Ayslim Manga Africana
Ayslim Manga Africana
Ayslim Manga Africana
O Ayslim® Extrato de Manga Africana consiste do extrato das sementes de uma árvore natural da África e
do suleste asiático, chamada Irvingia gabonensis, algumas vezes conhecida pelo nome popular de wild mango,
African mango ou bush mango. Estudos epidemiológicos realizados em populações tribais da África descobriram
que os povos de certa região apresentavam baixa incidência de obesidade, diabetes e doenças relacionadas
devido ao uso constante de uma pasta feita das sementes da Irvingia com a finalidade de espessar sopas. Esta
descoberta levou ao desenvolvimento de um extrato concentrado de Irvingia que reduz medidas pela queima
de gordura ao mesmo tempo em que controla a dislipidemia, reduzindo o colesterol LDL, triglicerídeos e
melhorando os níveis do colesterol HDL, assim como reduz os níveis de glicose no sangue.
Estudo 2
Outro estudo do mesmo autor corroborou com esses achados em humanos (Ngondi et al, 2005). A
administração oral da I. gabonensis foi capaz de reduzir significativamente o peso corporal de indivíduos obesos
numa média de 2,91±1,48% em duas semanas e 5,26±2,37% em um mês, em contraste com a média de
redução do grupo placebo de 1,32±0,41% e 2,23±1,05%, respectivamente.
Este estudo duplo-cego, cruzado e placebo controlado envolveu um total de 40 sujeitos obesos com idade entre
19 e 55 anos, que consumiram um extrato bruto das sementes de I. gabonensis ou farelo de aveia (placebo)
com um copo de água morna meia hora antes das refeições. Os voluntários permaneceram sob dieta
normocalórica ao longo do estudo. De acordo com os autores, embora a percentagem de gordura corporal não
tivesse reduzido nem no grupo da Irvingia nem no grupo placebo, as circunferências da cintura e do quadril
tiveram redução significativa no grupo da Irvingia (vide quadro 1 do anexo I).
Os indivíduos tomando I. gabonensis também apresentaram os componentes lipídicos do sangue
significativamente reduzidos. A concentração do colesterol total plasmático foi reduzida em 39,21%, do
triglicerídeo foi reduzida em 44,90% e do LDL em 45,58% no grupo que recebeu a planta. Isto foi
acompanhado de um aumento significativo de 46,85% no colesterol HDL. As taxas de colesterol total/HDL e de
glicose sanguínea também foram reduzidas. Nenhuma alteração significativa foi observada no grupo placebo
(quadro 2 do anexo I). Ainda é importante ressaltar que a Irvingia produziu uma redução significativa na
pressão sanguínea sistólica dos participantes deste estudo, conforme demonstrado no quadro 3 (anexo I).
Os autores explicaram que as fibras solúveis da I. gabonensis são capazes de aumentar de volume no intestino
e provocar efeito laxativo, o que pode ter contribuído com os resultados. Eles também reafirmaram a
capacidade das ditas fibras em retardar o esvaziamento gástrico, uma propriedade que pode ter sido
responsável pela absorção gradual de açúcar e a subsequente diminuição dos níveis glicêmicos.
As fibras solúveis da Irvingia também são capazes de se ligar aos ácidos biliares no intestino e eliminá-los junto
com o bolo fecal, o que exige do organismo a conversão de colesterol em novos ácidos biliares. Ngondi e
colaboradores (2005) acreditam que isto tenha auxiliado na redução do colesterol e de outros lipídeos
sanguíneos dos participantes2.
Considerando a extensa utilização da Irvingia gabonensis na alimentação dos africanos, os autores encorajaram
o seu uso com o propósito de controlar a absorção de lipídeos da dieta e o peso corporal2.
Estudo 3
Oben et al (2008) foram mais além e descobriram que um extrato patenteado da I. gabonensis (IGOB131) é
capaz de inibir os adipócitos 3T3-L1 de camundongos, amplamente utilizados como modelo de diferenciação de
adipócitos e da biologia da gordura. Segundo os autores, o efeito inibitório resultou da repressão da expressão
de proteínas específicas dessa linhagem celular, tendo diminuído a atividade da enzima citosólica G3PDH
(glicerol-3-fosfato desidrogenase) e o conteúdo de triglicerídeo intracelular (vide quadro 4 do anexo I). Parece
que G3PDH catalisa a conversão de glicerol em triglicerídeo, podendo a sua expressão ser aumentada em
várias vezes para a conversão de pré- adipócitos em adipócitos no estado de jejum. Assim sendo, a enzima
G3PDH é o substrato para a síntese de triglicerídeos no tecido adiposo, o que deixa claro a importância da ação
inibitória do IGOB131 sobre a sua atividade3.
A equipe de Oben acredita que esses resultados foram mediados especificamente pela inibição do fator
transcricional PPARγ (receptor-gama ativado por proliferadores de peroxisomas) da família de receptores
nucleares envolvidos na expressão sequencial de proteínas específicas de adipócitos (figura 1 do anexo II).
PPARγ é predominantemente produzido e secretado pelo tecido adiposo para atuar nos estágios iniciais da
diferenciação dos adipócitos, visto que são fatores de transcrição de numerosos genes3.
Uma hipótese adicional a respeito dos agonistas envolvidos na ação direta em adipócitos é que o PPARγ possua
efeitos secundários em tecidos insulino- responsivos, tais como o muscular esquelético e o hepático.
De acordo com Tavares et al (2007), a perda da eficiência do rosiglitazone em reduzir os valores de glicose em
camundongos com severa resistência à insulina, nos quais o tecido adiposo está praticamente ausente, está de
acordo com essa afirmação. Desta forma, PPARγ pode ser um importante regulador do metabolismo de
carboidratos, lipídeos e sensibilidade à insulina, por meio do qual a Irvingia atuaria, de modo amplo e
vantajoso, como adjuvante no tratamento da obesidade, diabetes e doenças relacionadas3,4.
Oben e colegas (2008) de fato registraram uma redução na síntese de leptina pelos adipócitos 3T3-L1
cultivados com o extrato da I. gabonensis (figura 2 do anexo II). No contexto da resistência orgânica à leptina
(como ocorre na obesidade), o acesso dessa proteína ao cérebro é impedido devido à sua ligação com proteína
C-reativa. Isto aumenta a sinalização hipotalâmica para a síntese de mais leptina pelo tecido adiposo, elevando
consequentemente os seus níveis no soro. A capacidade de a Irvingia diminuir leptina sugere o seu potencial
em inibir a adipogênese por meio da regulação do curso dessa proteína que, ganhando acesso ao cérebro,
atuaria normalmente na redução da ingestão de alimento e no aumento do gasto calórico3.
O mesmo estudo ainda mostrou que o extrato da I. gabonensis é capaz de estimular a expressão da
adiponectina (figura 3 do anexo II), uma adipocitocina que tem demonstrado propriedade antiaterogênica, anti-
inflamatória e antidiabética, além de ser um importante modulador da sensibilidade à insulina. Parece que a
adiponectina emergiu há alguns anos como um novo tratamento para a resistência à insulina e o diabetes tipo
2. Também foi sugerido que altos níveis séricos de adiponectina são benéficos à saúde por causa do seu
potencial adicional de proteger o organismo contra o desenvolvimento de doenças da artéria coronária3.
Visto que os níveis de adiponectina são inversamente correlacionados com a percentagem de gordura no corpo,
o estudo ainda sugere que o IGOB131 pode auxiliar na perda de peso pelo mecanismo de estimulação do
catabolismo de gordura via adiponectina3.
Indicações e aplicações
Considerando a extensa utilização da Irvingia gabonensis na alimentação dos africanos, os autores citados
encorajam o seu uso com o propósito de controlar a absorção de lipídeos da dieta e o peso corporal2.
O Ayslim® Extrato de Manga Africana é recomendado como adjuvante no tratamento da obesidade,
diabetes e doenças relacionadas pois:
Ajuda no controle da taxa glicêmica e colesterol,
Tem efeito laxativo,
Promove saciedade.
Posologia
Recomenda-se a ingestão de uma cápsula de 500mg do Ayslim® Extrato de Manga Africana duas vezes ao
dia, meia hora antes das principais refeições, juntamente com um copo de água.
Excipientes
Alguns excipientes compatíveis com Ayslim® Extrato de Manga Africana são farinha de arroz, ácido
esteárico, silício, estearato de magnésio e maltodextrina.
Advertência
Pacientes com problemas de pressão ou fazendo uso de hiper ou hipotensores, bem como diabéticos e pessoas
com problemas glicêmicos devem procurar um médico antes de utilizar esse produto.
Referências bibliográficas
1. Ngondi, J. L. et al. Glycaemic variations after administration of Irvingia gabonensis seeds fractions in
normoglycemic rats. Afr J Trad, Compl Alter Med, 3 (4): 94-101, 2006.
2. Ngondi, J. L.; Oben, J. E.; Minka, S. R. The effect of Irvingia gabonensis seeds on body weight and
blood lipids of obese subjects in Cameroon. Lipids Health Dis, 4: 12, 2005.
3. Oben, J. E.; Ngondi, J. L.; Blum, K. Inhibition of Irvingia gabonensis seed extract (OB131) on
adipogenesis as mediated via down regulation of the PPARgamma and Leptin genes and up-regulation
of the adiponectin gene. Lipids Health Dis, 7: 44, 2008.
4. Tavares, V; Hirata, M. H.; Hirata, R. D. C. Receptor Ativado por Proliferadores de Peroxissoma Gama
(PPARγ): Estudo Molecular na Homeostase da Glicose, Metabolismo de Lipídeos e Abordagem
Terapêutica. Arc Bras Endocrinol Metab, 51 (4): 526-533, 2007.
5. en.wikipedia.org/wiki/Irvingia