nos Reunirmos”. Fique à
vontade para elaborar seu próprio formulário se você preferir. Eu tenho percebido que esta é uma boa
maneira das mulheres se sentirem mais confortáveis umas com as outras antes do primeiro encontro.
Certifique-se de que ela tem uma cópia do material “Formando a Ester dos Dias Atuais”, impressa
ou na versão digital.
Se você fará o encontro pelo Skype, certifique-se de que cada uma tenha uma conta habilitada no
Skype antes da sua primeira sessão.
Envie lembretes por e-mail antes do primeiro encontro.
Preparando Seu Encontro
Para maximizar o valor do tempo que vocês passam juntas, todas devem se comprometer a
prepararem-se mental, espiritual e emocionalmente para seus encontros. O que isso significa?
Mentoras:
1. Leia o capítulo que será discutido e ouça o Espírito Santo falar ao seu coração a respeito dos pontos
a serem enfatizados ou compartilhados. Há uma ilustração da sua experiência que destacaria um
ponto que está sendo estudado? Há quaisquer afirmações com as quais você discorda ou não
entende?
2. Revise as questões para discussão e esteja preparada para compartilhar suas respostas se surgir
oportunidade.
3. Prepare-se para “ouvir completamente”, com energia, cuidado e concentração no que suas
mentorandas estão dizendo, e o que não estão dizendo, pelo que sua linguagem corporal e
expressões faciais estão comunicando.
4. Ore por suas mentorandas. Ouça o Espírito Santo antes de seu encontro e esteja pronta a ouvi-Lo
durante o seu encontro. Há alguma coisa que Ele quer que você diga, uma ideia ou experiência
pessoal que Ele quer que você compartilhe, uma palavra de advertência ou correção que Ele quer
que você dê, ou uma tarefa que Ele quer que você sugira?
5. Prepare-se para escutar seu coração e instintos, não dominando a conversa com seus próprios
interesses ou problemas pessoais, mas sensível para dividir o que você tem aprendido. “Se você
lembrar que este é o negócio de Deus, você se lembrará de atender à agenda de Deus para a outra”
(Anderson & Reese, 1999, p. 96, 97, 99).
6. Ore contra obstáculos e distrações que podem interferir na abertura, honestidade e condução de
Deus na comunicação.
7. Ore por um coração que seja humilde e pronto a aprender e crescer a partir da sabedoria e
experiências compartilhadas pelas mentorandas.
Mentorandas:
Você também pode sugerir que suas mentorandas se preparem para cada encontro do seguinte
modo:
1. Ler o material por capítulo; responder as questões, preferencialmente por escrito, no tópico “Sua
Responsabilidade”.
2. Pedir a Deus que as ajude a vir com um coração aberto, receptivo, pronto a ouvir, aprender, receber
sabedoria e correção com gratidão, e discernir a vontade de Deus.
3. Orar para que a mentora ouça claramente o Espírito Santo e de maneira fiel compartilhe somente o
que Ele está falando (Anderson & Reese, 1999, p.99).
Construindo um Ambiente Seguro e Acolhedor

1. Seja confiante.
Compartilhe de forma aberta e honesta os sucessos e falhas da sua vida, sem dominar a conversa
com suas histórias pessoais, mas utilizando suas experiências para ilustrar princípios da forma
como o Espírito Santo conduzir. Com isso, você demonstra às demais que este é um lugar
seguro para se abrir.
2. Seja confiável.
Mantenha tudo o que as participantes do grupo compartilham de forma confidencial. Não
divulgue sem permissão. Ao fazê-lo, você demonstra respeito e amor para com as demais, e
preserva sua dignidade. Recuse-se a fofocar e julgar (Robinson, 2016, p. 177).
3. Ouça atentamente.
Numa época em que frequentemente nos sentimos como se tivéssemos que ser multitarefa para
fazer todas as coisas, desligue o celular e outras distrações e dê sua total atenção para o que
está sendo dito dentro do grupo, e o que o Espírito Santo está falando ao seu coração. Com
isso, você demonstra respeito por aquelas que estão compartilhando.
4. Cultive uma atmosfera para aprendizagem e crescimento.
Dê a suas mentorandas permissão para falhar, tentar novas coisas em seu papel de liderança e
aceitar falhas como parte da aprendizagem. Ajude-as nas falhas, analisando os resultados
pontuando o que elas poderiam fazer diferente no futuro.
Encoraje-as a fazer perguntas e elogie quando fizerem. Avalie iniciar cada encontro fazendo duas
perguntas. Qual é sua dúvida? Qual sua contribuição? (Chan, 2008, p. 19).
5. Seja humilde.
Orgulho é um grande destruidor de relacionamentos. Você nunca está numa competição com
aqueles a quem serve. Nunca hesite dizer “eu não sei” se você não souber como responder a
uma questão, e se alguém no grupo a corrigir em um ponto, demonstre que você aprecia isto.
Se esta é uma área em que você luta, peça que Deus revele as raízes deste orgulho. Para mim, esta
foi uma experiência para abrir a visão! “Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos
humildes.” (Tiago 4:6).
6. Seja serva.
Uma maneira de servir é dar a elas oportunidades para praticar a liderança – orando em voz alta,
respondendo uma pergunta, compartilhando uma experiência ou conduzindo a discussão.
Para mim é incrível o fato de Jesus ter confiado em 72 de seus discípulos o suficiente para irem
adiante dEle (Lucas 10:1). Eles obviamente não haviam compreendido por completo a
mensagem do Reino que Ele estava pregando, mas que empolgante oportunidade foi para
eles. E em um sentido mais tradicional, Ele os serviu ao lavar seus pés (João 13:5). Jesus mesmo
disse que Ele veio “não para ser servido, mas para servir” (Marcos 10:45), e nós somos
chamadas para “seguir Seus passos” (1 Pedro 2:21).
Peça que Deus lhe mostre formas criativas que Ele quer que você sirva as participantes de seu
grupo de uma maneira que seja significativo para elas de forma individual.
7. Corrija, com amor, os comentários que não estão de acordo com a Bíblia.
Isto é difícil, mas necessário, tendo em mente a citação de Santo Agostinho “Nas coisas
fundamentais, unidade; nas coisas não fundamentais, liberdade; em todas as coisas,
caridade.” Em qual categoria isto se enquadra? Se isto é uma questão de fundamentos
teológicos, você pode dizer “Como você pensa que isto se enquadra com... referenciando a
um versículo específico das Escrituras?” Se você não pode citar o versículo com precisão,
admita, e acerte com o grupo que você irá trazer a resposta no próximo encontro, ou por e-
mail. Se não for uma questão de fundamentos bíblicos, você pode dizer “É uma perspectiva
interessante. Eu me questiono se as demais concordam.” O ponto principal é conduzir a uma
reflexão em amor sobre o que foi exposto (2 Timóteo 2:24, 25).
8. Lide com maiores discordâncias em conversas particulares.

Em um tópico posterior nós iremos tratar sobre resolução de conflitos em grupos, mas por hora,
nas raras situações em que isto pode ocorrer durante um encontro, é aconselhável que as duas
discutam a questão de forma privada depois da reunião, informando ao grupo sobre sua
conclusão no encontro seguinte.
9. Seja paciente.
Dê ao Espírito Santo tempo para trabalhar nos corações e mentes daquelas que você está
mentorando. Se você não perceber imediatamente mudanças significativas, não assuma que
você não está fazendo a diferença. “Crescimento geralmente não acontece com grande
velocidade, mas com grande profundidade.” (Anderson & Reese, 1999, p. 30).
10. Ame incondicionalmente.

“Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros.”
(João 13:35)
“E este é o seu mandamento: que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo e que nos amemos
uns aos outros, como ele nos ordenou.” (1 João 3:23)
“Ninguém jamais viu a Deus; se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu
amor está aperfeiçoado em nós.” (1 João 4:12)
Amar os outros se torna mais fácil quando nós reconhecemos o quanto Deus nos ama apesar de
quem nós somos.
Memorize:
João 13:35Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros.
Verdade-chave:
Uma comunidade espiritualmente saudável, segura e acolhedora é resultado de

relacionamentos de amor entre um e outro e um relacionamento pessoal com Deus.
Sua Responsabilidade:
1. Quais atitudes dos outros fazem você desconfiar deles?
2. É fácil ou difícil para você confiar em outras pessoas? Por quê?
3. Comece nesta semana a contatar as cinco primeiras pessoas da sua lista de potenciais mentorandas.
Lição 3: Mediando um Pequeno Grupo
Por que Grupos?

Por que eu sugiro desenvolver essas lições com um pequeno grupo ao invés de individualmente? A
simples resposta é que ao longo dos últimos 15 anos de ministério, eu me tornei uma forte defensora dos
pequenos grupos de aprendizagem, especialmente entre mulheres. Nós nascemos para ser as que nutrem
e isto requer habilidades de comunicação, de gestão de conflitos (como qualquer mãe sabe), e sensibilidade
emocional, além de uma miríade de outros talentos. Admito, com liberdade, que alguns homens são
também fortes nestas áreas, mas para a maioria das mulheres isto parece vir ao natural. Eu também acredito
que mulheres aprendem melhor em ambientes relacionais, interagindo umas com as outras em vez de
assistir uma palestra ou mesmo ler um livro. Só faz sentido ensinar princípios de liderança em um ambiente
onde as pessoas se relacionam umas com as outras. Qual melhor laboratório para aprendizagem? Liderança
é tudo sobre construção de relacionamentos, não apenas aquisição de informações!
Facilitação e Jardinagem
Em seu livro “Fazendo Pequenos Grupos Funcionarem” (Making Small Groups Work), Cloud e
Townsend sugerem que facilitação é como jardinagem (2003). Para mim, esta analogia funciona em muitos
aspectos. A palavra “facilitar” vem da palavra em latim para “fácil”. Seu trabalho como uma facilitadora é
tornar mais fácil para as mulheres em seu grupo crescerem, da mesma forma que o trabalho de um jardineiro
é tornar o crescimento mais fácil para as plantas no jardim. Ele não pode fazê-las crescer, ou mesmo garantir
a luz do sol ou a chuva que proporcionam o crescimento, mas ele pode prover o cuidado, a atmosfera de
nutrição onde o crescimento possa ocorrer. Ele pode facilitar o crescimento das plantas!
Na última lição nós falamos sobre seu papel na construção de um ambiente seguro e acolhedor
dentro do seu grupo, mas também será um alívio saber que tudo não depende apenas de você, assim como
o cultivo das plantas não depende exclusivamente do jardineiro. Dentro do grupo deve haver “regras de
compromisso” em que todas as participantes concordam seguir antes de iniciarem essa jornada juntas. Sem
elas o ambiente de aprendizagem do grupo pode ser um lugar prejudicial onde confidências são quebradas,
as vulnerabilidades são expostas, e vidas emocionais são despedaçadas.
1. Estabeleça Limites – Defina Expectativas e Regras Fundamentais

Você é aquela que tem a responsabilidade de definir as regras que tornam os encontros do grupo o
lugar seguro para o crescimento de todas. Como mencionado na última lição, eu aconselho você a alinhar
as expectativas sobre tempo, lugar, duração dos encontros, tarefas e assiduidade nos compromissos de
forma a ficar claro no seu convite inicial, então cada uma poderá considerar em espírito de oração se o
cronograma permitirá que elas participem. Aconselho você a repetir esta informação quando a pessoa
concordar em se juntar ao grupo. Quando cada uma lê a lição, reflete sobre as questões a serem
respondidas, e fielmente participa com pontualidade, respeito é comunicado para as participantes do grupo.
Isto diz “eu valorizo você e este tempo que passamos juntas”. Naturalmente pode haver emergências
ocasionais ou conflitos inesperados de agenda, e desculpas por estas situações devem ser amorosamente
aceitas.
Você também é aquela que tem a responsabilidade primária pela aplicação das regras fundamentais.
Obviamente, quanto menos regras, mais facilmente serão aplicadas, mas são necessárias regras suficientes
para permitir que as participantes do grupo participem com liberdade e honestidade, e cresçam espiritual,
emocional e intelectualmente. Aqui estão algumas que eu recomendo; eu a encorajo a revisá-las com o
grupo no início do seu primeiro encontro:
• Fale de forma aberta e honesta sobre seus pensamentos e sentimentos.

o Seja honesta consigo mesma. Devido a experiências anteriores ou expectativas nos
parâmetros da “igreja”, muitas mulheres têm aprendido a “apresentar um rosto feliz”, uma
máscara que cobre feridas emocionais da alma. Para que a cura e o crescimento ocorram,
este grupo deve ser um lugar seguro para compartilhar sentimentos verdadeiros, dúvidas, e
medos e receber amor incondicional.
o Seja honesta com as demais. Conceda um feedback sincero e amoroso se for necessária
correção. Inicialmente, como uma facilitadora você pode exemplificar o que é um feedback
honesto e amoroso. Com o tempo, espera-se que as outras participantes do grupo sigam
seu exemplo. Como facilitadora você pode perceber a necessidade de interromper a
conversa se acredita que o feedback se tornou sem amor ou inconsistente com a Palavra.
• Sinta-se à vontade para pedir esclarecimentos se você não entendeu as palavras ou as ideias
discutidas. Não existe essa coisa de “pergunta idiota”.
• Mantenha a confidencialidade do que é compartilhado dentro do grupo.
• Fale devagar o suficiente para que aquelas que não estão falando em sua língua nativa possam
entender.
2. Busque o Equilíbrio – Adicione Nutrientes

Assim como um jardineiro precisa aprender a balancear os nutrientes no solo, como uma facilitadora
você precisará discernir em oração as necessidades das participantes do seu grupo e responder de acordo.
O que eu tenho descoberto na condução destes encontros em grupo é que algumas mulheres já
tiveram muitos treinamentos de liderança, e que para elas o conteúdo das lições é menos importante do
que as relações que estão sendo estabelecidas. Uma participante observou, “Estamos continuamente
derramando na vida dos outros, mas quem está derramando em nós? Nós também necessitamos de
encorajamento e suporte.” Mas aquelas que não têm sido expostas ao treinamento de liderança para
mulheres conseguem encontrar a informação por si só que será adequada à sua jornada de liderança.
Balancear o tempo gasto discutindo conteúdo e o tempo despendido na construção do relacionamento é
sua responsabilidade como uma facilitadora. Ambas são boas, mas obter o equilíbrio certo é o desafio.
Igualmente desafiador pode ser alcançar o equilíbrio entre o quanto você fala durante a conversa e
a participação das outras integrantes do grupo. Não há resposta certa, exceto a condução do Espírito Santo.
Pode ser tentador preencher o silêncio com suas próprias experiências ou pensamentos, quando o Espírito
Santo está falando no silêncio aos corações das participantes do grupo.
Os “fertilizantes” mais essenciais para o seu grupo são fé, esperança e amor. Quando vocês se
encontrarem, esteja certa de que estes elementos permeiam cada conversa. Fé vem pelo ouvir a Palavra de
Deus (Romanos 10:17), mas ouvir sobre como Deus tem trabalhada nas vidas umas das outras também
fortalece a fé. Quando uma estiver desencorajada, invista tempo em ministrar fé e compaixão para esta que
está ferida, encorajando-a a firmar-se em Jesus. Ofereça esperança, a “âncora da alma” (Hebreus 6:19), e o
mais importante um amor genuíno e incondicional que só pode vir de um Pai amoroso.
3. Tenha uma Agenda Flexível – Perceba o Momento

Assim como um jardineiro precisa conhecer os tempos e as estações para cada planta e cuidá-la de
acordo, como uma facilitadora é sua responsabilidade conhecer e perceber o momento certo no seu grupo,
o que incluir em cada sessão e como dividir o tempo para atender às necessidades atuais de cada
participante.
Abaixo segue uma amostra de agenda para os encontros. É uma que eu tenho trabalhado, mas você
pode adicionar ou omitir elementos conforme Deus conduzir. Não esqueça de dividir o tempo em oração
para cada elemento; isto pode mudar de semana para semana de acordo com as necessidades das
participantes.
• Comece orando (você ou alguém do grupo) – se algumas participantes estão desconfortáveis em
orar em voz alta, esta pode ser uma oportunidade de crescimento para elas.
• Atualize as notícias – invista uns poucos minutos retomando o que Deus tem feito desde o último
encontro. Isto pode rapidamente consumir tempo e requer que você monitore de forma a balancear
conteúdo e relacionamento.
• Observações da Lição – pergunte se alguém tem uma pergunta ou comentário sobre a lição
estudada, pontos que falaram a elas e com os quais elas discordam. Algumas podem escolher não
participar nesta parte da agenda se o conteúdo já lhes for familiar ou se não foi desafiador para elas.
• Sua Responsabilidade – das participantes do grupo espera-se que tenham lido a lição e estejam
preparadas para compartilhar suas respostas para as questões. Encoraje cada uma a participar desta
parte da agenda. Normalmente esta é a forma como se avalia o que elas aprenderam.
• Pedidos de Oração –incentive cada uma a compartilhar um pedido pessoal de oração, por elas, suas
famílias, sua igreja, ou sua comunidade. A facilitadora ou uma participante designada pode anotar
os pedidos, e se possível distribuí-los por e-mail para as integrantes do grupo depois do encontro.
• Oração Final – uma pessoa pode se voluntariar para orar brevemente para cada pedido ou, se o
tempo for curto, orar de forma mais abrangente e abençoar o grupo.
4. Mantenha Abertura e Honestidade – Tire as Ervas Daninhas

• Remover ervas daninhas nunca é uma parte divertida da jardinagem, nem é divertido para a
facilitadora do grupo, mas é essencial para a proteção e o crescimento dos indivíduos envolvidos.
• Pela sensibilidade do Espírito Santo, discirna as questões não ditas no grupo que impedem uma
conversa aberta e honesta. Peça a Deus por sabedoria para trazer à luz as questões. Não permita
que amargura ou raiva cresçam entre participantes do grupo. Estas são como “raízes profundas” de
ervas daninhas que podem parecer inofensivas o bastante e superficiais, mas são difíceis de
arrancar.
• Outras “ervas daninhas” parecem cobrir grandes áreas e se disseminar, mas elas possuem um
sistema central de raízes que é facilmente extraído. Para mim são aquelas ervas de “super
espiritualidade”, ou negativismo, descontentamento, legalismo, frivolidade, que desviam do
trabalho de crescimento real que precisam ganhar lugar. Falaremos mais sobre estas na próxima
lição.
Reconhecendo um Grupo Saudável

Como você pode dizer se um grupo é um ambiente saudável para crescimento?
1. O mais óbvio é que as participantes esperam ansiosamente pelo encontro. Elas estão animadas para
se reencontrar umas com as outras e aprender com suas vidas.
2. Elas demonstram amor e respeito umas pelas outras, escutam atentamente as respostas de cada
uma, afirmando, encorajando e solidarizando umas com as outras.
3. Elas demonstram crescimento espiritual, emocional e intelectual, buscando diariamente aplicar o
que têm aprendido de forma significativa. Espiritualmente, estão aprofundando a intimidade em seu
relacionamento com Deus; emocionalmente, estão recebendo cura de feridas antigas;
intelectualmente, estão aprendendo sabedoria e novas habilidades de comunicação.
4. Elas “falam a verdade em amor” umas com as outras, identificando áreas de crescimento nas outras
e buscando em oração se, quando, e como confrontá-las com humildade.
5. Elas aprendem como receber de forma grata o feedback das outras e responder em oração, com
graça e sem ficar na defensiva.
Uma Palavra de Sabedoria

Quando você observa um jardim bem cuidado, o que você vê? Fileiras alinhadas? Ordem? Plantas
saudáveis crescendo em direção ao céu? Não desanime se a média das reuniões do seu grupo se parece mais
com uma pilha de composto orgânico do que com um jardim inglês! Composto orgânico também é um solo
fértil para que o crescimento ocorra (Long, 1995).
Memorize
1 Coríntios 13:4-7O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não
maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com
a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
Verdade-Chave
A facilitadora de um pequeno grupo é responsável por proporcionar um ambiente seguro e

acolhedor para o crescimento espiritual, emocional e intelectual, mas o crescimento em si
vem apenas de um relacionamento pessoal com Deus.
1. Como você tem crescido espiritual, emocional, ou intelectualmente através do seu envolvimento no
nosso pequeno grupo, desde o começo do ano? Esteja preparada para compartilhar isto com as
mentorandas prospectadas no próximo ano.
2. O que você achou mais desafiador ao dar um feedback “construtivo” para alguém?
3. Até o final desta semana contate cinco pessoas da sua lista de potenciais mentorandas que estão
agora orando a respeito de sua participação.
Para Um Estudo Mais Aprofundado

Faça Pequenos Grupos Funcionarem: o que cada líder de pequenos grupos precisa saber (Makink
Small Groups Work: What Every Small Group Leader Needs to Know. Cloud & Townsend, 2003)
Manual dos Líderes de Pequenos Grupos: a próxima geração (Small Group Leaders’ Handbook: the
next generation. Long, 1995)
Lição 4: Lidando com as Dificuldades
A melhor parte de mentorar um pequeno grupo de líderes espiritualmente maduras é exatamente

isto – sua maturidade espiritual. Em princípio elas têm um relacionamento íntimo com Deus, um
conhecimento prático da Bíblia e seus princípios, e uma vida ativa de oração. O que poderia dar errado? A
interação do grupo será sempre repleta de alegria, riso, e encorajamento uma vez que compartilhamos
nossa vida umas com as outras, certo? Infelizmente, cada uma de nós ainda é “uma obra em andamento”.
Esta lição não pretende ser um guia abrangente de todos os problemas que podem ocorrer, antes uma
abordagem mais geral para combater algumas das táticas mais comuns que o inimigo utiliza para interferir
ou destruir o crescimento. Estas sugestões e recursos também podem ser úteis para compartilhar com as
Ester que você está mentorando que lideram grupos com mulheres menos maduras espiritualmente.
1. Personalidades Desafiadoras
a. A Falante – Há mulheres que facilmente podem dominar a conversa com detalhadas histórias de suas
experiências, ou constantemente saem na frente para serem as primeiras a responder uma questão. Pode
ser difícil avaliar com antecedência a relevância de suas contribuições, mas os primeiros encontros do grupo
deverão dar a você uma ideia do quanto permiti-las avançar. Em oração procure uma oportunidade de
intervir e agradeça a ela por ter compartilhado, ou faça uma pergunta direta que conduza ao cerne da
questão que está sendo discutida. Você também pode fazer uma pergunta diretamente para outra
participante do grupo, porém a chave é sempre tratá-las com amor e respeito; você está sendo um modelo
para as demais integrantes do grupo em como lidar com este tipo de situação. A maioria das mulheres
espiritualmente maduras são sensíveis o suficiente para reconhecer que estão dominando a conversa e
desculpar-se, mas se suas tentativas de equilibrar as participações não tiverem sucesso, converse com ela
em separado, incentivando-a a auxiliar você a se certificar que o grupo ouve de todas as mulheres. Se vocês
estão fisicamente juntas no mesmo ambiente, um truque que muitas facilitadoras utilizam é posicionar seu
corpo de forma a ajudá-la a manter contato visual com essa pessoa.
b. A Quieta – Há mulheres que raramente contribuem com a conversa de forma voluntária, ou porque são
tímidas, inseguras de suas competências linguísticas, ou estão muito ocupadas ouvindo pensativamente e
analisando para expressar seus pensamentos. Observe quem está contribuindo e quem não está, e
especificamente peça a estas quietas que falem, agradecendo e afirmando-as ao final. Caso seu silêncio
permaneça por vários encontros, fale com ela individualmente, mais uma vez afirmando-a e perguntando se
ela sabe o porquê de ser tão relutante em compartilhar. Liderança é modelar o comportamento adequado,
mas liderança também é comunicar visão e sabedoria. Se desejam liderar, é necessário aprender a falar.
(Long, 1995)
c. A “Quebradora de Regras” – As “Quebradoras de Regras” são as mulheres que conhecem e concordam

com as regras que foram estabelecidas para o grupo, mas constantemente escolhem ignorá-las. As
transgressões ocasionais, em função de uma emergência, podem ser ignoradas em amor, mas se a quebra
das regras se torna um padrão de comportamento visível, ela está demonstrando desrespeito não apenas
para com você, como líder do grupo, mas também para as demais. Conforme Mateus 18:15, a resposta bíblica
é, em primeiro lugar, discutir o fato em particular com ela. Isto pode parecer difícil, mas esta é a reação
amorosa e bíblica. Adiante, nesta lição, discutiremos alguns exemplos de abordagens para este tipo de
conversa.
d. A Autoridade – Há mulheres que acreditam que possuem a resposta para cada questão e estão ansiosas
por compartilhar essa resposta com tal autoridade que todas as discussões e ideias sejam encerradas. Jesus
tinha este tipo de autoridade e sabedoria, mas a menos que tenhamos uma palavra profética da parte de
Deus, nós seremos sábias para falar com mais humildade, procurando “descobrir” questões, e encorajar
outras mulheres a compartilhar perspectivas e experiências que podem iluminar e direcionar o problema.
Não há resposta simples em tal situação. Somente o Espírito Santo pode revelar se ela realmente falou a
Palavra de Deus (neste caso, toda a discussão deve cessar e deve haver confirmação de outras
participantes), ou se ela está falando “da sua cabeça”. “A árvore é conhecida por seu fruto” (Mateus 12:33).
“Quando o profeta falar em nome do Senhor, e essa palavra não se cumprir, nem suceder assim; esta é
palavra que o Senhor não falou; com soberba a falou aquele profeta; não tenhas temor dele.”
(Deuteronômio 18:22). Se as palavras são contrárias à Escritura, é importante que você pontue mostrando a
referência bíblica ou citando se possível. Se isso não trouxe paz ao seu espírito, mas você não sabe o porquê,
como líder do grupo você pode expressar seu desconforto, e prometer aprofundar-se no assunto. Então
você tem a responsabilidade de buscar o Senhor e a sabedoria daqueles em quem confia. Siga o princípio de
Mateus 18:15 e fale com a pessoa antes de seu próximo encontro, então corrija erros doutrinários em sua
próxima reunião.
2.Conversas Difíceis
Se a conversa difícil está corrigindo uma “quebradora de regras” em um encontro individual,
intervindo diplomaticamente em uma controvérsia teológica durante uma sessão, ou acalmando uma
participante irritada com algo que você ou outra pessoa disse, a diretriz mais importante para lidar com a
situação é o mandamento para “amar o próximo como a si mesmo” (Levíticos 19:18; Mateus 19:19). O que
isso parece na prática? Trate-as com amor, respeito e humildade incondicionais, não apenas no que você diz,
mas no tom de sua voz, sua atitude, e sua linguagem corporal. Isto parece muito para se lembrar no calor
do momento, mas se você mantiver seu coração alinhado, o resto seguirá.
a. Confronto bíblico.
Estudos demonstraram que, porque relacionamentos são tão importantes para mulheres e o medo
de rompê-los é tão forte, que nós, como mulheres, tendemos a evitar conflitos e confrontos. Geralmente,
tentamos lidar com problemas de relacionamento indiretamente, evitando ou ignorando o indivíduo ou
reclamando dele para outros. (Edward & Mathews, 2009). Mas Jesus disse que se alguém pecou (envolveu-
se em coisas erradas) contra você, a atitude correta é ir e conversar a respeito, apenas vocês dois (Mateus
18:15).
Quando poderia ser necessário que você confronte alguém no grupo? Se uma das participantes
repetidamente ignorar as regras que foram acordadas por todas. Elas estão lá para construir um ambiente
seguro e acolhedor que comunica amor e respeito a todas. Exceto em situações de quebra de
confidencialidade, não há necessidade de confrontar o ofensor num primeiro momento. Em vez disso,
ofereça graça e prontamente aceite desculpas. Uma quebra de confidencialidade, dependendo das
circunstâncias pode exigir um confronto na Palavra, se destruiu a capacidade de se ter uma comunicação
honesta e aberta dentro do grupo.
Se você tiver oportunidade de planejar o momento e o local para esta conversa, o primeiro passo é
limpar seu coração, lidando com qualquer raiva ou ressentimento que possa ter acumulado, e livrar-se de
qualquer conversa imaginária que você teve na sua cabeça.
Então peça sabedoria a Deus. Uma das mais diplomáticas e criativas abordagens de confronto nas
Escrituras é Natã confrontando Davi (2 Samuel 12). Pode ser que Deus não dê uma parábola para você, mas
Ele, provavelmente, também não pedirá que você discipline um rei! Peça que Deus lhe dê alguns
comentários positivos sobre esta pessoa, que você possa compartilhar com as demais enquanto inicia a
conversa. Como elas têm contribuído positivamente com o grupo? Peça que Ele lhe mostre como seu
comportamento atual tem impactado o grupo negativamente, talvez criando uma atmosfera de
superficialidade ou receio ou resistência em ser honesta. Tente ser breve e chegar ao centro da questão.
Pergunte a Deus se você tem feito alguma coisa que contribui com o problema, talvez não explicando as
regras claramente. Se ajudar você a pensar a respeito, você pode até escrever, mas eu aconselharia que
você não lesse o que escreveu na conversa. Confie em Deus para lhe dar as palavras certas a dizer (Mateus
10:19). Ore pelo tempo de vocês juntas, que o Espírito Santo guie a conversa e unja suas palavras. Peça que
Ele a ajude a ouvir a pessoa com um coração de amor e compaixão.
Contate a pessoa e programe um horário e local para o encontro, algo conveniente, confortável e
privado. O ideal é encontrar o mais rápido possível, porque uma vez que você as convida para o encontro,
provavelmente ambas ficarão curiosas e apreensivas e a imaginação pode rapidamente ampliar o problema
e fazer com que elas fiquem na defensiva quando chegarem.
Quando vocês se encontrarem, seja amigável e receptiva, agradecendo a elas por se encontrarem
com você, talvez perguntando sobre o dia delas. Caso elas tenham recentemente recebido más notícias
sobre uma doença na família, ou repreendidas no trabalho, isto pode estar ocupando seus pensamentos. É
útil saber isso antes de começar. Compartilhe comentários positivos que você tem a respeito delas e de suas
interações no grupo.
Peça a elas que compartilhem alguns comentários que tenham a respeito do grupo e o que estão
aprendendo. Talvez elas estejam arrependidas e sua atitude de quebrar regras seja uma forma indireta de
comunicar isso. Talvez o horário do encontro não seja mais conveniente para elas em função de mudanças
de agenda. Ouça atentamente as respostas delas, o que estão dizendo, o que não estão dizendo, e o que
suas linguagens corporais estão comunicando. Ouça-as com seu espírito e ouça o Espírito Santo e o que Ele
está dizendo a você antes de responder. Se elas expressam pensamentos negativos, ouça! Se necessário,
faça perguntas para esclarecer. Seja grata. Elas estão oferecendo a você um presente. Aprenda com o que
elas dizem, independente se você concorda ou não. Elas poderiam manter seus comentários para si mesmas
e contá-los para suas dez amigas mais próximas, mas estão dando a você a oportunidade de corrigir a
situação. A determinada altura do meu treinamento corporativo, eu fui convidada a frequentar uma aula de
“Serviço ao Cliente” ministrada por uma grande companhia aérea. O curso durou três dias, e o meu principal
aprendizado depois de três dias foi apreciar feedbacks negativos e aqueles que os dão.
Fale de forma aberta e honesta sobre o comportamento que preocupa você, o porquê a preocupa,
e como este está impactando a aprendizagem do grupo, baseado na sua observação. Fundamente suas
declarações utilizando “eu” ao invés de “você”. Por exemplo, diga, “eu me sinto desrespeitada quando
você, repetidas vezes, chega atrasada aos nossos encontros”, ao invés de, “você sempre chega atrasada e
nós precisamos repetir o que já havia sido compartilhado”.
Trabalhem juntas e se possível cheguem a um acordo sobre a situação. Pode haver mais de uma
solução, e você pode precisar oferecer a ela a oportunidade de lhe responder em alguns dias.
Finalize orando.
b. Mediando disputas.
Pode haver momentos quando surgem problemas entre mulheres no seu grupo, ou num dos
encontros ou depois, e é importante para você estar preparada antes da situação avançar. Nem sempre é
fácil julgar quando intervir e quando deixar as participantes do grupo trabalharem as questões por si
mesmas sem sua intervenção.
Durante o encontro, frequentemente há muitas diferentes perspectivas e experiências em relação
ao material que está sendo discutido e as mulheres devem estar habilitadas a, respeitosamente, apresentar
diferentes pontos de vista e ao final “concordar em discordar”. Como a líder do grupo, você terá que tomar
a decisão sobre quanto deixar a discussão se alongar. As demais do grupo estão interessadas em aprender
ou estão na expectativa de que você intervenha e avancem para a próxima questão? A discussão se tornou
calorosa e desrespeitosa? Você tem a autoridade e a responsabilidade de pedir que continuem a conversa
no particular em outro momento.
É uma discordância teológica? Se for, é uma doutrina essencial da fé (exemplo: a divindade de Jesus,
o nascimento virginal, a autoridade da Palavra, etc.)? Ou é uma questão daquelas onde há teologias
evangélicas conservadoras de ambos os lados (exemplo: fim dos tempos, modo de batismo, etc.)? Se você
não está certa do que são “doutrinas essenciais da fé”, descubra. Eu mencionei o princípio anteriormente,
“Nas coisas fundamentais, unidade; nas coisas não fundamentais, liberdade; em todas as coisas, caridade.”
Antes da discussão avançar você pode apresentar ao grupo essa citação, e sugerir que cada uma estude a
Palavra a partir de ambas as perspectivas, e determinar se o que elas creem é mais bíblico, ou mantenha
essa posição particular de uma forma mais leve que lhes permita mudar suas posições no futuro. Então,
avance para o próximo item a ser discutido.
Se uma (ou mais) mulheres procurarem você pessoalmente, fora do grupo e pedirem para falar com
você em particular sobre uma questão que estão tendo com outra participante, biblicamente, segundo
Mateus 18:15, sua resposta seria questioná-la “Você já conversou com ela?” Você até poderia dar a ela alguns
princípios básicos de como fazer isso, usando os princípios acima. O site www.peacemaker.net oferece
excelentes fontes. Minha favorita é “Os Quatro G’s: Glorifique a Deus, Tire a Trave do Seu Próprio Olho,
Restaure Gentilmente, e Vá e Reconcilie-se” (The Four G’s: GlorifyGod, Getthelong out of your own eye,
Gently Restore, and Go and bere conciled. Sande, 2014). Os três primeiros referem-se a um encontro consigo
mesma. “Glorifique a Deus”. O que Deus quer que você saiba sobre esta situação e como Ele poderia usar
isto para glorificá-Lo? “Tire a trave do seu próprio olho”. Como você tem contribuído para o problema?
“Restaure gentilmente.” Vá até à pessoa, genuinamente buscando paz e reconciliação. Somente depois que
esses passos foram feitos é apropriado que você se envolva como uma terceira parte (Mateus 18:16).
Se pediram que você seja uma mediadora entre duas integrantes do grupo, certifique-se que ambas
estão de acordo com a sua participação e que você não tenha opinião prévia sobre quem está certa e quem
está errada. Uma das mais importantes lições que eu tenho aprendido sobre mediar disputas é não decidir
sobre uma situação antes de ouvir os dois lados da história. Antes de aceitar a responsabilidade de mediar,
ore. Esta é uma situação que Deus quer que você conduza? Se a resposta for “sim”, então comece a orar
por sabedoria para você, e um espírito aberto, ensinável e perdoador para cada uma das mulheres. Quando
vocês se encontrarem, comece orando. Ouça os dois lados, incentivando uma das mulheres a expor seu lado
sem interrupções. Faça perguntas claras. Ouça a segunda pessoa expor seu lado sem interrupções. Faça
perguntas claras. Ouça o Espírito Santo e peça a Ele sabedoria. Qual é o principal problema para cada uma
das mulheres? Tente fazê-las chegar a uma solução em consenso. Se sentimentos foram feridos em um ou
ambos os lados, desculpas são essenciais e é necessário perdão. Se você é mãe de mais de uma criança, você
conhece os princípios! Acredite em mim! Certa vez quando eu estava gerenciando um grupo de profissionais,
eu me recordo de pensar que tudo que precisava saber para mediar suas disputas eu aprendi quando era
mãe em tempo integral. Recursos adicionais estão listados ao final desta lição.
c. Crises pessoais.
Durante o curso do seu relacionamento de mentoria, uma participante do grupo pode atravessar
algum tipo de crise pessoal – uma morte na família, uma doença grave, ou um divórcio inesperado. Apesar
de você não ser a pastora dela, ela abriu o coração e a vida para você e é apropriado que você a procure
pessoalmente e deixe-a saber que está orando por ela. Ofereça-se para ser ouvinte. Seja sensível ao que o
Espírito Santo possa estar falando ao seu coração a respeito da situação. Muitas mulheres que nunca lidaram
com este tipo de situação ficam preocupadas em dizer a coisa errada e acabam não falando nada. Não caia
nessa armadilha! Eu aprendi um princípio muito poderoso para ajudar pessoas em momentos de crise com
um programa pastoral leigo chamado Stephen Ministries (www.stephenministries.org), um ministério
interdenominacional que disponibiliza muitos ensinos de cuidados pastorais bíblicos. O princípio é o
“Ministério da Presença”. Apenas sente-se em silêncio, ore, e ouça. Como mulheres nós somos rápidas em
fazer biscoitos ou limpar o chão, mas muitas vezes relutantes em oferecer um abraço e um ouvido atento.
Memorize:
Mateus 18:15, 16 Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste
a teu irmão; Mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três
testemunhas toda a palavra seja confirmada.
Verdade-chave
Construir relacionamentos fortes é uma habilidade essencial para mentoras, mas nem
sempre é fácil. Será necessária oração, trabalho, e a sabedoria do Espírito Santo.
1. Pense em uma ou duas experiências desafiadoras que você teve em sua jornada de liderança e
prepare-se para compartilhá-las sem nomes ou detalhes que as identifiquem. O que você aprendeu
com estas experiências? O que você gostaria de ter feito diferente?
2. Qual conselho você acha que é mais essencial para alguém que está começando uma experiência de
liderança?
3. Liste o nome das cinco mulheres que você começará a mentorar em Janeiro ou no próximo ano.
Comece a orar por elas, especificamente para que nada as impeça de participar do grupo.
Para Um Estudo Mais Aprofundado

Conversas Difíceis: Como Discutir o Que Mais Importa (Difficult Conversations: How to Discuss What
Matters Most. Stone, Patton, & Heen, 1999).
Como Ter Aquela Conversa Difícil que Você Está Evitando (How to Have That Difficult Conversation
You’ve Been Avoiding. Cloud & Townsend, 2006).
Liderando Mulheres Que Feriram (Leading Women Who Wound. Edward & Mathews, 2009).
Seção III
Anexo 1
Formulário de Informações/Candidatura/Indicação
“O Global Advance Esther Initiative atua na capacitação de mulheres ao redor do mundo para tornarem-se
catalisadoras dos propósitos de Deus em suas nações.” Como realizamos isso? Como mulheres, uma das
formas mais efetivas para aprender é de uma com a outra, organizadas em pequenos grupos onde nós
podemos honestamente compartilhar nossos corações e questões de liderança que nos desafiam seja em
casa, na igreja ou no trabalho.
“Formando Ester nos Dias Atuais” é um programa de treinamento de liderança de 12 lições desenhado para
comunidades organizadas em pequenos grupos com leitura e discussão sobre tópicos tais como:
a. Quem eu sou – em Cristo, assim como em minha herança familiar e experiências.
b. Meus relacionamentos – com Deus, com pares, com aqueles que eu lidero, e com aqueles que eu sigo.
c. Minha liderança – oportunidades de liderança, liderança serva, formação de equipes.
Grupos de Mentoria
Cada participante se comprometerá com três anos de participação:
Ano 1: Treinamento pessoal em liderança e mentoria.
Ano 2: Cada participante formará mais cinco novas pessoas nas habilidades de liderança/mentoria.
Ano 3: Cada participante treinará suas mentorandas assim como formará mais cinco novas pessoas.
Pré-requisitos para Participante do Grupo:

• Comprometida com oração e relacionamento pessoal com Deus;
• Comprometida em estudar a Palavra de Deus;
• Apta a discipular cristãs;
• Comprometida a viver nossos valores (veja Informações Adicionais);
• Atualmente ocupando uma posição de liderança na igreja ou trabalho;
• Bons conhecimentos da língua nativa;
• Conexão de internet confiável e Skype/Hangouts;
• Disponível para horário de encontro comum ao grupo;
• Disposta a comprometer-se por três anos – em torno de 6 – 8 horas/mês;
• Referência pastoral ou da Global Advance.
Se você tem dúvidas sobre o programa ou seu conteúdo, por favor contate-nos pelo e-mail
[email protected].
Informações Adicionais
Tópicos de Liderança
Quem Eu Sou
1. Minha Identidade em Cristo
2. Caminhando no Espírito
3. Mapeando Minha Vida
4. Lidando Com Meu Passado
Meus Relacionamentos
5. Nutrindo Meu Relacionamento Com Deus
6. Liderança Serva
7. Valores, Prioridades, Equilíbrio
8. Comunicação, Personalidades, Relacionamentos
Minha Liderança
9. Liderando Onde Deus Me Colocou
10. Trabalho em Equipe – A Chave da Liderança
11. Chamado a Seguir
12. Refletindo, Celebrando, Comissionando
Tópicos de Mentoria
1. Mentoria – Um Relacionamento
2. Começando a Construção da Comunidade
3. Mediando um Pequeno Grupo
4. Lidando Com as Dificuldades
Nossos Valores
• Oração e relacionamento pessoal com Deus
• Estudo pessoal da Palavra de Deus
• Ensinável
• Humilde
• Boa ouvinte
• Disponível para servir a outros onde quer que necessitem
• Apaixonada por crescer pessoalmente e inspirar o crescimento em outras
• Sábia (para discernir as opções não contatas as respostas)
• Honesta
• Vida de integridade (totalidade emocional)
• Transparente (sem fachadas nos bons e maus momentos)
• Confiável (respeitada e de confiança para os outros)
• Construir comunidades, compartilhando experiências de vida
• Autoridade responsável (respeitosa e responsável)
Anexo 2
Formulário de Apresentação das Integrantes do Grupo e Organização dos Encontros (data/formato)
Conhecendo Você...
Embora todas sejamos mulheres que amam a Jesus e lideram/influenciam mulheres, nós somos um grupo
muito diversificado – cultural e geograficamente, então, por favor, apresente-se ao resto do grupo.
Gostaríamos de conhecer um pouco mais sobre cada uma antes de começarmos nossos encontros.
Nome: ________________________________________________________________
Cidade/País:___________________________________________________________
Para você, qual seria a melhor plataforma/app para encontros on-line? (informe seu app de preferência e
usuário caso já tenha):__________________________________
WhatsApp: __________________________
E-mail: __________________________
Usuário Facebook/Instagram (se você tiver um):__________________________
Nome do esposo (se for casada):

Há quanto tempo está casada
O que você gostaria que soubéssemos a respeito dele?
Nomes dos filhos, idades e uma coisa a respeito de cada um deles que a faz sorrir.
Outros membros da família (netos, pais, etc.)
Em duas ou três frases, conte-nos um pouco sobre seu passado – sua família e país de origem, sua idade
quando aceitou Jesus e como isso aconteceu (brevemente).
Descreva seu trabalho ou ministério atual – o que você faz; missão ou propósito da sua organização; algumas
das oportunidades e desafios que você enfrenta atualmente.
Descreva alguma coisa única sobre onde você mora – sua nação, cidade ou comunidade:
Várias coisas únicas, interessantes ou engraçadas sobre sua vida, família, passatempos, passado ou
interesses.
O que você espera realizar através da participação neste programa?
Que preocupações ou perguntas você tem sobre este programa?
Há mais alguma coisa que você gostaria que soubéssemos sobre você antes de começar esta jornada juntas?
Arranjando um horário para nos reunirmos

Nossa intenção é nos reunirmos
( ) presencialmente (informar endereço)
( ) on-line pela plataforma/app ______________
duas vezes por mês*, entre ______________ (informar as datas previstas).
Nosso objetivo é encontrar um tempo que seja adequado para todas nós. De vez em quando, talvez
tenhamos que alterar o dia ou o horário para acomodar todas, mas eu gostaria que encontrássemos um dia
e uma hora específicos para que possamos ajustar nossas atividades de acordo com nossas agendas.
* Indicamos a frequência quinzenal, porém isso pode ser flexibilizado de acordo com as necessidades do
grupo, podendo ser realizados semanal ou mensalmente.
Dias e horários em que geralmente estou mais disponível (por exemplo: 7 da manhã as 10 da noite):
1.
2.
3.
4.
Dias e horários que não estou disponível:
Grupo privado no Facebook/WhatsApp?

Uma das participantes do nosso grupo sugeriu de termos um grupo onde podemos facilmente (e de forma
privada) compartilhar perguntas, experiências, vivências, além das nossas reuniões periódicas. Você tem
alguma observação ou preocupação sobre isso?
Por favor, anexe uma foto recente de si mesma (e sua família) se você tiver uma disponível, e mande sua
resposta para que todas as integrantes do grupo tenham acesso.
Anexo 3
Formulário de Candidatura/Indicação
Nota: se você está indicando alguém da sua igreja ou ministério, por favor complete apenas as três primeiras
linhas, e a assinatura incluindo seu nome e informações de contato. Nós iremos contatar a pessoa que você
está indicando.
Nome:__________________________________________________ Data:_________
Cidade:________________________________ País: __________________________
E-mail: _______________________________________________________________
WhatsApp:_________________________________________________________
1. Em quais áreas do ministério você está envolvida atualmente e qual seu comprometimento de
tempo atual (por semana ou por mês)?
2. Descreva seu relacionamento com Jesus Cristo.
3. Quais dons espirituais ou habilidades (forças) que você acredita que Deus lhe deu?
Entendo que há uma expectativa que eu lidere um grupo de cinco mulheres (a serem recrutadas com auxílio
da Global Advance) num treinamento de liderança e mentoria durante o segundo ano, e um ano treinando-
as enquanto elas formam outras no terceiro ano.
_____________________________ ________________
Assinatura Data
Indicação ou Referência Pastoral ou Global Advance
Nome:______________________________________________ Data:______________
E-mail: _______________________________________________________________
Connie
Parker

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FORMANDO

Você foi chamada para grandes propósitos!

Comissionada de todo o coração,"

Jonathan Shibley, Presidente – Global Advance

Whitney Daugherty, Coordinadora – Iniciativa Ester

A palavra “abençoada” é a palavra grega “eulogeo” (pense “elogio”) significando “falar

“Em amor nos predestinou” Efésios 1:4b, 5.

“NEle nós temos redenção através do seu sangue”Efésios 1:7a.

A palavra grega para redenção é “apolytrosis”. O significado da raiz da palavra “solto”

8. Eu estou sentada com Ele em lugares celestiais:

Eu fui chamada por Ele para viver com esperança!

Para um estudo mais aprofundado (Títulos em tradução livre)

Ele me ama, de Wayne Jacobsen (Jacobsen, 2000) - He Loves Me

Deus que acredita, de Beth Moore (Moore, 2004) Believing God

O NOVO EU: Corpo, Alma e Espírito

Renovando Minha Mente

Submetendo Minha Vontade e Emoções

Andar no Espírito envolve disciplina diária do corpo, renovação da mente, cura do

Para um estudo mais aprofundado(Títulos em tradução livre)

Mary Ann Munday: mãe

A história da Minha Vida

Especificamente pense sobre:

1. Dificuldades – eventos dolorosos, pessoas ou experiências.

Por exemplo: 0 a 5 anos:

Meu Chamado, Dons e Paixões

a. Como eu comecei a fazer isso?

Para um estudo mais aprofundado (Títulos em tradução livre)

Qual é o seu dom? -What is Your Giftedness? (Hendricks, 2013)

Descobrindo seu dom -Discovering Your Giftedness (Bock, 2015)

Refletindo nos sucessos

Curando as feridas emocionais

Que ações podemos tomar para experimentar a cura emocional e libertação?

O que Deus quer falar com você?

Para um estudo mais aprofundado:(Títulos em tradução livre)

Parte 1: Disciplinas do Espírito

Três sugestões de modelo para oração:

Parte 2: Disciplinas da Alma

Parte 3: Disciplinas do Corpo

AnnVoskamp em "OneThousandGifts" (“Mil presentes”) desafiou a si mesma a escrever “mil

Para um estudo mais aprofundado:

“O Líder Servo é servo em primeiro lugar...isso começa com o sentimento natural de

I. Jesus como um LíderServo

II. Liderança servil em prática hoje

10. Coletividade: A maneira mais poderosa de consolidar a comunidade é ser um modelo

Para um estudo mais aprofundado

I. Conheça seus valores

A título de exemplo, aqui está como eu recentemente respondi a essa pergunta:

II. Estabeleça prioridades e viva por elas

2. Após isto, gaste algum tempo planejando e organizando criativamente as tarefas do

III. O Ato de Equilíbrio

Para um estudo mais aprofundado

Limites - Margin de Richard Swenson (Swenson & Swenson, 2002)

Aqui estão algumas dicas:

VERMELHO (dominante, colérico) – É dirigido por Objetivos

AMARELO (influente, sanguíneo) – É dirigido por Relacionamentos

AZUL (estabilidade, melancólico) - É dirigido porI nformações

VERDE (conformidade, fleumático) – É dirigido por Métodos(metodologias)

a. Isto é um choque de personalidades, uma diferença de valores, metas e

b. E, se for guerra espiritual? Talvez um espírito de divisão no trabalho, ou algum outro

Cidade:______ País: