Dinâmica Dos Sistemas de Produção
Dinâmica Dos Sistemas de Produção
Dinâmica Dos Sistemas de Produção
II. Histórico
2
2. A mecanização no Brasil.
3
1. Introdução.
Quadro 1 - Perdas de solo e água por erosão em cultura de milho sob diferentes sistemas de
preparo em podzólico vermelho-amarelo textura arenosa/média (PV) e latossolo roxo (LR),
com declive de 10,8% e 6,5%, respectivamente.
LR PV
Tratamentos
Solo t/ha Água (mm) Solo t/ha Água (mm)
Plantio Direto 1,0 15,2 - -
Arado escarificador 3,3 30,4 22,5 121,1
Grade pesada 4,4 42,2 56,2 222,6
Arado de discos 6,5 58,1 49,8 211,6
Fonte: LOMBARDI NETO (1990)
Quadro 2. Perdas por erosão de solo e água sob plantio direto e arado de discos na cultura de
milho em podzólico vemelho-amarelo textura arenosa/média.
Solo Água
Tratamentos
t/ha % Mm %
Plantio Direto 13,4 33 98,5 66
Arado de discos 40,9 100 143,7 100
Fonte: Adaptado de BENATTI et al. (1977)
Figura 1: Curvas de infiltração com chuva simulada em latossolo roxo sob preparo
convencional, preparo com escarificador e plantio direto. (Fonte: ARZENO, 1990).
Figura 3: Curvas de umidade (%) volume) em latossolo roxo durante o ciclo da aveia preta
sob três sistemas de preparo do solo na profundidade 0 – 20cm. (Fonte: (ARZENO, 1990).
17
3.1. Roçadoras
Para as regiões quentes, onde não se deseja que a palha seja muito
triturada, as roçadoras são boa opção, pois os resíduos das plantas são
fragmentadas em pedaços de comprimentos variáveis e superiores a 20 cm
(ARAUJO et al, 2001). Recomenda-se trabalhar em velocidades que variam
de 2 a 4 km*h-1.
21
3.2. Rolo-faca
Fonte: Internet
forma de “L”, no eixo devendo-se quando for necessária a troca das facas
faze-lo de forma simétrica para evitar desbalancear o conjunto.
Geralmente o trabalho é de boa qualidade com a vegetação picada
em pedaços pequenos e relativamente uniformes o que promove uma rápida
decomposição nicrobiana no material. Assim, salvo exceções, não é
recomendado para regiões de clima quente e úmido. Existe também a
possibilidade do material triturado ser transportado com certa facilidade
pelo vento e pela água.
A velocidade recomendada de trabalho deve variar de 2 a 4 km*h-1,
dependendo do volume de massa vegetal a ser triturada.
3.5. Semeadoras
a) Dosagem de sementes:
c) Dosagem de fertilizantes.
d) Rompedores de solo.
e) Sulcadores.
f) Aterradoras e compactadoras.
34
PD ORGANICO
A queima das pastagens foi prática usual, e apesar disso, estas não foram
adubadas. A degradação da pastagem diminuiu a cobertura do solo e o
deixou exposto à chuva e ao pisoteio do gado, o que resultou em aumento da
densidade do solo na camada superficial e diminuição do grau de floculação
da argila e da porosidade total. A diminuição da produção da parte aérea na
pastagem degradada foi acompanhada de diminuição do número de raízes
no perfil do solo, e da concentração do sistema radicular próximo à
superfície. O andropógon demonstrou bom potencial para recuperação das
áreas de pastagens degradadas, na Região Amazônica.
Iniciamos com o resumo desse trabalho por que ele evidencia bem o
que vem ocorrendo na maioria das pastagens manejadas sem os devidos
cuidados.
A retirada da cobertura vegetal original e a implantação de culturas,
aliadas a práticas de manejo inadequadas, promovem o rompimento do
equilíbrio entre o solo e o meio, modificando suas propriedades químicas,
físicas e biológicas, limitando sua utilização agrícola e tornando-o mais
suscetível à erosão.
A alternativa para o controle da emissão de gases poluentes pela
agricultura, como o dióxido de carbono, que vem contribuindo para o
aquecimento global, é o sistema integrado lavoura-pecuária. Esta é a
conclusão de um estudo do pesquisador Luiz Fernando Leite, da Embrapa
Meio-Norte, feito durante um ano, em curso de pós-doutorado, no
Agricultural Research Service, nos Estados Unidos.
Durante o estudo, foram avaliados vários sistemas de produção agrícola
usados nos cerrados do Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste do Brasil. Do
Nordeste, foram avaliados os sistemas praticados nos municípios de Baixa
Grande do Ribeiro, no Piauí, e São Raimundo das Mangabeiras, no
Maranhão.
O sistema integrado lavoura-pecuária consiste na diversificação da
produção, buscando o aumento e a eficiência na utilização dos recursos
naturais e a preservação do meio-ambiente. O resultado é o incremento da
produtividade e a conseqüente melhoria da renda do agricultor, além da
estabilidade dele no campo.
40
144 milhões. Estas áreas abrigam cerca 195 milhões de cabeças de bovinos
o que proporciona uma taxa de lotação de 0,75 cabeças por hectare e uma
produção de cerca de oito milhões de toneladas de equivalente carcaça.
(www.agronomia.com.br-20/05/07)
Contudo, os solos que estão sob estas pastagens são, em sua maioria,
pobres, com um horizonte com argilas de baixa atividade, que consiste de
uma mistura de caolinita, óxidos de ferro e quartzo e com um baixo
conteúdo de minerais. Conseqüentemente, as forrageiras nativas existentes
sobre estes solos apresentam uma baixa produtividade e as forrageiras
estabelecidas, mediante correção do solo, para a formação destas pastagens,
têm apresentado, em curto período de tempo, um acentuado declínio em sua
produtividade. Este curto período de utilização da pastagem cultivada está
intimamente relacionado ao insuficiente fornecimento de nutrientes do solo
para a espécie forrageira introduzida o que leva a sua degradação.
1- Calagem e adubação : 3,0 ton /ha de calcário, 454 kg /ha da fórmula 04-30-16, 39 kg de FTE BR 12/ha, 32 kg de sulfato de Zinco/ha e 250 kg de
sulfato de Amônia em cobertura.
2- Calagem e adubação: 2,0 ton de calcário, 300 kg da fórmula 04-30-16, 30 kg de FTE BR 12/ha 20 kg de Sulfato de Zinco, 100 kg de Sulfato de
Amônia e 50 kg de Cloreto de Potássio em cobertura.
3- Calagem e adubação: 1,4 ton de calcário /ha, 165 kg/ha de superfosfato simples.
4- MF = Manejo da fazenda em pastegem degradada.
5- UA/ha = 450 kg de peso vivo.
Fonte: Barcellos et al. (1997).
Tabela - Relação de ganho de peso vivo (GPV) no período seco e das águas e a
produtividade em um sistema de integração lavoura-pecuária.
GPV diário GPV Total/ha/ano
Sistema
Ano Seca Águas Kg @
Tabela - Desempenho de animais durante o período da seca e das águas em pastagens formadas pelo Sistema Santa
Fé no ano 2001/02.
PD CANA-DE-AÇUCAR
Conclusões
Bibliografia
BALASTREIRE, L.A. Máquinas Agrícolas. São Paulo: Ed. Manole LTDA. 1987. 307p
BARCELLOS, A.O., VIANA FILHO, A., BALBINO, L.C., OLIVEIRA, I.P., YOKOYAMA,
L.P. Produtividade animal em pastegens renovadas em solo arenoso no cerrado. In:
REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 34., 1997, Juíz de
Fora, Anais... Juíz de Fora: SBZ, 1997. V.2, p. 207-209.
COSTA, E.A.; GOEDERT, W.J.; SOUSA, D.M.G. de. Qualidade de solo submetido a
sistemas de cultivo com preparo convencional e plantio direto. Pesq. agropec. bras., Brasília,
v. 41, n. 7, 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0100-204X2006000700016&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 18
Maio 2007. Pré-publicação. doi: 10.1590/S0100-204X2006000700016
GAMERO, C.A. Plantio Direto. Imprensa Universitária. UNESP. Campus Botucatu. Jun.
1999. 54p.
MULLER,M,M,L.,GUIMARÃES,M.F.,DESJARDINS, T. e MARTINS,P.F.S.Pesquisa
Agropecuária Brasileira., Brasília, v. 36, n. 11, p. 1409-1418, nov. 2001.Aceito para
publicação em 22 de janeiro de 2001.
MIALHE, L.G. Máquinas agrícolas: ensaios & certificação. Piracicaba, SP: Fundação de
Estudos Agrários Luiz de Queiroz, 1996. 722 p.
SANTOS FILHO, A.G., DOS SANTOS, J.E.G.G. Apostila de Máquinas Agrícolas. Imprensa
Universitária. UNESP. Departamento de Engenharia Mecânica. Bauru, SP. 2001. 83 p.
SKORA NETO, F. Manejo de plantas daninhas. In: IAPAR. Plantio direto. Pequena
Propriedade Sustentável. IAPAR, Ponta Grossa, PR (Circular 101). p. 127-157. 1998.