Revisao Basica Sobre Materiais e Equipamentos Eletricos
Revisao Basica Sobre Materiais e Equipamentos Eletricos
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1. CONDUTORES
Podemos definir condutor de energia como o meio pelo qual se transporta energia
desde um determinado ponto, denominado fonte ou alimentação, até um terminal
consumidor ou carga.
Quanto ao tipo de material usado para construção dos condutores, temos dois
materiais utilizados. Um deles, o alumínio, possui maior utilização em condutores
elétricos para sistemas de potência. Já o cobre é o mais utilizado em instalações
prediais, comerciais e industriais. Cabos de alumínio, conforme NBR-5410, somente
podem ser utilizados para seções iguais ou superiores a 16 mm².
Em relação aos materiais utilizados para isolação dos cabos temos na baixa tensão
como principais o PVC (policloreto de vinila), o PE (polietileno termoplástico), o EPR
(borracha etileno propileno) e o XLPE (polietileno reticulado). Já na média tensão
encontramos cabos isolados em EPR e XLPE.
Cabo elétrico – produto metálico composto de fios elétricos justapostos, que pode ou
não possuir isolação e/ou proteção mecânica.
Classes de Encordoamento – A NBR NM 280 (antiga NBR 6880) define para os cabos
de cobre as classes de encordoamento, numeradas em ordem crescente de
flexibilidade, sendo:
b) Condutor Rígido (Redondo Normal) – cabo constituído por fios sólidos dispostos
helicoidalmente em camadas ou coroas alternadas com passos distintos.
c) Condutor Flexível (Corda Composta) – cabos constituído por feixes (cochas) de fios
dispostos helicoidalmente em camadas ou coroas alternadas, com passos distintos.
O tipo de condutor fio sólido (a) está limitado à seção de 10mm², pois acima disto
apresenta pouca flexibilidade e grandes dificuldade de trabalhos de puxamento,
acomodação e ligação. O cabo rígido (b), é uma alternativa quando são necessárias
seções nominais maiores que 10mm², porém também possuem pouca flexibilidade e
grandes dificuldade de trabalhos de puxamento, acomodação e ligação. O cabo
redondo compacto (d) apresenta uma classe de encordoamento 2, melhorando em
flexibilidade e trabalhos de instalação. Já os cabos flexíveis (c) apresentam classes
de encordoamento 4, 5 e 6, sendo os mais fabricados de classe 4 e 5 (flexíveis),
normalmente usados em instalações fixas, e de classe 6 (extra flexíveis),
normalmente utilizados para equipamentos móveis, como uma máquina de solda por
exemplo. Estes cabos possuem grande flexibilidade e facilidades de trabalhos de
puxamento, acomodação e ligação. Por outro lado, evidentemente, possuem maior
custo de aquisição que deve ser composto com o custo de instalação, o que leva
normalmente em instalações industriais ao uso deste tipo de cabos flexíveis. Mesmo
em instalações prediais (cabos até 10mm²) os cabos flexíveis tem ocupado espaço,
principalmente em obras de médio e grande porte.
Condutor
Isolação
Blindagens de campo elétrico (do condutor e externa)
Armação metálica
Capa de proteção
Quanto ao material condutor, já falamos que os mais utilizados são alumínio e cobre.
O isolamento dos cabos atualmente é constituído de materiais sólidos extrudados.
Importante aqui ressaltar a diferença entre os termos isolamento e isolação para
cabos elétricos. Isolamento refere-se a uma característica quantitativa, por exemplo:
um cabo com isolamento para 1000V. Já isolação é uma característica qualitativa, do
material empregado para garantir o isolamento, por exemplo isolação em borracha de
etileno propileno (EPR). Os principais materiais utilizados para isolação sólidas são
divididos em dois grupos: termoplásticos e termofixos.
Os cabos podem receber uma proteção mecânica através de uma armação de fios de
aço galvanizado ou fios de cobre estanhado. Estes tipos de cabos são aplicáveis em
locais que necessitam uma proteção reforçada como em aplicações navais, por
exemplo.
A capa de proteção (ou cobertura) dos cabos é uma proteção externa, não metálica,
que tem a finalidade de proteger o material da isolação contra abrasão e poluição. A
figura 2 ilustra os componentes de um cabo de média tensão.
1- Condutor de cobre;
2- Blindagem do condutor – composto termofixo semicondutor;
3- Isolação – XLPE ou EPR;
4- Blindagem da isolação – composto termofixo semicondutor;
5- Blindagem metálica – fios de cobre nu (complementa a blindagem da
isolação) ;
6- Separador – fita higroscópica de poliéster para manter a formação da
blindagem metálica;
7- Cobertura ou capa de proteção – em PVC
Fonte: catálogo de cabos elétricos Induscabos
Cabos isolados: são construídos por um único condutor (1) e dotados apenas
da isolação (2), conforme figura 3.
Cabos multipolares: são aqueles constituídos por vários cabos (1), com
isolação (2) e dotados de capa de proteção (3). Os cabos multipolares de
potência são construídos nas formas bipolares, tripolares e tetrapolares. A
figura 5 ilustra um cabo multipolar.
Quanto a identificação dos condutores isolados, a NBR 6251 faz menção de que eles
devem ser identificados convenientemente. Qualquer sistema de cores, palavras ou
sistema à base de números é permitida. No caso de identificação por cores, estas
ficam a critério do fabricante, respeitadas as seguintes condições:
Para as classes acima de média tensão a isolação pode ser em EPR ou XLPE.
Importante lembrar que um relé térmico não interrompe a corrente da carga, ou seja,
não é ele que faz o seccionamento do circuito quando o valor da corrente sobrecarga
atinge o tempo limite da curva de atuação do relé. Os seus contatos principais são
fixos e ele possui apenas contatos auxiliares móveis que devem ser conectados no
comando de acionamento do contator ou disjuntor (principalmente no caso da média
tensão) de partida do motor. A figura 08 ilustra o esquema de contatos de um relé
térmico.
Para estes casos, principalmente em motores de grande porte, a proteção térmica por
detecção é efetuada geralmente por meio de termoresistências, termistores ou
termostatos, que são instalados no interior dos enrolamentos do motor (normalmente
um ou dois elementos por fase). Os tipos de detectores a serem utilizados são
determinados em função da classe de temperatura do isolamento empregado, de
cada tipo de máquina e da exigência do cliente.
4. FUSÍVEIS
5. DISJUNTORES
6. RELÉS MICROPROCESSADOS